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24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 1/26 FONÉTICA E FONOLOGIA CAPÍTULO 2 - COMO PODEMOS REPRESENTAR OS SONS DA FALA? Clara Simone Ignácio de Mendonça INICIAR Introdução Tanto a fala quanto a escrita são consideradas simbolismos. É através delas que representamos os objetos do mundo e nossos pensamentos. Você já imaginou se não tivéssemos a língua para realizar essas representações? Como seria representar a frase “A criança tem vinte carrinhos de brinquedo” se não houvesse uma língua? Você teria que pegar uma criança, os vinte carrinhos dela, mostrar para a pessoa todos esses objetos e ainda, através de mímica, talvez, conseguir passar a noção do verbo ter. Fica difícil imaginar nossa vida sem a língua e a linguagem. Você já prestou atenção nos diversos sotaques ou dialetos do português brasileiro (PB)? Já parou para perceber que no Brasil há falares diferentes? Por exemplo, alguém que mora no sul do Brasil consegue identificar claramente se a pessoa é do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina ou do Paraná. Vejamos a frase: “A porta está aberta”. O gaúcho vai pronunciar todos os sons dessa frase, já o catarinense do litoral vai falar “a porta ichta aberta”, e o paranaense do interior, por sua vez, vai falar “a porta istá aberta”, o detalhe é que o paranaense vai usar aquele ‘r’, que popularmente é chamado de ‘r’ caipira, mas como representar esse ‘r’? Esse é um problema que toda língua enfrenta, pois toda língua, não só o PB, tem variações. Este capítulo vai tratar justamente disso, de como registrar as variações da fala para que ela possa ser 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 2/26 estudada. Vamos ver os diversos fones que constituem o português brasileiro, analisar suas possibilidades de pronúncia e vamos apresentar o alfabeto fonético com especial ênfase para o português, utilizado justamente para retratar fielmente a fala de cada comunidade. 2.1 Representação notacional dos sons da fala Para representar os objetos do mundo, os pensamentos e sentimentos, a humanidade pode valer-se de três símbolos, que são os desenhos ou imagens, a escrita e a fala. Todos esses são símbolos, pois representam algum objeto ou pensamento. Vamos nos concentrar agora na distinção entre a escrita e a fala e suas representações. Como lembra Cagliari (2010), a escrita é completamente normatizada. Uma das funções da escola é ensinar o indivíduo a escrever segundo essas normas. Se não existissem as normas da escrita e cada pessoa escrevesse do jeito que fala, certamente a comunidade de uso daquela língua teria dificuldades de se entender. Figura 1 - Representações de objetos: desenho, escrita e fala. Fonte: Shuttertock, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 3/26 Retomando a frase “A porta está aberta”, ela vai ser escrita exatamente desse modo, não importando se a pessoa fala o dialeto gaúcho, carioca, paulista e qualquer outro falado no português brasileiro (PB). Todavia, como para a fonética e para a fonologia interessa a fala e como ela é pronunciada, o sistema de escrita formal não consegue registrar essas variações. Você deve estar pensando que uma gravação resolveria esse problema. Porém, há duas situações a serem consideradas: 1) a tecnologia de gravação é relativamente recente, iniciou-se no ano de 1860. Somente hoje em dia temos gravações com qualidade; 2) nem sempre podemos utilizar gravações para mostrar o som alvo, pois é difícil anexar uma gravação num trabalho científico. É mais prático para o pesquisador registrá-la por escrito. Com a finalidade de transcrever os sons da fala, foi criado o Alfabeto Fonético Internacional (IFA), também referido pelo seu nome em inglês International Phonetic Alphabet (IPA). Vamos utilizar nesse texto a sigla IPA. O IPA consiste num conjunto de símbolos inspirado nas letras do latim e do grego. O IPA representa os sons da fala e é utilizado por todos aqueles que estudam as línguas. Não há nem um nome nem uma data certa para o início da utilização desses símbolos. Alguns falam que desde o século XVII, pois havia, nos estudos linguísticos, uma grande dificuldade em pronunciar corretamente os registros escritos das línguas. Em 1888 surgiu um primeiro alfabeto fonético internacional, que posteriormente foi aperfeiçoado pelo linguista francês Paul Passy, presidente da Associação Fonética Internacional, em 1897. O IPA, como já foi dito, serve para registrar os sons da fala. Essa representação, para efeitos de estudo, necessita ser muito precisa, ou seja, cada símbolo fonético tem que representar somente e apenas um som da fala. Esse registro é importante para toda e qualquer descrição dos fenômenos de fala, e também da pronúncia da própria língua. Vejamos a seguinte situação: queremos saber a pronúncia da palavra ‘not’, em inglês. No dicionário vamos encontrar a palavra seguida da sua pronúncia, desse modo: not ['nɔ:t]. Você conhece o som ‘n’, o ‘ó’ e o ‘t’, pois temos no português. