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PPC_ENG_MCT_2021

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
CAMPUS FORTALEZA
PROJETO PEDAGÓGICO
CURSO DE BACHARELADO EM
ENGENHARIA DE MECATRÔNICA
5a. revisão
Aprovado pelo NDE em reunião ordinária 01/11/2021
Homologado pelo Colegiado em reunião ordinária 17/11/2021
Fortaleza, 2021
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
CAMPUS FORTALEZA
Reitor
JOSÉ WALLY MENDONÇA MENEZES
Pró-Reitor de Ensino
CRISTIANE BORGES BRAGA
Diretor Geral do Campus Fortaleza
JOSÉ EDUARDO SOUZA BASTOS
Diretora de Ensino do Campus Fortaleza
ADRIANA GUIMARÃES COSTA SABÓIA
Chefe do Departamento de Indústria
ROGÉRIO DA SILVA OLIVEIRA
Coordenador do Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica
SAMUEL VIEIRA DIAS
Integrantes do Núcleo Docente Estruturante - NDE
(Portaria n° 268/GAB-FOR/DG-FOR/FORTALEZA de 19 de outubro de 2020)
DANIEL GURGEL PINHEIRO - Docente
DANIEL XAVIER GOUVEIA - Docente
GERALDO LUIS BEZERRA RAMALHO - Presidente
ROGÉRIO DA SILVA OLIVEIRA - Docente
SAMUEL VIEIRA DIAS - Docente
Integrantes do Colegiado
(Portaria n° 182/GDG de 29 de junho de 2021)
Presidente
SAMUEL VIEIRA DIAS - Coordenador do Curso
Pedagogo(a)
BRUNO FERNANDES ALMEIDA - Titular
MARIA NÚBIA BARBOSA - Suplente
Docente da área de estudos básicos
KARINE BESSA PORTO PINHEIRO VASQUES - Titular
MARIA EUGÊNIA CANTO CABRAL - Suplente
Docente da área de estudos específica
JOÃO MEDEIROS TAVARES JÚNIOR - Titular
ANDRÉ PIMENTEL MOREIRA - Suplente
DANILO NOBRE OLIVEIRA - Titular
REJANE CAVALCANTE SÁ RODRIGUES - Suplente
ADRIANO SÉRGIO BOTELHO VIEIRA - Titular
DANIEL GURGEL PINHEIRO - Suplente
Representante discente
JOSÉ SAMPAIO SOUZA NETO - Titular
FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA DE OLIVEIRA JÚNIOR - Suplente
IZAQUELA LOPES LIBERATO - Titular
MARCOS MONTEIRO DA CRUZ - Suplente
Comissão de Elaboração e Atualização do Projeto Político Pedagógico
(Portaria n° 237/GAB-FOR/DG-FOR/FORTALEZA de 01 de outubro de 2019)
GERALDO LUIS BEZERRA RAMALHO - Docente
DANIEL XAVIER GOUVEIA - Docente
FRANCISCO MAURO PARENTE DE ALBUQUERQUE - Docente
JOSÉ RENATO DE BRITO SOUSA - Docente
ROGÉRIO DA SILVA OLIVEIRA - Docente
RODRIGO FREITAS GUIMARÃES - Docente
BRUNO FERNANDES ALMEIDA - Pedagogo
CARLOS HENRIQUE DA SILVA SOUSA- Bibliotecário
5
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 11
CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 13
Breve Histórico do IFCE - Campus Fortaleza 16
JUSTIFICATIVA 17
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 21
Normativas Nacionais 21
Normativas Institucionais 23
OBJETIVOS DO CURSO 25
Objetivo Geral 25
Objetivos Específicos 25
FORMAS DE INGRESSO E ACOLHIMENTO 28
Acolhimento 28
ÁREAS DE ATUAÇÃO 30
PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO 32
METODOLOGIA 35
ESTRUTURA CURRICULAR 40
Organização Curricular 41
Componentes Curriculares 45
Matriz Curricular 47
Fluxograma 52
Estágio Curricular Obrigatório Supervisionado 52
Atividades Complementares 53
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 62
Revistas do IFCE 66
ESTRUTURA DE GESTÃO DO CURSO 69
Órgão colegiado - Conselho Acadêmico 69
Departamento de Indústria 70
Coordenadoria de Curso 71
Núcleo Docente Estruturante do Curso 72
Colegiado do Curso 73
APROVEITAMENTO E VALIDAÇÃO DO CONHECIMENTO 74
AVALIAÇÃO DO CURSO 76
Núcleo Docente Estruturante (NDE) 76
Colegiado 76
Avaliação Institucional e Autoavaliação 76
Encontros Pedagógicos 77
Ações decorrentes dos processos de autoavaliação e avaliação externa 77
Acompanhamento dos Egressos 78
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 80
EMISSÃO DE DIPLOMAS 83
POLÍTICAS INSTITUCIONAIS NO ÂMBITO DO CURSO 84
APOIO AO DISCENTE 87
Coordenação de Curso 87
Coordenadoria de Controle Acadêmico 88
Departamento de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação 88
Coordenadoria Técnico Pedagógica 89
Diretoria de Extensão e Relações Empresariais 90
Biblioteca 95
Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas 99
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas 100
Coordenadoria de Estágio 101
Coordenadoria de Educação Física e Esporte 102
Incubadora de Empresas 102
Centro Acadêmico 102
CORPO DOCENTE 104
Perfil do Corpo Docente 104
Corpo Docente Permanente 107
CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO 113
INFRAESTRUTURA 114
Laboratórios 116
Laboratórios de Atividade Didática 116
Laboratórios de Atividade de Pesquisa e Desenvolvimento 118
Salas de Atividade Didática 119
Ambientes de Apoio 120
Setor de TI 120
Diretoria de Infraestrutura e Manutenção 121
REFERÊNCIAS 122
ANEXO I - INFRAESTRUTURA 124
7
ANEXO II - TERMO DE ACEITE 125
ANEXO III - ATIVIDADES COMPLEMENTARES 126
ANEXO IV - FLUXOGRAMA CURRICULAR 132
ANEXO V - PUD 133
8
DADOS DA INSTITUIÇÃO
● Nome: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE - Campus
Fortaleza
● CNPJ: 10744098 / 0001 - 45
● UF: Ceará
● Município: Fortaleza
● Endereço: Av. 13 de Maio, no. 2081
● Bairro: Benfica
● CEP: 60040-215
● Telefone(s): (85) 3307-3603
● E-mail do Departamento de Indústria: industria@ifce.edu.br
● Página Institucional na internet: http://www.ifce.edu.br/fortaleza
9
DADOS DO CURSO
● Denominação: BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MECATRÔNICA
● Código: 01501
● Titulação conferida: BACHAREL EM ENGENHARIA MECATRÔNICA
● Nível: SUPERIOR
● Modalidade: PRESENCIAL
● Período de Integralização: 10 SEMESTRES
● Periodicidade: SEMESTRAL
● Formas de ingresso: SISU, Transferência Interna e Externa, Diplomado
● Número de vagas ofertadas/semestre: 30
● Turno de Funcionamento: DIURNO
● Semestre de Início: 2007.1
● Carga Horária dos Componentes Curriculares Obrigatórios: 3680
● Carga Horária Total de Disciplinas Optativas Previstas: 1280
● Carga Horária Obrigatória de Disciplinas Optativas: 0
● Carga Horária do Estágio Obrigatório: 400
● Carga Horária do Trabalho de Conclusão do Curso: 40
● Carga Horária Obrigatória para Integralização do Curso: 4080
● Sistema de Carga Horária: 1 crédito = 20 horas
10
HISTÓRICO DE REVISÕES
Número Data Destaques
1 01/08/2006 - Projeto original de criação do curso.
2 01/10/2013 - Atualização do NDE. Alteração da Matriz Curricular.
3 05/09/2019 - Atualização do NDE e Colegiado. Adequação às novas
resoluções internas. Adequação do PPC aos
instrumentais da PROEN de 2015 e de avaliação do
MEC de 2017. Adequação às DCNs de 2019. Adequação
ao novo modelo de PUD. Atualização da bibliografia dos
PUDs.
- Alteração das regras do TCC, com diferentes formas de
registro e possibilidade de realização em grupo. Inclusão
de atividades complementares não obrigatórias visando
futuras atualizações do PPC.
4 18/11/2020 - Atualização da chefia de departamento, direção de
ensino, portarias NDE e Colegiado. Citação das Leis
10.639/03, 11.645/2008, adequação do PUD de Projetos
Sociais e descrição do NEABI.
5 12/11/2021 - Revisão Final de todo o texto do PPC e PUD´s.
11
APRESENTAÇÃO
O presente documento apresenta a proposta pedagógica do Curso de Bacharelado em
Engenharia de Mecatrônica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará -
IFCE, Campus Fortaleza, ofertado na modalidade presencial. Este projeto está fundamentado
na Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDB), Lei n° 9.394/96, bem como nas
normativas legais em âmbito nacional e institucional que regulamentam os cursos superiores
de graduação, especialmente nas normativas específicas para os cursos de bacharelado.
Este projeto baseia-se nas seguintes premissas:
● contribuir para uma formação qualitativa de engenheiros no estado, valorizando as
pessoas, suas necessidades, expectativas e comportamentos na formulação do
problema a ser resolvido e aplicando diferentes tecnologias;
● contribuir para a inovação no modelos de formação em engenharia baseando-se em
conteúdos atuais organizados por competências e em consonância com as tendências
tecnológicas e valorizando o conhecimento técnico de ciências sociais, exatas e da
engenharia; e
● adotar estratégias de ensino inovadoras visando contribuir para a redução da taxa de
evasão e retenção nos cursos de engenharia da instituição,por meio de atividades nas
quais os saberes são empregados ao projetar soluções, tomar decisões e desenvolver
processos de melhoria contínua em diferentes graus de profundidade e complexidade
ao longo do percurso formativo, viabilizando a integração de competências e
habilidades.
