Visão como funciona esse sentido e a função dele

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Visão: como funciona esse sentido e a função dele
Ciências
Nós e os demais animais apresentamos receptores sensoriais, ou seja, estruturas que reagem às
mudanças nos ambientes externo e interno. Os receptores podem estar reunidos em órgãos dos
sentidos, como os da visão, por exemplo.
Na maioria dos animais, os receptores da visão são os olhos, porém, os invertebrados podem
apresentar olhos simples (ocelos) ou olhos compostos.
Função da visão
É o sentido da visão que
possibilita enxergar objetos,
cores e paisagens (Foto:
depositphotos)
Os nossos olhos têm como principal função a formação de imagens, ou seja, nos fazer enxergar. Cada
olho apresenta estruturas complexas que trabalham juntamente para este objetivo.
Objetos próximos ou afastados são reconhecidos pelos nossos olhos e as imagens são enviadas ao
cérebro de modo muito rápido.
Estrutura do olho e como é formada a imagem
O olho humano é coberto por uma camada protetora de tecido conjuntivo fibroso, chamada esclera (a
parte branca do olho), que é transparente na parte anterior, formando a córnea.
Parte da esclera e da superfície interna das pálpebras são revestidas por uma membrana, a conjuntiva.
Mais internamente temos a corioide (ou coroide), com vasos sanguíneos e melanina. Esta pode ser
vista na parte anterior da corioide, a íris.
No centro da íris existe uma abertura, a pupila (também conhecida como “menina dos olhos”), pela qual
entra a luz. Mais internamente temos a lente (ou cristalino) e o corpo vítreo (líquido bastante viscoso).
A imagem, então, se forma na retina (parte sensível do olho). Da retina parte o nervo óptico que vai até
ao cérebro.
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A formação da imagem
Os raios luminosos que chegam aos olhos são desviados ao passar pela córnea, pelo humor aquoso
(líquido claro), pela lente e pelo corpo vítreo.
Esse conjunto funciona como um sistema de lentes convergentes e forma uma imagem na retina. Essa
informação é levada ao nervo óptico, que quase instantaneamente envia os impulsos nervosos ao
cérebro, e a imagem é formada.
Doenças da visão
Presbiopia (vista cansada): com a idade, a lente perde a capacidade de acomodação,
dificultando a focalização dos objetos próximos. Essa dificuldade pode ser corrigida com lentes
convergentes – lentes para perto ou do tipo multifocal;
Hipermetropia: a pessoa com hipermetropia enxerga mal de perto. A correção é feita com lentes
convergentes, que desviam os raios luminosos de maneira que eles se aproximem, isto é,
convirjam;
Miopia: ocorre quando o globo ocular é mais longo que o normal. Normalmente a pessoa míope
aperta as pálpebras para “ver melhor”. Os raios luminosos são focalizados em um ponto antes da
retina. O míope tem dificuldade de enxergar de longe. A correção dessa dificuldade pode ser feita
com lentes divergentes. A miopia é o inverso da hipermetropia;
Astigmatismo: a curvatura defeituosa da córnea direciona os raios luminosos de maneira
desigual, fazendo com que as imagens refletidas fiquem fora de foco. A correção é feita com
lentes cilíndricas que tenham curvaturas desiguais, compensando a curvatura desigual do olho;
Daltonismo: incapacidade de identificar as cores, devido uma deficiência genética. A dificuldade
maior está nas cores vermelho e verde;
Glaucoma: problema em que o humor aquoso se acumula, provocando aumento da pressão
intraocular, que pode lesionar a nervo óptico. Deve-se procurar um oftalmologista e tratar a tempo,
caso contrário, a doença poderá provocar até cegueira irreversível (por destruição do nervo
óptico);
Catarata: doença em que a lente perde parte da transparência, dificultando a visão. É mais
comum após os 50 anos. Pode ser corrigida por meio de cirurgia na qual se retira o núcleo da
lente e coloca-se em seu lugar uma lente artificial.
Curiosidades
O olho humano pode ser comparado ao funcionamento de uma máquina fotográfica, com suas lentes,
diafragma e filme ou sensores eletrônicos (nas máquinas digitais).
Nas câmeras digitais, em vez de filme, há um sensor (um chip sensível à luz) que converte a luz em um
fluxo de elétrons, que, por sua vez, é transformado em dados digitais, armazenados no cartão de
memória da máquina ou convertidos em imagem, que é visualizada na tela de cristal líquido do
equipamento.
Outra curiosidade bem interessante é que há dois tipos de células fotossensíveis na retina: os cones e
bastonetes. Os bastonetes captam imagens mesmo com pouca luz, sendo importantes para a visão na
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obscuridade.
Nos animais de hábitos noturnos a retina é formada, principalmente, por essas células. Já os cones são
estimulados apenas por intensidades mais altas de luz.
Resumo do Conteúdo
Nesse texto você aprendeu que:
A principal função da visão é nos fazer enxergar.
Existem várias estruturas que formam nossos olhos e todas elas são importantes para a formação
da imagem.
Precisamos fazer exame de vista regularmente, pois muitas são as doenças que afetam a visão.
A máquina fotográfica possui um sistema parecido com a nossa visão.
A retina é formada por dois tipos de células importantes: cones e bastonetes.
Exercícios resolvidos
1- Qual a função da córnea e da lente?
R: A córnea é o primeiro meio de refração do feixe luminoso que incide no olho. A lente ou cristalino é
responsável por uma espécie de “ajuste focal”.
2- A cada ano no Brasil são registrados cerca de 120 mil novos casos de catarata. Através da cirurgia a
pessoa tem o cristalino substituído por outra lente intraocular que permite o que?
 R: Convergir os raios de luz, possibilitando a formação da imagem na retina.
3- Qual estrutura é responsável pela cor dos nossos olhos?
R: A íris.
4- Em situações de baixa luminosidade, quais células da retina são estimuladas?
R: Os bastonetes.
5- O que são fotorreceptores?
R: São receptores responsáveis por captar estímulos luminosos.
*Natália Duque é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Referências
» HELENE, Otaviano; HELENE, André Frazão. Alguns aspectos da óptica do olho humano. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 33, n. 3, p. 1-8, 2011.
» BAIÃO, André Francês. Simulador óptico dinâmico do olho humano. 2013. Tese de Doutorado.
Faculdade de Ciências e Tecnologia.
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