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 4/26 Os linguistas sabem que o ‘ɔ’ é o mesmo som do ‘ó’, na palavra ‘pó’, no português, e o símbolo ‘:’ quer dizer que esse som deve ser pronunciado um pouco mais longo, algo como 'nóóót. É assim que você deve ler a transcrição ['nɔ:t]. O IPA vai dar conta de representar todas as línguas faladas no mundo e ainda vai permitir que o linguista leia a palavra ou o som representado, mesmo sem conhecer bem a língua. O IPA consegue, inclusive, representar as anomalias de fala, ou seja, aquilo que pode ser considerado uma fala que não corresponde ao padrão da língua. Você já ouviu o Romário, ex-jogador de futebol, falando? Ou mesmo o Ex-Presidente Lula? Eles falam o som ‘s’ com a língua entre os dentes e isso não é normal para o português. Um fonoaudiólogo vai dizer que eles têm um desvio fonético. Representamos a palavra ‘sim’ do jeito que eles falam desse modo: ['sim]. Aquele pequeno “tracinho” indica que há um desvio fonético na produção do som ‘s’. Qualquer um com treinamento em transcrição fonética irá ler a palavra com o desvio fonético chamado interdentalização do ‘s’. Esses pequenos sinais na transcrição fonética são chamados de diacríticos. Assim, o alfabeto fonético consegue representar todos os sons de uma língua e suas possibilidades de realização. Callou e Leite (2001) salientam que existem dois tipos de transcrição: a fonética, que é muito detalhada, e a fonológica, que é mais geral. Podemos dizer que a transcrição fonética, como a própria fonética, é descritiva, porém, ela é muito complexa, pois ela busca reproduzir tudo o que o falante diz, com todas as características dialetais. A outra é a transcrição fonológica ou fonêmica, que procura registrar a língua em suas unidades mínimas, não se importando com as características particulares do falante, nem com questões dialetais. É muito importante que você entenda essa diferença, de que a transcrição fonética registra os mínimos detalhes da fala, enquanto que a fonológica registra aquilo que é geral. Veja um exemplo: Quadro 1 - Exemplo de transcrição fonética e fonológica. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 5/26 Observe as diferenças nos símbolos. Vamos nos concentrar no detalhe do último segmento, o som (o). Na transcrição fonológica, grafamos o fonema /o/, já na fonética, grafamos o fone [ʊ]. Esse é um detalhe ao qual nos referimos em que a fonética se preocupou em marcar a realização da vogal [u] que foi emitida muito fraquinha, como uma sílaba átona. Sendo assim, o melhor símbolo para representa- laé o [ʊ], que corresponde a vogal u átona. Para a fonologia isso não vem ao caso, pois é a realização do som, a não ser que se queira estudar as vogais átonas. Para a transcrição fonética e fonológica, além dos símbolos do IPA, como você pode ver na Figura 2, também são utilizados diacríticos. É importante que você os entenda, pois as duas disciplinas os utilizam sempre. Vejam quais são: os colchetes [ ] – são utilizados para a transcrição fonética. Cada símbolo do IPA que é escrito dentro deles representa um fone (som); as barras / / – são utilizadas para a transcrição fonológica ou fonêmica. Cada símbolo do IPA dentro delas representa um fonema; o apóstrofo ' – utilizado para marcar a sílaba tônica do enunciado, por exemplo: [mi'ninɐ]. Veja que utilizamos os colchetes, logo, trata-se de uma transcrição fonética. Se fosse uma transcrição fonológica, que é menos detalhada, seria: /me'nina/; o ponto . – indica a fronteira silábica [mi.'ni.nɐ] ou /me.'ni.na/. Essa marcação só é utilizada quando queremos enfatizar a divisão silábica; o til ~ – sobre uma vogal, ele indica que é uma vogal nasal. Entre duas transcrições ele indica que pode haver duas ou mais realizações na fala: ['tia] ~ ['tʃiɐ]. Certamente você percebeu que no IPA (quadro a seguir) existem muitos símbolos, muitas marcações. A maioria delas nós utilizaremos. Vamos nos concentrar nos símbolos que pertencem ao português, nossa língua materna. Ao longo do texto, como fizemos acima, vamos apresentando todos os símbolos que utilizaremos nessa disciplina. Aos poucos você irá juntando os elementos apresentados e tudo fará sentido. