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História II -1

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SUMÁRIO 
VOLUME 2 
História Geral 
Aula 19 – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ....................................................................................................................... 1 
Aula 20 – MOVIMENTOS SOCIAIS E IDEIAS POLÍTICAS DO SÉC. XIX ............................................................... 13 
Aula 21 – IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO ................................................................................................ 24 
Aula 22 – AS UNIFICAÇÕES TARDIAS ALEMANHA E ITÁLIA ............................................................................... 38 
Aula 23 – OS EUA NO SÉC. XIX .............................................................................................................................. 47 
Aula 24 – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL ............................................................................................................... 60 
Aula 25 – REVOLUÇÃO RUSSA .............................................................................................................................. 73 
Aula 26 – A CRISE INTERNACIONAL DO CAPITALISMO ...................................................................................... 85 
Aula 27 – REGIMES TOTALITÁRIOS ...................................................................................................................... 95 
Aula 28 – SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ............................................................................................................. 110 
Aula 29 – GUERRA FRIA (PARTE 1) ..................................................................................................................... 124 
Aula 30 – GUERRA FRIA (PARTE 2) ..................................................................................................................... 138 
Aula 31 – REVOLUÇÃO CHINESA ........................................................................................................................ 151 
Aula 32 – REVOLUÇÃO CUBANA ......................................................................................................................... 162 
Aula 33 – CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE ......................................................................................................... 173 
Aula 34 – OUTROS CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO ....................................................................................... 187 
Aula 35 – O COLAPSO DO SOCIALISMO E O FIM DA URSS .............................................................................. 197 
 
História do Brasil 
Aula 15 – DOMINIO OLIGARQUICO DA PRIMEIRA REPÚBLICA ........................................................................ 209 
Aula 16 – CONFLITOS SOCIAIS NA PRIMEIRA REPUBLICA .............................................................................. 216 
Aula 17 – CRISE DA PRIMEIRA REPUBLICA E REVOLUÇÃO DE 30 ................................................................. 222 
Aula 18 – ERA VARGAS GOVERNO PROVISORIO E CONSTITUCIONAL ........................................................ 227 
Aula 19 – ERA VARGAS ESTADO NOVO ............................................................................................................. 232 
Aula 20 – GOVERNOS POPULISTAS DEMOCRATICOS DUTRA E VARGAS.................................................... 239 
Aula 21 – CRISE DO POPULISMO JK_ JANIO_ JANGO ..................................................................................... 244 
Aula 22 – DITADURA MILITAR FORMAÇÃO POLÍTICA ....................................................................................... 250 
Aula 23 – DITADURA MILITAR COSTA E SILVA E MEDICI ................................................................................. 255 
Aula 24 – CRISE DA DITADURA MILITAR ........................................................................................................... 261 
Aula 25 – GOVERNO SARNEY .............................................................................................................................. 269 
Aula 26 – GOVERNO COLLOR ITAMAR FRANCO ............................................................................................... 275 
Aula 27 – GOVERNO FHC LULA ........................................................................................................................... 284 
Aula 28 – GOVERNO DILMA .................................................................................................................................. 295 
Respostas e Comentários Exercícios de Fixação ................................................................................................... 303 
 
 
 
 
 
 
 
História Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL 
Prof. Monteiro Jr. 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
INTRODUÇÃO 
Na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII, tem início 
uma série de transformações no processo de produção. A essas 
transformações dá-se o nome de Revolução Industrial. Em linhas 
gerais, a Revolução Industrial proporcionou a mecanização da 
indústria, com a substituição da força motriz humana por outras como 
o carvão, o vapor, a eletricidade, o que desencadeou grandes 
mudanças nas relações de trabalho, no uso da tecnologia, na 
economia dos países, na organização do espaço urbano e nos 
próprios fundamentos do sistema capitalista. 
“A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida 
humana já registrada em documentos escritos. Durante um breve período ela coincidiu com a história de um único país, a Grã-Bretanha (...) 
que por isso ascendeu temporariamente a uma posição de influência e poder mundiais sem paralelo na história de qualquer país com as 
suas dimensões relativas, antes ou desde então, e que provavelmente não será igualada por qualquer Estado no futuro previsível.” 
HOBSBAWM, Eric J. da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1986, p. 13. 
O PIONEIRISMO INGLÊS 
A Inglaterra foi pioneira no processo de mecanização da indústria. Foi somente na segunda metade do século XIX que a industrialização se 
propagou para outros países da Europa e do mundo. 
“Quando o reformador chinês Huang-Tsun-Hsien visitou Londres, cerca de 1890, custou-lhe a crer que, apenas um século antes, a 
economia da sua pátria e da Grã-Bretanha se tivessem basicamente parecido. Viu a Grã-Bretanha com suas indústrias florescentes, ao 
passo que a China, que acabava de deixar, era ainda uma terra de artes campesinas e arrozais. (...) Foi uma das maiores transformações 
da História; em cerca de cem anos, a Europa de quintas, rendeiros, e artesãos tornou-se uma Europa de cidades abertamente industriais. 
Os utensílios manuais e os dispositivos mecânicos simples foram substituídos por máquinas; a lojinha do artífice pela fábrica. O vapor e a 
eletricidade suplantaram as fontes de energia – água, vento e músculo. Os aldeões, como as suas antigas ocupações se tornavam 
supérfluas, emigravam para as minas e para as cidades fabris, tornando-se os operários da nova era, enquanto uma classe profissional de 
empreiteiros, financeiros e empresários, de cientistas, inventores e engenheiros se salientava e se expandia rapidamente. Era a Revolução 
Industrial.” 
 HENDERSON, W. O. A Revolução Industrial, 1780-1914. Lisboa: Verbo 
 Vejamos os principais elementos que favoreceram o pioneirismo inglês 
na Revolução Industrial: 
• acumulação de capitais, provenientes das atividades mercantilistas 
desenvolvidas pelo país, especialmente depois que os Atos de Navegação 
(1651) entraram em vigor. 
• triunfo do liberalismo político e econômico, a partir da Revolução 
Gloriosa (1688), que sepultou de vez o Absolutismo e as práticas 
intervencionistas do Estado na economia. 
• os cercamentos (enclosures), que, ao promoverem a 
transformação de fazendas agrícolas em pecuaristas, provocaram 
desemprego no campo e a consequente migraçãode mão de obra 
para as cidades. 
• avanços tecnológicos, como a máquina a vapor patenteada 
por James Watt e os teares mecânicos e hidráulicos, que 
proporcionaram um significativo aumento na produção. 
• abundância de matérias primas, como carvão, ferro, algodão 
e lã. 
AS PRINCIPAIS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DA 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
O primeiro setor produtivo a se mecanizar foi o têxtil. O algodão foi sua principal matéria 
prima e o carvão vegetal, usado para mover as máquinas a vapor, sua principal fonte de 
energia. 
Entre as inovações tecnológicas do período, destacam-se: 
• a máquina de fiar (1767), de James Hargreaves, com capacidade para produzir 
vários fios de forma simultânea, sob a assistência de um único operário. 
• a máquina a vapor (1768), de James Watt, tornando possível o uso da energia 
mecânica para mover diversas outras máquinas. 
REVOLUÇÃO OU EVOLUÇÃO? 
Uma das discussões envolvendo a Revolução Industrial trata 
da caracterização do processo como revolução ou evolução. 
Apesar do impacto que Revolução Industrial trouxe para o 
mundo, não podemos esquecer que a mesma proporcionou a 
mecanização da indústria, que já existia (na forma de 
manufaturas). Portanto, a Revolução Industrial não foi uma 
ruptura, mas sim a herdeira de toda uma cadeia de inovações 
tecnológicas. 
FIQUE POR DENTRO 
Propostos por Oliver Cromwell e aprovados pelo 
Parlamento, os Atos de Navegação (1651) impulsionaram 
o desenvolvimento marítimo comercial da Inglaterra, uma 
vez que estabeleciam que as mercadorias inglesas só 
poderiam ser transportadas em navios ingleses ou em 
navios de países com quem a Grã-Bretanha 
comercializasse. 
SAIBA MAIS 
A partir da segunda metade do século XVII, muitas fazendas 
inglesas tiveram suas terras cercadas para a criação de ovelhas, 
devido ao crescimento das tecelagens que produziam tecidos de 
lã (era lucrativo prover essas tecelagens com sua matéria prima). 
Esse processo, denominado cercamentos (ou enclosures), fez 
com que milhares de camponeses ficassem sem trabalho, uma 
vez que a pecuária exige menos mão de obra do que a 
agricultura. Sem perspectivas no campo, essa massa miserável 
migrou para as cidades, transformando-se num exército reserva 
de mão de obra abundante e barata. 
 
Modelo didático da máquina a vapor, de James Watt. 
 
