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Resposta unidade I e II - INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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(ENEM 2013) “O hipertexto permite – ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exige – a participação de diversos autores na sua construção, a redefinição dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme potencial para se estabelecerem conexões, ele facilita o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o estabelecimento da comunicação e a aquisição de informação de maneira cooperativa.
Embora haja quem identifique o hipertexto exclusivamente com os textos eletrônicos, produzidos em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não deve ser limitado a isso, já que consiste numa forma organizacional que tanto pode ser concebida para o papel como para os ambientes digitais. É claro que o texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no papel, são praticamente inviáveis: a conexão imediata, a comparação de trechos de textos na mesma tela, o ‘mergulho’ nos diversos aprofundamentos de um tema, como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos.”
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
 
Considerando-se a linguagem específica de cada sistema de comunicação, como rádio, jornal, TV, internet; segundo o texto, a hipertextualidade configura-se como um(a):
		Resposta Selecionada:
	c. 
Novo modo de leitura e de organização da escrita.
	Respostas:
	a. 
Elemento originário dos textos eletrônicos.
	
	b. 
Conexão imediata e reduzida ao texto digital.
	
	c. 
Novo modo de leitura e de organização da escrita.
	
	d. 
Estratégia de manutenção do papel do leitor com perfil definido.
	
	e. 
Modelo de leitura baseado nas informações da superfície do texto.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: o que caracteriza a hipertextualidade não é o fato de ser realizada por meio do uso de recursos digitais. O hipertexto tampouco refere-se a um modelo de leitura superficial ou que se reduz ao texto digital. Segundo o que a questão nos apresenta, o hipertexto e a hipertextualidade estão associados a uma nova maneira de “ler” o texto e organizar a escrita. A hipertextualidade possibilita “caminhar” por vários textos, fazendo uso dos nós para alcançar outros níveis e outras formas textuais. A hipertextualidade, portanto, coloca vários textos para dialogar.
· Pergunta 1
· Pergunta 2
1 em 1 pontos
	
	
	
	(MPOG 2012, com modificações) [1]
A respeito da relação entre educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação, veja as afirmativas a seguir.
 
I. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) foram introduzidas na educação apenas para que fosse possível controlar as atividades administrativas e auditar os resultados apurados na gestão das instituições educacionais; assim, elas não devem ser utilizadas com propósitos educacionais propriamente ditos.
II. É desnecessário integrar as TICs às atividades de sala de aula já que, em geral, elas são utilizadas em atividades adicionais, sem vínculo obrigatório com o currículo escolar ou compromisso com o conhecimento.
III. As TICs favorecem uma nova relação com o saber, possibilitando ultrapassar os limites dos materiais instrucionais tradicionais e favorecendo a criação de comunidades de colaboração.
IV. As TICs privilegiam a comunicação e permitem criar diálogos entre a escola e outros espaços produtores de conhecimento, produzindo mudanças interessantes.
 
Está correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III e IV.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
II e III.
	
	c. 
III e IV.
	
	d. 
I e IV.
	
	e. 
II e IV.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: as TICs criam uma nova relação com o saber, já que alteram a forma de o aluno entrar em contato com o conhecimento. Essas novas formas possibilitadas pela inovação tecnológica permitem atividades que não poderiam ser realizadas com os materiais instrucionais tradicionais e possibilitam que as escolas dialoguem com outros espaços de produção do conhecimento (universidades, museus, ONGs, centros de pesquisa, órgãos de imprensa).
	
	
	
· Pergunta 3
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENADE 2005) Leia e relacione os textos a seguir.
 
Comparando a proposta com a charge, pode-se concluir que:
	
	
	
	
	
	Comentário da resposta:
	Resposta: E
Comentário: a charge mostra um indivíduo em situação de vulnerabilidade social; ele pede um mouse, e não dinheiro, o que seria de se esperar. Tal cenário mostra o quadro de exclusão social ao qual o indivíduo fica exposto caso não tenha acesso ao mundo digital.
	
	
	
· Pergunta 4
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENEM 2005, com modificações)
 
 
A situação abordada na tira torna explícita a contradição entre:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Relações pessoais e avanço tecnológico.
	Respostas:
	a. 
Relações pessoais e avanço tecnológico.
	
	b. 
Inteligência empresarial e ignorância dos cidadãos.
	
	c. 
Inclusão digital e modernização das empresas.
	
	d. 
Grau de instrução educacional e atuação profissional.
	
	e. 
Revolução tecnológica e exclusão digital.
	Comentário da resposta:
	Resposta: A
Comentário: atualmente, o atendimento por telefone é feito por meio de programas que conduzem o cliente a determinados setores em função da resposta dada às alternativas oferecidas. Em resumo, esse atendimento – e que antes era realizado por profissionais – é feito de maneira impessoal e com um elevado uso de tecnologia. A charge, assim, apoia-se na ideia de que as relações pessoais foram substituídas por relações entre máquinas e pessoas.
	
