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Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin FT 720 - Processos de remoção de calor QUESTIONÁRIO EFICIÊNCIA VOLUMÉTRICA: 1. O que o indicador eficiência volumétrica representa para compressores alternativos? A eficiência volumétrica está relacionada com a capacidade de bombeamento mássico de refrigerante pelo compressor, que, por sua vez, representa/se relaciona diretamente com a capacidade frigorífica do equipamento. Sendo assim, é o parâmetro de maior importância na hora de escolher um compressor para a aplicação. A eficiência volumétrica vai mostrar quanto de vapor de refrigerante é admitido na entrada do compressor e quanto será bombeado na saída – está diretamente relacionada com as condições de pressão e temperatura do refrigerante. 2. Por que a eficiência volumétrica de compressores alternativos reduz com redução da pressão de sucção ? ou com o aumento da pressão de descarga ? Com a redução da pressão de sucção e aumento da de descarga, o volume específico de sucção é maior, e isso causa um aumento na massa e volume inúteis do circuito, que vão se acumulando na câmara e fazendo com que o compressor cada vez mais não consiga comprimir a quantidade ideal de vapor - havendo diminuição na eficiência volumétrica e na capacidade frigorifica, 3. O sub-resfriamento de líquido e superaquecimento do vapor de sucção podem afetar a eficiência volumétrica ? por que ? Sim, o sub-resfriamento influencia positivamente pois ele aumenta o efeito refrigerante, devido a diminuição do calor latente do líquido refrigerante que será vaporizado, além disso não afeta a massa de refrigerante circulante. Desta forma, será necessário uma menor massa de refrigerante a ser circulada no ciclo para produzir a mesma capacidade térmica. Já o superaquecimento pode ser prejudicial para a eficiência volumétrica pois aumenta o volume específico do vapor aspirado que faz com que o compressor comprima uma massa menor de refrigerante. Superaquecimento: maior volume especifico, isto, maior produção de vapor, fazendo com que reduza vazão mássica de refrigerante = menor eficiência volumétrica FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin Sub-resfriamento: maior efeito frigorífico = menor massa de refri p/ ter mesma capacidade frigorífica. 4. O que uma má instalação de um sistema de refrigeração pode causar na redução da pressão de sucção ? Se o sistema de refrigeração operar com pressão de sucção inferior, resultará em danos da seguinte ordem: Redução da capacidade do compressor. -Aquecimento do compressor. -Ineficiência do sistema com aumento do consumo de energia para a mesma quantidade de calor a retirar. 5. Em compressores alternativos, como que a eficiência volumétrica interfere na capacidade frigorífica do sistema? Por estarem diretamente relacionados, prejuízos na eficiência volumétrica do sistema resultam em um funcionamento prejudicado do compressor, que, por sua vez, traz como consequência uma menor capacidade frigorífica disponível. Assim, pode ocorrer de o equipamento não operar de forma eficiente, fornecendo toda a capacidade necessária, e prejudicar todo o sistema de refrigeração. Os compressores podem ser comparados ao coração, sendo a peça de maior relevância em toda a estrutura de refrigeração. 6. Por que apenas os compressores alternativos tem o indicador de eficiência volumétrica ? Isso ocorre pois os compressores alternativos funcionam com um sistema de pistão que comprime o vapor de refrigerante que incide no equipamento. Sendo assim, o volume específico (e, consequentemente, a massa) do refrigerante quando ele chega no compressor irá influenciar, diretamente, na capacidade de compressão e funcionamento. A eficiência volumetria está relacionada com esses parâmetros, por isso é um indicador importante para compressores alternativos. 7. Em que condições operacionais que compressores alternativos, em funcionamento, atingem eficiência volumétrica igual a zero ? A eficiência volumétrica será igual a zero quando a pressão de sucção for muito menor que a pressão de condensação, ou seja, quando a razão de compressão ( R ) for muito alta. Isso indica a necessidade de um sistema duplo estágio. 8. Pode-se justificar que pela pequena eficiência volumétrica de compressores alternativos em regime de operação de baixa temperatura de evaporação (ex. -30 °C) e alta temperatura de condensação (ex.: 45 °C) foi motivo para aplicação de duplo estágio ? FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin Sim, pois há uma dependência física da eficiência volumétrica de compressores alternativos com a razão de compressão. onde a eficiência volumétrica é função da razão de compressão e da máquina (compressor) que realmente efetua a passagem do vapor de uma pressão menor a até uma pressão maior. COMPRESSORES 9. Por que existe óleo junto com refrigerante no sistema de refrigeração ? O óleo deve estar presente para garantir lubrificação das peças mecânicas (evitar atrito direto que podem danificar as peças, gerar calor...), além de assegurar a vedação do sistema. 10. Por que há compressores que não utilizam óleo, por exemplo o centrífugo magnético ? No caso de compressores centrífugos magnéticos, não há contato entre as peças, logo, não há necessidade de óleo para lubrificação para evitar o atrito e assim o desgaste das mesmas. Consequentemente, esse compressor não demanda um separador de óleo ou filtros, tendo menor manutenção. Comparando com o compressor convencional (com uso de óleo), o compressor isento de óleo gera menos custos, visto que não demanda manutenção de acessórios auxiliares (separador de óleo, filtro) nem troca de óleo não precisa ter troca de olho, nem a manutenção de acessórios auxiliares, além de evitar contaminação do produto por arraste de óleo e redução de vibrações e ruídos já que opera em baixa pressão e com baixa velocidade rotacional. 11. Por que em um projeto deve-se selecionar 2 compressores iguais, no mínimo, para a capacidade total da aplicação ? Para garantir que se no caso quebre um compressor, não afete diretamente o produto e perca o lote inteiro, havendo uma segurança com o segundo compressor trabalhando em sua máxima capacidade. Para isso, cada compressor trabalha na metade de sua capacidade (em paralelo). 12. Cite 2 câmaras de compressão de compressores diferentes. ● Câmaras de compressores alternativos (a qual se baseia no movimento de pistão no interior do cilindro devido à presença de motor elétrico, apresentando válvula de sucção e válvula de descarga) FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin ○ ↑PREFR ↓VCAMARA visto que maior pressão do refrigerante indica que há compressão na câmara e assim o ar comprimido é descarregado por abrir a válvula de descarga, o que reduz o conteúdo da câmara ● Câmara de compressão do tipo helicoidal, com compressor parafuso, o qual é formado por duas roscas sem fim, de forma que a distância entre essas roscas diminui conforme comprime-se o fluido refrigerante. Tem-se compressão gradual axial e não há válvula de sucção/descarga. 13. Por que se seleciona compressores pela carga térmica que ocorre no evaporador? O compressor, sendo a única máquina no sistema que realiza trabalho, é essencial para o resfriamento/congelamento do alimento, pois sua função é de aspirar o vapor formado no evaporador e comprimi-lo, para que chegue a uma pressão maior, e isso permite que o refrigerante circule no sistema e as condições do processo se matem (P = cte) Esta capacidade frigorífica do compressor significa o calor retirado no evaporador, quando o compressor está conectado a um equipamento frigorífico completo, que trabalha com as temperaturas de evaporação e condensação em questão. Deve-se notar que a capacidade frigorífica do compressor depende em grande medida da temperatura de evaporação, que, quanto mais baixa esta temperatura, menora capacidade. A temperatura de condensação tem também algum efeito sobre a capacidade frigorífica. 14. Por que compressores podem ser classificados como abertos ? Qual outra opção? Os compressores chamados abertos são assim classificados por possuírem o motor externo à sua carcaça, o que facilita sua manutenção e remoção, além de permitir a utilização de amônia como refrigerante, sendo o ideal entre as opções para instalações industriais. Entretanto, possuem um alto consumo de energia. As outras opções de compressores são os herméticos e semi-herméticos. O primeiro é mais barato, silencioso e de alta eficiência, entretanto, seu motor é interno e não removível, o que impossibilita a utilização da amônia, além de ser usado apenas em instalações de pequeno porte como ar condicionado e geladeira. Já os compressores semi-herméticos são utilizados em instalações médias e comerciais e seu motor é, ao mesmo tempo, interno e removível. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin 15. Cite 2 vantagens/desvantagens da localização do motor elétrico em compressores. ● Motor externo: facilita sua manutenção e remoção, além de permitir a utilização de amônia como refrigerante. Entretanto, possuem um alto consumo de energia. ● Motor interno: mais barato, silencioso e de alta eficiência, entretanto, não removível, o que impossibilita a utilização da amônia 16. Por que as capacidades frigoríficas de compressores alteram com o regime de operação? A capacidade do compressor diminui conforme a temperatura de evaporação diminui, ou seja para temperaturas de congelamento (ex:-10°C) o mesmo compressor vai ter uma capacidade reduzida do que para uma temperatura de resfriamento (ex:5°C). 