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268 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Capítulo 11 Coerência e concisão 
3 AFA Observe este excerto: 
Os craques Edmundo e Romário estiveram jogando 
algumas temporadas no futebol europeu.
Estão atuando no Japão numerosos craques brasileiros 
de primeira categoria.
Vários outros jogadores revelados na atual temporada 
brasileira estão sendo sondados por empresários do exterior. 
O Brasil é um respeitável exportador de talentos 
futebolísticos.
Dir-se-á que esse escrito:
A não tem textualidade.
b tem textualidade garantida pela coesão.
c tem textualidade garantida pela coerência.
D tem textualidade garantida pela coesão e coerência.
4 AFA Assinale a alternativa em que há incoerência.
A Em todas as gerações, os jovens criaram gírias para 
que os mais velhos não pudessem entendê-los. A gí-
ria é também uma maneira de sentir-se parte de um 
grupo, algo muito importante para os adolescentes.
b Nos últimos 500 anos, o português usado no Brasil 
desenvolveu-se de forma distinta do idioma falado em 
Portugal. Isso não quer dizer que os brasileiros falem 
errado. Falam de acordo com uma gramática brasileira.
c À medida que as pessoas começaram a usar o e-mail 
em vez de falar pessoalmente ou pegar o telefone, os 
mal-entendidos foram se multiplicando. Isso aconte-
ceu porque muita gente que usa a internet não estava 
habituada a escrever antes do surgimento dela.
D O governo brasileiro deveria tomar medidas para 
proteger os idiomas dos índios da Amazônia. Pois, 
se não há mais resquícios da sociedade indígena, 
se eles estão numa favela bebendo cachaça o dia 
inteiro, seria mais útil ensinar a eles o português, 
para ajudá-los a conseguir um emprego.
5 AFA Assinale a passagem em que a coerência tempo-
ral encontra-se comprometida.
A “Puxa o ferrolho de pau da porta, entra e abre. 
Deus te abençoe.”
b “Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto 
de mim, enquanto é tempo.”
c “Saiu atrás de suas asas ligeiras, sua sombra tam-
bém vindo-lhe correndo, em pós.”
D “Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no 
cabelo, o tanto que a mamãe me mandou”.
6 Em um documento obtido na internet, cujo título é 
“Como escrever legal”, encontram-se as seguintes re-
comendações.
1. Fuja de lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
2. Nunca generalize: generalizar é sempre um erro.
3. A voz passiva deve ser evitada.
Explicite as incoerências utilizadas nessas recomen-
dações.
O texto a seguir refere-se às questões de 7 a 13.
Capítulo XXII / Sensações alheias
Não alcancei mais nada, e para o fim arrependi-me 
do pedido: devia ter seguido o conselho de Capitu. Então, 
como eu quisesse ir para dentro, prima Justina reteve-me 
alguns minutos, falando do calor e da próxima festa da 
Conceição, dos meus velhos oratórios, e finalmente de 
Capitu. Não disse mal dela; ao contrário, insinuou-me 
que podia vir a ser uma moça bonita. Eu, que já a acha-
va lindíssima, bradaria que era a mais bela criatura do 
mundo, se o receio me não fizesse discreto. Entretanto, 
como prima Justina se metesse a elogiar-lhe os modos, a 
gravidade, os costumes, o trabalho para os seus, o amor 
que tinha a minha mãe, tudo isto me acendeu a ponto 
de elogiá-la também. Quando não era com palavra, era 
com o gesto de aprovação que dava a cada uma das as-
serções da outra, e certamente com a felicidade que devia 
iluminar-me a cara. Não adverti que assim confirmava a 
denúncia de José Dias, ouvida por ela, à tarde, na sala 
de visitas, se é que também ela não desconfiava já. Só 
pensei nisso na cama. Só então senti que os olhos de 
prima Justina, quando eu falava, pareciam apalpar-me, 
ouvir-me, cheirar-me, gostar-me, fazer o ofício de todos 
os sentidos. Ciúmes não podiam ser; entre um pirralho 
da minha idade e uma viúva quarentona não havia lugar 
para ciúmes. É certo que, após algum tempo, modificou 
os elogios a Capitu, e até lhe fez algumas críticas, disse-
-me que era um pouco trêfega e olhava por baixo; mas, 
ainda assim, não creio que fossem ciúmes. Creio antes... 
sim... sim, creio isto. Creio que prima Justina achou no 
espetáculo das sensações alheias uma ressurreição vaga 
das próprias. Também se goza por influição dos lábios 
que narram.
Machado de Assis. Dom Casmurro.
7 Fuvest Em [...] e certamente com a felicidade que devia 
iluminar-me a cara [...] o verbo devia forma com ilumi-
nar uma locução verbal, acrescentando-lhe a ideia de:
A necessidade.
b probabilidade.
c obrigação.
D indiferença.
