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Avaliação de capacitação em higiene das mãos por educação a distância

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
 
PUC-SP 
 
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regina Sílvia Chaves de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de capacitação em higiene das mãos por 
educação a distância 
 
 
 
 
 
Mestrado Profissional em Educação nas Profissões da Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOROCABA 
2018
 
 
 
 
Regina Silvia Chaves de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de capacitação em higiene das mãos por 
educação a distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Final apresentado à Banca Examinadora da 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como 
exigência parcial para obtenção do título de 
MESTRE PROFISSIONAL em Educação nas 
Profissões em Saúde, sob orientação da Profª Drª 
Gisele Regina de Azevedo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOROCABA 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lima, Regina Sílvia Chaves de 
L732 Avaliação de capacitação em higiene das mãos por 
educação a distância / Regina Sílvia Chaves de Lima. -- 
Sorocaba, SP, 2018. 
 
Orientadora: Gisele Regina de Azevedo. 
Trabalho Final (Mestrado Profissional) -- Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências 
Médicas e da Saúde. 
 
1. Higiene das Mãos. 2. Infecção Hospitalar. 3. Avaliação. 
4. Educação a Distância. I. Azevedo, Gisele Regina de. II. 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de 
Ciências Médicas e da Saúde. III. Título. 
 
Ficha catalográfica elaborada por Antonio Pedro de Melo Maricato CRB8/6922 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Banca Examinadora 
__________________________________ 
__________________________________ 
__________________________________ 
__________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Lima RSC. Avaliação de capacitação de higiene das mãos por educação a distância. 
 
Introdução: a higienização das mãos do profissional de saúde é a medida de maior impacto 
na eficácia da prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Medida 
básica e de simples execução, vem sendo um desafio mundial pela sua baixa adesão, apesar de 
várias estratégias utilizadas pela Organização Mundial da Saúde. Objetivos: avaliar a 
aprendizagem na capacitação em higiene das mãos, em acadêmicos do curso de Medicina, por 
meio de EaD. Os objetivos específicos foram de capacitar estudantes de Medicina em 
higienização das mãos; avaliar uma capacitação de higiene de mãos em EaD e colaborar com 
o programa de controle de infecção hospitalar com uma capacitação de higiene de mãos por 
meio da EaD. Material e método: foram incluídos 99 acadêmicos do curso de Medicina 
UNIFEV, com uma abordagem qualitativa e quantitativa, de forma exploratória. A 
capacitação foi composta por seis atividades, cinco online, sendo a sexta presencial. A 
primeira foi a aplicação de questões de múltipla escolha, com avaliação somativa, para a 
análise dos conhecimentos prévios dos acadêmicos. A segunda foi realizada por meio de um 
Fórum de discussão, com abordagem na sensibilização dos profissionais de saúde para 
melhorar a sua apreensão, a avaliação foi qualitativa. Na terceira, foi realizada a reaplicação 
das questões de múltipla escolha com feedback automático pelo sistema. A quarta foi prática; 
os participantes fizeram uma análise de dois vídeos publicados na plataforma. Esta análise 
deveria ser de acordo com os onze passos da técnica de higiene das mãos preconizados pelo 
Ministério da Saúde, referenciando-se as inadequações apresentadas por estes, na plataforma. 
Na quinta foi proposto para que os acadêmicos elaborassem um vídeo de higienização das 
mãos, seguindo a técnica proposta, a avaliação incluiu feedback individual. A sexta avaliação 
foi presencial com realização de um Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE), com 
simulação de situação real, na qual o acadêmico deveria relatar os momentos oportunos para 
higienização das mãos. Posteriormente, os estudantes demonstraram a técnica da higiene das 
mãos, com realização de feedback individual e oportuno. Resultados: dentre os 99 
acadêmicos inscritos, houve desistência de oito acadêmicos (8,1%), aprovação de 84 
acadêmicos (92,3%; N=91) e sete reprovas (7,7%; N=9) por não realizarem as atividades 
propostas. A primeira atividade apresentou como resultado a nota média de 8,00 entre os 
participantes. Na segunda, os indicadores de controle de infecções e a educação em saúde 
foram os fatores de maior impacto na sensibilização. Implementar as capacitações foi a 
proposta mais frequente dos participantes para melhorar a sensibilização. A terceira, quarta, 
quinta e sexta atividades obtiveram respectivamente notas médias de 8,5; 6,5; 9,80 e 9,60 
entre os acadêmicos. Conclusão: os acadêmicos apresentaram um bom desempenho na 
avaliação de conhecimento prévio, que sugeriu uma abordagem teórica adequada na 
graduação do curso de Medicina. As discussões e reflexões foram coerentes, com propostas 
factíveis, nas ações para melhoria da adesão. A avaliação da habilidade da lavagem das mãos 
apresentou inicialmente um baixo desempenho, apesar do conhecimento teórico ter-se 
apresentado satisfatório. Notou-se uma lacuna entre o “saber” e o “demonstrar como se faz”, 
revelando a necessidade de implementação de atividades que contemplem a habilidade de 
higienização das mãos na grade curricular. Diversos métodos para avaliação foram utilizados, 
a predominante foi a avaliação formativa associada ao feedback, que colaborou para uma 
aprendizagem significativa ao longo da capacitação, em que os acadêmicos demonstraram 
neste momento o “fazer”. A modalidade de EaD, enquanto ferramenta fundamental nas 
atividades curriculares e extracurriculares, deve ser considerada para capacitações de higiene 
das mãos, e sua implementação em programas de controle de infecção hospitalar. 
Descritores: Avaliação; Higiene das Mãos; Infecção Hospitalar; Educação a Distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Lima RCS. Evaluation of hand hygiene training through distance learning 
 
Introduction: Introduction: hand hygiene of health-care workers is the measure with the 
greatest impact on the effectiveness of prevention and control of infections related to the 
health-care system. This basic and easily implemented measure has been a worldwide 
challenge due to its low compliance, despite several strategies made by the World Health 
Organization. Objectives: the main goal was to evaluate the improvements in hand hygiene 
of medical students achieved by a DLP. The secondary objectives were to enable medicine 
students in hand hygiene, to assess hand hygiene training by DLP and to establish a 
collaboration between the hand hygiene training DLP and the hospital infection control 
program. Material and method: 99 students of the UNIFEV Medicine course were evaluated 
through a qualitative and quantitative approach and exploratory methods. The training 
consisted of six activities, being five online and one on-site. The first was the application of a 
multiple-choice test with summative evaluation to survey the previous knowledge of the 
students. The second was carried out through a discussion forum, with a focus on raising the 
awareness of health professionals to improve compliance – the evaluation was qualitative. In 
the third a reapplication of the multiple-choice test was performed with automatic feedback by 
the system. The fourth was practical – the participants analyzed two videos published on the 
platform. This analysis should be performed in accordance with the eleven steps of the hand 
hygiene technique recommended by the Brazilian Ministryof Health, identifying the 
shortcomings in the videos. In the fifth the students had to prepare their own hand sanitation 
video following the proposed technique – the evaluation included individual feedback. The 
sixth evaluation was performed on site and carried a Structured Objective Clinical 
Examination in a simulated situation, in which the student should report the appropriate 
moments for hand hygiene. Afterwards the students demonstrated the hand hygiene technique 
and received instantenous individual feedback. Results: among the 99 students enrolled, eight 
students did not attend (8.1%), 84 students (92.3%; N=91) passed, and seven (7.7%; N=91) 
failed for not completing all required activities. The first activity presented the average score 
of 8.00 among all participants. In the second activity, healthcare education and ratings of 
infection control were the factors with the greatest impact on awareness. Implementing the 
trainings was the most frequent proposal of the participants to improve awareness. The third, 
fourth, fifth and sixth activities respectively had average scores of 8.50, 6.50, 9.80 and 9.60 
among the students. Conclusion: the participants presented a good performance in the 
evaluation of previous knowledge, which suggests an adequate theoretical learning in the 
medicine graduation course. The discussions and reflections were coherent, with feasible 
proposals, for implementation to improve compliance. The evaluation of handwashing ability 
initially presented a poor performance, despite the theoretical knowledge being satisfactory. 
There was a gap between "knowing" and "demonstrating how it is done", revealing the need 
to implement activities that contemplate the skill of hand hygiene in the curriculum. Several 
evaluation methods were used, the predominant being the formative evaluation associated 
with feedback, which contributed to a meaningful learning throughout the training, in which 
the student demonstrated "how to be done". The modality of DLPs as a fundamental tool in 
curricular and extracurricular activities should be considered for hand hygiene training as well 
as its implementation in hospital infection control. 
Keywords: Educational Evaluation; Hand Hygiene; Hospital Infection; Distance Learning 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
EaD Educação a Distância 
IRAS Infecções Relacionadas à Assistência Saúde 
Mini-CEX Exercício de Avaliação Mini Clínica 
OMS Organização Mundial de Saúde 
OPAS Organização Pan-Americana de Saúde 
OSCE Exame Clínico Objetivo Estruturado 
SCIH Serviço de Controle de Infecção Hospitalar 
THAM Técnicas e Habilidades e Atitudes Médicas 
TIC Tecnologias de Comunicação e Informação 
UNIFEV Centro Universitário de Votuporanga 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8 
2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 15 
2.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 15 
3. MATERIAL E MÉTODO ................................................................................................. 16 
3.1 Tipo de estudo ..................................................................................................... 16 
3.2 Local de estudo ................................................................................................... 17 
3.3 População do estudo ............................................................................................ 17 
3.4 Amostra da pesquisa ........................................................................................... 18 
3.5 Instrumento de coleta de dados ........................................................................... 19 
3.6 Aspecto éticos ..................................................................................................... 19 
3.7 Procedimento de coleta de dados ........................................................................ 19 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 25 
4.1 Primeira atividade (pré-teste) .............................................................................. 27 
4.2 Segunda atividade ............................................................................................... 29 
4.3 Terceira atividade (pós-teste): ............................................................................. 33 
4.4 Quarta atividade .................................................................................................. 43 
4.5 Quinta atividade .................................................................................................. 45 
4.6 Sexta atividade .................................................................................................... 46 
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 49 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 50 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 51 
APÊNDICE A- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE 1) ............... 56 
APÊNDICE B- Termo de cessão de direitos para o uso de imagem .................................. 57 
primeira atividade: ................................................................................................................. 58 
APÊNDICE C- Questões de múltipla escolha: .................................................................... 58 
Sexta atividade: ....................................................................................................................... 60 
APÊNDICE D – Check-list (OSCE): .................................................................................... 60 
A- Roteiro: visita na enfermaria ............................................................................... 60 
B - Fazer a higienização das mãos (solução alcoólica ou água e sabão). ................ 61 
ANEXO .................................................................................................................................... 63 
8 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 As mãos são os principais meios de transmissão das doenças1–4 e, em 1846, Ignaz 
Semmelweis - médico húngaro – questionou o modelo médico e os paradigmas da ciência de 
sua época, quando foi mal visto e mal compreendido pelos colegas, ao constatar que a elevada 
mortalidade materna, causada pela febre puerperal era transmitida por partículas cadavéricas 
veiculadas pelas mãos de profissionais médicos e acadêmicos de Medicina. Passou, assim, as 
instituir a prática de higiene das mãos em um hospital de Viena, ocasionando a diminuição da 
mortalidade materna por infecção puerperal, mudando toda a rotina na assistência à saúde, 
naquela época, por meio desta nova recomendação2,4,5. 
 Ainda hoje, a higienização de mãos constitui a medida mais importante na prevenção e 
controle de infecções, nos estabelecimentos de saúde4. 
 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no “Manual de higiene das 
mãos em serviço de saúde”, define a higiene de mãos como: “medida individual mais simples 
e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à 
saúde”4. 
 Apesar de ser simples a execução desta medida, rápida e barata, mundialmente os 
profissionais de saúde apresentam uma baixa adesão a esta prática2,4. Estudos sobre o temaavaliam que a baixa adesão dos profissionais à prática da higienização das mãos, ainda são 
frequentes e importantes, encontrando-se abaixo de cinquenta por cento4,6,7. A adesão é vista 
como complexa e de difícil implantação na assistência à saúde4. 
 As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centers for Disease 
Control and Prevention (CDC), para a higiene das mãos são: 
“que esta ocorra antes do contato com o paciente, antes de procedimentos invasivos, 
após o contato com fluidos corporais, após o contato com superfícies inanimadas 
próximas ao paciente, após retirar as luvas, quando as mãos tiverem sujidade visível, 
após a exposição a esporos ou patógenos, e quando houver mudança de um sítio 
contaminado de um paciente para outro sítio no mesmo paciente”8. 
A monitorização da adesão dos profissionais à higiene das mãos deverá ocorrer em 
observações nos cinco momentos primordiais (“My Five Moments for Hand Hygiene”): “antes 
do contato com o paciente, antes de realizar procedimento limpo, após riscos de contato com 
fluidos corpóreos, após tocar o paciente e após tocar superficies próximas ao paciente”2,8–10. 
9 
 