A formatação do referido projeto apresenta os objetivos, a organização curricular, os
procedimentos metodológicos e de avaliação do processo de ensino e aprendizagem e do
12
curso, entre outros aspectos relevantes, visando à formação não somente de um Bacharel em
Engenharia Mecatrônica, mas de um cidadão capaz de atuar no seu contexto social com
competência técnica e humanamente comprometido com a construção de uma sociedade mais
justa, solidária e ética, em consonância com a missão do IFCE presente no seu Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI), Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPI) e com
os objetivos dos Institutos Federais, nos termos da Lei n° 11.892/2008.
Para a elaboração deste projeto, foram utilizados como referência os PPCs do curso de
Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação do Campus Maracanaú e do curso de
Bacharelado em Engenharia de Telecomunicações do Campus Fortaleza, ambos recém
atualizados e homologados pela instituição. Vale registrar que o curso de Bacharelado em
Engenharia de Controle e Automação do Campus Maracanaú recebeu nota 5 na avaliação do
MEC em 2019.
Este projeto está de acordo com o Manual para Elaboração de Projetos Pedagógicos de Cursos
do IFCE, RESOLUÇÃO N° 099, DE 27 DE SETEMBRO DE 2017.
13
CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Nos primeiros vinte anos após a Proclamação da República, as indústrias brasileiras já
apresentavam algum crescimento, demandando a necessidade de mão de obra mais
qualificada. As novas tarefas exigiam pessoas com conhecimentos especializados e
apontavam para a necessidade de se estabelecer, de imediato, o ensino profissional.
Assim, em setembro de 1909, o então Presidente do Brasil, Nilo Peçanha, mediante Decreto
Lei n° 7.566, cria nas capitais dos estados da república, as Escolas de Aprendizes Artífices
para o ensino profissional primário e gratuito.
A Instituição, batizada com a denominação de Escola de Aprendizes Artífices do Ceará, foi
instalada no dia 24 de maio de 1910, na Av. Alberto Nepomuceno, onde funciona, atualmente,
a Secretaria Estadual da Fazenda.
Em 1930 o governo provisório assume o poder e a educação passa a ser regulada pelo
Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP). As Escolas de Aprendizes Artífices,
anteriormente ligadas ao Ministério da Agricultura, passaram, por conseqüência e de
imediato, ao MESP e a receber subsídios do governo central.
Em 1937, na reforma do Ministério da Educação e Saúde Pública, o ministro Capanema,
mediante a Lei n° 378 de 13 de janeiro, transforma as Escolas de Aprendizes Artífices em
Liceus Profissionais, recebendo, no Ceará, a denominação de Liceu Industrial de Fortaleza.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em primeiro de setembro de 1939, houve intensa
redução na importação de produtos estrangeiros. Por esta razão, o Brasil passou a cuidar da
implantação de indústrias básicas, incentivando a criação de estabelecimentos fabris e,
consequentemente, adotou uma política paralela de incentivo à formação de mão-de-obra
qualificada, para atender ao incipiente parque industrial.
14
Por despacho do Ministro da Educação, em 28 de agosto de 1941, houve uma outra
modificação no nome dos Liceus. No Ceará, a denominação passou a ser Liceu Industrial do
Ceará, nome que durou apenas um ano depois, em 1942, de acordo com o Decreto no 4121,
de 25 de fevereiro, recebeu o nome de Escola Industrial de Fortaleza.
A conjuntura nacional e internacional despertou o interesse do governo brasileiro em
modernizar e melhorar o ensino profissional.
Em 1942, a Lei Orgânica do Ensino Industrial estabeleceu as bases da organização e do
regime do ensino destinado à preparação profissional dos trabalhadores na indústria e definiu
o ensino industrial como de 2o grau, em paralelo com o ensino secundário. Os cursos técnicos
de três anos preparariam os alunos para uma nova modalidade de educação, que seria a
formação técnica de segundo grau para a área industrial como atribuição das escolas técnicas
industriais, que naquele ano iniciaram suas atividades.
No estado do Ceará, a denominação Escola Técnica Federal do Ceará surge mediante a Lei no
3.552 de 16 de fevereiro de 1953, alterada pelo Decreto-Lei no 196, de 27 de agosto de 1969
vinculada ao MEC por intermédio da Secretaria de Educação Médio e Tecnológica -
SEMTEC. É uma autarquia educacional, tendo se firmado no Estado como instituição de
excelência no ensino técnico-profissional.
Cumpre salientar que tantas mudanças de nome foram decorrentes do sempre renovado papel
da Instituição, para uma constante sintonia com os novos horizontes que eram delineados pela
permanente dinâmica do progresso muito acelerada nas últimas décadas. A Escola Técnica
Federal do Ceará teve inclusive seu campo de ação ampliado com a criação das UNED's
(Unidades Descentralizadas de Ensino) de Cedro e de Juazeiro do Norte (1994), viabilizando
o ensino profissional em outras regiões do Estado.
A velocidade do desenvolvimento industrial do país e a inserção gradual de tecnologias
avançadas demandam a formação de especialistas de diversos níveis, impondo um persistente
reestudo na formação desses profissionais. Deste reestudo nascem os CEFET's (Centros
Federais de Educação Tecnológica) tendo por objetivo ministrar ensino em nível superior de
graduação e pós-graduação, visando à formação de profissionais nas áreas de construção civil,
15
industrial e tecnológica, a formação de professores e especialistas para o ensino médio e de
formação profissional, formação de técnicos, promoção de cursos de extensão,
aperfeiçoamento, atualização profissional e realização de pesquisas na área técnico-industrial.
A denominação de Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (CEFET-CE) foi
oficializada pela Lei no 8.948, de 8 de dezembro de 1994 e regulamentada pelo Decreto-Lei
no 2.406, de 27 de novembro de 1997 e pelo Decreto de 22/03/99 (DOU de 22/03/99) que
implantou a nova institucionalidade.
A necessidade de capacitação de novos profissionais levou o Governo Federal a sancionar a
lei 11.892/08 que transformou os CEFET's, Escolas Agrotécnicas e Técnicas em Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF's). Com o mesmo status das universidades
federais, os IF's são obrigados a oferecer 20% das vagas para a formação de professores, ou
seja, os cursos de licenciaturas.
Os IF's representam uma nova concepção da educação profissional e humana no Brasil e
traduzem o compromisso do governo federal com os jovens e adultos. Esta nova rede de
ensino tem um modelo institucional em que as unidades possuem autonomia administrativa e
financeira. Além disso, a nova instituição terá também forte inserção na área de Pesquisa e
Extensão para estimular o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) é uma Autarquia
Educacional pertencente à Rede Federal de Ensino. Hoje, com 33 Campi, além da Reitoria e
do Pólo de Inovação, o Instituto Federal do Ceará se consolida como instituição de ensino
inclusivo e de qualidade, cuja missão é produzir, disseminar e aplicar os conhecimentos
científicos e tecnológicos na busca de participar integralmente da formação do cidadão,
visando sua inserção social, política, cultural e ética. O IFCE valoriza o compromisso ético
com responsabilidade social, o respeito, a transparência e a excelência, em consonância com
os preceitos básicos de cidadania e humanismo, com liberdade de expressão, cultura da
inovação e idéias pautadas na sustentabilidade ambiental.
16
Breve Histórico do IFCE - Campus Fortaleza
A história do IFCE - Campus Fortaleza se confunde com o da própria instituição, já que foi
nestecampus que a instituição foi criada e evoluiu para o IFCE.
O campus de Fortaleza do IFCE situa-se no bairro do Benfica, numa área de cerca de 39.000
m². Dispondo de uma estrutura moderna, o campus abriga ações de ensino, pesquisa e
extensão, focadas na preparação dos alunos para o mercado de trabalho. O campus de
Fortaleza dispõe de 88 salas de aulas convencionais, mais de 100 laboratórios nas áreas de
Artes, Turismo, Construção Civil, Indústria, Química, Licenciaturas e Telemática, além de
sala de videoconferência e audiovisual, unidade gráfica, biblioteca, incubadora de empresas,
espaço de artes, complexo poliesportivo e auditórios.
Na área do esporte, a unidade dispõe de uma moderna e aperfeiçoada estrutura de 5000 m² de
área construída, compreendendo campo de futebol society, quadra poliesportiva coberta,
piscina (10x12m), salas de musculação, de fisioterapia e de avaliação física, cinco salas de
aula (duas convencionais e três para ginástica), pista de cooper (260 m), galeria de banheiros e
vestiários, além de área de convivência, terraço e setor administrativo.
O campus de Fortaleza, atualmente, oferta cursos de nível técnico: Guia de Turismo,
Instrumento Musical, Edificações, Segurança no Trabalho, Informática, Telecomunicações,
Eletrotécnica, Mecânica Industrial, Manutenção Automotiva, Química; superiores
tecnológicos: Telemática, Mecatrônica Industrial, Processos Químicos, Gestão Ambiental,
Saneamento Ambiental, Estradas, Gestão Desportiva e de Lazer e Hotelaria; bacharelados:
Engenharia da Computação, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia de Mecatrônica,
Engenharia Civil e Turismo; licenciaturas em: Física, Matemática, Artes Visuais e Teatro;
mestrados: Artes, Ciência da Computação, Educação Profissional e Tecnológica, Energias
Renováveis (em parceria com o IFCE - Campus Maracanaú), Engenharia de
Telecomunicações, Ensino de Ciências e Matemática; Propriedade Intelectual e Transferência
de Tecnologia para Inovação e Tecnologia e Gestão Ambiental.
17
JUSTIFICATIVA
Mecatrônica é acrônimo dos termos mecânica e eletrônica, em si é a união de tecnologias na
área de mecânica, eletrônica, software, controle de processo inteligente assistido por
computador e manufatura de produtos. Isto tudo para tornar mais fácil, rápido e preciso o
controle de máquinas, robôs e qualquer outro tipo de equipamento.
