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OCUPAÇÃO ANTRÓPICA E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO MEC GEOLOGIA Dinâmica da Terra + Acção do Homem O desencadeamento de fenómenos catastróficos, conjugado com as modificações impostas pelo Homem, põe em perigo populações e os seus bens Riscos Naturais Riscos Ambientais Riscos Climáticos Riscos Geomorfológicos Riscos Geológicos Vulnerabilidade do território Riscos Antrópicos População Equipamentos Organização Social e Económica Recursos Naturais Ao introduzir modificações na estrutura do subsolo podem ser criadas situações de elevado risco geológico Situações comuns de Risco Geomorfológico (bastante relevantes no território português) Bacias Hidrográficas Erosão fluvial Cheias Exploração de inertes Zonas Costeiras Erosão costeira Elevada pressão urbanística Zonas de Vertente Erosão hídrica das vertentes Movimentos de massa A ocupação antrópica das zonas fluviais, costeiras e de vertente, depara-se com problemas de ordem geológica, entre os quais se destaca a erosão Redução das Consequências dos Riscos Geológicos Conhecimento adequado dos processos geológicos e dos materiais rochosos que constituem as áreas de intervenção humana A ocupação antrópica levou a grandes alterações paisagísticas, o que tem levado à deterioração ambiental Costa da Caparica A ocupação de zonas de risco aumentou a vulnerabilidade das populações aos riscos podendo causar graves desastres com perdas irreparáveis Albufeira É necessário definir regras de ordenamento do território para evitar que a ocupação antrópica aumente cada vez mais, os problemas resultantes da interacção do Homem com a Terra O espaço deve ser organizado tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as suas capacidades Sra da Rocha - Albufeira BACIAS HIDROGRÁFICAS ACÇÕES GEOLÓGICAS DE UM RIO Erosão Transporte Deposição de materiais Características das BACIAS HIDROGRÁFICAS determinantes do comportamento dos cursos de água Relevo Natureza e Estrutura das rochas Clima da região Cobertura vegetal Acção antrópica EROSÃO Extracção progressiva de materiais do leito e das margens do rio. Deve-se à pressão exercida pela água em movimento sobre as saliências do leito e das margens dos rios Os materiais erodidos resultam da meteorização física e química sofrida pelas rochas, que provocam a sua fragmentação e alteração É mais acentuada em épocas de cheias, porque a velocidade das águas é maior Provoca a modificação dos vales e sulcos onde o rio circula, que, ao longo dos anos, vão ficando mais largos e mais profundos VELOCIDADE DA ÁGUA CARGA DETRÍTICA LITOLOGIAS EROSÃO TRANSPORTE Deslocação dos detritos rochosos erodidos pela corrente de água para outros locais. Designa-se por Carga sólida de um curso de água o conjunto de fragmentos sólidos por ele transportado SEDIMENTAÇÃO Deposição dos materiais ao longo do leito e nas margens dos cursos de água - nos terraços fluviais, nos deltas e nos aluviões MODOS DE TRANSPORTE SUSPENSÃO Sedimentos finos, movem-se à mesma velocidade da água SALTAÇÃO, ROLAMENTO, DESLIZAMENTO Partículas mais pesadas e mais grosseiras, movem-se com velocidade inferior à da água SEDIMENTAÇÃO Depende da velocidade da corrente e das características dos sedimentos: dimensões, formas e pesos Montante Jusante Tipologia dos materiais Pesados Maiores Angulosos Leves Finos Arredondados Parte superior do curso de água - Serra da Freita Aluviões - Sedimentos em planícies de inundação - zonas muito férteis EROSÃO/SEDIMENTAÇÃO - AMAZONAS Principais factores de risco associados às BACIAS HIDROGRÁFICAS Cheias Construção de barragens Extracção de agregados CHEIAS Precipitações moderadas e prolongadas Precipitações repentinas e de elevada intensidade Fusão de grandes massas de gelo Rotura de barragens e de diques Consequências O excesso de água aumenta o caudal dos cursos e o leito normal extravasa, provocando a inundação das zonas mais próximas A elevação do leito normal e consequente inundação das margens pode acarretar elevados prejuízos materiais e humanos. CHEIAS NO RIBATEJO BOAS OU MÁS ? DEPENDE DO PONTO DE VISTA! CHEIAS Prevenção e Controlo dos Danos Ordenar e