Burnout x Stresse

Prévia do material em texto

Pesquisar e identificar os instrumentos de avaliação destas 2 condições de adoecimento do trabalhador e descrever de que forma estes instrumentos podem favorecer a intervenção do psicólogo
O estresse é uma atitude biológica, uma reação natural do organismo quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça, a fim de se adaptar à nova situação, o corpo reage liberando hormônios, como a adrenalina, deixando o indivíduo em estado de alerta e em condição de reagir. Existem dois tipos de estresse, o agudo, caracterizado por ser mais intenso e curto, causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras, como a perda de um ente querido, e o crônico, constante no dia a dia de forma suave, afeta a maioria das pessoas. 
Como uma reação, ele pode evoluir, passando por três fases:
Fase de alerta: Quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor;
Fase de resistência: O corpo se adapta ao problema ou o elimina, na tentativa de reestabelecer o equilíbrio. 
Fase de exaustão: Nessa fase podem surgir diversos comprometimentos físicos em forma de doença.
Entendendo sucintamente o que é o estresse e as suas fases, não é difícil compreender que a Síndrome de Burnout está ligada à fase de exaustão, mas é importante lembrar que esse estresse precisa provir da vida laboral do indivíduo para que seja caracterizado como Burnout.
Para que a intervenção seja eficiente, precisamos identificar qual das situações o indivíduo está enfrentando, o Maslach Burnout Inventory (MBI) foi o primeiro instrumento a ser criado visando avaliar a incidência da síndrome de burnout. Ele foi elaborado por Christina Maslach e Susan Jackson em 1978, e hoje tem sido um instrumento amplamente utilizado nas diversas profissões para avaliar como os profissionais vivenciam seus trabalhos. Vale ressaltar que ele é auto-administrável, e que foi primeiramente aplicado em enfermeiros, já que esses profissionais estavam incluídos no rol de profissões de natureza assistencial, que Maslach e Jackson consideravam os mais predispostos à síndrome. Além disso, esse inventário no decorrer dos anos passou por um longo processo de validação em vários países, inclusive no Brasil.