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2013 Banca Poliedro 3o ano Ensino Médio e Pré-vestibularC IC LO 1 Resolução CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 2 dE 46 » InterdIscIplInares 1 O texto a seguir é uma referência a um poema de Drummond. Uma reescrita da quadrilha O ministro que amava a secretária que amava o gerente que amava a vizinha que amava o primo que amava poesia que amava a sensibilidade... Entre a linguagem matemática e a verbal, existem pontos em comum. No texto anterior, por exemplo, o emprego reiterado do pronome relativo que, de modo que a sentença possa se alongar infinitamente, faz lembrar uma propriedade matemática. Assi- nale a alternativa que expressa corretamente essa propriedade. a) x b a b ac= − ± ∆ = − 2 42; ∆ b) 1 039 900 115444. , ...= c) ax bx cx d3 2 0+ + + = d) log log5 52 4 3 1x x+ = + e) f n de perturb es unidade empo n t = ° =açõ de t ∆ Resposta correta: B A repetição do conectivo que faz lembrar uma dízima periódica. 2 Leia o texto a seguir. Mergulhador fotografa divisão entre placas tectônicas na Islândia O fotógrafo britânico Alexander Mustard registrou o mergu- lho que ele e outros colegas fizeram na fenda entre as placas tectô- nicas da América do Norte e da Eurásia. A aventura para conhecer a “fronteira” entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia. [...] A noção de placas tectônicas foi desenvolvida nos anos 1960 para explicar as localizações dos vulcões e outros eventos geológi- cos de grande escala. De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma “colcha de retalhos” de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do manto, uma região com magma nas profundezas da Terra. [...] A le xa nd er M us ta rd /S ol en t Fenda entre duas placas tectônicas. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/05/ mergulhador-fotografa-divisao-entre-placas-tectonicas-na-islandia.html>. Em relação ao deslocamento de placas tectônicas, levando em consideração sua participação no processo evolutivo, pode-se afirmar corretamente que ele: a) promove condições de isolamento geográfico. b) é o principal fator de extinção de espécies. c) é causado por choques entre meteoritos e a Terra. d) foi responsável pela união dos continentes que estavam separados. e) não ocorre na Terra atualmente; só há indícios de sua ocorrência. Resposta correta: A O deslocamento das placas tectônicas explica a separação de continentes e de ilhas, causando o isolamento geográfico entre populações, o que representa uma condição inicial para a formação de novas espécies. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 3 dE 46 3 Os fósseis mais antigos de hominídeos conhecidos hoje permitem situar as origens do gênero Homo por volta de 4 mi- lhões de anos atrás. Esses fósseis foram encontrados na África, de onde a espécie humana expandiu-se para o restante do planeta. Sobre a evolução da espécie e sua distribuição pelo planeta, assinale a alternativa correta. a) A postura ereta já era característica dos Australopithecus (considerados os primeiros hominídeos), embora o crânio ainda fosse equivalente ao de um chimpanzé atual. b) Originária do que hoje corresponde à África, a espécie humana teve sua expansão pelo planeta facilitada pelo fato de que os continentes ainda estavam unidos na chamada Pangeia. c) Foi somente com o surgimento do Homo sapiens sapiens que se desenvolveu o polegar opositor, típico da espécie humana e que permite o manuseio e a habilidade. d) As concepções de Charles Darwin acerca da origem e da evolução das espécies são a única explicação aceita para a forma como se deu a evolução até o Homo sapiens. e) Em termos biológicos, o surgimento do Homo sapiens sapiens é visto como a conclusão definitiva da evolução da espécie. Resposta correta: A Com efeito, as características físicas do Australopithecus – com a postura já definitivamente ereta, mas com uma caixa craniana que indicava uma capacidade cerebral ainda relativamente pe- quena – apontam para a conclusão de que não foi a inteligência o elemento determinante na evolução da espécie. Alternativa b: incorreta. A Pangeia existiu até, no máximo, 200 milhões de anos atrás, enquanto o gênero Homo não tem mais de 5 milhões de anos. Alternativa c: incorreta. O polegar opositor é uma característica comum aos primatas, e não uma exclusividade do homem atual. Alternativa d: incorreta. Embora a comunidade científica tenha nas teses de Darwin sua principal referência, não podem ser ex- cluídas as explicações criacionistas de inspiração religiosa. Alternativa e: incorreta. Cientificamente, não se pode conside- rar que uma espécie tenha tido sua evolução concluída defini- tivamente. 4 Sabe-se que as massas atômicas de A e B são dadas pelos elementos do conjunto dado pela diferença simétrica entre os conjuntos P = {1; 2; 4; 5} e Q = {2; 3; 4; 5}. Um átomo C possui massa igual à soma das massas desses elementos. Considerando que A é isótopo de B e que B e C são isótonos, calcule o número de prótons de C. Dado: Diferença simétrica: P ∆ Q = (P – Q) U (Q – P). a) 1 b) 2 c) 3 d) 5 e) 6 Resposta correta: B P ∆ Q = (P – Q) U (Q – P) = {1} U {3} = {1; 3} Portanto, 1A 3B 4C. Como o número de massa de A é 1, seu número atômico tam- bém é 1. Como A é isótopo de B, tem-se: 1 1 1 3A B B tem 2 nêutrons e é isótono de C, portanto o número atômico de C é 2: 1 1 1 3 2 4A B C. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 4 dE 46 5 Não é novidade que História e Literatura caminham jun- tas. O texto a seguir versa sobre a formação da cavalaria e a influência exercida sobre ela pela Igreja Católica. Leia-o com atenção. A cavalaria medieval se constituiu como principal mecanis- mo de defesa para a proteção dos interesses da nobreza durante o feudalismo. A cavalaria era exclusivamente formada por nobres. De acordo com a sociedade de ordens na Idade Média, a divisão so- cial era composta pelos que oravam (clero), pelos que trabalhavam (servos) e pelos que guerreavam (nobres). Segundo estudiosos do feudalismo, os nobres se ocupavam da guerra permanentemente. Os componentes de uma cavalaria geralmente eram filhos de nobres que não tinham o direito a he- ranças patrimoniais, sobretudo nas famílias com maior número de pessoas, nas quais o filho primogênito seria o herdeiro. Essa prática era denominada primogenitura (quando o filho mais velho herdava todos os bens da família) e seu principal objetivo era evitar a divisão dos bens patrimoniais da família. A Igreja Católica exerceu enormes influências no processo de composição das cavalarias e designou que as ações dos cavaleiros seriam efetivadas para defender a moralidade da religião cristã. Para que um nobre se tornasse cavaleiro na Idade Média, era realizada uma cerimônia religiosa seguida por um juramento, em que o cavaleiro se comprometia a seguir os princípios da fé e da moralidade cristã. O cavaleiro medieval até hoje está presente em nossa mentalidade ocidental como a figura de um homem forte, leal, destemido e generoso. Disponível em: <www.brasilescola.com/historiag/cavalaria- medieval.htm>. Acesso em: 12 jan. 2013. (Adapt.). Da leitura do texto, pode-se inferir corretamente que: a) a cavalaria medieval tinha o objetivo de defender os interes- ses da nobreza durante o feudalismo; por isso, também era responsável pela proteção do reino como um todo. b) as Cruzadas, em direção a Jerusalém, nasceram da vontade dos cavaleiros de recuperar o Santo Graal, recebendo dinheiroda Igreja para as tentativas. c) os componentes de uma cavalaria geralmente eram os pri- mogênitos, filhos de nobres que tinham direito a heranças patrimoniais, sobretudo nas famílias grandes. d) para um jovem se tornar cavaleiro, era necessária uma ceri- mônia na Igreja, na qual ele se ordenava para lutar na guerra e para ser sacerdote em períodos de paz. e) os nobres passavam o tempo em ocupações bélicas para de- fender seus interesses, pois não precisavam trabalhar; assim, a cavalaria não passava de um hobby. Resposta correta: A Ao afirmar que “a cavalaria medieval se constituiu como prin- cipal mecanismo de defesa para a proteção dos interesses da nobreza durante o feudalismo”, pode-se inferir que há, então, a proteção do reino como um todo, tanto do espaço quanto de seus habitantes. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 5 dE 46 6 Uma peça cilíndrica, cujo coeficiente de dilatação linear da matéria de que é feita é α, apresenta um diâmetro de D mm e precisa ser encaixada em um bloco, cujo coeficiente de dilata- ção linear do material de que é feito é κ, que contém um orifício circular de d mm de diâmetro (com D > d). Observe as represen- tações de antes e depois do encaixe. Peça cilíndrica e maciça, de diâmetro D Orifício circular de diâmetro d do bloco Antes do encaixe. Bloco Folga f 2 f 2 Peça Após o encaixe (vista frontal). Assinale a alternativa que indica a variação de temperatura ne- cessária para que a peça possa ser encaixada com uma folga de f mm (f < d) no orifício e em qual objeto essa variação de tem- peratura deve ocorrer. Dado: após o encaixe, a peça cilíndrica e o eixo do orifício do bloco têm seus eixos centrais coincidentes. a) d D f D no bloco− −κ ( ) b) D d f D no bloco− +α ( ) c) D d f d − + κ ( )na peça cilíndrica d) d D f D − − α ( )na peça cilíndrica e) d D f D − + α ( )na peça cilíndrica Resposta correta: D Há três formas de se obter o encaixe da peça: (I) resfriando-se a peça cilíndrica, (II) aquecendo-se o bloco com o orifício ou (III) fazendo-se (I) e (II) ao mesmo tempo. Como nenhuma alterna- tiva contempla o aquecimento do bloco e, ao mesmo tempo, o resfriamento da peça, a forma (III) não será analisada. É preciso salientar que toda dilatação real é volumétrica, mas pode-se, didaticamente e, em termos de análise matemática, es- tudar o problema linearmente, superficialmente ou em termos de volume. O caso de uma peça encaixar-se em outra está mais relacionado a uma análise de dilatação superficial, mas somente o coeficiente de dilatação térmica linear foi fornecido. Ora, pela análise superficial, tem-se: Equação I: A A T R R T R R T= + → = + → = +0 2 0 2 2 0 21 1 1( ) ( ) ( )β π π β β∆ ∆ ∆ Em que R e R0 correspondem ao raio final e inicial e β é o coefi- ciente de dilatação superficial. Por outro lado, pode-se analisar a dilatação linear do raio e ver como isso repercute na área superficial (observe que a dilatação do raio ocorrerá em todas as suas direções). Equação II: L L T R R T R R T= + ∆ → = + ∆ → = + ∆0 0 2 0 2 21 1 1( ) ( ) ( )α α α Agora, comparando-se as equações I e II: R R T R R T 2 0 2 2 0 2 2 1 1 = + ∆ = + ∆ ( ) ( ) β α pode-se concluir que: ( ) ( ) ( ) ( )1 1 1 1 22 2+ ∆ = + ∆ → + ∆ = + ∆ + ∆β α β α αT T T T T O termo (α ∆T)2 é muito menor que α ∆T, pois α << 1; logo, esse termo da expansão do binômio ( )1 2+ ∆α T pode ser desprezado. Assim, tem-se: (1 + β∆T) = 1 + 2α∆T, de onde surge a clássica apro- ximação: β ≈ 2 · α. Pela análise das alternativas, percebe-se, por não haver termos ao quadrado, que foi utilizada a abordagem da análise da dilata- ção linear do diâmetro/raio, e não da área. Mas, como pode ser visto, isso é indiferente. Portanto: Pela forma (I), precisa-se resfriar a peça de modo que seu diâ- metro passe de D para d – f; logo, aplicando-se a equação da dilatação linear: L L T d f D T T d D f Dpe a = + ∆ → − = + ∆ → ∆ = − −0 1 1( ) ( )α α αç Observa-se que, como D > d, então d – D – f é um valor nega- tivo, o que está coerente com o resfriamento da peça. Logo, a alternativa d está correta, e as alternativas c e e estão incorretas. Pela forma (II), precisa-se aquecer o bloco de forma a dilatar o diâ- metro do orifício de d para D + f; logo, aplicando-se a equação da dilatação linear: L L T D f d T T D d f Dbloco = + ∆ → + = + ∆ → ∆ = − +0 1 1( ) ( )κ κ κ que é um valor positivo e coerente com o aquecimento neces- sário. Logo, as alternativas a e b também estão incorretas. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 6 dE 46 7 Observe a imagem a seguir. Disponível em: <www.irmaosbrain.com>. Acesso em: 29 jan. 2013. A imagem mostra uma placa em que se faz uma brincadeira com o fato de as prefeituras de diversas cidades do país esta- rem adaptando as sinalizações públicas tendo em vista a rea- lização de grandes eventos esportivos. O efeito de humor da placa origina-se: a) da utilização de substantivos abstratos para descrever os bair- ros da cidade do Rio de Janeiro. b) da localização da placa que, equivocadamente, aponta para o oceano e para a crosta continental, e não para os bairros descritos. c) da tradução dos nomes próprios usados para descrever os bairros da cidade do Rio de Janeiro. d) da inclusão do subconjunto de bairros cariocas no conjunto de cidades do Estado do Rio de Janeiro. e) de uma crítica à prefeitura por ter traduzido para o inglês os nomes dos bairros, mas não o da própria cidade. Resposta correta: C Há casos notáveis de traduções de topônimos (nomes geo- gráficos próprios de um bairro, por exemplo), como Alemanha (Deutschland), Londres (London) e Nova Iorque (New York); todos eles buscam ser o mais fiéis possível à língua de origem ou, quando não o fazem, têm justificativas históricas para a adapta- ção para o português. Na placa da questão, houve uma tradu- ção equivocada dos topônimos: Morro do Alemão foi traduzido como “Montanha Alemã” (German Mountain), e Encantado como “Prazer em conhecê-lo” (Nice to meet you). Tais traduções trazem o efeito de humor na leitura da placa. 8 Leia o texto a seguir. A cabeça contém cerca de 100 mil fios de cabelo e mais de 90% deles estão em crescimento. Quem explica é o professor de derma- tologia Jerry Shapiro, chefe da Clínica de Doenças do Cabelo e do Couro Cabeludo da Universidade de Nova York. “O cabelo está em constante regeneração no couro cabeludo e cada fio permanece ali de três a sete anos, antes de cair e ser reposto por um novo.” Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ ultnot/2009/06/26/ult4477u1794.jhtm>. Acesso em: 30 jan. 2013. Uma garota, com cabelo conforme as características citadas no texto, resolveu fazer um novo corte. Para isso, ela necessita que o cabelo tenha comprimento superior a 70 cm. Um mês atrás, ela havia verificado que seu cabelo tinha 47 cm. Hoje, ao medir um fio, verificou que este tinha 50 cm. Com base nessas informações e considerando igual crescimento em todos os meses, assinale a alternativa correta. a) Se estivéssemos comemorando hoje o dia de Tiradentes, seu cabelo estaria apto para o corte dois dias antes do Natal. b) Somente daqui a um ano a garota poderá fazer o corte de cabelo que deseja. c) Se hoje fosse feriado do dia do Trabalho, seu cabelo teria o comprimento desejado próximo ao feriado de 12 de outubro. d) Se estivéssemos comemorando hoje o dia da Independência do Brasil, seu cabelo teria o comprimento necessário no 4º mês do próximo ano. e) Seu cabelo terá comprimento de 70 cm em um prazo de 2 anos. Resposta correta: D Nota-se que a taxa de crescimento do cabelo da garota é de 3 cm ao mês. Se hoje seu cabelo tem 50 cm e ela deseja queseus fios tenham comprimento superior a 70 cm, percebe-se que os fios precisam crescer mais de 20 cm. Para isso, são necessários 20 3 6 6= , meses. Como os fios precisam medir mais de 70 cm, pode-se contar 7 meses de crescimento. Se estivéssemos comemorando hoje a Independência do Brasil, ou seja, se hoje fosse 7 de setembro, depois de sete meses seria 7 de abril, ou seja, estaríamos no 4° mês do próximo ano. Alternativa a: incorreta. Se estivéssemos comemorando hoje o Dia de Tiradentes, ou seja, se hoje fosse 21 de abril, depois de sete meses seria 21 de novembro, e não 23 de dezembro. Alternativa b: incorreta. Serão necessários apenas sete meses de crescimento dos cabelos. Alternativa c: incorreta. Se estivéssemos comemorando hoje o Dia do Trabalho, ou seja, se hoje fosse dia 1° de maio, depois de sete meses seria dia 1° de dezembro, e não 12 de outubro. Alternativa e: incorreta. Serão necessários apenas sete meses de crescimento dos cabelos. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 7 dE 46 9 Observe e compare os dois mapas a seguir. Com base nos mapas, considere as afirmativas a seguir. I. Nomeando a totalidade do território representado pelo mapa I como A e a totalidade do território representado pelo mapa II como B, e considerando A e B como conjuntos, em que os elementos dos dois conjuntos são os municípios, é correto afirmar que A B e B A⊂ ⊃ . II. Nomeando a totalidade do território representado pelo mapa I como A e a totalidade do território representado pelo mapa II como B, e considerando A e B como conjuntos, em que os elementos dos dois conjuntos são os municípios, é correto afirmar que B A e A B⊂ ⊃ . III. Escalas cartográficas maiores possibilitam maior detalhamento da distribuição espacial dos fenômenos humanos e naturais. IV. Considerando as representações do Estado de São Paulo nos mapas I e II, nota-se uma diferença importante entre elas, que é a utilização de escalas com diferentes intervalos de valor de IDH no momento de produção do mapa, uma vez que, para o Estado de São Paulo, os dados têm a mesma abrangência espacial (os municípios). V. Nos dois mapas, o uso de diferentes tonalidades de cor tem como objetivo a representação ordenada dos dados. Mapa I – IDH do Brasil, por município. Legenda 0,450 a 0,550 0,551 a 0,650 0,651 a 0,750 0,751 a 0,850 0,851 a 1,000 Fonte: PNUD/2000. Índice de Desenvolvimento Humano – IDH – 2000 – Municípios – Coroplético Mais de 0,77 a 0,79 Mais de 0,79 a 0,81 Mais de 0,81 Menos de 0,75 Mais de 0,75 a 0,77 Mapa II – IDH do Estado de São Paulo, por município. Fonte: Fundação Seade. Estão corretas apenas: a) I, II, III e IV. b) I, II, III e V. c) I, II, IV e V. d) I, III, IV e V. e) II, III, IV e V. Resposta correta: E Afirmativa I: incorreta. Se considerarmos que a totalidade do território representado pelo mapa I é um conjunto, nomeado como A, e a totalidade do território representado pelo mapa II também é um conjunto, nomeado como B, pela Teoria Elementar dos Conjuntos o território do Estado de São Paulo está contido no território brasileiro, ou seja, B ⊂ A, que é o mesmo que A ⊃ B. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 8 dE 46 » pOrtUGUÊs Tirinha para as questões de 10 a 12 Um desejo? Poder criticar o mundo... ...sem fazer esforço algum para mudá-lo. Oba! Uma rede social!!! André Dahmer. Folha de S.Paulo. 