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aplicada à 2 Psicologia e sua importância na fisioterapia ................................................................................................................................ 2 As experiências individuais de adoecer ............................................................................................................................................... 4 A formação da autoimagem ........................................................................................................................................................................... 7 A personalidade ................................................................................................................................................................................................... 8 Desenvolvimento............................................................................................................................................................................................... 11 Estresse .................................................................................................................................................................................................................. 18 O fisioterapeuta e suas relações interdisciplinares ............................................................................................................. 20 O paciente terminal e a morte............................................................................................................................................................... 21 DEPRESSÃO ............................................................................................................................................................................................................ 23 Referências .......................................................................................................................................................................................................... 25 2 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Psicologia e sua importância na fisioterapia As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia são: Apesar das diferentes linhas de pensamento teóricas utilizadas, o psicólogo considera fatores estruturais e socioculturais que afetam o indivíduo na escolha da forma de abordagem e avaliação das possibilidades de trabalho. Pessoas reagem a situações desafiadoras de acordo com suas experiências e expectativas, com nítidos reflexos psíquicos e fisiológicos. Assim, mesmo fato que pode representar motivo de estresse acentuado para uns, para outros não passa de um agradável estímulo. Psicologia e a Fisioterapia: O trabalho do fisioterapeuta exige o toque no outro, apesar da ética e cuidados do profissional, o toque desencadeia reações negativas ou positivas no paciente, pois as pessoas reagem de forma diferente a proximidade física de outros. Toda a técnica será insuficiente se o relacionamento entre o fisioterapeuta e o seu paciente não for adequado. É necessário que o profissional conheça as expectativas da pessoa que receberá o tratamento, seu estado emocional diante da doença, seu grau de ansiedade e avaliar que tipo de relação o paciente tem consigo mesmo e com os outros, seus valores, o lugar que ocupa na família, crenças, a realidade socioeconômica e cultural da pessoa, enfim, todas as informações sobre a pessoa ajudarão na avaliação sobre os possíveis recursos que a pessoa dispõe, ou não, para enfrentar o adoecimento. O paciente pode mudar de comportamento durante o processo de fisioterapia por várias razões. Dependendo da situação, o fisioterapeuta pode encaminhar a um serviço de apoio. A psicologia busca compreender as mudanças na atividade psicológica consequentes do estado patológico porque a percepção que o indivíduo possui dos fenômenos liga-se à forma como a mente trata as diferentes sensações. O que é Psicologia? A ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento Sec. XX a Psicologia ganha status de ciência e passa a ser estudada pela neurofisiologia Demonstrando que o Sistema nervoso central era responsável pelos sentimentos e pensamentos - Behaviorismo: conceito de reforço e recompensas no processo de aprendizagem, estudando apenas comportamentos que podem ser observados e medidos. - Gestalt: estuda a percepção e a sensação do movimento, os processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como este é percebido pelo sujeito. - Psicanálise: o inconsciente como objeto de estudo, quebra a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. 3 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Teorias e práticas em psicologia: Para Freud, o aparelho psíquico era composto de três elementos: As pessoas são orientadas por ficções e estas são os determinantes mais importantes do nosso comportamento. Muitas pessoas apresentam grandes dificuldades para enfrentar desafios simplesmente porque não desenvolvem a visão capaz de estimulá-las. Pessoas que não conseguem se dedicar ao tratamento de recuperação física, podem estar enfrentando essa situação. Para eles, o mundo perdeu o sentido e não conseguem ver nada para o futuro. Pensar no paciente como um ser integral – corpo, mente e espírito – é imperativo. O paciente reage conforme a sua visão de mundo. Quando ela é restrita, limitada, não se consegue do paciente a dedicação para esforços substanciais. Os seres humanos adquirem uma parcela muito maior do seu repertório comportamental por modelação, isto é, pela observação do comportamento de um modelo, do que pelo condicionamento. O círculo familiar constitui um grupo especial, pela força dos laços e pela intimidade que unem seus integrantes. O fisioterapeuta vai ter que lidar com a família do paciente que pode ser colaborativa ou não. Inconsciente: existem processos mentais conscientes e inconscientes, sendo que a maior parte é inconsciente ID: parte mais primitiva e menos acessível da personalidade, constituída de conteúdos inconscientes, inatos ou adquiridos, buscam a contínua gratificação. Não conhece juízo de valores, busca sempre satisfação imediata (princípio do prazer). EGO: contato do psiquismo com a realidade externa, une e concilia as reivindicações do ID e Superego com as do mundo. Contém elementos conscientes e inconscientes (Princípio da realidade). Superego: julga, censura ou aprova o ego. Representa, em geral, as exigências da moralidade. Recompensa o ego por comportamentos aceitáveis e cria sentimento de culpa como punição para os contrários. É um erro grosseiro dissociar os problemas psicológicos e emocionais dos transtornos orgânicos. Toda agressão ao corpo provoca reflexos para mente e vice-versa Dever ético de profissionais da saúde: esforçar-se com o autoconhecimento, e assim, avaliar e criticar suas ações e os efeitos que elas possam ocasionar em pacientes. 