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Psicologia aplicada à Fisioterapia

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aplicada à 
2 
 
 
 
 
Psicologia e sua importância na fisioterapia ................................................................................................................................ 2 
As experiências individuais de adoecer ............................................................................................................................................... 4 
A formação da autoimagem ........................................................................................................................................................................... 7 
A personalidade ................................................................................................................................................................................................... 8 
Desenvolvimento............................................................................................................................................................................................... 11 
Estresse .................................................................................................................................................................................................................. 18 
O fisioterapeuta e suas relações interdisciplinares ............................................................................................................. 20 
O paciente terminal e a morte............................................................................................................................................................... 21 
DEPRESSÃO ............................................................................................................................................................................................................ 23 
Referências .......................................................................................................................................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Psicologia e sua importância na fisioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia são: 
 
Apesar das diferentes linhas de pensamento teóricas utilizadas, o psicólogo considera fatores 
estruturais e socioculturais que afetam o indivíduo na escolha da forma de abordagem e avaliação 
das possibilidades de trabalho. Pessoas reagem a situações desafiadoras de acordo com suas 
experiências e expectativas, com nítidos reflexos psíquicos e fisiológicos. Assim, mesmo fato que 
pode representar motivo de estresse acentuado para uns, para outros não passa de um agradável 
estímulo. 
 
Psicologia e a Fisioterapia: 
 
O trabalho do fisioterapeuta exige o toque no outro, apesar da ética e cuidados do profissional, o 
toque desencadeia reações negativas ou positivas no paciente, pois as pessoas reagem de forma 
diferente a proximidade física de outros. Toda a técnica será insuficiente se o relacionamento entre 
o fisioterapeuta e o seu paciente não for adequado. 
 
É necessário que o profissional conheça as expectativas da pessoa que receberá o tratamento, 
seu estado emocional diante da doença, seu grau de ansiedade e avaliar que tipo de relação o 
paciente tem consigo mesmo e com os outros, seus valores, o lugar que ocupa na família, crenças, 
a realidade socioeconômica e cultural da pessoa, enfim, todas as informações sobre a pessoa 
ajudarão na avaliação sobre os possíveis recursos que a pessoa dispõe, ou não, para enfrentar o 
adoecimento. 
 
O paciente pode mudar de comportamento durante o processo de fisioterapia por várias razões. 
Dependendo da situação, o fisioterapeuta pode encaminhar a um serviço de apoio. A psicologia 
busca compreender as mudanças na atividade psicológica consequentes do estado patológico 
porque a percepção que o indivíduo possui dos fenômenos liga-se à forma como a mente trata 
as diferentes sensações. 
 
O que é Psicologia? 
 
A ciência dos 
fenômenos psíquicos e 
do comportamento 
Sec. XX a Psicologia ganha 
status de ciência e passa a ser 
estudada pela neurofisiologia 
Demonstrando que o Sistema 
nervoso central era responsável 
pelos sentimentos e 
pensamentos 
- Behaviorismo: conceito de 
reforço e recompensas no processo de 
aprendizagem, estudando apenas 
comportamentos que podem ser 
observados e medidos. 
- Gestalt: estuda a percepção e a 
sensação do movimento, os processos 
psicológicos envolvidos diante de um 
estímulo e como este é percebido pelo 
sujeito. 
- Psicanálise: o inconsciente como objeto de estudo, quebra a tradição da Psicologia 
como ciência da consciência e da razão.
3 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Teorias e práticas em psicologia: 
 
Para Freud, o aparelho psíquico era composto de três 
elementos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
As pessoas são orientadas por ficções e estas são os determinantes mais importantes do nosso 
comportamento. Muitas pessoas apresentam grandes dificuldades para enfrentar desafios 
simplesmente porque não desenvolvem a visão capaz de estimulá-las. Pessoas que não conseguem 
se dedicar ao tratamento de recuperação física, podem estar enfrentando essa situação. Para eles, 
o mundo perdeu o sentido e não conseguem ver nada para o futuro. 
 
Pensar no paciente como um ser integral – corpo, mente 
e espírito – é imperativo. O paciente reage conforme a 
sua visão de mundo. Quando ela é restrita, limitada, não 
se consegue do paciente a dedicação para esforços 
substanciais. 
 
Os seres humanos 
adquirem uma 
parcela muito maior do seu repertório comportamental por 
modelação, isto é, pela observação do comportamento de um 
modelo, do que pelo condicionamento. 
 
O círculo familiar constitui um grupo especial, pela força dos 
laços e pela intimidade que unem seus integrantes. O 
fisioterapeuta vai ter que lidar com a família do paciente que pode ser colaborativa ou não. 
 
 
 
 
 
 
Inconsciente: 
existem processos mentais 
conscientes e inconscientes, sendo 
que a maior parte é inconsciente ID: parte mais primitiva e menos acessível da personalidade, 
constituída de conteúdos inconscientes, inatos ou adquiridos, 
buscam a contínua gratificação. Não conhece juízo de valores, 
busca sempre satisfação imediata (princípio do prazer). 
 
EGO: contato do psiquismo com a 
realidade externa, une e concilia as 
reivindicações do ID e Superego com as 
do mundo. Contém elementos 
conscientes e inconscientes (Princípio 
da realidade). 
Superego: julga, censura ou aprova o ego. 
Representa, em geral, as exigências da moralidade. 
Recompensa o ego por comportamentos aceitáveis 
e cria sentimento de culpa como punição para os 
contrários. 
 
É um erro grosseiro dissociar os 
problemas psicológicos e emocionais 
dos transtornos orgânicos. Toda 
agressão ao corpo provoca reflexos 
para mente e vice-versa 
 
 
Dever ético de profissionais da saúde: 
esforçar-se com o autoconhecimento, 
e assim, avaliar e criticar suas ações e 
os efeitos que elas possam ocasionar 
em pacientes. 
4 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
As experiências individuais de adoecer 
 
Doença: estado no qual o funcionamento físico, emocional, intelectual, social, do desenvolvimento ou espiritual de uma 
pessoa está reduzido ou deteriorado em comparação com experiência anterior (Potter e Perry, 2009, s/nº p). 
 
 
A doença pode se apresentar de duas formas: 
 
 
O Estar doente 
 
As experiências individuais do adoecer põem em jogo mecanismos inconscientes de adaptação e 
defesa: regressão, negação e racionalização, principalmente. 
 
A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou interno, pode ser algo muito 
constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer a pessoa “deforma” a realidade 
– deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos psíquicos, interfere no 
pensamento.São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar esta deformação da realidade, 
chamados de Mecanismos de Defesa. São processos realizados pelo ego e são inconscientes. Para 
Freud, defesa é a operação pela qual o ego exclui da consciência os conteúdos indesejáveis 
protegendo, desta forma, o aparelho psíquico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir do diagnóstico de uma doença a pessoa não consegue conduzir sua vida da mesma forma 
como até então o fez, neste caso, mecanismos psíquicos inconscientes serão acionados até que 
ela possa enfrentar ou não a nova realidade que se vislumbra. Tais mecanismos, conforme Simonetti 
(2009, p. 37) são: 
Doença aguda: 
geralmente são de curta duração e 
não necessariamente são graves. Uma 
virose ou uma fratura, por exemplo. 
Doença crônica: 
normalmente são de desenvolvimento 
lento, duram acima de 6 meses. 
Exemplo: hipertensão arterial e 
diabetes. 
Negação 
a substituição de algum 
aspecto insuportável da 
realidade por uma ilusão 
desejada. É um mecanismo 
de defesa de que o 
inconsciente lança mão para 
se defender de sentimentos 
dolorosos. 
Racionalização 
processo pelo qual o indivíduo 
procura uma explicação 
coerente, do ponto de vista 
lógico, para uma ação ou ideia. 
É um serviço de censura que a 
pessoa exerce sobre si 
mesma frente a situações 
difíceis. Embora não permita 
que o paciente perceba de 
forma adequada sua condição, 
ainda é um mecanismo que 
permite a ele cumprir as 
prescrições. 
Regressão 
é uma volta a etapas 
anteriores do desenvolvimento 
emocional. Pode voltar a se 
comportar como a criança que 
foi, fica numa posição frágil, 
dependente, inseguro, de 
forma proporcional à 
gravidade da doença e as 
fantasias que o paciente tem 
sobre ela, sendo ou não reais 
 
5 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
 
 
 
