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Anotação A Origem do Feudalismo

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A Origem do Feudalismo
· A origem do feudalismo remonta à crise do Império Romano do Ocidente.  
· A diminuição da produção (falta de escravos) afetava o nível de exportações romanas que, por sua vez, compunha o mais importante fator gerador de riqueza do império.
· O empobrecimento do Império promove um êxodo urbano. 
· Os grandes proprietários passam a arrendar suas terras aos colonos que ganham o direito de viver e trabalhar na terra, dando ao senhor parte de sua produção, em troca de proteção e do direito de ali viver. 
· Aproveitando-se do enfraquecimento do Império Romano, os bárbaros germânicos invadem Roma e em 476, tomam o império.
· Muitos dos líderes das tribos germânicas tornam-se senhores da terra, “empregando” camponeses numa relação de servidão, baseada na auto-suficiência da vila (grande propriedade) onde o servo camponês produzia para si e para o senhor. 
· No século VIII, os árabes tomam o Mediterrâneo, impossibilitando o comércio com o oriente. Com a diminuição do comércio, as vilas se isolam, produzindo apenas para auto-suficiência, chegando mesmo a ter regras/governo próprio, cujos desdobramentos resultam no feudalismo.
Feudo: vila agrária autossuficiente, autônoma, isolada.
Colonato: estrutura produtiva baseada em relações de reciprocidade – entre o colono e o senhor.
Êxodo urbano: o termo é utilizado para explicar o abandono de uma população da área urbana de determinada região, indo em sentido ao campo, a zona rural.
Sociedade feudal 
 
  A sociedade feudal era estratificada, isto é, formada por camadas, onde no topo encontravam-se o rei, o clero e os nobres. Esses detinham enormes privilégios, dentre os quais a não necessidade de pagar impostos. Esta elite feudal era sustentada pelo povo – servos e vilões (homens livres) – que eram obrigados a pagar impostos mediante trabalho exaustivo.
  Note-se, portanto, que por tratar-se de uma sociedade agrária e monetária, o critério de diferenciação social, ou seja, aquilo que expressava riqueza e poder, era a posse de terra e do trabalho do servo. Deste modo, o senhor, dono das terras (seja ele um grande proprietário cuja riqueza tem origem no Império Romano, um clérigo ou um nobre), via-se numa situação de extremo privilégio, no qual lhe era permitido expropriar o fruto do trabalho de seus servos, sendo sustentado por eles. Por outro lado, o servo era obrigado a pagar impostos ao seu amo (senhor) que, por sua vez, arrendava-lhe um pedaço de terra e garantia-lhe proteção militar.
  Há que se fazer uma ressalva aqui. Um erro comum é a comparação da servidão com a escravidão. O servo não é um escravo, na medida em que ele não possui um dono, não sendo, portanto, uma mercadoria. O servo está ligado exclusivamente à terra e não é posse de seu senhor, não podendo ser vendido. Se o senhor feudal de sua terra é trocado, o servo permanece em sua tenência (terra). As relações senhor-servo seguem uma linha vertical, hierarquizada. O servo é obrigado a entregar parte de sua produção ao senhor. E é isto o que prende o servo camponês à terra (além, obviamente, da necessidade de sobreviver dela). Esta situação do servo, de certo modo, lhe dava segurança, uma vez que ele não podia ser arrancado de sua tenência. Assim, o camponês podia sempre contar com um pedaço de terra para sustentar sua família.
  Durante a Idade Média, a terra tinha grande significado. Deste modo, tornou-se comum a concessão de terras em troca de serviços prestados. Esta concessão dava-se entre nobres. Aquele que concedia era o suserano e o que a recebia seu vassalo. Construía-se entre os dois uma relação horizontal, de ajuda mútua. O vassalo jurava fidelidade ao seu suserano, prometendo acompanhá-lo em tempos de guerra, além de pagar seu resgate caso fosse preso. O suserano, por seu turno, comprometia-se a proteger militarmente o vassalo e conferir-lhe o direito de posse daquela terra. Embora a relação fosse horizontal, de igual para igual, em termos hierárquicos, o suserano encontrava-se acima do vassalo.  Neste contexto, o rei era o suserano mor, dono de todas as terras, a quem todos devinham obediência e fidelidade. Contudo, na prática, não era bem assim. Com a contínua divisão da terra e o amplo poderio dos senhores feudais, o poder real foi desfragmentando-se, de modo que os feudos passaram a auto-governar-se, com regras e “governos” próprios. O rei, progressivamente, perdia poder e influência.
  Embora para a maioria da população – servos e vilões – a ascensão social fosse impossível – por isso a sociedade feudal era estamental (não possibilita ascensão social) – os nobres tinham como aspiração máxima tornar-se cavaleiro. A Idade Média nasceu em meio a guerras proporcionadas pelas invasões bárbaras e, por isso, os cavaleiros tornaram-se verdadeiros heróis. Considerando-se que apenas o filho primogênito tinha direito à herança do nobre, aos outros filhos cabia entrar para o clero ou almejar a cavalaria, dado que as duas instituições tinham enorme prestígio à época.

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