O termo mecatrônica foi criado no Japão na década de 60 para definir o controle de motores
elétricos, e desde então a palavra ficou popular no mundo todo. Na década de 70, a
mecatrônica era em sua maioria designada para funções como as de controle de portões
automáticos e de autofoco em máquinas fotográficas. Alguns anos depois, foi incorporada a
mecatrônica à tecnologia da informática de forma que a implantação de microprocessadores
tornou mais seguro e preciso o controle de máquinas e robôs, tornando-os também mais
compactos. A partir dessa época, também foi implantada a mecatrônica na área
automobilística.
Mais recentemente, já nos anos 90, foi adicionada ao termo a área de comunicações,
possibilitando o controle de equipamentos automatizados robôs a grandes distâncias.
Hoje em dia a mecatrônica evolui cada vez mais, principalmente impulsionada pelo avanço da
microeletrônica e inteligência artificial. O estudo da mecatrônica está se ampliando cada vez
mais no mundo e é cada vez maior a quantidade de cursos de graduação e pós-graduação em
vários países desenvolvidos. Em geral, os cursos não abrangem todas as áreas da mecatrônica,
por serem amplas e complexas. O que é mais comum é se especializar numa determinada área
de concentração, por exemplo, mecatrônica industrial, mecatrônica automotiva, mecatrônica
biomédica.
A própria evolução tecnológica da humanidade tem uma passagem obrigatória pela
mecatrônica e muito do que já temos hoje em dia é devido ao avanço da mecatrônica. A
educação tem sido alvo de mudanças, e as sociedades industrializadas necessitam,
urgentemente, de evoluir nos sistemas de produção e de gestão. Essa necessidade promove
uma demanda por profissionais qualificados na área mecatrônica. Contudo, a oferta desses
18
profissionais é muito pequena, freando o crescimento econômico e tecnológico. Portanto, o
ensino tem por finalidade formar cidadãos críticos, flexíveis, empreendedores, com domínio
do saber tecnológico e com capacidade de geração de novos conhecimentos no campo
profissional, potencializando mercados ainda latentes.
O curso de Engenharia de Mecatrônica do IFCE busca atender esta demanda através da
colocação no mercado de engenheiros mecatrônicos qualificados para o desenvolvimento de
produtos e sistemas de alto valor agregado e aptos a trabalhar na indústria de última geração e
preparados para as novas tecnologias.
É previsto que nos próximos anos cada vez mais aumente a demanda por produtos, bens de
consumo e processos com automação e inteligência embarcada. Cada vez mais sistemas
mecânicos automatizados e inteligentes irão se integrar no dia a dia e a demanda por estes
profissionais é crescente.
Segundo o IBGE (censo 2010), o estado do Ceará tem 8.452.381 pessoas e a cidade de
Fortaleza tem uma população de 2.452.185 pessoas. De acordo com o “Anuário Estatístico do
Ceará 2017” (http://www2.ipece.ce.gov.br/publicacoes/anuario/anuario2017/index.htm), o
estado do Ceará tem 44.479 empresas industriais ativas, sendo 40.380 indústrias de
transformação as quais apresentou um crescimento em média de 2,2% no ano de 2017
(Tabelas 19.1.1, 19.3.1 e 19.3.3). A indústria tem uma participação de 19,6% na atividade
econômica do estado (Tabela 25.1.2). O setor de serviço também emprega muitos
profissionais de Engenharia Mecatrônica, este setor tem uma participação de 76%.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no documento “Mapeamento e
projeção da demanda por engenheiros por categoria, setor e microrregiões brasileiras”
(http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3432) de 2014, uma pesquisa feita pelos autores a
partir dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2010, foram identificados
212.934 engenheiros de diversas áreas, que correspondem a aproximadamente 0,5% do total
de trabalhadores formais no Brasil. As informações de Famílias Ocupacionais (quatro dígitos)
do Código Brasileiro de Ocupações (CBO) permitiram a identificação de treze categorias de
engenheiros. O total de engenheiros em ocupações típicas 212.934 e destes somente 302 são
Engenheiros mecatrônicos, resultando em 0,14%. Vale ressaltar que a maioria dos
19
engenheiros trabalham em diversas áreas e nem todos estão com a carteira de trabalho com o
CBO correspondente. Mas isto é um fato que é proposto aumentar o número de Engenheiros
Mecatrônicos no país.
Nesse contexto, o governo federal através da Lei No 11.892 de 29 de dezembro de 2008
institui a Rede Federal de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica e cria os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). Um dos objetivos dos Institutos Federais,
conforme alínea c, inciso VI, do art. 7o, é ofertar cursos em nível de educação superior, dentre
eles, os cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os
diferentes setores da economia e áreas do conhecimento. Portanto, a Rede Federal de Ensino
assume a missão de ofertar cursos de engenharia em suas unidades, como pode ser verificado
no documento intitulado “Princípios Norteadores das Engenharias nos Institutos Federais”,
publicado pela SETEC/MEC em abril de 2009.
O IFCE tem como missão produzir, disseminar e aplicar os conhecimentos científicos e
tecnológicos na busca de participar integralmente da formação do cidadão, tornando-a mais
completa, visando sua total inserção social, política, cultural e ética.
A decisão em ofertar cursos de engenharia nos Institutos Federais baseia-se em alguns
aspectos estratégicos, considerando-se o momento singular por que passa o país e as
possibilidades que a Rede Federal apresenta. Em primeirolugar, há hoje na Rede um corpo
docente com a qualificação capaz de responder ao desafio de promover a oferta desses cursos
e expandir as atividades para a pesquisa, extensão e a pós-graduação. Em segundo lugar, já
decorre tempo suficiente de oferta de cursos superiores nos centros federais de educação
tecnológica (CEFET), para se fazer uma avaliação acerca dessa experiência e reunir
elementos para os próximos desafios. Em terceiro lugar, pela oportunidade que têm os
Institutos Federais de revisitar o ensino de engenharia, dentro de uma visão mais humanística
e sustentável. E por fim, com vistas a atender à demanda por novos(as) engenheiros(as)
oriunda das novas demandas sociais do mercado de trabalho, tendo em vista a recente
retomada do desenvolvimento econômico verificado no Brasil que, em sua persistência,
obrigará a um redimensionamento do setor educacional e, em particular, dos cursos de
engenharia.
20
Atendendo a esses princípios, o IFCE, ciente dessa relevância no cenário de transformações
no mundo do trabalho e na formação do cidadão e visando sua total inserção social, política,
cultural e ética, tem buscado desempenhar tal tarefa com qualidade, reinterpretando o seu
relacionamento com o segmento produtivo e buscando novos modelos curriculares.
Nesse contexto prima-se, portanto, pela necessidade de um profissional que atue como
gerente de fábrica, empreendedor, convergindo suas atribuições técnicas específicas às
atribuições de gestor; altamente qualificado com habilidades diferentes das tradicionais,
preocupado em organizar tática e estrategicamente as metas a serem alcançadas pela filosofia
da empresa. Um profissional apoiado na ciência e na tecnologia, motivado e motivador, e que
objetive melhorias contínuas dos resultados atingidos nos processos produtivos. O IFCE
Campus Fortaleza, vem através deste projeto atualizar o Curso de Bacharelado em Engenharia
de Mecatrônica, com vistas a formar o Bacharel em Engenharia Mecatrônica para o exercício
crítico e competente da sua profissão, onde os valores e princípios estéticos, políticos e éticos
sejam seus norteadores, e o estímulo à pesquisa e a postura de permanente busca de
atualização profissional seja uma constante. Buscando, desta forma, assim nos termos Lei No
11.892/2008, contribuir com os diversos setores da economia, com ênfase no
desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional.
21
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
No processo de elaboração e atualização deste projeto pedagógico, foram consideradas as
normativas legais em âmbito nacional e institucional que regulamentam os cursos superiores
de graduação, especialmente as normativas específicas para os cursos de bacharelado, a saber:
Normativas Nacionais
● Lei No 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
● Lei No 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação
Prfissional, Cientfica e Tecnológica, cria os Institutos Federais e dá outras
providências.
● Leis 10.639/03 e 11.645/2008: História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
● Parecer CES No 277/2006, que versa sobre nova forma de organização da Educação
Prossional e Tecnológica de graduação.
● Parecer CNE/CES No 583, de 4 de abril de 2001, que dispõe sobre a orientação para
as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação.
● Parecer CNE/CES no 1.362/2001, aprovado em 12 de dezembro de 2001 que trata
sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia.
● Parecer CNE/CES No 8/2007, de 31 de janeiro de 2007, que dispõe sobre carga
horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
● Resolução CNE/CES No 2, de 18 de junho de 2007, que dispõe sobre carga horária
mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação,
bacharelados, na modalidade presencial.
● Resolução CNE/CES No 3, de 2 de julho de 2007, dispõe sobre procedimentos a
serem adotados quanto ao conceito de hora-aula, e dá outras providências.
● Lei No 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior SINAES e dá outras providências.
22
● Decreto No 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de
regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos
superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino.
● Portaria MEC No 40, de 12 de dezembro de 2007, reeditada em 29 de dezembro de
2011, que institui o e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento
de informa ações relativas aos processos de regulação, avaliação e supervisão da
educação superior no sistema federal de educação, e o Cadastro e - MEC de
Instituições e Cursos Superiores e consolida disposições sobre indicadores de
qualidade, banco de avaliadores (Basis) e o Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade) e outras disposições.
● Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto No 4.281 de 25 de junho de 2002, que
tratam sobre as Políticas de educação ambiental.
● Resolução CNE/CP No 2, de 15 de junho de 2012, que estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.