 
 
 A OMS - World Health Organization (WHO) 2009 refere que um terço das infecções 
adquiridas em resultado da prestação de cuidados é decididamente evitável, tendo criado em 
2005/2006, através da Aliança Mundial para Segurança do Paciente (“World Alliance for 
Patient Safety”), o slogan Assistência Limpa é Assistência Segura (“Clean Care is Safer 
Care”), sendo o objetivo deste desafio a redução da Infecção Relacionada à Assistência à 
Saúde (IRAS)1,2,10. 
 O Brasil vem assumindo os chamados “Desafios Globais para a Segurança do 
Paciente”, tendo como seu primeiro desafio a prevenção das IRAS. E, para tanto, vem 
desenvolvendo uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde da Organização 
Mundial da Saúde (OPAS/OMS)3, para priorizar a redução das infecções associadas aos 
cuidados em saúde, por meio de campanhas de higiene das mãos11. Atualmente, programas 
que focam a segurança no cuidado do paciente nos serviços de saúde tratam como prioridade 
o tema higienização das mãos3,4,11. 
 A higiene de mãos salva vidas, se realizada no momento certo. Com esta visão, a OMS 
elaborou O Guia para Implementação da Estratégia Multimodal da OMS para Melhoria da 
Higiene das Mãos, contendo as Diretrizes da OMS sobre Higiene das Mãos em Serviços de 
Saúde, estratégia esta que deve ser utilizada para qualquer serviço de saúde, visto que as 
IRAS afetam milhões de pessoas no mundo. Este guia orienta a implantação de várias ações 
(multimodal), através de um plano de ação e refere que a educação é um dos seus pilares2: 
todos os profissionais de saúde precisam de formação/educação integrais sobre a importância 
da higiene das mãos, a abordagem “Meus 5 Momentos para a Higiene das Mãos” e os 
procedimentos corretos para a higiene das mãos com sabonete líquido e água e a fricção 
antisséptica das mãos com preparação alcoólica3,4,8. 
 O processo educativo visa uma aprendizagem eficaz. Podemos defini-la como ação, 
arte de ensinar, de transmitir conhecimentos, sendo orientação no sentido de modificar o 
comportamento da pessoa humana, podendo assim, significar instrução e orientação12. 
 Bloom et al13 citam que a aprendizagem envolve conhecimento (cognitivo), 
habilidades (psicomotor) e atitudes (afetivo). Eles publicaram um trabalho relevante 
denominado “A taxonomia dos objetivos educacionais”, que se tornou conhecido como 
“Taxonomia de Bloom”, em que descrevem os domínios cognitivo e afetivo, com 
complexidade em ordem crescente referentes a conhecimento, compreensão, aplicação, 
análise, síntese e avaliação, sendo revisada em 2001, com uma nova estrutura; auxilia na 
10 
 
 
 
definição dos objetivos de aprendizagem, apresentando-se em termos do conhecimento, agora 
com quatro dimensões: 
 “factual, conceitual, procedimental e metacognitivo, e em processos cognitivos com 
seis divisões, a saber: relembrar (definir, memorizar, listar, reproduzir); entender 
(classificar, descrever, discutir, explicar, identificar, reconhecer); aplicar (escolher, 
demonstrar, ilustrar, interpretar, resolver); analisar (comparar, criticar, discriminar, 
distinguir, examinar); avaliar (justificar uma decisão, argumentar, selecionar, 
julgar); criar (construir, desenvolver, formular, desenhar, escrever”. 
Considere-se ainda que a mesma atividade ou “tarefa” em avaliação pode ser elencada 
em mais de uma divisão14. 
 Na atualidade, o modelo de educação a distância tem sido visto como facilitador do 
processo ensino-aprendizagem, pela ausência de fronteiras geográficas, levando a uma 
participação sem limites dos educandos15. Tal recurso vem ampliando-se no meio acadêmico 
pela instituição de autonomia ao acadêmicos, sempre mediada pelo tutor, com atividades que 
promovem o processo de ensino-aprendizagem16. 
 No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, em seu artigo 80 – estabelece a modalidade de educação a distância, com respaldo em 
todas as modalidades de ensino17. As regulamentações posteriores deram-se pelos Decretos 
2.494 e 2.561, de 1998, e pelo Decreto 5.622, publicado em 20 de dezembro de 2005, Lei 
EaD que foi na graduação elaborado pela discussão de especialistas, universitários e a 
sociedade, apresentando um conjunto de definições e conceitos referentes à qualidade da 
educação superior a distância18. 
 As Referências de Qualidades de Curso a Distância orientam as instituições em dez 
itens básicos, a serem observados na elaboração de um curso: compromisso dos gestores, 
desenho do projeto, equipe profissional multidisciplinar, comunicação e interação entre os 
agentes, recursos educacionais, infraestrutura de apoio, avaliação contínua e abrangente, 
convênios e parcerias, transparência nas informações e sustentabilidade financeira18,19. 
 A EaD deve ser compreendida como “Educação” antes da “Distância”, por estar 
apoiada na construção da aprendizagem, pilar fundamental na interação dos tutores e 
estudantes18. 
 Neste contexto, Sá20 destaca as diferenças nas funções do docente na educação 
presencial e a distância; nesta última, o docente (tutor), atua no acompanhamento dos 
acadêmicos, e não, na condução; o tutor mais ouve do que fala; o método é centrado no 
acadêmico; diversidade no meio e nas fontes didáticas; interatividade acadêmicos-tutor de 
diversas formas; ritmo determinado pelo acadêmico; múltiplas formas de contato; avaliações 
11 
 