 
 
 
 
 2 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
• o tear mecânico (1785), de Edmund Cartwright, movido a vapor. 
• o descaroçador mecânico (1792), de Eli Whitney, que separava o caroço da fibra de algodão, permitindo uma espantosa 
produtividade a baixo custo. 
• o navio a vapor (1807), de Robert Fulton, permitindo maior rapidez aos transportes fluviais e marítimos. 
• a locomotiva a vapor (1814), de George Stephenson, trazendo maior rapidez aos transportes terrestres. 
AS FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Para fins didáticos, costuma-se dividir a Revolução Industrial em dois momentos, cada um com suas características: 
• Primeira Revolução Industrial 
- de 1760 a 1860; 
- circunscrita à Inglaterra e poucos países da Europa Ocidental; 
- conhecida como a “era do carvão e do ferro”; 
- o carvão era a principal fonte de energia; 
- o ferro era o principal produto da indústria de base. 
• Segunda Revolução Industrial 
- de 1860 a 1914; 
- a expansão da industrialização atinge praticamente toda a Europa Ocidental, EUA e Japão; 
- conhecida como a “era do aço e da eletricidade”; 
- a eletricidade era a principal fonte de energia; 
- o aço era o principal produto da indústria de base. 
AS TRANSFORMAÇÕES PRODUZIDAS PELA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
A Revolução Industrial consolidou definitivamente o capitalismo e o 
trabalho assalariado, separando de vez capital e trabalho. 
Proporcionou o nascimento da classe operária e possibilitou a 
polarização da mesma com a burguesia. 
As manufaturas foram substituídas gradativamente pelas fábricas, 
caracterizadas pela mecanização no processo produtivo, que 
passou a ser em massa e em série. O trabalho dos artesãos sofreu 
desvalorização, acarretando a falência das manufaturas e 
corporações de ofícios. 
A divisão e especialização do trabalho promoveram a alienação 
doproletariado em relação ao processo produtivo. Especializando-se 
em operar uma determinada máquina, o operário se transformou 
numa espécie de robô, sujeito à monotonia que os repetitivos 
movimentos na operação das máquinas impunham. 
Nas indústrias têxteis inglesas predominava o trabalho de mulheres 
e crianças, mais barata e tida como mais dócil e obediente pelos 
empresários. Não havia legislação trabalhista que estabelecessem garantias ou direitos legais à classe trabalhadora. 
De acordo com o historiador americano Edmund Wilson, em Rumo à Estação Finlândia, a crescente demanda “(...) de mulheres e crianças 
nas fábricas fazia com que muitos chefes de família se tornassem desempregados crônicos, prejudicava o crescimento das meninas, 
facilitava o nascimento de filhos de mães solteiras e ao mesmo tempo obrigava as jovens mães a trabalharem grávidas ou antes de se 
recuperarem plenamente do parto, terminando por encaminhar muitas delas à 
prostituição; as crianças, que começavam a trabalhar nas fábricas aos cinco ou seis 
anosde idade, recebiam pouca atenção das mães, que também passavam o dia 
inteiro na fábrica, e nenhuma instrução de uma sociedade que só queria delas que 
executassem operações mecânicas; quando deixavam-nas sair das verdadeiras 
prisões que eram as fábricas, as crianças caíam exaustas, cansadas demais para 
lavar-se ou comer, quanto mais estudar ou brincar – às vezes cansadas demais até 
para ir para casa.” 
As jornadas de trabalho eram extensas (em média de 15 horas diárias, sem 
descanso semanal remunerado ou férias), as condições de traba-lho precárias e os 
salários extremamente baixos. Acidentes de trabalho eram comuns e os operários 
vitimados pela mutilação de dedos e outros membros não tinham direito a nenhum 
tipo de indenização. 
Essas condições de trabalho e de vida levaram a classe operária a se organizar em torno de movimentos e/ou ideologias em favor dos seus 
direitos e interesses, como veremos no próximo capítulo. 
A paisagem urbana também foi afetada pela industrialização. Segundo Hobsbawm, a típica cidade industrial era “(...) uma cidade de 
tamanho médio, mesmo por padrões atuais, embora (...) algumas cidades (que tendiam a ser muito grandes) também se tornaram centros 
maiores de produção (...). A nova região industrial típica tomava em geral a forma de pequenas vilas, que se transformavam em pequenas 
cidades, que depois se desenvolviam transformando-se em grandes cidades.” 
 
Instalações de uma fábrica do século XIX. No primeiro plano, aquele que 
parece ser o dono. Atente as condições do ambiente e a postura disciplinada e 
subserviente dos operários. 
 
Flagrante de crianças operárias nos EUA, século XIX. 
	SUMÁRIO - HISTÓRIA DO BRASIL - VOL. 2
	História Geral - folha de rosto
	SEMANA 19 - H GERAL - Revolução Industrial - MONTEIRO JR - ATUAL

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