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Levotiroxina para que serve dosagem e efeitos colaterais

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Levotiroxina: para que serve, dosagem e efeitos colaterais
O que é levotiroxina?
A levotiroxina sódica é a forma sintética do principal hormônio produzido pela glândula tireoide, chamado
de tiroxina, também conhecido pela sigla T4. A levotiroxina é, portanto, um medicamento indicado para o
tratamento do hipotireoidismo, que é a doença provocada pela deficiente produção de hormônios pela
tireoide.
Os nomes comerciais da levotiroxina mais conhecidos no Brasil são Puran T4, Euthyrox e Synthroid; em
Portugal, as marcas mais famosas são o Eutirox e o Letter.
Neste artigo vamos abordar as indicações, o mecanismo de ação, os nomes comerciais, a posologia,
como tomar, os efeitos colaterais, as contraindicações e as interações medicamentosas da levotiroxina.
Vamos falar também sobre a eficácia da levotiroxina como remédio para emagrecer.
Para que serve?
Como já referido na introdução do texto, a levotiroxina é um hormônio sintético da tireoide. Ela deve ser
usada sempre que o paciente precisar de reposição artificial de hormônios tireoidianos.
A tireoide é uma glândula localizada na base do pescoço, cuja função é controlar o metabolismo do
organismo, ou seja, a forma como o corpo gere suas fontes de energia.
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Quando o cérebro deseja aumentar nosso metabolismo, ele estimula a tireoide a produzir mais
hormônios tireoidianos. Da mesma forma, quando o objetivo é desacelerar o metabolismo, o cérebro
“avisa” a tireoide para produzir menos hormônios.
O objetivo da tireoide é sempre produzir quantidades de hormônios necessárias para o metabolismo
manter-se adequado, de acordo com as atuais circunstâncias de vida do paciente. A tireoide saudável
não produz nem hormônios de mais nem de menos, apenas o necessário.
O hipotireoidismo é uma doença que surge quando a tireoide passa a produzir menos hormônios que o
necessário para o normal funcionamento do nosso organismo. Nesse caso, para que o metabolismo
corporal não entre em falência, faz-se necessária a reposição de hormônio tireoidiano através de
medicamentos, já que a tireoide se encontra doente e incapaz de produzi-los de forma adequada.
A principal e quase exclusiva indicação para o uso da levotiroxina é, portanto, o hipotireoidismo (para
saber mais sobre hipotireoidismo, leia: Hipotireoidismo: o que é, causas, sintomas e tratamento). A
levotiroxina também pode ser usada como tratamento completar para alguns tipos de câncer da tireoide.
Mecanismo de ação
Em pessoas saudáveis, a tireoide capta o iodo consumido na dieta e usa-o para criar dois hormônios:
triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
O T3 e o T4 produzidos pela tireoide são lançados na corrente sanguínea, onde irão atuar diretamente
nas células do nosso organismo, ditando o modo como elas irão transformar oxigênio e glicose em
energia. A quantidade de hormônios produzida pela tireoide é dividida da seguinte forma: 80% de T4 e
20% de T3.
O T4 é, na verdade, um precursor do T3. Quem realmente age nas células é o T3. Grande parte do T4
produzido, ao chegar em órgãos ou tecidos, é transformado em T3 para utilização das células. Portanto,
o T3 é efetivamente o hormônio tireoidiano que age no nosso organismo. O T4 é uma espécie de
reserva, que é usado para gerar mais T3 sempre que necessário.
Quando o paciente apresenta baixa produção de hormônios tireoidianos, a reposição é feita,
preferencialmente, com levotiroxina (t4 artificial) para que o organismo continue, de certo modo, com o
controle de quanto T4 irá ser convertido em T3, de acordo com as suas necessidades. Se a reposição
fosse sempre feita diretamente com T3, o risco de superdosagem do hormônio seria muito maior. Até
existem drogas com T3 artificial, mas a maioria dos pacientes atinge um bom controle do hipotireoidismo
apenas com a reposição de T4. Obviamente, se uma dose excessiva de T4 for administrada, esse
excesso acabará sendo transformado em T3.