 
 
de comum acordo pré-definidas; atendimento pelo tutor em horários, locais diversos e meios 
distintos. 
 A EaD vem alterando seu método por impulsos das novas Tecnologias de Informação 
e Comunicação (TICs), as quais, com a internet, vêm implementando outras formas 
alternativas do conhecimento, de maneira a facilitar o processo ensino-aprendizagem neste 
modelo16,21. 
 A avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem no modelo EaD e acha-se 
conceituada em dicionário como substantivo feminino derivado do ato de avaliar, apreciar e 
estimar, com origem do latim avaliar, significando atribuir, ou valorar, ou qualificar 
alguém22. Luckesi 23 já referia que a função da avaliação deveria ser a de auxiliar na 
edificação de uma aprendizagem adequada. Sant’Anna 24 reportava-se à avaliação como 
processo que analisa o comportamento e o desempenho do acadêmicos e do educador, na 
construção da aprendizagem teórico-prática. Panúncio-Pinto e Troncon25 referem que: 
Na perspectiva da educação, “avaliação” é um termo que abrange qualquer 
atividade em que a evidência de aprendizagem é recolhida de forma planejada e 
sistemática, sendo utilizada para emitir um juízo sobre a aprendizagem. 
 A avaliação colabora na incrementação da aprendizagem; para isto, se fazem 
necessários o seu planejamento e a escolha do método da avaliação, deacordo com os 
objetivos a serem atingidos25. 
 A atribuição da avaliação pode ser somativa ou formativa, sendo que a somativa se faz 
pontual sobre um tema, realizada ao final de um curso ou módulo, com caráter classificatório, 
certificatório e informativo, por meio de provas com questões de múltipla escolha, 
dissertativas e orais, enquanto a formativa se faz de maneira contínua, sendo diagnóstica, pois 
é realizada através da interação acadêmicos-professor e com a utilização do feedback ao 
longo da aprendizagem, Borges et al referem que 26: 
Por fim, conclui-se que a avaliação formativa, escopo desse artigo, é uma das mais 
importantes ferramentas pedagógicas existentes e que, se bem utilizada, transforma-
se num dos componentes centrais do processo de ensino-aprendizagem. 
 
 O feedback é uma ferramenta utilizada pelo diálogo entre acadêmicos e professor, de 
forma bidirecional, aberta e sem preconceitos, para avaliar o desempenho em determinada 
atividade, conduzindo à autorreflexão, incentivando a mudança. Deve ser realizado em 
momento oportuno, próximo da atividade, discutindo pontos positivos e negativos do 
 
12 
 
 
 
desempenho de forma assertiva e respeitosa26–28. Chowdhury e Kalu29 referem que um dos 
modelos de feedback mais aceitos e utilizados na educação médica é a Pendleton rule’s, 
caracterizado por ser iniciada pela autoavaliação do acadêmicos, em que ele reconhece o que 
fez de bem. Em seguida, o facilitador (professor ou tutor) reforça os pontos positivos que 
foram utilizados para alcançar este sucesso; após nova autoavaliação pelo acadêmicos sobre o 
que poderia ter sido feito para melhor alcançar os objetivos, assim como análise de caminhos 
alternativos, aqui o facilitador orienta pontos a serem melhorados e, ao final, os acadêmicos 
dão um feedback para a atuação do professor e sobre as habilidades e objetivos atingidos29. 
 Os critérios dos métodos de avaliação devem ser determinados previamente com o 
objetivo de avaliar o desempenho, a habilidade e a atitude. Assim, modelos conceituais como 
a “Pirâmide de Miller”, proposta por George Miller 30, vem como norteador para a escolha de 
métodos de avaliação voltados ao ensino dos profissionais de saúde. Ele pressupõe que a base 
constitui o “saber” (conhecimentos fundamentais) e que se assenta sobre este o “saber como 
fazer”, o qual, por sua vez, constitui o “mostrar como faz”; e o estrato da pirâmide constitui o 
“fazer”30. As habilidades e competências referentes aos dois estratos basilares da pirâmide ─ 
o “saber” e o “saber como fazer” ─ pertencem ao domínio cognitivo. Portanto, devem ser 
avaliadas com métodos apropriados à aferição de aquisição de conhecimentos, tais como: 
testes de múltipla escolha, ensaios, dissertações e exames orais. Já o estrato da pirâmide de 
Miller ─ que corresponde ao “mostrar como faz” e “fazer” ─ corresponde à avaliação de 
habilidades e competências clínicas, devendo esta ser feita usualmente com exames práticos 
envolvendo tarefas clínicas, que variam desde a observação direta do atendimento de 
pacientes reais pelo estudante, até exames clínicos com objetivos estruturados e ou com o 
emprego de pacientes simulados, envolvendo tarefas diversificadas, tais como: exame não 
estruturado (prático-oral), exame semiestruturado Mini-Clinical Evaluation Exercise (Mini-
CEX) e o Objetive Structured Clinical Examination (OSCE)25. 
 O MINI-CEX é realizado com a utilização de um instrumento de avaliação direta dos 
acadêmicos, em atendimentos reais. O tutor observa diretamente o desempenho, com um 
check-list, pontua seus acertos nas etapas avaliadas, com escala de cinco pontos, e realiza um 
feedback imédiato25,31–33. 
 Nos exames estruturados, o OSCE é realizado para avaliar atitudes e habilidades, pela 
criação de cenários de prática denominados estações, que são estruturados com a participação 
de pacientes simulados (atores). Cabe, então, aos acadêmicos executar tarefas específicas 
solicitadas, sendo o tempo pré-estabelecido para cada estação. A avaliação do desempenho é 
13 
 
 
 
feita pelo avaliador, ao longo do processo e através de um check-list que elenca os objetivos 
esperados25,31,32. 
 Norcini et al, na Conferência Internacional de Ottawa34, elaboraram um conjunto de 
recomendações para garantir avaliações de boa qualidade, envolvendo todos os participantes 
dos processos avaliativos: estudantes, professores ou avaliadores, instituições de ensino, 
pacientes ou usuários da atenção à saúde, o sistemas de saúde e órgãos reguladores. Cabe ao 
estudante conhecer os objetivos das avaliações, com garantia de qualidade, com realização de 
feedback que estimule o aprendizado, além de ter conhecimento sobre seus critérios, assim 
como decisão sobre aprovação ou reprovação. Aos professores cabe ensinar com objetivos 
pré-estabelecidos; elaborar as suas avaliações para aumentar a aprendizagem; utilizar os 
resultados das avaliações para aperfeiçoamento. Já as escolas devem promover capacitação 
aos professores; proporcionar recursos para que as avaliações sejam de qualidade; também 
analisar a qualidade das avaliações como controle de qualidade do ensino e garantir que as 
avaliações sejam compatíveis com o programado. Com relação aos pacientes, devem 
participar como avaliadores, quando pertinente, e participar como instrutores, quando possam 
contribuir nas avaliações. Os sistemas de saúde devem oferecer oportunidades para avaliações 
formativas continuadas, além de facilitar o desenvolvimento de avaliações formativas e 
promover a pesquisa científica em avaliação no ambiente de trabalho. Já os órgãos 
reguladores devem levar em conta o impacto educacional das avaliações34. 
 Os métodos de avaliação a serem utilizados na modalidade de ensino EaD têm sido 
motivo de reflexão de vários autores. De maneira geral, a avaliação nesta modalidade segue 
um modelo com avaliação presencial do professor (tutor), virtual com testes on-line e, ao 
longo do curso, por meio de atividades, como grupos de discussão (chats), citados por Otsuka 
et al 35. 
 Bassani et al36 destaca que, para fins didáticos, a avaliação poderia ser dividida em 
momentos antes do ensino, durante e ao final do curso, sendo inicial uma avaliação 
diagnóstica dos acadêmicos, por avaliação do conhecimento prévio para se ter uma visão do 
nível deste. O autor considera importante, para melhor condução da programação das 
atividades a serem desenvolvidas, após e ao longo do processo com avaliação formativa, 
permitir mudanças de estratégia e aprimorar o processo; ainda, ao final do curso, uma 
avaliação classificatória (somativa), com a qual seria possível concluir se os objetivos foram 
alcançados, ou seja, se o acadêmico “aprendeu” ou “não aprendeu”. 
14 
 
 
 
 Oliveira19 verificou diversos cursos superiores e constatou que a avaliação tem função 
somativa na sua grande maioria, sendo a formativa quase nula. 
 Scorsolini-Comin37 refere que a avaliação não deve ser realizada apenas no final, mas 
sim, ao longo das atividades (formativa), para adequação do processo, com propostas de 
resolução e tendo a finalidade de atingir os objetivos programados. 
 O presente estudo justifica-se pelo meu despertar no contato com a disciplina de 
Microbiologia, durante o terceiro ano de graduação na Medicina, quando nasceu um 
envolvimento, verdadeira paixão que, ao final do curso, me fez escolher a especialização de 
Infectologia. Desde então, o entendimento sobre os mecanismos de transmissão dos agentes 
etiológicos nas doenças infecciosas fez parte da minha jornada de trabalho, e a higiene das 
mãos veio como a principal atitude em sua prevenção. 
 Na docência, tive a oportunidade de participar da implantação do internato, do curso 
de Medicina, do Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV), que é um estágio prático 
supervisionado direcionado aos acadêmicos doquinto e sexto ano38. Neste período do 
internato, os acadêmicos participam de atividades assistenciais hospitalares com 
procedimentos complexos, sendo necessário conhecimento prévio, habilidade e atitude na 
técnica de higienização das mãos, para uma assistência segura ao paciente. 
Privilegiou-se, nesse contexto, as informações oriundas de observações da capacitação 
em EaD para avaliar a aprendizagem no foco de higiene das mãos dos acadêmicos do Curso 
de Medicina do Centro Universitário – UNIFEV. A ideia de realizar este estudo surgiu nos 
estágios práticos “no internato”, com a verificação da baixa adesão dos acadêmicos na 
realização da lavagem das mãos nos momentos oportunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 Avaliar a aprendizagem de acadêmicos do curso de Medicina em uma capacitação em 
higiene das mãos, por meio de EaD. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 Capacitar estudantes de Medicina em higienização das mãos; 
 Avaliar uma capacitação de higiene de mãos em EaD. 
 Colaborar com o programa de controle de infecção hospitalar com uma 
capacitação de higiene de mãos por meio da EaD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
3. MATERIAL E MÉTODO 
 