 
A médica Elizabeth Kübler-Ross (1926-2004) foi pioneira no estudo sobre as reações emocionais 
da pessoa com doença grave. Descritos como estágio de adaptação, não se manifestam seguindo 
uma ordem, podendo variar de acordo com o momento e a própria situação da pessoa. São eles: 
 
Os ganhos secundários de adoecer e suas consequências: 
 
 
 
 
 
Negação - a pessoa pode agir como se a doença simplesmente não existisse, ou então minimizar sua 
gravidade e adia as providências e cuidados necessários.
Revolta - a pessoa mostra-se inconformada com o que está vivendo, por estar doente e projeta sua 
frustração para o outro. 
Depressão – é uma reação emocional aos acontecimentos negativos pelas quais a pessoa está 
passando e pelas perdas que poderão ocorrer. 
Enfrentamento – nesta posição a pessoa se sente fortalecida para enfrentar tudo o que está 
acontecendo: a doença, o tratamento e até mesmo a morte se essa for a situação. 
é mais observado no início, quando 
a pessoa recebe a notícia de sua 
doença e da gravidade da 
situação. A frase mais comum 
nesse estágio é: “Não é possível, 
não é comigo”. Outra reação 
esperada é a dúvida quanto à 
troca dos exames. Quanto ao 
isolamento, isso ocorre como uma 
tentativa da pessoa de fugir do 
sofrimento. Gradativamente, vai 
havendo a aceitação parcial. 
Negação e isolamento Raiva 
quando não há como negar a 
situação e tudo é uma certeza, a 
reação será de raiva e indignação. 
Aqui a frase comum é: “Com tanta 
gente ruim no mundo, por que isso 
foi acontecer comigo, afinal 
sempre fui uma boa pessoa”. A 
raiva é sempre projetada para o 
exterior através de 
comportamentos agressivos. 
Barganha 
nesse momento a pessoa tenta 
negociar com Deus ou com o que 
ela acredita que pode devolver-lhe 
a condição anterior à doença. Há 
uma tentativa de “troca”, o 
importante é resgatar a saúde e 
para tanto podem ser realizadas 
promessas, sacrifícios, enfim tudo 
será válido para que a doença 
regrida ou desapareça. 
Depressão 
aqui uma grande tristeza se abate sobre a pessoa, 
há um desânimo, a vontade de ficar em silencio. A 
pessoa lamenta para si mesma as perdas que vem 
acumulando devido à doença e pela possibilidade da 
morte. 
Aceitação 
nesse momento a pessoa conseguiu superar os 
estágios anteriores, principalmente a depressão. É 
possível para a pessoa, aceitar tanto o tratamento 
como também a morte 
Os ganhos secundários são formas de 
compensação que a pessoa ganha de 
outros devido a doença. Podendo 
prejudicar a recuperação, uma vez que 
o paciente tem medo de perder estes 
ganhos 
É importante que o profissional esteja atento, principalmente 
quando o paciente começa a apresentar comportamentos de 
desinteresse pelo tratamento. Por exemplo, ausências 
injustificáveis, ou refere sempre não sentir melhora, mesmo 
quando tudo indica que ela deveria existir. 
6 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
A dor e suas repercussões emocionais 
 
As características da dor e suas variações, podem se apresentar das seguintes maneiras: 
 
 
 
 
 
 
 
É importante para o profissional conhecer e saber distinguir os tipos de dor, tendo em vista que 
ela poderá variar de acordo com o tipo e a sua duração. Quanto aos tipos, temos: 
 
É fundamental que sejam oferecidos todos os recursos possíveis para o alívio e que a pessoa 
nunca seja banalizada em suas queixas, pois, é comum a pessoa ter seu humor alterado, e a própria 
percepção da realidade se compromete diante de todo sofrimento que a dor provoca. 
 
Localização 
a dor pode ocorrer nos músculos, juntas, dentes, pele, ou 
membros amputados, caracterizando a dor fantasma. A 
localização também pode ser pontual e bem definida ou difusa, 
difícil de ser apontada. 
Qualidade 
principal sensação, ou forma que a dor toma, pode ser 
formigamento, queimação, ardor, pontada, 
latejamento, pressão, perfuração e corte, entre 
outros.
Intensidade 
pode ser percebida como forte, fraca e em uma 
grande variedade de graduação entre os extremos 
“sem dor” e “dor excruciante”, ou insuportável. 
Frequência 
a dor pode ser ininterrupta ou episódica, ocorrendo em 
diferentes intervalos de tempo. 
Natureza 
a dor pode ser orgânica, com causa física conhecida e 
reconhecida ou psicogênica, sem qualquer causa física, 
associada ao funcionamento ou momento psicológico da 
pessoa. 
Etiologia 
a variável desencadeadora da dor pode ser fratura, cirurgia, artrite reumatoide, cortes acidentais, acidente químico ou 
pancada, entre várias outras. 
Duração 
um episódio doloroso pode permanecer por diferentes 
períodos, variando de alguns segundos a meses. 
Dor recorrente 
é também aguda, porque ocorre em episódios 
de curta duração, mas tem uma característica 
crônica, porque se repete ao longo de muito 
tempo, às vezes ao longo de quase uma vida, e 
não está claramente associada a uma etiologia 
específica, tal como ocorre com as dores 
agudas e crônicas. O exemplo mais conhecido 
de dor recorrente é a enxaqueca, na qual o 
paciente sofre de forte dor de cabeça 
intercalada por períodos livres de qualquer dor. 
Dor aguda 
desconforto que tem duração de alguns segundos a menos de seis 
meses. Está associada ao trauma ou lesão tecidual, algum processo 
inflamatório ou doenças. Exemplo: uma lesão ou trauma muscular etc. 
Dor crônica 
desconforto com duração superior a seis meses podendo durar 
muitos anos, geralmente acompanha alguma doença ou está 
associada a uma lesão tratada. Exemplo: fibromialgia, artrite 
reumatoide etc. 
7 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
A formação da autoimagem 
Se desenvolve desde o nascimento até a morte, sofrendo 
modificações que implicam na construção contínua, e 
reconstrução incessante, resultante do processamento de 
estímulos. 
 
Durante os anos pré-escolares, a criança desenvolve de forma 
acentuada o seu conceito a respeito da imagem corporal. Conhece o significado das palavras "bonito" 
e "feio", compara sua altura com os colegas e se dá conta se é alta ou baixa e reflete a opinião 
que os outros têm a respeito de sua aparência. 
 
Nem sempre a imagem refletida noespelho é percebida 
da mesma maneira pela pessoa que se encontra em frente dele. Casos como este são considerados 
como distorções da autoimagem. O exemplo clássico deste tipo de distorção é das pessoas com 
anorexia nervosa. 
 
Estar bem consigo mesmo, ter uma relação saudável com o próprio corpo é a essência para uma 
vida com equilíbrio. Todo corpo carrega em si a história de uma existência. 
 
A fase da adolescência é considerada como o período mais crítico para a formação da imagem 
corporal. As transformações corporais nessa fase ocorrem de maneira muito rápida e na maior 
parte das vezes a maturidade psicológica e a mental não acompanham as mudanças físicas. 
 
A autoestima 
 
Há em todas as pessoas, um potencial favorável ou não para o 
desenvolvimento da autoestima, tendo em vista que a relação que a 
pessoa tem consigo mesma pode ser de amor e afeto ou de desprezo 
e desprazer. 
 
Pessoas com baixa autoestima são aquelas que apresentam maior dificuldade no relacionamento 
interpessoal. A crença na vida e no sucesso pessoal são metas inalcançáveis para esse tipo de 
pessoa, pois o sentimento que os move é o de inferioridade, tanto com relação às pessoas como 
consigo mesmo. 
 
Todo profissional deve estar atento a pessoas que apresentam as características de baixa 
autoestima, afinal, recuperar-se pode representar algo que não condiz com o seu “merecimento”. 
Desta forma, o tratamento pode arrastar-se por muito tempo e dificilmente será sentido como 
uma melhora significativa. 
 
Dor fantasma 
 
Quando há a sensação de dor no membro amputado Segundo Fisher, a dor no membro fantasma 
pode ser prevenida quando os pacientes são encorajados a expressar o sofrimento da perda, o 
que nos remete ao valor não só fisiopatológico, mas emocional da dor fantasma. 
 
A imagem corporal é a maneira pela 
qual nosso corpo aparece para nós 
mesmos. É a representação mental 
do nosso próprio corpo. 
 