4 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP As experiências individuais de adoecer Doença: estado no qual o funcionamento físico, emocional, intelectual, social, do desenvolvimento ou espiritual de uma pessoa está reduzido ou deteriorado em comparação com experiência anterior (Potter e Perry, 2009, s/nº p). A doença pode se apresentar de duas formas: O Estar doente As experiências individuais do adoecer põem em jogo mecanismos inconscientes de adaptação e defesa: regressão, negação e racionalização, principalmente. A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer a pessoa “deforma” a realidade – deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos psíquicos, interfere no pensamento.São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar esta deformação da realidade, chamados de Mecanismos de Defesa. São processos realizados pelo ego e são inconscientes. Para Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis protegendo, desta forma, o aparelho psíquico. A partir do diagnóstico de uma doença a pessoa não consegue conduzir sua vida da mesma forma como até então o fez, neste caso, mecanismos psíquicos inconscientes serão acionados até que ela possa enfrentar ou não a nova realidade que se vislumbra. Tais mecanismos, conforme Simonetti (2009, p. 37) são: Doença aguda: geralmente são de curta duração e não necessariamente são graves. Uma virose ou uma fratura, por exemplo. Doença crônica: normalmente são de desenvolvimento lento, duram acima de 6 meses. Exemplo: hipertensão arterial e diabetes. Negação a substituição de algum aspecto insuportável da realidade por uma ilusão desejada. É um mecanismo de defesa de que o inconsciente lança mão para se defender de sentimentos dolorosos. Racionalização processo pelo qual o indivíduo procura uma explicação coerente, do ponto de vista lógico, para uma ação ou ideia. É um serviço de censura que a pessoa exerce sobre si mesma frente a situações difíceis. Embora não permita que o paciente perceba de forma adequada sua condição, ainda é um mecanismo que permite a ele cumprir as prescrições. Regressão é uma volta a etapas anteriores do desenvolvimento emocional. Pode voltar a se comportar como a criança que foi, fica numa posição frágil, dependente, inseguro, de forma proporcional à gravidade da doença e as fantasias que o paciente tem sobre ela, sendo ou não reais 5 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP A médica Elizabeth Kübler-Ross (1926-2004) foi pioneira no estudo sobre as reações emocionais da pessoa com doença grave. Descritos como estágio de adaptação, não se manifestam seguindo uma ordem, podendo variar de acordo com o momento e a própria situação da pessoa. São eles: Os ganhos secundários de adoecer e suas consequências: Negação - a pessoa pode agir como se a doença simplesmente não existisse, ou então minimizar sua gravidade e adia as providências e cuidados necessários. Revolta - a pessoa mostra-se inconformada com o que está vivendo, por estar doente e projeta sua frustração para o outro. Depressão – é uma reação emocional aos acontecimentos negativos pelas quais a pessoa está passando e pelas perdas que poderão ocorrer. Enfrentamento – nesta posição a pessoa se sente fortalecida para enfrentar tudo o que está acontecendo: a doença, o tratamento e até mesmo a morte se essa for a situação. é mais observado no início, quando a pessoa recebe a notícia de sua doença e da gravidade da situação. A frase mais comum nesse estágio é: “Não é possível, não é comigo”. Outra reação esperada é a dúvida quanto à troca dos exames. Quanto ao isolamento, isso ocorre como uma tentativa da pessoa de fugir do sofrimento. Gradativamente, vai havendo a aceitação parcial. Negação e isolamento Raiva quando não há como negar a situação e tudo é uma certeza, a reação será de raiva e indignação. Aqui a frase comum é: “Com tanta gente ruim no mundo, por que isso foi acontecer comigo, afinal sempre fui uma boa pessoa”. A raiva é sempre projetada para o exterior através de comportamentos agressivos. Barganha nesse momento a pessoa tenta negociar com Deus ou com o que ela acredita que pode devolver-lhe a condição anterior à doença. Há uma tentativa de “troca”, o importante é resgatar a saúde e para tanto podem ser realizadas promessas, sacrifícios, enfim tudo será válido para que a doença regrida ou desapareça. Depressão aqui uma grande tristeza se abate sobre a pessoa, há um desânimo, a vontade de ficar em silencio. A pessoa lamenta para si mesma as perdas que vem acumulando devido à doença e pela possibilidade da morte. Aceitação nesse momento a pessoa conseguiu superar os estágios anteriores, principalmente a depressão. É possível para a pessoa, aceitar tanto o tratamento como também a morte Os ganhos secundários são formas de compensação que a pessoa ganha de outros devido a doença. Podendo prejudicar a recuperação, uma vez que o paciente tem medo de perder estes ganhos É importante que o profissional esteja atento, principalmente quando o paciente começa a apresentar comportamentos de desinteresse pelo tratamento. Por exemplo, ausências injustificáveis, ou refere sempre não sentir melhora, mesmo quando tudo indica que ela deveria existir. 6 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP A dor e suas repercussões emocionais As características da dor e suas variações, podem se apresentar das seguintes maneiras: É importante para o profissional conhecer e saber distinguir os tipos de dor, tendo em vista que ela poderá variar de acordo com o tipo e a sua duração. Quanto aos tipos, temos: É fundamental que sejam oferecidos todos os recursos possíveis para o alívio e que a pessoa nunca seja banalizada em suas queixas, pois, é comum a pessoa ter seu humor alterado, e a própria percepção da realidade se compromete diante de todo sofrimento que a dor provoca. Localização a dor pode ocorrer nos músculos, juntas, dentes, pele, ou membros amputados, caracterizando a dor fantasma. A localização também pode ser pontual e bem definida ou difusa, difícil de ser apontada. Qualidade principal sensação, ou forma que a dor toma, pode ser formigamento, queimação, ardor, pontada, latejamento, pressão, perfuração e corte, entre outros. Intensidade pode ser percebida como forte, fraca e em uma grande variedade de graduação entre os extremos “sem dor” e “dor excruciante”, ou insuportável. Frequência a dor pode ser ininterrupta ou episódica, ocorrendo em diferentes intervalos de tempo. Natureza a dor pode ser orgânica, com causa física conhecida e reconhecida ou psicogênica, sem qualquer causa física, associada ao funcionamento ou momento psicológico da pessoa. Etiologia a variável desencadeadora da dor pode ser fratura, cirurgia, artrite reumatoide, cortes acidentais, acidente químico ou pancada, entre várias outras. Duração um episódio doloroso pode permanecer por diferentes períodos, variando de alguns segundos a meses. Dor recorrente é também aguda, porque ocorre em episódios de curta duração, mas tem uma característica crônica, porque se repete ao longo de muito tempo, às vezes ao longo de quase uma vida, e não está claramente associada a uma etiologia específica, tal como ocorre com as dores agudas e crônicas. O exemplo mais conhecido de dor recorrente é a enxaqueca, na qual o paciente sofre de forte dor de cabeça intercalada por períodos livres de qualquer dor. Dor aguda desconforto que tem duração de alguns segundos a menos de seis meses. Está associada ao trauma ou lesão tecidual, algum processo inflamatório ou doenças. Exemplo: uma lesão ou trauma muscular etc. Dor crônica desconforto com duração superior a seis meses podendo durar muitos anos, geralmente acompanha alguma doença ou está associada a uma lesão tratada. Exemplo: fibromialgia, artrite reumatoide etc. 7 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP A formação da autoimagem Se desenvolve desde o nascimento até a morte, sofrendo modificações que implicam na construção contínua, e reconstrução incessante, resultante do processamento de estímulos. Durante os anos pré-escolares, a criança desenvolve de forma acentuada o seu conceito a respeito da imagem corporal. Conhece o significado das palavras "bonito" e "feio", compara sua altura com os colegas e se dá conta se é alta ou baixa e reflete a opinião que os outros têm a respeito de sua aparência. Nem sempre a imagem refletida noespelho é percebida da mesma maneira pela pessoa que se encontra em frente dele. Casos como este são considerados como distorções da autoimagem. O exemplo clássico deste tipo de distorção é das pessoas com anorexia nervosa. Estar bem consigo mesmo, ter uma relação saudável com o próprio corpo é a essência para uma vida com equilíbrio. Todo corpo carrega em si a história de uma existência. A fase da adolescência é considerada como o período mais crítico para a formação da imagem corporal. As transformações corporais nessa fase ocorrem de maneira muito rápida e na maior parte das vezes a maturidade psicológica e a mental não acompanham as mudanças físicas. A autoestima Há em todas as pessoas, um potencial favorável ou