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Alzheimer 
Porque a Doença de Alzheimer acomete mais algumas pessoas (Ex. Síndrome de Down)? Quais 
os dois grupos e suas peculiaridades? Como é a cronologia dos sintomas? 
Os estudos demonstram que por volta dos 40 anos, quase 100% das pessoas com Síndrome de Down que morrem têm 
as alterações cerebrais características da Doença de Alzheimer. A proteína precursora amiloide, que dá origem ao 
fragmento – proteína amiloide tóxica (que forma as placas senis no cérebro e que danifica provavelmente as células 
cerebrais e as conexões existentes entre elas), está codificada no cromossomo 21. Uma vez que as pessoas com Síndrome 
de Down têm uma cópia extra do cromossoma 21, produzem 1,5 vezes mais proteína precursora amiloide do que as outras 
pessoas e isto parece resultar na tendência para a formação excessiva da proteína amiloide. Esta situação parece causar 
o aparecimento mais precoce das alterações cerebrais típicas da Doença de Alzheimer. No entanto, existe um número 
significativo de pessoas com Síndrome de Down com mais de 40 anos que não mostra sinais de ter Doença 
de Alzheimer. Atualmente, ainda não se compreende porque é que as alterações características da Doença de Alzheimer 
não produzem necessariamente a condição em pessoas com Síndrome de Down. 
Tendo como base a idade, a Doença de Alzheimer (DA) pode ser classificada em dois grupos: a esporádica, normalmente 
de início tardio (após os 65 anos) e a familial, de início precoce (antes dos 65 anos), que representa apenas 5% dos 
casos da Doença. A forma mais conhecida da DA é a amnésica, com prejuízo na memória recente e na capacidade de 
aprendizado de novos fatos. 
CRONOLOGIA DOS SINTOMAS: 
→ Pré-demência: Nessa fase, os sintomas são muito sutis e muitas vezes atribuídos, de forma equivocada, ao 
envelhecimento natural ou ao estresse. Nesse momento, quando se suspeita de doença de Alzheimer, pode-se aplicar 
testes neuropsicológicos que permitem revelar a doença até oito anos antes da pessoa cumprir os critérios para 
diagnóstico de Alzheimer. Além da perda de memória recente, essa fase pode incluir sintomas como mudanças sutis 
na atenção, apatia, irritabilidade e sintomas depressivos. 
→ Estágio inicial ou leve: No estágio leve, para muitos considerado o primeiro estágio, os sintomas de pré-demência se 
agravam e o paciente pode se encontrar com dificuldade para encontrar palavras, desorientado no tempo e 
no espaço e com dificuldades para tomar decisões. 
→ Estágio intermediário: No estágio intermediário, são comuns dificuldades mais evidentes no dia-a-dia, com esquecimento 
de fatos mais marcantes, como o nome de pessoas próximas; dificuldade com higiene pessoal e autocuidados; 
incapacidade de cozinhar e cuidar da casa; maior dificuldade para falar e se expressar com clareza; alucinações e 
alterações de comportamento. 
→ Estágio avançado (terminal): O estágio avançado, ou estágio terminal, cursa com prejuízo gravíssimo da memória, com 
incapacidade de registrar dados e muita dificuldade em recuperar informações antigas, como o reconhecimento de 
pessoas e locais familiares. Nessa fase, o paciente pode já não conseguir alimentar-se normalmente, apresentando 
dificuldade em deglutir, além de poder haver incontinência urinária e fecal e comportamento inadequado 
intensificado. A doença pode progredir ainda com dificuldades motoras, sendo necessário auxílio para caminhar, 
como o uso de cadeira de rodas ou até mesmo ficar acamado. Nesse estágio, o paciente apresenta alto risco de 
desenvolver infecções, escaras e necessidade de hospitalização. 
REFERÊNCIAS: 
SANTOS MONTEIRO, D. A. .; SANTOS SILVA, D. . B. .; VIEIRA DOS SANTOS, J. D. .; PEREIRA SILVA, P. . DOENÇA DE ALZHEIMER 
EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN. Revista Multidisciplinar em Saúde, p. 78, 2020. Disponível em: 
https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/281. 
Smith, Marília de Arruda CardosoDoença de Alzheimer. Brazilian Journal of Psychiatry (online). 1999, v. 21. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/S1516-44461999000600003>.

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