A imagem corporal do bebê amadurece 
aos poucos, tendo percepção da 
existência do corpo individual por volta 
dos 18 meses. 
 
Autoimagem é o que pensamos de nós 
mesmos 
Autoestima é o 
sentimento que a 
pessoa tem sobre si 
mesmo como um todo 
8 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
A personalidade 
 
Friedman e Schustack (2007) comentam que a psicologia da personalidade, realiza seus estudos 
científicos sobre as forças psicológicas que tornam as pessoas únicas. Abaixo as principais teorias 
da personalidade, conforme descrito por Morris e Maisto (2004, p.343): 
 
A importância dos vínculos afetivos na formação da personalidade 
 
De acordo com estudiosos, para que haja um vínculo positivo da pessoa com o mundo, é necessário 
que suas primeiras relações com o meio tenham sido desenvolvidas em uma base segura, que fará 
com que a criança sinta que mundo é um lugar confiável. 
 
Concluímos que para que a pessoa desenvolva uma personalidade saudável, é necessário que 
exista uma pessoa, não necessariamente a mãe biológica, mas alguém que ofereça apoio e 
confiança desde o seu nascimento. 
 
Regulação da ambivalência na formação da personalidade 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria psicodinâmica 
consideram que as origens da 
personalidade estão nas 
motivações e nos conflitos 
inconscientes, frequentemente, 
sexuais. 
Teoria humanista 
Seus autores concentram-se 
nas motivações positivas para o 
crescimento e na realização do 
potencial na formação da 
personalidade 
Teoria de traços 
Categorizam as personalidades e 
afirmam que as pessoas diferem 
de acordo com o grau que têm de 
determinado traço de 
personalidade. 
Teoria da aprendizagem cognitivo-social – encontram as raízes da personalidade nos modos 
como as pessoas pensam o ambiente, agem sobre ele e reagem a ele, ou seja, todo comportamento está baseado 
na interação do sujeito a partir da sua cognição (como ele pensa uma situação), as experiências passadas e de 
aprendizagem e do ambiente imediato. 
Apego 
 
Se desenvolve gradualmente, resultando no desejo 
do bebê de estar com uma pessoa preferida, que 
é percebida como mais forte, mais sábia e capaz 
de reduzir a ansiedade ou a perturbação. 
Proporciona sentimentos e segurança. O processo 
é facilitado pela interação entre a mãe e o bebê.. 
(Sadock e Sadock, 2007, p.164). 
Vínculo 
 
Diz respeito aos sentimentos da mãe para com seu 
bebê. As mães, em grande parte, não precisam de 
seus bebês como fonte de segurança, como no 
caso do comportamento de apego. O vínculo ocorre 
quando há contato de pele entre os dois ou quando 
outros tipos de contato são feitos, como pela voz 
ou pelo olhar. (Sadock e Sadock, 2007, p.164). 
 
Ambivalência 
Estado emocional em que a pessoa atraída para direções 
psicológicas opostas (afirmação-negação, aceitação-
rejeição, amor-ódio), gerando um estado de impasse 
mental. 
Desde o início da vida da criança, a 
maturação anatômica, fisiológica e 
neurológica, somados ao desenvolvimento 
psicológico, vão construindo a formação da 
personalidade. 
9 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
 
Diante de situações de frustrações podemos observar que os sentimentos se alternam, num misto 
de desejo e repulsa, amor e ódio, prazer e desprazer. Todas essas experiências provocam 
emoções e para a criança ainda em desenvolvimento será de fundamental importância aquilo que 
ela introjetar dentro de si. É necessário avaliar quais os sentimentos que irão prevalecer. 
 
Distúrbios graves de personalidade 
 
Agrupa-se os transtornos de personalidade em três classes: 
 
Vários indivíduos exibem traços que não são limitados a um único transtorno de personalidade. 
Quando não são satisfeitos os critérios para mais de um, os clínicos devem diagnosticar cada 
condição (Sadock e Sadock, 2007, p.853) 
Grupo A 
cobre os transtornos de 
personalidade paranoide, 
esquizoide e esquizotípica; os 
indivíduos com tais condições 
costumam ser percebidos 
como estranhos e 
excêntricos. 
Grupo B 
é formado pelos transtornos 
da personalidade antissocial, 
borderline, histriônica e 
narcisista; os indivíduos 
incluídos nesta categoria 
parecem dramáticos, 
emocionais e erráticos. 
Grupo C 
inclui os transtornos da 
personalidade esquiva, 
dependente e obsessivo-
compulsiva e uma categoria 
denominada transtornos de 
personalidade sem outra 
especificação; nesses casos, os 
pacientes parecem ansiosos e 
medrosos. 
Transtorno da personalidade paranoide 
Se caracterizam por suspeita e desconfiança, persistentes das pessoas em geral. Recusam responsabilidades por seus 
próprios sentimentos e atribuem-na aos outros. Costumam ser hostis, irritáveis e raivosos. Fanáticos, coletores de 
injustiças, cônjuges patologicamente ciumentos e maníacos litigantes muitas vezes têm essa condição. 
Transtorno da personalidade esquizoide 
É diagnosticado em pacientes que exibem um padrão de reclusão social por toda a vida. Seu desconforto com as interações 
humanas, sua introversão e seu afeto embotado e restrito são notáveis. Os indivíduos com transtorno da personalidade 
esquizoide costumam ser vistos como excêntricos, isolados e solitários. 
Transtorno da personalidade esquizotípica 
Os pacientes com esta condição são notavelmente esquisitos ou estranhos, mesmo para pessoas leigas. Pensamento 
mágico, noções peculiares, ideias de referência, ilusões e desrealização são parte do seu mundo. 
Transtorno da personalidade antissocial 
Trata-se de uma incapacidade de se adaptar às normas sociais que ordinariamente governam vários aspectos do 
comportamento do indivíduo adolescente e adulto. Embora caracterizado por atos antissociais e criminosos de forma 
contínua, o transtorno não é sinônimo de criminalidade. 
10 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
 
A partir das descrições apresentadas é importante considerar que cada uma das características dos 
transtornos da personalidade é uma referência para o diagnóstico da psicopatologia apresentada, 
sendo muito importante uma avaliação criteriosa para se estabelecer o diagnóstico.Tão importante 
quanto a avaliação da pessoa, é também o cuidado com a família, pois toda doença, tanto física 
como psíquica afeta também o ambiente onde a pessoa vive. 
Transtorno da personalidade Narcisista 
Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os outros, acreditando serem 
especiais e explorando os outros em suas relações sociais, tornando-se arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, 
ressaltando sempre suas qualidades e por vezes contando vantagens de situações. Não se importam com o sofrimento 
que causam nas outras pessoas e muitas vezes precisam rebaixar e humilhar os outros para que se sintam melhor. 
Transtorno da personalidade Borderline 
Paciente com tal condição se situam no limite entre a neurose e a psicose e se caracterizam por afetos, humor, 
comportamento, relações objetais e autoimagem extraordinariamente instáveis. O transtorno tem sido denominado 
também esquizofrenia ambulatória. 
 
Transtorno da personalidade histriônica 
As pessoas com transtorno da personalidade histriônica são excitáveis e emocionais e se comportam de forma colorida, 
dramática e extrovertida. Acompanhando seus aspectos bombásticos, contudo, por vezes há uma incapacidade da 
manutenção de relacionamentos profundos e duradouros. 
Transtorno da personalidade esquiva 
As pessoas com este transtorno exibem uma sensibilidade excessiva à rejeição e podem levar uma vida socialmente 
reclusa. Embora tímidas, não são associais e mostram um grande desejo de companhia, mas necessita de garantias muito 
fortes de aceitação sem críticas. Em geral, são descritas como tendo um complexo de inferioridade. 
Transtorno da personalidade dependente 
Indivíduos com transtorno da personalidade dependente subordinam suas próprias necessidades às dos outros, conseguem 
que outros assumam responsabilidades pelas áreas principais de suas vidas, têm falta de autoconfiança e podem 
experimentar desconforto extremo quando sozinhos por mais que um breve período. O transtorno tem sido denominado 
personalidade passivo-dependente. 
Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva 
Caracteriza-se por restrição emocional, tendência à ordem, perseverança, teimosia e indecisão. A manifestação essencial 
do transtorno é um padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade. 
Transtorno da personalidade sem outra especificação 
Transtornos que não se enquadram em nenhum dos tipos descritos anteriormente. O transtorno de personalidade passivo-
agressiva e transtorno da personalidade depressiva são exemplos. Um espectro estreito de comportamento ou um traço 
particular – como oposicionismo, sadismo ou masoquismo – também podem ser classificados nesta categoria. Um paciente 
com manifestações de mais de um transtorno da personalidade, mas sem critérios plenos de qualquer um deles pode ser 
designado com essa classificação. 
11 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Desenvolvimento 
 
Desenvolvimento físico-motor da criança de 0 a 2 anos 
 
O recém-nascido tem um crescimento acelerado nos três primeiros meses de vida. De uma 
condição sem coordenação motora, como é a criança após o nascimento, por volta de doze 
meses, ela já assumiu a postura bípede e inicia a marcha. 
 