não para o desenvolvimento da autoestima, tendo em vista que a relação que a pessoa tem consigo mesma pode ser de amor e afeto ou de desprezo e desprazer. Pessoas com baixa autoestima são aquelas que apresentam maior dificuldade no relacionamento interpessoal. A crença na vida e no sucesso pessoal são metas inalcançáveis para esse tipo de pessoa, pois o sentimento que os move é o de inferioridade, tanto com relação às pessoas como consigo mesmo. Todo profissional deve estar atento a pessoas que apresentam as características de baixa autoestima, afinal, recuperar-se pode representar algo que não condiz com o seu “merecimento”. Desta forma, o tratamento pode arrastar-se por muito tempo e dificilmente será sentido como uma melhora significativa. Dor fantasma Quando há a sensação de dor no membro amputado Segundo Fisher, a dor no membro fantasma pode ser prevenida quando os pacientes são encorajados a expressar o sofrimento da perda, o que nos remete ao valor não só fisiopatológico, mas emocional da dor fantasma. A imagem corporal é a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos. É a representação mental do nosso próprio corpo. A imagem corporal do bebê amadurece aos poucos, tendo percepção da existência do corpo individual por volta dos 18 meses. Autoimagem é o que pensamos de nós mesmos Autoestima é o sentimento que a pessoa tem sobre si mesmo como um todo 8 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP A personalidade Friedman e Schustack (2007) comentam que a psicologia da personalidade, realiza seus estudos científicos sobre as forças psicológicas que tornam as pessoas únicas. Abaixo as principais teorias da personalidade, conforme descrito por Morris e Maisto (2004, p.343): A importância dos vínculos afetivos na formação da personalidade De acordo com estudiosos, para que haja um vínculo positivo da pessoa com o mundo, é necessário que suas primeiras relações com o meio tenham sido desenvolvidas em uma base segura, que fará com que a criança sinta que mundo é um lugar confiável. Concluímos que para que a pessoa desenvolva uma personalidade saudável, é necessário que exista uma pessoa, não necessariamente a mãe biológica, mas alguém que ofereça apoio e confiança desde o seu nascimento. Regulação da ambivalência na formação da personalidade Teoria psicodinâmica consideram que as origens da personalidade estão nas motivações e nos conflitos inconscientes, frequentemente, sexuais. Teoria humanista Seus autores concentram-se nas motivações positivas para o crescimento e na realização do potencial na formação da personalidade Teoria de traços Categorizam as personalidades e afirmam que as pessoas diferem de acordo com o grau que têm de determinado traço de personalidade. Teoria da aprendizagem cognitivo-social – encontram as raízes da personalidade nos modos como as pessoas pensam o ambiente, agem sobre ele e reagem a ele, ou seja, todo comportamento está baseado na interação do sujeito a partir da sua cognição (como ele pensa uma situação), as experiências passadas e de aprendizagem e do ambiente imediato. Apego Se desenvolve gradualmente, resultando no desejo do bebê de estar com uma pessoa preferida, que é percebida como mais forte, mais sábia e capaz de reduzir a ansiedade ou a perturbação. Proporciona sentimentos e segurança. O processo é facilitado pela interação entre a mãe e o bebê.. (Sadock e Sadock, 2007, p.164). Vínculo Diz respeito aos sentimentos da mãe para com seu bebê. As mães, em grande parte, não precisam de seus bebês como fonte de segurança, como no caso do comportamento de apego. O vínculo ocorre quando há contato de pele entre os dois ou quando outros tipos de contato são feitos, como pela voz ou pelo olhar. (Sadock e Sadock, 2007, p.164). Ambivalência Estado emocional em que a pessoa atraída para direções psicológicas opostas (afirmação-negação, aceitação- rejeição, amor-ódio), gerando um estado de impasse mental. Desde o início da vida da criança, a maturação anatômica, fisiológica e neurológica, somados ao desenvolvimento psicológico, vão construindo a formação da personalidade. 9 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Diante de situações de frustrações podemos observar que os sentimentos se alternam, num misto de desejo e repulsa, amor e ódio, prazer e desprazer. Todas essas experiências provocam emoções e para a criança ainda em desenvolvimento será de fundamental importância aquilo que ela introjetar dentro de si. É necessário avaliar quais os sentimentos que irão prevalecer. Distúrbios graves de personalidade Agrupa-se os transtornos de personalidade em três classes: Vários indivíduos exibem traços que não são limitados a um único transtorno de personalidade. Quando não são satisfeitos os critérios para mais de um, os clínicos devem diagnosticar cada condição (Sadock e Sadock, 2007, p.853) Grupo A cobre os transtornos de personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípica; os indivíduos com tais condições costumam ser percebidos como estranhos e excêntricos. Grupo B é formado pelos transtornos da personalidade antissocial, borderline, histriônica e narcisista; os indivíduos incluídos nesta categoria parecem dramáticos, emocionais e erráticos. Grupo C inclui os transtornos da personalidade esquiva, dependente e obsessivo- compulsiva e uma categoria denominada transtornos de personalidade sem outra especificação; nesses casos, os pacientes parecem ansiosos e medrosos. Transtorno da personalidade paranoide Se caracterizam por suspeita e desconfiança, persistentes das pessoas em geral. Recusam responsabilidades por seus próprios sentimentos e atribuem-na aos outros. Costumam ser hostis, irritáveis e raivosos. Fanáticos, coletores de injustiças, cônjuges patologicamente ciumentos e maníacos litigantes muitas vezes têm essa condição. Transtorno da personalidade esquizoide É diagnosticado em pacientes que exibem um padrão de reclusão social por toda a vida. Seu desconforto com as interações humanas, sua introversão e seu afeto embotado e restrito são notáveis. Os indivíduos com transtorno da personalidade esquizoide costumam ser vistos como excêntricos, isolados e solitários. Transtorno da personalidade esquizotípica Os pacientes com esta condição são notavelmente esquisitos ou estranhos, mesmo para pessoas leigas. Pensamento mágico, noções peculiares, ideias de referência, ilusões e desrealização são parte do seu mundo. Transtorno da personalidade antissocial Trata-se de uma incapacidade de se adaptar às normas sociais que ordinariamente governam vários aspectos do comportamento do indivíduo adolescente e adulto. Embora caracterizado por atos antissociais e criminosos de forma contínua, o transtorno não é sinônimo de criminalidade. 10 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP A partir das descrições apresentadas é importante considerar que cada uma das características dos transtornos da personalidade é uma referência para o diagnóstico da psicopatologia apresentada, sendo muito importante uma avaliação criteriosa para se estabelecer o diagnóstico.Tão importante quanto a avaliação da pessoa, é também o cuidado com a família, pois toda doença, tanto física como psíquica afeta também o ambiente onde a pessoa vive. Transtorno da personalidade Narcisista Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os outros, acreditando serem especiais e explorando os outros em suas relações sociais, tornando-se arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, ressaltando sempre suas qualidades e por vezes contando vantagens de situações. Não se importam com o sofrimento que causam nas outras pessoas e muitas vezes precisam rebaixar e humilhar os outros para que se sintam melhor. Transtorno da personalidade Borderline Paciente com tal condição se situam no limite entre a neurose e a psicose e se caracterizam por afetos, humor, comportamento, relações objetais e autoimagem extraordinariamente instáveis. O transtorno tem sido denominado também esquizofrenia ambulatória. Transtorno da personalidade histriônica As pessoas com transtorno da personalidade histriônica são excitáveis e emocionais e se comportam de forma colorida, dramática e extrovertida. Acompanhando seus aspectos bombásticos, contudo, por vezes há uma incapacidade da manutenção de relacionamentos profundos e duradouros. Transtorno da personalidade esquiva As pessoas com este transtorno exibem uma sensibilidade excessiva à rejeição e podem levar uma vida socialmente reclusa. Embora tímidas, não são associais e mostram um grande desejo de companhia, mas necessita de garantias muito fortes de aceitação sem críticas. Em geral, são descritas como tendo um complexo de inferioridade. Transtorno da personalidade dependente Indivíduos com transtorno da personalidade dependente subordinam suas próprias necessidades às dos outros, conseguem que outros assumam responsabilidades pelas áreas principais de suas vidas, têm falta de autoconfiança e podem experimentar desconforto extremo quando sozinhos por mais que um breve período. O transtorno tem sido denominado personalidade passivo-dependente. Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva Caracteriza-se por restrição emocional, tendência à ordem, perseverança, teimosia e indecisão. A manifestação essencial do transtorno é um padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade. Transtorno da personalidade sem outra especificação Transtornos que não se enquadram em nenhum dos tipos descritos anteriormente. O transtorno de personalidade passivo- agressiva e transtorno da personalidade depressiva são exemplos. Um espectro estreito de comportamento ou um traço particular – como oposicionismo, sadismo ou masoquismo – também podem ser classificados nesta categoria. Um paciente com manifestações de mais de um transtorno da personalidade, mas sem critérios plenos de qualquer um deles pode ser designado com essa classificação. 11 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Desenvolvimento Desenvolvimento físico-motor da criança de 0 a 2 anos O recém-nascido tem um crescimento acelerado nos três primeiros meses de vida. De uma condição sem coordenação motora, como é a criança após o nascimento, por volta de doze meses, ela já assumiu a postura bípede e inicia a marcha. O desenvolvimento físico da criança segue os seguintes princípios: O recém-nascido apresenta uma série de respostas físicas involuntariamente, que são desencadeadas por estímulos específicos chamados de reflexos. Alguns deles continuam presentes no adulto como piscar os olhos automaticamente quando há um sopro de ar nos olhos. Outras vezes os reflexos são adaptativos e essenciais para a sobrevivência do bebê, mas desaparecem durante o primeiro ano de vida, como é o caso de sugar e deglutir. Alguns dos reflexos chamados de primitivos e adaptativos Céfalo-caudal: seu desenvolvimento ocorre da cabeça para a cauda; Princípio próximo-distal: do interior para o exterior. Tanto o crescimento quanto o desenvolvimento motor ocorrem do centro do corpo para fora. Agarrar ao esfregar a palma da mão do bebê com o dedo: ele irá segurar o dedo com força (desaparece aos 3 ou 4 meses). Moro ao emitir um som alto próximo do bebê ou simular que ele esteja sendo derrubado: o bebê estende os braços, pernas e dedos, arqueia as costas e atira a cabeça para trás (desaparece por volta dos 6 meses). Marcha automática segurando o bebê pelas axilas e deixando seus pés tocarem uma superfície plana: o bebê fará movimentos de passos alternando os pés como se estivesse caminhando (desaparece por volta de 8 semanas). Babinski ao esfregar a sola dos pés do bebê, começando dos dedos para o calcanhar: o bebê vai abrir os dedos dos pés como um leque (desaparece por volta dos 8 a 12 meses). Natação colocar o bebê na água com o rosto voltado para baixo: o bebê fará movimentos natatórios coordenados (desaparece por volta dos 4 meses). 12 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Desenvolvimento cognitivo da criança de 0 a 2 anos Jean Piaget dividiu o desenvolvimento no que ele chamou de estágios. De acordo com ele, o primeiro estágio sensório-motor está composto por seis sub-estágios que vão fluindo de um para o outro à medida que o bebê vai adquirindo padrões mais organizados de comportamento. Desenvolvimento psicossocial da criança de 0 a 2 anos Sigmund Freud (1859-1939) desenvolveu seu trabalho sobre o desenvolvimento humano e infantil afirmando que a sexualidade está presente na pessoa desde o seu nascimento. A libido, nas palavras de Freud, é “a energia dos instintos sexuais”. No início da vida, a função sexual está ligada à sobrevivência, e, portanto o prazer é encontrado no próprio corpo. Para ele o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. A primeira fase do desenvolvimento psicossexual Freud chamou de: Erickson propõe oito estágios do desenvolvimento psicossocial através dos quais um ser humano em desenvolvimento saudável deveria passar da infância para a idade adulta. É importante que cada fase do desenvolvimento seja bem resolvida para que a fase seguinte possa ser superada sem problemas. De acordo com Erickson, os bebês, nos primeiros 18 meses de vida, 00 – 01 mês: o bebê apresenta-se centrado nas estruturas básicas (reflexos e sentidos). 01 – 04 meses: experimentação com o próprio corpo, como por exemplo, colocar o dedo na boca, experiências que ocorrem, inicialmente por acaso e, posteriormente, já intencionalmente. 04 – 10 meses: experimentação com objetos externos, como por exemplo, o móbile. Compreende, no final deste sub-estágio, que suas ações produzem efeitos externos. Ex.: bater a mão no móbile e este se mover. 10 – 12 meses: combinação de ações para alcançar um objetivo 12 – 18 meses: busca novas maneiras de manipular, de brincar com os objetos. Ex: neste momento as capacidades motoras também já são mais amplas. 18 – 24 meses: a criança já se utiliza de imagens e palavras para significar os objetos. Fase oral (de 0 a 2 anos) a manifestação mais precoce é a sucção, que tende a ser exercida por si mesma na ausência de um estímulo específico em outros objetos ou regiões do corpo, tornando-se estas, zonas erógenas, isto é, geradoras de prazer. Confiança versus desconfiança básica: confiança na mãe ou no principal cuidador e na própria capacidade de fazer as coisas acontecerem. O elemento essencial para que a confiança seja estabelecida é um apego inicial seguro. A desconfiança vem do oposto, ou seja, quando não há uma pessoa que estabeleça um vínculo seguro e há negligência no cuidado com a criança, ela crescerá com sentimento de que o mundo não é um lugar seguro. Evidentemente isso irá refletir na relação dela com o mundo quando adulta. 13 Yohanna Pereira Cubillos- Fisioterapia - UNIP experimentam a primeira de oito crises e que irão influenciar o desenvolvimento da personalidade por toda vida: Desenvolvimento físico-motor da criança de 2 a 6 anos Nessa fase o desenvolvimento motor da criança tem grandes avanços, ela pode pular, saltar, correr, envolvendo os grandes músculos corporais. Desenvolvimento cognitivo da criança de 2 a 6 anos De acordo com Piaget nesta fase a criança viverá o segundo estágio do desenvolvimento cognitivo chamado de pré-operatório que segue dos 02 a 07 anos aproximadamente. O Predomínio nessa fase é o egocentrismo, pois a criança não consegue colocar-se abstratamente no lugar do outro. A leitura da realidade é parcial e incompleta, a criança prioriza aspectos que são mais relevantes aos seus olhos. Sua percepção abstrata começa a ser aguçada à medida que aumenta sua capacidade de simular, imaginar situações, figuras e pessoas semelhantes. Algumas características desta fase: Desenvolvimento psicossocial da criança de 2 a 6 anos Nesta etapa do desenvolvimento a criança viverá duas das fases do desenvolvimento psicossexual: Erick Erickson afirma que a criança precisa lidar com os seguintes conflitos: Animismo: a compreensão da realidade física é muito mais limitada do que aquela que aparece em anos adiante. A criança tende a