	
	
· Pergunta 5
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENADE 2015) A alfabetização midiática e informacional tem como proposta desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e outros provedores de informação como ferramentas para a liberdade de expressão, o pluralismo, o diálogo e a tolerância intercultural, que contribuem para o debate democrático e a boa governança. Nos últimos anos, uma ferramenta de grande valia para o aprendizado, dentro e fora da sala de aula, têm sido os dispositivos móveis. Como principal meio de acesso à internet e, por conseguinte, às redes sociais, o telefone celular tem sido a ferramenta mais importante de utilização social das diferentes mídias, com apropriação de seu uso e significado, sendo, assim, uma das principais formas para o letramento digital da população. Esse letramento desenvolve-se em vários níveis, desde a simples utilização de um aplicativo de conversa com colegas até a utilização em transações financeiras nacionais e internacionais.
WILSON, C. et al. Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Brasília: UNESCO, 2013 (adaptado).
 
A partir dessas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
 
I. Uma pessoa letrada digitalmente tem capacidade para localizar, filtrar e avaliar informação disponibilizada eletronicamente e para se comunicar com outras pessoas por meio de Tecnologias de Informação e Comunicação.
 
PORQUE
 
II. No letramento digital, desenvolve-se a habilidade de construir sentidos a partir de textos que se conectam a outros textos, por meio de hipertextos, links
e elementos imagéticos e sonoros.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
As asserções I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
	Respostas:
	a. 
As asserções I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
	
	b. 
As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	c. 
A asserção I é verdadeira e a II é falsa.
	
	d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	
	e. 
As asserções I e II são falsas.
	Comentário da resposta:
	Resposta: A
Comentário: o letramento digital está associado à habilidade de operar as Tecnologias de Informação e Comunicação, o que envolve a construção de sentidos a partir de hipertextos e outras formas de linguagem digital. Apropriando-se do letramento digital, o indivíduo passa a ter condições de comunicar-secom outras e realizar atividades que de outra forma não poderia realizar. Portanto, as duas asserções são verdadeiras e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
	
	
	
· Pergunta 6
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENADE 2015) Hoje, o conceito de inclusão digital está intimamente ligado ao de inclusão social. Nesse sentido, o computador é uma ferramenta de construção e aprimoramento de conhecimento que permite acesso à educação e ao trabalho, desenvolvimento pessoal e melhor qualidade de vida.
FERREIRA, J. R. et aI. Inclusão Digital. In: BRASIL. O Futuro da Indústria de Software: a perspectiva do Brasil. Brasília: MDIC/STI, 2004 (adaptado).
 
Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-se necessária para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e curiosidade em alguns, mas, em outros, provocam sentimento de impotência, ansiedade, medo e insegurança. Algumas pessoas ainda olham para a tecnologia como um mundo complicado e desconhecido. No entanto, conhecer as características da tecnologia e sua linguagem digital é importante para a inclusão na sociedade globalizada. Nesse contexto, políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas por objetivos que incluam:
 
I. A inserção no mercado de trabalho e a geração de renda.
II. O domínio de ferramentas de robótica e de automação.
III. A melhoria e a facilitação de tarefas cotidianas das pessoas.
IV. A difusão do conhecimento tecnológico.
 
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
I, III e IV.
	Respostas:
	a. 
I e II.
	
	b. 
I e IV.
	
	c. 
II e III.
	
	d. 
I, III e IV.
	
	e. 
II, III e IV.
	Comentário da resposta:
	Resposta: D
Comentário: a inclusão digital não tem como objetivo o mero domínio das ferramentas tecnológicas; assim, a inclusão digital é realizada para que o indivíduo possa se inserir no mercado de trabalho, para que ele possa melhorar a sua vida e para que ele possa difundir – e também gerar – conhecimento tecnológico.
	
	
	
· Pergunta 7
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENADE 2016) Inserir-se na sociedade da informação não significa apenas ter acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mas, principalmente, saber utilizar essas tecnologias para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto. Assim, o uso das TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e de experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional.
Disponível em: <www.portal.mec.gov.br>. Acesso em: 30 jul. 2016 (adaptado).
 
Com base no texto apresentado, conclui-se que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
A inserção de um indivíduo nas relações sociais e virtuais contemporâneas exige mais que inclusão digital técnica.
	Respostas:
	a. 
A inserção de um indivíduo nas relações sociais e virtuais contemporâneas exige mais que inclusão digital técnica.
	
	b. 
O domínio de recursos tecnológicos de acesso à internet assegura ao indivíduo compreender a informação e desenvolver a capacidade de tomar decisões.
	
	c. 
A solução para se democratizar o acesso à informação no Brasil consiste em estendê-lo a todo o território, disponibilizando microcomputadores nos domicílios brasileiros.
	
	d. 
O compartilhamento de informações e experiências mediado pelas TIC baseia-se no pressuposto de que o indivíduo resida em centros urbanos.
	
	e. 
Os avanços das TIC vêm-se refletindo globalmente, de modo uniforme, haja vista a possibilidade de comunicação em tempo real entre indivíduos de diferentes regiões.
	Comentário da resposta:
	Resposta: A
Comentário: a resposta requer interpretação do texto apresentado na questão. A inclusão digital, quando apenas técnica, não gera inserção social. Esta só ocorre quando, de posse do conhecimento técnico, o indivíduo muda as suas condições sociais e as formas por meio das quais estabelece relações sociais.
	