17. Cite formas de variar a capacidade frigorífica dos compressores alternativos e parafusos. Para o controle de capacidade de compressores alternativos, podemos: selecionar equipamentos com capacidades variáveis (que podem ser ligados/desligados conforme a necessidade), utilização de válvulas de sucção (para controla a injeção de óleo e controle de pressão na câmara de compressão) e utilização de variadores de frequência. Já para os compressores parafusos, podemos: variação da rotação (através da variação de frequência) e utilização de válvulas de nível (para modular o compressor a partir do controle de volume deslocado. SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO 18. Cite duas estratégias de controle de capacidades de sistemas de refrigeração com compressores alternativos em cargas parciais. Estratégia: Controle por etapa/compressores em paralelo: iniciar ou parar algum compressor em um sistema de multi compressores alternativos multicilindros para controle de carga parcial por etapa, visto que a eficiência é pouco reduzida nessa estratégia. Estratégia - Controle de velocidade variável: uso de motor elétrico de 2 velocidades ou inversor/conversor de frequência para variar a velocidade do compressor FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin Estratégia: controle por bloqueio de sucção de cabeçote através de pressostato 19. Como selecionar compressor(es) de um sistema central de simples estágio com 2 evaporadores a diferentes temperaturas de aplicação, uma vez que o catálogo prevê caso de simples estágio Ao selecionar compressores para um sistema central de simples estágio com dois evaporadores a diferentes temperaturas de aplicação, é necessário considerar alguns fatores importantes. Embora o catálogo possa fornecer informações para casos de simples estágio, é possível adaptar a seleção para atender aos requisitos específicos do seu sistema. Aqui estão algumas etapas gerais para a seleção: ● Requisitos de refrigeração: Avalie as necessidades de refrigeração de cada evaporador. Considere a carga térmica, a temperatura de evaporação desejada e a temperatura de condensação. Determine a capacidade de refrigeração necessária para cada evaporador. ● Tipo de compressor: Com base nas informações do catálogo e nas necessidades de refrigeração, identifique o tipo de compressor mais adequado para o sistema central de simples estágio. Alguns tipos comuns de compressores são os compressores alternativos (pistão), os compressores de parafuso e os compressores centrífugos. Considere fatores como eficiência, capacidade de carga variável e características de controle. ● Capacidade do compressor: Determine a capacidade de refrigeração exigida para cada evaporador e selecione um ou mais compressores que possam atender a essas demandas. Dependendo das cargas térmicas dos evaporadores, você pode precisar de compressores de diferentes tamanhos ou múltiplos compressores operando em paralelo. ● Controle de capacidade: Considere a necessidade de controle de capacidade para atender às variações de carga dos evaporadores. Alguns compressores oferecem capacidade de carga variável por meio de tecnologias como o controle de velocidade variável. Isso permite ajustar a capacidade de refrigeração de acordo com as demandas do sistema. ● Características adicionais: Considere outras características importantes para o seu sistema, como eficiência energética, facilidade de manutenção, confiabilidade e compatibilidade com outros componentes do sistema, como condensadores e dispositivos de expansão. É importante consultar o catálogo do fabricante do compressor para obter informações detalhadas sobre as capacidades, faixas de temperatura e outras especificações técnicas relevantes. Além disso, é recomendável contar com a FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin assistência de um profissional de engenharia de refrigeração para garantir que a seleção do compressor seja adequada às necessidades do sistema e cumpra os requisitos específicos. 20. O que é um sistema economizer? Por que é chamado de economizador ? Por que é usado em compressores parafusos? Economizer :Sistema economizador 1º ganho: Depois do condensador, faz uma expansão para um resfriador intermediário (L+V) à pega o líquido subresfriado e contínua para o evaporador à esse subresfriamento é um ganho em△h 2º ganho: o vapor saturado da parte de cima do resfriador intermediário vai ser injetado na carcaça do compressor parafuso O compressor parafuso tem um sistema que faz um resfriamento intermediário dentro da própria carcaça para que o vapor possa continuar a ser comprimido sem que atinja temperaturas muito altas (injeção de amônia fria vinda do economizer) 21. Como implementar os princípios de um sistema economizador em sistemas com compressores alternativos ? Não tem como injetar esse vapor resfriado na carcaça porque não pode, mas injeta antes (reservatório na linha antes do compressor) 22. Por que razão de compressão acima de 8 ou 9 deve-se aplicar um sistema de duplo estágio, quando se usa compressores alternativo ? e por que para compressores parafuso a razão é de 20 ? Para compressores parafusos podemos trabalhar a uma razão e compressão de até 20 pois ele é capaz de modular diferentes pressões para trabalhar, a partir de uma válvula que regula qual a pressão de saída do refrigerante. Já os compressores alternativos trabalham por diferença de entre a pressão interna e a pressão a que o FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin refrigerante chega (pressão de evaporação) – quanto menor a pressão de evaporação, maior o R e menor a capacidade volumétrica do compressor. 23. O que é C.O.P. ? E o que é I.P.L.V. ? Por que expressar com dois indicadores semelhantes ? COP é o coeficiente de performance, que indica o nível de eficiência do equipamento de refrigeração, pela relação entre capacidade de refrigeração consumida e a energia elétrica consumida. Já o IPLV (integrated part load value) é um índice baseado em COP, expressando a eficiência em carga parcial para equipamentos. O IPLV leva em consideração a ponderação de várias cargas térmicas.24. Por que o valor do COP não é mantido em cargas parciais? O motivo pelo qual o valor do COP não é mantido em cargas parciais está relacionado ao comportamento dos sistemas de refrigeração e aquecimento quando operam em capacidades reduzidas. 25. Por que selecionar todos os equipamentos na condição máxima de operação, sendo que depois terá que operar em condições parciais? Porque pode existir um dia que será condições extremas de clima, abertura de portas, passagem de pessoas, infiltração, iluminação… e a câmara precisa dar conta de manter a temperatura estimada 26. O que é “inverter”? Inverter: equipamento eletroeletrônico que inverte a frequência ou a rotação do motor elétrico. A variação de rotação do compressor. O compressor é comandante de impor a vazão do circuito (está bombeando), logo ao reduzir a rotação do motor, reduz o bombeamento e, consequentemente, reduz a capacidade frigorífica. - Princípio de variação de rotação e/ou frequência para variar a capacidade frigorífica 27. Desconsiderando as possíveis oscilações de temperatura da aplicação, segundo o exercício de entrega de cargas parciais, por que o compressor on-o� consumiu menos energia que o mesmo compressor com inversor de frequência ? On/O� gasta menos energia - trabalha em plena eficiência de energia De acordo com os fabricantes, geralmente, o compressor on/o�, ao entrar em “alívio”, não desliga e continua consumindo energia, enquanto o sistema de inversão FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin de frequência permite menor consumo energético por trabalhar em uma menor faixa de P possível. Contudo, o coeficiente de performance (COP) do compressor inversor de freq. não é linear e o compressor on/o� atua em plena eficiência de energia, justificando o on/ o� ter menor consumo de energia. 28. Quais as vantagens de utilizar um rack de compressores na mesma aplicação? Uma das grandes vantagens dos racks de compressores é a possibilidade de operar o sistema de refrigeração de acordo com a carga térmica requerida. Isso ocorre graças a presença de um quadro elétrico, permitindo o funcionamento dos compressores de acordo com a demanda, reduzindo custos de energia de até 50% e aumentando a performance dos compressores, possibilitando sucções mais altas e maior eficiência. Além disso, o custo de manutenção dos racks é menor do que comparado aos sistemas tradicionais. 29. O que é termoacumulação? A termoacumulação é a armazenagem do frio visando tanto a transferência do consumo de energia do horário de ponta de carga (consumo geral) para horário fora de ponta quanto o nivelamento de consumo reduzindo assim os picos de energia. 30. Quais as vantagens de se utilizar um sistema de refrigeração com termoacumulação? Dentre as vantagens estão: - Redução de custo com energia e o gerenciamento pelo lado da demanda - Gera maior confiabilidade e segurança ao sistema de refrigeração, devido ao armazenamento de energia - Proporciona uma redução na potência instalada, o que resulta em uma menor demanda de energia - Proporciona o deslocamento da carga do horário de alto consumo para outro de baixo, aliviando o sistema elétrico e reduzindo investimentos no setor - Contribui para a redução do impacto ambiental Desvantagens: - Necessidade de grandes espaços para instalação dos reservatórios de armazenagem - Altos investimentos iniciais em equipamentos CONDENSADORES OU UNIDADE CONDENSADORA FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin 31. Por que se seleciona um condensador ou uma unidade condensadora pela carga térmica que ocorre no evaporador? Pois o condensador é responsável por dissipar o calor do fluido refrigerante do sistema de refrigeração, isto é, a carga térmica retirada do meio que ocorre no evaporador. 