● Parecer CNE/CP No 8, de 06 de março de 2012 e Resolução CNE/CP No 1, de 30 de
maio de 2012, que tratam sobre as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos
Humanos.
● Resolução CNE/CP No 1, de 17 de junho de 2004, que institui Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana.
● Decreto No 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei No 10.436, de
24 de abril de 2002, que dispões sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras.
● Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que trata da Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
● Condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,
conforme disposto na CF/88, art. 205, 206 e 208, na NBR 9050/2004, da ABNT, na
Lei N°10.098/2000, nos Decretos N° 5.296/2004, N° 6.949/2009, N° 7.611/2011 e na
Portaria N°3.284/2003.
● Resolução CONAES N°12/2016, que normatiza o Núcleo Docente Estruturante e dá
outras providências;
23
● Instrumentos para autorização, renovação e reconhecimento dos cursos, publicados
pelo INEP .1
● Resolução CNE/CES nº 2, de 24 de abril de 2019 - Institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia (MEC, 2019a).
Normativas Institucionais
● Regulamento de Organização Didática
○ Resolução nº 83/ 2018 (Aprova alterações nos arts. 72, 78, 131, 143, 176, 177,
183, do Regulamento de Organização Didática, constante da Resolução nº 35
de 22 de junho de 2015)
○ Resolução nº 47/2017 (Aprova a retificação da Resolução Nº 056 de 14
dezembro de 2015, que aprova o Regulamento da Organização Didática)
○ Resolução nº 46/2017 (Aprova a alteração do artigo 43 do ROD)
○ Resolução nº 11/2017 (Aprova a alteração do artigo 109 - § 7º do ROD)
○ Resolução nº 61/2016 (Aprova a alteração do artigo 88 do ROD)
○ Resolução nº 40/2016 (Retifica a Resolução nº 34/2016)
○ Resolução nº 34/2016 (Aprova a alteração da redação do ROD)
○ Resolução nº 56/2015 (Aprova o Regulamento da Organização Didática)
● Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI IFCE - 2019-2023 (IFCE, 2019b).
● Projeto Político-Pedagógico Institucional - PPI - 2018 (IFCE, 2019c).
● Plano de Integridade do IFCE - PI 2018 (IFCE, 2019d).
● Resolução CONSUP No 028, de 08 de agosto de 2014, que dispõe sobre o Manual de
Estágio do IFCE.
● Carga horária docente:
○ Resolução CONSUP 63/2018 - Aprova alteração na redação dos artigos 7º, 9º,
10 e 12 e anexo I, II e III da Regulamentação das Atividades Docentes do
IFCE
○ Resolução CONSUP 039/2016 - Regulamenta as Atividades Docentes
1 Disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_cursos_graduacao/instrumentos/2017/curso_reconhecimento.pdf
24
○ Resolução CONSUP 101/2017 - Aprova alteração na Regulamentação das
Atividades Docentes (RAD) do IFCE
● Resolução N° 004, de 28 de janeiro de 2015 do CONSUP, que determina a
organização do Núcleo Docente Estruturante.
● Resolução N° 050, de 22 de maio de 2017 do CONSUP, que define as normas de
funcionamento dos Colegiado.
● Resolução Nº 012, de 16 de maio de 2013, Institui a Comissão Própria de Avaliação
(CPA)
● Plano Estratégico Institucional para Permanência e Êxito dos Estudantes do IFCE,
publicado por meio da Resolução Consup N° 067, de 31 de julho de 2017.
https://ifce.edu.br/proen/ensino/resolucao-ndeg-067-de-31-de-julho-de-2017.pdf
25
OBJETIVOS DO CURSO
Objetivo Geral
O curso tem como proposta a formação de um profissional em engenharia capaz de dominar
todas as etapas do desenvolvimento de sistemas de controle e da automação de processos de
manufatura integrados a sistemas mecânicos e computacionais, bem como aplicar padrões de
engenharia para específição, dimensionamento e desenho funcional de dispositivos de
controle automático de sistemas e unidades de produção. Com formação generalista,
humanista, crítica e reflexiva, o egresso é capacitado a compreender e desenvolver novas
tecnologias para a identificação e resolução de problemas, considerando os aspectos políticos,
econômicos, sociais e ambientais.
Objetivos Específicos
O profissional Bacharel em Engenharia Mecatrônica possui competências e habilidades para o
exercício do cargo conforme as ações previstas na Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO), alinhadas com as entidades de classe (a saber CREA, com atribuições tais como:
planejar serviços, implementar atividades, administrar, gerenciar recursos, promover
mudanças tecnológicas e aprimorar condições de segurança, qualidade, saúde e meio
ambiente distribuídas nas funções que lhe compete.
O curso está alinhado com as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia
(DCNs) de janeiro de 2019 (MEC, 2019a). Ao lado da formação técnico-científica, enseja-se
a composição de uma perspectiva humanística e empreendedora, criativa e inovadora, crítica e
solucionadora de problemas, dando importância ao valor humano, à qualidade de vida e à
preservação do meio ambiente.
Os objetivos específicos do Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica são:
● Formar profissionais com visão global, crítica e humanística para a inserção em
setores produtivos, aptos a tomarem decisões coerentes e objetivas;
26
● Incentivar a pesquisa e a investigação científica, visando ao desenvolvimento da
ciência e da tecnologia, bem como a difusão da cultura;
● Exercitar atividade de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos ou de
projetos interdisciplinares com os diferentes ramos das ciências;
● Habilitar profissionais a supervisionarem os processos industriais;
● Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento profissional continuado, integrando
os conhecimentos adquiridos de forma crítica e criativa.
● Disseminar os conhecimentos sobre aplicações de novas tecnologias com enfoque no
controle de processos e na automação industrial;
● Viabilizar o trabalho em equipes multidisciplinares, possuindo larga base científica e
capacidade de comunicação;
● Oportunizar atividades de pesquisa e extensão que favoreçam o desenvolvimento de
conhecimento científico e tecnológico;
● Favorecer a produção de trabalhos científicos, por meio de publicações de alcance
local, regional, nacional e internacional, com base nos resultados dos trabalhos de
conclusão de curso (TCC) e iniciação científica;
● Contribuir na inserção dos estudantes no mercado de trabalho de acordo com os
arranjos produtivos regionais;
● Promover ações para compreensão e aplicação de normas técnicas em saúde, meio
ambiente e segurança no trabalho com relação às atividades de controle de processos e
automação industrial;
● Implementar atividades para o desenvolvimento de cultura empreendedora e relações
interpessoais;
● Avaliar os impactos sociais e ambientais das intervenções inerentes ao cargo e manter
o comportamento ético adequado à profissão;
● Proporcionar ao graduando uma formação ampla, diversificada, ética e sólida no que
se refere aos conhecimentos necessários para a prática profissional;
● Promover, por meio das atividades práticas e dos estágios curriculares vivenciados em
diversos ambientes de aprendizagem, a articulação entre teoria e prática;
● Contribuir com a inserção dos estudantes em ambientes de produção e divulgação
científicas e culturais;
27
● Formar um engenheiro consciente de seu papel no mundo do trabalho nas
perspectivas, científica, ambiental, ética e social;
● Capacitar os futuros engenheiros para assumir a postura de permanente busca de
atualização profissional.
28
FORMAS DE INGRESSO E ACOLHIMENTO
São ofertadas, semestralmente, 30 vagas para ingresso no Curso de Bacharelado em
Engenharia de Mecatrônica. As vagas são preenchidas por meio do Sistema de Seleção
Unificada (SISU), com base nas notas obtidas pelos estudantes no ENEM (Exame Nacional
do Ensino Médio). Vagas remanescentes são ofertadas por meio de edital para ingresso como
diplomados ou por transferência interna ou externa, conforme estabelecido nas seções I, II
(Subseções I, II, III e IV), III, IV e V do Capitulo I, Título III, do Regulamento da
Organização Didática (ROD) de junho de 2015. O Instituto Federal do Ceará oferta 50% de
suas vagas pelo sistema de cotas, conforme a Lei nº 12.771, de 29 de agosto de 2012, e a Lei
13.409, de 28 de dezembro de 2016, que altera a Lei nº 12.711, para dispor sobre a reserva de
vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico de nível médio e superior das
instituições federais de ensino.
Acolhimento
Semana Zero - Nivelamento
Os alunos ingressantes no curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica, iniciam suas
atividades na instituição com a semana de acolhimento denominada de semana zero. Neste
período, os alunos participam de atividades de nivelamento, em sala de aula, nas disciplinas
básicas de Cálculo I e Física I.
Os alunos participam de uma palestra informativa conduzida por um pedagogo, onde são
esclarecidas o papel da Coordenadoria Técnico Pedagógica - CTP dentro da instituição e as
diretrizes aplicadas na Regulamentação Organizacional Didática - ROD, mostrando para o
aluno direitos, deveres e obrigações a serem seguidas pelos ingressantes durante sua
permanência na instituição. Alunos veteranos, bolsistas e membros do Centro Acadêmico
https://ifce.edu.br/espaco-estudante/regulamento-de-ordem-didatica/arquivos/Rod_atualizado1.pdf
29
realizam um breve Tour com os alunos, apresentando o departamento, coordenação, salas de
aula, laboratórios, biblioteca e outros ambientes de interesse dos alunos ingressantes.
Instrução e Orientação
Os alunos ingressantes, após a semana zero, são recebidos no auditório da instituição, onde o
Diretor geral do campus, diretores, chefes de departamento, coordenadores, pedagogos e
administrativos, todos reunidos, homenageiam aos alunos presentes com votos de
boas-vindas. O coordenador do curso acompanha os alunos à sala de aula, onde repassa
informações diversas a respeito da política organizacional e didática do curso.