Nomes comerciais
A levotiroxina sódica é um medicamento que já é comercializado sob a forma genérica tanto no Brasil
quanto em Portugal. Existem também diversas marcas cuja substância ativa é a levotiroxina. Vamos citar
algumas.
Nomes comerciais da levotiroxina no Brasil:
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/hipotireoidismo/
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Puran T4.
Synthroid.
Euthyrox.
Levoid.
Nomes comerciais da levotiroxina em Portugal:
Letter.
Eutirox.
Thyrax.
Como tomar – Posologia
Existem diversas dosagens disponíveis de levotiroxina, as mais prescritas são: 25 mcg (0,025 mg), 50
mcg (0,05 mg), 75 mcg (0,075mg), 88 mcg (0,088 mg), 100 mcg (0,1 mg), 112 mcg (0,112 mg), 125 mcg
(0,125 mg), 137 mcg (0,137 mg), 150 mcg (0,15 mg), 175 mcg (0,175 mg), 200 mcg (0,2 mg) e 300 mcg
(0,3 mg).
A dose da levotiroxina deve ser ajustada de forma a manter normalizados os níveis do hormônio TSH
(abaixo de 4,5 a 5,0 mU/L). Para entender melhor a relação entre os níveis de T4 e TSH, leia: TSH E T4
LIVRE | Exames da tireoide.
Em média, a dose necessária para o controle do hipotireoidismo é de 1.6 mcg/kg, o que dá algo em
torno de 112 mcg para um paciente de 70 kg. É preciso salientar, porém, que a dose inicial costuma ser
mais baixa, principalmente nos idosos e nos pacientes com problemas cardíacos, já que um excesso de
T4 pode desencadear arritmias ou eventos isquêmicos. Neste grupo de risco, a dose inicial
recomendada é de 25 a 50 mcg por dia, com ajustes a cada 4 a 6 semanas. Nos pacientes jovens e sem
outras doenças, a dose inicial pode ser a de 1.6 mcg/kg.
https://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/Levotiroxina-2.jpg
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/tsh-t4-livre/
4/6
Outra dica importante é orientar o paciente a escolher uma marca e tornar-se fiel à mesma. Existem
diferenças de biodisponibilidade do T4 entre as diversas marcas, incluindo genéricos de fabricantes
diferentes. Se você toma levotiroxina sódica genérica, decore a empresa farmacêutica responsável pela
produção e peça para o farmacêutico não trocar na hora de comprar uma nova caixa. Se a troca de
marca ou laboratório for inevitável, sugere-se uma nova dosagem do TSH após 6 semanas para avaliar
a necessidade de correção da dose.
A levotiroxina deve ser ingerida em jejum, de preferência 1 hora antes do café da manhã. Um estudo
conduzido na Holanda chegou à conclusão que a levotiroxina tomada à noite, antes de dormir, teria
melhor desempenho que a forma clássica, de manhã e em jejum. Este estudo, porém, tem algumas
falhas, como um grande intervalo de jejum entre o jantar e a administração noturna, e apenas 30 de
intervalo entre a dose da manhã e a primeira refeição do dia. Portanto, o melhor horário para a toma da
levotiroxina ainda é de manhã e em jejum.
Os sintomas do hipotireoidismo costumam melhorar com 2 a 3 semanas de tratamento, mas o efeito
máximo do medicamento demora pelo menos 6 semanas. Por isso, até que a dose correta da
levotiroxina seja estabelecida, o paciente deve fazer doseamentos do TSH a cada 6-8 semanas. Uma
vez que os sintomas desapareçam e o TSH esteja estabilizado em valores mais baixos que 4,5-5,0
mU/L, a dosagem do TSH pode ser repetida apenas 1 ou 2 vezes por ano.
Para crianças que tenham dificuldade de engolir comprimidos, o mesmo pode ser esmagado e misturado
em 10 ml de água. Essa mistura deve ser tomada imediatamente, ela não pode ser armazenada para
posterior administração.
Interações medicamentosas
A absorção gastrointestinal da levotiroxina é muito errática e pode ser influenciada por diversos fatores,
tais como, idade do paciente, marca do medicamento, problemas gástricos, alimentos e medicamentos
tomados concomitantemente.