32. Quais os parâmetros para selecionar uma unidade condensadora a água ? 33. Cite 3 exemplos de instalações inadequadas de unidades condensadoras a ar. Instalação da condensadora muito próximo a parede sem respeitar a distância de 1,5 metros, enclausurar para esteticamente esconder, não instalação de garrafa de líquido na saída do condensador para aumentar a área de troca térmica na tubulação, 34. Cite 3 causas para haver a elevação da temperatura de condensação. - Aumento da temperatura da água ou ar de resfriamento. No caso de condensador a ar: uma possível causa para o aumento da água seria um dia chuvoso, pois o ar está com alta umidade relativa, então a água não evapora e, consequentemente, não resfria. Outra causa seria um dia quente, pois o ar está com alta temperatura de bulbo úmido, resfriando menos a água. - Sujeiras e incrustações no equipamento, o que dificulta a troca térmica. - Má ventilação na serpentina. Uma maior ventilação proporciona maior turbulência, aumentando o coeficiente de película que, consequentemente, aumenta o coeficiente de troca térmica. 35. Por que o condensador a ar é o de menor eficiência para troca térmica ? Pois a temperatura de condensação, em um condensador a ar, é determinada pela temperatura ambiente de bulbo seco, enquanto, que em um condensador evaporativo FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin ou à água, a rejeição de calor é controlada pela temperatura de bulbo úmido, que fica entre 8 a 14K mais baixa que a TBS. 36. Como intensificar a troca térmica em condensadores a ar ? Para intensificar a troca térmica, podemos pulverizar água sobre a serpentina/placas em que ocorre a troca térmica, aumentar a área de troca térmica, realizar a movimentação do ar externo (que vai trocar calor com o refrigerante para condensá-lo) – isso pode ser feito pela implementação de um ventilador. 37. Por que o condensador evaporativo é mais eficiente que os outros ? Quais os fenômenos de transferências que ocorrem nesta operação ? O condensador evaporativo conta com um condensador a água e uma torre de resfriamento – temos bicos injetores no topo do condensador que vão pulverizar água nos tubos de refrigerante, provocando sua condensação. Dessa forma, temos que uma economia de energia (24%), menor investimento, menor ocupação de espaço e é adequado para climas quentes. Neste processo, temos tanto fenômenos de transferência de calor (do refrigerante sendo resfriado e da água que evapora), quanto de massa (pois a água evaporada vai para o ar). 38. O que é um condensador remoto ? É um condensador instalado a distância do compressor EVAPORADORES 39. Quais os parâmetros necessários para selecionar um evaporador? Temperatura de evaporação, delta Temperatura e Carga térmica. 40. Quais as diferenças estruturais de evaporadores inundados com expansão seca? Os evaporadores inundados utilizam uma massa de refrigerante circulando 5x maior que a massa que vai evaporar e têm um reservatório de líquido (refrigerante em estado líquido). Já em evaporadores de expansão seca, a massa de refrigerante que circula é exatamente igual a massa que será evaporada e a FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin área total de troca térmica deve ser de 10-20% maior que a área requerida para garantir que todo o refrigerante será evaporado. 41. Qual dos evaporadores (inundados ou expansão seca) possui maior eficiência na troca térmica? Por que ? No evaporador de expansão seca o fluído refrigerante inicia sua vaporização já na válvula de expansão. Na saída do evaporador todo refrigerante deve se encontrar na forma de vapor. A taxa de vaporização no interior do evaporador é uma função da carga térmica exigida. Por conta da constante mudança de estado, as paredes do evaporador não permanecem sempre molhadas, o que influência na diminuição da transferência térmica. Vantagem do evaporador expansão seca: possuem menor custo inicial, são mais compactos e possuem retorno de óleo. Desvantagens do evaporador expansão seca: menor eficiência de trocatérmica, possui variações de temperatura dentro da câmara, tem menor controle de líquidos na linha de sucção e super aquecimento útil. O evaporador inundado é aquele que trabalha repleto de líquido refrigerante, sendo que seu nível é mantido por uma válvula boia. O vapor formado no evaporador é succionado pela ação do compressor. Vantagens do evaporador inundado: apresenta maior coeficiente de transmissão de calor, melhor comportamento em relação à variação na carga térmica, fornece vapor saturado seco ao compressor e não vapor superaquecido e como Desvantagens do evaporador inundado: o evaporador inundado é caro, necessita de um separador de líquido, é utilizado para grandes instalações, apresenta elevado volume e grande quantidade de refrigerante se faz necessário. 42. Quais as diferenças operacionais e construtivas das válvulas de expansão dos evaporadores (inundados e expansão seca) ? Na expansão seca: A alimentação do refrigerante é controlada por uma válvula de expansão termostática ou termostática com equalização externa; T do vapor aumenta na saída do evaporador -> aquece o bulbo da válvula -> a pressão exercida pelo fluido do bulbo no diafragma abre a válvula -> entra mais refrigerante -> vapor sairá mais frio -> fecha a válvula. No caso de expansão inundada, o controle é feito por meio Válvulas de expansão automática ou manual., tendo em vista que o líquido refrigerante fica circulando, em quantidade 2 - 7 vezes maior do que será evaporadora. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 ( ( Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin 43. O evaporador é o componente que trata o ar, quer seja resfriando-o, quanto desumidificando-o. Como especificar para que não haja uma intensificação na desumidificação do ar e consequente menor desidratação do produto estocado? Para evitar que haja desidratação do produto, a velocidade do ar deve ser baixa e adequada ao produto, bem como a umidade relativa do ar controlada. Assim uma taxa de ar excessiva pode promover maior evaporação da umidade na superfície do produto e, consequentemente, maior desidratação do produto. A velocidade do ar nas câmaras de conservação de produtos não deve ser superior a 0,5 m/s. 44. O que você acha de selecionar um evaporador para a ante-câmara com um ΔT (Tev – Tar) maior que 6 °C? 45. Para uma aplicação com carga térmica de 12.000 kcal/h, quantos evaporadores do modelo de catálogo (com capacidade de 6.000 kcal/h e ΔT = 6 °C) serão necessários para que a desumidificação não seja intensa e ocorra uma operação com ΔT = 2 °C? Considera-se que o deltaT 6°C seja tabelado, encontra-se o valor de A*U FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin 46. Onde se encontra o evaporador em uma sorveteira? E num chiller? Em uma sorveteira, o evaporador geralmente está localizado dentro da unidade de refrigeração do equipamento. O evaporador é responsável por remover o calor do compartimento onde a mistura de sorvete é armazenada e resfriá-la para a consistência adequada do sorvete. O evaporador é projetado para entrar em contato com a mistura de sorvete e absorver o calor dela, permitindo que a mistura congele e se torne sorvete. Em um chiller (equipamento de refrigeração industrial), o evaporador está localizado no sistema de refrigeração, geralmente em uma unidade separada. O chiller é usado para resfriar fluidos ou ambientes em processos industriais, como resfriamento de equipamentos, ar-condicionado central, refrigeração de alimentos, entre outros. O evaporador no chiller é projetado para absorver o calor do fluido que precisa ser resfriado, transferindo-o para o refrigerante circulante. O refrigerante evapora no evaporador, removendo o calor do fluido e, em seguida, é comprimido e condensado no condensador para liberar o calor absorvido. 47. O quanto é benéfico o super-aquecimento de 6 °C na saída de evaporadores de expansão seca ao sistema de refrigeração? Um superaquecimento de 6 °C na saída do evaporador de expansão seca pode trazer benefícios significativos para o sistema de refrigeração, incluindo: ● Proteção do compressor: O superaquecimento é importante para evitar que o refrigerante líquido entre no compressor. O superaquecimento adequado garante que o refrigerante esteja completamente vaporizado antes de entrar no compressor, protegendo-o contra danos causados pelo líquido refrigerante comprimido, como golpes de líquido ou lubrificação inadequada. ● Estabilidade operacional: Um superaquecimento controlado ajuda a garantir uma operação estável do evaporador e do sistema de refrigeração em geral. Ele ajuda a manter uma quantidade consistente de refrigerante evaporado no evaporador, evitando flutuações indesejadas na capacidade de refrigeração e no desempenho do sistema. ● Eficiência energética: Um superaquecimento adequado pode contribuir para a eficiência energética do sistema de refrigeração. Quando o refrigerante está completamente vaporizado no evaporador, ele possui uma temperatura uniforme e é capaz de transferir calor de maneira eficiente, o que resulta em uma maior eficiência de transferência de calor e, consequentemente, uma operação mais eficiente em termos energéticos. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin ● Controle de umidade: O superaquecimento também ajuda a remover a umidade indesejada do sistema. À medida que o refrigerante é superaquecido no evaporador, a umidade presente no ar condensado é evaporada, reduzindo a possibilidade de formação de gelo ou condensação excessiva em outros componentes do sistema. No entanto, é importante destacar que o superaquecimento ideal pode variar dependendo do tipo de refrigerante, das características do sistema e das condições operacionais específicas. É recomendável seguir as especificações do fabricante do sistema de refrigeração e, se necessário, consultar um profissional de engenharia de refrigeração para determinar o superaquecimento ideal para o seu sistema. CAUSA E EFEITO 48. Qual a relação do aumento da temperatura de condensação com o aumento da temperatura da câmara de um circuito de refrigeração? Se a temperatura de condensação aumenta, teremos um Δh0 reduzido, pois há uma distorção no ciclo de refrigeração. Consequentemente, a razão de compressão aumenta e o COP diminui. Além disso, a eficiência volumétrica diminui, ou seja, o compressor estará bombeando menos refrigerante e vai trocar menos calor, causando o aumento de temperatura na câmara. Essas relações podem ser justificadas a partir da equação Q=U.A.ΔT. 49. Quais as causas para ter a elevação da temperatura de condensação ? Alterações da temperatura de condensação, e por sua vez, prejuízos ao valor de U podem ter origem em incrustações externas ou internas, sujeira, má ventilação, óleo de lubrificação circulando pelo sistema, redução da circulação de água/ar (presença de incondensáveis ou de líquido acumulado dentro do condensador → ↓área), variações na temperatura do fluido de resfriamento (por causa do clima, por exemplo). A elevação pode ter origem ainda em instalações inadequadas, como equipamentos muito próximos à parede, em locais apertados sem circulação de ar ou em área com grande acúmulo de sujidades. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin 50. Como reduzir a desidratação de produtos desembalados em câmaras frigoríficas ? R: aumentando a temperatura de evaporação (isso faz com que o Delta_T diminuia) e da condição da câmara, para reduzir a T.M. do produto com o ar. 51. Quanto que uma cortina na porta da câmara poderá reduzir o tempo de degelo e consequentemente modificar especificação do compressor ? Se a área da mesma for significante, tendo em vista que a contribuição da mesma se dá pela fórmula Qvedação = 150kcal/h * Área. Assim, se a mesma representar uma perda grande, deve-se reavaliar o compressor. 52. Por que a elevação da temperatura decondensação provoca maior consumo de energia da aplicação para manter a mesma carga térmica ? Explique pelo ciclo e pelos quantitativos. Quanto maior a temperatura de condensação, maior será a capacidade requerida no compressor, e portanto, maior a energia de aplicação para manter a mesma carga térmica do sistema. Analisando um diagrama de pressão x entalpia qualquer, observa-se que a variação de entalpia é maior quando se aumenta a temperatura de condensação, fazendo com que a capacidade requerida da máquina também seja maior. 53. Qual é o ganho de realizar um resfriamento evaporativo do ar para ser utilizado em condensadores a ar? Exemplifique e considere que o ΔT=10 °C (entre a temperatura ambiente e temperatura de condensação) seja mantido em qualquer uma das situações (com ou sem resfriamento do ar). Realizar o resfriamento evaporativo do ar em condensadores a ar traz benefícios como a redução da temperatura do ar ambiente, o que resulta em uma diferença de temperatura mais favorável entre o ar ambiente e a temperatura de condensação. Isso aumenta a eficiência do condensador, melhorando o desempenho do sistema de FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Fash gás - quandoO fluido do st e X = # Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin refrigeração como um todo. Além disso, o resfriamento evaporativo reduz a carga térmica sobre os componentes do condensador, o que pode prolongar sua vida útil e reduzir a necessidade de manutenção. Por exemplo, considerando um ΔT de 10 °C entre a temperatura ambiente e a temperatura de condensação, se o ar ambiente não for resfriado, a diferença de temperatura será de 10 °C. No entanto, se o ar ambiente for resfriado por meio do resfriamento evaporativo, é possível reduzir a temperatura do ar em alguns graus. Suponhamos que o ar seja resfriado em 5 °C, então a diferença de temperatura entre o ar ambiente resfriado e a temperatura de condensação será de 5 °C. Essa redução na diferença de temperatura é benéfica porque influencia diretamente a capacidade de transferência de calor do condensador. Quanto menor a diferença de temperatura, maior será a eficiência na dissipação do calor, o que resulta em um melhor desempenho do sistema de refrigeração como um todo. TORRE DE RESFRIAMENTO 54. Por que a torre de resfriamento não tem boa eficiência nos dias chuvosos? Explique os fenômenos físicos que ocorrem neste equipamento. O resfriamento ocorre principalmente por transferência de massa (evaporação: água ↷ vapor), visto que tem-se um grande efeito evaporativo em função do diferencial de pressão de vaporização. Além disso, ocorre a transferência de calor (calor latente (evaporação) e calor sensível (diferença entre a temperatura da água e do ar)). A operação de uma torre de resfriamento pode ser favorecida se for instalada em um ambiente mais seco (maior diferença entre a temperatura do bulbo úmido e do bulbo seco, então será mais fácil para a água evaporar), logo a transferência de massa é favorecida. Além disso, a operação da torre de resfriamento é favorecida no inverno, pois a temperatura e a umidade do ambiente são baixas, mas deve-se evitar operar à noite visto que o ar fica saturado. Também deve-se evitar operar em dias chuvosos, já que o ar está mais úmido, então tem-se menor capacidade de umidificar o ar, diminuindo a eficiência da torre. 55. Como intensificar a eficiência da torre de resfriamento? Para intensificar o resfriamento da água as estratégias dependem das condições climáticas do local. Portanto: - No inverno, quando a temperatura do ar cai e, caso a carga térmica seja mantida constante, a temperatura de saída da água também cai. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin Para manter a temperatura da água de saída constante, pode-se diminuir a vazão de água que recircula no sistema de refrigeração. - No verão ocorre o inverso: a temperatura de saída da água aumenta, comprometendo a operação do condensador. Então, pode-se aumentar a vazão de água no sistema, visando compensar esse aumento de temperatura. - Em dias secos, a umidade do ar é menor e a temperatura de bulbo úmido é alta, assim, ocorre maior transferência de massa da água para o ar. Dessa forma, será necessária uma maior reposição. TUBULAÇÕES 56. Qual a relação dos diâmetros das tubulações de um sistema de refrigeração com a carga térmica? O diâmetro de escoamento pode ser obtido pela formula: 3600.A.V(vetorial)=Q//(Delta.Ho).v. Assim, quanto menor o diâmetro, maior é a perda de carga. - 57. Por que a tubulação de sucção tem maior diâmetro que das outras. Na linha de sucção, tem que ter pouca perda de carga e arraste de óleo, assim, o diâmetro tem que ser maior. 58. Por que é vital o isolamento da linha de sucção ? Evita perda por TC nas tubulações e garante a eficiência dos sistemas de refrigeração. Evita o superaquecimento inútil na linha de sucção, o que aumentaria a temperatura de descarga, o volume específico do refrigerante, o compressor realizaria um trabalho maior para bombear mais refrigerante, etc. Também evitaria uma possível condensação de água na linha. 59. Por que a grande distância (comprimento da linha de sucção) entre o evaporador e o compressor pode comprometer a capacidade frigorífica ? Uma maior distância da linha pode levar a uma maior perda de carga, diminuindo a temperatura de sucção, requerendo maior carga de refrigerante e reduzindo a capacidade do sistema. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin 60.Porque a grande distância entre o evaporador e o compressor (comprimento da linha de sucção) pode comprometer a capacidade frigorífica? A grande distância entre o evaporador e o compressor, ou o comprimento da linha de sucção, pode comprometer a capacidade frigorífica de um sistema de refrigeração por vários motivos: ● Perdas de carga: O comprimento da linha de sucção contribui para as perdas de carga do sistema. À medida que o refrigerante viaja ao longo da linha de sucção, ocorrem atritos e resistência ao fluxo, o que resulta em uma perda de pressão. Essas perdas de carga podem afetar a capacidade frigorífica, reduzindo a pressão de sucção do compressor e, consequentemente, diminuindo o desempenho do sistema. ● Queda de pressão: Além das perdas de carga, uma grande distância entre o evaporador e o compressor pode levar a uma queda significativa na pressão de sucção. À medida que o refrigerante percorre uma linha de sucção longa, a pressão pode diminuir devido à expansão e dissipação do calor ao longo do caminho. Isso pode levar a uma redução da capacidade de refrigeração do sistema, pois o compressor precisa trabalhar com uma pressão de sucção menor. ● Perdas de calor: Uma linha de sucção longa também pode resultar em perdas de calor indesejadas. O calor pode ser transferido para a linha de sucção a partir do ambiente ao redor ou de fontes de calor próximas. Essas perdas de calor adicionais aumentam a carga térmica do sistema e reduzem a capacidade frigorífica disponível para resfriamento. ● Efeito da tubulação: O comprimento da linha de sucção também pode afetar o desempenho do sistema devido ao efeito da tubulação. Em linhas de sucção longas, o refrigerante pode sofrer mudanças de fase indesejadas, como a condensação parcial. Isso pode levar a problemas de retorno de líquido ao compressor, impactando negativamente o desempenho e a capacidade de refrigeração do sistema. Para minimizar esses efeitos negativos, é recomendável dimensionar adequadamente a linha de sucção, considerando as perdas de carga, o tamanho do tubo, o isolamento térmico adequado e a localização do compressor em relação ao evaporador. Além disso, é importante seguir as recomendações do fabricante do sistema de refrigeração e consultar um profissional de engenharia de refrigeração FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin para projetar einstalar corretamente a linha de sucção, levando em conta as especificidades do seu sistema. CONTROLES 61.Como funciona a válvula de expansão termostática com equalização externa? A válvula de expansão termostática com equalização externa é um dispositivo utilizado em sistemas de refrigeração para regular o fluxo de refrigerante líquido para o evaporador. Ela funciona através de um bulbo sensor que detecta a temperatura do refrigerante no evaporador e uma equalização externa que controla a abertura da válvula com base na pressão de evaporação. Isso permite um controle preciso do superaquecimento no evaporador, proporcionando eficiência e controle adequados do sistema. 