O desenvolvimento físico da criança segue os seguintes princípios: 
 
 
O recém-nascido apresenta uma série de respostas físicas involuntariamente, que são 
desencadeadas por estímulos específicos chamados de reflexos. Alguns deles continuam presentes 
no adulto como piscar os olhos automaticamente quando há um sopro de ar nos olhos. Outras 
vezes os reflexos são adaptativos e essenciais para a sobrevivência do bebê, mas desaparecem 
durante o primeiro ano de vida, como é o caso de sugar e deglutir. 
 
Alguns dos reflexos chamados de primitivos e adaptativos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Céfalo-caudal: 
seu desenvolvimento ocorre da cabeça 
para a cauda; 
Princípio próximo-distal: 
do interior para o exterior. Tanto o 
crescimento quanto o desenvolvimento 
motor ocorrem do centro do corpo para fora. 
Agarrar 
ao esfregar a palma da mão do bebê com o 
dedo: ele irá segurar o dedo com força 
(desaparece aos 3 ou 4 meses). 
Moro 
ao emitir um som alto próximo 
do bebê ou simular que ele 
esteja sendo derrubado: o bebê 
estende os braços, pernas e 
dedos, arqueia as costas e atira 
a cabeça para trás 
(desaparece por volta dos 6 
meses). 
Marcha automática 
segurando o bebê pelas axilas e deixando 
seus pés tocarem uma superfície plana: 
o bebê fará movimentos de passos 
alternando os pés como se estivesse 
caminhando (desaparece por volta de 8 
semanas). 
Babinski 
ao esfregar a sola dos pés do bebê, começando dos dedos 
para o calcanhar: o bebê vai abrir os dedos dos pés como um 
leque (desaparece por volta dos 8 a 12 meses). 
Natação 
colocar o bebê na água com o 
rosto voltado para baixo: o 
bebê fará movimentos 
natatórios coordenados 
(desaparece por volta dos 4 
meses). 
12 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
 
Desenvolvimento cognitivo da criança de 0 a 2 anos 
 
Jean Piaget dividiu o desenvolvimento no que ele chamou de estágios. De acordo com ele, o 
primeiro estágio sensório-motor está composto por seis sub-estágios que vão fluindo de um para 
o outro à medida que o bebê vai adquirindo padrões mais organizados de comportamento. 
 
 
Desenvolvimento psicossocial da criança de 0 a 2 anos 
 
Sigmund Freud (1859-1939) desenvolveu seu trabalho sobre o desenvolvimento humano e infantil 
afirmando que a sexualidade está presente na pessoa desde o seu nascimento. A libido, nas palavras 
de Freud, é “a energia dos instintos sexuais”. No início da vida, a função sexual está ligada à 
sobrevivência, e, portanto o prazer é encontrado no próprio corpo. 
 
Para ele o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade 
adulta, onde as funções de reprodução e obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no 
homem como na mulher. 
 
A primeira fase do desenvolvimento psicossexual Freud chamou de: 
 
Erickson propõe oito estágios do desenvolvimento 
psicossocial através dos quais um ser humano em 
desenvolvimento saudável deveria passar da infância para 
a idade adulta. É importante que cada fase do 
desenvolvimento seja bem resolvida para que a fase 
seguinte possa ser superada sem problemas. De acordo 
com Erickson, os bebês, nos primeiros 18 meses de vida, 
00 – 01 mês: 
o bebê apresenta-se centrado 
nas estruturas básicas (reflexos e 
sentidos). 
01 – 04 meses: 
experimentação com o próprio corpo, como por exemplo, 
colocar o dedo na boca, experiências que ocorrem, 
inicialmente por acaso e, posteriormente, já intencionalmente. 
04 – 10 meses: 
experimentação com objetos 
externos, como por exemplo, o 
móbile. Compreende, no final 
deste sub-estágio, que suas 
ações produzem efeitos 
externos. Ex.: bater a mão no 
móbile e este se mover. 
10 – 12 
meses: 
combinação de 
ações para 
alcançar um 
objetivo 
12 – 18 meses: 
busca novas maneiras de manipular, de 
brincar com os objetos. Ex: neste 
momento as capacidades motoras 
também já são mais amplas. 
18 – 24 meses: 
a criança já se utiliza de imagens e 
palavras para significar os objetos. 
Fase oral (de 0 a 2 anos) 
a manifestação mais precoce é a sucção, 
que tende a ser exercida por si mesma na 
ausência de um estímulo específico em 
outros objetos ou regiões do corpo, 
tornando-se estas, zonas erógenas, isto é, 
geradoras de prazer. 
Confiança versus desconfiança básica: 
confiança na mãe ou no principal cuidador e na própria capacidade de fazer as coisas acontecerem. O elemento essencial 
para que a confiança seja estabelecida é um apego inicial seguro. A desconfiança vem do oposto, ou seja, quando não há 
uma pessoa que estabeleça um vínculo seguro e há negligência no cuidado com a criança, ela crescerá com sentimento 
de que o mundo não é um lugar seguro. Evidentemente isso irá refletir na relação dela com o mundo quando adulta. 
13 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos- Fisioterapia - UNIP 
experimentam a primeira de oito crises e que irão influenciar o desenvolvimento da personalidade 
por toda vida: 
Desenvolvimento físico-motor da criança de 2 a 6 anos 
 
Nessa fase o desenvolvimento motor da criança tem grandes avanços, ela pode pular, saltar, correr, 
envolvendo os grandes músculos corporais. 
 
Desenvolvimento cognitivo da criança de 2 a 6 anos 
 
De acordo com Piaget nesta fase a criança viverá o segundo estágio do desenvolvimento cognitivo 
chamado de pré-operatório que segue dos 02 a 07 anos aproximadamente. O Predomínio nessa 
fase é o egocentrismo, pois a criança não consegue colocar-se abstratamente no lugar do outro. 
A leitura da realidade é parcial e incompleta, a criança prioriza aspectos que são mais relevantes 
aos seus olhos. Sua percepção abstrata começa a ser aguçada à medida que aumenta sua 
capacidade de simular, imaginar situações, figuras e pessoas semelhantes. 
 
Algumas características desta fase: 
 
Desenvolvimento psicossocial da criança de 2 a 6 anos 
 
Nesta etapa do desenvolvimento a 
criança viverá duas das fases do 
desenvolvimento psicossexual: 
 
Erick Erickson afirma que a criança 
precisa lidar com os seguintes conflitos: 
 Animismo: a compreensão da realidade física é muito mais limitada do que aquela que 
aparece em anos adiante. A criança tende a confundir os aspectos objetivos com os 
subjetivos, acredita em histórias mágicas e fantasiosas e costuma atribuir vida e características 
aos objetos inanimados. Por exemplo: pensa que a mesa é responsável por ter batido nela. 
Confunde, com frequência, os sonhos com a realidade. 
 Conservação: a criança atém-se a 
uma coisa por vez. Ela consegue 
perceber um aspecto do objeto por 
vez, por exemplo, se percebe o 
comprimento, não percebe a largura. 
 Falta de reversibilidade: a criança 
não percebe que as coisas podem ser 
somadas ou subtraídas. A quantidade de 
água de um recipiente continua o 
mesmo, apesar de apresentar forma 
diferente. 
Fase anal 
a zona de erotização é o ânus (de 2 anos a 4 anos de idade). 
 