	
	
· Pergunta 8
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENADE 2013) Uma revista lançou a seguinte pergunta em um editorial: “Você pagaria um ladrão para invadir sua casa?”. As pessoas mais espertas diriam provavelmente que não, mas companhias inteligentes de tecnologia estão, cada vez mais, dizendo que sim. Empresas como a Google oferecem recompensas para hackers que consigam encontrar maneiras de entrar em seus softwares. Essas companhias frequentemente pagam milhares de dólares pela descoberta de apenas um bug
– o suficiente para que a caça a bugs possa fornecer uma renda significativa. As empresas envolvidas dizem que os programas de recompensa tornam seus produtos mais seguros. “Nós recebemos mais relatos de bugs, o que significa que temos mais correções, o que significa uma melhor experiência para nossos usuários”, afirmou o gerente de programa de segurança de uma empresa. Mas os programas não estão livres de controvérsias. Algumas empresas acreditam que as recompensas devem apenas ser usadas para pegar cibercriminosos, não para encorajar as pessoas a encontrar as falhas.
E também há a questão de double-dipping – a possibilidade de um hacker receber um prêmio por ter achado a vulnerabilidade e, então, vender a informação sobre o mesmo bug para compradores maliciosos.
Disponível em: <http://pcworld.uol.com.br>. Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).
 
Considerando o texto, infere-se que:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Os usuários de serviços de empresas de tecnologia são beneficiários diretos dos trabalhos desenvolvidos pelos caçadores de falhas contratados e premiados pelas empresas.
	Respostas:
	a. 
Os caçadores de falhas testam os softwares, checam os sistemas e previnem os erros antes que eles aconteçam e, depois, revelam as falhas a compradores criminosos.
	
	b. 
Os caçadores de falhas agem de acordo com princípios éticos consagrados no mundo empresarial, decorrentes do estímulo à livre concorrência comercial.
	
	c. 
A maneira como as empresas de tecnologia lidam com a prevenção contra ataques dos cibercriminosos é uma estratégia muito bem-sucedida.
	
	d. 
O uso das tecnologias digitais de informação e das respectivas ferramentas dinamiza os processos de comunicação entre os usuários de serviços das empresas de tecnologia.
	
	e. 
Os usuários de serviços de empresas de tecnologia são beneficiários diretos dos trabalhos desenvolvidos pelos caçadores de falhas contratados e premiados pelas empresas.
	Comentário da resposta:
	Resposta: E
Comentário: a resposta requer interpretação do texto apresentado na questão. Há especial destaque ao fato de a estratégia de contratar hackers para encontrar erros resultar em benefícios para usuários e clientes das empresas. Embora essas estratégias sejam alvos de críticas, o texto ressalta que, do ponto de vista dos clientes, os resultados são positivos.
	
	
	
· Pergunta 9
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ENADE 2013) De um ponto de vista econômico, a globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A superação de fronteiras gerou uma expansão capitalista que tornou possível realizar transações financeiras e expandir os negócios para mercados distantes e emergentes. O complexo fenômeno da globalização resulta da consolidação do capitalismo, dos grandes avanços tecnológicos e da necessidade de expansão do fluxo comercial mundial. As inovações nas áreas das telecomunicações e da informática (especialmente com a Internet) foram determinantes para a construção de um mundo globalizado.
Disponível em: <www.significados.com.br>. Acesso em: 2 jul. 2013 (adaptado).
 
Sobre globalização, avalie as afirmações a seguir.
I. É um fenômeno gerado pelo capitalismo, que impede a formação de mercados dinâmicos nos países emergentes.
II. É um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial que aprofunda a integração econômica, social, cultural e política.
III. Atinge asrelações e as condições de trabalho decorrentes da mobilidade física das empresas.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
II e III.
	Respostas:
	a. 
I, apenas.
	
	b. 
II, apenas.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
II e III.
	
	e. 
I, II e III.
	Comentário da resposta:
	Resposta: D
Comentário: a globalização provocou efeitos significativos nas formas como os países se integram econômica, social, cultural e politicamente. Essas transformações alcançaram também as relações de trabalho, tanto em função da ampliação dos mercados quanto da mobilidade física das empresas. Atualmente, as empresas organizam-se de maneira a instalar unidades em diferentes países, buscando aproveitar oportunidades em termos de disponibilidade de recursos de produção ou de legislação trabalhista ou ambiental, sendo essa dimensão característica do processo de globalização.
	
	
	
· Pergunta 10
1 em 1 pontos
	
	
	
	(ANVISA 2013, com modificações) [2]
       Fonte: Cetro, 2013.
 
A sociedade do conhecimento conta com Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que transformam os modos de ser, de conviver, de comunicação e de mobilização. As novas TIC afetam a educação e desenvolvem novos recursos, geram um novo tipo de aluno e exigem um novo tipo de professor. A tirinha satiriza uma situação de sala de aula e, em relação a essa sátira, considere as afirmativas.
I. Embora possa contar com tecnologias desenvolvidas no século XXI, a escola ainda “pensa” o aluno e a sala de aula em termos tradicionais.
II. A escola vem substituindo a educação de qualidade por práticas pedagógicas que fazem uso de TICs, o que exige cada vez menos esforço por parte do aluno.
III. A escola transforma-se em lan house gratuita, oferecendo inclusão digital de forma democrática.  
 