3.1 Tipo de estudo 
 
O presente estudo teve uma abordagem qualitativa e quantitativa, de natureza 
exploratória. Uma pesquisa pode ser classificada como quantitativa, uma vez que o estudo 
pretenda quantificar e determinar a prevalência com objetivo de caracterizar as variáveis 
apontadas por meio de recorte da população em estudo39. 
Para Minayo40, “a abordagem qualitativa como opção metodológica possui seu foco 
essencial no desejo de conhecer os sujeitos da pesquisa, seus traços característicos, sua gente, 
seus problemas, seus valores”. 
Dentro da abordagem qualitativa, realizou-se uma pesquisa de natureza exploratória. 
Esse tipo de pesquisa caracteriza-se pela necessidade de se explorar uma situação 
desconhecida e a respeito da qual necessita-se maiores informações41. A realização de 
pesquisa exploratória, constitui o grupo dos modelos mais utilizados pelos pesquisadores 
sociais preocupados com a atuação pratica e têm sido, as mais solicitadas por organizações39. 
Esse tipo de pesquisa caracteriza-se pela necessidade de se explorar uma situação 
desconhecida e/ou não e quais necessitam de maiores informações41. 
Para Severino42, a pesquisa exploratória é aquela cujo principal objetivo é a geração de 
conhecimento e inovação para aplicação prática em curto e médio prazo, com vistas à solução 
de problemas ou necessidades específicas envolvendo os interesses locais. 
A pesquisa com abordagem qualitativa tenta compreender o universo da pesquisa 
científica de modo concreto e operacional no processo de investigação. Laurence Bardin41 
“defende que a análise de conteúdo colabora na reflexão crítica para o desvendar da pesquisa, 
e acredita que esta é um conjunto de instrumento de cunho metodológico em constante 
aperfeiçoamento que se aplicam nos discursos diversificados”. 
A abordagem qualitativa é um método de trabalho amplamente utilizado na pesquisa 
social em saúde, visto que interessa em estudos com segmentos sociais especiais, trabalha 
com a lógica interna do grupo, recuperando a definição da situação oferecida pelos próprios 
sujeitos envolvidos, assim como as significâncias e relevâncias que expressam através de seus 
relatos. Sua fala não apenas informa sobre o que é real do seu ponto de vista, mas valora, 
julga e estabelece prioridades40. 
 
17 
 
 
 
3.2 Local de estudo 
 
O campo empírico para a realização da pesquisa deu-se no Centro Universitário de 
Votuporanga - UNIFEV, mantida pela Fundação Educacional de Votuporanga, instituição 
privada, sem fins lucrativos, com sede na cidade de Votuporanga, criada pela lei municipal nº 
1.163, de 1º de julho de 197043. 
A UNIFEV utiliza a metodologia ativa como forma de aprendizagem, centrado nos 
acadêmicos como sujeito de formação e o docente como facilitador e mediador do processo 
de ensino. A mesma mantém parcerias com as Instituições de Saúde do município de 
Votuporanga como, Programa de Saúde da Família (PSF), Serviços de Urgência e 
Emergência e Centros de Atenção Psicossocial. Nestes locais são realizadas as atividades 
práticas do curso ao longo de sua formação acadêmica43. 
O curso de Medicina implantou-se na UNIFEV no ano de 2012, pautado no compromisso 
social, com objetivo de formação de profissionais focados no conhecimento técnico e 
humanista com olhar crítico e reflexivo de forma contínua, na excelência da qualidade da 
assistência à saúde do processo de saúde-doença43. 
A UNIFEV é considerada a terceira Instituição de Ensino Superior (IES) do país a 
adquirir a “Lucina”, um robô para simulação de paciente obstétrico, sendo que, a Instituição 
possui mais dois simuladores, sendo estes para adultos (METIMan) e crianças (PediaSIM) de 
cinco a sete anos de idade43. 
 
3.3 População do estudo 
 
A população da pesquisa era de 360 (trezentos e sessenta) acadêmicos do curso de 
Medicina da UNIFEV que foram convidados para participar das atividades previstas. 
O total de graduandos tem uma representatividade de seis turmas, sendo cada uma 
composta por 60 (sessenta) acadêmicos, totalizando uma população de 360 (trezentos e 
sessenta) acadêmicos. A inserção dos acadêmicos ocorreu de forma semestral. 
O contato da pesquisadora com os sujeitos estudados deu-se por meio da divulgação 
no site da UNIFEV, das redes sociais dos acadêmicos e da liga de infectologia do curso de 
Medicina. 
 
 
18 
 
 
 
Segundo Gomes, Tanaka44: 
“à definição amostral em uma pesquisa qualitativa não se encontra 
vinculada à representatividade numérica. Preconiza-se uma amostra capaz de indicar 
as irregularidades presentes nos enunciados, sejam eles escritos, falados ou 
observados, mesmo porque a tendência é apresentar apenas um recorte do objetivo 
estudado. Além disso, busca apontar suas peculiaridades, direcionando a atenção do 
pesquisador para o aprofundamento e para a compreensão de determinado problema 
de pesquisa, e não para as generalizações”. 
 
3.4 Amostra da pesquisa 
 
A amostra foi composta por 99 (noventa e nove) acadêmicos inscritos na plataforma 
Moodle do EaD no portal do acadêmico da UNIFEV, distribuídos entre o primeiro, terceiro, 
sétimo, nono e décimo primeiro período. 
Para manter os preceitos éticos da pesquisa, os sujeitos foram identificados com a letra 
“P”, que se referiu à abreviação da palavra participante, sendo caracterizado de P1 a P99 
durante a análise e divulgação dos dados. 
Houve desistência de 08 (oito acadêmicos), sendo 01 do terceiro, 02 do sétimo, 02 do 
nono e 03 do décimo primeiro períodos. Assim, a amostra da pesquisa foi composta de 91 
(noventa e um) participantes, com a seguinte distribuição dentro do curso de Medicina: 34 
(trinta e quatro) no primeiro período, 02 (dois) no terceiro, 07 (sete) no sétimo, 14 (quatorze) 
no nono e 34 (trinta e quatro) no décimo primeiro período. 
 
 Critérios de inclusão: 
 
O sujeito da pesquisa deveria ser graduando do curso de Medicina do Centro 
Universitário de Votuporanga – UNIFEV, ter realizado contato prévio com a orientação 
teórico-prática de higienização das mãos ao longo do curso e com interesse de participar de 
uma capacitação extracurricular para melhor apreensão da técnica. 
 
Critérios de exclusão: 
 
 Acadêmicos que estivessem impossibilitados de realizar higiene das mãos por alguma 
lesão ou outro motivo. 
 
 
19 
 
 
 
3.5 Instrumento de coleta de dados 
 
Para alcançar os objetivos propostos neste estudo, utilizou-se instrumentos norteadores 
de pesquisa sendo eles: 
- Primeiro, um questionário elaborado pela pesquisadora, contendo 10 questões de 
múltipla escolha; 
 - Segundo, a realização de um fórum de discussão acadêmico/docente;- Terceiro, a reaplicação do questionário elaborado pela docente; 
 - Quarto, a observação e análise de dois vídeos disponibilizados na plataforma 
Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Searning Environment), software livre, utilizado 
para aprendizagem de cursos em ambiente virtual, em plataforma de aprendizagem a 
distância), para verificação das inadequações contidas nos vídeos e posterior postagem na 
plataforma; 
- Quinto, a elaboração de vídeo com a técnica correta de higiene das mãos postadas no 
site para avaliação do pesquisador/docente; 
- Sexto, avaliação presencial na forma de simulação de uma estação, vivenciando 
situação real, para verificação dos momentos oportunos para a higienização das mãos, e, 
posterior realização da técnica adequada de higienização das mãos. 
 
3.6 Aspecto éticos 
 
Respeitando os preceitos éticos de pesquisas envolvendo seres humanos, este estudo 
foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de 
Votuporanga – UNIFEV/CEP sob o CAAE nº 68398617.2.0000.0078, sendo aprovado em 16 
de agosto de 2017 com o Parecer nº 2.221.573 (Anexo1). 
 
