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Anatomia das Vias Aéreas

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Resumo 
Anatomia de Vias 
Aéreas 
Resumo de Anatomia de Vias Aéreas 1 
 
 
 
 
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1. Introdução 
As vias aéreas são responsáveis pelo transporte do ar 
até os pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas que irão 
oxigenar o sangue, importante processo para o 
funcionamento normal do organismo. Além disso, o sistema 
respiratório também participa da fonação e percepção 
olfatória. 
As vias aéreas podem ser anatomicamente divididas 
em via aérea superior, que é extratorácica, 
formada pelas fossas nasais, faringe e laringe, e via 
área inferior, que é intratorácica, formada pela 
traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos, que 
são estruturas do pulmão. Funcionalmente, as vias aéreas podem ser divididas em 
porção condutora e porção respiratória. 
 
2. Via Aérea Superior 
Cavidade Nasal: Par de cavidades que vão das narinas (onde existem vibrissas - pelos 
que filtram o ar) até a faringe. Elas são separadas por uma cartilagem chamada de septo 
nasal. 
São revestidas por mucosa do epitélio respiratório e o vestíbulo nasal é revestido 
por pele e rico em pelos e glândulas sebáceas. 
As fossas nasais se comunicam com a faringe pelos cóanos, sendo responsáveis 
pelo transporte de ar para dentro e fora dos pulmões. Além disso, possui função de 
olfação. Os dois terços inferiores constituem a parte respiratória e o terço superior a 
parte olfatória. 
Figura: divisão das vias aéreas. 
FONTE:<https://pt.wikipedia.org/wiki
/Trato_respirat%C3%B3rio_superior> 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_respirat%C3%B3rio_superior
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_respirat%C3%B3rio_superior
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O teto das cavidades nasais é formado pelos ossos frontal, etmoide e esfenoide; 
O assoalho pelo processo palatino da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino. A 
parte medial é constituída pelo septo nasal e as laterais são irregulares pela presença 
das conchas nasais. 
As conchas nasais são estruturas parecidas com rolos que oferecem grande área 
de superfície para troca de calor, ou seja, participam do processo de aquecimento e 
umidificação do ar inspirado. 
A concha nasal inferior é mais longa e mais larga e as conchas média e superior 
são processo mediais do osso etmoide. 
Além da faringe, as cavidades nasais também se comunicam com os seios 
paranasais, saco lacrimal e conjuntiva pela parte superior. 
A cavidade nasal é suprida pelas artérias: etmoidal anterior, etmoidal posterior, 
esfenopalatina, palatina maior e ramo septal da artéria labial superior, além de ramos 
Figura: cavidade nasal. FONTE: NETTER. Atlas de Anatomia Humana. 5ªed 
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nasais das artérias infraorbital e facial, para a qual drena através das veias angular e 
nasal lateral. 
O plexo venoso submucoso da mucosa nasal drena para as veias esfenopalatina, 
facial e oftálmica, e faz parte de importante sistema termorregulador que aquece o ar 
antes de entrar nos pulmões. 
As fossas nasais são inervadas, na porção posteroinferior pelo nervo maxilar, 
septo nasal pelo nervo nasopalatino, partes laterais pelo nervo palatino maior e porção 
anterossuperior pelos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos do nervo nasociliar. 
Os nervos olfatórios se originam na parte superior das paredes lateral e septal 
da cavidade nasal. 
Faringe: Conduz o ar para a laringe, 
participando da porção condutora do 
sistema respiratório, e leva o alimento ao 
esôfago com o auxílio da epiglote, início do 
sistema digestório. 
Pode ser dividida em nasofaringe, 
orofaringe e laringofaringe, essas duas 
últimas fazem parte da porção digestória. 
A nasofaringe é a porção respiratória, 
que se estende posterior às cavidades nasais 
de onde se abre a partir dos cóanos. 
Possui bastante tecido linfoide, 
formando um anel tonsilar, e massas linfoides agregadas, que são as tonsilas faríngea, e 
próximo ao óstio faríngeo há a tonsila tubária. 
