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Sistema Respiratório - anatomia

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Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 CONCEITO 
O Sistema Respiratório é formado por um conjunto de 
órgãos interconectados de forma sinérgica. Ele é 
responsável pelas trocas gasosas entre o organismo e 
o ambiente, possibilitando que o processo respiratório 
nos seres humanos aconteça em conjunto com o 
sistema circulatório. O sistema respiratório, também, é 
responsável pela capacidade de captar odores 
(olfação) através do nariz e transmitir sons claros, 
evidentes e perceptíveis (fonação) através da laringe. 
 ORIGEM EMBRIONÁRIA 
O sistema respiratório deriva do intestino primitivo e 
seu primeiro sinal é o sulco laringotraqueal, que se 
forma na endoderme da face ventral da faringe. Os 
sulcos entre o broto pulmonar e o esôfago se 
aprofundam formando o divertículo laringotraqueal. O 
broto se alonga em sentido ventral e caudal, no 
mesênquima circundante e se divide para formar o 
tronco bronquial principal. 
A partir do tubo laringotraqueal irão se desenvolver a 
laringe, a traqueia, os brônquios e os pulmões. 
Inicialmente, o pulmão aparece como um broto ventral 
fora do esôfago, bem caudal ao sulco laringotraqueal. 
A ramificação dicotômica subsequente origina as vias 
aéreas condutoras. 
O endoderma dá origem ao epitélio de revestimento e 
glandular mucoso dos brônquios e às células epiteliais 
dos alvéolos. 
O tecido conjuntivo, a cartilagem, os vasos e o músculo 
liso se desenvolverão a partir do mesênquima 
esplâncnico (visceral) que envolve a porção ventral do 
intestino anterior. 
 ORIGEM DA TRAQUEIA, BRÔNQUIOS E PULMÕES 
Na extremidade do tubo laringotraqueal, desenvolve-
se uma dilatação que logo se divide em dois brotos 
broncopulmonares 
Obs. Desde os primeiros estágios do desenvolvimento, 
observa-se que o brônquio direito é mais longo e reto 
que o esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
• Por volta da 5ª semana, no broto direito, aparecem 
dois brotos secundários, e no broto esquerdo, somente 
um. Posteriormente, cada broto broncopulmonar 
secundário se ramifica repetidas vezes por divisões 
dicotômicas. 
Desenvolvimento da porc ̧ão respiratória 
• O desenvolvimento dos segmentos respiratórios do 
pulmão passa por quatro etapas: 
 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
• estágio embrionário (da quarta à sétima semana): 
abrange o surgimento do divertículo respiratório até os 
segmentos broncopulmonares; 
• estágio pseudoglandular (da oitava à 16ª semana): 
sua denominação deve-se à aparência de glândula do 
pulmão nesse período; há o crescimento dos ductos 
nos segmentos broncopulmonares; 
• estágio canalicular (17ª à 26ª semana): ocorre a 
formação dos bronquíolos respiratórios e o aumento 
da vascularização; 
• estágio de saco terminal (26ª semana ao 
nascimento): os sacos alveolares organizam-se nas 
extremidades dos bronquíolos respiratórios, e o 
epitélio dos alvéolos diferencia-se nos pneumócitos do 
tipo I e nos pneumócitos do tipo II; 
• estágio pós-natal (do nascimento até os oito anos): 
há inicialmente um aumento de tecido conjuntivo 
entre os sacos alveolares, mas depois há uma 
diminuição, favorecendo as trocas gasosas. 
Resumo: Desenvolvimento embrionário do pulmão. 
Aos 26 dias, o pulmão aparece primeiro como uma 
protrusão do intestino anterior. Aos 33 dias, o broto 
pulmonar se ramifica e os brônquios principais futuros 
penetram no mesênquima, aos 37 dias. As vias aéreas 
para os brônquios lobar e segmentar inicial se 
formaram aos 42 dias. 
 ESTRUTURA 
É formado pelas vias respiratórias e pulmões que 
fornecem ao sangue oxigênio para a respiração celular 
e retiram dele o dióxido de carbono. O diafragma e a 
laringe controlam o fluxo de ar pelo sistema, que 
também pode produzir o som na laringe, que depois é 
transformado em fala pela língua, dentes e lábios. 
Sentido do ar no aparelho respiratório: 
Nariz externo → Cavidade nasal → Seios paranasais → 
Nasofaringe → Laringofaringe → Laringe → Traqueia → 
Brônquios → Bronquíolos → Ductos alveolares → Sacos 
alveolares → Alvéolos 
O Sistema Respiratório pode ser dividido de acordo 
com sua estrutura anatômica em porção superior e 
inferior, e funcionalmente em porção condutora e 
respiratória. 
PORÇÃO SUPERIOR → Cavidades nasais, seios 
paranasais e faringe 
PORÇÃO INFERIOR → Laringe, traqueia, pulmões, 
brônquios, bronquíolos, canais alveolares e alvéolos. 
PORÇÃO CONDUTORA → Tem a função de 
acondicionar o ar, fazendo com que ele seja aquecido, 
umidificado, além disso, tem a função de retirar do ar 
as partículas indesejadas; Seus componentes são os 
órgãos tubulares que permitem o transporte dos gases 
inspirados e expirados para a porção respiratória. 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA → é o local onde ocorre a 
troca gasosa entre o ar e o sangue. Apresenta como 
representante os pulmões. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
 NARIZ 
 
O nariz é a parte mais proeminente da face humana. É 
a parte superior da via respiratória, pode ser 
subdividido em nariz externo, que se abre 
anteriormente para a face através das narinas, e uma 
câmara interna, dividida sagitalmente por um septo em 
cavidades esquerda e direita, que se abrem 
posteriormente para a parte nasal da faringe através 
das aberturas nasais posteriores chamadas de coanas. 
As cavidades nasais estão alojadas em uma estrutura 
de suporte composta de osso e cartilagens 
fibroelásticas. Os ossos maiores desta armação contêm 
espaços preenchidos por ar e revestidos por epitélio 
respiratório, descritos coletivamente como seios 
paranasais. Os seios paranasais e os ductos 
lacrimonasais drenam para a cavidade nasal através de 
aberturas em suas paredes laterais. 
