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Vírus - Bactéria - Protozoários

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BIOLOGIA II
PRÉ-VESTIBULAR 67PROENEM.COM.BR
VÍRUS, BACTÉRIAS E 
PROTOZOÁRIOS25
VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
PRINCIPAIS DIVISÕES TAXONÔMICAS
O número de organismos diferentes no mundo ultrapassa oito milhões de espécies. Estes indivíduos estão distribuídos nos mais 
variados habitats e desempenham as mais diversas funções. Para a ciência, esta mera observação é capaz de levantar muitas perguntas, 
como, por exemplo, como estes organismos surgiram e o que os fez tão diferentes em determinados aspectos e tão similares em outros 
tantos.
Para responder a essa e outras perguntas o primeiro passo é organizá-los em grupos de acordo com suas similaridades. Assim, 
ao pensarmos em critérios mais simples, capazes de reunir grandes grupos de organismos, independentemente de suas pequenas 
particularidades, chegaremos a cinco grandes aglomerados – os cinco reinos de organismos vivos.
O primeiro naturalista a tentar compreender e classificar os organismos vivos foi o sueco Carl von Linné (1707 – 1778) que definiu os 
reinos que hoje conhecemos como Monera, Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia. Cada um destes grupos, por sua vez, pode ser estratificado 
em subgrupos até que se atinja o nível das espécies. Assim, como representado na figura a seguir, dentro de um reino observaremos vários 
filos que, por sua vez, serão subdivididos em classes. Dentro delas há várias ordens que, assim, abrigam famílias e estas, gêneros, até que 
chegamos às espécies.
Linné ou Lineu, em português, também foi o responsável pelas primeiras regras de nomenclatura binominal. Estes critérios foram 
estabelecidos de forma a aumentar a capacidade de comunicação entre cientistas de diferentes partes do globo. Assim, era possível evitar 
que dois pesquisadores consumissem suas vidas com o mesmo organismo sem saber que havia outras descobertas no mesmo campo 
de estudo. 
Para que tal mecanismo funcionasse, a primeira regra adotada era o batismo de cada grupo através do latim. Além disso, qualquer grupo 
que ocupasse posição entre o reino e o gênero deveria ter seu nome iniciado com letra maiúscula. Isso fazia com que a espécie fosse a única 
divisão a possuir duas palavras em seu nome, sendo formada pelo gênero em que estava localizada e um termo final, escrito com inicial 
minúscula, chamado epíteto específico. Logo, ao nos referirmos aos humanos, por exemplo, podemos dizer que fazem parte do reino Animalia, 
do filo Chordata, da classe Mamalia, da ordem Primate, da família Hominidae, do gênero Homo e, por fim, da espécie Homo sapiens.
Regras para se escrever o nome da espécie
• Latim
• Binominal
• Sublinhada ou itálico
• Primeira letra da primeira palavra em maiúsculo e o restante em minúsculo
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR68
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
Para se escrever a subespécie, repete-se a regra da 
espécie, porém deve ser trinominal.
Exemplo: 
Homo sapiens sapiens
PROEXPLICA
Regras para se escrever a família
• Em se tratando de animais a palavra deve terminar em 
IDAE
Exemplo: 
URSIDAE, CANIDAE, FELIDAE
• Em se tratando de vegetais deve terminar em ACEAE
Exemplo:
 BROMELIACEAE, ACACTACEAE
Repare que todos os termos taxonômicos, por se 
apresentarem em latim, precisam ser destacados no texto. 
De forma manuscrita, por exemplo, é comum que se sublinhe 
cada uma destas palavras, em especial, a espécie.
PROEXPLICA
Uma classifi cação alternativa e mais moderna aquela proposta 
por Lineu divide a nossa biodiversidade em domínios, ao invés 
de utilizar reinos. O domínio Eucarya inclui todos os organismos 
eucariontes, anteriormente classifi cados nos reinos Protoctista, 
Fungi, Plantae e Animalia. O domínio Eubacteria inclui boa parte dos 
procariontes anteriormente classifi cados como bactérias, incluindo 
aquelas causadoras de doenças em humanos e que são poucos 
tolerantes a grandes extremos ambientais. Por fi m, o domínio Archea
inclui a parcela de procariontes anteriormente classifi cados como 
arqueobactérias, tipicamente estudados quanto à resistência a 
situações extremas (temperatura, salinidade, pH, etc) e que hoje são 
conhecidamente colonizadores de todo e qualquer tipo de ambiente.
Por mais que os membros do domínio Archea pareçam mais distantes daqueles presentes no domínio Eucarya dada a presença 
de muitos organismos extremófi los, dados moleculares demonstram que estes domínios foram grupos irmãos bastante aparentados. 
Assim, o domínio menos evolutivamente próximo ao nosso passa a ser o Eubacteria.
PROEXPLICA
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
69
BIOLOGIA II
VÍRUS
Ao classifi carmos todos os organismos vivos, algumas entidades biológicas fogem a qualquer um 
destes grupos, como os vírus. Assim, ainda que alguns cientistas acreditem que tais organismos deveriam 
participar do agrupamento originalmente feito por Lineu por apresentarem código genético e capacidade de 
reprodução, a maioria os coloca à parte e isto ocorre porque os vírus não apresentam uma composição 
celular. Sem membrana citoplasmática, ribossomos e metabolismo próprio, estas partículas virais se tornam 
completamente dependentes das células que parasitam, sendo, por isso, chamados de parasitas intracelulares 
obrigatórios.
Existem muitas famílias de vírus e cada uma delas possui seus diferenciais que facilitam a atividade parasitária, 
mas, de uma forma ou de outra, algumas estruturas básicas devem estar presentes. O material genético, 
por exemplo, é indispensável, e pode ser composto por uma molécula de DNA ou RNA. Nele estão contidas as 
informações que serão utilizadas durante a síntese de novas partículas virais. Além disso, o genoma viral deve ser delimitado por um capsídeo 
proteico que, de acordo com a sua arquitetura, pode possibilitar a visualização de regiões distintas como a cabeça, o colar e a cauda. 