A prega salpigonfaríngea que começa na extremidade medial da tuba auditiva 
cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a 
Figura: Posição da faringe, laringe e traquéia (trachea). FONTE: 
<https://br.pinterest.com/pin/132363676526590710/?lp=true
> 
https://br.pinterest.com/pin/132363676526590710/?lp=true
https://br.pinterest.com/pin/132363676526590710/?lp=true
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deglutição. Posterior a essa prega e ao toro tubário existe o recesso faríngeo, por onde 
passa o nervo glossofaríngeo. 
A parede da faringe é formada por uma camada externa de musculatura circular, 
que consiste nos constritores da faringe (superior, médio e inferior), e uma camada 
interna longitudinal, que são os músculos palatofaríngeo, estilofaríngeo e 
salpingofaríngeo. Esses músculos encurtam a faringe durante a deglutição e fala. 
Os músculos constritores são inervados pelo plexo nervoso faríngeo, formado 
por ramos dos nervos vago e glossofaríngeo. 
A tonsila palatina é nutrida principalmente pela artéria tonsilar, ramo da artéria 
facial e drenada pela veia palatina externa (veia paratonsilar). 
As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas formam o anel linfático da faringe, cuja 
parte anteroinferior é formada pela tonsila lingual, as partes laterais pelas tonsilas 
palatinas (e tubárias) e a partes posterossuperiores são formadas pelas tonsilas 
faríngeas. 
A inervação da faringe é feita pelo plexo nervoso faríngeo, cujas fibras motoras 
são provenientes do nervo vago e as fibras sensitivas do nervo glossofaríngeo. Esses dois 
nervos também originam o plexo nervoso tonsilar. A nasofaringe é suprida 
principalmente pelo nervo maxilar. 
Laringe: Formada por 9 cartilagens unidas por 
membranas e ligamentos, contém as pregas 
vocais, responsáveis pela fonação. Também une se 
à parte inferior da faringe (laringofaringe), pelo 
ádito da laringe, ligando-a à traqueia. 
Figura: vista anterior da laringe e pregas vocais. 
FONTE: https://www.todamateria.com.br/laringe/ 
https://www.todamateria.com.br/laringe/
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Sua principal função é proteger as vias 
respiratórias, principalmente durante a deglutição, 
servindo de esfíncter das vias aéreas inferiores a fim 
de mantê-las pérvias. 
As cartilagens que formam a laringe são: 
tireóidea, cricóidea, epiglótica, que são ímpares, e os 
pares de aretinóidea, corniculada e cuneiforme. A 
cartilagem tireóidea é a maior, e os dois terços 
inferiores de suas duas lâminas formam a 
proeminência laríngea, que é chamada de “pomo de 
Adão”. 
A margem posterior de cada lâmina forma os cornos superior e inferior. A 
margem superior e os cornos superiores se ligam ao osso hioide pela membrana tíreo-
hióidea, de onde se originam os ligamentos tíreo-hiódeos. 
 
3. Via Aérea Inferior 
Traqueia: Tubo fibrocartilagíneo que se 
estende da laringe até o tórax, cujo epitélio rico 
é em cílios é capaz de expulsar o muco 
contendo resíduos e poluente para a faringe, de 
onde é expelido para fora ou deglutido, 
protegendo assim as vias aéreas inferiores – 
reflexo da tosse. 
A traqueia é formada por anéis de 
cartilagens traqueais incompletos (em 
formato de C), os quais a mantém pérvia e 
cuja abertura anterior é coberto pelo 
músculo traqueal involuntário. 
Figura: visão posterior da laringe. 
FONTE:<https://br.pinterest.com/pin/665
266176175643086/?lp=true> 
Figura: traqueia. Fonte: 
https://www.todamateria.com.br/traqueia/ 
https://br.pinterest.com/pin/665266176175643086/?lp=true
https://br.pinterest.com/pin/665266176175643086/?lp=true
https://www.todamateria.com.br/traqueia/
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A traqueia se bifurca nos brônquios principais direito e esquerdo na carina, e o 
tronco braquiocefálico mantém relação com seu lado direito na raiz do pescoço. 