10 A tirinha critica, principalmente: a) a falta de desenvolvimento do senso crítico nos jovens devido às influências das redes sociais. b) a postura política do jovem atual, caracterizada por sua omissão em relação às causas sociais. c) ideias fantasiosas que manipulam o imaginário do homem atual, como a crença em poço dos desejos. d) uma postura que, apesar de crítica, não se reflete em ações por parte de usuários de redes sociais. e) o uso da internet, o qual privilegia a crítica gratuita a indi- víduos ou instituições, sem haver discussões construtivas. Resposta correta: D A tirinha faz uma crítica ao modo como são usadas as redes sociais: espaço de crítica ao mundo, destituído de qualquer ação produtiva, visando transformar o que é criticado. 11 Para construir sua argumentação, o autor da tirinha faz uso de um(a): a) símbolo do Capitalismo associado ao futuro da sociedade humana. b) elemento fantasioso vinculado à esfera de comunicação atual. c) expressão idiomática tratada com humor. d) discurso sobre a influência da indústria cultural. e) linguagem coloquial ligada à fraca formação escolar brasileira. Resposta correta: B Para construir sua argumentação, o autor da tirinha se vale de ele- mento fantasioso (o poço dos desejos) e de um veículo de comu- nicação (as redes sociais, com explícita referência ao Facebook). 12 Leia os textos a seguir. Texto I OAB vai entrar com uma notícia-crime contra internautas por preconceito A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai entrar com uma notícia-crime no Ministério Público Federal, nesta quinta-feira, contra alguns internautas. A ação por injúria e racismo foi motivada após eles terem publicado mensagens preconceituosas no Twitter. Não é a primeira vez que comentários preconceituosos geram revolta no Twitter. Em outubro de 2010, após vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais, o caso de uma estudante de Direito ganhou destaque. A jovem postou no microblog uma mensagem altamente preconceituosa, sugerindo que parcelas da população fossem afogadas em benefício de outras parcelas. Disponível em: <extra.globo.com>, 12 maio 2011. Acesso em: 10 jan. 2013. (Adapt.). Texto II Fulanox @fulano_x esse povo acha que tem moral. cambada de feios. Não é atoa que não gosto desse tipo de raça Search Home Profile Messages Favorite Reply Delete Mensagem postada no Twitter, em 2010, por dois internautas. (Adapt.). Com base na tirinha de André Dahmer (O poço dos desejos), no fragmento de notícia (texto I) e no comentário retirado do Twitter (texto II) –, considere as afirmativas a seguir. I. Os três textos vinculam-se a um fenômeno do contexto atual – o uso das redes sociais –, porém o fazem de modos diferentes. A tirinha e a notícia discutem a má utilização delas, e o comentário é um exemplo desse mau uso. II. O texto jornalístico foi redigido em 2011, muito tempo depois da declaração da estudante de Direito, em 2010, no Twitter. Pela notícia, depreende-se que o ato preconceituoso por ela cometido continua a se repetir. III. O comentário preconceituoso da estudante de Direito foi motivado pela vitória de Dilma Rousseff na eleição presi- dencial de 2010. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) todas. Resposta correta: E I. Os três textos vinculam-se às redes sociais. A tirinha e a re- portagem discutem tal assunto; já a mensagem do Twitter é um exemplo de uso delas. II. O texto jornalístico, de 2011, discute a recorrência do uso das redes sociais por pessoas que fazem comentários precon- ceituosos, citando o caso de uma estudante de Direito, cujo comentário ganhou destaque em 2010. III. A vitória de Dilma Rousseff, em 2010, foi o motivador da afir- mação da estudante de Direito, segundo a notícia apresentada. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 9 dE 46 13 O texto a seguir é uma receita culinária (crocante de maçã); no entanto, os parágrafos foram misturados de modo que a progressão lógica fosse prejudicada. Leia atentamente. (1) Em seguida,coloque-as num recipiente transparente que possa ir ao forno. (2) O doce pode ser servido com natas ou com bola de sorvete. (3) Amasse tudo de forma que fique bem misturado. (4) Após o trabalho com as maçãs, misture numa taça açúcar, margarina derretida, aveia e canela. (5) Descasque as maçãs e corte-as em fatias. (6) Então, coloque a mistura por cima da maçã e leve tudo ao forno durante 20-30 minutos. Disponível em: <www.receitasdecozinha.com/ crocante-de-maca-r-643.html>. (Adapt.). Tendo como referência as palavras que estabelecem a coesão e a progressão textual, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta dos parágrafos. a) 2 – 6 – 3 – 1 – 4 – 5 b) 6 – 1 – 3 – 4 – 5 – 2 c) 5 – 1 – 4 – 3 – 6 – 2 d) 5 – 1 – 6 – 3 – 4 – 2 e) 2 – 1 – 3 – 5 – 4 – 6 Resposta correta: C A ordem correta dos parágrafos é: 5 – 1 – 4 – 3 – 6 – 2. Pode-se chegar a essa resposta considerando os termos destacados a se- guir, que servem de referência para a coesão e progressão textual. (5) Descasque as maçãs e corte-as em fatias. (1) Em seguida, coloque-as num recipiente transparente que possa ir ao forno. (4) Após o trabalho com as maçãs, misture numa taça açúcar, margarina derretida, aveia e canela. (3) Amasse tudo de forma que fique bem misturado. (6) Então, coloque a mistura por cima da maçã e leve tudo ao forno durante 20-30 minutos. (2) O doce pode ser servido com natas ou com bola de sorvete. 14 O significado de um texto pode exigir do leitor um conhecimento do que acontece no mundo. O texto a seguir exemplifica essa condição. Observe. Disponível em: <elementocomunicacao.wordpress.com>. Na mensagem verbal do cartaz, o autor do texto resgata a obra de: a) Carlos Drummond. b) Guimarães Rosa. c) Gonçalves Dias. d) Oswald de Andrade. e) Manuel Bandeira. Resposta correta: C O autor do texto faz menção à conhecida obra “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 10 dE 46 Texto para as questões 15 e 16 [...] E essa: “Delegado reduz fiança dos alunos da USP”. Todo mundo adorou essa: meia fiança. Tá certo: estudante tem meia- -entrada e agora meia-saída [...] paga meia em cinema, estádio e delegacia. E sabe o que um PM fez assim que chegou à USP? Pegou o celular e ligou pra mãe: “Mãe, entrei na universidade”. Essa é a charge do Sinfronio! [...] José Simão. Folha de S.Paulo. Disponível em: <www2.uol.com.br/josesimao/colunafolha.htm>. 15 As palavras podem assumir diferentes significados de acor- do com o contexto. Assinale a alternativa em que a expressão extraída do texto de José Simão é ambígua. a) “Todo mundo adorou”. b) “Delegado reduz fiança”. c) “paga meia em cinema”. d) “Mãe, entrei na universidade”. e) “E sabe o que um PM fez?”. Resposta correta: D A expressão pode ser entendida em sentido literal – “estar no campus da universidade” – ou em sentido figurado – “passou no vestibular”. 16 Considere as seguintes afirmações sobre o texto de José Simão. I. O texto critica a ação das autoridades de forma humorada e coloquial (por exemplo, o emprego da forma reduzida do verbo na expressão “Tá certo”). II. Em “paga meia em cinema, estádio e delegacia”, o substantivo delegacia promove uma quebra de paralelismo semântico. III. Na passagem “Mãe, entrei na universidade”, o autor alude ao fato de que a população mais pobre agora tem acesso à universidade e pode tirar um diploma universitário. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) todas. Resposta correta: D Afirmativa I: correta. O autor acha absurdo o fato de se cobrar meia fiança; há, portanto, uma crítica. Afirmativa II: correta. A palavra delegacia, por não remeter a um entretenimento, quebra a expectativa do leitor no nível do sig- nificado. Afirmativa III: incorreta. A referência ao fato de o PM entrar na universidade é irônica, portanto tem sentido oposto – ele só entra a trabalho. O acesso à universidade ainda é difícil para a população mais pobre, na qual o autor incluiu a categoria de policial. 17 Em seu site, José Simão posta uma série de manchetes com forte dose de humor. Entre elas, tem-se a manchete: “Lady Gaga tá Gagá”. O humor da frase é decorrente: a) da semelhança sonora entre o substantivo (nome artístico) e o adjetivo (representando um juízo de valor). b) da substantivação da palavra Gagá, que passa a ser sinônimo de idosa (em tom pejorativo). c) da transformação da palavra Gaga: de adjetivo caracterizador da palavra Lady para verbo, sinônimo de envelhecer. d) da repetição de Gaga, que assume pronúncias diferentes, mas que apresenta mesma classe gramatical: adjetivo (com o mesmo sentido). e) da mudança de classe gramatical: de substantivo próprio para comum, o que deprecia a cantora. Resposta correta: A Na primeira ocorrência, o termo Gaga é substantivo próprio e compõe o nome artístico da cantora. Na segunda ocorrência, tem-se o adjetivo gagá, sugerindo que a pessoa está envelhe- cendo (o termo popular possui carga negativa, portanto há juízo de valor). Texto para as questões 18 e 19 Um dia conversarei com os meus mortos E todos os que morri (os muitos eus que fui) reunidos inquietos sôfregos cada qual com um meu rosto na mão me contarão (sua) a minha história. Cassiano Ricardo. João Torto e a Fábula. 