confundir os aspectos objetivos com os subjetivos, acredita em histórias mágicas e fantasiosas e costuma atribuir vida e características aos objetos inanimados. Por exemplo: pensa que a mesa é responsável por ter batido nela. Confunde, com frequência, os sonhos com a realidade. Conservação: a criança atém-se a uma coisa por vez. Ela consegue perceber um aspecto do objeto por vez, por exemplo, se percebe o comprimento, não percebe a largura. Falta de reversibilidade: a criança não percebe que as coisas podem ser somadas ou subtraídas. A quantidade de água de um recipiente continua o mesmo, apesar de apresentar forma diferente. Fase anal a zona de erotização é o ânus (de 2 anos a 4 anos de idade). Fase fálica a zona de erotização é o órgão sexual (de 4 anos a 6 anos de idade). Autonomia versus dúvida (dos 2 aos 3 ou 4 anos) nesse momento a criança precisa treinar suas habilidades motora e mental e se orgulha de suas realizações. Se os pais dão oportunidade e liberdade para que ela possa executar tarefas simples, mas que a fazem se sentir capaz irá prevalecer o sentido de autonomia. Porém se os pais se mostram superprotetores e tiram da criança a oportunidade de exploração o sentimento será de dúvida quanto a sua própria capacidade. Iniciativa versus culpa (dos 4 aos 5 ou 6 anos aproximadamente). A criança manifesta, em geral, o desejo de executar tarefas tanto motoras como intelectuais. Os pais podem incentivar como gerar na criança sentimentos de incapacidade e culpa por não conseguir executar aquilo que esperam dela. É nessa fase que a criança descobre as diferenças sexuais e a diferença nos papéis tanto do homem como da mulher na sociedade. 14 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Desenvolvimento físico-motor da criança de 6 aos 12 anos O foco das atenções nesta fase está voltado para a vida escolar da criança. A socialização e as novas aprendizagens podem ser encaradas como um desafio, tanto para ela como para a família que também precisa se adaptar as grandes diferenças que a criança passa a apresentar em todos os aspectos do seu desenvolvimento. Desenvolvimento cognitivo da criança de 6 a 12 anos Principais características: A criança é capaz de realizar as operações matemáticas básicas; Apresenta noções de peso, volume, quantidade, classificação e seriação de objetos; O mundo concreto recebe maior atenção, já que ela pode perceber as coisas, compará-las, colocá-las em ordem, separá-las. Apresenta o raciocínio indutivo, partindo da própria experiência para o geral. A linguagem é mais socializada, considerando a perspectiva do outro. Espera que as pessoas possam se dirigir a ela de forma adequada. Desenvolvimento psicossocial da criança de 6 a 12 anos Nesta fase a criança não possui ainda uma plena compreensão de emoções dirigidas para si mesma, como a vergonha e o orgulho. Por esta razão ela encontra dificuldade para reconciliar emoções aparentemente conflitantes, ou seja, reconhecer que podem experimentar diferentes reações emocionais ao mesmo tempo. Aqui acontece a 4ª Crise do desenvolvimento e a próxima fase psicossexual: 3º Estágio – Operações concretas: é o período em que a lógica começa a desenvolver-se e a criança já consegue a seu modo, organizar e sistematizar situações e relacionar aspectos diferentes da realidade. Sua compreensão do mundo não é mais tão prática, mas ainda depende do mundo concreto para realizar abstrações. Em geral nessa fase, as crianças são menos egocêntricas do que na fase anterior e mais preparadas para tarefas que exigem raciocínio lógico embora ainda se constate que seu pensamento ainda está voltado para o aqui e agora, ou seja, para as experiências concretas. Indústria versus inferioridade esta fase coincide com o período da latência descrito por Freud. Nesta fase a criança aprende que é capaz de realizar e dominar tarefas. Quando ela recebe incentivo, aprende a ter prazer naquilo que faz e sente orgulho de estar produzindo (indústria), sentirá motivação para continuar. Ao contrário, quando sente frustração por não conseguir realizar uma tarefa, recebe excesso de críticas, por exemplo, com palavras desmotivadoras, se sentirá frustrada desenvolvendo um senso de incompetência. Latência os desejos sexuais ficam reprimidos e o interesse da criança está voltado para a socialização. 15 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Desenvolvimento físico-motor do adolescente Puberdade é um marco no que se refere às mudanças biológicas pelas quais a criança terá agora que enfrentar, e para tanto, terá que se adaptar as profundas transformações do seu corpo marcando o final da infância. Quanto à adolescência ela é marcada pelas transformações psicossociais. Podemos considerar que esta é a fase mais complexa e dinâmica do ponto de vista físico e emocional na vida do ser humano. Desenvolvimento cognitivo do adolescente Do ponto de vista cognitivo, Piaget, afirma que os adolescentes entram no nível mais elevado de desenvolvimento cognitivo e chamou esse período como: Desenvolvimento psicossocial do adolescente A principal tarefa do adolescente é confrontar a seguinte crise: É um momento difícil e faz com que o jovem busque no grupo de amigos a referência para sua identidade. E assim, é possível que ele frequente diferentes grupos, seja na escola, grupos religiosos ou tantos outros. Assim, todos os valores sociais e familiares são questionados, o que até então era aceito sem dificuldades, agora é questionado. Freud denominou a fase da adolescência como: São momentos importantes nessa fase a primeira ejaculação dos meninos por volta dos 14 anos e a primeira menstruação nas meninas por volta dos 13 anos de idade. Meninos e meninas crescem de maneira diferente. Um menino torna-se maior em geral; os ombros alargam-se, as pernas tornam-se mais longas em relação ao peito, e os antebraços mais longos em relação aos braços e à altura. A pélvis de uma menina alarga-se para facilitar o parto, e camadas de gordura formam-se logo abaixo da pele, dando-lhe uma aparência mais arredondada Período das operações formais se desenvolve a capacidade para o pensamento abstrato. Surge neste momento um modo novo e mais flexível de pensar e manipular as informações. O adolescente não está mais limitado ao aqui e agora, é capaz de compreender o tempo histórico e o espaço. Identidade versus confusão de identidade: dá-se o desenvolvimento coincide com a puberdade e adolescência. Pode ocorrer a crise de identidade,o qual Erickson tratou como crise normativa (normal). Caso o adolescente fracasse, ficará sem uma identidade sólida e por uma confusão acerca de seu próprio lugar no mundo. Fase genital: última fase descrita por Freud, precede o estado final do desenvolvimento sexual e a organização genital definitiva. A libido não está mais voltada para o próprio corpo, mas se projeta para o outro. 