controlar as acções humanas nos leitos de cheias Impedir a construção e a urbanização de possíveis zonas de cheias Construir sistemas integrados de regularização dos cursos de água (barragens e canais) - alargamento, aprofundamento e remoção de obstáculos nos leitos dos rios Algumas soluções também podem acarretar consequências negativas, se forem feitas desregradamente BARRAGENS São intervenções antrópicas que correspondem a construções com o objectivo de reter grandes quantidades de água, formando albufeiras. OBJECTIVO Regularizar o caudal de água, principalmente quando a precipitação é fora do normal, pois o excesso de água fica armazenado na albufeira, evitando inundações a jusante de barragem Abastecimento de populações Irrigação de terrenos Aproveitamento hidroeléctrico Aproveitamento turístico Barragens e Albufeiras no Tejo BARRAGENS Alguns inconvenientes Ao longo do tempo vão-se acumulando, no fundo, os sedimentos transportados pelo rio. Esta situação diminui a capacidade de armazenamento de água da barragem e reduz a quantidade de detritos debitados no mar, funcionando como barreiras artificiais ao trânsito de sedimentos Têm um determinado tempo de vida útil - quando este finda podem criar-se problemas de segurança Têm um impacte negativo nos ecossistemas aquáticos e terrestres da zona, provocando a destruição de habitats GESTÃO DE RISCOS EM BARRAGENS http://www.dha.lnec.pt/nti/portugues/estudos/ProjectoNato/nato_po.htm EXTRACÇÃO DE INERTES Intervenção antrópica que ocorre ao nível dos rios. Consiste na exploração de areias e outros inertes do leito ou das margens do rio. Fornece matérias-primas muito importantes, principalmente para a construção civil Consequências negativas Faz desaparecer as praias fluviais Descalça as construções cujos pilares assentam sobre o leito dos rios Altera correntes e outros aspectos hidráulicos Reduz a quantidade de sedimentos que chegam à foz Destrói aluviões e terrenos cultiváveis circundantes Causa modificações irreversíveis ao nível dos ecossistemas BACIAS HIDROGRÁFICAS O Homem usa e abusa dos territórios que circundam os rios, sendo os danos materiais e financeiros causados pelas cheias cada vez mais avultados e graves A INTERVENÇÃO HUMANA junto aos cursos de água pode AGRAVAR AS SITUAÇÕES DE RISCO, que são características destas zonas Ordenamento do território, fazendo-se a gestão racional dos espaços - EVITAR A OCUPAÇÃO URBANA E INDUSTRIAL DAS ZONAS DE RISCO Gestão sustentável - Implementação de planos de bacias hidrográficas que visam a gestão, planificação, valorização e protecção equilibradas dos grandes cursos de água Zonas Litorais Portugal é um dos países da Comunidade Europeia que mais sofre com a erosão costeira. De acordo com um relatório encomendado pela Comissão Europeia, Portugal ocupa o quarto lugar dos 18 países da UE com maior erosão no litoral: quase um terço da costa portuguesa está a ser destruído pelo mar. «Living with Coastal Erosion in Europe: Sediment and Space for Sustainability» ZONAS COSTEIRAS Principais factores de risco associados às ZONAS COSTEIRAS Avanço das águas do mar Diminuição da Sedimentação Acção abrasiva do mar Ocupação antrópica da faixa litoral FAIXA LITORAL OU COSTEIRA Zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa, dinâmica, mutável e que está sujeita a variados processos geológicos FACTORES MODELADORES Acção mecânica das ondas, das correntes e das marés MODELADOS COSTEIROS As formas de EROSÃO resultam do desgaste provocado pelo impacto do movimento das ondas sobre a costa - ABRASÃO MARINHA, sendo mais notórias nas arribas. As formas de DEPOSIÇÃO resultam da acumulação dos materiais arrancados pelo marou transportados pelos rios, quando as condições ambientais são propícias. Resultam praias ou ilhas-barreiras. Azenhas do Mar NOV 2006 Azenhas do Mar NOV 2006 Azenhas do Mar NOV 2006 Azenhas do Mar NOV 2006 Estruturas geradas por Fenómenos de ABRASÃO MARINHA Plataformas de abrasão Superfícies aplanadas e irregulares muito próximas do nível do mar. Resultam do desmoronamento das arribas, pelo que são constituídas por blocos e sedimentos de grandes dimensões Os fenómenos de abrasão são acelerados quando