Alguns vírus apresentam uma estrutura membranosa externa ao capsídeo. Tal membrana não se qualifi ca como a membrana 
citoplasmática por não ser capaz de desempenhar as funções comuns a um ser vivo.
PROEXPLICA
CICLO REPRODUTIVO VIRAL
Ao infectar uma célula, um vírus pode adotar duas estratégias que, em geral, são complementares. Seu material genético, uma vez 
inserido no citoplasma celular, pode se unir ao genoma do hospedeiro e permanecer latente. Assim, toda vez que a célula vier a se dividir, 
além de duplicar o seu próprio DNA, ela também o fará com o DNA viral. Esta fase, chamada de ciclo lisogênico, permite que o vírus se 
espalhe por várias células sem ter formado sequer uma nova partícula viral envolta em capsídeo. 
No entanto, o ciclo lisogênico pode ser interrompido, tendo início o ciclo lítico. Neste, o genoma viral é duplicado de forma independente 
ao do hospedeiro. Neste ciclo há a possibilidade de usar a informação genética para a síntese de proteínas do capsídeo que darão origem 
a diversos envoltórios, capazes de compor diversas novas partículas virais. Por fi m, depois de terem sido montados muitos novos vírus, 
a célula hospedeira tem sua membrana plasmática rompida (lise celular) e este evento libera, no ambiente, vírus prontos para realizarem 
novas infecções. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR70
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
VIROSES
Muitas são as doenças causadas por infecções virais. Assim, ainda que muitos dos sintomas sejam similares entre elas, algumas 
particularidades devem ser notadas, como apresentado nas tabelas a seguir.
Princiais viroses humanas
Doença Trasmissão Sintomas Observações
Sarampo - RNA Contato direto e gotículas de secreções nasais.
Tosse seca, fotofobia e 
manchas vermelhas na pele 
(exantema).
Há vacina.
Rubéola - RNA Contato direto e secreções nabucosais.
Febre, dor de cabeça, dores 
articulares, linfonodos inchados 
e exantema.
Malformações em fetos 
(surdez, catarata). Há vacina.
Caxumba - RNA Contato direto e saliva.
Febre, dor de cabeça e 
inflamação das glândulas 
parótidas (salivares).
Complicação: orquite 
(inflamação dos testículos).
Catapora (varicela) - DNA Contato diretoe secreção nasal.
Febre, fraqueza linfonodos 
inchados, manchas vermelhas 
na pele e coceira.
As manchas se tornam 
vesículas com líquido.
Gripe (vírus influenza) - RNA Contato direto e gotículas de saliva
Febre, tosse, dor de cabeça e 
dores musculares. Epidemias. Há vacina
Poliomelite - RNA Fecal-oral
Afeta os neurônios motores, 
causando paralisias muscular e 
respiratória.
Vacinas Salk e Sabin. 
Erradicada no Brasil.
Hidrofobia (raiva) - RNA Mordidas (saliva): cão, gato e morcego
Febre, espamos musculares, 
deglutição difícil, paralisia e 
coma.
Há vacina.
Herpes - DNA Saliva e relação sexual. Lesões labiais (herpes labial) e genitais (herpes genital).
Não há vacina. Recorrente por 
trauma, estresse e luz solar.
Mononucleose infecciosa - 
DNA Saliva e secreção nasal.
Febre, dor de garganta e 
hipertrofia do baço. Não há vacina.
Varíola - DNA Provocou graves epidemias no passado; hoje está mundialmente erradicada e o último caso foi registrado na Somália, em 1977. O vírus está guardado em laboratório.
Febre amarela - RNA Mosquito (Aedes aegypt).
Febre, dores musculares, dor 
de cabeça, icterícia, fotofobia e 
prostração.
Há vacina que protege por até 
10 anos.
Dengue - RNA Mosquito (Aedes aegypt).
Mesmos sintomas da febre 
amarela. Na segunda infecção, 
pode ocorrer a grave dengue 
hemorrádica.
Não há vacina.
Papiloma (HPV) - DNA Contato de pele e genital.
Verrugas na pele, papilomas 
(HPV1 a 4) e verrugas genitais 
(HPV6 e 11).
O HPV16 causa câncer uterino.
Hepatite A (hepatite 
infecciosa) (HAV) - RNA Fecal-oral
Maioria assintomática. Febre, 
vômito, icterícia e náuseas. Há vacina.
Hepatite B (soro hepatite)
(HBV) - DNA Sangue e relação sexual.
Icterícia; a forma crônica causa 
cirrose. Há vacina.
Hepatite C (HCV) - RNA Sangue e relação sexual.
Febre, vômito e icterícia; a 
forma crônica predispõe para o 
câncer hepático.
Não há vacina.
AIDS (HIV) - RNA
Relações sexuais, transfusão 
de sangue e seringas 
contaminadas.
Exantema, aftas, inchaço dos 
nódulos linfáticos, febre, tosse, 
mal-estar e diarreia.
Não há vacina.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
71
BIOLOGIA II
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS 
BACTÉRIAS
Os primeiros organismos vivos que estudaremos são agrupados 
no reino Monera. Estes procariontes, sem núcleo definido ou 
qualquer estrutura membranosa interna, podem ser autotróficos 
– no caso das cianobactérias – ou heterotróficos – no caso das 
demais bactérias. De forma geral, suas células são constituídas por 
uma membrana citoplasmática que delimita o citoplasma, no qual se 
encontram ribossomos procariontes (70S), um único cromossomo 
circular e plasmídeos. Assim, enquanto as características básicas de 
uma determinada espécie são determinadas pelo material genético 
contido no cromossomo (localizado em uma região conhecida 
como nucleóide), os demais aspectos de um indivíduo (resistência 
a antibióticos ou aderência, por exemplo) são conferidos por estes 
pequenos anéis de DNA chamados plasmídeos, que podem ser 
transferidos de uma bactéria a outra.