Fase fálica 
a zona de erotização é o órgão sexual (de 4 anos a 6 anos de idade). 
Autonomia versus dúvida 
(dos 2 aos 3 ou 4 anos) nesse momento a criança precisa 
treinar suas habilidades motora e mental e se orgulha de 
suas realizações. Se os pais dão oportunidade e liberdade 
para que ela possa executar tarefas simples, mas que a 
fazem se sentir capaz irá prevalecer o sentido de 
autonomia. Porém se os pais se mostram superprotetores 
e tiram da criança a oportunidade de exploração o 
sentimento será de dúvida quanto a sua própria capacidade. 
Iniciativa versus culpa 
(dos 4 aos 5 ou 6 anos aproximadamente). A criança 
manifesta, em geral, o desejo de executar tarefas 
tanto motoras como intelectuais. Os pais podem 
incentivar como gerar na criança sentimentos de 
incapacidade e culpa por não conseguir executar aquilo 
que esperam dela. É nessa fase que a criança 
descobre as diferenças sexuais e a diferença nos 
papéis tanto do homem como da mulher na sociedade. 
14 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Desenvolvimento físico-motor da criança de 6 aos 12 anos 
 
O foco das atenções nesta fase está voltado para a vida escolar da criança. A socialização e as 
novas aprendizagens podem ser encaradas como um desafio, tanto para ela como para a família 
que também precisa se adaptar as grandes diferenças que a criança passa a apresentar em todos 
os aspectos do seu desenvolvimento. 
 
Desenvolvimento cognitivo da criança de 6 a 12 anos 
 
Principais características: 
 
 A criança é capaz de realizar as 
operações matemáticas básicas; 
 
 Apresenta noções de peso, 
volume, quantidade, classificação e 
seriação de objetos; 
 
 O mundo concreto recebe maior atenção, já que ela pode perceber as coisas, compará-las, 
colocá-las em ordem, separá-las. 
 
 Apresenta o raciocínio indutivo, partindo da própria experiência para o geral. 
 
 A linguagem é mais socializada, considerando a perspectiva do outro. Espera que as pessoas 
possam se dirigir a ela de forma adequada. 
 
Desenvolvimento psicossocial da criança de 6 a 12 anos 
 
Nesta fase a criança não possui ainda uma plena compreensão de emoções dirigidas para si mesma, 
como a vergonha e o orgulho. Por esta razão ela encontra dificuldade para reconciliar emoções 
aparentemente conflitantes, ou seja, reconhecer que podem experimentar diferentes reações 
emocionais ao mesmo tempo. 
 
Aqui acontece a 4ª Crise do desenvolvimento e a próxima fase psicossexual: 
 
 
 
 
 
 
 
3º Estágio – Operações concretas: é o período em 
que a lógica começa a desenvolver-se e a criança já consegue 
a seu modo, organizar e sistematizar situações e relacionar 
aspectos diferentes da realidade. Sua compreensão do mundo 
não é mais tão prática, mas ainda depende do mundo 
concreto para realizar abstrações. 
Em geral nessa fase, as crianças são menos egocêntricas do que na fase anterior e mais 
preparadas para tarefas que exigem raciocínio lógico embora ainda se constate que seu 
pensamento ainda está voltado para o aqui e agora, ou seja, para as experiências concretas. 
Indústria versus inferioridade 
esta fase coincide com o período da latência descrito por 
Freud. Nesta fase a criança aprende que é capaz de 
realizar e dominar tarefas. Quando ela recebe incentivo, 
aprende a ter prazer naquilo que faz e sente orgulho de 
estar produzindo (indústria), sentirá motivação para 
continuar. Ao contrário, quando sente frustração por não 
conseguir realizar uma tarefa, recebe excesso de críticas, 
por exemplo, com palavras desmotivadoras, se sentirá 
frustrada desenvolvendo um senso de incompetência. 
Latência os desejos sexuais ficam 
reprimidos e o interesse da criança está 
voltado para a socialização. 
15 
 
 
Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Desenvolvimento físico-motor do adolescente 
 
Puberdade é um marco no que se refere às mudanças biológicas pelas quais a criança terá agora 
que enfrentar, e para tanto, terá que se adaptar as profundas transformações do seu corpo 
marcando o final da infância. 
 
Quanto à adolescência ela é marcada pelas 
transformações psicossociais. Podemos considerar 
que esta é a fase mais complexa e dinâmica do 
ponto de vista físico e emocional na vida do ser 
humano. 
 
Desenvolvimento cognitivo do adolescente 
 
Do ponto de vista cognitivo, Piaget, afirma que os adolescentes entram no nível mais elevado de 
desenvolvimento cognitivo e chamou esse período como: 
 
Desenvolvimento psicossocial do adolescente 
 
A principal tarefa do adolescente é confrontar a seguinte crise: 
 
É um momento difícil e faz com que o jovem busque no grupo de amigos a referência para sua 
identidade. E assim, é possível que ele frequente diferentes grupos, seja na escola, grupos religiosos 
ou tantos outros. 
 
Assim, todos os valores sociais e familiares são questionados, o que até então era aceito sem 
dificuldades, agora é questionado. 
 
Freud denominou a fase da adolescência como: 
 
 
 
São momentos importantes nessa fase a 
primeira ejaculação dos meninos por volta dos 
14 anos e a primeira menstruação nas meninas 
por volta dos 13 anos de idade. 
Meninos e meninas crescem de maneira diferente. Um menino torna-se maior em geral; os ombros alargam-se, as pernas 
tornam-se mais longas em relação ao peito, e os antebraços mais longos em relação aos braços e à altura. A pélvis de 
uma menina alarga-se para facilitar o parto, e camadas de gordura formam-se logo abaixo da pele, dando-lhe uma 
aparência mais arredondada 
Período das operações formais 
se desenvolve a capacidade para o pensamento abstrato. Surge neste momento um modo novo e mais flexível de pensar 
e manipular as informações. O adolescente não está mais limitado ao aqui e agora, é capaz de compreender o tempo 
histórico e o espaço. 
Identidade versus confusão de identidade: 
dá-se o desenvolvimento coincide com a puberdade e adolescência. Pode ocorrer a crise de identidade,o qual Erickson 
tratou como crise normativa (normal). Caso o adolescente fracasse, ficará sem uma identidade sólida e por uma confusão 
acerca de seu próprio lugar no mundo. 
Fase genital: última fase descrita por Freud, precede o estado final do desenvolvimento sexual e a organização 
genital definitiva. A libido não está mais voltada para o próprio corpo, mas se projeta para o outro. 
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Desenvolvimento do jovem adulto: físico, cognitivo e social 
 
Do ponto de vista físico, os jovens se encontram com 
suas capacidades físicas e de saúde normais e no auge 
do funcionamento sensório e motor. 
 
Por volta dos 20 anos, a maioria das funções corporais está plenamente desenvolvida. A acuidade 
visual é máxima aproximadamente dos 20 aos 40 anos; e o paladar, o olfato e a sensibilidade à dor 
e à temperatura geralmente permanecem inalterados até pelo menos os 45 anos. 
 
Quanto aos aspectos cognitivos do jovem adulto as 
estruturas intelectuais se encontram em seu 
apogeu. 
 
Do ponto de vista psicossocial, Erick Erickson 
apresenta nessa fase, a sexta crise de 
desenvolvimento psicossocial: 
 
A base dos relacionamentos íntimos tem início 
no início da vida adulta jovem. É um período 
de profundas mudanças nos relacionamentos 
pessoais no qual as pessoas estabelecem, 
renegociam ou consolidam laços baseados na 
amizade, na sexualidade e no amor. 
 
Na vida adulta jovem as amizades tendem a 
se basear em interesses e valores mútuos e desenvolvem-se entre pessoas da mesma geração 
ou da mesma etapa de vida familiar, que validam as crenças e o comportamento uma das outras. 
 
Idade adulta 
 
Com relação aos aspectos físicos ocorrem mudanças fisiológicas resultantes do envelhecimento 
biológico e da constituição genética, além do acúmulo de fatores comportamentais e estilos de vida. 
 
Aqui ocorre a 
sétima crise 
psicossocial: 
 
Já não há mais a preocupação com a criação 
ativa dos filhos e deles terem sua própria vida. 
 
