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Poesia brasileira

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Poesia brasileira
A Literatura Brasileira é um desdobramento da literatura em língua portuguesa e o seu aparecimento
ocorreu durante o século XVI. No início, a nossa literatura era bastante ligada à Literatura portuguesa e,
com o passar do tempo, ela ganhou independência, principalmente com os movimentos romântico e
realista, no século XIX.
Dentre os vários gêneros da Literatura Brasileira, a poesia ocupa um lugar de destaque com os seus
elementos únicos, como a utilização de rimas, metáforas e imagens.
Foto:
Reprodução
O estilo da poesia brasileira
A história da poesia brasileira tem início no século XVI, com a chegada do jesuíta José de Anchieta. No
decorrer dos séculos, a poesia do Brasil passou por várias escolas, até chegar ao final do século XX,
com o pós-modernismo.
O estilo da poesia brasileira pode ser dividido em poesia existencial, poesia lírica e poesia social. Na
poesia existencial, os temas são as grandes experiências da vida, como a angústia, dúvida, solidão,
velhice e morte, e destacam-se as obras da segunda geração do Modernismo, a chamada “geração de
1930”, com poetas como Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Vinícius de Moraes
A poesia lírica é centrada na primeira pessoa do discurso (o “eu lírico”) e é marcada pela subjetividade,
com a expressão das emoções do sujeito. Já a poesia social tem como temas as questões políticas e
sociais, como, por exemplo, a poesia abolicionista de Castro Alves (no Romantismo) e os poemas de
Drummond que foram escritos na época da 2ª Guerra Mundial e publicados em seu livro intitulado “A
rosa do povo”, de 1945.
Os autores e os livros de poesia brasileira
Na Literatura Brasileira, vários autores dedicaram-se à poesia. Dentre os poetas e poetisas brasileiros,
alguns dos mais conhecidos são os seguintes: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília
Meireles, Mario Quintana, Vinicius de Moraes, Castro Alves, Adélia Prado, Hilda Hilst, Cora Coralina,
Ana Cristina Cesar e muitos outros.
Confira alguns dos livros que fazem parte da história da poesia brasileira:
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Brasil Colônia (séculos XVI, XVII e XVIII): Autos e Poesia, de José de Anchieta; Prosopopéia, de
Bento Teixeira; Poesias, de Gregório de Matos;
Romantismo, Realismo, Parnasianismo e Simbolismo (século XIX): Primeiros Cantos, de
Gonçalves Dias; Obras, de Álvares de Azevedo; Espumas Flutuantes, de Castro Alves; Poesias,
de Olavo Bilac;
Século XX: Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa; Eu, de Augusto dos Anjos;
Modernismo: Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade; Ritmo Dissoluto, de Manuel Bandeira;
Pau-Brasil, de Oswald de Andrade; Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade;
Após o Modernismo: Viagem, de Cecília Meireles; Poemas, Sonetos e Baladas, de Vinicius de
Moraes; Flor da Morte, de Henriqueta Lisboa; O cão sem plumas, de João Cabral de Melo Neto.
Leia a seguir um belo poema de Drummond:
Amar
Que pode uma criatura senão,
 entre criaturas, amar?
 amar e esquecer, amar e malamar,
 amar, desamar, amar?
 sempre, e até de olhos vidrados, amar?
 Que pode, pergunto, o ser amoroso,
 sozinho, em rotação universal, senão
 rodar também, e amar?
 amar o que o mar traz à praia,
 o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
 é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
 Amar solenemente as palmas do deserto,
 o que é entrega ou adoração expectante,
 e amar o inóspito, o áspero,
 um vaso sem flor, um chão de ferro,
 e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
 e uma ave de rapina.
 Este o nosso destino: amor sem conta,
 distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
 doação ilimitada a uma completa ingratidão,
 e na concha vazia do amor à procura medrosa,
 paciente, de mais e mais amor.
 Amar a nossa falta mesma de amor,
 e na secura nossa, amar a água implícita,
 e o beijo tácito, e a sede infinita.
*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas).
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