Externamente à membrana plasmática se encontram a parede 
celular constituída majoritariamente por substâncias conhecidas 
como peptidoglicanos e, em alguns casos, uma cápsula formada 
por carboidratos ou proteínas. Assim, além das funções de controle 
exercidas pela membrana, a bactéria conta com um revestimento 
estrutural de proteção, tanto contra choques mecânicos quanto 
à desidratação. Vale ressaltar, ainda, que a parede celular e a 
cápsula não possuem qualquer controle sobre a entrada e saída de 
substâncias na célula bacteriana, sendo permeáveis a praticamente 
qualquer molécula.
Outras estruturas, oriundas dos envoltórios bacterianos, podem 
estar presentes. Assim, flagelos e cílios por vezes são visíveis ao 
microscópio, desempenhando função de movimentação. Já com 
relação à troca de material genético e fixação ao substrato, muitos 
indivíduos possuem em sua constituição as fímbrias ou pili, também 
formadas pela membrana plasmática.
Os mesossomos são dobras na membrana plasmática de 
bactérias que fazem respiração celular aeróbia, é nessa estrutura 
que a cadeia transportadora de elétrons ocorre.
CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS
Os agrupamentos realizados dentro do reino Monera podem 
levar em consideração diversas características, como formato 
e organização molecular. Assim, além dos nomes pertinentes às 
espécies, é comum o emprego da nomenclatura morfológica, onde 
se distinguem cocos, bacilos, vibriões e espirilos.
Por outro lado, a terminologia baseada na complexidade da 
parede celular também é bastante utilizada, principalmente devido 
à sua relevância clínica. Esta distinção, desenvolvida em 1884 por 
Hans Christian Gram, separa as bactérias em dois grupos. De um 
lado são encontradas espécies com parede celular mais espessa e 
rígida que, ainda assim, apresenta menor complexidade. Durante 
o método de coloração para visualização ao microscópio, tais 
organismos permanecem corados de roxo, sendo chamados Gram 
positivos.
As bactérias Gram negativas, que terminam o processo coradas 
em tons rosáceos, possuem maior complexidade em sua parede 
celular. Assim, apesar de possuírem menores quantidades de 
peptidoglicanos, o que torna a parede mais delgada; externamente 
a essa camada há uma membrana externa que serve como barreira 
seletiva à passagem de algumas substâncias. 
A figura a seguir demonstra, resumidamente, as etapas 
envolvidas no processo de coloração pelo método de Gram. 
Assim, através da adição de diferentes reagentes, são separadas 
as bactérias mais virulentas (Gram negativas) daquelas que 
apresentam maior capacidade de fixação (Gram positivas).
REPRODUÇÃO BACTERIANA
Apenas uma modalidade de reprodução é distinguível nos 
organismos pertencentes a esse grupo. A forma assexuada, 
conhecida como divisão binária ou cissiparidade, envolve um 
único indivíduo que, através da duplicação de seu cromossomo, 
possibilita a ocorrência de uma divisão celular que originará duas 
células geneticamente idênticas. Neste processo, ainda que não 
haja adição à variabilidade genética de uma população, garante-
se o seu rápido aumento numérico através de um processo de 
crescimento exponencial.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR72
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
Existe, ainda, outro processo relacionado ao metabolismo 
bacteriano que é capaz de ampliar a diversidade genética da população 
de organismos. Neste caso, porém, não o classificamos como 
um método de reprodução, uma vez que não são formados novos 
indivíduos. Assim, três são as possibilidades que envolvem a troca de 
DNA entre duas bactérias: transformação, transdução e conjugação.
Em algumas situações, a morte de bactérias gera a liberação 
de plasmídeos no meio onde se encontra uma determinada 
população. Estas moléculas de DNA, então, tornam-se disponíveis 
aos organismos ainda vivos e a sua captura faz com que estes 
adquiram novas características, falando-se assim em uma 
transformação bacteriana.
Em outra situação, um vírus (bacteriófago), ao infectar uma 
bactéria pode trazer consigo um fragmento de DNA que seja 
transportado consigo até outro indivíduo. Neste processo de 
transdução, o agente viral é o responsável pela combinação do 
material genético de duas bactérias. 
Por fim, no processo de conjugação, uma bactéria replica 
parte de seu material genético e o transmite a outra. A passagem 
do DNA de um procarionte a outro depende da formação de uma 
ponte citoplasmática (pili) que conecta o citoplasma destes dois 
organismos. 
RESPIRAÇÃO BACTERIANA
• Aeróbia estrita – só sobrevivem na presença de oxigênio.
• Anaeróbia estrita – só sobrevive na ausência de oxigênio.
• Anaeróbia facultativa - na ausência do oxigênio, realiza respiração anaeróbia.
PRINCIPAIS BACTERIOSES
Muitas doenças comuns apresentam como agente patogênico (causador) as bactérias. Estas podem ser transmitidas por diversas 
vias como, a água, o ar, alimentos e relações sexuais sem proteção. Assim,a tabela a seguir apresenta as principais bacterioses, seus 
agentes causadores e particularidades.
Doença Agente Via de transmissão Particularidades
Botulismo Clostridium botulinum
Ingestão de alimentos no qual houve 
desenvolvimento da bactéria com 
liberação de toxina; geralmente 
alimentos enlatados.
A doença é causada pela toxina presente no 
alimento ingerido e não pela bactéria, uma vez 
que esta não sobrevive no corpo.
Gangrena 
gasosa 
Tétano
Clostridium novyi; 
Clostridium 
perfringens; 
Clostridium septicum 
Clostridium tetanii
Contaminação acidental de 
ferimentos profundos.
Os agentes causadores são germes que 
normalmente habitam o solo. Em geral não 
são parasitas, só causando doença quando 
acidentalmente penetram em um ferimento.