18 A respeito do texto de Cassiano Ricardo, é correto afirmar que: a) o termo mortos, no primeiro verso, foi empregado como adjetivo, qualificando o eu lírico do poema. b) contarão, no último verso, foi grafado erroneamente, e a forma correta seria contaram, visto que não indica uma ação futura. c) o eu lírico se evidencia fragmentado, marcado pela multipli- cidade de personalidades ao longo da vida. d) o poema explora, sobretudo, a facilidade de se entender os acontecimentos que envolvem a existência humana. e) o pronome sua, último verso, foi empregado na tentativa de estabelecer contato direto com o leitor. Resposta correta: C O eu lírico se descreve como sendo vários “eus”, indicando que se divide em diversas personalidades ou fases da vida. “Meus mortos”, “todos os que morri” e “me contarão (sua) minha história” são trechos que fortalecem essa ideia, visto que evidenciam distintas partes de uma vida que comporão a história de vida do eu lírico. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 11 dE 46 19 Considere as seguintes afirmações sobre o texto. I. O verbo morrer possui construção atípica, com a finalidade de fortalecer a mutabilidade pela qual passou o eu lírico. II. O pronome eu sofreu substantivação, para indicar a multi- plicidade do eu lírico. A presença do artigo os, do pronome muitos e da marca de plural (eus) explicitam esse processo. III. Os adjetivos inquietos e sôfregos modificam o termo história. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) todas. Resposta correta: B Afirmativa I: correta. O verbo morrer, embora intransitivo, foi usa- do com um complemento. Afirmativa II: correta. O termo eus é um termo substantivado em decorrência de ser qualificado por os e muitos e da marca de plural. Afirmativa III: incorreta. Os adjetivos destacados não modificam “história”, mas “os meus mortos/E todos os que morri”.20 Leia o texto a seguir. Eterno E como ficou chato ser moderno. Agora serei eterno. [...] Eternalidade eternite eternaltivamente eternuávamos eternissíssimo A cada instante se criam novas categorias do eterno. Carlos Drummond de Andrade. Sobre o fragmento do poema de Drummond, assinale a alterna- tiva incorreta. a) Partindo do adjetivo eterno, título do poema, há um trabalho linguístico em torno de distintas classes gramaticais, criando- -se “novas categorias do eterno”. b) O recorrente uso da ideia de eterno sugere a diversidade de abordagens existentes ao assunto. c) Eternaltivamente é um advérbio de modo, o que pode ser justificado pelo uso do sufixo mente. d) Eternuávamos, seguindo a estrutura de termos como cantáva- mos ou limpávamos, é criado com propriedades de um verbo. e) O grau absoluto sintético em eternissíssimo faz referência à brevidade da vida, algo bastante evidente no texto. Resposta correta: E O grau absoluto sintético em eternissíssimo faz referência à intensidade ou duração do eterno, à grande capacidade de algo ser eterno, e não à brevidade da vida. 21 O Trovadorismo foi a escola literária que marcou a Baixa Idade Média (não se sabe ao certo se o primeiro texto literário em língua portuguesa data de 1189 ou 1198, pois não há clareza nos manuscritos). As obras eram compostas como cantigas, sendo criadas letra e música concomitantemente. O criador, chamado trovador, era sempre homem (as mulheres não tinham acesso à escolarização), nobre e músico, o que já permite conceber um pouco da sociedade e da cultura da época. A grande influência cultural do período era a Igreja Católica, instituição mais poderosa de então. A parcela da nobreza que se instruía o fazia junto à Igreja, o que influenciava a forma de pensar do período. Leia o texto a seguir. Era firmado um pacto de aliança entre os senhores feudais e a Igreja, uma vez que a ideologia dominante fundava-se na concep- ção do teocentrismo. [...]. As produções literárias do período eram chamadas de cantigas trovadorescas, cuja característica se findava em composições poéti- cas cantadas e acompanhadas por instrumentos musicais [...]. Quem as compunham eram chamados de trovadores, contudo havia uma hierarquia dentre eles, cuja diferença pautava-se pela função desempenhada e pela interpretação, funcionando como uma espécie de status. [...]. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/literatura/ trovadorismo.html>. Acesso em 14 fev. 2013. (Adapt.). Considerando o Trovadorismo como representação poética da Idade Média, bem como o texto apresentado, analise as afirmativas a seguir. I. A poesia trovadoresca era livre, surgindo de acordo com a inspiração do poeta, sem preocupação com outro elemento que não a questão formal. II. O primeiro texto literário português de que se tem notícia foi a “Cantiga da Ribeirinha”, ou “Cantiga de Guarvaia”, escrito em uma linguagem muito parecida com a dos textos modernos. III. A Igreja Católica influenciava o cenário cultural por ser a detentora do poder político e econômico. IV. A realidade política, econômica e social da época fazia com que o trovador fosse sempre homem, nobre e músico. Estão corretas apenas: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I e III. e) II e IV. Resposta correta: C Afirmativa I: incorreta. No Trovadorismo, o trovador compunha “cantigas”, textos nos quais a música era criada junto com a letra, havendo, pois, essas duas preocupações. Afirmativa II: incorreta. A “Cantiga da Ribeirinha” foi o primeiro texto literário de que se tem notícia em Portugal, mas sua lin- guagem é arcaica, de modo que ainda nem pode ser tratado como texto de língua portuguesa, mas sim galego-portuguesa. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 12 dE 46 22 As cantigas trovadorescas dividiram-se em dois grandes blocos: as lírico-amorosas (amor e amigo) e as satíricas (escár- nio e maldizer), de acordo com a temática de cada uma delas. Eram apresentadas nas festas da corte e muitas, inclusive, foram escritas pela mais alta nobreza (um dos principais criadores foi D. Diniz, rei de Portugal). Leia a seguir os fragmentos de cantigas variadas, procurando apreender suas temáticas. Texto I Desei’ eu ben auer de mha senhor, mays nõ desei’ auer bê d’ela tal, por seer meu bê, que seia seu mal, e por aquesto, par Nostro Senhor, en que perdesse do sseu nulla ren, ca non é meu ben o que seu mal for, Texto II Roi queimado morreu con amor en seus cantares, par Sancta Maria, por Da dona que gran ben queria: e, por se meter por mais trobador, porque lhe ela non quis ben fazer, feze-s'el en seus cantares morrer, mais resurgiu depois ao tercer dia! Texto III Quer'eu em maneira de proençal fazer agora un cantar d'amor, e querrei muit'i loar mia senhor a que prez nen fremusura non fal, nen bondade; e mais vos direi en: tanto a fez Deus comprida de ben que mais que todas las do mundo val. Texto IV Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo! E ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo! Texto V Ai, dona fea, foste-vos queixar que vos nunca louv'en [o] meu cantar; mais ora quero fazer um cantar en que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Disponível em: <http://lerliteratura.blogspot.com.br/2011/04/ cantigas-trovadorescas-xii.html>. Acesso em: 10 jan. 2013. Considerando os textos apresentados (I, II, III, IV e V), assinale a alternativa em que os textos estão corretamente classificados, de acordo com o tipo de cantiga. a) I – amor; II – maldizer; III – amigo; IV – amor; V – escárnio. b) I – amigo; II – escárnio; III – amor; IV – amigo; V – maldizer. c) I – amigo; II – maldizer; III – amigo; IV – amor; V – escárnio. d) I – amigo; II – escárnio; III – amor; IV – escárnio; V – maldizer. e) I – amor; II – maldizer; III – amor; IV – amigo; V – escárnio. Resposta correta: E Os textos I e III são cantigas de amor, o que se comprova clara- mente pelo eu lírico masculino (I. “’Desei’ eu ben auer de mha senhor” e III. “e querrei muit'i loar mia senhor”). Ao contrário, a cantiga IV trata-se de cantiga de amigo, pelo eu lírico femini- no e pela presença do termo amigo (“se vistes meu amigo!”). A cantiga II é de maldizer, por trazer crítica direta (“Roi queimado morreu con amor”), enquanto a cantiga V é de escárnio, pela crítica indireta (“Ai, dona fea, foste-vos queixar”). CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 13 dE 46 23 As novelas de cavalaria foram manifestações em prosa da Idade Média. Por se tratarem de textos orais cuja maioria dos registros foi feita posteriormente, há várias versões diferentes. Mas, em todas elas, o herói é sempre o cavaleiro, ungido pe- los ideais da Igreja Católica. Dessas novelas, a mais conhecida pertence ao ciclo arturiano, ou ciclo bretão. Leia a seguir uma síntese dessa história. Em síntese, A Demanda do Santo Graal contém o seguinte: em torno da “távola redonda”, em Camelot, reino do Rei Artur, reúnem-se dezenas de cavaleiros. É véspera de Pentecostes. Chega uma donzela à Corte e procura por Lancelote do Lago. Saem ambos e vão a uma igreja, onde Lancelote arma Galaaz cavaleiro e regressa com Boorz a Camelot. Um escudeiro anuncia o encontro de maravilhosa espada fincada numa pedra de mármore [...]