 As funções do nariz e das cavidades nasais são: 
respiração, olfação, filtração de poeira, umidificação 
do ar inspirado, e recepção de secreções dos seios 
paranasais e dos ductos nasolacrimais. 
O nariz varia consideravelmente em tamanho e 
formato, sobretudo em decorrência de diferenças nas 
cartilagens nasais e na profundidade da glabela. 
 As aberturas posteriores ou coanas abrem-se na parte 
nasal da faringe. O septo nasal parcialmente ósseo e 
parcialmente cartilaginoso divide o nariz em duas 
cavidades estreitas. 
A parte óssea do septo geralmente está localizada no 
plano mediano até os 7 anos de idade. Depois disso, 
com frequência, desvia-se ligeiramente para um lado, 
frequentemente para a direita. 
O septo nasal possui três componentes principais: a 
lâmina perpendicular do osso etmóide; o vômer; e a 
cartilagem do septo nasal. A lâmina perpendicular, que 
forma a parte superior do septo, é muito fina e desce a 
partir da lâmina crivosa do osso etmóide. 
O vômer, um osso fino e plano, forma a parte póstero-
inferior do septo. Ele se articula com a lâmina 
perpendicular do etmóide e com a cartilagem do septo 
nasal. 
O dorso imóvel do nariz (ponte), a parte óssea superior, 
é constituído por ossos do nariz, processos frontais das 
maxilas e a parte nasal do osso frontal. A parte 
cartilaginosa e móvel do nariz consiste em cinco 
cartilagens principais e algumas menores. 
As cartilagens nasais compostas por cartilagem hialina, 
estão conectadas entre si e aos ossos do nariz pela 
continuidade do pericôndrio e periósteo, 
respectivamente. 
As cartilagens alares do nariz, em forma de U, são livres 
e móveis. Elas dilatam ou constringem as narinas 
quando os músculos nasais externos se contraem. As 
cavidades nasais, que têm por entrada as narinas, 
abrem-se na parte nasal da faringe através das coanas. 
A túnica mucosa reveste toda a cavidade, exceto o 
vestíbulo. A entrada para o vestíbulo do nariz é 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
revestida por pele tanto no lado dosepto quanto na 
parede lateral. 
A pele estende-se até o vestíbulo do nariz, onde tem 
um número variável de pelos rígidos (vibrissas). Como 
geralmente estão úmidos, esses pelos filtram 
partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. 
A mucosa nasal, que se liga firmemente ao periósteo e 
pericôndrio das estruturas de sustentação do nariz é 
contínua com o revestimento de todas as câmaras com 
as quais as cavidades nasais se comunicam: a parte 
nasal da faringe atrás, os seios paranasais acima e 
lateralmente, e o saco lacrimal e túnica conjuntiva 
ocular. O septo nasal é recoberto por mucosa, exceto 
na parte do vestíbulo. A área dos dois terços inferiores 
da mucosa nasal é denominada região respiratória e o 
terço superior é a região olfatória. 
O ar que passa na região respiratória é aquecido e 
umedecido antes de atravessar o restante da via 
respiratória superior até os pulmões. Amarelada em 
pessoas vivas, a região olfatória da mucosa nasal 
contém o órgão periférico do olfato. As células 
funcionais relacionadas com a olfação, denominadas 
células receptoras olfatórias, localizam-se na mucosa 
da região olfatória do nariz. Os axônios das células 
olfatórias, que constituem os nervos olfatórios (NC I), 
são reunidos em 18 a 20 fascículos que atravessam os 
forames na lâmina crivosa do osso etmóide na fossa 
anterior do crânio. Estes nervos são amielínicos e, após 
atravessarem os forames na lâmina crivosa, perfuram 
a dura-máter e a aracnóide que recobre o encéfalo. 
Envolvidos por um delgado tubo de pia-máter, os 
nervos olfatórios cruzam o espaço subaracnóide que 
contém LCE e penetram nas faces inferiores dos bulbos 
olfatórios. A célula olfatória é um tipo primitivo de 
receptor sensitivo. Seu dendrito estende-se até a 
superfície do epitélio olfatório e termina como uma 
dilatação bulbosa exposta. Por isso, uma substância 
aromática tem acesso direto ao neurônio sem a 
intervenção de tecido não-nervoso. Existem, 
aproximadamente, 25 milhões de células olfatórias em 
cada metade da mucosa de adultos jovens. O número 
se reduz em pessoas idosas. 
Os dois terços inferiores da mucosa nasal são supridos 
particularmente pelo nervo trigêmeo (NC V). A mucosa 
do septo nasal é suprida principalmente pelo nervo 
nasopalatino, um ramo da divisão maxilar do nervo 
trigêmeo. Sua porção anterior é suprida pelo nervo 
etmoidal anterior (um ramo do nervo nasociliar), que é 
derivado da divisão oftálmica do nervo trigêmeo. A 
parede lateral da cavidade nasal é suprida por ramos 
nasais do nervo maxilar: pelo nervo palatino maior, e 
pelo nervo etmoidal anterior. O suprimento sanguíneo 
da mucosa do septo nasal é derivado principalmente 
da artéria maxilar. A artéria esfenopalatina, um ramo 
da artéria maxilar, supre a maior parte do sangue para 
a mucosa nasal. 
 SEIOS PARANASAIS 
A comunicação da cavidade nasal com alguns ossos do 
crânio, como o frontal, o maxilar, o esfenoide e o 
etmoide (células etmoidais), formam espaços 
preenchidos pelo ar, que denominamos seios 
paranasais, os quais podemos caracterizar em: seio 
maxilar, seio frontal, seio etmoidal e seio esfenoidal. 
Os seios paranasais são extensões cheias de ar ou 
pneumatizadas da porção respiratória da cavidade 
nasal projetadas nos ossos do crânio: frontal, etmóide, 
esfenóide e maxila. São denominados de acordo com 
os ossos no qual se localizam: seios frontal, etmoidal, 
esfenoidal e maxilar. 
 O seio frontal é superior, o seio maxilar é inferior, o 
seio etmoidal é medial e o seio esfenoidal posterior à 
órbita. 