Febre tifóide Salmonella typhi Contaminação fecal de água ou alimentos.
A pessoa infectada pode, após o 
desaparecimento dos sintomas da doença, 
continuar portando indefinidamente alguns 
germes, isto é, tornar-se um portador crônico. 
Suas fezes constituirão um perigo constante 
para a população, pois delas poderão advir 
epidemias. O controle dessa doença reside 
fundamentalmente na identificação e 
fiscalização dos portadores crônicos.
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25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
73
BIOLOGIA II
Gastroenterites Salmonella Contaminação fecal de água ou alimentos.
Qualquer espécie de Salmonella pode pro duzir 
um ou outro tipo de infecção, erronea mente 
chamada de intoxicação alimentar.
Disenteria bacilar Shigella Contaminação fecal de água ou alimentos. A mais grave das infecções disentéricas.
Pneumonia
Streptococcus 
pneumoniae 
ou Diplococcus 
pneumoniae
Inalação de ar contaminado. Localiza-se nos pulmões.
Intoxicação 
alimentar
Micrococcus 
pyegenes 
variedade aureus
Ingestão de alimento no qual houve 
desenvolvimento bacteriano com 
liberação de toxina.
Os sintomas da doença são causados pela 
toxina presente no alimento ingerido e não pela 
proliferação das bactérias.
Gonorréia Neisseria gonorrhoeae Contato sexual.
Doença sexualmente transmissível — Uma mãe 
portadora também pode infectar a cri ança ao 
nascer.
Coqueluche Bordetella pertussis Inalação de ar contaminado. Afeta, geralmente, crianças — A vacinação proporciona controle eficaz.
Tuberculose Mycobacterium tuberculosis Inalação de ar contaminado.
Esses germes atacam normalmente os pul mões, 
mas podem se localizar em outras partes do 
corpo, tais como as meninges (membranas que 
envolvem o cérebro), os ossos, o nervo óptico.
Sífilis Treponema pallidum Contato sexual.
Doença sexualmente transmissível — Uma mãe 
portadora também pode transmitir a doença ao 
feto durante a gravidez.
Cólera 
asiática Vibrio cholerae
Contaminação fecal de água ou 
alimentos.
O germe produz uma infecção intestinal gra ve, 
que pode levar o indivíduo à morte por perda de 
líquido.
Meningite 
epidêmica Neisseria meningitidis Inalação de ar contaminado.
Os germes instalam-se nas meninges, 
conduzidos pelo sangue.
BIODIVERSIDADE DO REINO PROTOCTISTA
O reino Protoctista (antigamente conhecido como Protista) inclui protozoários e algas. Enquanto os primeiros são exclusivamente 
unicelulares e heterotróficos; os segundos podem ser unicelulares ou pluricelulares, apresentando como principal forma de nutrição a 
fotossíntese. Tal variedade taxonômica é apontada em estudos recentes como uma falha de classificação, fazendo com que este reino 
seja considerado um grupo artificial (parafilético). Ou seja, os organismos que estudaremos neste módulo, por mais que venham a ser 
considerados como pertencentes ao mesmo táxon, não são, na realidade, evolutivamente próximos.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS PROTOZOÁRIOS
Os protozoários são eucariontes que podem ser de vida livre – habitando a água e o solo – parasitas ou mesmo se estabelecerem 
como seres mutualísticos em relações benéficas a outros organismos como cupins e ruminantes. De forma geral, são heterotróficos 
e obtém seus nutrientes a partir do meio ambiente em que vivem, ainda que isto signifique a captura de alimento a partir das células 
hospedeiras que infectam. 
PRINCIPAIS GRUPOS DE PROTOZOÁRIOS
A classificação dos protozoários se baseia na presença ou ausência de estruturas locomotoras. Assim, os sarcodíneos (ex.: amebas) 
englobam aqueles seres que dependem da formação de pseudópodes (prolongamentos temporários da membrana plasmática) para a 
movimentação, enquanto os cilióforos (ex.: paramécios) e os mastigóforos (ex.: tripanossomas) apresentam estruturas fixas, sendo os 
cílios presentes nos primeiros e flagelos nos últimos. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR74
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
Há ainda seres que não apresentam quaisquer especializações 
voltadas ao seu deslocamento. Neste caso falamos em 
esporozoários (ex.: plasmódios) e a sua locomoção depende, em 
geral, de vetores animais ou do transporte realizado pela água.
REPRODUÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS
A reprodução é geralmente assexuada, mas há organismos capazes de realizar a troca de material genético ou mesmo a produção 
de gametas. Neste último caso, a variabilidade genética da população aumenta o que difi culta a eliminação de uma espécie por uma 
determinada alteração ambiental.
RELEVÂNCIA MÉDICA DOS PROTOZOÁRIOS
Muitas doenças negligenciadas pelos grandes centros de pesquisa e tratamento são causadas pela infecção por protozoários. Tal 
contato pode ocorrer pela ingestão de alimentos ou água contaminados e pela exposição a um vetor, como um mosquito transmissor.
A Doença de Chagas, por exemplo, é causada pelo Trypanosoma cruzi quando este é transmitido através de seu vetor, um percevejo 
popularmente conhecido como barbeiro (Triatoma infestans). Este animal de hábitos noturnos se alimenta de sangue e costuma buscar 
esconderijo em aberturas de árvores ou rochas. Quando o humano constrói sua residência em locais próximos à mata, em geral, destruindo-a, 
aproxima-se e se expõem a este vetor. Assim, durante a picada do percevejo, ocorre a eliminação dos protozoários através de suas fezes que 
fi cam em contato com a pele humana. Como tal situação costuma provocar coceiras, o próprio humano acaba abrindo pequenas feridas que 
permitem a entrada do tripanossoma e sua disseminação pelo sangue, como mostra a fi gura a seguir. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
75
BIOLOGIA II
Para eliminar a doença é necessário combater o vetor através do uso de inseticidas e da substituição de casas de pau-a-pique – construídas 
com barro e escoras de madeira – por construções de alvenaria. Outra medida, esta mais comum, reside na fiscalização de bancos de sangue 
para que transfusões não sejam as responsáveis pela contaminação de indivíduos saudáveis.