16 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Desenvolvimento do jovem adulto: físico, cognitivo e social Do ponto de vista físico, os jovens se encontram com suas capacidades físicas e de saúde normais e no auge do funcionamento sensório e motor. Por volta dos 20 anos, a maioria das funções corporais está plenamente desenvolvida. A acuidade visual é máxima aproximadamente dos 20 aos 40 anos; e o paladar, o olfato e a sensibilidade à dor e à temperatura geralmente permanecem inalterados até pelo menos os 45 anos. Quanto aos aspectos cognitivos do jovem adulto as estruturas intelectuais se encontram em seu apogeu. Do ponto de vista psicossocial, Erick Erickson apresenta nessa fase, a sexta crise de desenvolvimento psicossocial: A base dos relacionamentos íntimos tem início no início da vida adulta jovem. É um período de profundas mudanças nos relacionamentos pessoais no qual as pessoas estabelecem, renegociam ou consolidam laços baseados na amizade, na sexualidade e no amor. Na vida adulta jovem as amizades tendem a se basear em interesses e valores mútuos e desenvolvem-se entre pessoas da mesma geração ou da mesma etapa de vida familiar, que validam as crenças e o comportamento uma das outras. Idade adulta Com relação aos aspectos físicos ocorrem mudanças fisiológicas resultantes do envelhecimento biológico e da constituição genética, além do acúmulo de fatores comportamentais e estilos de vida. Aqui ocorre a sétima crise psicossocial: Já não há mais a preocupação com a criação ativa dos filhos e deles terem sua própria vida. Jovem Adulto – dos 20 aos 40 anos Idade adulta – dos 40 aos 65 anos. É importante que a pessoa desenvolva nessa fase hábitos saudáveis, mantenha uma alimentação equilibrada e não faça uso de substância que irão pôr em risco sua vida. Estágio do pensamento pós-formal o pensamento é mais complexo e que se caracteriza pela capacidade de lidar com as incertezas, com inconsistência e contradições. O pensamento pós-formal lida com a informação do contexto social. Intimidade versus isolamento ocorre na fase final da adolescência até os primeiros anos da maturidade (meia idade). A intimidade está na capacidade do indivíduo em estabelecer relacionamentos não somente sexuais, mas também amizades intensas e duradouras. Próximo aos 50 anos, a mulher terá a perda da menstruação, marcando assim o fim do ciclo reprodutivo e entrando na fase da menopausa Geratividade versus estagnação geratividade ou a preocupação que adultos maduros apresentam com o estabelecimento e a orientação da próxima geração. Prevendo o declínio de sua vida, as pessoas sentem a necessidade de deixar um legado. As pessoas que não encontram um escape para a geratividade tornam-se absortas em si mesmas, excessivamente entregues aos próprios prazeres ou estagnadas (inativas ou inertes). Além dos sintomas físicos como: secura vaginal, dores articulares ou musculares, dores de cabeça, fadiga, insônia, ganho de peso entre outros, ocorrem também os problemas psicológicos. 17 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Desenvolvimento Terceira Idade: físico, cognitivo e social As mudanças fisiológicas na terceira idade são altamente variáveis. Alguns sistemas corporais declinam mais rápido do que outros. Entre as mudanças mais graves estão aquelas que acometem o coração. Seu ritmo tende a tornar-se mais lento e irregular, depósitos de gordura acumulam-se ao seu redor, podendo interferir em seu funcionamento, e a pressão arterial costuma aumentar. Mudanças neurológicas, assim como declínio na velocidade perceptual, podem explicar grande parte do declínio no funcionamento da memória. Com relação à sexualidade o fator mais importante na manutenção do funcionamento sexual na terceira idade é a atividade sexual regular ao longo dos anos. Muitas pessoas mais velhas são sexualmente ativas, embora a frequência e a intensidade da experiência sexual geralmente sejam menores do que para adultos jovens. Na velhice ocorre a 8ª crise: Aproximadamente dois terços dos casos de demência podem ser causados pelo mal de Alzheimer. Já o mal de Parkinson é o segundo distúrbio mais conhecido envolvendo degeneração neurológica progressiva, caracteriza-se por tremor, rigidez, retardamento dos movimentos e postura instável. Sintomas de depressão são comuns também, mas, muitas vezes, são ignorados porque são erroneamente considerados como um acontecimento natural do envelhecimento. Algumas pessoas deprimem-se como resultado de perdas físicas e emocionais, e alguns aparentes “distúrbios cerebrais”, na verdade, devem-se à depressão. Mas a depressão pode ser abrandada se procurarem ajuda. Integridade versus desespero é necessário que o adulto mais velho avalie, resuma e aceite a própria vida para poder então aceitar o fim dela. O desespero advém daqueles que não alcançam à aceitação e percebem que o tempo é curto demais para buscar outros caminhos para si Muitos dos declínios comumente associados ao envelhecimento podem, na verdade, ser efeitos de doenças em vez de causas. São mais suscetíveis a quedas devido à perca de equilíbrio, reflexos lentos, menor força muscular e perda de visão e percepção. 18 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Estresse A vulnerabilidade hereditária, mais a preocupação com o futuro, num tempo de incertezas, de um o país que estabiliza a moeda, mas aumenta o número de desempregados, ao mesmo tempo em que a qualidade de vida piora, existem os medos do envelhecimento em más condições, e do empobrecimento, além de alimentação inadequada, pouco lazer, a falta de apoio familiar adequado e um consumismo exagerado. Todos são fatores que provocam estresse. Qualquer mudança em nossas vidas tem o potencial de causar estresse, tanto as boas quanto as más. O perigo para o organismo passa a ocorrer quando a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (responsáveis pela reação de sobrevivência/estresse) se torna crônico e repetido. Nesse momento, começam a surgir as alterações patológicas causadas pelo nível constantemente elevado desses hormônios. Três fases do estresse, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação: Definição a soma de respostas físicas e mentais a uma incapacidade de distinguir entre o real e as experiências e expectativas pessoais Estresse Fisiológico Quando a resposta é patológica, registra-se uma disfunção, que leva a distúrbios transitórios ou a doenças graves, agrava as já existentes e pode desencadear aquelas as que a pessoa é geneticamente predisposta. Fatores pessoais, familiares, sociais, econômicos e profissionais originam a sensação de estresse e seu consequente desencadeamento de doenças, que vão de uma simples azia até à queda imunológica, que pode predispor infecções e até neoplasias. a mudança é um dos mais efetivos agentes estressores. Aguda Esta é a fase em que os estímulos estressores começam a agir. Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente, e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase. Resistência Se o estresse persiste, começam a aparecer as primeiras consequências do estresse crônico: Perda de concentração, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça frequentes.Exaustão Esta é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas. 19 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Na área do sistema digestivo, é sabido por todos que o estresse pode desencadear desde uma simples gastrite, até uma úlcera Uma ativação repetida e crônica do sistema nervoso autônomo, numa pessoa que já tenha problemas de lesão da camada interna das artérias coronárias (aterosclerose), provocadas por fumo, gordura excessiva na alimentação, obesidade ou colesterol elevado etc., vai levar a muitos problemas, tais como: Os problemas ansiosos com a sintomatologia clínica, além de irritabilidade, fraqueza, nervosismo, medos, ruminação de ideias, exacerbação de atos falhos e obsessivos, além rituais compulsivos, aumentam sensivelmente. A angústia é comum e as exacerbações de sensibilidade com provocações e discussões são mais frequentes. Existem também as "fugas", que todos conhecemos. Quando não se apela para a automedicação com ansiolíticos a pessoa refugia-se na bebida e outras drogas. Além dos problemas físicos como a dor, rigidez e incapacidade de realizar as atividades de vida diárias, geradas por acometimentos, os pacientes também têm problemas sociais, econômicos e emocionais: a dor e a rigidez levam à falta de mobilidade, com resultante perda de independência que acabam causando frustração e raiva ao paciente. Isto se deve ao fato de que toda mudança que exija adaptação por parte do organismo causa um certo nível de estresse As desordens musculoesqueléticas causam efeitos adversos no potencial de trabalho, podendo resultar em desemprego, e a inabilidade nas atividades de vida diárias (AVD´s) aumentam o estresse geral tanto do paciente como de sua família (Marques e Kondo). O estresse pode ser causador e/ou agravador de uma série de doenças, que vão da asma, às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e imunológicas; todas elas relacionadas de alguma forma à ativação excessiva e