62.O que e como realizar o pump down? "Pump down" é um procedimento usado na refrigeração e no ar condicionado para remover o refrigerante líquido do evaporador e direcioná-lo para o condensador antes de desligar o sistema. O objetivo principal do pump down é minimizar a perda de refrigerante e facilitar a manutenção ou reparo do sistema. O processo de realizar o pump down geralmente envolve os seguintes passos: ● Verificação do sistema: Antes de iniciar o pump down, é importante verificar se o sistema está em condições de ser desligado. Isso pode incluir a verificação da pressão do sistema, a identificação de vazamentos e a realização de todas as medidas de segurança adequadas. ● Redução da carga de refrigerante: Para iniciar o pump down, a válvula de serviço de sucção no compressor é fechada, enquanto a válvula de serviço líquido é aberta. Isso faz com que o compressor aspire o refrigerante do evaporador e o direcione para o condensador. ● Monitoramento da pressão: Durante o pump down, é importante monitorar a pressão do sistema para garantir que o refrigerante esteja sendo removido adequadamente do evaporador. À medida que o refrigerante é transferido para o condensador, a pressão no sistema diminuirá gradualmente. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin ● Desligamento do compressor: Uma vez que a pressão do sistema atinge um nível adequado e a maior parte do refrigerante líquido é removida do evaporador, o compressor pode ser desligado. Isso é feito para evitar que o compressor aspire o refrigerante residual durante a manutenção ou o reparo do sistema. O pump down é uma prática comum em sistemas de refrigeração para evitar perdas de refrigerante, reduzir o tempo e o custo de manutenção e minimizar os riscos associados ao manuseio de refrigerantes. 63.Descreva a sequência dos acionamentos dos respectivos instrumentos do quadro elétrico para a realização de degelo elétrico. A sequência dos acionamentos dos instrumentos do quadro elétrico para a realização de degelo elétrico pode variar de acordo com o projeto específico do sistema de refrigeração. No entanto, a seguir está uma sequência geral que pode ser seguida: ● Desligamento do compressor: Antes de iniciar o degelo elétrico, o compressor do sistema de refrigeração deve ser desligado. Isso pode ser feito por meio de um disjuntor ou interruptor dedicado no quadro elétrico. ● Ativação do circuito de degelo: Localize o disjuntor ou interruptor dedicado para o circuito de degelo elétrico no quadro elétrico. Ligue-o para fornecer energia ao circuito de degelo. ● Ativação das resistências de degelo: As resistências de degelo elétrico estão localizadas no evaporador ou nas serpentinas do sistema de refrigeração. Elas são responsáveis por aquecer as serpentinas e derreter o gelo acumulado. Ative os contatos dos relés ou contatores que controlam as resistências de degelo. ● Desligamento do ventilador do evaporador: Para permitir que o calor das resistências de degelo seja distribuído uniformemente, é comum desligar o ventilador do evaporador durante o processo de degelo elétrico. Isso evita que o ar frio seja soprado no ambiente e interrompa o processo de degelo. ● Ativação do temporizador de degelo: Muitos sistemas de refrigeração possuem um temporizador de degelo para controlar a duração do degelo elétrico. Ajuste o temporizador para a duração desejada do degelo. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 Profº Dr. Vivaldo Silveira Júnior Profº Dr. Douglas Fernandes Barbin ● Monitoramento do degelo: Durante o degelo elétrico, monitore o processo para garantir que o gelo esteja derretendo adequadamente e que não haja problemas ou anomalias no sistema. ● Finalização do degelo: Quando o tempo de degelo definido pelo temporizador for concluído ou quando o sistema detectar que o gelo derreteu adequadamente, desative as resistências de degelo. ● Reativação do ventilador do evaporador: Após a conclusão do degelo elétrico, ligue novamente o ventilador do evaporador para retomar o fluxo de ar frio e reiniciar o ciclo de refrigeração. ● Reativação do compressor: Por fim, ligue o compressor novamente para reiniciar a operação normal do sistema de refrigeração. FEA - Unicamp | Campinas - SP | 2022 1. Eficiência volumétrica e capacidade do compressor, falar a relação e as condições para uma capacidade de compressão nula A eficiência volumétrica de um compressor é uma medida da capacidade do compressor em efetivamente comprimir o ar ou o fluido em relação ao seu volume teórico máximo. É expressa como a razão entre a capacidade real de compressão e a capacidade volumétrica teórica. A capacidade do compressor, por sua vez, é a quantidade de ar ou fluido que ele pode comprimir em um determinado período de tempo. Quando se fala em capacidade de compressão nula, isso significa que o compressor não está comprimindo o ar ou o fluido. Sob essa condição, a capacidade do compressor seria zero, ou seja, ele não está produzindo nenhum fluxo de ar ou fluido comprimido. Para que a capacidade de compressão seja nula, algumas condições podem ser consideradas, como: 1. O compressor está desligado: Se o compressor estiver completamente desligado, não haverá compressão ocorrendo e, portanto, a capacidade de compressão será nula. 2. Vazamento total: Se houver um vazamento completo no sistema de compressão, todo o ar ou fluido que entra no compressor será perdido e não haverá compressão ocorrendo. Nesse caso, a capacidade de compressão será nula. 3. Pressão de sucção igual à pressão de descarga: Se a pressão de sucção e a pressão de descarga do compressor forem iguais, não haverá diferença de pressão para o compressor trabalhar e realizar a compressão. Portanto, a capacidade de compressão será nula. 2. Explicar o sistema economizer e como que a gente aplica ele para compressores alternativos O sistema economizador é uma técnica que aproveita a energia térmica residual do sistema de refrigeração para reduzir o consumo de energia do compressor alternativo. Ele é aplicado por meio da instalação de uma válvula de economizador e de uma troca de calor adicional. 3. Como controlar carga térmica de compressores com cargas parciais? Válvulas de expansão: Utilize válvulas de expansão termostáticas para controlar o fluxo de refrigerante para o evaporador. Isso permite que você ajuste a quantidade de carga térmica nos compressores, de acordo com a demanda. 4. Se a temperatura de evaporação aumenta e o problema tá na condensador, quais são as causas? Fluxo de ar insuficiente, acúmulo de sujeira ou incrustações, ventiladores com mau funcionamento e problemas no circuito de refrigeração. 5. Por que o COP não é medido em cargas parciais? O COP não é medido em cargas parciais porque o desempenho do sistema de refrigeração pode variar significativamente em diferentes níveis de carga. Em cargas parciais, onde a demanda de resfriamento ou aquecimento é menor, os componentes do sistema, como o compressor, podem operar em condições diferentes em comparação com a carga total. 6. Explicar porque diferentes condições de operação temos diferentes capacidades frigoríficas Diferentes condições de operação em sistemas de refrigeração e ar condicionado podem resultar em diferentes capacidades frigoríficas devido a diversos fatores. Aqui estão algunsdos principais motivos pelos quais diferentes condições de operação afetam a capacidade frigorífica: → Temperatura ambiente: A temperatura ambiente é um fator crucial que afeta a capacidade frigorífica. Quanto maior a temperatura ambiente, mais calor será transferido para o espaço refrigerado, exigindo assim uma capacidade de refrigeração maior para manter a temperatura desejada. Em temperaturas mais baixas, a capacidade frigorífica necessária é reduzida. → Diferença de temperatura: A diferença de temperatura entre a temperatura do espaço refrigerado e a temperatura de evaporação do refrigerante afeta diretamente a capacidade frigorífica. Quanto maior a diferença de temperatura, maior a capacidade frigorífica necessária. → Carga térmica do espaço: A carga térmica do espaço refere-se à quantidade de calor que precisa ser removida do ambiente refrigerado. A carga térmica é influenciada por fatores como tamanho do espaço, isolamento térmico, equipamentos e iluminação. Quanto maior a carga térmica, maior será a capacidade frigorífica necessária para atender a essa demanda de calor. 7. Porque seleciona-se o condensador, evaporador e o compressor pela carga térmica O condensador, o evaporador e o compressor são selecionados com base na carga térmica para garantir um funcionamento eficiente e adequado do sistema de refrigeração. 