 
 
 
 
 
 
 
 Os seios são revestidos por mucosa que é contínua 
com a mucosa da cavidade nasal. Entretanto, a mucosa 
dos seios é mais fina, menos vascular, e não tão 
aderente às paredes ósseas quanto é a mucosa nasal. 
O muco secretado pelas glândulas da mucosa dos seios 
segue para a cavidade nasal através de aberturas ou 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
óstios (encobertos pelas conchas) em suas paredes 
laterais. 
 Os seios frontais estão localizados entre as lâminas 
externa e interna do osso frontal, atrás dos arcos 
superciliares e da raiz do nariz. Entretanto, a 
proeminência dos arcos superciliares não é indicação 
do tamanho dos seios frontais subjacentes. 
Geralmente, eles são detectáveis em radiografias de 
crianças por volta de 7 anos de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O seio maxilar, ou Antro de Highmore, é o maior seio 
paranasal e está localizado no interior do osso maxilar. 
O espaço pneumático contido no interior do osso 
maxilar comunica-se com a cavidade nasal através do 
óstio sinusal maxilar no meato nasal, um segundo 
orifício, o acessório, estão em geral presentes no 
meato nasal médio, atrás do primeiro. Em algumas 
circunstâncias forma-se o que podemos chamar de 
comunicação buco-sinusal que se dá pelo acesso direto 
do espaço pneumático a cavidade bucal. O seio maxilar 
relaciona-se na parte superior com o assoalho da 
órbita, na parte inferior com o processo alveolar, na 
parte anterior com a fossa canina e posteriormente 
com a tuberosidade do maxilar. 
Os seios frontais estão localizados logo atrás dos arcos 
superciliares. Esse tipo de seio começa a se 
desenvolver após os dois anos de nascimento do 
indivíduo na extremidade ântero-superior do 
infundíbulo, ocorrendo um rápido crescimento da 
lâmina externa da região supra-orbitária que 
aparentemente afasta-se da lâmina interna, formando 
uma crista acima do bordo superior da entrada da 
órbita. Inicialmente o espaço entre estas lâminas é 
ocupado por um osso esponjoso que será substituído 
pelo seio frontal. Aproximadamente aos vinte anos, o 
crescimento do seio frontal cessa, e sua parte superior 
e lateral apresenta-se de forma extensa entre a lâmina 
interna e externa da região supraorbitária. 
O seio etmoidal, também conhecido como células ou 
vesículas etmoidais, apresenta-se na porção lateral do 
osso etmoide na parte superior das cavidades nasais 
em forma de inúmeras vesículas formando um 
labirinto. Esse seio está dividido em três grupos: 
anterior e médio, que se iniciam no meato médio do 
nariz; e posterior que se inicia no meato superior do 
nariz, coberta pela concha superior. 
 
Os seios esfenoidais, localizados no interior do osso 
esfenoide, apresentam-se de forma assimétrica, 
quando muito extenso chega a atingir as asas maiores 
do osso esfenoide e em algumas situações podem 
invadir a porção basilar do osso occipital (porção 
superior do osso esfenoide). 
 FARINGE 
A faringe é uma estrutura que faz parte tanto 
do sistema digestório quanto do sistema respiratório, 
sendo um local por onde o alimento e o ar passam. Esse 
órgão permite, por exemplo, que sejamos capazes de 
respirar mesmo quando nossas cavidades nasais estão 
obstruídas. A faringe apresenta, aproximadamente, 
12,5 cm de comprimento, é um órgão tubular 
musculomembranoso, e possui três regiões distintas: a 
nasal, a oral e a laríngea. A região nasal é chamada 
de nasofaringe, enquanto a oral é 
denominada orofaringe, e a região laríngea é 
conhecida como laringofaringe. 
A faringe apresenta três regiões: a nasal, a oral e a 
laríngea: 
A primeira região da faringe é a nasofaringe, situada 
logo atrás do nariz. Possui quatro aberturas, sendo 
duas delas para as tubas auditivas e duas para a região 
do nariz. A abertura para as tubas auditivas garante a 
comunicação entre a nasofaringe e a cavidade 
timpânica, garantindo que as pressões se igualem nas 
regiões. Um problema entre essa comunicação é que 
ela também permite que infecções que atingem a 
faringe acometam a região da orelha. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
A orofaringe surge após a nasofaringe e está situada 
logo atrás da boca. A nasofaringe e a orofaringe estão 
separadas pelopalato mole de maneira incompleta. A 
movimentação do palato mole durante a deglutição 
evita que o alimento siga para a região nasal da faringe. 
A faringe comunica-se com a boca por uma abertura 
que recebe o nome de istmo das fauces. 
Por fim, temos a laringofaringe, situada por baixo do 
osso hioide e por trás da laringe. A laringofaringe abre-
se na laringe e no esôfago. 
As tonsilas são estruturas importantes encontradas na 
região da faringe. Elas são formadas por 
tecido linfático e estão relacionadas com a defesa do 
nosso corpo, atuando na produção de linfócitos, os 
quais são importantes para garantir-se a proteção 
contra antígenos que podem estar presentes no ar e 
nos alimentos. 
As tonsilas palatinas ou amígdalas são encontradas em 
par e estão presentes na parede lateral da orofaringe. 
Essas tonsilas são maiores nas crianças do que nos 
adultos, sendo observada a involução da estrutura 
após o período de puberdade. Um problema comum 
que as afeta é a amigdalite, uma inflamação dessa 
região, a qual pode ser desencadeada por diferentes 
agentes, como vírus e bactérias. A inflamação pode 
causar dor na garganta, dor no ouvido, febre, dor de 
cabeça, formação de pus nas amígdalas e mau hálito. O 
tratamento inclui analgésicos, anti-inflamatórios e 
antibióticos, sendo esse último medicamento utilizado 
quando a infecção é bacteriana. Muitas pessoas 
realizam cirurgias para a retirada das amígdalas, porém 
a retirada da estrutura só é indicada em casos 
específicos, como casos de amigdalite de repetição. 
 LARINGE 
A laringe comunica-se com a cavidade da boca e do 
nariz através das porções laríngea e oral da faringe. 