prolongada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Diminuição do fluxo sanguíneo adequado para manter a oxigenação dos tecidos musculares cardíacos (miocárdio) que leva à isquemia ou até um infarto do miocárdio Queda ou o aumento do apetite, alterações de sono, irritabilidade, apatia e adinamia, torpor afetivo e perda de interesse e desempenhos sexuais são comumente encontrados. A ruptura da parede dos vasos enfraquecidos pela placa aterosclerótica, ou a trombose Alterações irregulares do ritmo cardíaco, denominadas de arritmias 20 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP O fisioterapeuta e suas relações interdisciplinares A ação de multiprofissionais deve ser entendida como a ocorrência de atividades desenvolvidas entre profissionais de diferentes especializações buscando a harmonização no ambiente de trabalho. Para que aconteçam “atos de saúde” e não atos médicos ou de outros profissionais unicamente, uma equipe multiprofissional deve implicar duas dimensões do trabalho e que são indissociáveis, conforme Bruscato et al, (2006): Nesta perspectiva multidisciplinar, podemos entender que as informações de cada profissional a respeito do cliente se complementam, mas não há uma decisão conjunta, já que essa é em geral tomada pelo médico. Para o fisioterapeuta é de grande valia a preocupação com o índice de satisfação dos sujeitos da ação do projeto desenvolvido, pois não há um excelente resultado se ele não atingir as expectativas das pessoas que foram o grande foco da construção do trabalho. Após a elaboração efetiva de projetos nas diferentes áreas de atuação do fisioterapeuta em sua prática profissional, é importante a definição do nível de atuação que ele irá trabalhar. Com relação ao atendimento ele pode ocorrer nos níveis: primário, secundário e terciário, sendo que cada um deverá desenvolver um conjunto de ações próprias a fim de evitar a instalação da doença ou atuar na prevenção ou na redução de danos que possa ocorrer como consequência da doença. Modelo Biomédico Na história da medicina até o século passado o predomínio do atendimento considerava apenas a biologia, e não os outros fatores que formavam a pessoa. Modelo Biopsicossocial Considera o ser completo, seus fatores biológicos, psicológicos e sociais no atendimento e cuidado. Articulação das ações: integração de processos de trabalho distintos, flexibilizando as fronteiras entre eles, com a preservação das respectivas especificidades e diferenças técnicas. Interação dos profissionais: as inter-relações e o vínculo entre os integrantes da equipe potencializam a realização da tarefa. Para tanto, a comunicação entre os profissionais faz parte do exercício cotidiano do trabalho. Projeto Pode ser definido como uma série de serviços relacionados, normalmente voltados para alguma produção importante e que necessita de pessoas proativas, preparo metodológico e um período significativo para ser realizado. Eficiência 1. Fazer as coisas da maneira certa 2. Resolver problemas 3. Salvaguardar os recursos aplicados 4. Cumprir o dever 5. Reduzir custos 21 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP O paciente terminal e a morte Atualmente, quando o paciente recebe o diagnóstico de uma doença grave ele passa a considerado e tratado dentro do conceito de cuidados paliativos. O trabalho da fisioterapia na equipe de cuidados paliativos tem por objetivo: Um recurso viável é redirecionar a esperança do paciente para objetivos em curto prazo e maximizando a qualidade de vida. Comunicar a verdade ao paciente permite a possibilidade de sua participação ativa nas tomadas de decisão (autonomia). A reabilitação é parte integrante dos Cuidados Paliativos porque muitos pacientes terminais são restringidos desnecessariamente até mesmo pelos familiares, quando na verdade são capazes de realizar atividades e ter independência. A reinserção do paciente em suas atividades de vida diária restaura o senso de dignidade e autoestima. O luto, fases de enfrentamento Tão difícil quanto falar sobre a morte, é também falar sobre o luto, mas como entendemos que o trabalho do profissional nem sempre se encerra com a morte do paciente, é necessário estar preparado para o apoio à família. As principais fases do luto são: O conceito de paciente terminal Muitas ainda não têm cura, como alguns tipos de câncer, Aids e moléstias degenerativas, o que faz com que alguns pacientes vivam anos com necessidade de cuidados constantes. Cuidados paliativos Abordagem que aprimora a qualidade de vida dos pacientes e família que enfrentam doenças ameaçadoras de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meios de identificação precoce, avaliação correta e tratamento. (Pessini, 2007, p.166). O Ministério da Saúde define esses cuidados como: Conjunto de ações interdisciplinares, promovido por uma equipe de profissionais da saúde e voltado para o alívio do sofrimento físico, emocional, espiritual e psicossocial de doentes com prognóstico reservado, acometidos por condições ou doenças em estágio irreversível.. Reintegrar o paciente ao convívio domiciliar, Instruir o cuidador a atender suas necessidades; Evitar internações ou tratamentos exaustivos; Estabelecer maioria dos seus potenciais diminuídos, incentivando-os a ajustar objetivos a curto prazo, aliviando seu desconforto. O luto é o processo de elaboração diante de uma perda de uma pessoa com quem vínculos foram estabelecidos. É a vivência da morte consciente. É um vínculo que se rompe de forma irreversível, quando se trata de morte concreta (Kovács, 2007, p.217) Fase de busca: ocorre o anseio pela pessoa perdida e a realidade é processada, que houve de fato uma perda. Pode haver a ilusão de que a pessoa não tenhamorrido. Podem estar presentes vários sentimentos: tristeza, raiva, medo e culpa. Antecipar possíveis complicações é de responsabilidade de todos os profissionais envolvidos, implementando as medidas preventivas necessárias. 22 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP As crianças também passam pelo processo de luto e tem no adulto o seu modelo. É comum a criança apresentar sentimento de culpa, principalmente quando ela tem menos dos seis anos e vive o período em que a fantasia, ou pensamento mágico, se confunde com a realidade. O luto patológico Há alguns fatores que devem ser observados e que são complicadores do processo de elaboração do luto: Em seu estudo sobre o luto, Parkes (1998, p.133-136) apresenta os seguintes tipos: Definir exatamente se o luto está seguindo para uma patologia ou se aquele é o tempo necessário para que a pessoa possa estar elaborando a perda, é algo difícil, tendo em vista que a linha que separa o normal do patológico pode ser muito tênue. Fase de choque: momento de conhecimento da perda, podem ocorrer reações, da anestesia até um total descontrole; Fase de desorganização e desespero: a perda já é vista como realidade. Podem estar presentes ações contraditórias: manter tudo que recorde a pessoa, e se desfazer rapidamente de tudo que possa lembrá-lo. Uma depressão reativa pode se manifestar num processo mais duradouro. Fase de reorganização: a vida pode ser reorganizada em novos patamares sem a existência daquele que morreu. Novas habilidades terão que ser aprendidas e novos relacionamentos poderão ser formados. O relacionamento com a pessoa perdida Relacionamentos carregados com ressentimentos e mágoas são mais difíceis de serem elaborados. É importante observar também se está envolvida uma relação de dependência. Perda de criança e jovens podem ser muito difíceis de serem aceitas e elaboradas. Idade e sexo do enlutado (pessoa de luto) É importante considerar se é uma criança ou um adulto e as especificidades de gênero. As causas e circunstâncias da perda As perdas rápidas e inesperadas podem causar muitas dificuldades no início, pois nenhum preparo ocorre. Muitas delas são acompanhadas de violência, tendo ampliados os fatores de risco. Corpos muito mutilados ou desaparecidos podem dificultar muito o processo do luto. Por outro lado, mortes lentas podem envolver convivência com muito sofrimento e dor, o que também pode ser penoso. A personalidade do enlutado É importante considerar como o enlutado viveu as suas experiências anteriores, as formas de enfrentamento escolhidas, características de personalidade e se existem distúrbios psiquiátricos. Estes últimos podem afetar muito ou até impedir o processo de luto. A rede social e de apoio do enlutado As pessoas sozinhas ou com famílias desorganizadas estão sob maior risco de um luto complicado. Luto crônico Luto que se prolonga de forma indefinida, mais presente em relações com forte conteúdo de dependência. A princípio é difícil caracterizá-lo como tal, já que o processo de luto tem tempos variados para cada pessoa. Luto adiado A pessoa não entra em contato com a perda, não consegue expressar os seus sentimentos, e não procede a elaboração. Luto inibido A expressão do luto está inibida e seus sinais parecem ausentes. 