Está correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I.
	Respostas:
	a. 
I.
	
	b. 
I e II.
	
	c. 
II e III.
	
	d. 
I e III.
	
	e. 
II.
[1] Questão de concurso público para analista técnico de políticas sociais promovido pela Escola de Administração Fazendária (ESAF), em 2012, com modificações.
[2] Questão de concurso público para o cargo de analista administrativo da ANVISA, realizado pela CETRO, em 2013, com modificações.
	Comentário da resposta:
	Resposta: A
Comentário: a ironia está no fato de a professora exigir cópia do que escreve, enquanto os alunos fazem uso do celular para fotografar a lousa. Ao pedir a cópia, a professora está “pensando” no seu aluno e na sua atividade em termos tradicionais, enquanto o aluno tem à disposição recursos tecnológicos que não são considerados nas práticas pedagógicas.
	
	
	
· Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Os quadrinhos a seguir mostram um problema na disseminação de informações via rede.
Fonte: www.malvados.com.br. Acesso em: 19 jul. 2015.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as asserções.
I. As facilidades de propagação de informações na sociedade em rede possibilitam a divulgação de textos sem a correta referência, o que invalida a internet como forma de obtenção de conhecimento.
PORQUE
II. As redes sociais permitem o compartilhamento de textos sem a checagem de fontes, o que provoca, muitas vezes, a disseminação de informações incorretas.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	Respostas:
	a. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
	
	b. 
As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
	
	c. 
A asserção I é verdadeira e a II é falsa.
	
	d. 
A asserção I é falsa e a II é verdadeira.
	
	e. 
As duas asserções são falsas.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: D
Comentário: a disseminação de informações incorretas na internet não a invalida como forma de obtenção de conhecimento.
	
	
	
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os quadrinhos e o texto do sociólogo Zygmunt Bauman.
Fonte: acervo pessoal
“A ‘sociedade de consumidores’ é um tipo de sociedade (recordando um termo, que já foi popular, cunhado por Althusser) que ‘interpela’ seus membros (ou seja, dirige-se a eles, saúda-os, apela a eles, questiona-os, mas também os interrompe e ‘irrompe sobre’ eles) basicamente na condição de consumidores. [...] Ela avalia – recompensa e penaliza – seus membros segundo a prontidão e adequação da resposta deles à interpelação. Como resultado, os lugares obtidos ou alocados no eixo da excelência/inépcia do desempenho consumista se transformam no principal fator de estratificação e no maior critério de inclusão e exclusão, assim como orientam a distribuição do apreço e do estigma sociais, e também de fatias da atenção do público.”
BAUMAN, Z. Vida para consumo. São Paulo: Nacional, 2008.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. Os quadrinhos e o trecho de Bauman tratam do valor do indivíduo na nossa sociedade, em que o consumo é considerado um critério para inclusão ou exclusão social.
II. O personagem dos quadrinhos está lendo uma frase de Bauman, com a qual concorda, pois a essência de um indivíduo encontra-se em seu caráter.
III. Segundo o sociólogo, a incapacidade de consumir implica a penalização social do indivíduo.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
I e III são corretas.
	Respostas:
	a. 
I, II e III são corretas.
	
	b. 
I e III são corretas.
	
	c. 
Somente a afirmativa III é correta.
	
	d. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	
	e. 
Somente a afirmativa I é correta.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: os quadrinhos e o trecho de autoria de Bauman criticam a sociedade de consumidores, na qual o valor do indivíduo está no que “ele possui”, e não no que “ele é”. Esse critério de valoração é um fator de estratificação e de inclusão ou exclusão social. De acordo com o sociólogo, nesse tipo de sociedade, indivíduos incapazes de consumir são penalizados. Além disso, o personagem dos quadrinhos não acredita que, na sociedade de consumidores, o indivíduo seja valorizado pelo que é, e sim pelo que possui. Esse personagem chega a dizer que aquele que “não possui” nem mesmo “é um indivíduo”.
	
	
	
	
	