Embora seja parte das vias aéreas, a laringe 
normalmente atua como uma válvula para evitar que o 
alimento deglutido e corpos estranhos entrem nas vias 
respiratórias inferiores. Exerce, também, função 
fonatória. 
Está localizada na porção anterior do pescoço. Em 
homens adultos, possui cerca de 5 cm de comprimento 
e está relacionada posteriormente aos corpos das 
vértebras C3 a C6. A laringe é mais curta em mulheres 
e crianças e está situada mais superiormente no 
pescoço. Esta diferença da laringe entre os sexos 
desenvolve-se normalmente na puberdade em 
homens, quando todas as cartilagens aumentam. 
A estrutura da laringe consiste em nove cartilagens 
unidas por vários ligamentos e membranas: cartilagem 
tireóidea, epiglote e cartilagem cricoide e as 
cartilagens cuneiforme, corniculada e aritenoide, que 
se apresentam em pares. 
Três cartilagens são únicas (tireóidea, cricóide e 
epiglótica), e são pares (aritenóide, corniculada e 
cuneiforme). A cartilagem tireóidea é a maior das 
cartilagens laríngeas, composta por duas lâminas 
quadriláteras. Os dois terços inferiores dessas lâminas 
são fundidos anteriormente no plano mediano para 
formar uma projeção subcutânea, denominada 
proeminência laríngea. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
A cartilagem tireoidea, conhecida vulgarmente como 
“pomo de Adão”, é formada de cartilagem hialina, e 
tem forma semelhante à de um livro aberto para trás. 
Fixada a ela, e ao osso hioide, está a epiglote. Esta 
funciona como uma espécie de “tampa”, evitando que 
substâncias líquidas e sólidas sejam encaminhadas 
para os pulmões. Abaixo da tireoide, e antes da 
traqueia, está a cartilagem elástica cricoide, ligada a 
esta primeira por uma membrana. As cartilagens 
aritenoides são móveis, possuem formato piramidal e 
estão articuladas à cricoide. Nestas se localizam as 
inserções das cordas vocais, influenciando a tensão 
destas, e de alguns músculos da glote. Já as cartilagens 
corniculada e cuneiforme estão unidas entre si, 
deslizando-se de acordo com as movimentações dos 
músculos da laringe. Essa última cartilagem, ainda, liga 
as aritenoides à epiglote. 
• 1: corno superior da 
cartilagem tireoidea. 
• 2: osso hioide. 
• 3: epiglote. 
4: lâmina da cartilagem 
tireoidea. 
• 5: ligamento vocal. 
• 6: cartilagem cricoide 
• 7: traqueia. 
• 8: corno inferior da 
cartilagem tireoidea. 
• 9: cartilagem aritenoide. 
• 10: cartilagem corniculada. 
• 11: membrana tíreo-hióidea. 
• 1: cartilagem 
corniculada; 
• 2: processo vocal 
da cartilagem 
aritenoide; 
• 3: cartilagem 
cricoide; 
• 4: cartilagem 
corniculada. 
 
 
Associados a estas estruturas cartilaginosas estão os 
músculos, exercendo a importante função de estreitar 
ou dilatar os canais responsáveis pela passagem do ar 
e de distender e relaxar as cordas vocais. 
As cordas vocais se encontram no interior da laringe, 
em dois pares. A dupla localizada na região superior é 
chamada de banda ventricular, ou cordas vocais falsas, 
sendo constituída de lâminas fibrosas. As inferiores, 
formadas por tecido fibroso, elástico e muscular, são as 
cordas vocais verdadeiras. Estas partem da tireoide, 
cada uma se ligando à aritenoide correspondente. 
Formam um “v”, quando estão relaxadas como, por 
exemplo, quando respiramos. 
 
Ao falarmos, as cartilagens aritenoides se movem, 
permitindo que as cordas vocais se estendam, 
permanecendo bem próximas. Assim, quando o ar é 
expirado, estas vibram, permitindo a formação de 
sons. A movimentação dos 
músculos da laringe, 
juntamente com a articulação 
das estruturas bucais, como 
lábios, língua, bochechas; 
permitem a modulação da voz 
e a linguagem falada. 
 TRAQUÉIA 
A traquéia é um largo tubo fibrocartilaginoso, cuja 
metade superior está no pescoço. Ela está localizada 
entre a laringe e os brônquios e desce anteriormente 
no esôfago. Inicia-se logo após a laringe e se estende 
até se ramificar em dois brônquios, os quais penetram 
nos pulmões. Em um adulto, a traqueia mede entre 15 
e 20 cm e cerca de 1,5 cm de diâmetro. Em suma, trata-
se de um tubo cartilaginoso e membranoso revestido 
por um epitélio ciliado mucoso, que funciona como 
um canal para a passagem de ar para os pulmões. 
Assim que ela entra no mediastino superior, inclina-se 
um pouco para a direita do plano mediano. A face 
posterior da traquéia é achatada onde está aplicada ao 
esôfago. Em sua estrutura, ela apresenta entre 16 e 20 
anéis cartilaginosos em forma de C, os quais são unidos 
por tecido fibroso, denominados de cartilagens 
traqueais. Essas estruturas a mantem aberta.A 
estrutura entre esses anéis é conhecida como 
ligamentos anulares. 
A parte torácica da traqueia tem 5 a 6 cm de 
comprimento. Ela termina ao nível do ângulo esternal, 
dividindo-se nos brônquios principais direito e 
esquerdo. O arco aórtico está, de início, anterior à 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
traqueia e depois à sua esquerda. Acima do arco, o 
tronco arterial braquiocefálico e a artéria carótida 
comum esquerdos estão, a princípio, anteriores e, em 
seguida, nos lados direito e esquerdo da traqueia, 
respectivamente. Estes vasos separam a traqueia da 
veia braquiocefálica esquerda. A face posterior da 
traqueia fica anterior e um pouco à direita do esôfago 
e do nervo laríngeo inferior esquerdo. Este nervo envia 
ramos para o esôfago e para a traqueia. 