23 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP DEPRESSÃO As causas exatas que levam à depressão ainda não são completamente conhecidas. Não é apenas uma doença de estruturas cerebrais e o tratamento não depende exclusivamente de antidepressivos. É uma doença sistêmica (de todo o organismo). O tratamento não deve incluir apenas antidepressivos. É necessário também evitar hábitos como sedentarismo, tabagismo e má alimentação, que predispõem mais a ocorrência/surgimento de comorbidades clínicas. (Tratamento precoce e global) Como visto no tema , está relacionada a problemas como baixa imunidade, alterações dos batimentos cardíacos e acúmulo de placas de gordura no sangue. Os critérios atuais para diagnóstico da depressão, estabelecidos pela OMS e a Associação Americana de Psiquiatria: Determinam que a pessoa deve apresentar ao menos cinco alterações incluindo pelo menos um dos dois primeiros (em vermelho), devem estar presentes: Esse conjunto de sintomas deve ser apresentado pelo paciente na maior parte do dia, todos os dias e durante pelo menos duas semanas para que seja considerado como sinais de depressão. A CID-10 considera as seguintes subcategorias para episódio depressivo: episódio depressivo leve; episódio depressivo moderado; episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos; episódio depressivo grave com sintomas psicótico. Humor deprimido: a pessoa se sente triste ou vazia na maior parte do dia, quase todos os dias - ou os outros observam esses sintomas? Perda de interesse no prazer: a pessoa perdeu interesse em desempenhar as atividades normais como trabalhar ou ir a eventos sociais? A pessoa parece estar “simplesmente levando” a vida diária, sem obter qualquer prazer dela? Perda ou ganho significativo de peso: a pessoa ganhou peso ou perdeu mais de cinco por cento do peso corporal em um mês? A pessoa perdeu o interesse em comer ou reclama que a comida perdeu o sabor? Transtornos de sono: a pessoa está com dificuldades para dormir? Ou ao contrário, está dormindo demais? Incapacidade para se concentrar: a pessoa reclama de falta de memória (“simplesmente não consigo me lembrar de mais nada”) ou da incapacidade de concentrar a atenção em tarefas simples, como a leitura de um jornal? Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva: a pessoa expressa sentimentos como “você ficaria melhor sem mim” ou “sou o mal e arruíno tudo para todos que amo”? Fadiga: a pessoa se queixa de estar constantemente cansada sem energia? Pensamentos recorrentes de morte: a pessoa fala em cometer suicídio ou expressa o desejo de estar morta? Transtornos nas atividades motoras: os outros observam uma mudança no nível de atividade da pessoa? A pessoa “fica parada” ou demonstra agitação e inquietação incomuns? Episódio Depressivo Leve: Presença de humor deprimido, perda de interesse e prazer e fatigabilidade aumentada mais pelo menos dois dos outros sintomas. Nenhum dos sintomas deve estar presente em grau intenso. A duração mínima é de duas semanas. No episódio leve o indivíduo está usualmente angustiado pelos sintomas e tem alguma dificuldade em continuar com o trabalho do dia a dia e atividades sociais, mas provavelmente não irá parar suas funções completamente. 24 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Episódio Depressivo Moderado: Deve estar presente dois ou três sintomas mais típicos; e pelo menos quatro dos outros sintomas. Duração mínima de duas semanas. O indivíduo terá dificuldade considerável de continuar as atividades sociais, laborais ou domésticas. Episódio Depressivo Grave: sem sintomas psicóticos Angústia ou agitação considerável. Perda de autoestima ou sentimento de inutilidade ou culpa, provavelmente são proeminentes e o suicídio é um perigo marcante. Todos os três sintomas típicos devem estar presentes e mais pelo menos quatro outros sintomas (alguns de intensidade grave). É improvável que o paciente seja capaz de continuar suas atividades sociais, laborais ou domésticas, exceto em uma extensão muito limitada. Episódio Depressivo Grave: com sintomas psicóticos Além dos critérios para episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos há a presença de delírios, alucinações ou estupor depressivo. Os delírios envolvem ideias de pecado, pobreza ou desastres iminentes, pelos quais o paciente pode assumir a responsabilidade. Alucinações auditivas ou olfativas são usualmente de vozes difamatórias ou acusativas, ou de sujeira apodrecida ou carne em decomposição. Retardopsicomotor grave pode evoluir para estupor (ausência de respostas). 25 Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP Referências Conteúdos de Disciplina Online da UNIP, Matéria de Psicologia aplicada à Fisioterapia, no primeiro semestre de 2020. Conteúdos Slides das aulas de Psicologia aplicada à Fisioterapia da Professora Luciana Marçal. Material de apoio Artigos: 1- O modelo estrutural de Freud e o cérebro: uma proposta de integração entre a psicanálise e a neurofisiologia https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832010000600005&script=sci_abstract&tlng=pt 2- Relação fisioterapeuta-paciente e a integração corpo-mente: um estudo de caso https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932009000200008&script=sci_abstract&tlng=pt 3- Autoestima, conceitos correlatos e avaliação https://revista.pgsskroton.com/index.php/reces/article/view/22 4- A experiência do adoecer: uma discussão sobre saúde, doença e valores https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000200016&script=sci_abstract&tlng=pt 5- Psicoterapia, Dor & Complexidade: Construindo o Contexto Terapêutico https://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/a14v26n3.pdf Vídeos: 1- QUAL IMAGEM VOCÊ PASSA? COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO-VERBAL | Vivian Rio Stella https://www.youtube.com/watch?v=u9Ml9OCp6NQ 2- AUTOIMAGEM E AUTOESTIMA | LUIZ HANNS https://www.youtube.com/watch?v=jf4NpNb1LYs 3- EMPATIA: CAPACIDADE NATURAL E COMPETÊNCIA | Claudia Feitosa-Santana https://www.youtube.com/watch?v=8Hx0HXc_-Ik 4- ENVELHECER https://www.youtube.com/watch?v=hJ8MB05jOOs 5- FREUD (02) – ESTRUTURA DA PERSONALIDADE (ID, EGO, SUPEREGO) https://www.youtube.com/watch?v=MZxykE_YihI 6- FREUD (03) – ANSIEDADE E MECANISMOS DE DEFESA DO EGO https://www.youtube.com/watch?v=KtPgztSiiGo https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832010000600005&script=sci_abstract&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932009000200008&script=sci_abstract&tlng=pt https://revista.pgsskroton.com/index.php/reces/article/view/22 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000200016&script=sci_abstract&tlng=pt https://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/a14v26n3.pdf https://www.youtube.com/watch?v=u9Ml9OCp6NQ https://www.youtube.com/watch?v=jf4NpNb1LYs https://www.youtube.com/watch?v=8Hx0HXc_-Ik https://www.youtube.com/watch?v=hJ8MB05jOOs https://www.youtube.com/watch?v=MZxykE_YihI https://www.youtube.com/watch?v=KtPgztSiiGo
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