. Lancelote e os outros tentam arrancá-la debalde. Nisto Galaaz chega sem se fazer anunciar e ocu- pa a seeda perigosa (= cadeira perigosa) que estava reservada para o cavaleiro “escolhido”: das 150 cadeiras, apenas faltava preencher uma, destinada a Tristão. Galaaz vai ao rio e arranca a espada do pedrão. A seguir, entregam-se ao torneio. Surge Tristãopara ocupar o último assento vazio. Em meio ao repasto, os cavaleiros são alvo- roçados e extasiados com a aérea aparição do Graal (= cálice), cuja luminosidade sobrenatural os transfigura e alimenta, posto que dure só um breve momento. Galvão sugere que todos saiam em demanda (= à procura) do Santo Graal. No dia seguinte, após ouvirem missa, partem todos, cada qual por seu lado. Daí para a frente, a narração se entrelaça, se emaranha, a fim de acompanhar as desencontradas aventuras dos cavaleiros do Rei Artur, até que, ao cabo, por perecimen- to ou exaustão, ficam reduzidos a um pequeno número. E Galaaz, em Sarras, na plenitude do ofício religioso, tem o privilégio exclusivo de receber a presença do Santo Vaso, símbolo da Eucaristia, e, portanto, da consagração de uma vida inteira dedicada ao culto das virtudes morais, espirituais e físicas. Disponível em: <http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.com. br/2007/01/demanda-do-santo-graal.html>. Acesso em: 12 jan. 2013. De acordo com o que é narrado no texto, encontrará Graal o cavaleiro que reunir um conjunto de qualidades. Assinale a alternativa em que podemos inferir as características, de acordo com as expectativas da Igreja Católica, para que um cavaleiro seja digno de receber o Cálice Sagrado. a) Bondade, castidade, fé. b) Bondade, coragem, altivez. c) Incerteza, cautela, lealdade. d) Cautela, lealdade, força bruta. e) Fé, fidelidade, agressividade. Resposta correta: A A bondade, a castidade (implicando pureza de corpo e alma) e a fé eram pré-requisitos explicitamente conectados à Igreja para que o cavaleiro merecesse receber a presença do Santo Graal. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 14 dE 46 24 Nos séculos XIV e XV, a Europa passou por intensa crise, com o esfacelamento do feudalismo. Enquanto a mudança histórica acontecia, os poetas palacianos continuavam a produzir. Leia atentamente os textos I e II. Texto I A crise que assolou a Europa Ocidental, nos séculos XIV e XV, vem acompanhada do espírito da modernidade que começou a rondar a cabeça do homem europeu gerando fortes modificações políticas, econômicas, sociais e religiosas no sistema vigente. O regime feudal passou a sofrer fortes pressões internas e externas, que o modificaram, e muitas de suas estruturas entraram em colapso. Um novo engenho simboliza muito bem esta passagem: o relógio. Dividir o espaço que separa um dia do outro em 24 partes iguais é um exercício matemático que exige uma nova forma de percepção da natureza. No transcorrer do século XV observamos que, cada vez mais, dois tempos convivem paralelamente: o tempo da igreja, regido pelo sino, pela oração, dom inseparável do homem, e o tempo laico, organizado matematicamente pelo relógio, pelos mercadores, possíveis de expropriação. No plano social, rebeliões camponesas surgem em função da superexploração do trabalho, praticada pelos senhores feudais, principalmente após a ocorrência da Peste Negra, que chegou a matar quase um terço da população europeia, desorganizando a produção e provocando fome. Isso acaba por gerar grandes revoltas nas quais os camponeses queimaram castelos e assassinaram senhores. A repressão a esses movimentos foi enorme, uma vez que a nobreza e o clero passam a temer por sua sobrevivência. Disponível em: <www.casadehistoria.com.br/conteudo/historia-geral/ transicao-feudal-capitalista/crises-seculos-xiv-xv>. Acesso em: 17 jan. 2013. Texto II Cantiga sua partindo-se Senhora partem tam tristes. Meus olhos por vós, meu bem, Que nunca tam tristes vistes Outros nenhuns por ninguém. Tam tristes, tam saudosos, Tam doentes da partida, Tam cansados, tam chorosos, Da morte mais desejosos Cem mil vezes que da vida. Partem tam tristes os tristes, Tam fora d’esperar bem, Que nunca tam tristes vistes Outros nenhuns por ninguém. João Ruiz de Castelo Branco. Disponível em: <www. colegioweb.com.br/literatura/a-poesia-palaciana-do- cancioneiro-geral-.html>. Acesso em: 12 jan. 2013. Com base na leitura de ambos os textos, é correto afirmar que o poeta palaciano: a) com medo de represálias nas rebeliões camponesas, “masca- rava” suas mensagens de forma figurativa, como retratado no verso “Partem tam tristes os tristes/Tam fora d’esperar bem”. b) denunciava questões sociais em sua poesia, metaforizadas em construções lírico-amorosas, por exemplo, nos versos “Tam tristes, tam saudosos,/Tam doentes da partida”. c) era um homem de seu tempo e, como tal, abordava o momento histórico conturbado em sua poesia, sentimento expresso nos versos “Que nunca tam tristes vistes/Outros nenhuns por ninguém”. d) não tinha uma visão engajada de seu momento, produzindo textos com temas amorosos, na linha do Trovadorismo, como se percebe nos versos “Da morte mais desejosos/Cem mil vezes que da vida”. e) reconhecia os problemas históricos (era pessoalmente afeta- do por eles) e fazia disso tema para seus textos, o que pode ser visto em “Senhora partem tam tristes/Meus olhos por vós, meu bem”. Resposta correta: D Pela leitura do texto histórico, que demonstra a crise na Europa dos séculos XIV e XV, é possível perceber a alienação dos poetas de tal período, escritores da poesia palaciana, que versavam sobre o sofrimento amoroso e sobre suas damas inacessíveis, enquanto o feudalismo entrava em colapso e a região passava por crises. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 15 dE 46 25 Fernão Lopes (1378?-1459?) foi guarda-mor da Torre do Tombo (1418), tornando-se responsável pelo arquivo real, e assumiu, em 1434, o posto de cronista-mor do Reino, sendo o autor das narrativas históricas. Foi, portanto, figura marcante do período humanista em Portugal. Sua crônica histórica procurava tratar os fatos como eles eram, sem o “embelezamento” de cronistas anteriores que queriam agradar a Monarquia. Observe no texto a seguir. Uns dizem que havendo este Dom Pedro de Castro fala feita com el Rei de Castela, em que também entrava João Lourenço da Cunha, para que lhe desse entrada na cidade pela sua quadrilha (troço da muralha), que disto falou com Rui Freire, porque era gale- go como ele, pensando que lhe guardaria segredo, e que Rui Freire o descobriu ao Mestre. O qual, quando viu Dom Pedro, estando pre- sentes muitos fidalgos, lhe disse de praça como aquilo lhe fora dito e por quem, e que Dom Pedro respondeu que Rui Freire mentia e que lhe poria o corpo (o desafiava para duelo), e que dizendo o outro (Rui Freire) que bem lhe prazia e outras razões a isto pertencentes, o Mestre lhes disse que se calassem e não curou mais do assunto, e que assim cessou este feito. Mas tal escrever é muito errado, e por duas breves razões: a primei- ra, porque não é de cuidar que um senhor tão sisudo e discreto como o Mestre, ouvindo uma tão grave coisa como esta, que era a perda do reino, e ademais para sua desonra com grande cajão de morte, a fosse descobrir desta guisa a quem em puridade (em segredo) lha dissesse. A outra, que não curasse mais disto, e que o deixasse assim passar sem pena, como se fosse feito de jogo (por brincadeira). Disponível em: <www.azpmedia.com/espacohistoria/index. php?option=com_content&view=article&id=114&Itemid=128>. Acesso em: 18 jan. 2013. Baseando-se no texto, analise as assertivas a seguir. I. O trecho de Fernão Lopes tem característica de relato, com um fato em sequência ao outro: “[...] Dom Pedro de Castro fala feita com el Rei de Castela, em que também entrava João Lourenço da Cunha, para que lhe desse entrada na cidade pela sua quadrilha (troço da muralha), que disto falou [...]”. II. Fernão Lopes não poupa suas opiniões: “Mas tal escrever é muito errado, e por duas breves razões: [...]”. III. Em “Uns dizem que havendo [...]”, comprova-se o fato de que o autordava voz a mais pessoas. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas II e III. d) apenas I e III. e) todas. Resposta correta: E Todas as assertivas estão corretas. O texto tem parte narrativa, parte opinativa e dá voz a outras vozes, não sendo a voz do cro- nista a única. » HIstÓrIa 26 A Baixa Idade Média na Europa foi marcada pelo cresci- mento comercial e pela centralização política. Entretanto, esse processo foi abalado no século XIV, quando a Peste Negra, a Guerra dos Cem Anos e as intensas revoltas camponesas ge- raram uma forte crise, que se estendeu por todos os aspectos da vida europeia. Sobre essa crise e seus desdobramentos, é correto afirmar que: a) o declínio da atividade mercantil gerou um enfraquecimento econômico em vários países, como Portugal, possibilitando a retomada do país pela Espanha. b) a crise teve como efeito a contenção do processo de centralização política que vinha se verificando na Europa, possibilitando a retomada do poder dos senhores feudais. c) a insegurança das rotas terrestres isolou Portugal do restante da Europa, gerando um fortalecimento das estruturas feudais no país. d) a recuperação da economia europeia impôs, necessariamen- te, a busca pela ampliação das riquezas, dos mercados e das fontes de metais preciosos fora da Europa. e) a crise do século XIV foi fundamental para eliminar o poder das cidades italianas, abrindo espaço para a ascensão de novas potências econômicas. Resposta correta: D A busca por novas fontes de metais preciosos, riquezas e um novo caminho para o Oriente, motivadores fundamentais da ex- pansão marítima, era determinada pelo próprio crescimento da economia europeia a partir da superação da crise do século XIV. Alternativa a: incorreta. Portugal não foi retomado pela Espanha. Ao contrário, a Revolução de Avis, ocorrida no final do século XIV, impediu essa retomada. Alternativa b: incorreta. Algumas Monarquias, como a francesa, tiveram apenas no século XIV seu momento de consolidação. Alternativa c: incorreta. A insegurança das rotas terrestres serviu para reforçar a importância comercial da costa portuguesa. Alternativa e: incorreta. O poderio das cidades italianas só foi reduzido a partir da segunda metade do século XV, quando a tomada de Constantinopla pelos turcos pôs fim ao comércio controlado pelos italianos através do Mediterrâneo. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 16 dE 46 27 A Revolução de Avis, ocorrida entre 1383 e 1385, é consi- derada decisiva para a consolidação do Estado português. Entre seus significados, é correto afirmar que: a) ela se constituiu em uma revolução burguesa, dando ao Estado português um caráter capitalista, decisivo para seu envolvimento nos empreendimentos marítimos e comerciais. b) ela representou a consolidação da independência portugue- sa e, ao mesmo tempo, uma aproximação entre o Estado e os interesses da camada mercantil. c) a ascensão da nova Dinastia de Avis ao poder representou uma ruptura entre a Monarquia portuguesa e a Igreja, conso- lidando o Estado nacional em Portugal. d) ela marcou o fim do feudalismo em Portugal, com o confisco das terras da nobreza e o atendimento das reivindicações dos camponeses. e) ela foi um marco no combate às ideias protestantes que ganhavam corpo no país, ameaçando a independência do reino português com a proposta de união com a Espanha. Resposta correta: B Ao derrotar as pretensões do reino de Castela e impor D. João, mestre da casa de Avis, como rei de Portugal, a camada mer- cantil portuguesa logrou efetivamente aproximar-se do Estado e também eliminar os planos espanhóis de anexar a faixa atlântica da península. Por outro lado, é um erro atribuir o caráter de uma revolução burguesa moderna ao movimento ou mesmo um sentido capitalista na ação da nova dinastia portuguesa. 28 Leia o texto a seguir. Esta bula origina-se de termos feito doação, concessão e dota- ção perpétua, tanto a vós (reis), como a vossos herdeiros e sucesso- res (reis de Castela e Leão), de todas e cada uma das terras firmes e ilhas afastadas e desconhecidas, situadas em direção do ocidente, descobertas hoje ou por descobrir no futuro. Seja descoberto por vós, seja por vossos emissários para este fim destinados. Trecho da Bula Inter Coetera, baixada pelo Papa Alexandre VI, em 1493. A bula papal mencionada representou a primeira tentativa de le- gislar sobre a posse das novas terras existentes a oeste. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que expressa corretamente o conteúdo da Bula Inter Coetera e seus desdobramentos. a) A autoridade da Igreja, colocando-se como poder universal, fez com que a doação dessas terras fosse aceita pelas Monar- quias europeias. b) Publicada pouco depois da chegada de Colombo às terras da América, a Bula Inter Coetera expressava a hegemonia então desfrutada pela Espanha nas navegações. c) O arbitramento da Igreja foi necessário para conter as dispu- tas que já então se manifestavam entre Portugal e Espanha, com a ameaça da invasão das novas terras pelo primeiro. d) Para a elaboração da Bula Inter Coetera, a Igreja levou em con- sideração os novos conhecimentos trazidos pelas navega- ções, atestando o caráter esférico da Terra. e) A rejeição da Bula Inter Coetera pelos portugueses levou à assi- natura do Tratado de Tordesilhas, em 1494, um marco nas rela- ções político-diplomáticas entre Monarquias sem o arbitramen- to da Igreja. Resposta correta: E A assinatura do Tratado de Tordesilhas pode ser tomada como um marco na afirmação do poder das Monarquias europeias, desvinculando-se do poder da Igreja Católica. Alternativa a: incorreta. A não aceitação da Bula Inter Coetera pelos portugueses, por exemplo, atesta um momento em que o poder da Igreja já não era inquestionável. Alternativa b: incorreta. Não se pode falar ainda de uma hege- monia espanhola em um momento em que os portugueses já haviam atingido a costa da Índia. Alternativa c: incorreta. Não houve ameaça de invasão portu- guesa às novas terras. Alternativa d: incorreta. Não há nenhuma relação com a esferici- dade da Terra, dado que a Bula Inter Coetera legislava apenas em termos de terras a oeste da Europa. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 17 dE 46 29 Observe atentamente alguns marcos cronológicos da expansão marítima portuguesa. – 1415: Tomada de Ceuta no Norte da África. – 1453: Chegada dos portugueses a Guiné. – 1488: Bartolomeu Dias cruza o Cabo da Boa Esperança. – 1494: Assinatura do Tratado de Tordesilhas. – 1498: Vasco da Gama funda as primeiras feitorias portuguesas nas Índias. – 1500: Cabral chega ao Brasil, seguindo viagem para as Índias após tomar posse do território. A análise dessa sequência cronológica permite afirmar correta- mente que: a) a busca por terras a oeste foi sempre o interesse central da Monarquia portuguesa, dada a pequena extensão territorial de seu reino. b) por suas riquezas minerais, o continente africano concentrou as ações de conquista de Portugal durante praticamente um século. c) a posse da costa brasileira, possibilitada pelo Tratado de Tordesilhas e pela viagem de Cabral, deu aos portugueses o monopólio da rota atlântica para as Índias. d) a descoberta da América alterou os planos da Monarquia portuguesa, tornando o Brasil, e não mais as Índias e a África, o centro de seus interesses. e) a tomada de Ceuta, até então desconhecida pelos europeus, deu aos portugueses a dimensão da riqueza que poderiam obter com os empreendimentos marítimos. Resposta correta:C Uma análise posterior, na qual se inclui a constatação do pe- queno interesse demonstrado pelos portugueses com seus domínios na América nos anos que se seguiram à viagem de Cabral, mostra que o grande interesse de Portugal, tanto na as- sinatura de Tordesilhas quanto na posse da costa brasileira, era, de fato, assegurar o domínio das duas margens do Atlântico, de modo a garantir o monopólio da rota para as Índias. Essa mesma análise exclui a alternativa a. As Índias eram o grande interesse português, sendo a África o obstáculo a ser superado. Claro que as terras conquistadas na África foram importantes, não por sua riqueza mineral, mas sim por sua posição estraté- gica. Ceuta, mencionada na alternativa e, era conhecida pelos europeus e sua importância era também muito mais estraté- gica (impedir um ataque árabe ao sul da Península Ibérica) do que econômica. 30 Leia a definição a seguir. Feitoria: Agência de companhia comercial nos portos das colônias, onde se armazenavam e se negociavam mercadorias, servindo também como fortificação primitiva, provida de uns tantos soldados e armamentos, para a defesa da colônia contra a intromissão de aventureiros. Dicionário Houaiss. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br>. Durante os trinta primeiros anos após a posse do território bra- sileiro, a ação econômica portuguesa sobre o Brasil teve por base a exploração do pau-brasil. A forma como se realizou essa atividade e também a definição apresentada permitem afirmar corretamente que: a) não se pode falar de uma colonização do território, dado que não houve ocupação efetiva e organização da produção econômica no período. b) a necessidade de defesa do território fez com que a Coroa Portuguesa deslocasse para o Brasil grandes contingentes de soldados, usados para ocupar a costa. c) a penetração em direção ao interior, necessária à obtenção da madeira, deu origem ao bandeirismo, que caracterizou os primeiros séculos da colonização. d) a utilização da mão de obra indígena em um regime de es- cravidão gerou constantes conflitos entre portugueses e in- dígenas, levando os portugueses a optarem pela escravidão africana. e) o pequeno valor do pau-brasil no mercado europeu levou ao desinteresse por parte de outros países, facilitando a defesa do território pelos portugueses. Resposta correta: A Esse período da história do Brasil é chamado de pré-colonial jus- tamente pelo fato de que não chegou a haver uma colonização efetiva. Alternativa b: incorreta. Não se pode falar em grandes contin- gentes de soldados para a defesa do território. Alternativas c e d: incorretas. A exploração do pau-brasil deu-se por meio de um sistema de escambo, no qual a madeira apre- sada pelos indígenas era levada para feitorias na costa, sendo trocada por artigos como vidros, espelhos ou tecidos, não sendo utilizada a escravidão. Alternativa e: incorreta. O pau-brasil foi alvo de pesados interes- ses de outras nações, notadamente dos franceses. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 18 dE 46 31 Observe o esquema a seguir. Cerca de 4 milhões de anos a.C. Surgimento dos primeiros hominídeos PRÉ-HISTÓRIA I. A. I. A. – Idade Antiga I. Me. – Idade Média I. M. – Idade Moderna I. C. – Idade Contemporânea I. C. HISTÓRIA a.C. d.C. Cerca de 4 mil anos a.C. 476 1453 1789 Ano 1Cerca de 6 mil anos a.C. Cerca de 10 mil anos a.C. Uso dos metais Invenção da escrita Nascimento de Cristo Tomada de Constantinopla Revolução Francesa Queda do Império Romano do Ocidente Desenvolvimento da agricultura I. A. I. C.I. Me. I. Me.I. Me. I. Me. Esquema fora de escala. Esse esquema demonstra alguns elementos de periodização da evolução humana. Com base nos dados apresentados e nos conheci- mentos sobre a periodização histórica, assinale a alternativa correta. a) A divisão da história em períodos ou eras é a mesma para todos os povos e todas as culturas do mundo, sendo adotada uma divisão padrão. b) O que se convencionou chamar de Pré-História é o período que se estende até o surgimento da agricultura, o qual marca o início dos tempos históricos. c) O nascimento de Cristo assinala o início da chamada Era Cristã, tendo ocorrido durante o período conhecido como Antiguidade. d) A divisão entre Pré-História e História é determinada pela existência de seres humanos, sendo a História toda a era após o aparecimento do Homo sapiens. e) O desenvolvimento da escrita ocorreu de forma relativamente concominante entre as civilizações do mundo, o que nos permite uma divisão única entre História e Pré-História. Resposta correta: C O nascimento de Cristo, definidor da chamada Era Cristã, ocorreu durante o período tradicionalmente visto como Antiguidade. Alternativa a: incorreta. Não há uma periodização única entre todos os povos, sendo ela fruto de uma visão particular da evolução histórica. Alternativa b: incorreta. O surgimento da agricultura, embora fundamental, ocorreu durante a Pré-História, marcando a passagem para o período Neolítico, e não para a História propriamente dita. Alternativa d: A evolução da espécie humana começou na Pré-História. Alternativa e: incorreta. A escrita não se desenvolveu de forma concomitante nas várias partes do mundo. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 19 dE 46 32 Leia o trecho a seguir. Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitações. André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 49. (Adapt.). Embora o autor procure referir-se especificamente à evolução de povos indígenas no Brasil, sua análise apresenta uma caracte- rística presente na evolução dos povos durante a Pré-história de um modo geral. Assinale a alternativa que define corretamente essa característica. a) O uso da cerâmica na construção de habitações, pelo fato de esse material apresentar capacidade de isolamento térmico, permitiu ao homem ocupar regiões mais quentes. b) O desenvolvimento da agricultura foi acompanhado por um intenso desenvolvimento técnico e cultural do homem, que se manifesta, por exemplo, em seus utensílios e em suas habitações. c) O desenvolvimento da agricultura, e com ele a maior dispo- nibilidade de alimentos, permitiu ao homem ocupar outras regiões, ampliando o nomadismo. d) Da mesma forma que ocorreu nas regiões do Oriente Próximo, no Brasil o desenvolvimento da agricultura levou ao abandono das atividades de caça e coleta. e) O desenvolvimento da agricultura, embora fundamental para a sobrevivência das comunidades, não gerou maiores alterações na forma de organização social. Resposta correta: B O autor demonstra justamente a interação entre o maior controle sobre o meio, por meio da agricultura, e o desenvolvimento da técnica verificado entre as comunidades aqui no Brasil. Alternativa a: incorreta. A cerâmica nunca foi usada na constru- ção de habitações. Alternativa c: incorreta. O desenvolvimento da agricultura levou naturalmente à maior sedentarização, e não ao aumento do nomadismo. Alternativas d e e: incorretas. A agricultura conviveu com as prá- ticas de caça e coleta e gerou, inegavelmente, transformações profundas nas estruturas sociais. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 20 dE 46 33 Parte da pintura mural do túmulode Sennedjem, em Tebas (atual Luxor), é representativa por apresentar aspectos da vida econômica, social e política no Egito Antigo. Observe. Disponível em: <www.sofiaoriginals.com/novi52medinet3.htm>. Ao analisar os principais elementos da pintura, é correto afirmar que: a) a figura do Faraó, apoiada em uma forte religiosidade, dispensou o uso da força como instrumento de poder. b) abaixo da família real e dos sacerdotes, a sociedade apresentava um pequeno grau de estratificação, não se verificando maiores diferenças sociais. c) a importância da agricultura como elemento de sobrevivência deu aos camponeses um papel prioritário na organização social. d) o relativo isolamento do território tornou o Egito invulnerável a invasões, o que explica a estabilidade que o Império Egípcio conheceu por mais de 3 mil anos. e) a fertilidade, representada pelas plantas e árvores na base da pintura, fez do Nilo um elemento determinante para a organização da vida econômica e social egípcia. Resposta correta: E Desde a célebre frase atribuída ao historiador grego Heródoto, “o Egito é uma dádiva do Nilo”, tem-se claro o papel decisivo proporcionado pelas cheias do Nilo para a possibilidade de sobrevivência e florescimento de uma extraordinária civilização em uma região que, sem ele, seria um vasto deserto. Alternativa a: incorreta. Embora a religião fosse efetivamente um importante elemento de sustentação do poder, o Faraó não abriu mão de uma forte estrutura militar, que assegurou ao Estado o controle sobre a população. Alternativa b: incorreta. Nobres, escribas, chefes militares e funcionários reais constituíam setores diferentes de uma sociedade que era altamente estratificada. Alternativa c: incorreta. Os camponeses, submetidos a um rígido controle social, estavam na base da pirâmide social. Alternativa d: incorreta. Apesar do relativo isolamento, o Egito conheceu grandes períodos, não apenas de agitação interna como de invasões externas. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 21 dE 46 34 Um dos mais importantes mitos gregos é a lenda do Minotauro, um monstro com corpo de homem e cabeça de touro, morto por Teseu no labirinto, conforme representado na escultura a seguir. Étienne-Jules Ramey (1796-1852). Thésée et le Minotaure. Mármore, 1826. Tulherias (Paris), 1896. A análise da lenda do Minotauro e dos mitos gregos em geral permite afirmar corretamente que: a) para os gregos, o mito era a representação real da história, dada a extrema religiosidade que marcou a evolução inicial dos povos gregos. b) a lenda do Minotauro se insere em um momento em que as cidades gregas impunham seu domínio sobre todo o Medi- terrâneo, sendo Teseu um símbolo da superioridade grega. c) o mito para os gregos representava uma manifestação apenas poética, não apresentando relação direta com fatos ou figuras reais. d) a destruição do Minotauro está associada ao declínio da civilização cretense e ao início da ascensão dos povos gregos do continente. e) para os gregos dos tempos homéricos, a guerra era a única atividade dignificante do homem, o que explica o enalteci- mento de mitos como Teseu. Resposta correta: D Além de personagem mitológico, o Minotauro era a representa- ção simbólica do domínio imposto pelos cretenses sobre os po- vos gregos continentais. Sua morte por Teseu, um herói ateniense, representa justamente esse novo momento histórico, em que a civilização insular cretense era derrotada por povos gregos da península. Essa mesma análise invalida a alternativa c, dado que os mitos gregos eram uma representação mítica ou supernatu- ral de uma determinada realidade. Por outro lado, não se pode falar de uma religiosidade exacerbada, como dito na alternativa a – já que a civilização grega caracterizou-se, sobretudo, pela racio- nalidade, sem deixar de ressaltar, é claro, a experiência religiosa –, nem em um domínio grego sobre todo o Mediterrâneo, como afirmado na alternativa b. O erro da alternativa e está no fato de que, embora importante, a guerra não era a única atividade dignificante. 35 A pólis foi a forma básica de organização dos povos gregos a partir do final do período Homérico. Entre suas características, está: a) seu aspecto estritamente urbano, dado que as atividades rurais ficaram reservadas a comunidades camponesas sem vínculos políticos com as cidades. b) a submissão a uma federação, que estabelecia regras para as atividades comerciais e a criação de um exército comum a elas. c) o estabelecimento da democracia como característica co- mum a todas elas, eliminando as distinções políticas entre os cidadãos. d) a autonomia política, que se manteve ao longo da história grega, não se verificando a criação de formas centralizadas de Estado. e) o desprezo às práticas comerciais, o que garantia à aristocracia proprietária de terras o controle total da riqueza e do poder político. Resposta correta: D A autonomia política foi a característica marcante da pólis grega. Com isso, não se pode efetivamente falar em um Estado grego, nem mesmo em uma federação, salvo em momentos específicos, mas que não se constituíam uma forma de unidade política, ao contrário do que foi afirmado na alternativa b. Na alternativa a, o erro está no fato de que a cidade e o campo, ou seja, as ati- vidades urbanas e rurais, eram parte de uma mesma unidade. As alternativas c e e não apresentam características comuns às cidades gregas. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 22 dE 46 » InGlÊs Texto para as questões de 36 a 38 Mind-controlled robotic arm has skill and speed of human limb A paralyzed woman has been able to feed herself chocolate and move everyday items using a robotic arm directly controlled by thought, showing a level of agility and control approaching that of a human limb. Jan Scheuermann, 53, from Pittsburgh, was diagnosed with a degenerative brain disorder 13 years ago and is paralyzed from the neck down. “It's so cool”, said Scheuermann during a news conference. “I'm moving things. I have not moved things for about 10 years... It's not a matter of thinking which direction anymore it's just a matter of thinking ‘I want to do that'." She was shown feeding herself string cheese and chocolate unaided as well as moving a series of objects in tests designed for recovering stroke victims, and she was able to do it with speeds comparable to the able bodied. […] Chris Wickham. “Mind-controlled robotic arm has skill and speed of human limb”. Reuters, 17 dez. 2012. Disponível em: <www.reuters. com/assets/print?aid=USBRE8BG01H20121217>. (Adapt.) 36 De acordo com o texto, o braço robótico: a) ajuda nos movimentos do lado do corpo de Jan Scheuermann, que ficou paralisado. b) pode ser ajustado para o nível de agilidade e controle que for necessário, dependendo da tarefa a ser executada. c) possui um nível de agilidade e controle que não fica a dever muito ao de um membro humano. d) já pode ser usado todo dia pela paciente para mover qual- quer item que ela queira. e) foi instalado logo abaixo do pescoço da paciente nesse momento de fase experimental. Resposta correta: C O braço robótico possui um nível de agilidade e controle que não fica a dever muito ao de um membro humano, como se lê no trecho “[...] a robotic arm directly controled by thought, showing a level of agility and control approaching that of a human limb”. Traduzindo-se: “um braço robótico controlado diretamente pelo pensamento, mostrando um nível de agilidade e controle que se aproxima ao de um membro humano”.37 No texto, a expressão It’s so cool refere-se: a) à satisfação da paciente por conseguir mover coisas, algo que não fazia há cerca de 10 anos. b) ao fato de a paciente não ter mais que esperar em filas para transplante. c) à tristeza que a paciente sentia por sofrer de uma condição degenerativa no cérebro. d) ao ato de poder pensar sobre o movimento que a paciente deseja executar. e) ao diagnóstico que foi feito há 13 anos sobre a condição da paciente. Resposta correta: A A expressão It’s so cool refere-se à satisfação da paciente por conseguir mover coisas, algo que não fazia há cerca de 10 anos, como se infere pela leitura da frase que a segue: “I’m moving things. I have not moved things for about 10 years [...]”. Traduzindo-se: “Eu estou movendo coisas. Eu não tenho movido coisas por cerca de 10 anos”. 38 A paciente Jan Scheuermann foi submetida a testes proje- tados para avaliar: a) se ela conseguiria se alimentar sem qualquer ajuda de outra pessoa. b) a rapidez com que conseguiria se adaptar ao braço robótico. c) pacientes com doenças degenerativas. d) comparativos com corpos de pessoas com funções normais. e) pacientes que se recuperam de derrames cerebrais. Resposta correta: E A paciente Jan Scheuermann foi submetida a testes projetados para avaliar pacientes que se recuperam de derrames cerebrais, como se observa no trecho “She was shown feeding herself [...] in tests designed for recovering stroke victims [...]”. (Traduzindo- -se: “Ela foi mostrada se alimentando [...] em testes projetados para pacientes que se recuperam de derrames cerebrais [...]”. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 23 dE 46 Texto para as questões 39 e 40 Bin Laden movie Zero Dark Thirty arrives, mired in controversy Oscar-winning director Kathryn Bigelow could have made a testosterone-fueled shoot-'em-up Hollywood version of the capture and killing of Osama bin Laden. Instead, she and screenwriter Mark Boal turned Zero Dark Thirty into a more complex look at the decade-long hunt for the Al Qaeda leader, including a frank presentation of U.S. torture and previously undisclosed details of the mission to hunt down the man behind the September 11 attacks. When the film opens in limited U.S. release on Wednesday, Bigelow and Boal want audiences to disregard a year of controversies, including claims, which they have denied, that the film makers were leaked classified information. […] Christine Kearney. “Bin Laden movie Zero Dark Thirty arrives, mired in controversy”. Reuters, 17 dez. 2012. Disponível em: <www.reuters. com/assets/print?aid=USBRE8BG10B20121217>. (Adapt.) 39 Segundo o texto, a diretora Kathryn Bigelow: a) ganhou outro Oscar em Hollywood por esse filme, capturan- do em detalhes a vida do terrorista. b) transformou seu filme em um olhar mais complexo sobre a longa caçada ao líder da Al Qaeda. c) fez um filme de muita ação e cheio de testosterona, com um olhar menos complexo sobre a questão. d) evitou abordar detalhes sobre tortura e assuntos não revela- dos pelas autoridades. e) foi muito franca em sua apresentação do filme à imprensa, revelando detalhes do longa. Resposta correta: B A diretora Kathryn Bigelow transformou seu filme em um olhar mais complexo sobre a longa caçada ao líder da Al Qaeda, como se lê no trecho “[...] director Kathryn Bigelow [...] she and screenwriter Mark Boal turned Zero Dark Thirty into a more complex look at the decade-long hunt for the Al Qaeda leader [...]”. Traduzindo-se: “[...] a diretora Kathryn Bigelow [...] ela e o roteirista Mark Boal transformaram Zero Dark Thirty em um olhar mais complexo sobre a caçada de uma década de duração ao líder da Al Qaeda”. 40 Segundo o texto, com relação ao filme a ser lançado, pode- -se afirmar que: a) o público nos EUA irá desconsiderar todas as controvérsias que até então surgiram. b) seus diretores, Bigelow e Boal, querem esquecer todas as críticas surgidas nesse ano. c) existem alegações de que haverá limitação ao número de pessoas na plateia no dia da estreia. d) seus realizadores negaram alegações de que houve vaza- mento de informações confidenciais para eles. e) Bigelow e Boal querem que o público não alimente contro- vérsias sobre a apresentação de cenas de tortura. Resposta correta: D Com relação ao filme a ser lançado, pode-se dizer que seus re- alizadores negaram alegações de que houve vazamento de in- formações confidenciais para eles, como se verifica pela leitura do trecho “[...] including claims, which they have denied, that the film makers were leaked classified information“. Traduzindo-se: “[...] incluindo alegações, que eles negaram, de que os realizadores do filme haviam deixado vazar informações confidenciais”. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013Página 24 dE 46 » GeOGraFIa 41 O mapa a seguir foi feito com base em uma determinada projeção cartográfi ca. Observe. Oceano Atlântico Oceano Atlântico ÁFRICA EUROPA ÁSIA AMÉRICA DO SUL Oceano Glacial Ártico Ocea no Glacia l Ártico ÁFRICA EUROPA ÁSIA AMÉRICA DO SUL Oceano Glacial Ártico Ocea no Glacia l Ártico AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA DO NORTE OCEANIAOCEANIA Oceano Pacífico Oceano Pacífico Oceano Índico Oceano Índico Fonte: <www.mapsanddirections.us/projections.htm>. Acesso em: 18 jan. 2013. Sobre as características dessa determinada projeção, é correto afi rmar que se trata de uma projeção: a) equivalente cilíndrica, que possibilita uma avaliação correta das formas da superfície terrestre. b) cilíndrica conforme, que permite comparar adequadamente as áreas das terras presentes em diferentes latitudes. c) azimutal conforme, que não mantém corretas nem as áreas nem as formas, servindo apenas para fi ns didáticos. d) cilíndrica conforme, que representa corretamente as formas, embora distorça as áreas da superfície terrestre. e) equidistante azimutal, pois desloca a Europa do centro do mapa, onde ela normalmente se encontra. Resposta correta: D A projeção apresentada é a de Mercator; portanto, cilíndrica e conforme, representando corretamente as formas dos continentes, mas distorcendo a proporção entre as áreas da superfície terrestre, principalmente nas regiões de alta latitude. CiClo 1 – 3º EM E PV 2013 Página 25 dE 46 42 A foto a seguir mostra a Pedra do Baú, localizada no municí- pio de São Bento do Sapucaí, na Serra da Mantiqueira, Estado de São Paulo. Suas coordenadas são, aproximadamente, 22° 41’ S e 45° 39’ O. A formação rochosa foi reconhecida como monumento natural pelo governo paulista em 2010. Observe. M ur ilo M ed ic i N av ar ro d a Cr uz A face que está exposta na foto está voltada para a direção noro- este, o que significa que: a) essa face recebe mais sol que a face sudeste ao longo do ano, uma vez que a pedra está relativamente próxima ao Trópico de Capricórnio. b) é a face que recebe luz durante menos tempo ao longo do ano, pois está no fuso –3 em relação a Greenwich. c) é a face menos iluminada durante o inverno, pois a pedra está localizada ao sul do Trópico de Capricórnio. d) os raios solares atingem tal face apenas nos dias próximos ao solstício de verão do hemisfério Sul. e) os raios solares nunca atingem essa face, pois a pedra está localizada fora da zona intertropical. Resposta correta: A Estando localizada nas proximidades do Trópico de Capricórnio (que tem latitude aproximada de 23° 27 ’ S), a Pedra do Baú apre- senta uma face noroeste
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