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Construção de Modelos de Dados: Cardinalidade SST Costa, Lidiane Farias Construção de Modelos de Dados: Cardinalidade / Lidia- ne Farias Costa Ano: 2021 nº de p. : 10 Copyright © 2019. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. Construção de Modelos de Dados: Cardinalidade 3 Apresentação Olá, pessoal! Espero que esteja tudo bem com vocês e que estejam animadíssimos para a aula de hoje. Iremos, neste momento, aprender sobre a construção de modelo de dados e cardinalidade. Apontaremos conceitos importantes para o assunto. Vamos ao que interessa! Partiu! 4 1. Cardinalidade Heuser (2011, p. 39) diz que “uma propriedade importante de um relacionamento é a de quantas ocorrências de uma entidade podem estar associadas a uma determinada ocorrência através do relacionamento”. Esta propriedade é denominada de cardinalidade de uma entidade, sendo que estas podem ser classificadas de duas formas: cardinalidade mínima e cardinalidade máxima (AMADEU 2015). A cardinalidade em um relacionamento é utilizada para mostrar as restrições existentes entre as entidades. Você deve estar fazendo uma pergunta agora, como assim mostrar as restrições entre as entidades? Atenção Estudo Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Imagem que representa uma mulher vestida com uma camisa amarela e um casaco marrom estudando sobre cardinalidade. Cardinalidade (máxima) – representa a quantidade de vezes que uma entidade poderá estar associada a outra entidade. O que estamos querendo dizer é que uma ocorrência de uma entidade pode estar ligada a outra ocorrência de outra entidade, ou até mesmo a várias ocorrências. 5 1.1 Cardinalidade 1:1 (um-para-um) Quando temos duas entidades que se associam e que cada ocorrência da entidade A se relaciona com uma e somente uma ocorrência da entidade B e cada ocorrência da entidade B se relaciona com uma e somente uma ocorrência da entidade A, temos o denomina- do relacionamento 1:1 (um-para-um). Um exemplo prático de 1:1 (um-para-um), por exemplo, em um modelo de currículos, cada perfil cadastrado pode possuir apenas um currículo informado, ao mesmo tempo em que cada currículo só pertence a um único. Reflita 1.2 Cardinalidade 1:N (um-para-muitos) É uma das cardinalidades mais usadas nos modelos relacionais. Quando temos duas entidades que se associam, e que cada ocorrência da entidade A se relaciona com mais de uma ocorrência da entidade B, cada ocorrência da entidade B se relaciona com uma e somente uma ocorrência da entidade A, temos um relacionamento 1:N (um-para-muitos) (ELMASRI e NAVATHE 2011). Um exemplo prático 1:N (um-para-muitos), por exemplo, em um sistema de recursos humanos, um funcionário pode ter vários de pendentes, mas cada dependente só pode estar relacionado a um funcionário principal. Observe que temos apenas duas entidades envolvidas: funcionário e dependente. 1.3 Cardinalidade N:M ou N:N (muitos-para-muitos) Quando temos duas entidades que se associam e que cada ocorrência da entidade A se relaciona com uma ou mais de uma ocorrência da entidade B, e cada ocorrência da entidade B se relaciona com uma ou mais de uma ocorrência da entidade A, temos um relaciona mento N:M ou N:N (muitos-para-muitos) (MACHADO 2014). Na prática, o relacionamento n:n é criado utilizando duas relações 1:N, e uma nova entidade é criada para representar o relacionamento. 