 
 
Jovem Adulto – dos 20 aos 40 anos 
Idade adulta – dos 40 aos 65 anos. 
É importante que a pessoa desenvolva nessa fase hábitos saudáveis, mantenha uma alimentação 
equilibrada e não faça uso de substância que irão pôr em risco sua vida. 
Estágio do pensamento pós-formal 
o pensamento é mais complexo e que se 
caracteriza pela capacidade de lidar com as 
incertezas, com inconsistência e contradições. O 
pensamento pós-formal lida com a informação do 
contexto social. 
Intimidade versus isolamento 
ocorre na fase final da adolescência até os primeiros 
anos da maturidade (meia idade). A intimidade está na 
capacidade do indivíduo em estabelecer 
relacionamentos não somente sexuais, mas também 
amizades intensas e duradouras. 
Próximo aos 50 anos, a 
mulher terá a perda da 
menstruação, 
marcando assim o fim 
do ciclo reprodutivo e 
entrando na fase da 
menopausa 
Geratividade versus estagnação 
geratividade ou a preocupação que adultos maduros 
apresentam com o estabelecimento e a orientação da 
próxima geração. Prevendo o declínio de sua vida, as 
pessoas sentem a necessidade de deixar um legado. As 
pessoas que não encontram um escape para a 
geratividade tornam-se absortas em si mesmas, 
excessivamente entregues aos próprios prazeres ou 
estagnadas (inativas ou inertes). 
Além dos sintomas físicos como: secura vaginal, dores articulares ou 
musculares, dores de cabeça, fadiga, insônia, ganho de peso entre 
outros, ocorrem também os problemas psicológicos. 
17 
 
 
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Desenvolvimento Terceira Idade: físico, cognitivo e social 
 
As mudanças fisiológicas na terceira idade são altamente 
variáveis. 
 
Alguns sistemas corporais declinam mais rápido do que outros. 
Entre as mudanças mais graves estão aquelas que acometem 
o coração. Seu ritmo tende a tornar-se mais lento e irregular, 
depósitos de gordura acumulam-se ao seu redor, podendo interferir em seu funcionamento, e a 
pressão arterial costuma aumentar. 
 
Mudanças neurológicas, assim como declínio na 
velocidade perceptual, podem explicar grande parte do 
declínio no funcionamento da memória. 
 
Com relação à sexualidade o fator mais importante na 
manutenção do funcionamento sexual na terceira idade é a atividade sexual regular ao longo dos 
anos. Muitas pessoas mais velhas são sexualmente ativas, embora a frequência e a intensidade da 
experiência sexual geralmente sejam menores do que para adultos jovens. 
 
Na velhice ocorre a 8ª crise: 
 
Aproximadamente dois terços dos casos de demência 
podem ser causados pelo mal de Alzheimer. 
 
Já o mal de Parkinson é o segundo distúrbio mais 
conhecido envolvendo degeneração neurológica 
progressiva, caracteriza-se por tremor, rigidez, retardamento dos movimentos e postura instável. 
 
Sintomas de depressão são comuns também, mas, muitas vezes, são ignorados porque são 
erroneamente considerados como um acontecimento natural do envelhecimento. 
 
Algumas pessoas deprimem-se como resultado de perdas físicas e emocionais, e alguns aparentes 
“distúrbios cerebrais”, na verdade, devem-se à depressão. Mas a depressão pode ser abrandada se 
procurarem ajuda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Integridade versus desespero 
é necessário que o adulto mais velho avalie, 
resuma e aceite a própria vida para poder 
então aceitar o fim dela. O desespero advém 
daqueles que não alcançam à aceitação e 
percebem que o tempo é curto demais para 
buscar outros caminhos para si 
 
Muitos dos declínios comumente 
associados ao envelhecimento 
podem, na verdade, ser efeitos de 
doenças em vez de causas. 
São mais suscetíveis a quedas 
devido à perca de equilíbrio, reflexos 
lentos, menor força muscular e 
perda de visão e percepção. 
18 
 
 
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Estresse 
 
 
 
 
A vulnerabilidade hereditária, mais a preocupação com o 
futuro, num tempo de incertezas, de um o país que 
estabiliza a moeda, mas aumenta o número de 
desempregados, ao mesmo tempo em que a qualidade de 
vida piora, existem os medos do envelhecimento em más 
condições, e do empobrecimento, além de alimentação 
inadequada, pouco lazer, a falta de apoio familiar adequado e 
um consumismo exagerado. Todos são fatores que provocam estresse. 
 
Qualquer mudança em nossas vidas tem o potencial de 
causar estresse, tanto as boas quanto as más. 
 
 
O perigo para o organismo passa a ocorrer quando a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal 
(responsáveis pela reação de sobrevivência/estresse) se torna crônico e repetido. Nesse momento, 
começam a surgir as alterações patológicas causadas pelo nível constantemente elevado desses 
hormônios. 
 
Três fases do estresse, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não 
interrompida em sua ação: 
 
 
 
 
Definição 
a soma de respostas físicas e 
mentais a uma incapacidade de 
distinguir entre o real e as 
experiências e expectativas 
pessoais 
Estresse Fisiológico 
Quando a resposta é patológica, 
registra-se uma disfunção, que leva a 
distúrbios transitórios ou a doenças 
graves, agrava as já existentes e 
pode desencadear aquelas as que a 
pessoa é geneticamente predisposta. 
Fatores pessoais, familiares, sociais, econômicos e profissionais 
originam a sensação de estresse e seu consequente 
desencadeamento de doenças, que vão de uma simples azia até 
à queda imunológica, que pode predispor infecções e até 
neoplasias. 
a mudança é um dos mais 
efetivos agentes estressores. 
Aguda 
Esta é a fase em que os 
estímulos estressores começam 
a agir. Nosso cérebro e 
hormônios reagem rapidamente, 
e nós podemos perceber os 
seus efeitos, mas somos 
geralmente incapazes de notar o 
trabalho silencioso do estresse 
crônico nesta fase. 
Resistência 
Se o estresse persiste, 
começam a aparecer as 
primeiras consequências do 
estresse crônico: 
Perda de concentração, 
instabilidade emocional, 
depressão, palpitações 
cardíacas, suores frios, dores 
musculares ou dores de cabeça 
frequentes.Exaustão 
Esta é a fase em que o 
organismo capitula aos efeitos do 
estresse, levando à instalação de 
doenças físicas ou psíquicas. 
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Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Na área do sistema digestivo, é sabido por todos 
que o estresse pode desencadear desde uma 
simples gastrite, até uma úlcera 
 
Uma ativação repetida e crônica do sistema nervoso 
autônomo, numa pessoa que já tenha problemas de 
lesão da camada interna das artérias coronárias 
(aterosclerose), provocadas por fumo, gordura excessiva na alimentação, obesidade ou colesterol 
elevado etc., vai levar a muitos problemas, tais como: 
 
Os problemas ansiosos com a sintomatologia clínica, além de irritabilidade, fraqueza, nervosismo, 
medos, ruminação de ideias, exacerbação de atos falhos e obsessivos, além rituais compulsivos, 
aumentam sensivelmente. A angústia é comum e as exacerbações de sensibilidade com 
provocações e discussões são mais frequentes. 
 
Existem também as "fugas", que todos conhecemos. 
Quando não se apela para a automedicação com 
ansiolíticos a pessoa refugia-se na bebida e outras drogas. 
 
Além dos problemas físicos como a dor, rigidez e 
incapacidade de realizar as atividades de vida diárias, 
geradas por acometimentos, os pacientes também têm problemas sociais, econômicos e 
emocionais: a dor e a rigidez levam à falta de mobilidade, com resultante perda de independência 
que acabam causando frustração e raiva ao paciente. Isto se deve ao fato de que toda mudança 
que exija adaptação por parte do organismo causa um certo nível de estresse 
 
As desordens musculoesqueléticas causam efeitos adversos no potencial de trabalho, podendo 
resultar em desemprego, e a inabilidade nas atividades de vida diárias (AVD´s) aumentam o estresse 
geral tanto do paciente como de sua família (Marques e Kondo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O estresse pode ser causador e/ou agravador 
de uma série de doenças, que vão da asma, às 
doenças dermatológicas, passando pelas 
alérgicas e imunológicas; todas elas relacionadas 
de alguma forma à ativação excessiva e 
prolongada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. 
Diminuição do fluxo sanguíneo adequado para 
manter a oxigenação dos tecidos musculares 
cardíacos (miocárdio) que leva à isquemia ou 
até um infarto do miocárdio 
Queda ou o aumento do apetite, 
alterações de sono, irritabilidade, apatia 
e adinamia, torpor afetivo e perda de 
interesse e desempenhos sexuais são 
comumente encontrados. 
A ruptura da parede dos 
vasos enfraquecidos pela 
placa aterosclerótica, ou a 
trombose 
Alterações irregulares 
do ritmo cardíaco, 
denominadas de 
arritmias 
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O fisioterapeuta e suas relações interdisciplinares 
 
 
A ação de multiprofissionais deve ser entendida como a ocorrência de atividades desenvolvidas 
entre profissionais de diferentes especializações buscando a harmonização no ambiente de trabalho. 
 