Outra protozoose relevante é a malária, causada pelo esporozoário do gênero Plasmodium sp. Estes parasitas são transmitidos ao 
ser humano através da picada de um vetor, o mosquito anófeles ou prego e, se disseminando através do sangue, atingem o fígado e 
o baço onde se transformam e assumem uma forma capaz de infectar as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue). A proliferação 
dos plasmódios no interior das hemácias causa a ruptura destas células e consequente liberação das toxinas produzidas pelo parasita 
que, atém então, se encontravam ali armazenadas. Como este fenômeno ocorre de maneira generalizada, a grande quantidade de toxina 
provoca quadros de febre a cada 48 horas – febres terçãs – ou 72 horas – febres quartãs – variando de acordo com a espécie de 
plasmódio causadora da doença. 
O tratamento é feito com medicamentos e os insetos adultos 
podem ser combatidos com inseticidas ou, ao menos contidos, 
através de mosquiteiros e telas. As formas larvais do anofelino 
devem ser evitadas através da eliminação de objetos que possam 
acumular água parada, da drenagem de regiões alagadas, pelo uso 
de larvicidas ou através da criação de peixes que se alimentem 
delas.
Além destas, merecem destaque a Leishmaniose tegumentar 
(úlcera de Bauru) causadapela Leishmania braziliensis, a 
Leishmaniose visceral (calazar) causada pela L. donavani ou L. 
chagasi, a giardíase causada pela Giardia lamblia e a toxoplasmose 
causada pelo Toxoplasma gondii.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR76
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Aponte duas medidas preventivas contra AIDS.
02. Diferencie a forma de contágio do tétano e da malária.
03. Descreva como podemos adquirir a leishimaniose.
04. Explique como podemos nos prevenir contra a leptospirose.
05. Destaque as principais estruturas de uma bactéria.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (UNICAMP) Graças às campanhas de vacinação, a poliomielite 
foi considerada erradicada no Brasil: o último caso foi registrado em 
1989. Contudo, o Ministério da Saúde constatou cobertura vacinal 
alarmante (abaixo de 50%) em 312 municípios brasileiros em 2018. 
A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite; é uma 
questão de responsabilidade social contemplada no Programa 
Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
(Fonte: portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43797- 
ministerio-da-saude-alerta-parabaixas-coberturas-vacinais-para-polio.)
Assinale a alternativa que caracteriza corretamente a poliomielite. 
a) É uma doença viral contagiosa, que pode ser transmitida 
através da ingestão de água ou alimentos contaminados por 
fezes de doentes. 
b) A transmissão do vírus ocorre por meio de vetores hematófagos 
que tenham picado uma pessoa contaminada na fase aguda 
da doença. 
c) É uma doença bacteriana transmitida por gotículas de saliva 
ou de sangue de pessoas contaminadas, com alto risco de 
contágio. 
d) A transmissão da bactéria ocorre por meio de vetores 
artrópodes que tenham picado uma pessoa contaminada na 
fase crônica da doença. 
02. (ENEM) Na família Retroviridae encontram-se diversos vírus 
que infectam aves e mamíferos, sendo caracterizada pela produção 
de DNA a partir de uma molécula de RNA. Alguns retrovírus 
infectam exclusivamente humanos, não necessitando de outros 
hospedeiros, reservatórios ou vetores biológicos. As infecções 
ocasionadas por esses vírus vêm causando mortes e grandes 
prejuízos ao desenvolvimento social e econômico. Nesse contexto, 
pesquisadores têm produzido medicamentos que contribuem para 
o tratamento dessas doenças.
Que avanços tecnológicos têm contribuído para o tratamento 
dessas infecções virais? 
a) Melhoria dos métodos de controle dos vetores desses vírus. 
b) Fabricação de soros mutagênicos para combate desses vírus. 
c) Investimento da indústria em equipamentos de proteção 
individual. 
d) Produção de vacinas que evitam a infecção das células 
hospedeiras. 
e) Desenvolvimento de antirretrovirais que dificultam a 
reprodução desses vírus. 
03. (UNESP) A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus HIV é um 
tratamento que consiste no consumo diário do antirretroviral Truvada® 
e tem como público-alvo pessoas com maior vulnerabilidade a adquirir 
o vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o uso correto do medicamento 
reduz o risco de infecção por HIV em mais de 90%. Esse uso, porém, 
não barra a entrada do vírus no organismo, apenas bloqueia a ação da 
enzima transcriptase reversa.
(https://g1.globo.com. Adaptado.)
O tratamento com Truvada® 
a) é profilático porque combate o agente transmissor da AIDS. 
b) evita que a célula infectada produza moléculas de DNA viral. 
c) dispensa o uso de métodos contraceptivos de barreira. 
d) impede a entrada do vírus em células humanas de defesa. 
e) pode ser eficaz contra outros vírus constituídos por DNA. 
04. (ENEM PPL) As fêmeas do mosquito da dengue, Aedes aegypti, 
têm um olfato extremamente refinado. Além de identificar as 
coleções de águas para oviposição, elas são capazes de detectar 
de forma precisa e eficaz a presença humana pela interpretação de 
moléculas de odor eliminadas durante a sudorese. Após perceber o 
indivíduo, voam rapidamente em direção à fonte alimentar, iniciando 
o repasto sanguíneo durante o qual podem transmitir o vírus da 
dengue. Portanto, o olfato desempenha um papel importante para 
a sobrevivência dessa espécie.
GUIDOBALDI, F.; MAY-CONCHA, I. J.; GUERENSTEIN, P. G. 
Morphology and Physiology of the Olfactory System of Blood-Feeding Insects. 