A traqueia apresenta-se revestida internamente 
por epitélio cilíndrico pseudoestratificado ciliado. No 
seu interior, observa-se um muco que é formado pelas 
secreções liberadas por glândulas seromucosas e 
células caliciformes encontradas nesse local. Esse 
muco é levado para a faringe por meio de batimentos 
ciliares, que atuam varrendo impurezas. Essa 
movimentação garante que impurezas retidas no muco 
sejam deglutidas. Externamente a traqueia é revestida 
por tecido conjuntivo frouxo, que a conecta aos tecidos 
adjacentes. 
Na região posterior da traqueia a parede é formada por 
uma musculatura lisa (músculo traqueal), tecido 
conjuntivo e ausência de cartilagem, apresentando-se 
como limite superior acartilagem cricoide, localizada 
entre a 6ª e 7ª vértebra cervical, anterior ao esôfago. A 
porção final da traqueia é denominada de carina 
traqueal, depois a traqueia se ramifica em dois 
brônquios principais, o direito e o esquerdo. 
 obstrução da traqueia e a traqueostomia 
A traqueia é um órgão que garante a passagem do ar 
em direção aos pulmões. Em algumas situações, 
essa passagem de ar pode ser comprometida, sendo 
fundamental sua desobstrução. O processo de 
desobstrução da traqueia é chamado de 
traqueostomia, e pode ser recomendado em casos de 
obstrução das vias aéreas superiores, na presença 
de tumores na garganta, em algumas cirurgias de 
cabeça e pescoço e edema, e devido a infecções 
ou queimaduras. No processo de traqueostomia, 
a traqueia um tubo é introduzido 
na região do pescoço para facilitar 
a entrada de ar. Esse tubo pode 
ser feito de plástico ou metal. Na 
maioria das vezes, a 
traqueostomia é uma condição 
provisória, entretanto, em 
determinadas situações, ela pode 
ser definitiva. 
 BRÔNQUIOS 
Os brônquios são ramificações da traqueia. Eles se 
apresentam sob a forma de pequenos tubos ou 
pequenos canais ocos com diâmetros variáveis que 
fazem parte do pulmão O brônquio acompanha a 
artéria pulmonar dentro do hilo aproximadamente 
cuneiforme do pulmão, onde ele se subdivide. Cada 
brônquio principal tem um padrão característico de 
ramificação, denominado árvore brônquica. O 
brônquio principal direito é mais calibroso, mais curto 
e mais vertical do que o esquerdo. Com cerca de 2,5 cm 
de comprimento, ele passa diretamente para o hilo do 
pulmão. O brônquio principal esquerdo tem cerca de 5 
cm de comprimento e passa inferolateralmente, abaixo 
do arco da aorta e anteriormente ao esôfago e parte 
descendente da aorta. Dentro de cada pulmão o 
brônquio se divide de uma forma constante e em 
direções também constantes, de modo que cada ramo 
supre um setor claramente definido do pulmão. 
São classificados em principais ou de primeira ordem, 
por sua semelhança a traqueia. Cada brônquio 
principal dá origem a pequenos brônquios lobares ou 
de segunda ordem. Os brônquios lobares dividem-se 
em brônquios segmentares ou terceira ordem, e os 
brônquios segmentares se dividem em bronquíolos. 
• Brônquios Principais ou Primeira Ordem: divididos 
em esquerdo e direito, sendo, um mais 
horizontalizado e de maior comprimento e outro 
mais verticalizado e calibroso. Estes apresentam-se 
em formas de anéis de cartilagem incompletos, 
semelhantes a traqueia. 
• Brônquios Lobares ou Segunda Ordem: são 
ramificações dos brônquios principais que se 
dirigem para cada lobo do pulmão, sendo dois no 
pulmão esquerdo e três no pulmão direito. 
• Brônquios Segmentares ou Terceira 
Ordem: originados a partir dos brônquios lobares, 
apresentam-se em um total de dez. Os brônquios 
segmentares estão divididos: 
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a. pulmão esquerdo: lobo superior, 4 segmentares e 
inferior, 4 segmentares e um que não está em 
contato com a árvore brônquica; 
b. pulmão direito: lobo superior, 3 brônquios 
segmentares, lobo médio. 2 brônquios segmentares 
e lobo inferior, 4 brônquios segmentares e 1 
brônquio segmentar que está mais para cima e não 
acompanha a árvore brônquica. 
Bronquíolos: originados dos brônquios segmentares, 
são constituídos apenas de tecido conjuntivo, não 
apresentando anéis cartilaginosos. Possuem o menor 
calibre dos componentes que estruturam a árvore 
brônquica. 
Outro componente da árvore brônquica são 
os alvéolos, localizados nos pulmões, são responsáveis 
pelas trocas gasosas. Os alvéolos podem apresentar-se 
isolados ou em grupos formando pequenos sacos com 
paredes finas compostas pelos pneumócitos tipo I, que 
facilitam as trocas gasosas dos alvéolos com a rede de 
capilares que os cobrem, e pelos pneumócitos tipo II, 
responsáveis por excretar o surfactante pulmonar, 
uma substância responsável pela redução da tensão 
superficial. 
 
 
 
 
 PULMÕES 
O pulmão é um órgão duplo, localizado no interior do 
tórax, e que junto a outros órgãos, está protegido pela 
caixa torácica. Sua função principal é oxigenar o sangue 
venoso. Dentro deles, o ar inspirado é posto em íntima 
relação com o sangue nos capilares pulmonares. Esse 
órgão possui forma cônica, apresentando um ápice 
superior, uma base inferior e duas faces: costal e 
mediastinal. A base está apoiada no diafragma, 
músculo estriado esquelético que separa o tórax do 
abdome, conhecida também, por exercer essa função 
de separação, como face diafragmática. 
Pulmões sadios são normalmente 
claros, amolecidos e esponjosos. 
Eles são muito elásticos e 
encolhem cerca de um terço de 
seu tamanho quando a cavidade 
torácica é aberta. Cada pulmão 
preenche o seu espaço na 
cavidade torácica e é 
radiotransparente. 