Para que aconteçam “atos de saúde” e não atos médicos ou de outros profissionais unicamente, 
uma equipe multiprofissional deve implicar duas dimensões do trabalho e que são indissociáveis, 
conforme Bruscato et al, (2006): 
 
Nesta perspectiva multidisciplinar, podemos entender que as informações de cada profissional a 
respeito do cliente se complementam, mas não há uma decisão conjunta, já que essa é em geral 
tomada pelo médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para o fisioterapeuta é de grande valia a preocupação com o índice de satisfação dos sujeitos da 
ação do projeto desenvolvido, pois não há um excelente resultado se ele não atingir as expectativas 
das pessoas que foram o grande foco da construção do trabalho. 
 
Após a elaboração efetiva de projetos nas diferentes áreas de atuação do fisioterapeuta em sua 
prática profissional, é importante a definição do nível de atuação que ele irá trabalhar. 
 
Com relação ao atendimento ele pode ocorrer nos níveis: primário, secundário e terciário, sendo 
que cada um deverá desenvolver um conjunto de ações próprias a fim de evitar a instalação da 
doença ou atuar na prevenção ou na redução de danos que possa ocorrer como consequência 
da doença. 
 
 
Modelo Biomédico 
Na história da medicina até o século passado o 
predomínio do atendimento considerava apenas a 
biologia, e não os outros fatores que formavam a 
pessoa. 
Modelo Biopsicossocial 
Considera o ser completo, seus fatores 
biológicos, psicológicos e sociais no 
atendimento e cuidado. 
Articulação das ações: integração de 
processos de trabalho distintos, flexibilizando as 
fronteiras entre eles, com a preservação das 
respectivas especificidades e diferenças 
técnicas. 
Interação dos profissionais: as inter-relações 
e o vínculo entre os integrantes da equipe 
potencializam a realização da tarefa. Para tanto, a 
comunicação entre os profissionais faz parte do 
exercício cotidiano do trabalho. 
Projeto 
Pode ser definido como uma série de 
serviços relacionados, normalmente 
voltados para alguma produção 
importante e que necessita de pessoas 
proativas, preparo metodológico e um 
período significativo para ser realizado. 
 
Eficiência 
1. Fazer as coisas da maneira certa 
2. Resolver problemas 
3. Salvaguardar os recursos aplicados 
4. Cumprir o dever 
5. Reduzir custos 
21 
 
 
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O paciente terminal e a morte 
 
Atualmente, quando o paciente recebe o 
diagnóstico de uma doença grave ele passa a 
considerado e tratado dentro do conceito de 
cuidados paliativos. 
 
 
O trabalho da fisioterapia na equipe de cuidados 
paliativos tem por objetivo: 
 
 
Um recurso viável é redirecionar a esperança do 
paciente para objetivos em curto prazo e 
maximizando a qualidade de vida. Comunicar a 
verdade ao paciente permite a possibilidade de 
sua participação ativa nas tomadas de decisão 
(autonomia). 
 
A reabilitação é parte integrante dos Cuidados 
Paliativos porque muitos pacientes terminais são restringidos desnecessariamente até mesmo pelos 
familiares, quando na verdade são capazes de realizar atividades e ter independência. A reinserção 
do paciente em suas atividades de vida diária restaura o senso de dignidade e autoestima. 
 
O luto, fases de enfrentamento 
 
Tão difícil quanto falar sobre a morte, é também falar sobre o luto, mas como entendemos que o 
trabalho do profissional nem sempre se encerra com a morte do paciente, é necessário estar 
preparado para o apoio à família. 
 
As principais fases do luto são: 
 
 
O conceito de paciente terminal 
Muitas ainda não têm cura, como alguns tipos de 
câncer, Aids e moléstias degenerativas, o que faz com 
que alguns pacientes vivam anos com necessidade de 
cuidados constantes. 
 
 
Cuidados paliativos 
Abordagem que aprimora a qualidade de vida dos 
pacientes e família que enfrentam doenças 
ameaçadoras de vida, através da prevenção e alívio do 
sofrimento, por meios de identificação precoce, 
avaliação correta e tratamento. (Pessini, 2007, p.166). 
O Ministério da Saúde define esses cuidados como: 
 
Conjunto de ações interdisciplinares, promovido por uma 
equipe de profissionais da saúde e voltado para o alívio 
do sofrimento físico, emocional, espiritual e psicossocial 
de doentes com prognóstico reservado, acometidos por 
condições ou doenças em estágio irreversível.. 
 Reintegrar o paciente ao convívio 
domiciliar, 
 Instruir o cuidador a atender suas 
necessidades; 
 Evitar internações ou tratamentos 
exaustivos; 
 Estabelecer maioria dos seus potenciais 
diminuídos, incentivando-os a ajustar 
objetivos a curto prazo, aliviando seu 
desconforto. 
O luto é o processo de elaboração diante de uma 
perda de uma pessoa com quem vínculos foram 
estabelecidos. É a vivência da morte consciente. É 
um vínculo que se rompe de forma irreversível, 
quando se trata de morte concreta (Kovács, 2007, 
p.217) 
Fase de busca: ocorre o anseio pela pessoa 
perdida e a realidade é processada, que houve de fato 
uma perda. Pode haver a ilusão de que a pessoa não 
tenhamorrido. Podem estar presentes vários 
sentimentos: tristeza, raiva, medo e culpa. 
Antecipar possíveis complicações é de responsabilidade 
de todos os profissionais envolvidos, implementando as 
medidas preventivas necessárias. 
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Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
 
 
As crianças também passam pelo processo de luto e tem no adulto o seu modelo. É comum a 
criança apresentar sentimento de culpa, principalmente quando ela tem menos dos seis anos e 
vive o período em que a fantasia, ou pensamento mágico, se confunde com a realidade. 
 
O luto patológico 
 
Há alguns fatores que devem ser observados e que são complicadores do processo de elaboração 
do luto: 
 
 
 
Em seu estudo sobre o luto, Parkes (1998, p.133-136) apresenta os seguintes tipos: 
 
Definir exatamente 
se o luto está 
seguindo para uma 
patologia ou se 
aquele é o tempo 
necessário para que a pessoa possa estar 
elaborando a perda, é algo difícil, tendo em 
vista que a linha que separa o normal do 
patológico pode ser muito tênue. 
 
Fase de choque: momento de 
conhecimento da perda, podem ocorrer 
reações, da anestesia até um total 
descontrole; 
Fase de desorganização e desespero: a perda já é vista 
como realidade. Podem estar presentes ações contraditórias: manter 
tudo que recorde a pessoa, e se desfazer rapidamente de tudo que 
possa lembrá-lo. Uma depressão reativa pode se manifestar num 
processo mais duradouro. 
 
Fase de reorganização: a vida pode ser reorganizada em novos patamares sem a existência daquele que morreu. 
Novas habilidades terão que ser aprendidas e novos relacionamentos poderão ser formados. 
O relacionamento com a pessoa perdida 
Relacionamentos carregados com ressentimentos e 
mágoas são mais difíceis de serem elaborados. É 
importante observar também se está envolvida uma 
relação de dependência. Perda de criança e jovens podem 
ser muito difíceis de serem aceitas e elaboradas. 
Idade e sexo do enlutado (pessoa de luto) 
É importante considerar se é uma criança ou um adulto 
e as especificidades de gênero. 
As causas e circunstâncias da perda 
As perdas rápidas e inesperadas podem causar muitas 
dificuldades no início, pois nenhum preparo ocorre. Muitas 
delas são acompanhadas de violência, tendo ampliados os 
fatores de risco. Corpos muito mutilados ou desaparecidos 
podem dificultar muito o processo do luto. Por outro lado, 
mortes lentas podem envolver convivência com muito 
sofrimento e dor, o que também pode ser penoso. 
A personalidade do enlutado 
É importante considerar como o enlutado viveu as suas 
experiências anteriores, as formas de enfrentamento 
escolhidas, características de personalidade e se existem 
distúrbios psiquiátricos. Estes últimos podem afetar muito 
ou até impedir o processo de luto. 
A rede social e de apoio do enlutado 
As pessoas sozinhas ou com famílias desorganizadas estão sob maior risco de um luto complicado. 
Luto crônico 
Luto que se prolonga de forma 
indefinida, mais presente em 
relações com forte conteúdo de 
dependência. A princípio é difícil 
caracterizá-lo como tal, já que o 
processo de luto tem tempos 
variados para cada pessoa. 
Luto adiado 
A pessoa não entra 
em contato com a 
perda, não consegue 
expressar os seus 
sentimentos, e não 
procede a elaboração. 
Luto inibido 
A expressão do luto 
está inibida e seus sinais 
parecem ausentes. 
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Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
DEPRESSÃO 
As causas exatas que levam à depressão ainda não são completamente conhecidas. Não é apenas 
uma doença de estruturas cerebrais e o tratamento não depende exclusivamente de 
antidepressivos. É uma doença sistêmica (de todo o organismo). 
 