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 6/26 O Quadro apresenta todos os sons, de todas as línguas faladas no mundo, com suas possibilidades de articulação. O quadro envolve elementos segmentais, que dizem respeito aos fonemas das línguas e elementos suprassegmentais, relacionados com Quadro 2 - Alfabeto fonético Internacional (IPA). Fonte: SEARA, et al, 2015, p. 26. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 7/26 a prosódia e o ritmo. Ao longo deste capítulo serão mostrados os símbolos adotados no português, que é a língua qual esse capítulo está descrevendo. VOCÊ SABIA? Que no mundo são faladas quase 7000 línguas na atualidade? Nem todas têm escrita, mas os linguistas do mundo todo se esforçam para estudar e transcrever cada uma delas. Hoje, o inglês é a língua mais falada do mundo e o português é a 5ª língua. Visite o site recomendado e veja como é a distribuição das línguas faladas no nosso planeta: < (https://goo.gl/HHxMTM)https://goo.gl/HHxMTM (https://goo.gl/HHxMTM)>. Nos próximos itens você, aluno(a), está convidado(a) a refletir sobre a correspondência letra-som do português brasileiro. Juntamente com as letras, vamos apresentando os símbolos fonéticos de cada som. 2.2 Correspondência letra-som das vogais do português Todas as línguas são formadas por consoantes e vogais. Entretanto, as línguas diferem nesse quesito. Isso quer dizer que cada língua tem seu conjunto característico de vogais e consoantes. Às vezes, eles podem ser parecidos, mas nunca idênticos. Vamos ver, inicialmente, as vogais orais do português, pois essa é nossa língua materna. https://goo.gl/HHxMTM https://goo.gl/HHxMTM 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 8/26 Seara; Nunes; Lazzarotto-Volcão (2015, p. 29) lembram uma premissa muito importante para o estudo das relações letra-som, a de que “as letras são unidades formais mínimas da escrita, e não da fala”. As pesquisadoras ainda ressaltam que “existem muitas letras que representam o mesmo som e muitos sons semelhantes que são representados por letras diferentes”. Nas vogais, as relações nunca são de um para um, pois as vogais podem ser acentuadas dependendo da sua posição na sílaba, logo, para as vogais, encontramos sempre uma relação de um para mais de um. Apresentaremos, a seguir, as vogais do PB. Mostraremos exemplos de palavras com esses sons e a notação do IPA para cada uma dessas vogais, que variam de acordo com a tonicidade da sílaba e o local onde se encontram na palavra. Colocaremos alguma observação para ajudar a compreensão, quando necessário. Se você pesquisar a fundo, verá que existem pequenas divergências nos manuais de transcrição fonética e fonológica. Essas divergências ficam mais no âmbito de algumas vogais e ditongos. A transcrição que adotamos nesse texto é baseada nos apontamentos de Seara; Nunes; Lazzarotto-Volcão (2015). Figura 2 - As vogais e consoantes do PB. Fonte: BlueRingMedia, Shutterstock, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 9/26 Chamamos atenção para as duas vogais marcadas por (*). Os símbolos [j] e [w] são utilizados ao invés de [i] e de [u], pois quando falamos palavras como ‘abaixo’, não pronunciamos muito bem o ‘i’. Praticamente, falamos ‘abaxo’ ou talvez ‘abaxu’ ou como em ‘couro’, que falamos ‘coro’ ou ‘coru’. Na maioria dos dialetos falados no Brasil, tanto o [i] quanto o [u], são falados bem fraquinho. Experimente a sua pronúncia falando as palavras ‘abaixo’ e ‘couro’ em voz alta. Como a escrita fonética é baseada na fala, não estaria correto usarmos os Quadro 3 - As vogais do PB. Fonte: Elaborado pela autor, baseado em SEARA, NUNES; LAZZAROTTO- VOLCÃO, 2015, p. 65-66. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 10/26 símbolos [i] ou um [u], pois eles praticamente somem na fala. Por isso, os foneticistas optaram por representar as semivogais por [y] e [w]. Lembrem-se de que a semivogal precisa estar junto de uma vogal. A Profa. Dra. Leonor Scliar-Cabral? Pesquisadora 1A no Cnpq, de renome internacional, dedicou toda sua vida acadêmica ao estudo da língua portuguesa, na área da psicolinguística. Dentre uma extensa bibliografia, a pesquisadora escreveu Princípios do sistema alfabético do português do Brasil, no qual faz uma extensa descrição da nossa língua do ponto de vista fonológico e morfológico. Vale a pena conhecer o trabalho dessa cientista da linguagem. Os sons [ɐ], [ɪ], [ʊ], correspondem, respectivamente, às vogais [a], [i] e [u], porém, os primeiros símbolos serão utilizados somente no final de palavras. Pense no modo como você fala a palavra ‘menina’. Esse último [a] também é pronunciado bem fraquinho, a mesma coisa acontece com o [i] e o [u] no final de uma palavra. Isso é justificado, pois vogais encontram-se em sílabas átonas. Logo, os foneticistas optaram por usar [ɐ], [ɪ], [ʊ] para representar essas vogais no final de palavras. Atenção! Essas são vogais átonas, não confunda com o conceito de semivogal. VOCÊ O CONHECE? 2.3 Correspondências letras-som das consoantes do português As consoantes do português também são representadas através dos símbolos fonéticos, que apresentaremos logo a seguir. Seguiremos o mesmo modelo de apresentação das vogais, com a letra alvo, um exemplo de palavra, a transcrição e alguma observação, quando necessário. No quadro a seguir apresentaremos as relações letra e som das consoantes: 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 11/26 Quadro 4 - As consoantes de PB, exemplos e representação fonética. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SEARA; NUNES; LAZZAROTTO-VOLCÃO, 2015, p. 80. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 12/26 Lembramos a você, aluno(a), que existem palavras, como é o caso de porta, cuja representação fonética variade acordo com o dialeto do falante. A transcrição fonética tem essa característica de ser individual. Você quer ler, ver, ouvir e se divertir com os sotaques do Brasil? Acesse o site, clique na região que você quer escutar, leia a frase que o falante gravou. Contribua com o site e deixe o registro da sua voz de seu sotaque. Acesse: < (https://localingual.com/?ISO=BR)https://localingual.com/?ISO=BR (https://localingual.com/?ISO=BR)>. Agora que já foram apresentados para você todos os símbolos que podem ser utilizados no PB, vamos, no próximo item, mostrar como eles são empregados. VOCÊ QUER LER? 2.4 Transcrição fonética e fonológica do português A partir de agora nos dedicaremos à apresentação de como proceder na realização da transcrição fonética e fonológica do português. Apresentaremos alguns exemplos de transcrição, desde a transcrição das sílabas até as frases. Apresentaremos, também, algumas diferenças entre o português brasileiro e o europeu, principalmente no que tange à fonética e à fonologia. 2.4.1 Transcrição de sílabas Como lembram Bisol (2001) e Mendonça (2003), o português apresenta várias possibilidades silábicas. Elas podem ser simples, quando formadas somente por uma vogal (V), ou podem ser complexas, quando formadas pelas combinações entre vogais (V) e consoantes (C). Vamos examinar algumas dessas possibilidades juntamente com suas transcrições fonéticas e fonológicas. Sílabas Simples https://localingual.com/?ISO=BR https://localingual.com/?ISO=BR 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 13/26 São aquelas formadas somente por uma vogal (V). Veja alguns exemplos: Como estamos falando de sílabas, fizemos a marcação com o ponto (.), que é o diacrítico utilizado para separação silábica. Observe que os exemplos apresentados exibem duas possibilidades de localização da sílaba simples quanto à tonicidade, em contextos tônicos, como nas palavras Itajaí e saúva, e em contextos átonos, como na palavra análogo. Note que na transcrição fonética ou fonológica não há o uso da acentuação habitual da escrita, que é o acento agudo. Usamos o diacrítico apóstrofo (') para marcar a tonicidade, como já havíamos falado antes. Sílabas Complexas Na língua portuguesa são várias as possibilidades de constituição de uma sílaba complexa, a começar pela forma canônica da sílaba, que é composta por uma sequência formada por uma consoante e uma vogal, simbolizada por CV: Quadro 5 - Sílabas simples do PB Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 14/26 Como exemplo, temos a sílaba ‘ba-’. Outras sílabas, igualmente complexas, podem ser formadas por sequências VC, CVC, CCV, CVCC. 2.4.2 Transcrição de palavras Na transcrição de palavras, se o foco não for silábico, não é preciso utilizar o ponto (.) para fazer a separação das sílabas. Nos exemplos mostrados anteriormente, para as sílabas, basta retirar os pontos e você terá exemplos para a transcrição de algumas palavras. Observe a seguir, mais exemplos. Importante salientar que, nesses exemplos, transcrevemos somente algumas possibilidades de pronúncia das palavras de acordo com o dialeto, ou seja, os exemplos talvez não contemplem a sua pronúncia ou a da sua região. a) Tendo como foco as vogais, você pode ver na transcrição fonética duas possibilidades de fala, dependendo do dialeto: Quadro 6 - Sílabas complexas do PB. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 7 - Transcrições fonéticas e fonológicas. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/26 b) Na fala da palavra cenoura existe um ditongo, que pode ser pronunciado de modo muito tênue, como uma semivogal ou sequer ser pronunciado. Essas duas possibilidades de fala estão representadas na transcrição fonética: c) Veja como se transcreve foneticamente o dígrafo lh no exemplo da palavra telha. Veja que podemos ter, pelo menos, duas realizações de fala, uma falando o fonema / ʎ/ e outra falando dois fonemas /li/: d) Outro exemplo de transcrição fonética de um dígrafo, agora o ch. Veja que a última vogal pode ser falada como um [ɪ] (leia i) átono ou como um [e]. No oeste de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul essa última pronúncia é muito comum: e) Agora observe o exemplo de outro dígrafo, o nh, simbolizado no IPA por [ƞ]. Novamente, exemplificamos duas possibilidades de realização na fala: Quadro 8 - Transcrições fonética e fonológica de ditongos. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 9 - Transcrições do dígrafo lh. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 10 - Transcrições do dígrafo ch. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 16/26 f) Preste atenção na transcrição do qu da palavra quero. É marcado somente um som na transcrição: g) A transcrição fonética das letras s, ss, ç, sc e xc variam muito, pois depende do som que elas representam. Por isso, algumas pessoas têm dificuldades na hora da escrita, pois o som não corresponde com a forma ortográfica das palavras. Veja os casos das palavras casa, massa, moça, nascer e exceto: Quadro 11 - Transcrição do dígrafo nh. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 12 - Transcrição do qu. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 13 - Transcrição de [z, s] entre vogais. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 17/26 h) A letra s, quando aparece entre vogais, é chamada de intervocálico, pode variar na pronúncia, novamente, dependendo do dialeto do indivíduo. Atente para as possibilidades de transcrição de um exemplo: i) A transcrição de palavras com o x apresentam três possibilidades de pronúncia. Observe a transcrição das palavras exame, táxi e xale. j) A transcrição do r (r fraco) e do rr (r forte), varia muito de acordo com o dialeto. Atente para a transcrição das palavras rica e carreta (com o r forte), a palavra cera (com r fraco) e a palavra carne (com o r intervocálico), para as quais apresentamos algumas possibilidades de transcrição: Quadro 14 - Transcrições de palavras com s. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 15 - Transcrições de palavras com x. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 18/26 k) As consoantes m, n e nh, conhecidas por consoantes nasais, merecem uma especial atenção na hora da transcrição, pois a sua nasalidade pode espalhar-se para a vogal que vem antes ou depois dela (MENDONÇA; SEARA, 2015). É preciso prestar muita atenção à fala para poder efetuar uma transcrição correta: l) A nasalidade também está presente nos ditongos nasais, que também requerem atenção na hora de transcrever. Na prática ão e am são a mesma coisa na fala. A variação ocorre apenas na tonicidade da sílaba: Quadro 16 - Transcrições dos erres. Fonte: Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 17 - Transcrições das nasais. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 19/26 m) Os ditongos orais, como lembra Silva (2002, p. 73), geralmente são interpretados “como uma sequência de uma vogal e uma semivogal, que são simbolizadas por [j], como em pai e [w], como em ouro”. Os ditongos podem se crescentes, quando formados por uma sequência semivogal + vogal, ou decrescentes, quando formados por uma sequência vogal + semivogal. Observe os exemplos no quadro abaixo: Veja o casoapresentado abaixo. CASO Quadro 18 - Transcrições dos ditongos nasais. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. Quadro 19 - Transcrições dos ditongos. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 20/26 Milena, de 9 anos, está cursando o terceiro ano do Ensino Fundamental. Ela é uma menina extremamente tímida, quase não fala. A professora está muito preocupada, pois tem percebido que ela troca muitas letras na escrita. A professora detectou que ela não sabe quando usar m ou n, troca p por b, troca s por z. Ao conversar com a orientadora escolar sobre sua preocupação, as duas ficaram com dúvidas se o problema da menina era somente linguístico, pois não estaria completamente alfabetizada ou se o problema fosse mais complexo, ou seja, alguma outra patologia que dificultasse a aprendizagem. A orientadora e a professora conversaram com a mãe, perguntaram como foi o nascimento da menina, se o parto foi normal, se a menina chorou logo que nasceu e como foi o desenvolvimento motor e oral da menina. Um fato chamou atenção no relato da mãe. Segundo ela, o trabalho de parto demorou muito e a menina “nasceu um pouco roxinha”. Esse fato acendeu um sinal de alerta! Diante disso, a escola decidiu encaminhar a menina para uma avaliação neurológica, para que o médico investigue se há ou não algum problema neurológico. Veremos, a seguir, como se realiza a transcrição de frases. 2.4.3 Transcrição de frases Antes de exemplificarmos a transcrição de frases, faz-se necessário chamar a sua atenção, aluno(a), de que estamos nos referindo à fala, que é diferente da escrita. Na fala não temos separação de palavras, todas as sílabas, todas as palavras, são enunciadas sequencialmente. Logo, a fala é um continuum, ou seja, se falamos a frase “dia está lindo”, não fizemos uma pausa entre cada elemento da frase (MATEUS, 2001). Se você já prestou atenção na escrita inicial de uma criança e, às vezes, também de um adulto, muitas vezes encontramos problemas na separação das palavras, como na palavra de repente, que muitas vezes vemos escrita “derrepente”. É a leitura e a progressão no aprendizado da escrita que fazem com que o aprendiz escreva os elementos da frase (ou do texto) separadamente. Entendida essa premissa, vamos apresentar exemplos. Figura 3 - Sons da fala Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 21/26 Para marcar o acento, temos que prestar atenção na tonicidade das sílabas das palavras. Veja que na emissão, os artigos e a, os, e a palavra monossilábica sons, perdem a tonicidade na emissão da frase. Primeiramente, é muito importante que você entenda que esses são exemplos de duas possibilidades de realização da frase na fala. Pode haver inúmeras outras, dependendo do dialeto da pessoa cuja transcrição fonética está sendo realizada. Veja que na primeira possibilidade de transcrição, colocamos uma marcação no fonema [z]. Este é um fenômeno que acontece quando uma consoante [s] é seguida de uma vogal, ela perde a característica do [s] e passa a ser falada como [z]. Futuramente nos aprofundaremos nesse fenômeno. A segunda possibilidade de transcrição (leia: us mininu tão jogando vídiu geimi) é um exemplo de fala coloquial, na qual o marcador de plural fica restrito somente ao artigo ‘us’. No dia a dia, quando escutamos alguém falar assim, já entendemos que é mais de um menino. Como o verbo ‘estão’ foi falado ‘tão’, é assim que deve ser transcrito. Reforçamos o que temos falado: a transcrição fonética é a transcrição da fala tal qual ela é falada. Logo, a transcrição não obedece às normas gramaticais. Isso deve ficar muito claro para você, aluno(a). Visto que estamos falando durante todo o texto sobre dialetos e sobre formas de falar, vamos abrir um parêntese para comentar sobre a visão da linguística sobre essa variação tão grande nos modos de falar. Essas variações ocorrem em qualquer Figura 4 - Tonicidade das sílabas Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 22/26 língua. Bagno (2005) lembra que as línguas variam não só por conta de questões geográficas, mas variam também de acordo com o gênero, questões socioeconômicas, etárias, de nível de instrução, urbanas, rurais etc. Segundo o pesquisador, muitas vezes, esses falares diferentes geram preconceitos, o que não é algo aceitável, afinal, se o indivíduo apresenta um modo de falar muito diferenciado da norma culta, isso é, em parte, consequência de uma grande desigualdade social, e a escola, por meio da educação, tem a função de diminuir a desigualdade