Semana da Engenharia (SEMECAT)
Periodicamente é realizada a Semana da Engenharia Mecatrônica , evento organizado pelo2
Centro Acadêmico da Engenharia Mecatrônica (CAEM) e por alunos voluntários, com apoio
dos docentes. O evento tem como objetivo promover o intercâmbio de conhecimentos da
Indústria 4.0 para os alunos dos cursos de Bacharelado de Engenharia de Mecatrônica, da
Tecnologia de Mecatrônica Industrial, ambos cursos do IFCE - Campus de Fortaleza, além do
Bacharelado de Engenharia de Controle e Automação, Bacharelado de Engenharia Mecânica,
cursos do IFCE - Campus de Maracanaú, dos cursos da área da Indústria de todos os níveis e
de qualquer instituição de ensino do estado do Ceará e aos interessados pelas tecnologiasvoltadas para essa área, com atividades voltadas para a melhor entendimento desse assunto.
São realizadas atividades como minicursos, palestras, amostra de projetos e a competição
"Corrida do Seguidor de Linha". Por meio dessas atividades, os discentes conhecem melhor a
estrutura física do curso, como laboratórios, a estrutura organizacional, além das atividades de
pesquisa dos discentes e docentes e têm contato direto com conteúdos das disciplinas mais
avançadas do curso.
2 https://sites.google.com/view/caem-ifce-fortaleza/eventos-do-caem/semana-de-engenharia-de-mecatrônica
30
ÁREAS DE ATUAÇÃO
O Engenheiro Mecatrônico formado pelo Curso de Engenharia de Mecatrônica do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará campus de Fortaleza estará habilitado a
atuar nas indústrias, nas empresas de engenharia e de equipamentos industriais; nas empresas
usuárias de processos mecânicos e eletro-eletrônicos; empresas de consultoria que atuam na
área da indústria; no gerenciamento e controle de processos produtivos discretos, células
flexíveis de manufatura; em indústrias de metal-mecânica; professor na área de engenharia e
como gerente industrial. Outra área de atuação desse profissional é a pesquisa aplicada,
desenvolvida em institutos de pesquisa e em empresas, tanto no país como no exterior.
O Bacharel em Engenharia Mecatrônica é o profissional de nível superior com competências e
habilidades para planejar, implementar, administrar, gerenciar, promover e aprimorar com
técnica e tecnologia a automação industrial, assumindo ação empreendedora com consciência
de seu papel político, econômico, social e ambiental.
Trata-se de um profissional com formação generalista que atua no controle e automação de
equipamentos, processos, unidades e sistemas de produção, atuando principalmente na
interface entre o sistema produtivo e o sistema gerencial das empresas, planejando, projetando
e executando sistemas de controle de processos e de produção industrial, voltado de modo
geral para a automação dos métodos e dos equipamentos industriais.
Em sua atuação também estuda, projeta e específica materiais, componentes, dispositivos ou
equipamentos elétricos, eletromecânicos, eletrônicos, magnéticos, ópticos, de instrumentação,
de aquisição de dados e de máquinas elétricas; planeja, projeta, instala, opera e mantém
sistemas de medição e instrumentação eletro-eletrônica, de acionamentos de máquinas, de
controle e automação de processos, de equipamentos dedicados, de comando numérico e de
máquinas de operação autônoma; projeta, instala e mantém robôs, sistemas de manufatura e
redes industriais; coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade
técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos e efetua vistorias, perícias e
avaliações, emitindo laudos e pareceres técnicos. Em todas as suas atividades, considera
31
aspectos referentes à ética, à segurança, à legislação e aos impactos ambientais, além da
preocupação com o uso eficiente das energias durante o pleno funcionamento de
equipamentos e processos fabris.
O aluno egresso do Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica tem potencialidade
para atuar tanto nas empresas de engenharia e nas indústrias de produção de equipamentos e
software para automação industrial, como nos setores usuários da automação, podendo sua
intervenção acontecer nos seguintes níveis:
1. Automatização de processos e sistemas no setor industrial, comercial, residencial e de
serviços;
2. Modernização, otimização do funcionamento e manutenção de unidades de produção
automatizadas;
3. Projeto e integração de sistemas de automação industrial em empresas de engenharia;
4. Concepção e instalação de unidades de produção automatizadas;
5. Concepção e fabricação em unidades de produção automatizada;
6. Desenvolvimento de produtos de instrumentação, controle, operação e supervisão de
processos industriais.
7. Treinamento de recursos humanos em indústrias e instituições de ensino;
8. Pesquisa científica e tecnológica buscando a criação e desenvolvimento de novas
tecnologias.
Neste escopo, fica claro que o Engenheiro Mecatrônico está habilitado para trabalhar em
concessionárias de energia, automatizando os setores de geração, transmissão ou distribuição
de energia; na automação de indústrias e na automação predial; com simulação, análise e
emulação de grandes sistemas por computador; na fabricação e aplicação de máquinas e
equipamentos elétricos robotizados ou automatizados. Portanto, destacam-se como possíveis
locais de absorção desta mão de obra qualificada, Empresas de Engenharia; Empresas de
beneficiamento e de bebidas; Empresas de linha de montagem industrial; Empresa de geração
e distribuição de energia elétrica; Empresa de prospecção e beneficiamento de petróleo e gás;
Empresas de siderurgia, laminação; Empresas do ramo têxtil e calçadista.
32
PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
O engenheiro mecatrônico é um profissional com a capacidade de projetar, implementar,
analisar e otimizar os processos industriais contínuos e discretos, atuando nas áreas da
robótica industrial, de projetos, de manufatura e engenharia assistidos por computador,
sistemas flexíveis de manufatura, sistemas de controle e interfaces homem-máquina, além de
incentivar o empreendedorismo no sentido da criação de empresas integradoras de processos
industriais de manufatura. Tem como competências e habilidades:
● Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à
Engenharia Mecatrônica.
● Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados.
● Projetar e analisar sistemas, produtos e processos eletroeletrônicos e mecânicos.
● Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia
Mecatrônica.
● Identificar, formular e resolver problemas de Engenharia Mecatrônica.
● Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas.
● Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas.
● Avaliar criticamente ordens de grandeza e significância de resultados numéricos.
● Comunicar-se eficientemente nas formas escritas, oral e gráfica.
● Atuar em equipes multidisciplinares.
● Compreender e aplicar a ética e responsabilidades profissionais.
● Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental.
● Avaliar viabilidade econômica de projetos de engenharia.
● Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício
da profissão;
● Aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos complexos,
atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia, bem como em
relação aos desafios da inovação.
● Atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o
desenvolvimento sustentável.
33
● Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
As competência gerais do engenheiro, segundo as DCNs são:
I - Analisar e compreender os usuários das soluções de engenharia e seu contexto, para
formular as questões de engenharia e conceber soluções desejáveis. Isto significa ser capaz de
utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das necessidades
dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais ambientais e econômicos. Formular,
de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia considerando o usuário e seu contexto,
concebendo soluções criativas e o uso de técnicas adequadas, que sejam desejáveis pelos
usuários;
II - Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de modelos
matemáticos, computacionais ou físicos, validados por experimentação. Isto significa ser
capaz de modelar fenômenos e sistemas físicos e químicos utilizando ferramentas
matemáticas, estatísticas, computacionais e de simulação. Prever os resultados dos sistemas
por meio dos modelos. Conceber experimentos que geram resultados reais para o
comportamento dos fenômenos e sistemas em estudo. Verificar e validar os modelos pormeio
de técnicas estatísticas adequadas;
III - Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos (bens e serviços) componentes ou
processos. Isto significa ser capaz de conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e
viáveis técnica e economicamente nos contextos em que serão aplicadas. Projetar e determinar
parâmetros construtivos e operacionais das soluções de Engenharia. Aplicar conceitos de
gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de Engenharia;
IV - Implantar as soluções de Engenharia considerando os aspectos técnicos, sociais, legais,
econômicos e ambientais. Isto significa ser capaz de simular e analisar diferentes cenários
com foco na tomada de decisões. Supervisionar e avaliar a operação e a manutenção de
sistemas. Aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e coordenar a
implantação das soluções de Engenharia. Estar apto a administrar e gerir tanto a força de
trabalho quanto os recursos físicos, materiais e da informação. Desenvolver sensibilidade
global nas organizações, projetar e desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções
34
inovadoras para problemas. Realizar avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de
Engenharia no contexto social e ambiental;
V - Comunicar-se efetivamente e eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica. Isto
significa ser capaz de se expressar adequadamente, dominar os meios de comunicação
existentes e manter-se atualizado em termos de métodos e tecnologias de comunicação
disponíveis;
VI - Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares. Isto significa ser capaz de interagir com
diferentes culturas, mediante trabalho em equipes presenciais ou a distância, de modo a
facilitar a construção coletiva. Atuar de forma colaborativa em equipes multidisciplinares,
tanto presencialmente quanto em rede, de forma ética e profissional. Gerenciar projetos e
liderar de forma proativa e colaborativa, definindo estratégias e construindo consenso nos
grupos. Reconhecer e conviver com as diferenças socioculturais nos mais diversos níveis em
todos os contextos em que atua (globais/locais). Preparar-se ainda para liderar
empreendimentos em todos os seus aspectos de produção, de finanças, de pessoal e mercado;
VII - Interpretar e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito do exercício
da profissão. Isto significa ser capaz de compreender a legislação, a ética e a responsabilidade
profissional e avaliar os impactos das atividades de Engenharia na sociedade e no meio
ambiente. Atuar sempre respeitando a legislação e com ética em todas as atividades, sempre
zelando para que isto ocorra também no contexto em que estiver atuando; e
VIII - Aprender de forma autônoma, para lidar com situações e contextos complexos,
atualizando-se em relação aos avanços da ciência e da tecnologia. Isto significa ser capaz de
assumir atitude investigativa e autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de
novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias. Aprender a aprender novas
competências. Aprender métodos, técnicas e meios de ensino / aprendizagem de modo a estar
apto a capacitar profissionais no exercício profissional.