O tratamento não deve incluir apenas antidepressivos. É necessário também evitar hábitos como 
sedentarismo, tabagismo e má alimentação, que predispõem mais a ocorrência/surgimento de 
comorbidades clínicas. (Tratamento precoce e global) 
 
Como visto no tema , está relacionada a problemas como baixa imunidade, alterações dos 
batimentos cardíacos e acúmulo de placas de gordura no sangue. 
 
Os critérios atuais para diagnóstico da depressão, estabelecidos pela OMS e a Associação 
Americana de Psiquiatria: Determinam que a pessoa deve apresentar ao menos cinco alterações 
incluindo pelo menos um dos dois primeiros (em vermelho), devem estar presentes: 
 
 
Esse conjunto de sintomas deve ser apresentado pelo paciente na maior parte do dia, todos os 
dias e durante pelo menos duas semanas para que seja considerado como sinais de depressão. 
 
A CID-10 considera as seguintes 
subcategorias para episódio depressivo: 
episódio depressivo leve; episódio 
depressivo moderado; episódio 
depressivo grave sem sintomas 
psicóticos; episódio depressivo grave 
com sintomas psicótico. 
 
Humor deprimido: a pessoa se sente 
triste ou vazia na maior parte do dia, quase 
todos os dias - ou os outros observam esses 
sintomas? 
Perda de interesse no prazer: a pessoa perdeu interesse 
em desempenhar as atividades normais como trabalhar ou ir a 
eventos sociais? A pessoa parece estar “simplesmente levando” a 
vida diária, sem obter qualquer prazer dela? 
Perda ou ganho significativo de peso: a pessoa 
ganhou peso ou perdeu mais de cinco por cento do peso 
corporal em um mês? A pessoa perdeu o interesse em comer 
ou reclama que a comida perdeu o sabor? 
Transtornos de sono: a pessoa está com 
dificuldades para dormir? Ou ao contrário, está 
dormindo demais? 
Incapacidade para se concentrar: a 
pessoa reclama de falta de memória 
(“simplesmente não consigo me lembrar de mais 
nada”) ou da incapacidade de concentrar a atenção 
em tarefas simples, como a leitura de um jornal? 
Sentimentos de inutilidade ou culpa 
excessiva: a pessoa expressa sentimentos como “você 
ficaria melhor sem mim” ou “sou o mal e arruíno tudo para todos 
que amo”? 
Fadiga: a pessoa se queixa de estar 
constantemente cansada sem energia? 
Pensamentos recorrentes de morte: a pessoa fala 
em cometer suicídio ou expressa o desejo de estar morta? 
Transtornos nas atividades motoras: os outros observam uma mudança no nível de atividade da pessoa? A 
pessoa “fica parada” ou demonstra agitação e inquietação incomuns? 
Episódio Depressivo Leve: 
Presença de humor deprimido, perda de interesse e prazer e 
fatigabilidade aumentada mais pelo menos dois dos outros sintomas. 
Nenhum dos sintomas deve estar presente em grau intenso. A 
duração mínima é de duas semanas. No episódio leve o indivíduo está 
usualmente angustiado pelos sintomas e tem alguma dificuldade em 
continuar com o trabalho do dia a dia e atividades sociais, mas 
provavelmente não irá parar suas funções completamente. 
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Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Episódio Depressivo Moderado: 
Deve estar presente dois ou três sintomas 
mais típicos; e pelo menos quatro dos outros 
sintomas. Duração mínima de duas semanas. 
O indivíduo terá dificuldade considerável de 
continuar as atividades sociais, laborais ou 
domésticas. 
Episódio Depressivo Grave: sem sintomas psicóticos 
Angústia ou agitação considerável. Perda de autoestima ou sentimento 
de inutilidade ou culpa, provavelmente são proeminentes e o suicídio é 
um perigo marcante. Todos os três sintomas típicos devem estar 
presentes e mais pelo menos quatro outros sintomas (alguns de 
intensidade grave). É improvável que o paciente seja capaz de continuar 
suas atividades sociais, laborais ou domésticas, exceto em uma extensão 
muito limitada. 
Episódio Depressivo Grave: com sintomas psicóticos 
Além dos critérios para episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos há a presença de delírios, alucinações ou estupor 
depressivo. Os delírios envolvem ideias de pecado, pobreza ou desastres iminentes, pelos quais o paciente pode assumir a 
responsabilidade. Alucinações auditivas ou olfativas são usualmente de vozes difamatórias ou acusativas, ou de sujeira apodrecida 
ou carne em decomposição. Retardopsicomotor grave pode evoluir para estupor (ausência de respostas). 
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Yohanna Pereira Cubillos - Fisioterapia - UNIP 
Referências 
 
Conteúdos de Disciplina Online da UNIP, Matéria de Psicologia aplicada à Fisioterapia, no primeiro 
semestre de 2020. 
Conteúdos Slides das aulas de Psicologia aplicada à Fisioterapia da Professora Luciana Marçal. 
 
Material de apoio 
 
Artigos: 
1- O modelo estrutural de Freud e o cérebro: uma proposta de integração entre a psicanálise e a 
neurofisiologia 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832010000600005&script=sci_abstract&tlng=pt 
 
2- Relação fisioterapeuta-paciente e a integração corpo-mente: um estudo de caso 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932009000200008&script=sci_abstract&tlng=pt 
 
3- Autoestima, conceitos correlatos e avaliação 
https://revista.pgsskroton.com/index.php/reces/article/view/22 
 
4- A experiência do adoecer: uma discussão sobre saúde, doença e valores 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000200016&script=sci_abstract&tlng=pt 
 
5- Psicoterapia, Dor & Complexidade: Construindo o Contexto Terapêutico 
https://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/a14v26n3.pdf 
 
 
 
Vídeos: 
1- QUAL IMAGEM VOCÊ PASSA? COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO-VERBAL | Vivian Rio Stella 
https://www.youtube.com/watch?v=u9Ml9OCp6NQ 
 
2- AUTOIMAGEM E AUTOESTIMA | LUIZ HANNS 
https://www.youtube.com/watch?v=jf4NpNb1LYs 
 
3- EMPATIA: CAPACIDADE NATURAL E COMPETÊNCIA | Claudia Feitosa-Santana 
https://www.youtube.com/watch?v=8Hx0HXc_-Ik 
 
4- ENVELHECER 
https://www.youtube.com/watch?v=hJ8MB05jOOs 
 
5- FREUD (02) – ESTRUTURA DA PERSONALIDADE (ID, EGO, SUPEREGO) 
https://www.youtube.com/watch?v=MZxykE_YihI 
 
6- FREUD (03) – ANSIEDADE E MECANISMOS DE DEFESA DO EGO 
https://www.youtube.com/watch?v=KtPgztSiiGo 
 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832010000600005&script=sci_abstract&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932009000200008&script=sci_abstract&tlng=pt
https://revista.pgsskroton.com/index.php/reces/article/view/22
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022014000200016&script=sci_abstract&tlng=pt
https://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/a14v26n3.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=u9Ml9OCp6NQ
https://www.youtube.com/watch?v=jf4NpNb1LYs
https://www.youtube.com/watch?v=8Hx0HXc_-Ik
https://www.youtube.com/watch?v=hJ8MB05jOOs
https://www.youtube.com/watch?v=MZxykE_YihI
https://www.youtube.com/watch?v=KtPgztSiiGo

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