 
 
3.7 Procedimento de coleta de dados 
 
A coleta dos dados foi realizada no mês de setembro de 2017, por meio da plataforma 
Moodle. O convite para a participação da capacitação aos acadêmicos do internato foi feito 
em divulgação de atividades extracurriculares do curso de Medicina, no portal dos 
acadêmicos no site da UNIFEV: https://www.unifev.edu.br/site/index.php e em redes sociais. 
20 
 
 
 
A divulgação deu-se por pôster online, constando o nome da capacitação, período da 
inscrição, público alvo, tipo de modalidade EaD, período do curso, início e local, assim como 
o nome do docente responsável. 
Aos que manifestaram interesse, a inscrição foi realizada pelo portal dos acadêmicos 
no ícone “eventos” os acadêmicos deveriam optar pela Capacitação em Higiene das Mãos e 
preencher seus dados. 
A capacitação foi realizada com dois encontros presenciais e cinco atividades on-line. 
O primeiro encontro presencial se deu na abertura da capacitação com a finalidade de 
elucidação da pesquisa. 
O segundo encontro presencial ocorreu no enceramento da capacitação com avaliação 
teórico-prática. 
 Na abertura da capacitação (encontro presencial), foram abordados os seguintes 
tópicos do projeto: início, duração, término, objetivos, dinâmica das atividades, avaliações e 
referencial teórico-prático disponíveis na plataforma: Manual de Higienização das Mãos4 e os 
Cinco Momentos de Higiene das Mãos45. Realizou-se também a leitura com a explicação e 
esclarecimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A, TCLE 1) e o 
Termo de Consentimento de Sessão de Direitos (APÊNDICE B), para ciência e assinatura dos 
acadêmicos. 
 As atividades foram on-line, na UNIFEV EaD ─ Educação a Distância ─ pelo site: 
http://www.unifevonline.com.br/ no portal UNIFEV, realizadas pelo Moodle (Modular 
Object-Oriented Dynamic Searning Environment), software livre, utilizado para 
aprendizagem de cursos em ambiente virtual, em plataforma de aprendizagem a distância. 
 A primeira atividade foi iniciada após as orientações sobre a capacitação no encontro 
presencial, sendo esta online, composta por dez questões de múltipla escolha sobre o tema 
(APÊNDICE C). Teve como objetivo avaliar o nível de conhecimento dos alunos sobre 
higiene das mãos. Abordou os momentos e indicações de higiene das mãos, quanto ao uso do 
sabão, álcool e antissépticos, também sobre a microbiota residente e transitória das mãos e o 
uso de secadores elétricos. O prazo foi de um dia para sua realização. 
 A segunda atividade foi lançada após a primeira, com abertura de um Fórum de 
Discussão disponível na plataforma, por período de quatro dias. A discussão teve como ponto 
de partida um trecho do texto, retirado do material de referência do curso4: 
 
 
http://www.unifevonline.com.br/
21 
 
 
 
Em 1846, Ignaz Semmelweis, médico húngaro, reportou a redução no número de 
mortes maternas por infecção puerperal, após a implantação da prática de 
higienização das mãos em um hospital em Viena. Desde então, esse procedimento 
tem sido recomendado como medida primária no controle da disseminação de 
agentes infecciosos. A legislação brasileira, por meio da Portaria n. 2.616, de 12 de 
maio de 1998, e da RDC n. 50, de 21 de fevereiro 2002, estabelece, respectivamente, 
as ações mínimas a serem desenvolvidas com vistas à redução da incidência das 
infecções relacionadas à assistência à saúde e as normas e projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. Entretanto, apesar das diversas evidências 
científicas e das disposições legais, nota-se que grande parte dos profissionais de 
saúde ainda não segue a recomendação de Semmelweis em suas práticas diárias. 
Lembrando que, de acordo com os códigos de ética dos profissionais de saúde, 
quando estes colocam em risco a saúde dos pacientes, podem ser responsabilizados 
por imperícia, negligência ou imprudência [...]. 
 
A discussão foi fomentada com três questões: a) como sensibilizar os profissionais de 
saúde para esta prática e que fatores colaborariam para a adesão; b) elaborar propostas 
factíveis para melhorar a adesão à higiene das mãos; c) comentar a proposta postada no 
fórum, de um outro colega participante desta atividade. 
A terceira atividade foi realizada pelos acadêmicos com a reaplicação do questionário 
das questões de múltipla escolha da primeira atividade (APÊNDICE C), com peso 10 (dez) 
com pontuação de 01 (um) ponto por questão. O tempo para execução foi de um dia. 
A quarta atividade se deu pela publicação de dois vídeos46,47, na plataforma Moodle, 
sobre a técnica de higiene das mãos. Os acadêmicos deveriam assistir a técnica postada nos 
vídeos e analisar as inadequações apresentadas em ambos os vídeos, postando sua resposta. A 
referência de técnica correta estava presente no material disponibilizado na plataforma4. A 
duração foi de 04 (quatro) dias. 
Na quinta atividade, foi solicitada a elaboração de vídeo dos acadêmicos higienizando 
suas mãos de acordo com o Manual de Higienização das Mãos4. Esse vídeo elaborado foi 
enviado, através do link postado na plataforma, e contou com a avaliação do tutor do curso. A 
duração desta atividade foi de três dias e a atribuição da nota entre zero a 10 (dez) pontos. 
A sexta e última avaliação foi presencial, com atividade surpresa para o acadêmicos, 
baseada no Manual de Higienização das Mãos e nos Cinco Momentos da Higiene das 
Mãos4,45. Foi realizada uma atividade prática, com apresentação verbal de uma situação 
rotineira da assistência à saúde e foi solicitado ao acadêmico analisasse e quantificasse os 
momentos oportunos para a higiene das mãos, e também com realização da técnica correta de 
higiene das mãos com uso de sabão ou solução alcoólica. 
 
 
 
 
22 
 
 
 
Quadro 1 – Onze passos para a técnica de higiene as mãos preconizadas 
 Ministério da Saúde. Brasília, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ANVISA Manual de Higienização das mãos em serviços de saúde 2007. 
 
 
3.5 Análise e apresentação dos dados 
 
Para realizar análise do dado quantitativo, elaborou-se uma escala de pontuação 
variável entre 0 (zero) a 10 (dez) pontos, para avaliar a capacitação da higiene das mãos. A 
escala constituiu-se por meio de conceitos pré-estabelecidos pela pesquisadora, sendo eles: 
Insuficiente (0 a 5,9 pontos); Regular (6 a 8 pontos); Bom (8,1 a 10). As pontuações 
colaboraram na interpretação dos resultados das atividades propostas aos sujeitos de pesquisa. 
As avaliações contaram com realização de feedback aos acadêmicos, descrevendo e 
discutindo seu desempenho nas atividades, com o uso de reflexões dos pontos assertivos e os 
que deverão ser melhorados, colaborando assim, com a aprendizagem ao longo das atividades.A análise dos dados foi pontual a cada término de atividade, sendo que, ao final das 
seis atividades, foi realizado o cálculo da média das pontuações atingidas pelo acadêmico por 
meio de análise quantitativa, exceto na atividade que foi qualitativa. 
1- Retirada dos adornos. 
2- Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia. 
3- Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão. 
4- Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si. 
5- Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os 
dedos e vice-versa. 
6- Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais. 
7- Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se 
movimento circular e vice-versa. 
8- Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, 
fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa. 
9- Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, utilizando 
movimento circular e vice-versa. 
10- Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão. Evitar contato direto das mãos 
ensaboadas com torneira. 
11- Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos 
punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns. 
23 
 
 
 
Na primeira atividade, foi analisado o conhecimento prévio sobre o tema proposto, 
higienização das mãos, pela aplicação de dez questões de múltipla escolha (avaliação 
diagnóstica), de caráter somativo, com pontuação máxima 10 (dez); cada questão teve o valor 
de 01 (um) ponto, com nota ao final da realização da atividade. Aqui foi realizada analise 
descritiva com média dos participantes e desvio padrão. 
 Na segunda atividade, o Fórum, a avaliação foi qualitativa. Realizou-se a análise do 
conteúdo das argumentações, por meio da subcategorização dos temas, que se apresentavam 
nos relatos das respostas das questões apresentadas (a, b, c) pelos participantes, 
separadamente. Realizou-se a análise de cada categoria, segundo método de Bardin, na busca 
de um sentido comum, do que se repetisse nas argumentações das análises temáticas do 
Fórum de discussão 48,49. 
Segundo Bardin41 a análise do conteúdo para atingir a compreensão das significações e 
ultrapassar as tendências quantitativas, relaciona os significados e significantes, articulando “a 
superfície dos textos descrita e analisada com os fatores que determinam sua característica: 
variáveis psicossociais, contexto cultural, contexto e processo de produção da mensagem”. 
Na análise de conteúdo, pode-se observar que há uma necessidade de realização de 
leitura minuciosa e detalhista do conteúdo linguístico para melhor compreensão das relações 
exteriores, permitindo uma ampla compreensão por meio da análise de conteúdo. Com a 
organização do material é possível obter sua exploração, compreendendo a categorização, 
interpretação na codificação e inferência iniciando assim, o tratamento dos resultados 
apresentados41. 
Várias técnicas são propostas para a realização da análise do conteúdo. No presente 
estudo, utilizou-se a modalidade de análise temática que se constitui em uma das formas que 
melhor se adequa ao estudo qualitativo em saúde. Tal modalidade fundamenta-se no tema, o 
qual está ligado a uma afirmação a respeito de um assunto, podendo ser representado por 
meio de palavras, resumos ou frases41. 
A terceira atividade foi a reaplicação dos dez testes. Neste momento, os 
conhecimentos adquiridos foram avaliados, após contato e exploração do material apresentado 
na plataforma4. Para avaliar os conhecimentos adquiridos optou-se por uma comparação ente 
a primeira e a terceira atividade, uma vez que, na terceira atividade, houve a repetição das 
questões de múltipla escolha. A avaliação foi somativa, com pontuação máxima 10 (dez), 
cada questão teve o valor de 01 (um) ponto, com nota ao final da realização da atividade e 
apresentação de feedback automático pelo sistema, que justificava a resposta correta ao final 
24 
 