35
METODOLOGIA
O desenvolvimento do currículo vai além das atividades convencionais da sala de aula, dado
que afeta direta ou indiretamente o processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, o papel
dos educadores é fundamental para consolidar um processo participativo em que o aluno
possa desempenhar papel ativo na construção de seu próprio conhecimento, com a mediação
do professor, o que pode ocorrer através do desenvolvimento de atividades integradoras
como: debates, reflexões, seminários, momentos de convivência, palestras e trabalhos
coletivos.
Nessa perspectiva, o IFCE promove a inclusão de todos os seus alunos respeitados os
princípios da acessibilidade pedagógica e atitudinal. Entendida de forma ampla, a
acessibilidade atitudinal, segundo Sassaki (2002), pressupõe medidas que extrapolam a
dimensão arquitetônica e abrangem o campo legal, curricular, metodológico, das práticas
avaliativas, e, consiste na atitude da pessoa que impulsiona a remoção de barreiras em relação
à percepção do outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações.
Em decorrência da acessibilidade atitudinal, Sassaki (2002) apresenta outros espectros, dentre
eles, a acessibilidade metodológica ou pedagógica como sendo a ausência de barreiras nas
metodologias e técnicas de estudo, diretamente relacionada à atuação docente e sua concepção
de conhecimento, aprendizagem, avaliação, inclusão educacional. A acessibilidade
pedagógica se faz presente quando os professores possibilitam diversificação curricular,
flexibilização do tempo, utilização de recursos para viabilizar a aprendizagem e adaptação de
técnicas de ensino respeitadas as necessidades do aluno com deficiência, com dificuldades
cognitivas, com habilidades específicas ou com outras condições que se façam presentes.
Ressalte-se que, em conformidade com a Lei Brasileira de Inclusão, Lei No 13.146/2015
(BRASIL, 2015), sancionada pela presidente Dilma Rousseff, considera-se pessoa com
deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
36
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Nesse contexto, o Conselho Superior do IFCE, através da Resolução No 50, de 14 de
dezembro de 2015, aprovou o Regulamento dos Núcleos de Acessibilidade de Assistência
Estudantil - NAPNEs (IFCE, 2015) com a finalidade de promover o acesso, a permanência e o
êxito educacional do discente com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento,
com altas habilidades/superdotação.
Evidenciamos que o NAPNE, presta atendimento mediante o trabalho realizado em conjunto
com os demais setores do IFCE através de suporte técnico, científico, acadêmico, pedagógico
e psicossocial necessários às atividades de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas na área
da educação inclusiva, sob a perspectiva dos direitos e da diversidade humana. Para isso, além
de propor ações de reordenação do espaço físico, formação para servidores, sensibilização da
comunidade acadêmica e proposição de políticas de amparo a esses estudantes, deverá atuar
junto às coordenações de cursos, aos colegiados destes e à equipe pedagógica oferecendo
colaboração com a adaptação dos referenciais teórico-metodológicos e assistência para
melhor atender a necessidade apresentada pelo discente.
Cabe a todos os envolvidos no processo de aprendizagem organizar situações didáticas que
possibilitem ao aluno poder decisório na solução de questões diversas relacionadas com as
realidades profissionais. Assim, forma-se profissionais com autonomia intelectual e moral,
aptos a participar, criar e exercer sua cidadania, contribuindo para o desenvolvimento
tecnológico e sustentável. Neste contexto, a articulação entre teoria e prática deve ser um
compromisso docente, assim como, as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Pela própria natureza do curso, a integração eficiente entre a teoria e a prática profissional no
processo de ensino e aprendizagem é da maior importância na formação do profissional de
Engenharia Mecatrônica. Além disso, as atividades experimentais são um elemento motivador
para os estudantes de graduação. As aulas práticas e de laboratório são essenciais para que o
aluno possa experimentar metodologias pedagógicas inovadoras adequadas ao ensino de
tecnologia. O contato do aluno com a prática deve ser planejado, considerando os diferentes
37
níveis de profundidade e complexidade dos conteúdos envolvidos, o tipo de atividade, os
objetivos, as competências e habilidades específicas. Inicialmente, o aluno deve ter contato
com os procedimentos a serem utilizados na aula prática, realizada simultaneamente por todaa turma e acompanhada pelo professor. No decorrer do curso, o contato do aluno com a teoria
e a prática deve ser aprofundado por meio de atividades que envolvem a criação, o projeto, a
construção e análise, e os modelos a serem utilizados. O aluno também deverá ter contato com
a análise experimental de modelos, através de iniciação científica.
As atividades de caráter prático podem ser entendidas no âmbito interno ou externo ao IFCE.
No âmbito interno, estas atividades serão ofertadas através de aulas práticas incluídas em cada
disciplina específica para a implementação de experiências em laboratório; simulações
computacionais, atividades de iniciação científica, como bolsista ou voluntário; atividades
como monitor de disciplinas; ou de participações em projetos de pesquisa como bolsista ou
voluntário. No âmbito externo ao IFCE, o estágio supervisionado é uma atividade que pode
integrar o aluno ao ambiente da prática profissional. Outras atividades, tais como visitas
técnicas, estudo de casos reais in loco, participação em congressos técnicos e científicos,
seminários de sociedades de profissionais da Engenharia podem amadurecer o aluno sobre seu
futuro campo de atuação profissional.
O trabalho experimental possibilita o contato e a familiarização com equipamentos e
processos típicos da vida profissional. Propicia a vivência, no laboratório ou no campo, de
conhecimentos vistos anteriormente apenas em teoria na sala de aula, ou por outros meios. A
percepção das limitações e especificidades dos modelos teóricos, em ambiente controlado, é
uma vivência significativa na formação do profissional. A atividade experimental em
laboratório pode também despertar o interesse pela investigação científica e incentivar novas
vocações para a pesquisa e para a docência na Engenharia. A facilitação do acesso dos alunos
aos laboratórios de ensino, através de um programa de monitoria, dinamizada pelos próprios
alunos, pode ser uma estratégia capaz de aumentar o contato do aluno com atividades
experimentais. Entretanto, as atividades nos laboratórios estão sujeitas a atender critérios de
segurança física e patrimonial, que pode inviabilizá-las dependendo do tipo de limitação física
do aluno, a depender da tecnologia que esteja efetivamente disponível.
38
Não obstante a importância da prática profissional, ela deve ser incentivada também como
forma de desenvolver o senso crítico do engenheiro. Na prática profissional, muitas vezes se
apresentam vícios de conduta que são observados pelo aluno, o que possibilita a reflexão, a
autocrítica e a intervenção por parte dos docentes.
A aplicação do método científico em variadas situações e contextos, a análise dos problemas
com visão crítica e a proposição de soluções com criatividade, são atitudes que devem ser
desenvolvidas nos alunos de Engenharia, quaisquer que sejam os setores em que irão atuar. A
cultura de investigação e da descoberta deve estar presente no universo das atividades levadas
a efeito ao longo da graduação: nas aulas, nos projetos, nas visitas, nos estágios, na
preparação de seminários, no contato interpessoal e nas mais variadas circunstâncias.
A Resolução CNE/CES 2/2019 (MEC, 2019a), que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais dos cursos de Graduação em Engenharia, no seu Art. 3o., determina que “O perfil
do egresso do curso de graduação em Engenharia deve (...); IV – adotar perspectivas
multidisciplinares e transdisciplinares (...)”.
A presença de componentes curriculares como Metodologia Científica, Projeto final de curso,
Empreendedorismo, Inovação Tecnológica, bem como as Atividades Complementares
buscam despertar o interesse para uma formação sociocultural mais abrangente, contribuindo
de forma determinante na formação interdisciplinar do profissional.
Acredita-se que não se deve adotar uma área temática prévia para explorar a
multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade no currículo de engenharia, de forma a evitar
especializações precoces através de trabalhos em uma mesma área. Uma estratégia a ser
adotada seria envolver o maior número possível de professores do departamento na orientação
de projetos, em atividades de extensão e em atividades extracurriculares, com a função de
destacar para os alunos os princípios científicos, as aplicações e as interações com a
sociedade, nos temas abordados.
O Art. 3o. da Resolução CNE/CES no. 2/2019 (MEC, 2019a), também determina que deve “I
- ter visão holística e humanista, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e ético e com forte
39
formação técnica”. No Art. 4o. da mesma resolução fica instituído que o Engenheiro deve “VI
- atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e com o
desenvolvimento sustentável.”.
Entre as estratégias adotadas para permitir a formação do engenheiro com os conhecimentos
necessários ao desempenho de seu papel social, destacam-se os seguintes:
● Oferta da disciplina Ética como disciplina obrigatória do curso.
● Oferta da disciplina de Economia para Engenharia como disciplina obrigatória, o
que permitirá ao profissional entender melhor os efeitos econômicos produzidos na
sociedade pelas atividades de Engenharia.
● Oferta da disciplina Empreendedorismo, abordando a Inovação Tecnológica e,
visando estimular o aluno a empreender novas ideias, entender novas práticas de
construção tecnológica com sustentabilidade ambiental e responsabilidade humana e
social, produzir novas tecnológicas, e a partir dessas iniciar seu próprio negócio,
gerando empregos e oportunidades para a região local.
● Oferta da disciplina Projeto Social, onde o aluno pode ter contato com ONG’s,
trabalho voluntário e poderá compreender, dentro do contexto social atual, a formação
plural da sociedade brasileira, por parte dos povos indígenas, africanos e seus
descendentes, além das relações do Estado e Sociedade para com estes.
● Outra disciplina que também oferece oportunidades para discutir a ética e a função
social do profissional é Introdução à Engenharia Mecatrônica, ofertada no primeiro
semestre.