Alguns medicamentos, exemplificados a seguir, não devem ser tomados nas primeiras 4 horas após a
administração da levotiroxina, para que não haja interferência na sua absorção:
Colestiramina.
Carbonato de cálcio.
Sevelamer.
Hidróxido de alumínio.
Sais de ferro.
Multivitamínicos.
Orlistat.
Sucralfato.
Poliestireno sulfonato de cálcio.
Existem também aqueles medicamentos que, mesmo que sejam tomados com grande intervalo de
tempo em relação à levotiroxina, podem diminuir a suaeficácia, como, por exemplo: rifampicina,
carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, sertralina, raloxifeno e omeprazol. Nestes casos, um aumento da
dose da levotiroxina pode ser necessária.
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A levotiroxina não corta o efeito da pílula anticoncepcional, mas qualquer medicamento à base de
estrogênio pode interferir na absorção gástrica do hormônio tireoidiano, podendo ser necessário um
aumento da dose da levotiroxina para se conseguir controlar o TSH.
Efeitos colaterais
Em geral, a levotiroxina é uma droga muito bem tolerada pelos pacientes. Os seus efeitos adversos
costumam ocorrer quando o paciente está a tomar uma dose acima da necessária para controlar o seu
hipotireoidismo.
Quais são os sintomas de dosagem excessiva da levotiroxina?
O excesso de hormônios tireoidianos costuma ser o responsável por boa parte dos efeitos adversos da
levotiroxina. Entre eles:
Palpitação.
Taquicardia.
Arritmias cardíacas.
Hipertensão arterial.
Dor no peito.
Agitação.
Ansiedade.
Dor de cabeça.
Insônia.
Tremores.
Irritabilidade.
Suores e calor excessivo.
Perda de peso.
Alterações menstruais.
Diarreia.
Aumento do apetite.
Cólicas abdominais.
Queda de cabelo.
Todo paciente com sintomas sugestivos de excesso de hormônio tireoidiano circulante deve ter o seu
TSH reavaliado, para possível correção da dose da levotiroxina.
Reações alérgicas à levotiroxina são raras, mas podem ocorrer.
Contraindicações
São poucas as contraindicações ao uso da levotiroxina. Este medicamento pode ser usado na gravidez
e durante o período de aleitamento materno.
O início do tratamento com levotiroxina deve ser evitado em qualquer pessoa com suspeita de
hipertireoidismo (doença que provoca produção excessiva de hormônios tireoidianos – leia:
Hipertireoidismo e doença de Graves: sintomas e tratamento), em pacientes com suspeita de doença
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/hipertireoidismo/
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isquêmica do coração (infarto ou angina instável), ou naqueles com insuficiência adrenal sem
tratamento.
Levotiroxina emagrece?
Por ser um medicamento que aumenta o metabolismo basal, a levotiroxina tem sido usada de forma
inadequada para induzir perda de peso em pacientes sem hipotireoidismo.
A levotiroxina NÃO deve ser usada como droga para emagrecimento. Se a pessoa não tem
hipotireoidismo e passa a tomar hormônios, ela desenvolve um hipertireoidismo de origem
medicamentosa, que é uma doença com diversos efeitos deletérios ao organismo, incluindo
osteoporose, crises de ansiedade, perda de cabelo, alterações menstruais, infertilidade, arritmias
cardíacas e até infarto agudo do miocárdio.
Nos pacientes com hipotireoidismo, a droga leva a uma perda de peso que ocorre não só por queima da
gordura, mas principalmente por reduzir a retenção de líquidos. Em geral, o paciente perde 2 a 3 quilos
apenas. Nos pacientes sem hipotireoidismo, a eficácia da levotiroxina na perda de peso é ainda menor e
se dá às custas de um consumo maior de massa muscular do que de gordura. Lembre-se: nem sempre
perder peso e emagrecer são sinônimos.
Portanto, quando usado somente com o intuito de emagrecer, os efeitos colaterais da levotiroxina são
muito mais relevantes do que a redução da gordura corporal.
Se você quiser ler sobre medicamentos para emagrecer, acesse o seguinte artigo: Remédios para
emagrecer: quais são os melhores?
https://www.mdsaude.com/obesidade/remedio-para-emagrecer/

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