1. O condensador é selecionado para dissipar o calor do refrigerante que está sendo comprimido no compressor. A capacidade do condensador deve ser adequada para remover a carga térmica do sistema e permitir que o refrigerante condense eficientemente. 2. O evaporador é selecionado para absorver o calor do ambiente a ser resfriado. A capacidade do evaporador deve ser suficiente para lidar com a carga térmica do ambiente e permitir que o refrigerante evapore adequadamente. 3. O compressor é selecionado com base na carga térmica total do sistema. Ele deve ter capacidade suficiente para comprimir o refrigerante e garantir um fluxo de refrigerante adequado pelo sistema. 8. Explicar (escrito e numericamente) formas de aumentar a eficiência de troca térmica em condensador aletados que já estão instalados e funcionando Para aumentar a eficiência de troca térmica em condensadores aletados que já estão instalados e funcionando, existem algumas medidas que podem ser adotadas. 1. Limpeza regular 2. Verificar o fluxo de ar 3. Verificar a temperatura ambiente 4. Utilizar aditivos químicos 5. Aumentar a área de superfície Numericamente, a eficiência de troca térmica pode ser avaliada através do coeficiente global de transferência de calor (U). Esse coeficiente representa a taxa de transferência de calor entre o fluido refrigerante e o ar ambiente. Ao implementar as medidas acima, é possível melhorar o valor do coeficiente U, indicando uma maior eficiência de troca térmica no condensador aletado. 9. Falar o valor de delta T ideal para duas situações: uma na câmara que o produto não poderia ganhar muita umidade e uma na antecâmara Geralmente, um ΔT ideal para câmaras de resfriamento varia de 5°C a 10°C. Essa faixa de ΔT ajuda a evitar a formação excessiva de condensação e a minimizar o risco de umidade indesejada no produto. Geralmente, um ΔT ideal para a antecâmara pode variar de 10°C a 15°C. Esse valor um pouco maior ajuda a reduzir a umidade e a temperatura do ar que entra na câmara principal. 10. Como tornar Torres de resfriamento mais eficientes Fazer a limpeza regular, controle da qualidade da água,controle da velocidade do ar, isolamento térmico adequado e monitoramento com análise de desempenho. Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner Scanned by CamScanner 04/08/2023 1 APLICAÇÕES DO FRIO, PROPRIEDADES DA ÁGUA E ETC... RESFRIAMENTO / CONGELAMENTO / ESTOCAGEM : • Envolvem diversos processos tecnológicos! • MATURAÇÃO DE QUEIJOS: TEMPERATURAS CONTROLADAS • CERVEJARIA : ( FERMENTAÇÃO LEVEDURAS : REAÇÃO EXOTÉRMICA) • VINAGRE: (BACTÉRIAS ACÉTICAS: REAÇÃO EXOTÉRMICA) • PASTEURIZAÇÃO DE LEITE • SORVETES • VEGETAIS CONGELADOS • PRATOS PRONTOS – SOUS VIDE • REFRIGERANTES – CARBONATAÇÃO • PACKING HOUSE – RESFRIAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS 1 RESFRIAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS PERDAS POR FALTA DE PRÉ TRATAMENTO = 30 A 40 % 2 • ETAPAS PRECEDENTES A ESTOCAGEM : – COLHEITA – MANIPULAÇÃO – EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS ELEVADAS – EXPOSIÇÃO AO SOL • RESFRIAMENTO RÁPIDO : – REDUÇÃO DA TEMPERATURA – REDUZ A VELOCIDADE DO PROCESSO DE MATURAÇÃO – REDUÇÃO DA AÇÃO DE AGENTES DETERIORANTES – REDUÇÃO DE PERDA DE PESO DO PRODUTO IMPORTÂNCIA PARA FRUTAS E HORTALIÇAS 3 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS PROCESSO DE RESPIRAÇÃO : • LIBERAÇÃO DE CALOR == ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA • PRODUÇÃO DE CO2 E H20 R=f(T) 4 • EXEMPLOS : MAÇÃS : • AMADURECIMENTO : 21 °C / 1 DIA • ou 1 °C / 10 DIAS • MILHO : • PERDA DE 60 % DO TEOR DE SACAROSE : 1 DIA / 30 °C; • PERDA DE 6 % DO TEOR DE SACAROSE : 1 DIA / 0 °C. 04/08/2023 2 Resfriamento de Frutas e hortaliças – Embrapa, Unicamp, 2002 6 Produto T 0°C T 10°C T 20°C Alcachofra 0,165 0,605 1,485 Abobrinha 0,48 1,049 2,491 Agriaão 0,16 0,972 3,226 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 T 0°C T 10°C T 20°C Alcachofra Abobrinha Agriaão 7 Produto T 0°C T 10°C T 20°C Alcachofra -0,78252 -0,21824 0,171726 Abobrinha -0,318760,0207750,396374 Agriaão -0,79588 -0,01233 0,508664 y = 0,4771x - 1,2306 R² = 0,989 y = 0,3576x - 0,6823 R² = 0,9992 y = 0,6523x - 1,4044 R² = 0,9867 -1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 0 1 2 3 4 Alcachofra Abobrinha Agriaão Linear (Alcachofra) Linear (Abobrinha) Linear (Agriaão) Resfriamento de Frutas e hortaliças – Embrapa, Unicamp, 2002 04/08/2023 3 SIGNIFICADO Q = 0,5 kJ/kg h (calor liberado) Q = 500.000 J/ton h Num packing house com 1.000 ton, serão 500.000.000 J/h ou 120.000.000 cal/h Um cálculo simples, aproximado: Q=mCp ΔT 120.000.000 cal/h = [1.000.000.000g]*[1 cal/g°C]*ΔT ΔT = 0,12 °C/h 9 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS OBJETIVO : • Resfriamento logo após a colheita retirada do “calor do campo” • Aumentar a vida de prateleira do produto CÂMARA DE ESTOCAGEM DE PRODUTOS RESFRIADOS : • Não dimensionada para alta carga térmica; • Equipamento de menor capacidade Equipamentos Frigoríficos Dedicados : PRÉ-RESFRIAMENTO RÁPIDO REDUÇÃO : • Atividade metabólica : respiração e transpiração; • Desenvolvimento microbiológico; • Atividades enzimáticas 10 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS Dias de comercialização de alfaces em função do tempo de espera para resfriá-las a 20C (0h, 6h, 8h, 12h e 24h). Colheita: 100%; Limite para a venda: 0% (FOURNIER &VANDIEVOET, 1983). 11 Perda de Qualidade de Alfaces Resfriadas a 2 C 0h6h8h12h24h 0% 100% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Dias de comercialização Q ua lid ad e pa ra v en da RESFRIAMENTO DE VEGETAIS PARÂMETROS DE VELOCIDADE DE RESFRIAMENTO : TAXA DE RESFRIAMENTO : • TEMPO ( ½) DE MEIO RESFRIAMENTO; • TEMPO DE 7/8 DE RESFRIAMENTO TEMPO DE MEIO RESFRIAMENTO : • DEF.: TEMPO NECESSÁRIO PARA REDUZIR À METADE A DIFERENÇA DE TEMPERATURA ENTRE O PRODUTO E O MEIO 12 04/08/2023 4 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS MÉTODO DE RESFR. CONDIÇÕES MEIO-TEMPO CÂMARA DE ESTOCAGEM SOLTAS, EM CAIXA 12,0 EMBALADAS, EM CAIXA 22,0 BIN DE 500 kg, GRANEL 18,0 CAIXAS PALETIZADAS 43,0 TÚNEL, AR 3-6 M/S SOLTAS, EM CAIXA 4,0 EMBALADAS, EM CAIXA 14,0 ÁGUA FRUTAS SOLTAS 0,4 INDIVIDUAL AR 0,7 M/S 1,3 AR 7,0 M/S 0,5 13 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS MÉTODOS DE RESFRIAMENTO DE PRODUTOS HORTÍCULAS • COM AR FORÇADO COM RESFRIAMENTO EVAPORATIVO • COM AR FORÇADO • COM CÂMARAS • COM ÁGUA GELADA • COM GELO EMPACOTADO • À VACUO • À VACUO COM ASPERSÃO DE ÁGUA 14 RESFRIAMENTO DE FRUTAS Requerimento de frio é característico • Fisiologia • Maturidade na colheita • Temperatura ambiente • Tempo de colheita • Vegetais não resfriados • Falta de interesse econômico• Susceptibilidade à injúria pelo frio UNIDADES DE RESFRIAMENTO O custo padrão pode variar bastante Porém, a Vida de Prateleira depende das atividades pós processamento • Alface colhida a 20oC e resfriada imediatamente a 2oC - VP 8 dias. • Espera de 6 horas – VP 6 dias • Espera de 12 horas – VP 4 dias • Espera de 18 horas – VP 2 dias 04/08/2023 5 AR FORÇADO Vantagens • Pode ser rápido • ¼ a 1/10 em relação ao ar estático • 2 – 3 x mais lento do que H2O ou vácuo • Movimentação do ar na direção correta • Facilmente adaptável • Instalações podem ser reduzidas AR FORÇADO Desvantagens • Manuseio • Dificuldade de embalagens secundárias • Ruim para folhosas • Pode ser desigual • Pode ser lento AR FORÇADO - APLICAÇÕES Frutos de caroço em geral, Citros, Maçã, cereja, uva, alface, espinafre, tomate, pimentão, berinjela, legumes de raízes (cenoura, mandioquinha, beterraba, batata-doce, rabanete), bulbos (cebola, alho) AR FORÇADO - NECESSIDADES Ventilador deve movimentar • 0,5 a 3,0 L/(s.Kg) Componentes do sistema: • Câmara fria • Unidade condensadora • Evaporador • Ventilador • Acessórios do sistema de frio O tempo de resfriamento é proporcional ao quadrado do diâmetro do fruto 04/08/2023 6 SISTEMA COM CONTROLE DE UMIDADE Resfr. Frutas e Hortaliças, 2002 AR FORÇADO Baseado na correlação de Nusselt, Reynods e Prandtl Na prática, é preciso saber o regime de escoamento, curvas características do sistema (Pressão versus Vazão) e curvas de operação Existe perda de pressão pela passagem do ar tanto na embalagem como produto A umidade relativa do ar deve ser ajustada para não ocorrer ressecamento do produto SISTEMA ENVELOPE PARA PREVENIR RESSECAMENTO Resfr. Frutas e Hortaliças, 2002 PERDA DE PESO EM ESTOCAGEM FRIGORIFICADA PSICROMETRIA : • PROPRIEDADES DE MISTURA ( AR + VAPOR DE ÁGUA ) 24 5 t(C) 10 15 20 25 30 35 40 45 50 W(kg/kg) 0.01 0.02 0.03100 rh(%) 75 50 h(kJ/kg) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0.8 v(m^3/kg) 0.85 0.9 D:\DOWNLOAD\PSYDEMO\Default.psy Pressure 101.3 kPa 04/08/2023 7 EFEITO “AQUECIMENTO” EFEITO “CONDENSAÇÃO” ÁGUA Pré resfriamento • Q = hAΔT • Limitado ao tamanho, forma e propriedades térmicas • A diminuição da resistência de calor na superfície diminui muito com aumento do fluxo de água • Em condições ideais h = 680W/(m2K) ÁGUA GELADA Fatores determinantes para um “h” apropriado: • Temperatura da água (0-0,5oC) • Uniformidade do produto • Propriedades térmicas Parâmetros do processo • Em sistemas de chuveiro recomenda-se 600-1000 litros/min/m2 • O tempo de resfriamento será entre 10 min a 1 h, dependendo da geometria • A queda da água sobre o produto não deve ser superior a 20 cm • Sistemas por imersão são mais úteis para produtos mais densos • Sugere-se água a 0,1 m/s Produtos • Milho doce, cebolinha, salsão, rabanete, couve-flor, brócolis 04/08/2023 8 HYDROCOOLER Kader, 1992. in Tecnol. Resfr. Frutas e Hortaliças, 1997 GELO LÍQUIDO Teoricamente • Cada kg de gelo pode resfriar 8kg de produto em até 10°C • Cada kg de gelo pode resfriar 4kg de produto em até 20°C Prática • Para resfriar de 35°C para 2°C utiliza-se em torno de 41,25% de gelo • Estudos práticos indicam 1kg de gelo por kg de produto RESFRIAMENTO