 
 
de cada questão desta atividade. Assim, pode-se realizar análise estatística descritiva das 
médias dos participantes, com desvio padrão, em relação com a primeira atividade proposta. 
A quarta atividade envolveu a análise da prática do “como se faz”, por meio de análise 
de vídeos, com a avaliação do passo a passo da técnica correta descrita no Quadro 1. 
 Sobre as respostas da análise dos vídeos, os participantes deveriam observar as 
inadequações: ausência de higiene dos punhos em ambos os vídeos e, no segundo vídeo, ainda 
se observaria a técnica inadequada na higiene interdigitais, não sugerida pelo material de 
referência. A avaliação desta atividade foi por pontuação de zero a 10 (dez) pontos, de acordo 
com a citação das inadequações postadas pelo acadêmico, e houve apresentação de feedback 
individual, realizado pelo tutor. 
 Na quinta avaliação o acadêmico deveria demonstrar como se faz, assim o exercício 
foi postar na plataforma um vídeo de produção própria, demonstrando a técnica de higiene das 
mãos, baseado no material publicado, mostrado no Quadro 1. A pontuação foi baseada nos 
dez passos do manual, com realização de feedback individual, tendo pontuação máxima quem 
executasse todos os passos adequadamente. 
A última atividade, presencial, foi de cunho prático. A avaliação foi para mostrar o 
fazer, o ser, por meio de exercício prático. Os acadêmicos foram submetidos a uma estação de 
OSCE (APÊNDICE D), com simulação oral de um caso prático, uma visita na enfermaria, 
sendo solicitado que relatassem, quantos momentos oportunos de higiene das mãos poderiam 
ter sido feitos no quadro apresentado pelo tutor; em seguida foi pedido para que realizassem a 
técnica de higiene das mãos, com avaliação pelo tutor e com realização de feedback imediato 
e oportuno. A pontuação máxima foi de 10 (dez), para esta etapa da estação OSCE, sendo a 
técnica de higiene das mãos, os onze passos, pontuado 10 (dez) pontos como nota máxima. 
A aprovação na capacitação foi realizada pela somatória de todas as notas das 
atividades e dividida pelo número total de atividades, sendo considerado aprovado os 
acadêmicos que apresentassem a nota média acima de 06 (seis). 
Quanto aos fins da pesquisa, salienta-se que a mesma pode ser classificada como uma 
pesquisa não apenas qualitativa, mas, quantitativa, uma vez que o estudo pretende quantificar 
e determinar a prevalência com objetivo de caracterizar as variáveis apontadas por meio de 
recorte da população em estudo39 
 
 
25 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O total de inscritos para a participação na pesquisa foram de 99 (noventa e nove) 
sujeitos, com desistência de 08 (oito) participantes, ou seja 8,1% não iniciaram a capacitação, 
sendo que participaram efetivamente 91 (noventa e um) acadêmicos, o que correspondeu a 
100% da amostra, para a análise dos dados. 
A tabela 1 norteia a distribuição dos acadêmicos entre as atividades podendo ser 
avaliado o número de acadêmicos participantes, ao longo da capacitação. 
 
Tabela 1 – Distribuições dos participantes da Capacitação em higiene das mãos 
por EaD, por atividades, nos respectivos períodos. Votuporanga, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora. 
 
Em análise horizontal, pode-se observar que houve 04 (quatro) abandonos do total da 
amostra (100%), após a primeira atividade, sendo 02 (dois) do primeiro período, 01 (um) do 
nono e 01 (um) do décimo primeiro período conforme Tabela 01. A mesma demonstra a 
distribuição dos acadêmicos em seus respectivos períodos de graduação (do primeiro ao 
décimo primeiro) e as atividades desenvolvidas por eles. 
Observou-se que, no primeiro período, dois acadêmicos realizaram apenas a primeira 
atividade da capacitação, a qual se refere ao questionário de perguntas de múltipla escolha 
referente ao instrumento de coleta de dados. 
Já no terceiro período, pode ser observadoque na última etapa do instrumento de 
pesquisa (sexta atividade) houve abstenção de um acadêmico. No sétimo período, não ocorreu 
alterações na amostra. No entanto, no nono período, apenas dois acadêmicos realizaram 
somente a segunda atividade. 
Já no décimo primeiro período, a Tabela 1 demostra que um acadêmico realizou 
apenas a primeira atividade e 1 acadêmico realizou somente a terceira atividade. 
PERÍODOS 
NÚMERO DE PARTICIPANTES POR ATIVIDADES 
PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA QUARTA QUINTA SEXTA 
1 34 32 32 32 32 32 
3 2 2 2 2 2 1 
7 7 7 7 7 7 7 
9 12 14 13 13 12 12 
11 34 33 34 33 33 33 
26 
 
 
 
A Tabela 2 demonstra números e porcentagens dos participantes em relação à 
desistência inicial, a reprovação e aprovação por períodos, da Capacitação em higiene das 
mãos. 
 
Tabela 2 – Dados dos números e das porcentagens dos participantes com 
desistência, reprovação e aprovação por períodos, da Capacitação em 
higiene das mãos por EaD. Votuporanga, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora. 
 
 
Notou-se na vertical uma desistência de 08 (8,1%) acadêmicos, dos 99 inscritos, tendo 
iniciado a capacitação com 91acadêmicos, assim distribuídas nos períodos da graduação: 01 
(33,3%) no terceiro, 02 (22,2%) no sétimo, 02 (14,2%) no nono no e 03 (8,1%) no décimo 
primeiro, conforme tabela acima. 
 Nesta tabela, observou-se 07 (7,7%) reprovas, referentes a acadêmicos que não 
atingiram a média estabelecida na escala de pontuação elaborada pela pesquisadora que 
evidencia o conceito como insuficiente. 
 Essas reprovas foram relacionadas a não realização de todas as atividades do 
instrumento de pesquisa, proposto ao longo da capacitação. Foram eles os períodos de 
graduação: 02 (5,8%) do primeiro, 01 (33,3%) do terceiro, 03 (21,4%) do nono e 01 (8,8%) 
do décimo primeiro. 
 Ainda demonstrou que a aprovação ocorreu em 84 (91,2%) dos participantes, que 
finalizaram a capacitação com média acima de 06 pontos, na escala de pontuação. 
Estes dados colaboraram para a demonstração da desistência, reprovação e aprovação 
dos graduandos na presente pesquisa, apresentarem-se baixos, pois Silveira50 em seu estudo 
de análise da evasão em ensino a distância, no polo de Franca na Universidade do Aberta do 
PERÍODOS 
DESISTÊNCIA 
REPROVA (POR 
ABANDONO) 
APROVADOS 
N (99) % N (91) % N (91) % 
1 0 0 2 5,8 32 94,1 
3 1 33,3 1 33,3 1 33,3 
7 2 22,2 0 0 7 100 
9 2 14,2 3 21,4 11 78,5 
11 3 8,1 1 8,8 33 94,1 
TOTAL 8 8,1 7 7,7 84 92,3 
27 
 
 
 
Brasil, observou que em 953 vagas oferecidas nesta modalidade houve 137 abandonos, sendo 
constatada uma taxa de 19,4% da amostra da sua pesquisa. 
 
4.1 Primeira atividade (pré-teste) 
A primeira atividade foi a aplicação de testes de múltipla escolha e teve como objetivo 
avaliar o “saber”, que corresponderia ao conhecimento prévio da higienização das mãos dos 
participantes. Miller30, no modelo conceitual, coloca na base da pirâmide o “saber”, que nos 
remete ao conhecimento teórico como base do início da aprendizagem, observados na Tabela 
3: 
 
Tabela 3 – Média de pontuação da primeira atividade dos participantes por períodos, 
 da Capacitação em higiene das mãos por EaD. Votuporanga, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 Na análise vertical dos resultados observados na Tabela 3, obteve-se uma pontuação 
de média de 08 pontos, entre os participantes, sendo 7,5 no primeiro período, 6,5 no terceiro 
período, 8,83 no sétimo período, 08 no nono período e 8,29 no décimo primeiro período, de 
acordo com a média elaborada no desvio padrão. 
 Neste resultado apresentado, obteve-se que a menor média de 6,5 encontra-se no 
terceiro período e a maior média, acima de 8,83, estava no sétimo período. 
 Pela média apresentada, observou-se que os participantes apresentavam 
conhecimentos prévios considerados “Bom”, pelo instrumento de avaliação quantitativo 
elaborado pela pesquisadora. 
 