Journal of Physiology-Paris, n. 2-3, abr.-jun. 2014 (adaptado).
Medidas que interferem na localização do hospedeiro pelo vetor 
por meio dessa modalidade sensorial incluem a 
a) colocação de telas nas janelas. 
b) eliminação de locais de oviposição. 
c) instalação de borrifadores de água em locais abertos. 
d) conscientização para a necessidade de banhos diários. 
e) utilização de cremes ou pomadas com princípios ativos. 
05. (UECE) Atente ao que se diz a respeito de vírus, e assinale com 
V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Um vírus que se aproxima da célula hospedeira injeta seu 
material genético e multiplica-se com a ajuda das organelas 
da célula infectada tem ciclo lisogênico.
( ) Todo vírus possui uma cápsula proteica protetora denominada 
capsídeo que encerra um genoma de DNA ou RNA.
( ) No ciclo lítico, o vírus invade a célula hospedeira e agrega seu 
material genético ao genoma da mesma.
( ) Apesar de poder ser causada por fungos e bactérias, a 
pneumonia também pode ter origem viral.
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) V, V, F, F. 
b) F, V, F, V. 
c) F, F, V, V. 
d) V, F, V, F. 
06. (PUCSP) A produção de vacinas contra diversas doenças virais 
passa pela multiplicação dos vírus em ovos embrionados de galinha. 
A figura a seguir ilustra a inoculação de alguns vírus em partes 
específicas do ovo.
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25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
77
BIOLOGIA II
Considerando os diferentes anexos embrionários em que são 
inoculados os vírus citados na figura, é CORRETO afirmar que 
a) o vírus da gripe é inoculado no anexo 3, que permite o 
desenvolvimento embrionário em ambiente terrestre e serve 
como depósito de excretas produzidas pelo embrião. 
b) o anexo 6, onde se inocula o vírus da caxumba, é encontrado 
em todos os grupos de vertebrados e protege o embrião contra 
choques mecânicos. 
c) o anexo 2, que armazena substâncias nutritivas para o embrião, 
passa a produzir anticorpos contra o vírus da herpes, os quais 
serão purificados e utilizados nas vacinas. 
d) o anexo 1, que permite trocas gasosas entre o embrião e o 
meio externo, contém elementos do cório e do âmnio, e é onde 
há multiplicação de antígenos dos poxvírus inoculados. 
07. (PUCCAMP) A reciclagem tem sido utilizada com sucesso 
para reduzir o impacto do acúmulo de lixo no meio ambiente. 
Caso não receba tratamento adequado, o lixo pode proporcionar a 
proliferação de organismos transmissores de doenças, tais como: 
a) sífilis. 
b) doença de Chagas. 
c) leptospirose. 
d) hepatite C. 
e) caxumba. 
08. (UNICAMP) Em 2016, a Organização Mundial de Saúde (OMS) 
apresentou novas diretrizes para o tratamento de três doenças 
sexualmente transmissíveis: sífilis, gonorreia e clamidíase. As três 
doenças citadas são causadas por 
a) microrganismos (bactérias ou vírus), que passaram dos 
macacos para o ser humano há muitos anos, levando ao 
surgimento de epidemias e pandemias. 
b) bactérias, que podem se tornar resistentes a antibióticos, se 
utilizados em excesso ou de forma inapropriada, dificultando 
o tratamento. 
c) bactérias, que podem ser tratadas e eliminadas pelo uso 
diligente de preservativos (masculinos ou femininos) durante 
as relações sexuais. 
d) protozoários, que podem ser tratados e eliminados pelo uso 
diligente de preservativos (masculinos ou femininos) durante 
as relações sexuais. 
09. (FUVEST) O botulismo provocou a morte de 1,1 mil cabeças 
de gado, no último mês de agosto, numa fazenda em Mato Grosso 
do Sul. A suspeita clínica inicial foi confirmada pelo exame das 
amostras de grãos úmidos de milho fornecidos aos animais, 
demonstrando a presença da toxinabotulínica, que é produzida 
pela bactéria Clostridium botulinum.
Considerando que a toxina botulínica bloqueia a transmissão 
neuromuscular, a morte dos animais deve ter sido decorrente de 
a) infecção generalizada. 
b) hemorragia interna. 
c) desidratação provocada por diarreia. 
d) acidente vascular cerebral. 
e) parada respiratória. 
10. (UNESP) As chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis 
(DSTs) também são transmitidas por outras vias, além da relação 
sexual. O quadro apresenta algumas DSTs.
DST Agente infeccioso Sintomas
Sífilis
bactéria 
Treponema 
pallidum
Lesões nos órgãos 
genitais, na pele e nas 
mucosas. Pode afetar o 
sistema nervoso.
Cancro mole 
(cancro venéreo 
simples, cavalo)
bactéria 
Haemophilus 
ducreyi
Lesões nos órgãos 
genitais, mais 
frequentemente no 
homem.
Aids
vírus da 
imunodeficiência 
humana – HIV
Ataque às células do 
sistema imunitário 
ocasionando 
imunodeficiência e 
infecções oportunistas.
Gonorreia 
(blenorragia)
bactéria 
Neisseria 
gonorrhoeae
Ardor ao urinar e 
secreção uretral de cor 
amarelada. Nos bebês, 
pode levar à cegueira.
Condiloma 
acuminado 
(crista de galo, 
HPV)
papiloma vírus 
humano – HPV
Lesões em forma 
de crista nos órgãos 
genitais. Pode levar 
ao câncer nos órgãos 
genitais e no ânus.
Suponha que Júlio adquiriu uma DST através de transfusão 
sanguínea, que Paulo adquiriu uma DST ainda no ventre materno 
e que Adriano teve uma DST que só se adquire por relação sexual.