	
	Leia o artigo de Mônica Sousa, filha do desenhista Mauricio de Sousa e inspiradora da personagem Mônica das histórias em quadrinhos. Em seguida, observe a tirinha.
Somos todas donas da rua
08/03/2016
“No começo, a Turminha era formada só de meninos: Franjinha, Cebolinha, Chico Bento. Até que começaram a perguntar para o meu pai: ‘Cadê as meninas?’. Mauricio conhecia mais o universo dos garotos. Foi aí que ele começou a olhar em volta e percebeu que poderia se inspirar nas filhas. Em 1963, Mônica estreou na tirinha do Cebolinha e encantou todo mundo com um jeito que não era considerado exatamente feminino para a época. Ela era forte, decidida, dona da rua. Eu era também.
Meu pai sempre me deixou ser do meu jeito, sem me limitar por ser menina. Para ele, minha autenticidade (e de todos nós, seus dez filhos) sempre foi importante. É só ver, nos gibis, as peculiaridades de cada personagem baseado em nós.
Quando uma menina ou mulher é mais, digamos, assertiva, logo leva a fama de mandona. Mas, para mim, o que a Mônica sempre teve foi uma autoconfiança enorme, além de um grande sentimento de responsabilidade em relação a seus amigos.
Meninas em todo o Brasil e em vários países do mundo se identificam com a dentucinha, cuja força maior não é a física: é a força de quem acredita em seus sonhos e capacidades.
Na época em que a personagem nasceu, os anos 1960, as mulheres começavam a ganhar mais espaço no mercado de trabalho. No ano de publicação da primeira tirinha em que a Mônica aparece, a russa Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a viajar ao espaço. Mas o caminho foi longo. Fazia pouco menos de três décadas que as brasileiras haviam conquistado o direito ao voto.
Em 1964, foi criada a Magali, mais delicada, conciliadora (além de comilona, claro!). Mais alguns anos e chegou a Rosinha e tantas outras. Cada uma com seu jeito. Os meninos e meninas daTurma são diferentes? Com certeza. Mas brincam de casinha, de futebol, de viagem espacial, do que quiserem brincar. Juntos.
E, como a Mônica nunca foi limitada pelo fato de ser menina, elas e eles também não são. Têm os mesmos direitos e oportunidades. São iguais na diferença. Como são, naturalmente, as crianças. Ou como deveriam ser. Mas as crianças, também naturalmente, seguem os exemplos dos adultos, não é? Por isso precisamos ser bons exemplos para eles.
Pois é, em pleno século 21, ainda há muito a conquistar. Como diretora executiva de uma grande empresa, sou, do mesmo modo que a Mônica das historinhas, uma exceção. No Brasil, as mulheres ocupam apenas 5% das vagas nos conselhos das empresas e entre 8% e 16% dos cargos de alta liderança.
Já temos uma mulher na Presidência, mas, no Congresso, são apenas 13 senadoras para um total de 81 vagas e 51 deputadas para 513 cadeiras na Câmara Federal.
A nova geração tem a oportunidade de mudar esse quadro, com a nossa ajuda.
A violência contra mulheres e meninas tem raízes na discriminação e na desigualdade e começa cedo, portanto, a prevenção precisa acompanhar esse fator desde a educação de meninos e meninas, a fim de promover relações de gênero mais respeitosas.
Desde 2007, a Mônica é embaixadora do Unicef (Fundo das Nações Unidas pela Infância), emprestando sua força para defender os direitos das crianças e adolescentes. Neste ano de 2016, a Mauricio de Sousa Produções tem o orgulho de se tornar signatária dos princípios do ONU Mulheres.
Fundamentada na visão de igualdade consagrada na Carta das Nações Unidas, a ONU Mulheres, entre outras questões, trabalha para a eliminação da discriminação contra as mulheres e meninas e a realização da igualdade entre mulheres e homens como parceiros e beneficiários do desenvolvimento, direitos humanos, ação humanitária e paz e segurança.
Neste dia 8 de março, queremos mais que homenagens. Queremos respeito. Como a Mônica, as meninas podem ser as donas da rua e do mundo.”
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2016/03/1747369-somos-todas-donas-da-rua.shtml>.
Acesso em: 17 mar. 2016.
Fonte: http://www.jornalopcao.com.br/posts/ultimas-noticias/a-menininha-do-vestido-vermelho-e-do-coelhinho-de-pelucia-conquistou-o-seu-lugar.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. De acordo com o texto, a personagem Mônica representou, na época da sua criação, uma expressão das conquistas das mulheres na nossa sociedade patriarcal.
II. Segundo o texto, apesar dos avanços em relação à participação das mulheres na política, elas ocupam cerca de 11% das vagas do Congresso Nacional.
III. Os quadrinhos contradizem o que é exposto no texto sobre os papéis e as características dos personagens, uma vez que o Cebolinha defende a divisão de tarefas de acordo com o sexo.
Está correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
I e II.
	Respostas:
	a. 
I, II e III.
	
	b. 
I e II.
	
	c. 
II e III.
	
	d. 
I e III.
	
	e. 
I, apenas.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: o texto afirma que “meninas em todo o Brasil e em vários países do mundo se identificam com a dentucinha, cuja força maior não é a física: é a força de quem acredita em seus sonhos e capacidades”. Ainda segundo o artigo, “no Congresso, são apenas 13 senadoras para um total de 81 vagas e 51 deputadas para 513 cadeiras na Câmara Federal”. Considerando o Congresso como um todo, a porcentagem de mulheres é 11%. Os quadrinhos, por sua vez, apresentam uma crítica à divisão de trabalhos na qual o homem sai para trabalhar e a mulher é a única responsável pelos afazeres domésticos.
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto, de autoria de Vladimir Safatle, e analise as afirmativas a seguir.
Quem tem o direito de falar?
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma astuta de silenciamento
“A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos.
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que nomeamos ‘política’. Na verdade, a política é também uma questão de circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, afetando os que fazem parte destes vínculos.
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu mundo. Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo.
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: ‘parem de nos mostrar o que não queremos ver’, ‘isto irá quebrar a força de nosso discurso’.
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma desafecção.
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados.
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento.
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros).
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai.
No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres.
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado.
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar minha fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do meu sofrimento. Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo que agora codificada como região setorizada do espaço comum.
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta dimensão do ‘qualquer um’ que faz parte de cada um de nós. É quando nos colocamosna posição de qualquer um que temos mais força de desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos.
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um.”
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/234248-quem-tem-o-direito-de-falar.shtml. Acesso em: 13 jun. 2016.
I. Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não democrático.
II. O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade.
III. A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	Respostas:
	a. 
Todas as afirmativas são corretas.
	
	b. 
II e III são corretas.
	
	c. 
I e II são corretas.
	
	d. 
Apenas a afirmativa III é correta.
	