Cada pulmão tem forma cônica e está contido em seu 
próprio saco pleural. Os pulmões estão separados 
entre si pelo coração e grandes vasos no mediastino 
médio. Estão presos ao coração e traqueia por 
estruturas nos seus hilos (artérias pulmonares, veias 
pulmonares e brônquios principais) e ao pericárdio 
pelos ligamentos pulmonares. Cada um tem um ápice, 
uma base, uma raiz e um hilo. 
 O ápice do pulmão é uma extremidade superior, 
arredondada e cônica que se estende na raiz do 
pescoço através da abertura torácica superior. Devido 
à obliquidade da abertura torácica superior (entrada 
torácica), o ápice do pulmão estende-se até 3 cm acima 
da extremidade anterior da primeira costela e de sua 
cartilagem costal, e da extremidade medial da 
clavícula. Estas estruturas ósseas oferecem alguma 
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proteção ao ápice, mas sua parte bem superior é 
protegida apenas por tecidos moles. O ápice do pulmão 
é cruzado pela artéria subclávia, que produz um sulco 
na face mediastínica do órgão fixado. Entretanto, a 
artéria é separada da cúpula pela membrana supra 
pleural. 
A base do pulmão é uma face diafragmática, côncava e 
está relacionada com a cúpula do diafragma. A base do 
pulmão direito é mais profunda porque a cúpula direita 
se situa em um nível superior. Sua borda inferior é fina 
e cortante onde penetra no recesso 
costodiafragmático. 
 A raiz serve para a fixação do órgão e é a "via" para 
passagem de estruturas que entram e saem do hilo. Ela 
liga a face medial do pulmão ao coração e à traqueia e 
é circundada pela reflexão da pleura parietal para a 
visceral. 
O hilo é o local onde a raiz está fixada ao pulmão. Ele 
contém os brônquios principais, vasos pulmonares 
(uma artéria e duas veias), vasos brônquicos, vasos 
linfáticos e nervos que entram e saem do pulmão. 
As principais diferenças entre o pulmão direito e o 
esquerdo: 
• O pulmão direito tem três lobos, o esquerdo 
somente dois; 
• O pulmão direito é maior e mais pesado do que o 
esquerdo, mas é mais curto e mais largo, porque a 
cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração 
e o pericárdio projetam-se para a esquerda; 
• A borda anterior do pulmão direito é retilínea, 
enquanto a do pulmão esquerdo tem uma profunda 
incisura cardíaca. 
Os pulmões são divididos em lobos por fissuras: 
• O pulmão direito tem fissuras horizontal e oblíqua; 
• o pulmão esquerdo tem apenas a fissura oblíqua. 
 O pulmão esquerdo é dividido em lobos superior e 
inferior por uma longa e profunda fissura oblíqua, que 
se estende da sua face costal até a face medial. O lobo 
superior tem uma grande incisura cardíaca na sua 
borda anterior, onde o pulmão é escavado devido à 
saliência do coração. Isto deixa parte da face anterior 
do pericárdio ou saco pericárdico não coberta pelo 
tecido pulmonar. A parte anteroinferior do lobo 
superior tem uma pequena lingueta chamada língula. 
O lobo inferior do pulmão esquerdo é maiordo que o 
lobo superior e fica ínfero-posterior à fissura oblíqua. 
O pulmão direito é dividido em lobos superior, médio 
e inferior, pelas fissuras horizontal e oblíqua. 
A fissura horizontal separa os lobos superior e médio, 
e a fissura oblíqua separa o lobo inferior dos lobos 
superior e médio. O lobo superior é menor do que o 
pulmão esquerdo, e o lobo médio tem a forma de uma 
cunha. 
Cada pulmão tem três faces (costal, mediastínica e 
diafragmática), denominadas de acordo com as suas 
relações. A face costal do pulmão é grande, lisa e 
convexa. Ela está relacionada à pleura costal, que a 
separa das costelas, das cartilagens costais e dos 
músculos intercostais íntimos. A parte posterior desta 
face está relacionada às vértebras torácicas; por isso 
está área do pulmão é às vezes chamada parte 
vertebral da face costal. A face mediastínica do pulmão 
é côncava porque está relacionada com o mediastino 
médio contendo o pericárdio e o coração. Devido ao 
fato de dois terços do coração estarem à esquerda, a 
concavidade pericárdica é naturalmente mais profunda 
no pulmão esquerdo. A face mediastínica contém o hilo 
do pulmão, ao redor do qual a pleura forma um 
"manguito" ou cobertura. O ligamento pulmonar situa-
se inferiormente, a partir do manguito pleural ao redor 
do hilo. A face diafragmática do pulmão é 
profundamente côncava, frequentemente chamada 
base do pulmão, repousa sobre a cúpula convexa do 
diafragma. A concavidade é mais profunda no pulmão 
direito por causa da posição mais elevada da cúpula 
direita. A face diafragmática é limitada por uma fina e 
margem que se projeta no recesso costodiafragmático 
da pleura. Cada pulmão tem três bordas: anterior, 
posterior e inferior. A borda anterior do pulmão é fina 
e se sobrepõe ao pericárdio. Há uma fissura na borda 
anterior do pulmão esquerdo chamada incisura 
cardíaca. Em cada pulmão a borda anterior separa a 
face costal da face diafragmática e corresponde 
aproximadamente à borda anterior da pleura. Durante 
a inspiração profunda, a borda anterior do pulmão 
projeta-se no interior do recesso costodiafragmático 
da pleura. 
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A borda posterior do pulmão é larga e arredondada, e 
fica na profunda concavidade no lado da região 
torácica da coluna vertebral chamada goteira 
paravertebral. A borda inferior do pulmão circunscreve 
a face diafragmática do pulmão e a separa da face 
costal. Ela é fina e cortante onde se projeta no recesso 
costodiafragmático da pleura, durante todas as fases 
da respiração, mas é romba e arredondada, 
medialmente, onde separa a face diafragmática da face 
mediastínica. 