As DSTs de Júlio, Paulo e Adriano podem ser, respectivamente, 
a) cancro mole, aids e condiloma acuminado. 
b) condiloma acuminado, gonorreia e sífilis. 
c) aids, sífilis e cancro mole. 
d) gonorreia, condiloma acuminado e aids. 
e) sífilis, cancro mole e gonorreia. 
11. (ENEM) Os medicamentos são rotineiramente utilizados 
pelo ser humano com o intuito de diminuir ou, por muitas vezes, 
curar possíveis transtornos de saúde. Os antibióticos são grupos 
de fármacos inseridos no tratamento de doenças causadas por 
bactérias.
Na terapêutica das doenças mencionadas, alguns desses fármacos 
atuam 
a) ativando o sistema imunológico do hospedeiro. 
b) interferindo na cascata bioquímica da inflamação. 
c) removendo as toxinas sintetizadas pelas bactérias. 
d) combatendo as células hospedeiras das bactérias. 
e) danificando estruturas específicas da célula bacteriana. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR78
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
12. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) Suponha que uma doença desconhecida 
esteja dizimando um rebanho bovino de uma cidade e alguns 
veterinários tenham conseguido isolar o agente causador da 
doença, verificando que se trata de um ser unicelular e procarionte.
Para combater a doença, os veterinários devem administrar, nos 
bovinos contaminados, 
a) vacinas. 
b) antivirais. 
c) fungicidas. 
d) vermífugos. 
e) antibióticos. 
13. (UNICAMP) Nos porões dos navios vindos do Oriente no século 
XIV, chegavam milhares de ratos à Europa, onde encontravam 
um ambiente favorável, dadas as condições precárias de higiene. 
Esses ratos estavam contaminados e suas pulgas transmitiam um 
agente etiológico aos homens através da picada. Os ratos também 
morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam 
rapidamente para os humanos, para obterem seu alimento, o 
sangue. Qual é o agente etiológico e qual é o nome popular dessa 
doença? 
a) Vírus, peste bubônica. 
b) Bactéria, peste bubônica. 
c) Vírus, leptospirose. 
d) Bactéria, leptospirose. 
14. (UNICAMP) A malária representa um dos principais problemas 
de saúde pública no mundo. Embora a dimensão geográfica da 
transmissão esteja encolhendo no Brasil, o país ainda registra 42% 
dos casos da doença nas Américas. A Fundação Oswaldo Cruz, do 
Rio de Janeiro, recentemente desenvolveu um preparado com alta 
eficácia antimalárica, agora em fase de ensaios clínicos. 
(Fontes: “Desafios para eliminação da malária”, Agência Fapesp, 2017; 
MAÍRA Menezes, “Malária: ensaio clínico aponta alta eficácia e 
ausência de resistência a medicamento”, Portal Fiocruz, 2016.) 
Levando em conta seus conhecimentos sobre o ciclo de vida 
do Plasmodium, assinale a alternativa que indica um possível 
mecanismo de ação do preparado antimalárico. 
a) Alterar a morfologia das hemácias dos mosquitos, diminuindo 
a taxa de infecção pelo parasita. 
b) Impedir a entrada de parasitas nos linfócitos, reduzindo a carga 
de gametócitos circulantes. 
c) Promover a multiplicação de esporozoítos no fígado, reduzindo 
o número de gametócitos. 
d) Inibir a multiplicação de merozoítos nos eritrócitos, diminuindo 
a carga de parasitas circulantes. 
15. (MACKENZIE) O quadro abaixo apresenta três parasitoses, 
seus causadores, principais sintomas e formas de contágio.
Parasitose Causador Sintomas Contágio
Tétano
Bactéria 
Clostridium 
tetani
X
Perfurações e cortes 
feitos com objetos 
contaminados.
Y Vírus RABV
Confusão 
mental,
hidrofobia
Mordidas de animais 
contaminados.
Doença de 
Chagas Z
Hipertrofia 
do
miocárdio.
Fezes contaminadas 
do inseto Triatoma 
infestans (barbeiro)
As letras X, Y e Z correspondem, respectivamente, a
X Y Z
a) Confusão mental, convulsões Meningite
Protozoário 
Plasmodium vivax
b)
Contração involuntária 
da musculatura, 
inclusive do diafragma
Raiva Protozoário Trypanosoma cruzi
c) Lesões nos pulmões, coração e fígado Tuberculose
Bactéria 
Yersinia pestis
d) Espasmos musculares, convulsões
Peste 
bubônica
Bactéria 
Leptospira 
interrogans
e) Parada cardiorrespiratória Leptospirose
Protozoário 
Leishmania 
brasiliensis
16. (ENEM) A utilização de extratos de origem natural tem recebido 
a atenção de pesquisadores em todo o mundo, principalmente 
nos países em desenvolvimento que são altamente acometidos 
por doenças infecciosas e parasitárias. Um bom exemplo dessa 
utilização são os produtos de origem botânica que combatem 
insetos.
O uso desses produtos pode auxiliar no controle da 
a) esquistossomose. 
b) leptospirose. 
c) leishmaniose. 
d) hanseníase. 
e) aids. 
17. (MACKENZIE) Algumas doenças humanas são causadas por 
protozoários pertencentes ao Filo Mastigophora, como mostra o 
quadro abaixo.
Doença Agente causador Sintomas
Forma de 
Contágio
Leishmaniose 
(úlcera de 
Bauru)
Leishmania 
brasiliensis
Ulcerações de pele, 
principalmente 
no rosto, braço e 
pernas
A
Doença do 
sono B
Sonolência e torpor 
devido a lesões do 
sistema nervoso
Picada da 
mosca 
tsé-tsé
Giardíase Giardia lamblia
Diarreia e dores 
abdominais C
A, B e C, devem ser preenchidos correta e respectivamente por 
a) Picada do mosquito-palha, Trypanosoma gambiensis e 
ingestão de água ou alimentos contaminados. 
b) Picada do mosquito Culex, Trypanosoma cruzi e ingestão de 
verduras mal lavadas. 
c) Picada do mosquito Anopheles, Trypanosoma gambiensis e 
ingestão de carne de porco. 
d) Picada do inseto barbeiro, Trypanosoma cruzi e ingestão de 
alimentos contaminados. 
e) Picada do mosquito Anopheles, Trypanosoma cruzi e ingestão 
de água não potável. 