COM GELO Tecnol. Resfr. Frutas e Hortaliças, 1997 RESFRIAMENTO COM GELO 04/08/2023 9 RESFRIAMENTO SOB VÁCUO Resfriamento baseado no calor de evaporação da água sobre o produto num ambiente sob vácuo Processos em batelada Introduzida na Califórnia em 1948 para alface Iceberg Vantagem para vegetais folhosos RESFRIAMENTO SOB VÁCUO O calor necessário para evaporar 1% da quantidade de água do produto à T ambiente é suficiente para reduzir a temperatura de 99% do produto em 5oC Na prática, evapora-se de 3 a 5% da água. VÁCUO Dimensão da câmera • 5,5m Comprimento x 2,5m Largura x 2,75m altura = 37,8m3 Resfriamento • 8 paletes, cada um com 30 caixas, e cada caixa com 22kg de alface a 32°C • Temperatura final 2°C, ou ΔT=30°C • Cp do alface = 4,06kJ/(kg°C) • Carga total energética: • Q=mCpΔT = 8x30x22x30x4,06 = 645000 kJ • Calor latente de vaporização da água é ~ 2256 kJ/kg • 284 kg de água evaporada • 55 mL H2O por kg de produto ou 1,18L H2O/caixa de alface (~5%) TEMPO DE RESFRIAMENTO COM VÁCUO Relação Área/volume Hortaliças Tempo vácuo (min) T inicial (oC) T final (oC) Alta Couve-de-Bruxelas Alface Espinafre 20 13 10 20 22 19 3 2 5 Média Couve flor Aipo Milho verde 20 13 10 24 21 28 7 8 6 Pequena Cenoura Pepino tomate 45 20 20 19 26 25 16 23 22 04/08/2023 10 MÉTODOS DE RESFRIAMENTO PARA COMMODITIES Commodity Larga escala Pequena escala Maçãs R R Aspargos HC HC Brocolis HC, FA, LQ FA, LQ Couve-flor FA, VC FA Berinjela R, FA FA Alface VC, FA, HC FA Batata R R Milho verde HC, VC, LQ HC, VC, LQ Melão HC, VC, LQ FA Tomates R, FA R=Room cooling; FA=Forced air; VC=Vacuum Cooling; HC=Hidrocooling; LQ=Liquid Icing RESFRIAMENTO DE VEGETAIS. COMPARAÇÃO DOS SISTEMAS DE RESFRIAMENTO TAXA DE RESFRIAMENTO : 38 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS 39 RESFRIAMENTO DE VEGETAIS COMPARAÇÃO DOS SISTEMAS DE RESFRIAMENTO Custos comparativos de diferentes resfriadores (KADER, 1992). 40 Custo de Resfriadores 1988 Gelo - Líquido Vácuo Ar forçado Água 0 1 2 3 4 5 6 7 8 C us to /C ap ac id ad e ( U S $/ kg d ia ) 04/08/2023 11 APLICAÇÕES DO FRIO RESFRIAMENTO / CONGELAMENTO / ESTOCAGEM : • MATURAÇÃO DE QUEIJOS • CERVEJARIA : ( FERMENTAÇÃO LEVEDURAS : REAÇÃO EXOTÉRMICA) • VINAGRE: (BACTÉRIAS ACÉTICAS: REAÇÃO EXOTÉRMICA) • PASTEURIZAÇÃO DE LEITE • SORVETES • VEGETAIS CONGELADOS • PRATOS PRONTOS – SOUS VIDE • REFRIGERANTES – CARBONATAÇÃO • PACKING HOUSE – RESFRIAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS 41 VINAGRE 42 Fermentação Alcoólica: C 6 H12 O6 2 CO2 + C2 H5 OH Fermentação Acética: 2 C2 H5 OH + 2 O2 2 CH3CO2H + 2H2O Problema de excesso de arejamento: 2 C2 H5 OH + 6 O2 4 CO2 + 6H2O Reações que ocorrem na fabricação de vinagre: Liberação de calor nas reações de produção de vinho e vinagre • Vinho 1 mol de açúcar para produzir 1 mol de álcool libera 22 Kcal • Vinagre 1 mol de álcool para produzir 1 mol de ácido acético libera 115 Kcal 1,0 g de etanol convertido em ácido acético eleva a temperatura de 100 ml de água em 25ºC 04/08/2023 12 Liberação de calor nas reações de produção de vinagre 1 mol de álcool para produzir 1 mol de ácido acético libera 115 Kcal 1 mol etanol 46 g 1 g de etanol 1/46 mol, liberando 115/46 = 2,5 kcal Q = mCpΔT 2500 cal = [100 g]*[1 cal/g°C]*[25 °C] 1,0 g de etanol convertido em ácido acético eleva a temperatura de 100 ml de água em 25ºC Liberação de calor nas reações de produção de vinagre • Uma vinagreira de 1000 litros, em processo lento, produz 100 litros de vinagre por semana • Numa densidade de 1,010 g/ml, teremos 101 kg de vinagre/semana • A 4% de ácido acético [1 mol de ácido acético é 60g], teremos 101000*[4/100]/60 = 67,33 mol de ácido acético/semana • 67,33 mol etanol são consumidos por semana • 1 mol etanol libera 115 kcal na conversão em ácido acético • 67,33 mol liberam 7743 kcal/semana, ou 46 kcal/h • 46000 kcal = 1000*1*ΔT • ΔT = 46 °C • É necessário um sistema de arrefecimento/dissipação que garanta a retirada de 46 kcal/h para manter a temperatura no reator constante PRODUTOS CÁRNEOS 47 RESFRIAMENTO RÁPIDO FORNECE PRODUTOS CÁRNEOS “READY TO EAT” (RTE) MAIS SEGUROS Carnes e produtos cárneos não curados Cooling time Good Practice Maximum to 50°C 1h 2,5h from 50 to 12 °C 6h 6,0h from 12 to 5 °C 1h 1,5h total time to 5°C 8h 10h Carnes e produtos cárneos curados to 50°C 1,25h 3,25h from 50 to 12 °C 7,50h 7,50h from 12 to 5 °C 1,25h 1,75h total time to 5°C 10,00h 12,50h Requirementos para estabilizar produtos de carne e aves tratados termicamente Objetivo: evitar o crescimento de bactérias esporuladas (Clostridios) 04/08/2023 13 RESFRIAMENTO RÁPIDO OFERECE OUTROS BENEFÍCIOS OPERACIONAIS PARA PRODUTOS CÁRNEOS Evita alterações das características dosprodutos Melhora o rendimento da produção • Reduz evaporação da umidade devido ao resfriamento lento (encolhimento) Melhora o rendimento na cocção • Reduz variação no rendimento na cocção • Melhora a fatiabilidade e desempenho na depelagem de embutidos Reduz re-trabalho Reduz custos operacionais • Reduz o inventário (retenção de produção) durante o processo Aumenta o rendimento da produção Otimiza a utilização a área de processo • Aumenta a eficiência energética RESFRIAMENTO ENVOLVE 2 ESTÁGIOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR 1-Calor migra do centro do produto para a superfície condução Produto corte transversal Velocidade de transferência de calor depende das características do produtos 2- Calor migra da superfície para o meio de resfriamento convecção Produto corte transversal Velocidade de transferência depende das características do meio AS PROPRIEDADES DE “TRANSFERÊNCIA DE CALOR” DOS PRODUTOS CONGELADOS SÃO CARACTERIZADAS POR 4 VARIÁVEIS FÍSICAS Calor específico (Cp) = relacionado à estrutura molecular do produto caracteriza a facilidade de se modificar a temperatura do produto Condutividade térmica (k) = velocidade de transferência de calor Afetada pelo teor de umidade do produto: água conduz calor melhor do que gordura Calor latente = energia necessária para mudança de fase p.ex. para congelar o produto Forma geométrica do produto Quanto mais espesso, mais longo o tempo de resfriamento Fase de Congelamento Calor latente é uma variável crítica quando peças grandes são resfriadas rapidamente • Uso de meio muito frio congelamento superficial • Durante o congelamento a temperatura não diminui = mudança de fase de água para gelo Requer grande quantidade de energia Uso de uma etapa de “equilíbrio” durante o resfriamentoApós o congelamento Acima do ponto congelamento 04/08/2023 14 Exemplo: congelamento de Carne moída de peru em tubos Tubos 10lbs, diâmetro 4,3”, -10 F (-23C) Glicol Tempo (horas) Periodo de Calor latente Glicol Centro Produto 10C 27C -1.1C 16C 21C 4C -6.6C -12C -18C -23C -28C % Sólidos % Água Cp k Calor Latente Bacon 61 29 0.60 0.28 74 Mortadela 35 65 0.86 0.31 86 Salsicha 40 60 0.86 0.31 86 Presunto 51 49 0.68 0.28 87 Peru reestr. 32 68 0.79 0.29 106 Propriedades Térmicas dos Produtos Cárneos (kJ/kg . °C) (W/m . °C) (kJ/kg) O MEIO DE RESFRIAMENTO É CARACTERIZADO PELO SEU COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Método Coefficient (W/m2 . K) Ar - Convecção livre 5 - 25 - Convecção forçada 10 - 200 Líquido - Convecção livre 20 - 100 - Convecção forçada 50 – 10.000 CÂMARA DE RETENÇÃO PARA RESFRIAMENTO: CONVECÇÃO NATURAL 04/08/2023 15 Resfriador a ar de Alta Performance: Ar com Convecção Forçada (Air blast) Trocador de Calor Exaustão RESFRIADOR DE SALMOURA: CONVECÇÃO FORÇADA DE LÍQUIDO Tanque receptor de salmoura Trocador de Calor Chuveiro de Salmoura Tanque de armazenamento Eficiência de resfriamento: Salmoura > Blast > Câmara Forma nº7 Presunto prensado, 10” x 6” x 3.5” 71 66 60 54 49 43 38 32 27 21 16 10 4 -1 -7 -12 -17 Te m pe ra tu ra ( C ) Tempo (horas) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Temperatura da salmoura -9°C Temperatura do ar forçado -12°C Temperatura da câmara 0°C Temperatura final no centro do produto 2°C A ESCOLHA DO EQUIPAMENTO DE RESFRIAMENTO DEPENDE DAS CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS, PROCESSOS,.... Pontos fortes Menor custo inicial Facilidade de manutenção Simplicidade de projeto Pontos fracos Ineficiência do ar Maior tempo de resfriamento Menor uniformidade Maior encolhimento Pontos fortes Alta eficiência Menos de 1% de encolhimento Tempo menor de resfriamento (vs. câmara) Economia de energia (vs. câmara) Compatibilidade com produtos Pontos fracos Maior custo inicial Maior tempo de resfriamento (vs. salmoura) Maior área (vs. salmoura) Manutenção (vs. câmara) Resfriamento com ar Resfriamento com ar forçado 04/08/2023 16 E DA CAPACIDADE OPERACIONAL Pontos fortes Alta eficiência 50 - 70% mais rápido 0% encolhimento Menos área de planta 30 - 65% menos energia Reduz a retenção de produto no processo Pontos fracos Maior custo inicial Manutenção / limpeza Custo da solução Descarte da salmoura Compatibilidade com produto Salmoura Baixo custo Adequa-se a diferentes produtos Vida útil do equipamento é limitada Corrosiva Glicol Alto custo Embalagem impermeável Vida indefinida > 25% glicol = bactericida -20°F (-28ºC) mínimo Não-corrosiva Absorve umidade Resfriamento líquido Salmoura ou glicol? UTILIZAR UM PROCESSO DE RESFRIAMENTO RECONHECIDO PARA PRODUTOS CÁRNEOS TORNA A VIDA MAIS FÁCIL… Atende os padrões de estabilidade do processo preconizados Tempo/temperatura - registros Processo de resfriamento sob medida (customizado) Usar a literatura /métodos clássicos reconhecidos Ou Conduzir um estudo com testes de desafio utilizando como modelo o C. perfringens COMO ANALISAR OS REGISTROS DO PROCESSO DE RESFRIAMENTO 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Time (hours) Steam Cook Core Brine Chill, 25 F. Roast Beef Cook/Chill Top Round, 5” x 12” x 15” 16lb/pc Este resfriamento