social. Sendo assim, o português é a língua oficial do povo brasileiro, mas o português que se fala no dia a dia não é somente aquele que está descrito nas gramáticas e nos dicionários. Achar que só esse é o português correto, trata-se de um preconceito. Ao professor de língua portuguesa cabe oportunizar ao aluno o acesso à cultura letrada, à norma culta da língua, jamais incutindo o preconceito e, sim, deixando claro que no Brasil existem falares diferentes e que isso não torna uma pessoa diferente, melhor ou pior do que outra. O livro “A língua de Eulália” (2001) é um romance sociolinguístico escrito por Marcos Bagno, doutor em Letras e professor da Universidade de Brasília (UnB). Nele você poderá ler uma história interessante sobre o modo de falar da personagem Eulália e uma explicação sobre as variações na língua portuguesa, em vários níveis da linguagem, inclusive no nível fonético. O livro foi publicado pela Editora Contexto. Cagliari (2010, p. 26) salienta que “uma criança quando escreve disi não está cometendo um erro, mas transportando para o domínio da escrita algo que reflete sua percepção da fala”. Ela escreve do modo que pronuncia. O desafio da escola e dos professores é mostrar que a fala é diferente da escrita, e mesmo que existam vários dialetos, há uma norma culta, que é a norma preferida na hora de conseguir um emprego, por exemplo. Vejam: VOCÊ QUER LER? 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 23/26 Portanto, aprender português, não é só aprender como a língua (e suas variedades) funciona, mas também estudar ao máximo os usos linguísticos; e isso não significa só aprender a ler e escrever, mas inclui ainda a formação para aprender e usar variedades linguísticas diferentes, sobretudo o dialeto-padrão. A escola dessa forma não só ensinaria o português, como desempenharia ainda o papel imprescindível de promover socialmente os menos favorecidos pela sociedade (CAGLIARI, 2010, p. 72, grifo do autor). Veremos, a seguir, as diferenças fonéticas e fonológicas do PB e do PE. 2.4.4 Diferenças de natureza fonéticas e fonológicas entre o português brasileiro e o europeu O português, como toda língua, apresenta variações dialetais. Uma das razões que justifica as diferenças é a questão geográfica. Dentro do próprio Brasil temos falares diferentes, imaginem comparando o português falado no Brasil com o dos nossos colonizadores, os portugueses. Sabendo disso, a comunidade lusófona mundial, isto é, a de falantes do português, conversam e promovem acordos ortográficos para evitar que a língua portuguesa falada no Brasil, Portugal, Timor-Leste, São Tomé Príncipe e outros países que falam o português, comecem a se distanciar a tal ponto que a língua se descaracterize e se transforme em outra. VOCÊ SABIA? Que já faz tempo que os países lusófonos conversam sobre as transformações na língua portuguesa e tentam estabelecer acordos linguísticos entre os países lusófonos a fim de evitar uma mudança muito grande da língua portuguesa? Existe um levantamento histórico desses acordose conversas para evitar essas mudanças. A cronologia desses acordos está disponível no site: <http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia (http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia)>. Entre o português brasileiro (PB) e o europeu (PE), este último falado em Portugal, existem diferenças e vários níveis da linguagem, porém, vamos nos concentrar no nível fonético e fonológico. http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 24/26 A diferença mais marcante aos ouvidos do brasileiro é a forma com a qual os portugueses pronunciam as vogais. Temos a impressão de que o PE é mais consonantal, ou seja, eles pronunciam com menos nitidez as vogais quando estão em posições átonas. Vejamos alguns exemplos: Mateus (2001) apresenta um estudo sobre as diferenças entre o PB e o PE. A primeira diferença é quanto ao número de vogais orais, o PE tem duas a mais, o [ɨ] que é um som que fica entre o nosso [e] e [ɛ], e o [ɐ] que usamos no PB somente em sílabas átonas finais, ao passo que no PB pode aparecer em qualquer lugar da palavra. Mateus (2001, p. 6) aponta mais algumas diferenças para as vogais: a) A vogal átona [ɨ] só ocorre no registro pausado ou silabado do PE; a mesma vogal é suprimida no registro rápido e ocorre como [i] no PB; b) A vogal correspondente a grafia do o, quando átona, manifesta-se como [u] em PE e como [o] no PB; Mateus (2001) também