	e. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: o autor não afirma que vivemos em um regime autoritário e aponta como silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos representativos de determinado grupo. Além disso, Safatle afirma que a política é também uma questão da circulação dos afetos e não atribui aos políticos o papel de representar grupos identitários. Em relação à fotografia do menino sírio, de acordo com o texto, a divulgação dela contribuiu para a quebra de invisibilidade de uma questão importante no cenário atual.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto e a charge:
Certas expressões populares se tornam de tal forma parte de nosso vocabulário e repertório que é como se sempre tivessem existido. Dor de cotovelo, chorar as pitangas, dar com os burros n’água, engolir um sapo ou salvo pelo gongo, tudo é dito como se fosse a coisa mais natural e normal do mundo.
Mas se mesmo as palavras mais corriqueiras têm uma história e sua própria árvore etimológica, naturalmente que toda e qualquer expressão popular, das mais sábias e profundas às mais bestas e sem sentido, tem uma origem, ora curiosa e interessante, ora sombria e simbólica de um passado sinistro.
Pois muitas das expressões que usamos no dia a dia e que hoje comunicam somente seu sentido funcional – aquilo que atualmente a frase “quer dizer” – são originárias de um vergonhoso e longo período da história do Brasil: a escravidão. Ainda que os sentidos originais tenham se diluído em algo trivial, essa origem permanece, como em toda palavra ou frase comum, feito um DNA marcando nossa própria história.
O Brasil foi o país que mais recebeu escravos no mundo, e o último país independente do continente americano a abolir a escravidão. Conhecer o sentido original e a história de uma expressão é saber, afinal, o que é que estamos falando. Por isso, esta seleção de expressões populares criadas durante o período da escravidão no Brasil – uma época que faz parte de nosso passado, mas que exerce ainda forte influência sobre nossa realidade atual.
Tem caroço nesse angu
A expressão, que significa que alguém estaria escondendo algo, tem sua origem em um truque realizado pelos escravos para melhor se alimentarem. Se geralmente o prato servido era composto exclusivamente de uma porção de angu de fubá, a escrava que lhes servia por vezes conseguia dar um jeito de esconder um pedaço de carne ou alguns torresmos embaixo do angu. A expressão nasceu do comentário de um ou outro escravo a respeito de certo prato que lhe parecesse suspeito.
Para inglês ver
Essa expressão tem sua origem na escravidão e também no mau hábito ainda atual brasileiro de aprovar leis que não “pegam” (que ninguém cumpre e nem é punido por isso). Em 1830, a Inglaterra exigiu que o Brasil criasse um esforço para acabar com o tráfico de escravos e impusesse enfim leis que coibissem tal prática. O Brasil acatou a exigência inglesa, mas as autoridades daqui sabiam que tal lei simplesmente não seria cumprida – eram leis existentes somente em um papel, “para inglês ver”.
Bucho cheio ou encher o bucho
Expressões mais comuns em Minas, eram usadas tanto pelos escravos quanto por seus exploradores, evidentemente que com outra conotação da que se usa hoje. Atualmente significam estar bem alimentado, de barriga cheia; na época, significavam a obrigação que os escravos que trabalhavam nas minas de ouro tinham de preencher com ouro um buraco na parede, conhecido como “bucho”, para só então receber sua tigela de comida.
Meia tigela
A partir da expressão anterior, a história segue, dando origem à expressão “meia tigela”, que significa algo sem valor, medíocre, desimportante. Quando o escravo não conseguia preencher o “bucho” da mina com ouro, ele só recebia metade de uma tigela de comida. Muitas vezes, o escravo que com frequência não conseguia alcançar essa “meta” ganhava esse apelido. Tais hábitos não eram, porém, restritos às minas, e a punição de retirar parte da comida era comum na maioria das obrigações dos escravos.
Lavei a égua
Por fim, a expressão “lavar a égua”, que quer dizer aproveitar, se dar bem, se redimir em algo, vem também da exploração do ouro, quando os escravos mais corajosos tentavam esconder algumas pepitas debaixo da crina do animal, ou esfregavam ouro em pó em sua pele. Depois pediam para lavar o animal e, com isso, recuperar o ouro escondido para, quem sabe, comprar sua própria liberdade. Os que eram descobertos, porém, poderiam ser açoitados até a morte.
Fonte: https://www.hypeness.com.br/2016/09/9-expressoes-populares-com-origens-ligadas-a-escravidao-e-voce-nem-imaginava/. Acesso em: 28 ago. 2019 (com adaptações).
Fonte: acervo pessoal
Com base na leitura, analise as afirmativas:
I. A charge não se vale do sentido figurado da expressão popular, pois mostra a ação concreta de se lavar o animal.
II. A charge é uma crítica a políticos que agem de forma antiética e se beneficiam financeiramente de obras públicas, como no caso da transposição do Rio São Francisco.
III. O texto mostra a origem escravocrata de expressões populares e atribui a alteração de sentido delas ao fim do racismo na sociedade brasileira.
IV. A permanência de expressões da época da escravidão no nosso cotidiano revela que a língua é um fenômeno estático, que se desatualiza com facilidade.
É correto o que se afirma apenas em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
II.
	Respostas:
	a. 
I, II e III.
	
	b. 
II e IV.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
II, III e IV.
	