PERÍODOS 
 
NÚMERO PARTICIPANTES 
 
PRIMEIRA ATIVIDADE 
(MÉDIA ± DESVIO 
PADRÃO) / 
CLASSIFICAÇÃO 
1 34 7,5 ± 1,4 REGULAR 
3 2 6,5 ± 0,7 REGULAR 
7 7 8,83 ± 1,17 BOM 
9 12 8 ± 1,28 REGULAR 
11 34 8,29 ± 1,96 BOM 
MÉDIA 89 8 BOM 
28 
 
 
 
 Panúncio-Pinto e Trocon25 referem que, as avaliações no ensino em profissões de 
saúde, devem ser aplicadas, de acordo com a natureza do que se quer conhecer, e que alguns 
métodos poderiam ser utilizados para avaliar as habilidades cognitivas, correspondentes ao 
“saber” e ao “saber como fazer” e, dentre elas, cita as provas com questões abertas e os testes 
de múltipla escolha. 
 Santos51 considera três tipos de avaliação: a diagnóstica de forma pontual, no início 
do curso, para verificação do conhecimento e planejamento das atividades, a somática de 
caráter classificatório, que poderia ser realizada ao final do processo, e a formativa que se faz 
ao longo da aprendizagem, possibilitando adequações e planejamentos ao longo das etapas da 
aprendizagem. 
 Fitzpatrick et al52, em seu estudo, elaborou um programa de educação online, com uma 
amostra de 244 profissionais da saúde (médicos, estudantes de Medicina e enfermeiros), 
incluindo as seguintes atividades: um pré-teste, para avaliação de conhecimento prévio de 
higiene das mãos e infecção hospitalar, por meio de um questionário; um vídeo para 
demonstrar a higienização ideal das mãos e os riscos de infecção hospitalar, assim como a 
mortalidade de pacientes por infecção hospitalar; uma apresentação em PowerPoint, referente 
a infecção hospitalar e a magnitude de seu problema e suas estratégias de prevenção; um pós 
teste e uma avaliação do programa. Em comparação ao pré e pós-teste, observou-se uma 
melhora significante no desempenho dentre os médicos e os estudantes de Medicina, e 
concluiu que provavelmente os estudantes de Medicina tiveram uma deficiência educacional e 
sugere que haja uma reavaliação e implementação da higiene das mãos no currículo 
acadêmico nas escolas de Medicina. 
Nos autores supracitados, pode-se observar que a escolha do instrumento inicial para 
avaliação na forma EaD, foi semelhante à linha de pesquisa proposta no presente estudo, 
demonstrando que, a organização da capacitação para atingir os objetivos propostos pela 
pesquisa, mantiveram-se dentro dos resultados esperados. 
 A presente pesquisa apresentou, no entanto, resultados com a média de 8,0 (oito) na 
pontuação dos acadêmicos em sua primeira avaliação de conhecimento prévio, sugerindo que 
o ensino teórico sobre o tema na grade curricular do curso de Medicina encontra-se adequado. 
 
 
 
29 
 
 
 
4.2 Segunda atividade 
 
 Na segunda atividade, foi realizado um fórum de discussão, iniciado com três 
provocações: a) como sensibilizar os profissionais de saúde para esta prática e que 
fatores colaborariam para a adesão; b) elaborar propostas para melhorar a higienização das 
mãos; c) comentar sobre a proposta de outro participante do fórum. 
 Foi realizada uma avaliação qualitativa com analise do conteúdo, segundo Bardin41. 
 Esta etapa resultou em discussões produtivas entre os participantes e o tutor, pois as 
questões fomentaram a responsabilidade atribuída a um ato simples e as complexidades que 
envolvem sua adesão. O fórum teve avaliação formativa e utilizou como ferramenta o 
feedback ao longo do processo das argumentações realizadas pelo tutor e pelos acadêmicos27. 
Neste momento, distinguiram-se três categorias e suas subcategorias na análise do 
conteúdo do Fórum realizado, que foram interpretadas conforme apresentadas no Quadro 2, aseguir. 
Quadro 2 - Categorias e subcategorias do discurso do Fórum. Votuporanga, 2017. 
CATEGORIA SUBCATEGORIAS 
1- Sensibilização dos profissionais de saúde - Indicadores de controle de infecção 
- Educação em saúde 
- Divulgação e Publicidade 
- Estrutura e Insumos 
- Supervisão e controle 
2- Propostas de melhorias - Capacitações e treinamentos 
- Taxas de infecção hospital 
- Lembretes e cartazes 
- Estrutura física 
- Ações de caráter punitivo e/ou recompensa 
3- Avaliação dos participantes - Positiva em relação a proposta 
- Sensibilização dos profissionais 
- Investir em treinamento acadêmico 
-Relatórios mensais de infecções 
hospitalares 
- Feedback da equipe 
Fonte: autora 
30 
 
 
 
 
Na categoria 1 (sensibilização dos profissionais), os relatos das subcategorias 
apresentaram-se na ordem de frequenciamento, ou seja, maior referência ao conteúdo: 
indicadores de controle de infecção; educação em saúde, divulgação e publicidade; estrutura e 
insumos e supervisão e controle. 
 De acordo com as narrativas citadas abaixo, pode-se observar as falas referentes às 
abordagens das subcategorias referentes ao contexto: 
 
P 2: “...acredito que a divulgação de relatórios mensais com os resultados dos índices 
de infecção hospitalar do serviço...” 
 
P 4: “...capacitar o profissional para a realização correta e adequada desse procedimento 
pois a conscientização deve vir, a priori, na formação de cada profissional da saúde, um elo 
a ser abordado constantemente nos diversos períodos/fases do aprendizado na 
universidade...” 
 
P 23: “... uma publicidade acessível (leia-se visível) para todos e que correlacionasse os 
benefícios da higienização, por meio de panfletos e cartazes...” 
 
P 5: “... oferecer condições de trabalho dignas com materiais adequados à higienização 
correta...” 
 
P 7: “...encarregar uma pessoa em cada setor como fiscal, atribuindo-lhe o dever de advertir 
a pessoa que não higieniza...” 
 
Pode-se verificar na análise de conteúdo na categoria 1, que os participantes, em 
relação às narrativas das subcategorias, foram ao encontro da proposta do Ministério da 
Saúde, pois a ANVISA3 aponta que uma assistência de qualidade estará adequada, quando os 
danos aos pacientes estiverem reduzidos ou controlados, podendo-se criar e manter uma 
cultura de identificar, avaliar e divulgar indicadores que englobem nas dimensões da 
segurança ao paciente, para que as ações sejam implementadas a nível local dos 
estabelecimentos de saúde. 
31 
 
 
 
Na categoria 2 (Propostas de melhorias), os relatos das subcategorias apresentaram-se 
na ordem de frequenciamento, ou seja, maior referência a: capacitações e treinamentos; taxas 
de infecção hospital; lembretes e cartazes; estrutura física; ações de caráter punitiva e/ou 
recompensa. 
 
P1: “... desenvolvidos programas de aprendizagem da prática (lavagem das mãos) 
abertos para o público...” 
 
P 48: “... divulgação dos dados/indicadores referentes à melhoria da saúde com essa 
prática tão simples...” 
 
P 8: “...colocação de cartazes ilustrativos nos corredores dos hospitais e nos quartos dos 
pacientes, lembrando o profissional de saúde de higienizar as mãos...” 
 
P 9: “Locais bem estruturados para a higienização, como por exemplo: lavatórios, sabão e 
papel toalha sempre disponíveis ao fácil acesso dos profissionais...” 
 
P 15: “Oferecer recompensa para a equipe de determinado setor que mantém taxa zero de 
infecção...” 
 
 
Verificou-se que, na análise de conteúdo da categoria 2, os participantes em relação às 
narrativas das subcategorias, foram semelhantes aos encontrados por González et al53, na 
Guatemala, em estudo realizado presencialmente, com avaliação qualitativa, sobre o 
entendimento da higiene das mãos, em uma unidade de oncologia pediatria, com amostra de 
55 participantes (profissionais de saúde e colaboradores na assistenciais). Ele fez referência 
sobre as dificuldades e a motivação para higiene das mãos, obtendo como resultado as 
dificuldades: baixo suprimento de insumos; pressões de tempo relacionadas à carga horaria; 
deficiência de treinamentos, dentre outras, aspectos culturais da população. Nas motivações 
apareceram: recomendação e lembretes para sinalização de promoção a prática de higiene das 
mãos e a divulgação de taxas de conformidades. 
 Pode-se evidenciar também a importância das capacitações quando, em Portugal, Avô 
et al54 relataram a importância e necessidade de implementação de campanhas educativas de 
32 
 
 
 
saúde para reduzir o uso indiscriminado de antibióticos e implementar medidas de higiene das 
mãos, para reduzir as infecções cruzadas. 
 Em estudo sobre avaliação formativa em ambiente virtual, Faganello, Reis 
e Guimarães55 referiram que o fórum na modalidade EaD, destaca-se como um dos 
principais recursos no ambiente virtual, sendo o mais utilizado, pois pela sua característica 
estabelece troca de informações e esclarecimento de dúvidas, sendo ferramenta 
possibilitadora de avaliação formativa, uma vez que esta ocorre durante o processo ensino-
aprendizagem e promove uma reflexão dos acadêmicos e do tutor, concomitantemente. 
Na categoria 3 (Avaliação dos participantes), os relatos das subcategorias 
apresentaram-se na ordem de frequenciamento, com maior referência a: positiva em relação à 
proposta; sensibilização dos profissionais; investir em treinamento acadêmico; relatórios 
mensais de infecções hospitalares e feedback da equipe. 
 
P 12: “A implementação do âmbito filosófico na área da saúde é algo surpreendente, pois 
amplia as visões do profissional tanto com relação à condição do paciente, quanto a sua 
própria, juntamente ao meio em que estão inseridos”. 
 
P 50: “... que a conscientização venha desde a graduação dos profissionais da saúde, mas 
que seus conhecimentos e incentivos sejam renovados anualmente com atualizações as boas 
práticas”. 
 
P 33: “...parcerias com escolas, universidade e agentes comunitários na divulgação...”. 
 
P 24: “A estratégia do balanço mensal do referido serviço é uma proposta muito eficaz, uma 
vez que os dados do serviço em que se trabalha são muito mais impactantes do que os 
regionais ou nacionais, pois são mais claros e estão inseridos na rotina de trabalho...”. 
 
P30: “...penso que deveria ocorrer um feedback específico para cada setor do hospital feito 
pela CCIH demonstrando os locais onde deve ser dispensado o maior tempo na 
conscientização dos profissionais...”. 
 
Pode-se verificar que a categoria 3 corresponde a uma análise crítica das propostas 
realizadas nas argumentações das respostas contidas nas categorias 1 e 2, pois o acadêmico foi 
33 
 
 
 
desafiado a contextualizar as propostas dos demais participantes, desenvolvendo olhar 
reflexivo sobre as propostas de sensibilização de higiene das mãos. 
 