 Vascularização dos pulmões 
As raízes dos pulmões são formadas por estruturas que 
entram ou saem do pulmão pelo hilo. Elas prendem-se 
às faces mediastínicas dos pulmões, ao coração e à 
traquéia. As principais estruturas nas raízes dos 
pulmões são os brônquios principais e os vasos 
pulmonares. Outras estruturas, todas envolvidas em 
tecido conjuntivo, são as artérias e veias brônquicas, 
nervos e vasos linfáticos e linfonodos. Cada artéria 
pulmonar passa transversalmente para dentro do hilo, 
anteriormente ao brônquio. Duas veias pulmonares de 
cada lado (superior e inferior) sobem do hilo para o 
átrio esquerdo do coração. Os segmentos 
broncopulmonares são segmentos de um pulmão 
supridos por um brônquio segmentar. Dentro de cada 
segmento há mais ramificação dos brônquios. 
Cada segmento possui seu próprio brônquio, artéria e 
veias segmentares. As artérias pulmonares originam-se 
do tronco pulmonar e distribuem o sangue 
desoxigenado aos pulmões para a aeração. As artérias 
pulmonares, direita e esquerda, alcançam o hilo do 
pulmão correspondente e emitem um ramo para o 
lobo superior antes de entrar no tecido pulmonar. 
Dentro do pulmão, cada artéria pulmonar desce 
posterolateralmente ao brônquio principal e emite 
ramos para os brônquios lobares e segmentares, nas 
suas faces posteriores. Por isso, há um ramo em cada 
lobo, segmento broncopulmonar e lóbulo do pulmão. 
Os ramos terminais das artérias pulmonares dividem-
se em capilares nas paredes dos alvéolos, que são os 
sacos aerados onde ocorrem as trocas gasosas entre o 
sangue e o ar. 
As artérias brônquicas suprem de sangue o tecido 
conjuntivo da árvore brônquica. Estes pequenos vasos 
passam ao longo das faces posteriores dos brônquios 
para supri-los distalmente até os bronquíolos 
respiratórios. As duas artérias brônquicas esquerdas 
originam-se da parte superior da aorta torácica, 
superior e inferiormente ao brônquio principal 
esquerdo 
As veias pulmonares conduzem sangue oxigenado dos 
pulmões para o átrio esquerdo do coração. A partir dos 
capilares pulmonares, as veias unem-se em vasos cada 
vez maiores que se localizam principalmente nos 
septos interlobulares. 
As duas veias pulmonares de cada lado, superior e 
inferior, desembocam na face posterior do átrio 
esquerdo. A veia pulmonar superior direita drena os 
lobos superior e médio do pulmão direito e a veia 
pulmonar superior esquerda drena o lobo superior do 
pulmão esquerdo. 
As veias pulmonares inferiores direita e esquerda 
drenam os respectivos lobos inferiores. As veias 
brônquicas drenam as grandes subdivisões dos 
brônquios, mas apenas uma parcela do sangue 
fornecido pelas artérias brônquicas; parte deste 
sangue é drenado pelas veias pulmonares. 
 Inervação 
Os pulmões e a pleura visceral são inervados pelos 
plexos pulmonares anterior e posterior, que estão 
localizados anterior e posteriormente à raiz dos 
pulmões. São plexos mistos, contendo fibras vagais 
(parassimpáticas) e simpáticas. 
Estas redes de nervos são formadas pelos nervos vagos 
e troncos simpáticos. As células dos gânglios 
parassimpáticos estão localizadas nos plexos 
pulmonares e ao longo dos ramos da árvore brônquica. 
A pleura costal e a parte periférica da pleura 
diafragmática são supridas pelos nervos intercostais. 
Eles conduzem as sensações de tato e dor. A parte 
central da pleura diafragmática e a pleura mediastínica 
são supridas pelos nervos frênicos. Há dois plexos 
linfáticos ou redes de vasos linfáticos que se 
comunicam livremente. São os plexos superficial e 
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profundo. · plexo linfático superficial situa-se 
profundamente à pleura visceral, e os seus vasos 
linfáticos drenam nos linfonodos broncopulmonares 
que se localizam no hilo do pulmão. A partir deles a 
linfa drena para os linfonodos traqueobrônquicos 
superior e inferior, que estão localizados acima e 
abaixo da bifurcação da traquéia, respectivamente. 
Estes vasos linfáticos drenam o pulmão e a pleura 
visceral. · plexo linfático profundo está localizado na 
submucosa dos brônquios e no tecido conjuntivo 
peribrônquico. Não há vasos linfáticos nas paredes dos 
alvéolos. Os vasos linfáticos do plexo profundo drenam 
para os linfonodos pulmonares, que se situam no 
pulmão ao longo dos grandes ramos dos brônquios 
principais. 
Resumo geral: 
A divisão do sistema respiratório está de acordo com 
sua estrutura anatômica, em porção superior e inferior, 
com sua funcionalidade em porção condutora e porção 
respiratória. No trato respiratório superior o nariz é um 
órgão que representa a parte inicial do sistema 
respiratório, localizado no plano mediano da face, e 
anatomicamente é composto pelo nariz externo, que 
compreende a pirâmide nasal, a cavidade nasal e os 
seios paranasais. Os ossos nasais e as placas de 
cartilagem localizadas entre a base e o ápice, formam 
o dorso nasal cujo formato é variável, apresentando-se 
em três tipos: reto, côncavo e convexo. 
A cavidade nasal ou fossa nasal é uma estrutura que se 
inicia nas narinas, sendo dividida pelo septo nasal em 
esquerda e direita. Nacomunicação da cavidade nasal 
com alguns ossos do crânio, como o frontal, o maxilar, 
o esfenoide e o etmoide, formam espaços preenchidos 
pelo ar, que denominamos seios paranasais. 
A faringe é um órgão que faz parte tanto do sistema 
respiratório quanto do sistema digestório. É um canal 
muscular membranoso, que se comunica com o nariz e 
a boca, ligando-os à laringe e ao esôfago. É dividida em 
3 regiões: (1) Nasofaringe (parte superior); se 
comunica com as cavidades do nariz, através das 
coanas, e com as orelhas médias, pela tuba auditiva de 
cada lado. (2) Orofaringe (parte Intermediária); 
comunica-se com a abertura da boca através de uma 
região denominada istmo das fauces, (3) 
Laringofaringe (parte inferior); se comunica com a 
entrada da laringe (no sistema respiratório) e mais 
abaixo com a abertura do esôfago (no sistema 
digestório). 