	e. 
II.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: E
Comentário: na charge, há o sentido figurado, pois o seu objetivo é justamente criticar a corrupção de políticos que se beneficiam de obras públicas de forma ilegal. O texto não menciona o fim do racismo na sociedade brasileira, e a língua é um fenômeno dinâmico, não estático.
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir:
Criminologia
Eduardo Galeano
“A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses.
A cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores.
A cada minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças.
Esses crimes não aparecem nos noticiários. São, como as guerras, atos normais de canibalismo.
Os criminosos andam soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A construção de prisões é o plano de habitação que os pobres merecem.”
Fonte: https://dissencialistas.wordpress.com/2012/10/11/eduardo-galeano-criminologia. Acesso em: 24 ago. 2016.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de milhões de cidadãos.
II. Quando o autor afirma que “os criminosos estão soltos”, quer dizer que o sistema prisional tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar multidões.
III. Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não podemser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há culpados.
IV. O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
I.
	Respostas:
	a. 
I e IV.
	
	b. 
I.
	
	c. 
I, III e IV.
	
	d. 
I, II e IV.
	
	e. 
II, III e IV.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: B
Comentário: o autor denuncia as mortes provocadas legitimamente pelo sistema. De acordo com o texto, os criminosos são os que detêm o poder econômico e político e que não são responsabilizados pelos males que causam. O último verso revela, ironicamente, a indignação do autor pelo fato de a justiça agir de forma diferenciada com os poderosos e com o povo.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Analise o gráfico e as afirmativas a seguir.
Fonte: acervo pessoal
I. Em 2003, cerca de 55% da população encontravam-se nas classes D/E.
II. De 2003 a 2014, observa-se o crescimento da classe C e o encolhimento das classes D/E e A/B.
III. Em 2014, as classes mais pobres (D/E) representavam, aproximadamente, um quarto da população.
IV. O gráfico sugere melhora na distribuição de renda no Brasil de 2003 a 2014.
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I, III e IV.
	Respostas:
	a. 
I, III e IV.
	
	b. 
II e III.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
I, II e IV.
	
	e. 
II, III e IV.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: pelo gráfico, observa-se que, em 2003, 96,2 milhões de pessoas pertenciam ao grupo D/E. Naquele ano, a população total era de cerca de 175 milhões. Ou seja, mais da metade da população (54,84%) encontrava-se na camada mais baixa da pirâmide. Pela evolução das pirâmides, observamos redução do número de pessoas no grupo D/E e aumento nos outros dois grupos, o que sinaliza ascensão social. Em 2014, o número de pessoas na camada mais baixa da pirâmide social representava cerca de 25% da população total (48,9 milhões em 196 milhões).
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge a seguir.
Fonte: acervo pessoal
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. A charge ilustra a evolução histórica da civilização e sugere que a humanidade caminha em direção ao progresso.
II. A charge relaciona positivamente o desenvolvimento tecnológico e o bem-estar dos cidadãos.
III. A charge indica que o caminho para o progresso exige perseverança e só é possível no ambiente urbano.
Assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	Respostas:
	a. 
Nenhuma afirmativa é correta.
	
	b. 
I é correta.
	
	c. 
III é correta.
	
	d. 
I e II são corretas.
	
	e. 
II é correta.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: a charge é irônica, pois mostra que o caminho para o progresso é marcado pelo congestionamento. Dessa forma, o texto questiona a noção de progresso que faz a sociedade caminhar.
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto e os quadrinhos a seguir.
“O Brasil de hoje é herdeiro de uma sociedade colonial e imperial escravocrata, em que o negro ocupou fundamentalmente a posição de pessoa escravizada. O Brasil em 1888 foi o último país a abolir a escravidão nas Américas. Um abolicionismo incompleto, que não permitiu incluir o negro na ordem social capitalista (BASTIDE; FERNANDES, 2008).
A escravidão negra deixou marcas profundas de discriminação em nossa sociedade, inclusive escutamos insultos raciais atuais exigindo que negros e negras voltem ‘para a senzala’. Mas será que o racismo contra o negro brasileiro atualmente só existe por causa do ‘tempo do cativeiro’? Há pessoas racistas que nem sabem e nem mencionam esse contexto. Elas afirmam que não gostam de ‘negros’, tem raiva dos ‘pretos’ e que estes são ‘fedidos’, ‘sujos’ e ‘preguiçosos’. O racismo opera cotidianamente por meio de piadas, causos, ditos populares etc. Afinal de contas, temos uma variedade de expressões correntes na língua portuguesa recheadas de racismo contra os negros.”
Fonte: http://www.comfor.unifesp.br/wp-content/docs/COMFOR/biblioteca_virtual/UNIAFRO/mod1/Disc3-Unidade3-UNIAFRO.pdf. Acesso em: 13 jun. 2016.
Fonte: acervo pessoal
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.
I. Os quadrinhos visam a criticar o fato de que as acusações de racismo têm se tornado cada vez mais frequentes.
II. Os quadrinhos ilustram o comportamento descrito no texto: as pessoas mantêm na linguagem seu preconceito.
III. O texto coloca, entre as raízes do preconceito racial, o sistema escravocrata, que imperou até o final do século XIX no Brasil.
IV. De acordo com o texto, a abolição da escravidão no Brasil, embora tardia, permitiu que os negros se integrassem completamente à sociedade capitalista.
É correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
II e III.
	Respostas:
	a. 
II e III.
	