● O aluno é estimulado a buscar sua formação complementar, ao mesmo tempo que
terá uma maior integração com a comunidade acadêmica e a sociedade de maneira
geral. As atividades extracurriculares, tais como a participação em palestras,
seminários, congressos, atividades artístico culturais, e outras, servem a este propósito.
As Atividades Complementares, obrigatórias ou não, visam propiciar maior integração
e desenvolver habilidades dentro das áreas supracitadas. O ambiente
tecnológico/universitário oferece uma gama de eventos e de oportunidades de relações
interpessoais, que ultrapassam a fronteira formal de uma disciplina específica,
permitindo a discussão de questões políticas, humanísticas, filosóficas e sociais
significativas para a vivência do futuro profissional.
40
ESTRUTURA CURRICULAR
A estrutura curricular do Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica é dividida nos
seguintes itens:
● Organização Curricular
● Matriz curricular
● Fluxograma
● Estágio Curricular Supervisionado
● Atividades complementares
● Trabalho de conclusão de curso
Estes itens integralizam uma carga horária mínima de 4080 horas, definidos abaixo:
 ● NÚCLEO BÁSICO (34,8% dos créditos)
Base Científica
Base de Expressão, Social, Meio Ambiente e Gestão
 ● NÚCLEO PROFISSIONALIZANTE (21,6% dos créditos)
Base de Computação
Base de Eletroeletrônica
Base de Mecânica
 ● NÚCLEO ESPECÍFICO (33,8% dos créditos)
Sistemas Mecatrônicos e de Robótica
Sistemas Integrados de Manufatura
Trabalho de conclusão de curso
 ● FORMAÇÃO COMPLEMENTAR OBRIGATÓRIA (9,8% dos créditos)
Estágio 400h
41
Organização Curricular
O Curso de Engenharia de Mecatrônica do IFCE campus de Fortaleza atende aos objetivos
propostos na proposta pedagógica dos cursos de engenharia e às competências e habilitações
previstas nas diretrizes curriculares, Resolução CNE/CES 2/2019 (MEC, 2019a); à Lei
Federal n. 5194, de 1966, que regulamentao exercício da profissão de engenheiro, à
Resolução n. 218 do CONFEA, que discrimina atividades das diferentes modalidades da
engenharia e das atribuições do Engenheiro regulamentadas pela Resolução n. 447 de 22 de
setembro de 2000, e ainda, pelo Parecer no 329/2004 que trata da carga horária mínima dos
cursos de graduação e dos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e
Licenciatura da SESU/MEC, 2010.
A matriz curricular do Curso de Engenharia de Mecatrônica envolve conteúdos do núcleo de
formação básica, num total 1340 horas; de conteúdos do núcleo de formação profissional,
num total de 960 horas e do núcleo de conteúdos específicos, com o total de 1340 horas mais
40 horas de Trabalho de Conclusão de Curso e 400 horas de estágio, que se constituem em
extensões e, aprofundamentos dos conteúdos profissionalizantes, bem como de outros
conteúdos destinados a caracterizar a ênfase do Curso. Esses conteúdos constituem-se em
conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição do curso
de Engenharia de Mecatrônica e garantirão o desenvolvimento das competências e habilidades
estabelecidas nas diretrizes curriculares do curso. O curso poderá ofertar disciplinas optativas,
contidas na matriz curricular, de acordo com a demanda dos discentes e disponibilidade dos
docentes do Departamento de Indústria, por meio de planejamento prévio.
Na organização curricular do curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica, foram
considerados os seguintes princípios, considerando os objetivos do curso e perfil profissional
do egresso a ser formado, a saber:
42
● Ensino com uma formação básica bastante sólida, fornecida por um conjunto de
disciplinas obrigatórias fundamentais para a área do Curso de Bacharelado em
Engenharia de Mecatrônica;
● Flexibilidade Curricular: permitir que o futuro profissional tenha uma formação básica
forte e que complemente esta formação com disciplinas optativas e atividades diversas
como estágios, iniciação científica, entre outras, na sua área de interesse específico.
● Atualidade: permitir que novas tecnologias e novos conceitos sejam facilmente
agregados ao currículo através de disciplinas de caráter optativo;
● Qualidade da Formação: além das atividades didáticas em sala de aula, o currículo
prevê uma série de outras atividades, como estágios, trabalho de conclusão do curso
(TCC), disciplinas integradoras, atividades de iniciação científica, que buscam o
aperfeiçoamento individual do aluno e o seu amadurecimento como um profissional
especializado, mas com sólida formação básica.
● Multidisciplinaridade: o curso é dividido em núcleos que contém componentes
curriculares que abrangem várias áreas do conhecimento, a saber, científicos, sociais,
gestão, computação, eletricidade e mecânica. As disciplinas do núcleo básico do Curso
de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica e as optativas podem ser cursadas em
outros cursos do IFCE, com diferentes enfoques, o que reforça uma visão e
abordagens multidisciplinares.
● Interdisciplinaridade: os conteúdos básicos, profissionalizantes e específicos são
abordados de forma a explorar a integração de conhecimentos tanto nas aulas práticas,
de laboratório e em atividades complementares.
● De um modo geral, a proposta curricular é formada por um conjunto de disciplinas
obrigatórias, bem como um conjunto de disciplinas optativas, com as cargas definidas
na Tabela 1, fruto da atuação conjunta e contínua do Núcleo Docente Estruturante
(NDE) e Colegiado do curso.
43
Tabela 1. Organização curricular em bases multidisciplinares
Núcleo Base Sem.
Componente
Curricular
CH
BÁSICO Científica 1 Cálculo I 80
BÁSICO Científica 1 Física I 120
BÁSICO Científica 1
Linguagem de
Programação
80
BÁSICO Científica 1 Química Aplicada 80
BÁSICO Científica 2 Cálculo II 80
BÁSICO Científica 2 Física Experimental 40
BÁSICO Científica 2 Física II 80
BÁSICO Científica 2
Metodologia Científica
e Tecnológica
40
BÁSICO Científica 2
Probabilidade e
Estatística
80
BÁSICO Científica 2 Álgebra Linear 80
BÁSICO Científica 3 Ciência dos Materiais 120
BÁSICO Científica 3 Cálculo III 80
BÁSICO Científica 6 Empreendedorismo 40
BÁSICO Científica 6 Engenharia Econômica 40
BÁSICO Eletroeletrônica e Mecânica 5 Eletrônica Analógica 80
BÁSICO Eletroeletrônica e Mecânica 5 Eletrônica Digital 80
BÁSICO Eletroeletrônica e Mecânica 5
Laboratório de
Eletrônica Analógica
40
BÁSICO
Expressão, Social, Meio Ambiente
e Gestão
1 Ética 20
BÁSICO
Expressão, Social, Meio Ambiente
e Gestão
10 Projeto Social 40
BÁSICO
Expressão, Social, Meio Ambiente
e Gestão
10 Proteção Ambiental 40
ESPECÍFICO Eletroeletrônica e Mecânica 6 Eletrônica Industrial 80
ESPECÍFICO Eletroeletrônica e Mecânica 6
Laboratório de
Eletrônica Industrial
40
ESPECÍFICO Eletroeletrônica e Mecânica 6 Mecânica de Máquinas 80
ESPECÍFICO
Expressão, Social, Meio Ambiente
e Gestão
9 Gestão da Manutenção 40
ESPECÍFICO
Expressão, Social, Meio Ambiente
e Gestão
9
Gestão e Controle da
Qualidade
40
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
1
Introdução à Engenharia
Mecatrônica
20
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
4
Desenho Assistido por
Computador
80
44
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
4
Higiene e Segurança no
Trabalho
40
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
6
Laboratório de
Microcontroladores
40
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
6 Microcontroladores 80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
7 Dispositivos Periféricos 80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
7
Instrumentação
Eletrônica I
80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
7 Sistemas de Controle 80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
8 Controle Digital 80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
8
Instrumentação
Eletrônica II
80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
8
Modelagem de Sistemas
a Eventos Discretos
80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
9
Acionamentos
Hidráulicos e
Pneumáticos
80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
9 Automação Industrial 80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
9
Laboratório de
Acionamentos
Hidráulicos e
Pneumáticos
40
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
9
Laboratório de
Automação Industrial
40
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
9 Robótica I 80
ESPECÍFICO
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
10
Projeto de Conclusão de
Curso
40
FORMAÇÃO
COMPLEMENTAR
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
11 Estágio Curricular 400
PROFISSIONALIZANTE Científica 4 Sistemas Lineares 80
PROFISSIONALIZANTE Computação 5 Cálculo Numérico 80
PROFISSIONALIZANTE Eletroeletrônica e Mecânica 3
Eletricidade e
Magnetismo
80
PROFISSIONALIZANTE Eletroeletrônica e Mecânica 4 Circuitos Elétricos I 80
PROFISSIONALIZANTE Eletroeletrônica e Mecânica 5 Circuitos Elétricos II 80
PROFISSIONALIZANTE Eletroeletrônica e Mecânica 5
Laboratório de Circuitos
Elétricos II
40
45
PROFISSIONALIZANTE Eletroeletrônica e Mecânica 7 Instalações Elétricas 80
PROFISSIONALIZANTE Eletroeletrônica e Mecânica 8
Comandos
Eletroeletrônicos
80
PROFISSIONALIZANTE
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
3
Desenho Técnico e
Mecânico
80
PROFISSIONALIZANTE
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
3 Metrologia 40
PROFISSIONALIZANTE
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
4
Resistência dos
Materiais
80
PROFISSIONALIZANTE
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
7
Acionamentos de
Máquinas I
80
PROFISSIONALIZANTE
Sistemas de Manufatura,
Automação e Mecatrônica
8
Acionamentos de
Máquinas II
80
Componentes Curriculares
As competências são desenvolvidas e avaliadas por meio das componentes curriculares,
estruturadas em componentes curricularesbásicas, profissionalizantes e específicas. A Tabela
2 apresenta o agrupamento das disciplinas de conteúdo básico, que fazem parte da proposta
curricular. As Tabelas 3 e 4 apresentam, respectivamente, as disciplinas de conteúdo
profissionalizante e de conteúdo específico. As denominações de conteúdos básico,
profissionalizante e específico, seguem as denominações usadas na
Resolução/CES/CNE-2/2019 (MEC, 2019). As disciplinas de conteúdo específico também
são consideradas integradoras, pois promovem o exercício das competências e habilidades na
execução de projetos em grupo.
No Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica, as disciplinas são ofertadas todo
semestre, sejam elas no próprio curso, como também por outros cursos de engenharia. Tal
política ajuda no combate à retenção e, consequentemente, da evasão, dá oportunidade ao
discente, caso haja reprovação, desistência ou trancamento, de fazer tais disciplinas no
semestre subsequente à perda da mesma.
46
Tabela 2. Componentes curriculares básicas
Sem Cod Componente Curricular CH
1 IND.005 Ética 20
1 IND.006 Química Aplicada 80
1 IND.007 Linguagem de Programação 80
1 TELM.005 Cálculo I 80
1 CCN.006 Física I 120
2 IND.010 Física Experimental 40
2 IND.012 Metodologia Científica e Tecnológica 40
2 IND.009 Álgebra Linear 80
2 IND.011 Probabilidade e Estatística 80
2 TELM.010 Cálculo II 80
2 TELM.011 Física II 80
3 CEME.160 Eletricidade e Magnetismo 80
3 IND.013 Cálculo III 80
3 CEME.148 Ciência dos Materiais 120
5 CEME.149 Laboratório de Eletrônica Analógica 40
5 IND.025 Eletrônica Analógica 80
5 IND.028 Eletrônica Digital 80
6 IND.029 Engenharia Econômica 40
6 IND.036 Empreendedorismo 40
10 TELM.053 Projeto Social 40
10 PQU042 Proteção Ambiental 40
Tabela 3. Componentes curriculares profissionalizantes
Sem Cod Componente Curricular CH
3 IND.017 Metrologia 40
3 IND.014 Desenho Técnico e Mecânico 80
4 IND.018 Sistemas Lineares 80
4 IND.020 Circuitos Elétricos I 80
4 IND.021 Resistência dos Materiais 80
5 CEME.150 Laboratório de Circuitos Elétricos II 40
5 IND.024 Cálculo Numérico 80
5 IND.026 Circuitos Elétricos II 80
7 CEME.154 Instalações Elétricas 80
7 MECI.002 Acionamentos de Máquinas I 80
8 CEME.156 Comandos Eletroeletrônicos 80
8 MECI.003 Acionamentos de Máquinas II 80
47
Tabela 4. Disciplinas de conteúdo específico da Engenharia de Mecatrônica
Sem Cod Componente Curricular CH
1 IND.008 Introdução à Engenharia Mecatrônica 20
4 AMB.024 Higiene e Segurança no Trabalho 40
4 MECI.014 Desenho Assistido por Computador 80
6 CEME.152 Laboratório de Eletrônica Industrial 40
6 CEME.153 Laboratório de Microcontroladores 40
6 CEME.151 Mecânica de Máquinas 80
6 IND.030 Eletrônica Industrial 80
6 IND.033 Microcontroladores 80
7 CEME.155 Dispositivos Periféricos 80
7 IND.038 Sistemas de Controle 80
7 IND.042 Instrumentação Eletrônica I 80
8 IND.044
Modelagem de Sistemas a Eventos
Discretos
80
8 IND.082 Controle Digital 80
8 IND.083 Instrumentação Eletrônica II 80
9 CEME.157 Laboratório de Automação Industrial 40
9 CEME.158
Laboratório de Acionamentos
Hidráulicos e Pneumáticos
40
9 CEME.159 Gestão e Controle da Qualidade 40
9 IND.043 Gestão da Manutenção 40
9 CEME.161 Automação Industrial 80
9 IND.041
Acionamentos Hidráulicos e
Pneumáticos
80
9 MECI.057 Robótica I 80
10 MECM.019 Projeto de Conclusão de Curso 40
Matriz Curricular
A Matriz Curricular do Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica do IFCE
Campus Fortaleza, apresentada na Tabela 5, está organizada em 10 (dez) semestres letivos,
cada um com intervalo de tempo de 100 dias de atividades de ensino. Ao longo de cada
semestre são trabalhadas Unidades Curriculares, cada uma com seus objetivos e conjunto de
habilidades a serem desenvolvidas, de forma que, ao final do curso, o graduando possa
desenvolver as competências e habilidades necessárias à formação do futuro profissional.
48
Tabela 5. Matriz das Componentes Curriculares Obrigatórias
Sem Cod Componente Curricular CH Pré-Req
Núcl
eo
Total
1
IND.005 Ética 20 B
400
IND.008
Introdução à Engenharia
Mecatrônica
20 E
IND.006 Química Aplicada 80 B
IND.007 Linguagem de Programação 80 B
TELM.005 Cálculo I 80 B
CCN.006 Física I 120 B
2
IND.010 Física Experimental 40 CCN.006 B
400
IND.012
Metodologia Científica e
Tecnológica
40 B
IND.009 Álgebra Linear 80 B
IND.011 Probabilidade e Estatística 80 B
TELM.010 Cálculo II 80 TELM.005 B
TELM.011 Física II 80 CCN.006 TELM.005 B
3
IND.017 Metrologia 40 IND.011 P
400
CEME.160 Eletricidade e Magnetismo 80 TELM.010 B
IND.013 Cálculo III 80 IND.009 TELM.010 B
IND.014 Desenho Técnico e Mecânico 80 P
CEME.148 Ciência dos Materiais 120 IND.006 B
4
AMB.024 Higiene e Segurança no Trabalho 40 E
360
IND.018 Sistemas Lineares 80 IND.009 TELM.005 P
IND.020 Circuitos Elétricos I 80 P
IND.021 Resistência dos Materiais 80 CCN.006 CEME.148 P
MECI.014
Desenho Assistido por
Computador
80 IND.014 E
5
CEME.149
Laboratório de Eletrônica
Analógica
40 IND.020 B
400
CEME.150
Laboratório de Circuitos Elétricos
II
40 IND.020 P
IND.024 Cálculo Numérico 80 IND.007 TELM.010 P
IND.025 Eletrônica Analógica 80 IND.020 B
IND.026 Circuitos Elétricos II 80 IND.020 P
IND.028 Eletrônica Digital 80 B
6
CEME.152
Laboratório de Eletrônica
Industrial
40 IND.025 IND.026 E
400
CEME.153
Laboratório de
Microcontroladores
40 IND.028 E
IND.029 Engenharia Econômica 40 B
IND.036 Empreendedorismo 40 B
49
CEME.151 Mecânica de Máquinas 80 IND.021 E
IND.030 Eletrônica Industrial 80 IND.025 IND.026 E
IND.033 Microcontroladores 80 IND.028 E
7
CEME.154 Instalações Elétricas 80 IND.026 P
400
CEME.155 Dispositivos Periféricos 80 IND.033 E
IND.038 Sistemas de Controle 80 IND.018 E
IND.042 Instrumentação Eletrônica I 80 IND.025 E
MECI.002 Acionamentos de Máquinas I 80 IND.030 P
8
CEME.156 Comandos Eletroeletrônicos 80 MECI.002 P
400
IND.044
Modelagem de Sistemas a
Eventos Discretos
80 IND.009 E
IND.082 Controle Digital 80 IND.038 E
IND.083 Instrumentação Eletrônica II 80 IND.042 E
MECI.003 Acionamentos de Máquinas II 80 MECI.002 P
9
CEME.157
Laboratório de Automação
Industrial
40 IND.042 E
400
CEME.158
Laboratório de Acionamentos
Hidráulicos e Pneumáticos
40 TELM.011 E
CEME.159 Gestão e Controle da Qualidade 40 E
IND.043 Gestão da Manutenção 40 E
CEME.161 Automação Industrial 80 IND.042 E
IND.041
Acionamentos Hidráulicos e
Pneumáticos
80 TELM.011 E
MECI.057 Robótica I 80 CEME.151 IND.042 E
10
MECM.019 Projeto de Conclusão de Curso 40 E
120TELM.053 Projeto Social 40 B
PQU042 Proteção Ambiental 40 B
Componentes CH
56 TOTAL 4080
21 BÁSICO 1420
12 PROFISSIONALIZANTE 880
22 ESPECÍFICO 1380
01 FORMAÇÃO COMPLEMENTAR 400
A Matriz Curricular do Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica contempla as
disciplinas básicas, específicas e profissionalizantes necessárias para uma boa formação
teórica e prática. Ao longo do curso, o discente poderá cursar disciplinas de conteúdo
específico (optativas), sem limite de carga horária. Vale ressaltar que, a partir da demanda de
50
discentes e docentes, em todos os semestres é ofertada pelo menos uma das disciplinas
optativas previstas, de forma que o conteúdo optativo seja disponibilizado aos discentes,
sendo esta uma das ações para garantir flexibilidade curricular. Ressalva-se ainda, que devem
ser respeitados os pré-requisitos exigidos, conforme elencados na matriz curricular.
O aluno que obtiver aprovação em qualquer das disciplinas específicas ou optativas de cursos
superiores de nível equivalente, ofertadas no IFCE Campus Fortaleza, terá direito a
integralizar a referida disciplina no Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica.
Em obediência ao Decreto Federal n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005, Capítulo II, Artigo
3°, § 2°, a matriz curricular apresenta a disciplina de Linguagem Brasileira de Sinais
LIBRAS para Curso de Bacharelado em Engenharia de Mecatrônica. De acordo com o
referido Decreto que em seu Capítulo II, Artigo 3°, § 2° diz: "A Libras constituir-se-á em
disciplina curricular optativa

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