Pulmões: São os órgãos vitais da respiração, responsáveis por oxigenar o sangue. Em 
pessoas vivas e saudáveis, normalmente são leves, macios, esponjosos e elásticos. 
Os pulmões são separados um do outro pelo mediastino e cada pulmão tem: um 
ápice, uma base, dois (esquerdo) ou três (direito) lobos, três faces (costal, mediastinal e 
diafragmática) e três margens (anterior, inferior e posterior). 
O pulmão direito é maior e mais pesado que o esquerdo, porém é mais curto e 
mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e pericárdio 
estão mais voltados para a esquerda. 
Os pulmões de cadáveres fixados têm impressões que são deixadas pelas 
estruturas adjacentes a eles (costelas, coração, etc). Entretanto, apenas as impressões 
cardíacas são visíveis durante a cirurgia ou em peças frescas de cadáveres ou post 
mortem. 
A face diafragmática do pulmão é côncava, forma a base do pulmão, apoiada 
sobre a cúpula do diafragma. A concavidade é mais profunda é no pulmão direito, devido 
a posição mais alta da cúpula direita do diafragma, que fica sobre o fígado. 
Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes dos pulmões, isto é, os 
brônquios (e vasos brônquicos associados), artérias e veias (superior e inferior) 
pulmonares, plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas 
e viscerais) e vasos linfáticos. 
Se a raiz do pulmão for seccionada medial à ramificação do brônquio principal 
(primário) e da artéria pulmonar, sua configuração geral é: artéria pulmonar, veias 
pulmonares superior e inferior e brônquio principal. 
O hilo do pulmão é uma área cuneiforme da qual entram ou saem do pulmão as 
estruturas que formam sua raiz. 
 
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Árvore traqueobronquial 
As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia, 
situada no mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca em brônquios 
principais, um para cada pulmão, que entram pelos hilos dos pulmões. Brônquios e 
bronquíolos possuem os mesmos anéis cartilaginosos da traqueia, os quais mantêm as 
vias aéreas pérvias. 
O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical que o 
esquerdo, pois entra diretamente no hilo do pulmão. Já o brônquio principal esquerdo 
segue inferior ao arco da aorta e anterior ao esôfago e à parede torácica da aorta para 
chegar ao hilo do pulmão. 
Os ramos da árvore traqueobronquial são componentes da raiz de cada pulmão, 
formada pelos ramos da artéria e veias pulmonares, além dos brônquios. 
Figura: árvore traqueobronquial. FONTE: MOORE, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed. 
Cada brônquio principal (primário) se divide em brônquios lobares secundários, 
dois à esquerda e três à direita, e cada um deles supre um lobo do pulmão. 
Cada brônquio lobar divide-se em vários brônquios segmentares terciários, que 
suprem os segmentos broncopulmonares. 
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Os segmentos broncopulmonares são as maiores divisões de um lobo, separados 
dos segmentos adjacentes por septos de tecido conectivo e supridos por um brônquio 
segmentar e um ramo arterial pulmonar terciário independentes. 
Além dos brônquios segmentares terciários, há cerca de 25 gerações de 
bronquíolos condutores ramificados, que terminam como bronquíolos terminais 
(menores bronquíolos condutores). Essas ramificações são importantes para aumentar 
a área de troca gasosa. 
A parede (camada adventícia) dos bronquíolos não tem cartilagem, apesar dos 
anéis cartilaginosos incompletos que os reforçam. 
 Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não tem glândulas nem 
alvéolos. Cada bronquíolo terminal origina diversas gerações de bronquíolos 
respiratórios, caracterizados pelos alvéolos. 
