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D.9-007 O ATENDIMENTO AO PACIENTE ONCOLÓGICO: UM LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO ATUAL NAS INSTITUIÇÕES HOSPITALARES DE FLORIANÓPOLIS. ANGELA SCHILLINGS (DEPTO.DE PSICOLOGIA, UFSC) CARLA HENRIQUE (DEPTO. DE PSICOLOGIA, UFSC) IVÂNIA JANN (DEPTO. DE PSICOLOGIA, UFSC) MÔNICA DUARTE (DEPTO. DE PSICOLOGIA, UFSC) VALÉRIA MATTOS (DEPTO. DE PSICOLOGIA, UFSC) (INTRODUÇÃO) Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar o tipo de atendimento prestado pelos profissionais de saúde, que atuam nas instituições hospitalares de Florianópolis, aos pacientes de câncer. Para tanto, buscou-se conhecer as técnicas clínicas e de tratamento utilizadas, dificuldades referentes ao trabalho em oncologia, o tipo de contato estabelecido com o paciente e a família, o fornecimento de diagnóstico e prognóstico ao paciente e a família, a relevância do acompanhamento psicológico junto ao paciente e da psicologia junto a equipe técnica, bem como, o posicionamento destes profissionais frente a questões como morte, cura e a influência da religião sobre o tratamento. (METODOLOGIA) Foi composta uma amostra de 30% do total de profissionais (306) que correspondeu a 93 sujeitos, entre: assistentes sociais, atendentes e auxiliares de enfermagem, enfermeiros, médicos, nutricionistas, psicólogos e técnicos de enfermagem). O instrumento de coleta de dados foi um questionário composto por 40 perguntas abertas e fechadas, sendo que 7 referentes a dados sociográficos, 7 referentes a inserção do profissional na instituição e as 26 restantes referentes aos temas acima descritos. (RESULTADO) Observou-se que os profissionais de saúde enfrentam uma série de dificuldades no trabalho com pacientes oncológicos, sendo que estas se diversificam de acordo com o cargo ocupado na instituição. De um modo geral, como principais, os profissionais apontam a falta de recursos financeiros, a precariedade da estrutura hospitalar, bem como dificuldades pessoais relacionadas ao contato com o paciente de câncer e sua família. Os posicionamentos frente a cura do câncer, morte e a influência da religião sobre o tratamento foram bastante divergentes; de um modo geral, os profissionais mais especializados tendem a enfocar estas questões de modo científico e racional, enquanto que os menos especializados acessam suas crenças, mitos e experiências cotidianas no hospital, demonstrando um certo negativismo, principalmente em relação a cura do câncer. O acompanhamento psicológico junto ao paciente foi unanimemente apontado como necessário, bem como, a atuação do psicólogo junto a equipe; no entanto, percebeu-se que os profissionais de saúde não possuem um noção clara do trabalho da psicologia. (CONCLUSÃO) Tendo em vista estes resultados, observou-se que as diversas dificuldades levantadas pelos profissionais de saúde refletem-se diretamente no tipo de atendimento prestado ao paciente oncológico. No entanto, percebeu-se um movimento de superação quando indicavam a necessidade de um trabalho interdisciplinar na área de oncologia e principalmente a demanda de um trabalho psicológico junto a essa área. ( Departamento de Apoio a Pesquisa - UFSC, CNPq)
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