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26 www.cursoanualdequimica.com – e-mail: cursodequimica@gmail.com Valor de Símbolo da Subcamada Correspondente 0 s 1 p 2 d 3 f 3.3. Número Quântico Magnético, m = 0, ± 1, ± 2, ± 3, ..., ± O número quântico magnético, m, especifica a que orbital, dentro de uma subcamada, o elétron pertence. Os orbitais numa dada subcamada diferem somente pela orientação no espaço, não pela sua forma. O valor de limita os valores inteiros atribuídos a m: m pode ir de + até –, com o 0 incluído. Por exemplo, quando = 2, m tem cinco valores: + 2, + 1, 0, –1, –2. O número de valores de m para uma dada subcamada (= 2 + 1) especifica o número de orientações que existem para os orbitais desta subcamada e, portanto, o número de orbitais na subcamada. 3.4. Informação Útil dos Números Quânticos Os três números quânticos que mencionamos constituem uma espécie de “código postal” dos elétrons. Dizem-nos em que camada o elétron está (n), em que subcamada na camada () e em que orbital na subcamada (m). Tabela 2. Relação entre os valores de n, e m, até n = 4. 3.5. As formas dos orbitais atômicos Vamos analisar agora a questão da forma e orientação dos orbitais. 3.5.1. Orbitais s 27 www.cursoanualdequimica.com – e-mail: cursodequimica@gmail.com 3.5.2 Orbitais p 3.5.3. Orbitais d 3.5.4. Orbitais f Os sete orbitais f têm todos = 3, o que significa que em cada um existem 3 superfícies nodais. Isto faz com que a visualização destes orbitais seja mais complicada. 28 www.cursoanualdequimica.com – e-mail: cursodequimica@gmail.com 3.6. O Spin do Elétron Três números quânticos (n, e m) nos permitem definir o orbital de um elétron. Para descrever de forma completa o estado dos elétrons num átomo multieletrônico, é necessário um outro número quântico, o número quântico magnético do spin do elétron, ms. Nos anos 1920, os químicos teóricos perceberam que, por causa de os elétrons interagirem com um campo magnético, deveria haver uma propriedade particular para caracterizar a estrutura eletrônica dos átomos. Logo se verificou experimentalmente que o elétron se comportava como se tivesse rotação (spin) própria, tal e qual a Terra em torno do seu eixo. Para entender esta propriedade e a sua relação com a estrutura atômica, devemos compreender o fenômeno geral do magnetismo. 3.6.1. Magnetismo A agulha de uma bússola, em um certo local da Terra, sempre aponta para uma dada direção. A agulha é um ímã, como uma barra de ferro imantada. Em 1600, William Gilbert (1544-1603) concluiu que a Terra era um grande ímã esférico, envolto por um campo magnético (Figura 14). A agulha da bússola era “atraída” pelo campo, e uma das suas extremidades apontava, aproximadamente, para o pólo norte geográfico. Assim, dizemos que a ponta da agulha que aponta para o norte é o “pólo norte magnético”, ou simplesmente o “pólo norte”, identificado pela letra N. A outra extremidade da agulha é o “pólo sul” e é identificada por S. Pólos magnéticos de mesma identificação (N-N ou S-S) se repelem, e pólos opostos (N-S) se atraem. Como o pólo norte magnético da agulha da bússola aponta para o pólo norte geográfico, isto quer dizer que este pólo, na realidade, é o pólo sul da Terra. 29 www.cursoanualdequimica.com – e-mail: cursodequimica@gmail.com Figura 14. O campo magnético da Terra e o de uma barra imantada. As linhas do campo saem, convencionalmente, de uma extremidade denominada “pólo norte magnético”, N, e se encurvam para o “pólo sul magnético”, S. O pólo norte geográfico da Terra, denominado assim antes da introdução do termo “pólo magnético”, é o pólo sul magnético da Terra. 