6 Um exemplo prático de N:N (muitos-para-muitos), por exemplo, ocorre em um sistema de biblioteca: um título pode ser escrito por vários autores, ao mesmo tempo em que um autor pode escrever vários títulos. Dados Fonte: Plataforma Deduca (2021). #PraCegoVer: Imagem que representa um homem mexendo em fios azuis de alta complexidade. Cardinalidade (mínima) – define o número mínimo de vezes que uma entidade pode estar associada a outra entidade (em caráter obrigatório). Só consideramos duas cardinalidades mínimas: 0 e 1, 0 significa não obrigatório e 1 obrigatório. Para Heuser (2011, p. 39), “a cardinalidade (mínima ou máxima) de entidade em um relacionamento é o número (mínimo ou máximo) de ocorrências de entidade associadas a uma ocorrência da entidade em questão através do relacionamento”. Reflita 2. Atributos Os atributos são os detalhes de uma entidade, ou seja, quais as características ou informações que gostaríamos de representar para aquele objeto. Eles possuem um domínio, ou seja, cada atributo deve ser de um valor, isto é, um texto, um número, uma data etc. 7 Quanto à classificação dos atributos, eles podem ser: Descritivos: representam as características principais de uma entidade, tais como nome ou cor. Nominativos: além de descritivos, têm a função de definir e identificar um objeto. Nome, código, número são exemplos de atributos nominativos. Referenciais: representam a ligação de uma entidade com outra em um relacionamento. Por exemplo, uma venda possui o Código do Produto, que a relaciona com a entidade Produto. Quanto à sua estrutura, podemos ainda classificá-los como: Simples: um único atributo define uma característica da entidade. Exemplos: nome, peso. Compostos: para definir uma informação da entidade, são usados vários atributos. Por exemplo, o endereço pode ser composto por rua, número, bairro etc. 3. Generalização de abstração A generalização de abstração é formada quando temos uma entidade que possui características comuns e uma outra entidade que irá utilizar essas características e ainda possuir características que são exclusivamente dela. Por exemplo, a classe cliente é a generalização da classe pessoa física e pessoa jurídica que são especialistas, pois toda entidade pessoa física ou jurídica é um cliente. 8 Existem duas formas de representarmos a generalização: a parcial e a total. A generalização parcial significa que nem toda entidade genérica irá possuir uma ocorrência na entidade especializada. Na generalização total, toda entidade genérica sempre terá uma ocorrência da entidade especializada (SILBERSCHATZ 2006). 3.1 Generalização total Para Heuser (2009, p. 56), “em uma generalização/especialização total para cada ocorrência da entidade genérica existe sempre uma ocorrência em uma das entidades especializadas”. 3.2 Generalização parcial e quando não a usar Não devemos usar Generalização/Especialização no caso de não existir nenhum atributo ou ligação em comum (PUGA et al 2013). Ou seja, não faz sentido ter uma entidade especializada que não possui atributos específicos ou que não tenha um relacionamento específico com outra entidade. Para Heuser (2009, p. 54): [...] além de relacionamentos e atributos, propriedades podem ser atribuídas a entidade através do conceito de generalização/ especialização. Por meio da Generalização/ especialização é possível atribuir propriedades particulares a um subconjunto das ocorrências (especializadas) de uma entidade genérica. Reflita 9 Fechamento Pessoal, hoje vimos tópicos importantes para nosso conhecimento sobre modelagem de dados. Na nossa aula, aprendemos sobre cardinalidade, construção de modelagem de dados, atributos, generalização de abstração, generalização total, generalização parcial e quando não usar a generalização parcial. Nos vemos na próxima aula! 10 Referências AMADEU, C. V. Banco de dados. São Paulo: Pearson Education, 2015. ELMASRI, R.; NAVATHE, S. Sistemas de banco de dados. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2011. HEUSER, C. A. Projeto de banco de dados. Porto Alegre: Bookman, 2009. HEUSER, C. A. Projeto de banco de dados. Porto Alegre: Bookman, 2011. MACHADO, F. N. R. Projeto e implementação de banco de dados. 3. ed. São Paulo: Érica, 2014. PUGA, S.; FRANÇA, E.; GOYA, M. Banco de dados: Implementação em SQL, PL/SQL e Oracle. São Paulo: Pearson Education, 2013. SILBERSCHATZ, A.; KORTH, H. F.; SUDARSHAN, S. Sistema de banco de dados. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2006.