	b. 
II e IV.
	
	c. 
I e III.
	
	d. 
I e II.
	
	e. 
I e IV.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: A
Comentário: os quadrinhos criticam as pessoas que não se dão conta de que são racistas. A amiga de Mafalda fala em “pretos sujos”, o que confirma a ideia de que o racismo opera por falas e ações do cotidiano, como afirma o texto verbal. De acordo com ele, o abolicionismo foi incompleto, pois o negro não pôde realmente se incluir na ordem social capitalista.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
O brasileiro cordial
Luiz Ruffato
“Há dias, ao término de uma palestra para cerca de 300 estudantes de uma universidade privada em São Paulo, me peguei pensando, ao olhar o auditório lotado de jovens: quantos de nós, ao deixar esse prédio, chegarão ilesos em casa? Porque, nos dias que correm, a nossa vida vale tão pouco que sobreviver a mais uma jornada é o máximo a que aspiramos. Todos nós conhecemos famílias destroçadas pela violência — e pouco a pouco a sociedade paralisada de medo vai se tornando refém da própria impotência.
Até o final do ano, estima-se que cerca de 65.000 pessoas terão sido assassinadas no Brasil, o que nos coloca na melancólica liderança do ranking mundial de homicídios no mundo em números absolutos, ou o 11º em números relativos (levando em conta o tamanho da população). E, embora a sensação de violência contamine a sociedade de forma geral, ela nos atinge de maneira particular, dependendo da classe social a que pertencemos, da cor, idade e sexo, e da região do país que habitamos.
De cada três pessoas mortas no Brasil, duas são negras — e 93% do total pertencem ao sexo masculino. Os jovens entre 15 e 29 anos constituem 54% das vítimas. O Nordeste concentra sozinho 37% do total das mortes no país, sendo Alagoas o campeão com uma taxa de 65 mortes por 1.000 habitantes, o dobro da média nacional. A região concentra ainda as cinco capitais mais violentas: João Pessoa, Maceió, Fortaleza, São Luís e Natal. As armas de fogo respondem por 80% dos crimes e quase 60% de todos os homicídios estão relacionados direta ou indiretamente ao tráfico de drogas. E, o mais inquietante: 90% dos assassinatos ficam impunes, porque nunca solucionados...
Se as mulheres representam somente 7% do total das vítimas de homicídios, elas respondem pela quase totalidade das ocorrências de estupro, que é uma agressão devastadora. O Brasil registra cerca de 53.000 casos de violência sexual por ano, que, estima-se, significa apenas 10% do total —a maioria não chega a denunciar o agressor por medo, vergonha ou falta de confiança nas autoridades. 70% das queixas envolvem crianças ou adolescentes e em dois de cada três casos o criminoso é pessoa próxima da vítima (pai ou padrasto, irmão, namorado, amigo ou conhecido).
[…]
Talvez tenhamos que repensar o caráter do brasileiro. Afirmar que os brasileiros somos naturalmente alegres é desconhecer a insatisfação latente que vigora nos trens, ônibus e vagões de metrô lotados. Falar que os brasileiros somos tolerantes é desconhecer nosso machismo, nossa homofobia,nosso racismo. Dizer que os brasileiros somos solidários é desconhecer nossa imensa covardia para assumir causas coletivas. A frustração, como já alertou uma canção do Racionais MC, é uma máquina de fazer vilão. No fundo, estamos empurrando a sociedade para o beco sem saída do autismo social.”
Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/03/opinion/1433333585_575670.html (com adaptações).
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. O Brasil lidera o ranking da violência com a maior taxa de homicídios do mundo.
II. O texto confirma o estereótipo da cordialidade do brasileiro, uma vez que, embora haja violência no país, o Brasil não participa de guerras e não é objeto de atentados terroristas.
III. De acordo com o texto, jovens negros são o grupo mais atingido pelos homicídios.
IV. No Brasil, registram-se anualmente mais de 35 mil queixas de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
V. Estima-se que, no Brasil, o número de casos de violência sexual ultrapasse 500 mil ao ano.
É correto o que se afirma apenas em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III, IV e V.
	Respostas:
	a. 
I, II e V.
	
	b. 
I, III e IV.
	
	c. 
III, IV e V.
	
	d. 
II, IV e V.
	
	e. 
I, III e V.
	Comentário da resposta:
	Alternativa: C
Comentário: de acordo com o texto, o Brasil é líder em números de casos de homicídios, mas ocupa a 11ª posição quando se consideram os números relativos (taxas). O texto desmitifica a ideia de alegria, tolerância e solidariedade do povo brasileiro e nem sequer menciona guerras ou atos terroristas. O artigo aponta, ainda, que 2 em cada 3 pessoas mortas no Brasil são negras. O autor afirma também que, no Brasil, 54% das vítimas são jovens e 93% são do sexo masculino. O texto revela que, no Brasil, o número de registros de violência sexual (53 mil) representa apenas 10% do total, o que significa que seriam 530 mil casos.
	
	
	
	Resposta Selecionada:
	e. 
A dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social.
	Respostas:
	a. 
O conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil.
	
	b. 
A preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática.
	
	c. 
O apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação.
	
	d. 
O acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.
	
	e. 
A dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social.

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