O alvéolo pulmonar é onde ocorre a troca gasosa no pulmão. Graças à presença 
dos alvéolos, os bronquíolos respiratórios participam tanto do transporte de ar quanto 
da troca gasosa. 
Cada bronquíolo respiratório origina ductos alveolares, que por sua vez dão 
origem a sacos alveolares. 
Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, revestidas por alvéolos, 
que levam aos sacos alveolares, nos quais se abrem os grupos de alvéolos. – novos 
alvéolos continuam a se desenvolver até cerca dos 8 anos de idade. 
Vasculatura dos pulmões e das pleuras 
Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias 
pulmonares que drenam seu sangue. 
As artérias pulmonares direita e esquerda originam-se do tronco pulmonar e 
conduzem sangue pouco oxigenado (venoso) aos pulmões para oxigenação e liberação 
do gás carbônico. 
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Cada artéria pulmonar se torna parte da raiz do pulmão correspondente e se 
ramifica em artérias lobares secundárias, as quais se dividem em artérias segmentares 
terciárias. Dessa maneira, cada lobo é servido por um par formado pela artéria lobar e 
brônquio secundários, e cada segmento broncopulmonar é suprido por uma artéria 
segmentar e brônquio terciários. 
Duas veias pulmonares de cada lado, uma superior e outra inferior, conduzem 
sangue oxigenado dos lobos correspondentes de cada pulmão para o átrio esquerdo do 
coração. O trajeto das veias pulmonares é independente do trajeto das artérias e 
brônquios no pulmão, elas seguem entre segmentos broncopulmonares adjacentes e 
recebem sangue no trajeto em direção ao hilo. 
Exceto na região central (peri-hilar) do pulmão, as veias da pleura visceral e da 
circulação venosa bronquial drenam para as veias pulmonares e o volume relativamente 
pequeno de sangue pobre em oxigênio se junta ao grande volume de sangue oxigenado 
que retorna ao coração. 
Figura: vascularização dos pulmões. FONTE: MOORE, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed 
 
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As artérias bronquiais levam sangue para a nutrição das estruturas que formam 
a raiz dos pulmões, os tecidos de sustentação dos pulmões e a pleura visceral. 
As veias bronquiais drenam apenas parte do sangue levado aos pulmões pelas 
artérias bronquiais, principalmente o sangue distribuído para a parte mais proximal das 
raízes dos pulmões ou para a região próxima. O restante do sangue é drenado pelas 
veias pulmonares, especificamente aquele que retorna da pleura visceral, das regiões 
mais periféricas do pulmão e dos componentes distais da raiz do pulmão. 
A veia bronquial direita drena para a veia ázigo, e a veia bronquial esquerda 
drena para a veia hemiázigo acessória ou a veia intercostal superior esquerda. As veias 
bronquiais também recebem sangue das veias esofágicas. 
Inervação dos pulmões e das pleuras 
Os nervos dos pulmões e da pleura visceral são derivados dos plexos pulmonares 
anteriores e (principalmente) posteriores às raízes dos pulmões. Essas redes de nervos 
contêm fibras aferentes parassimpáticas, simpáticas e viscerais. 
As fibras parassimpáticas são fibras pré-ganglionares do nervo vago, que são 
motoras para o músculo liso da árvore bronquial (broncoconstritoras), secretoras para 
as glândulas da árvore bronquial (secretomotoras) e inibidoras para os vasos 
pulmonares (vasodilatadoras). 
As fibras simpáticas dos plexos pulmonares são fibras pós-ganglionares e são 
inibitórias para o músculo brônquico (broncodilatadoras), motoras para os vasos 
pulmonares (vasoconstritoras) e inibitórias para as glândulas alveolares da árvore 
bronquial. 
As fibras aferentes viscerais dos plexos pulmonares são reflexas ou nociceptivas, 
ou seja, relacionadas aos reflexos respiratórios e estímulos dolorosos, respectivamente.Fibras aferentes viscerais reflexas (com corpos celulares no gânglio sensitivo do 
nervo vago) acompanham as fibras parassimpáticas, conduzindo em direção central os 
impulsos das terminações nervosas relacionadas com a mucosa e os músculos dos 
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brônquios, possivelmente associados à sensibilidade tátil para reflexos da tosse e 
percepção do estiramento, respectivamente. 