seria adequado? Até 50°C em 1,0-2,5h De 50 a 12°C em 6,0h De 12 a 5°C em 1,0-1,5h Total até 5°C em 8-10h54C -4C Tempo (horas) 27C 49C 13C 4C COMO ANALISAR OS REGISTROS DO PROCESSO DE RESFRIAMENTO 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Time (hours) Turkey Breast Cook/Chill 5” x 8.5” x 9” 9lb/pc Steam Cook Core Brine Chill (4.5 hr @ 28 F.) Equilibration (25 F. Holding cooler) 74C -2C Este resfriamento seria adequado? Até 50°C em 1,0-2,5h De 50 a 12°C em 6,0h De 12 a 5°C em 1,0-1,5h Total até 5°C em 8-10h 04/08/2023 17 COMO ANALISAR OS REGISTROS DO PROCESSO DE RESFRIAMENTO 200 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Time (hours) Air and Brine Chilling of Turkey Breast 5.5” x 7.5” x 9.5”, 9 lb/pc, brine = 25 F, air = 12 F. Core Temperature Air Chill = 12 F. (6.25 hr) Core Temperature Brine Chill = 25 F. (5.25 hr) Te m p er at u re ( F ) -4C -11C Este resfriamento seria adequado? Até 50°C em 1,0-2,5h De 50 a 12°C em 6,0h De 12 a 5°C em 1,0-1,5h Total até 5°C em 8-10h SOUS VIDE 66 ALIMENTOS SOUS VIDE Sous vide é um método de cozimento profissional que emprega uma embalagem barreira ao O2 e controles precisos de temperatura, tanto para o aquecimento como para a refrigeração, para reduzir oxidação e extender a vida-de-prateleira. Resultado: • produto com textura superior, melhor flavor e qualidades organolépticas em geral. Maior mercado é o institucional, com ênfase ao food service e catering SOUS VIDE – EXPOSIÇÃO À TEMPERATURA 7 0 6 0 5 0 4 0 3 0 Zona de pasteurização 65-70°C Início da pasteurização 60-64°C Zona de tolerância 55-60 °C Zona perigosa 50-55 °C Zona muito perigosa 20-50°C Zona perigosa 10-20°C Zona de tolerância 3-10°C Zona segura 0-3°C T(°C) 04/08/2023 18 SOUS VIDE October 9-11, 2007 Artigo recente: file:///C:/Users/schmidt/Downloads/sustainability-12-07606-v2.pdf Defende o Sous vide para o mercado institucionalfood service, em detrimento ao processamento caseiro TÉCNICA DO SOUS VIDE Alimentos (crus, ou pré-cozidos, com molhos ou não) são cozidos sob temperatura controlada, O cozimento não precisa ser necessariamente completo, As temperaturas são sempre mais baixas do que os processos tradicionais (nunca na zona de perigo), O tempo de cozimento é maior, o que garante maciez, melhor textura e desenvolvimento de sabor, Se o alimento não for consumido imediatamente o resfriamento rápido é um ponto crítico de controle. ÁGUA E ALIMENTOS Água: • principal componente dos alimentos (97-98% em vegetais) • sua interação com os outros constituintes tem papel importante na estabilidade dos alimentos refrigerados (resfriados ou congelados). 71 Nos materiais biológicos temos: • Água livre: solidifica como gelo puro; • Água de constituição: presente em sistemas macromoleculares mas pode ser separada como gelo; induz a morte de células; • Água de adsorsão: ligada à compostos sólidos e não congela (em liofilização é removida após as outras duas); • Água de cristalização: tem ligações extremamente fortes, fazem parte do sistema cristalino (hidratos); 72 04/08/2023 19 CONGELAMENTO DE ALIMENTOS ÁGUA : Principal componente dos alimentos ( 97 a 98 % de vegetais ) • Propriedades Água Gelo • Cp [ kcal / kg . °C ] 1,0 0,5 • Densidade [ kg / dm3 ] 1,0 0,917 • Volume especifico [ dm3 / kg ] 1,0 1,09 • As propriedades da água e do gelo vão influenciar o efeito do processo de congelamento sobre o produto 73 CONTEÚDO DE ÁGUA E PONTO DE CONGELAMENTO Alimento Conteúdo de água (%) Ponto de congelamento (°C) Hortaliças 78-92 -0,8 a -2,8 Frutas 87-95 -0,9 a -2,7 Carne 55-70 -1,7 a -2,2 Pescado 65-81 -0,6 a -2,0 Leite 87 -0,5 ovos 74 -0,5 A % de água congelada varia com a composição do alimento e com a Temperatura. 75 Umidade % Água congelada Água não Produto (%) -5ºC -10ºC -15ºC -20ºC -30ºC congelável (%) Bife s/ gordura 74 74 82 85 87 88 12 Pão branco 40 15 45 53 54 54 46 Espinafre 90 88 93 95 96 97 2 Carne de pescado 80 - - - 91 - 10 Albumina de ovo 74 - - - 93 - 10 Carne de cordeiro 75 - - - 88 - 10 04/08/2023 20 CURVA DE CONGELAMENTO -25,0 -20,0 -15,0 -10,0 -5,0 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 T Maçã T pêra TC placa CONGELAMENTO DE FATIAS DE PERA E MAÇA EM EQUIPAMENTO DE PLACAS ALGUNS FUNDAMENTOS Super resfriamento (AS) • Abaixamento da temperatura da água aquém do ponto de congelamento, sem congelar • Não altera propriedades do alimento Cristalização da água (SB) • Formação de uma fase sólida organizada • Consiste da nucleação de um cristal e seu crescimento ALGUNS FUNDAMENTOS Fase (BC) • O calor é removido na mesma taxa que a anterior, mas como é o calor latente que está sendo removido enquanto o gelo é formado, a temperatura permanece quase constante. • É onde é formada a maior quantidade de gelo Supersaturação de outros solutos (CD) • Supersaturação e cristalização de outros solutos. Temperatura alcança a temperatura eutética do soluto Fase DE • cristalização da água e outros solutos Fase EF • Temperatura cai até próxima da temperatura do congelador 04/08/2023 21 CONGELAMENTO E FORMAÇÃO DE CRISTAIS Congelamento lento • Formação de poucos núcleos de cristalização com grande crescimento individual. Congelamento rápido • Formação de vários núcleos de cristalização e crescimento limitado de cada um deles. Alterações nas temperaturas de congelamento durante o armazenamento podem causar recristalização CONGELAMENTO Lento: Usa T ~ -18C • Tende a alterar a textura e as propriedades organolépticas do material. Rápido: Usa T ~ - 40°C • Forma cristais de gelo menores, menos danos celulares, menor difusão de sais, melhor textura e qualidade organoléptica TEMPO DE CONGELAMENTO 04/08/2023 22 ALTERAÇÕES DE VOLUME Água pura a 0°C expansão de 9%; outros constituintes também podem se expandir em menor proporção Composição • Relação de água e matéria seca • Espaços intracelulares podem acomodar crescimento de cristais Água não congelada • Água ligada ou super resfriada não congela Temperaturas envolvidas • Resfriamento preliminar pode causar encolhimento; formação do gelo causa expansão; resfriamento de cristais de gelo: contração; cristalização de solutos: expansão; CONCENTRAÇÃO DOS CONSTITUINTES NÃO AQUOSOS Cristalização da água concentra uma série de solutos não aquosos O efeito causado é similar a um processo convencional de desidratação • A fase não congelada muda drasticamente suas características: pH, acidez, força iônica, viscosidade, ponto de congelamento e outras propriedades coligativas CONGELAMENTO DE ALIMENTOSCONGELAMENTO : • Apenas da água; • Água livre : Redução Pv ↓ Aw • Água ligada / soluto não disponível ↓ Aw • Elevação da concentração da solução resultante ↓ Tcong. • Redução do pH : 87 T 0 -25 3 4 7 pH •RECRISTALIZAÇÃO : –Flutuação e Amplitude de temperatura de Estocagem congelado –Crescimento de cristais de gelo Pequenos cristais de gelo (obtidos por congelamento rápido) Rearranjo dos pequenos cristais Aumento da Temperatura Descongelamento dos pequenos cristais Re-nucleação dos cristais Diminuição da Temperatura Figura 5: Efeitos do aumento da temperatura de estocagem em congelados. [Silva, K., 2004] FLUTUAÇÕES DE TEMPERATURA X RE-NUCLEAÇÃO 88 CONGELAMENTO 04/08/2023 23 Físicos: Químicas: o Rachaduras devido ao congelamento (pães/massas); o Migração da umidade (embalagens de carnes); o Recristalização (sorvetes); o Perda de água por gotejamento durante descongelamento (tecidos animais e vegetais). o Oxidação lipídica; o Desnaturação / oxidação protéica; o Atividade enzimática. DANOS POSSÍVEIS DA REFRIGERAÇÃO INCORRETA: 89 CONGELAMENTO Nutricionais o Exsudação com perdas componentes nutricionais Circulação de Ar Quanto maior circulação de ar, maior perda de água no produto. Quanto maior circulação de ar, mais rápida a queda de temperatura. Temperatura de Estocagem de Congelados Em tecidos animais, oxidação da mioglobina ocorre a -10°C. As carnes são estocadas geralmente entre –5°C <T< -15 °C. Umidade Alta umidade relativa favorece multiplicação de microrganismos. Dessecar a superfície pode diminuir o valor comercial devido ao aspecto. Umidade relativa pode ser maior quanto mais baixa temperatura. 90 CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS A BAIXAS TEMPERATURAS EFEITOS DE BAIXAS TEMPERATURA EM ALIMENTOS 91 1-frango 2-pescado magro 3-carne bovina 4-banana 5-laranja 6-maçã 7-ovos 8-maçã atmosfera controlada POSSÍVEIS DEFEITOS AO DESCONGELAR Sistemas coloidais irreversivelmente desidratados – levam à exsudação de líquido. Textura mole demais Mudanças de cor – principalmente escurecimento por reações enzimáticas 04/08/2023 24 MEDIDAS PARA DIMINUIR OS EFEITOS NEGATIVOS Congelamento rápido Descongelamento a frio Adição de solutos como açúcar (produtos contendo mais sólidos são mais protegidos) Adição de anti-oxidante Branqueamento bem feito Embalagens que protetoras do oxigênio Embalagens que protegem contra perda de umidade Estocagem, transporte e apresentação a -18ºC, ou menor BRANQUEAMENTO ANTES DE CONGELAR OU NÃO Se não branquear antes de congelar, deve congelar muito rápido e congelar em volumes pequenos para que consiga descongelar razoavelmente rápido também, sem usar aquecimento. Objetivos do branqueamento: • Reduzir a carga microbiana • Inativar enzimas • p.e. na vagem (93ºC / 2min) (pectinesterase) HIDROCOLOIDES 95 Hidrocolóides: componentes que tem afinidade com a água (proteínas, géis e polissacarídeos); Promovem elasticidade e rigidez, são responsáveis pela consistência nos alimentos. Polissacarídeos: (amido = amilose + amilopectina): • Sofrem retrogradação com o resfriamento (estado ordenado das moléculas de amilose), provocando opacidade e um precipitado insolúvel; • Amilopectina: é mais resistente à formação de gel e retrogradação;
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