relata que palavras que contém s em final de sílaba ou de palavra, como em esperança, essa letra é pronunciada, no PE, como um [ʃ] ou [ʒ]. Inclusive os falantes do dialeto do litoral de Santa Catarina, conhecido como “manezinho”, fazem a mesma substituição de fones. A similitude do dialeto catarinense do litoral se justifica, pois, essa região realmente foi colonizada por açorianos. Segundo a pesquisadora, não existem os fones [tʃi] e [dʒi] no PE. O l quando se encontra no final de sílaba ou de palavras, como na palavra falta, é pronunciado no PE como [ϯ] e no PB como [u]. Quadro 20 - Diferenças entre o português brasileiro e o europeu. Fonte: Elaborado pela autora, 2017. 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 25/26 As diferenças de sotaques em várias regiões do Brasil, de Portugal e de outros países que falam a língua portuguesa? Assista esse pequeno vídeo com vários falantes diferentes da língua portuguesa de vários países lusófonos. Veja se você consegue identificar seu dialeto. Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=fgCXdfTeZE0 (https://www.youtube.com/watch?v=fgCXdfTeZE0)>. Muito bem! Concluímos o segundo capítulo da disciplina. Vejamos alguns pontos importantes que tratamos nesse capítulo, logo a seguir. VOCÊ QUER VER? Síntese Chegamos ao fim de mais um capítulo sobre Fonética e Fonologia, cujo foco principal foi aprender como se faz as transcrições fonética e fonológica. Lembramos a você que é com a prática que se aprende a fazer uma transcrição adequada. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: existe uma forma diferenciada da escrita para realizar a transcrição da fala; existem símbolos específicos para transcrever cada som da fala; toda a língua tem seu conjunto de sons específicos; não existe uma fala melhor ou pior, existem falas diferentes; a escola tem a obrigação de apresentar a forma de falar com mais prestígio social; o português do Brasil apresenta diferenças do português de Portugal. Referências bibliográficas BAGNO, M. O preconceito linguístico: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 2005. https://www.youtube.com/watch?v=fgCXdfTeZE0 24/08/2023, 23:18 Fonética e Fonologia https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/EDU_FONEFO_19/unidade_2/ebook/index.html 26/26 BISOL, L. Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPURS, 2001. CAGLIARI, L. C. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2010. CALLOU, D.; LEITE, Y. Iniciação à fonética e à fonologia. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001. DING, D. Localingual. Disponível em: <https://localingual.com/ (https://localingual.com/)>. Acesso em: 04/01/2018. ILTEC - Instituto de Linguística Teórica e Computacional. Portal da Língua Portuguesa - História da Ortografia do Português. Disponível em: <http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia (http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia)>. Acesso em: 04/01/2018. MATEUS, M. H. M. A face exposta da língua portuguesa. Lisboa: Bertrand, 2001. MENDONÇA, C. S. I. A sílaba em fonologia. Working Papers, Florianópolis, v. 7, n. 1, p. 21-40, 2003. Disponível em: < (https://goo.gl/mh7TmG)https://goo.gl/mh7TmG (https://goo.gl/mh7TmG)>. Acesso em: 04/01/2018. MENDONÇA, C. S I.; SEARA, I. C. Análise aerodinâmica da nasalidade coarticulatória no falar florianopolitano. Domínios de Linguagem, Uberlândia, v. 9, n. 5, p. 83-104, 2015. Disponível em: < (https://goo.gl/fPaH8V)https://goo.gl/fPaH8V (https://goo.gl/fPaH8V)>. Acesso em: 04/01/2018. MATOS, F. H. Os 100 idiomas mais falados do mundo. World's Observatory, out. 2008. Disponível em: <https://goo.gl/HHxMTM (https://goo.gl/HHxMTM)>. Acesso em: 04/01/2018. OLIVEIRA, E. Sotaques da Língua Portuguesa. Youtube, 5 dez. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fgCXdfTeZE0 (https://www.youtube.com/watch?v=fgCXdfTeZE0)>. Acesso em: 04/01/2018. SEARA, I. C.; NUNES, V. G.; LAZZAROTTO-VOLCÃO, C. Para conhecer Fonética e Fonologia do português brasileiro. 1 ed. São Paulo: Contexto, 2015. SILVA, T. C. Fonética e Fonologia do Português. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2002. https://localingual.com/ http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo-historia https://goo.gl/mh7TmG https://goo.gl/mh7TmG https://goo.gl/fPaH8V https://goo.gl/fPaH8V https://goo.gl/HHxMTM https://www.youtube.com/watch?v=fgCXdfTeZE0
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