 
4.3 Terceira atividade (pós-teste): 
 
 Esta etapa teve como objetivo avaliar o conhecimento da higienização das mãos dos 
participantes, após acesso ao material técnico disponibilizado no Moodle. 
 Segundo Panúncio-Pinto25, as avaliações de ensino em profissões de saúde devem 
estar relacionadas ao que se quer medir, por isso optou-se nesta atividade por questões de 
múltipla escolha para avaliar conhecimentos adquiridos. 
 A atividade desenvolvida foi a reaplicação online das questões da primeira atividade, 
dez testes de múltipla escolha, as quais ficaram disponibilizadas na plataforma por um 
período de um dia para a sua realização. 
 A pontuação seguiu os parâmetros apresentados, com pontuação variando de 0 a 10 
pontos, sendo o resultado apresentado aos acadêmicos automaticamente pelo sistema, ao 
término da atividade. 
 A avaliação realizada nesta etapa foi semelhante a primeira atividade, de cunho 
somativa, porém com realizaçãode feedback pelo sistema, a cada questão respondida pelo 
participante. 
 No presente estudo, observou-se que os resultados mostraram um aumento discreto na 
pontuação dos participantes, conforme comparativo com a pontuação de média 8, apresentada 
na primeira atividade, para a média 8,25 como demonstrada na Tabela 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 Tabela 5 – Comparativo de médias das atividades 1 e 3 dos participantes por 
 período da Capacitação em higiene das mãos por EaD. Votuporanga, 2017. 
PERÍODOS 
 MÉDIA DA PONTUAÇÃO DA 
PRIMEIRA 
ATIVIDADE/CLASSIFICAÇÃO 
MÉDIA DA PONTUAÇÃO DA 
TERCEIRA ATIVIDADE (MÉDIA 
± DESVIO PADRÃO) 
/CLASSIFICAÇÃO 
1 7,5 ± 1,4 REGULAR 8,46 ± 1,41 BOM 
3 6,5 ± 9,7 REGULAR 7 ± 0,70 REGULAR 
7 8,83 ± 1,17 BOM 8,85 ± 2,47 BOM 
9 8 ± 1,28 BOM 8,2 ± 1,55 BOM 
11 8,29 ±1,96 BOM 8,7 ± 1,81 BOM 
MÉDIA 8,0 BOM 8,5 BOM 
 Fonte: Autora. 
 
 
 Neste comparativo o primeiro período, apresentou um desempenho maior com a média 
inicial de 7,5 passou a 8,46, já os demais períodos com acréscimo em torno de meio ponto na 
média, como observado no terceiro período que apresentava a média de 6,5 para 7, no sétimo 
período passou de 8,83 para 8,85, no nono período, este passou de média 8 para 8,2 e no 
décimo primeiro período a média inicial foi de 8,29 para 8,7 pontos na média dos 
participantes. 
 Esta tabela, com a comparação da primeira e da terceira atividade, constitui-se em 
ferramenta de dados, para se observar o conhecimento prévio avaliado na primeira atividade9 
pré-teste) com o conhecimento acrescentado pela terceira atividade (pós-teste). 
Pode-se observar nesta atividade, que os acadêmicos obtiveram a média 8,25 quando 
comparada com a média 8 da primeira atividade. Note-se que a avaliação do conhecimento 
prévio na primeira atividade obteve um resultado de aprendizagem satisfatório com média 
boa, referente à aprendizagem na graduação. Quando comparadas com a média da atividade 
terceira, houve um acréscimo insignificante na aquisição do conhecimento teórico, com 
discreta ampliação no conhecimento. 
 Em análise estatística descritiva na pesquisa, a primeira atividade representou uma 
avaliação somatória correspondente a um pré-teste e a terceira atividade de um pós-teste, 
sendo que os dados coletados nesta etapa da capacitação de extensão no curso de Medicina, 
puderam ser comparados com a realização de análise estatística descritiva, com 
determinações de média e desvio-padrão e confecção dos gráficos comparativos das médias 
obtidas dos pré-testes e pós-testes, por distribuição dos alunos nos períodos respectivos e na 
média geral destas atividades. Posteriormente, foram realizadas as análises de normalidade 
35 
 
 
 
dos dados para o pré-teste e pós-teste, para cada período (1º, 9º, 11º e Geral) utilizando nível 
de significância de 5% e teste de Shapiro Wilk60. É importante salientar, que não foi 
conseguido realizar os testes de inferência com os dados dos 3º e 7º períodos, uma vez que 
não houve dados suficientes para análise. 
 Também foi realizada a análise de inferência das médias obtidas entre os pré-testes e 
pós-testes, para os dados distribuídos segundo a normal, e foi utilizado o teste pareado t de 
Student para amostras dependentes. E para os dados que não possuem distribuição normal 
constatado pelo teste de Shapiro Wilk, utilizou-se o teste para amostras pareadas dos postos 
com sinais de Wilcoxon com nível de significância de 5%60. 
 Para a análise estatística dos dados e confecção dos gráficos, foram utilizados os 
softwares Excel e IBM SPSS estatistics versão 22, ano 201361. 
 
Gráfico 1 - Distribuição das médias, por períodos na primeira atividade (pré-teste). 
 Votuporanga, 2017. 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 Nos resultados evidenciados no Gráfico 1, pode-se observar que apresentou a média 
de 7,5 no primeiro período, 6,5 no terceiro período, 8,8 no sétimo período, 8,3 no nono 
período e 8,3 no décimo primeiro período, com média geral de 8 do grupo. 
 Já na terceira atividade, ou seja, na reaplicação dos testes de múltipla escolha, o pós-
teste, pode-se observar no Gráfico 2: 
 
 
7,6
6,5
8,8
7,9
8,3
8,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
1º Período 3º Período 7º Período 9º Período 11º Período Geral
Pré-Teste
36 
 
 
 
 
Gráfico 2 - Distribuição das médias, por períodos na terceira atividade (pós-teste). 
 Votuporanga, 2017 
 
Fonte: Autora. 
 
 A média dos participantes do primeiro período foi de 8,5, do terceiro 7, do sétimo 8,8 
e no décimo primeiro período de 8,7, com média geral de 8,5. 
 Quando comparada à média do pré-teste e pós-teste por períodos com associação ao 
desvio padrão, obteve-se os seguintes dados: 
 
 
 
 
 Gráfico 3 - Comparação da média do pré-teste e pós-teste, primeiro período. 
Votuporanga, 2017. 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
8,5
7,0
8,8
8,3
8,7 8,5
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
1º Período 3º Período 7º Período 9º Período 11º Período Geral
Pós-Teste
7,6
8,5
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
Pré-Teste Pós-Teste
Comparativo 1º Período
37 
 
 
 
 
Tabela 8 - Comparação pré-teste e pós-teste primeiro período 
 com desvio padrão. Votuporanga, 2017. 
 1º Período 
Pré-Teste Pós-Teste 
Média 7,6 8,5 
Desvio 
Padrão 
1,5 1,6 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 4 - Comparação da média do pré-teste e pós-teste, terceiro período. 
Votuporanga, 2017. 
 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 9 - Comparação pré-teste e pós-teste terceiro período 
 com desvio padrão. Votuporanga, 2017. 
 3º Período 
Pré-Teste Pós-Teste 
Média 6,5 7,0 
Desvio 
Padrão 
0,7 0,0 
Fonte: Autora. 
6,5
7,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Pré-Teste Pós-Teste
Comparativo 3º Período
38 
 
 
 
 
Gráfico 5 - Comparação da média do pré-teste e pós-teste, sétimo período. 
Votuporanga, 2017. 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 10 - Comparação pré-teste e pós-teste sétimo período 
 com desvio padrão. Votuporanga, 2017. 
 7º Período 
Pré-Teste Pós-Teste 
Média 8,8 8,8 
Desvio 
Padrão 
1,2 1,2 
 Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8,8 8,8
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
Pré-Teste Pós-Teste
Comparativo 7º Período
39 
 
 
 
 
Gráfico 6 - Comparação da média do pré-teste e pós-teste, nono período. 
Votuporanga, 2017. 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 11 - Comparação pré-teste e pós-teste nono período 
 com desvio padrão. Votuporanga.2017. 
 9º Período 
Pré-Teste Pós-Teste 
Média 7,9 8,3 
Desvio 
Padrão 
1,3 1,3 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7,9
8,3
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Pré-Teste Pós-Teste
Comparativo 9º Período
40 
 
 
 
 
Gráfico 7 - Comparação da média do pré-teste e pós-teste, décimo primeiro período. 
Votuporanga, 2017. 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 12 - Comparação pré-teste e pós-teste décimo primeiro período 
 com desvio padrão. Votuporanga, 2017. 
 11º Período 
Pré-Teste Pós-Teste 
Média 8,3 8,7 
Desvio 
Padrão 
2,0 1,3 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8,3
8,7
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
Pré-Teste Pós-Teste
Comparativo 11º Período
41 
 
 
 
Gráfico 8 - Comparação da média do pré-teste e pós-teste, geral. 
Votuporanga, 2017. 
 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 13 - Comparação pré-teste e pós-teste primeiro período 
 com desvio padrão. Votuporanga, 2017. 
 Geral 
Pré-Teste Pós-Teste 
Média 8,0 8,5 
Desvio 
Padrão 
1,7 1,4 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
Na análise de inferência estatística, nota-se que neste comparativo, o primeiro período 
apresentou um desempenho

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