A laringe, início da estrutura do trato respiratório 
interno, é um órgão curto, fibromuscular e está 
localizada na região mediana do pescoço, entre a 
quarta e sexta vértebras cervicais, sendo uma de suas 
funções carregar o ar inspirado para a traqueia. Além 
dos músculos e ligamentos, a laringe apresenta um 
esqueleto cartilaginoso formado pelas cartilagens da 
tireoide, cricoide, aritenoide, epiglótica, cuneiformes e 
corniculadas. A tireoide é considerada a maior 
cartilagem a compor a laringe e a cartilagem cricoide, 
em forma de anel único, liga a laringe à traqueia. 
A traqueia é um tubo vertical em forma de cilindro 
constituído por vários anéis cartilaginosos incompletos 
em forma de “C”, os quais são interligados por 
ligamentos anulares e posteriormente por musculatura 
lisa. A porção final da traqueia é denominada carina 
traqueal, depois a traqueia se divide em dois brônquios 
principais, o brônquio direito e o brônquio esquerdo. 
Os brônquios são ramificações da traqueia, se 
apresentam sob a forma de pequenos tubos ou 
pequenos canais ocos com diâmetros variáveis que 
fazem parte do pulmão. Os bronquíolos, originados dos 
brônquios segmentares, apresentam o menor calibre 
dos componentes que formam a árvore brônquica, 
porém não possuem anéis cartilaginosos. 
O pulmão é um órgão par, localizado no interior tórax. 
Apresenta-se em forma de um cone com um ápice 
superior, uma base inferior, uma face costal e medial, 
além das face diafragmática e interlobar. São dois 
pulmões, um esquerdo e um direito, ambos com seus 
respectivos lobos. Cada pulmão é revestido pela 
pleura, um saco seroso de paredes duplas contínuas 
até o hilo. A pleura divide-se em pleura pulmonar ou 
visceral, caracterizada por aderir os pulmões, e pleura 
parietal, que recobre a face costal do pulmão e está 
intimamente ligada à caixa torácica. Entre essas 
paredes forma-se um espaço preenchido por um 
líquido, conhecido como líquido pleural, que reduz o 
atrito entre elas. 
Na atividade física, os pulmões aumentam a 
capacidade de ventilação, oxigenando mais o sangue, 
enquanto o coração tem seus batimentos acelerados. 
O oxigênio é o ingrediente fundamental para a 
produção de energia. Neste processo o ar oxigenado 
entra pelo nariz e pela boca quando inspiramos, este é 
puxado pelos pulmões ao inflar. Ao contrário, o ar com 
gás carbônico é expelido de dentro para fora do nosso 
corpo na expiração. Os movimentos de expansão e 
contração dos pulmões são ininterruptos, induzidos 
pelo diafragma e por músculos do peito e das costas. 
Beatriz Castro e Silva de Albergaria Barreto Medicina – UNIFACS MR01 @biia_barreto 
O ar oxigenado para chegar nos pulmões, percorre a 
faringe, prossegue pela laringe e alcança a traqueia. 
Dentro dos pulmões o ar oxigenado ainda tem de 
passar pelas ramificações dos brônquios ou 
bronquíolos, uma rede de pequenos vasos formados 
por sucessivas divisões. O ar chega aos alvéolos, cheios 
de ar, estas bolsinhas permitem a passagem do 
oxigênio para os finos capilares sanguíneos que as 
cercam. Por fim, o oxigênio se liga às hemoglobinas, 
células vermelhas sanguíneas e é transportado pelo 
sangue ao coração, onde será bombeado para todo o 
organismo. 
Fluxo de ar: 
Para garantir a respiração, o corpo realiza dois 
movimentos respiratórios: a inspiração, que é a 
entrada de ar nos pulmões, e a expiração, que é a 
eliminação de gás carbônico. A respiração pulmonar é 
um processo em que ocorre a entrada de ar em nossos 
pulmões e sua posterior eliminação 
• Boca e nariz: aberturas que puxam o ar de fora do 
corpo para o sistema respiratório. 
• Seios da face: áreas ocas entre os ossos da cabeça 
que ajudam a regular a temperatura e a umidade do ar 
inalados. 
• Faringe (garganta): tubo que fornece ar da boca e do 
nariz para a traqueia. 
• Traqueia: passagem que liga a garganta aos pulmões. 
• Tubos brônquicos: tubos na parte inferior da traqueia 
que se conectam a cada pulmão. 
• Pulmões: dois órgãos que removem o oxigênio do ar 
e o passam para o sangue. 
Dos pulmões, a corrente sanguínea leva oxigênio a 
todos os órgãos e outros tecidos. 
• Os músculos e ossos ajudam a mover o ar inspirado 
para dentro e para fora dos pulmões. 
Alguns dos ossos e músculos do sistema respiratório 
incluem: 
• Diafragma: músculo que ajuda os pulmões a puxar o 
ar e empurrá-lo para fora 
• Costelas: ossos que circundam e protegem os 
pulmões e coração 
Na expiração, o sangue carrega dióxido de carbono e 
outros resíduos para fora do corpo. Outros 
componentes que atuam com os pulmões e vasos 
sanguíneos incluem: 
• Alvéolos: pequenos sacos de ar nos pulmões, onde 
ocorre a troca de oxigênio e dióxido de carbono 
(hematose). 
• Bronquíolos: pequenos ramos dos brônquios que 
conduzem aos alvéolos. 
• Capilares: vasos sanguíneos nas paredes dos alvéolos 
que movem oxigênio e dióxido de carbono. 
• Lobos pulmonares: seções dos pulmões - três lobos 
no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. 
• Pleura: sacos finos que circundam cada lobo 
pulmonar e separam os pulmões da parede torácica. 
Alguns dos outros componentes do sistema 
respiratório incluem: 
• Cílios: Pelos minúsculos que se movem em ondas 
para filtrar a poeira e outros irritantes das vias 
respiratórias. 
• Epiglote: retalho de tecido na entrada da traqueia 
que se fecha quando alguém engole para manter 
alimentos e líquidos fora das vias respiratórias. 
• Laringe (caixa de voz): órgão oco que permite falar e 
fazer sons quando o ar entra e sai.

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