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25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
79
BIOLOGIA II
18. (UECE) Denomina-se tripanossomíase qualquer doença 
causada por protozoários do gênero Trypanosoma que afetam o 
sistema cardiovascular. Entre esses protozoários, o Trypanosoma 
cruzi é o agente causador da doença de Chagas, uma endemia 
muito comum em países subdesenvolvidos. Sobre a doença de 
Chagas, é correto dizer que 
a) por ser transmitida somente pela picada do barbeiro, os casos 
têm diminuído no Brasil, em função da melhoria das condições 
de moradia nos últimos anos. 
b) pacientes infectados precisam ficar isolados de pacientes 
sadios, pois uma forma de contágio da doença é o contato 
com fluidos orgânicos de doentes, como gotículas de saliva 
contaminada. 
c) apesar de ser uma enfermidade muito grave, a cura é possível 
pela administração de antibióticos potentes aos pacientes 
contaminados. 
d) a contaminaçãopode ocorrer a partir da ingestão de alimentos 
crus e contaminados com fezes do parasita, da transfusão de 
sangue ou de transplantes de órgãos contaminados. 
19. (MACKENZIE) Muitas pessoas confundem as doenças Malária, 
Amarelão e Febre Amarela, pensando que são nomes de uma 
mesma doença.
Assinale a alternativa correta. 
a) Essas doenças são bem diferentes porque apresentam 
causadores e transmissores diferentes. 
b) Essas doenças são diferentes quanto aos transmissores e não 
quanto aos causadores. 
c) Essas doenças são diferentes quanto aos causadores e não 
quanto aos transmissores. 
d) Essas doenças são semelhantes quanto aos sintomas, pois 
todas provocam hemorragia. 
e) Essas doenças são todas possíveis de serem evitadas por 
vacinação. 
20. (FUVEST) Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
Edu Lobo e Chico Buarque, Ciranda da bailarina.
A bailarina dos versos não contrai as doenças causadas por dois 
parasitas de importância para a saúde pública: a lombriga (Ascaris 
lumbricoides) e a ameba (Entamoeba histolytica). Todo mundo, 
porém, pode-se prevenir contra essas parasitoses, quando 
a) não nada em lagos em que haja caramujos e possibilidade de 
contaminação com esgoto. 
b) lava muito bem vegetais e frutas antes de ingeri-los crus. 
c) utiliza calçados ao andar sobre solos em que haja possibilidade 
de contaminação com esgoto. 
d) evita picada de artrópodes que transmitem esses parasitas. 
e) não ingere carne bovina ou suína contaminada pelos ovos da 
lombriga e da ameba. 
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UNICAMP) Em algumas regiões do Brasil, como no Estado de São 
Paulo, a maneira usual de transmissão de Tripanosoma cruzi para 
o ser humano, por meio de triatomídeos, deixou de ser importante, 
principalmente em consequência das medidas de controle desse 
artrópode. Dê duas explicações para o aparecimento, nessas regiões, 
de novos casos humanos autóctones da doença de Chagas. 
02. (UNESP) O mal de Chagas é uma doença que afeta grande 
número de pessoas em áreas rurais do Brasil.
Com respeito a essa doença, responda as seguintes questões:
a) Como as pessoas são infectadas?
b) Qual o agente transmissor?
c) Qual órgão do corpo é afetado pelo agente patogênico?
d) Qual a medida profilática para erradicar a doença? 
03. (FUVEST) O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) diz que 86 
índios makuxi do município de Normandia (RR), estão com malária 
provocada por garimpeiros evadidos da área Ianomâmi. 
(Folha de São Paulo - 25/11/90)
Explique como a malária dos garimpeiros pode ter passado para 
os índios. 
04. (UNESP) O controle das doenças bacterianas infecciosas 
feito por antibióticos ainda não está totalmente resolvido. A cada 
medicamento produzido, verifica-se o aparecimento de linhagens 
de bactérias que não respondem ao tratamento. Diante desse 
fato, conclui-se que os antibióticos induzem o aparecimento de 
bactérias resistentes.
Pergunta-se:
a) Está correta esta conclusão?
b) Justifique a sua resposta. 
05. (UNICAMP) Um dos animais sinantrópicos mais importantes 
na área de Saúde Pública é o rato. Quando ocorrem enchentes 
podem aparecer surtos de leptospirose humana. Qual é a relação 
entre as enchentes e os surtos de leptospirose? 
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A
02. E
03. B
04. E
05. B
06. A
07. C
08. B
09. E
10. C
11. E
12. E
13. B
14. D
15. B
16. C
17. A
18. D
19. A
20. B
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. Transfusões sanguíneas e transmissão vertical, da mãe infectada pelo T. cruzi, para 
seu filho, durante a gestação ou da amamentação. 
02. a) Fezes contaminadas do inseto conhecido popularmente por barbeiro ou chupança.
b) Inseto hemíptero 'Triatoma infestans' ou 'Panstrogylus megistus'.
c) Miocárdio.
d) Uso de inseticidas, evitar desmatamentos e casas de sapê ou pau-a-pique. 
03. O Anopheles sp., vetor do Plasmodium sp., foi contaminado quando picou garimpeiros 
com malária. Posteriormente o vetor picou os índios transmitindo o protozoário. 
04. a) Não. 
b)Os antibióticos selecionam as linhagens de bactérias resistentes, eliminando apenas 
as sensíveis. 
05. A água das enchentes espalha a urina do rato contaminada com a bactéria causadora 
da Leptospirose. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR80
BIOLOGIA II 25 VÍRUS, BACTÉRIAS E PROTOZOÁRIOS
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