3.6.2. Paramagnetismo e Elétrons Desemparelhados A maioria das substâncias –– por exemplo, giz, sal de cozinha, tecidos –– é ligeiramente repelida por um ímã forte. São substâncias diamagnéticas. Outras substâncias, ao contrário, como muitos metais e certos compostos, são atraídas pelo campo magnético. São denominadas paramagnéticas, e a grandeza do efeito pode ser determinada num aparelho como o ilustrado na (Figura 15). O magnetismo da maior parte dos materiais paramagnéticos é tão pequeno que só pode ser observado na presença de campos magnéticos intensos. Por exemplo, o oxigênio que respiramos é paramagnético e fica preso nos pólos de um ímã forte. Não se aglomera, porém, nos ímãs fracos, como os que servem para fixar avisos e enfeites na porta da geladeira. Outros materiais são muito magnéticos, e é fácil observar os efeitos que provocam. Entre os exemplos citam-se o mineral magnetita, Fe2O3, e a liga com o nome comercial Alnico (de AI, Ni, Co). Estes materiais são chamados ferromagnéticos e são deles os pequenos dispositivos magnéticos de uso doméstico. O paramagnetismo e o ferromagnetismo provêm dos spins dos elétrons. Um elétron num átomo tem as propriedades magnéticas que se esperam de uma partícula com carga elétrica que gira em torno de um eixo. O que nos interessa aqui é a relação entre o spin e a organização dos elétrons no átomo. As experiências mostram 30 www.cursoanualdequimica.com – e-mail: cursodequimica@gmail.com que, se um átomo com um só elétron desemparelhado for colocado num campo magnético, existem exclusivamente duas orientações possíveis para o spin do elétron. Isto é, o spin do elétron é quantizado. A uma orientação se associa o número quântico do spin ms = +1/2 e a outra o valor ms = -1/2. O spin do elétron foi primeiro detectado experimentalmente por dois cientistas alemães, Otto Stern e Walter Gerlach, em 1920. Eles aproveitaram o fato de que uma carga elétrica em movimento gera um campo magnético e, por isto, um elétron com spin deveria se comportar como um pequeno ímã. Para executar seu experimento (veja a ilustração), Stern e Gerlach removeram todo o ar de um vaso e fizeram passar por ele um campo magnético muito pouco homogêneo. Eles, então, injetaram um feixe fino de átomos de prata pelo vaso na direção de um detector. Os átomos de prata têm 46 elétrons emparelhados e um elétron desemparelhado, o que faz com que o átomo comporte-se como um elétron desemparelhado que se desloca sobre uma plataforma pesada, o resto do átomo. Se o elétron tem spin e se comporta como uma bola que gira, o eixo de giro poderia apontar em qualquer direção. O elétron, então, deveria comportar-se como um ímã que poderia adotar qualquer orientação em relação ao campo magnético aplicado. Neste caso, uma faixa larga de átomos de prata deveria aparecer no detectar, porque o campo atrairia os átomos de prata diferentemente, de acordo com a orientação do spin. Foi exatamente isso que Stern e Gerlach observaram quando fizeram o experimento pela primeira vez. Esse resultado inicial era enganador. O experimento é difícil porque os átomos colidem um com o outro no feixe. Um átomo que se move em uma direção pode ser facilmente empurrado pelos vizinhos em outra direção. Quando Stern e Gerlach refizeram o experimento, eles usaram um feixe de átomos muito menos denso, reduzindo assim o número de colisões entre os átomos. Nessas condições, eles viram duas bandas estreitas. Uma banda era formada pelos átomos que passavam pelo campo magnético com uma orientação de spin e a outra, pelos átomos de spin contrário. As duas bandas estreitas confirmaram que um elétron tem spin e também que ele pode adotar somente duas orientações. O spin do elétron é a base da técnica experimental chamada de ressonância paramagnética do elétron (EPR), que é usada para estudar as estruturas e movimentos de moléculas e íons que têm elétrons desemparelhados. A técnica baseia-se na detecção da energia necessária para fazer passar um elétron de uma das orientações de spin para a outra. Como o experimentode Stern e Gerlach, ela só funciona com íons ou moléculas que têm elétrons desemparelhados.
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