as ondas do mar transportam sedimentos, que chocam de encontro ao substrato rochoso e aumentam o seu desgaste, actuando como lixas Ar – arriba; Pam – plataforma de abrasão; B - blocos; C- calhaus; A -areias Pm – preia-mar Bm – baixa-mar Vagas no litoral Recuo da linha de costa (1 →2 →3) Aumento da plataforma de erosão Costa constituída, geralmente, por material rochoso consolidado, com inclinação acentuada (variando entre os 15° e os 90°), com pouca ou nenhuma cobertura vegetal ARRIBAS LITOLOGIA 1 LITOLOGIA 2 PRAIA DA LUZ - ALGARVE Estruturas geradas por Fenómenos de Transporte e Deposição Litorais DUNAS LITORAIS DERIVA LATERAL DAS AREIAS Estruturas geradas por Fenómenos de Transporte e Deposição Litorais Cordões litorais da laguna de Faro-Olhão Laguna de Aveiro «Haff-delta» Laguna b – barra s - evaporitos Estruturas geradas por Fenómenos de Transporte e Deposição Litorais Tômbolo de Peniche Restinga ou Cabedelo da Foz do Douro Praias São estruturas onde ocorre a deposição de sedimentos de variados tamanhos e formas. São locais muito frágeis, tanto do ponto de vista ecológico, como geológico Lagoa de Sancha - Sines Fonte da Telha – Arriba fóssil com Pinhal – Dunas com Acacial Equilíbrio precário Incêndio em acacial Fonte da Telha • Estruturas muito importantes porque impedem naturalmente o avanço das águas do mar para o interior dos continentes • Ecossistemas únicos onde há elevada biodiversidade DUNAS LITORAIS Furadouro - Esmoriz CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO DAS ZONAS LITORAIS Espaços privilegiados para actividades culturais, desportivas, económicas, turísticas e de lazer Locais de grande concentração populacional Valiosos recursos naturais, insubstituíveis e não renováveis IMPORTÂNCIA PAISAGÍSTICA, PATRIMONIAL E ECOLÓGICA CARACTERÍSTICAS E EVOLUÇÃO DAS ZONAS LITORAIS Zonas extremamente dinâmicas, estando constantemente a sofrer evolução Sistemas que se encontram em equilíbrio dinâmico e que resultam da interferência de inúmeros factores naturais ou antrópicos AS FORMAS MODIFICAM-SE, MUDAM DE POSIÇÃO OU DESAPARECEM FENÓMENOS NATURAIS QUE INTERFEREM COM A DINÂMICA DA FAIXA LITORAL Alternância entre REGRESSÕES e TRANSGRESSÕES marinhas (subidas e descidas do nível da água do mar) Alternância entre períodos de GLACIAÇÃO e INTERGLACIAÇÃO (variações no nível médio das águas do mar) Deformação das margens dos continentes, que resulta de MOVIMENTOS TECTÓNICOS (ascensão ou o afundamento das zonas litorais) FENÓMENOS ANTRÓPICOS QUE INTERFEREM COM A DINÂMICA DA FAIXA LITORAL Agravamento do EFEITO DE ESTUFA (aumento da frequência e intensidade dos temporais) OCUPAÇÃO EXCESSIVA da faixa de litoral com estruturas de lazer e de recreio (implementação de estruturas pesadas de engenharia) DIMINUIÇÃO DA QUANTIDADE DE SEDIMENTOS que chegam ao litoral (barragens nos grandes rios e exploração de inertes) DESTRUIÇÃO DAS DEFESAS NATURAIS, em consequência do pisoteio das dunas, da construção desordenada e do arranque da cobertura vegetal MEDIDAS DE PREVENÇÃO Implementação de estruturas Paredões, Enrocamentos, Quebra-mares, Molhes e Esporões Inconvenientes Custos elevados, tanto na construção como na manutenção Impactos negativos no litoral, como a alteração da estética da paisagem, e, a longo prazo, podem tornar-se estruturas de risco Apenas oferecem protecção local e reduzida no tempo MEDIDAS DE PREVENÇÃO ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DE SEDIMENTOS EM DETERMINADAS PRAIAS SEM CRIAR PERTURBAÇÕES NA DINÂMICA LOCAL Características Menos agressiva para a paisagem Dispendiosa mas é mais económica do que as obras de engenharia Em litorais muito energéticos este processo pressupõe uma continua e sistemática alimentação de sedimentos Programa FINISTERRA Programa de intervenção na Orla Costeira Continental. Objectivo: Requalificar e reordenar o litoral português Recuperação das dunas Alimentação artificial das praias Estabilização das arribas Manutenção e construção de esporões e muros de protecção Demolição e remoção de estruturas localizadas em áreas de risco Esta apresentação continua em… Movimentos de vertente
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