Essas fibras viscerais reflexas também conduzem impulsos relacionados ao 
tecido conectivo interalveolar, em associação aos reflexos de Hering-Breuer, que limita 
as excursões respiratórias; às artérias pulmonares, que funcionam como 
barorreceptores; e às veias pulmonares, que servem de quimiorreceptores (receptores 
sensíveis aos níveis sanguíneos de gases). 
Os nervos da pleura parietal são originados dos nervos intercostais e frênicos. A 
parte costal e área periférica da parte diafragmática são supridas pelos nervos 
intercostais, que medeiam a sensibilidade tátil e álgica. A área central da parte 
diafragmática da pleura e a parte mediastinal são supridas pelos nervos frênicos. 
 
Figura: inervação dos pulmões e pleura. Fonte: https://pt.slideshare.net/flaviasmatos/anatomia-do-
sistema-respiratorio-parte-ii. 
https://pt.slideshare.net/flaviasmatos/anatomia-do-sistema-respiratorio-parte-ii
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4. Complicações Associadas 
Asma: Inflamação crônica dos brônquios, associada a alergias, com intensa produção de 
muco e caracterizada por broncoconstrição, com consequente dispneia, aperto torácico 
e tosse, especialmente à noite. 
A broncoconstrição pode ser desencadeada por infecções respiratórias, esforço 
físico, contato com alérgenos entre outros fatores e a principal causa de asma é a 
predisposição genética a reações alérgicas (hipersensibilidade tipo I) 
Normalmente tratada com agonistas B2 adrenérgicos, que visam a 
broncodilatação nas crises agudas de dispneia, e corticosteroides, que buscam reduzir a 
inflamação bronquiolar e evitar as crises agudas. 
Desvio de Traqueia: Pode ser sinal de colapso pulmonar (atelectasia), o qual pode ser 
causado por bloqueios nas vias aéreas, como derrame pleural e embolia pulmonar, ou 
outros fatores como trauma torácico, abdominal e pneumotórax. 
A traqueia se desvia para o lado oposto do pulmão que foi colapsado. 
Embolia Pulmonar: Causada pela obstrução de uma artéria pulmonar por um coágulo 
sanguíneo. Um êmbolo é formado quando um coágulo sanguíneo/glóbulo de 
gordura/bolha de ar proveniente de uma veia da perna, após uma fratura exposta, é 
levado pelo sangue até os pulmões. 
O êmbolo atravessa o lado direito do coração até o pulmão através da artéria 
pulmonar. Pode obstruir esta artéria, causando embolia, ou um de seus ramos. As 
artérias pulmonares recebem todo o sangue que retornou ao coração direito pelo 
sistema venoso cava. 
Assim, o resultado imediato da embolia pulmonar é a obstrução parcial ou 
completa do fluxo sanguíneo para o pulmão. Na obstrução, há ventilação de um pulmão 
ou setor pulmonar, sem, entretanto, haver perfusão sanguínea. 
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Pneumonias: Infecção dos pulmões que pode ter causa viral ou bacteriana. 
Normalmente originada de uma infecção de vias aéreas superiores, que se complica em 
pneumonia. Tosse produtiva, dor torácica, dispneia e febre são os sintomas mais 
comuns. O tratamento é feito de acordo com sua etiologia e gravidade. Medidas de 
suporte incluem hidratação, suporte de oxigênio e sintomáticos. Para pneumonias 
bacterianas, é essencial o uso de antibióticos de acordo com a flora esperada naquela 
situação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
1. MOORE, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed 
2. NETTER. Atlas de Anatomia Humana. 5ªed 
3. GARTNER, et al. Tratado de Histologia em Cores. 3ªed. 
4. ROBBINS & COTRAN. Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 9ªed. 
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