E certeza.
8 Fuvest O verbo ser, que por duas vezes aparece no 
trecho [...] Quando não era com palavras, era com o ges-
to de aprovação que dava a cada uma das asserções da 
outra[...], está empregado em substituição de verbo 
anteriormente expresso, ao qual se refere e cujo sen-
tido passa a ter. No trecho ele está substituindo:
A insinuava.
b acendia.
c bradava.
D elogiava.
E achava.
PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL
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9 Fuvest Durante o tempo em que prima Justina elogiou 
as qualidades de Capitu, Bentinho:
A com receio de se trair, permaneceu calado e indi-
ferente.
b pensava intimamente que ela dizia tudo aquilo mo-
vida mais pelo ciúme do que pela verdade.
c dizia que Capitu era lindíssima, a mais bela criatura 
do mundo.
D limitava-se a concordar e apoiar dissimuladamente 
com gestos as palavras da outra.
E saindo de sua atitude inicialmente contida, ma-
nifestava apoio às palavras de prima Justina por 
meio de diversas formas de expressão.
10 Fuvest No trecho Não adverti que assim confirmava a 
denúncia de José Dias... aparece a palavra assim, que 
faz parte do grupo de instrumentos linguísticos que 
ligam as partes do discurso e promovem a coesão do 
texto. Ela remete a algo que já foi dito, isto é, ao contex-
to anterior. No presente caso refere-se:
A aos elogios feitos por prima Justina.
b ao pedido de ajuda feito à prima Justina para não 
ser mandado ao seminário.
c à maneira como Bentinho reagira diante dos elo-
gios de Justina a Capitu.
D ao fato de Bentinho não ter seguido o conselho 
dado por Capitu.
E ao receio e à discrição afetados por Bentinho.
11 Fuvest O título “Sensações alheias”, que se explica ao 
longo do texto, deixa a impressão de que:
A há pessoas que têm no prazer dos outros o des-
pertar das próprias emoções.
b o ciúme, funcionando como barreira, impede o de-
sabrochar do prazer.
c prima Justina, com ciúme de Capitu, procura envol-
ver Bentinho.
D Bentinho somente vibra de emoções com as refe-
rências a Capitu.
E prima Justina está escondendo sua paixão por José 
Dias.
12 Fuvest Fora do contexto, o interesse de alguém pela 
relação amorosa entre dois adolescentes pode ser 
interpretada de múltiplas maneiras. Dentro do con-
texto desse capítulo de Dom Casmurro, porém, o 
narrador-personagem deu a sua interpretação par-
ticular ao interesse com que a prima Justina tro cava 
com ele impressões sobre Capitu.
Com base nos dados que o conjunto do texto nos for-
nece, essa curiosidade de prima Justina se explica:
A pelo interesse de manter o menino sob seu controle.
b pelo desejo de confirmar as denúncias de José Dias.
c pelo prazer de reviver, pelo discurso ou pelas palavras 
do interlocutor, sensações já experi men tadas por ela.
D pela tendência natural de “fofocar” sobre as expe-
riências dos outros e com isso criar cumplicidade.
E pela intenção de investigar a vida amorosa de Ca-
pitu e Bentinho e contar para a mãe dele.
13 Fuvest Em [...] como eu quisesse ir para dentro [...], a 
conjunção expressa uma ideia de:
A comparação.
b conformidade.
c causa.
D finalidade.
E consequência.
14 Explique a falta de coerência nos textos a seguir.
a) Quem sai na chuva é para se queimar.
b) Há violência em todos os lugares: de Pernam-
buco a Porto Alegre; é só conferir o índice de 
criminalidade em cada uma dessas regiões.
c) Um certo jogador, num almoço, quando todos 
comiam uma salutar macarronada, responde o 
seguinte ao serinquirido sobre o motivo de não 
estar comendo a macarronada:
 – Estou de regime, o doutor me proibiu de co-
mer bicarbonato.
d) O ministro era uma pessoa corretíssima e muito 
bondosa, era também um cavalheiro. Certa vez, 
almoçando com um vigarista, teve a sensibilida-
de de convidar dois pobres para almoçar à mesa.
e) Era um insipiente, embora não tivesse estudado.
f) Vossa Excelência há de convir que é a maior treta, 
sacanagem mesmo. Entretanto estou disposto a 
atendê-lo, desde que o senhor não fique no mocó, 
dando uma de migué. Agradeço antecipadamente, 
até mais.
g) O mundo vivencia um clima de terror, medo e apatia.
h) Há cerca de 4 448 veículos estacionados no pá-
tio da Ford.
15 ITA Há algum tempo, apareceu na imprensa a notícia 
de uma controvérsia sobre a lei de Aposentadoria, en-
volvendo duas teses que podem ser expressas nas 
sentenças a seguir.
I. Poderão aposentar-se os trabalhadores com 
65 anos e 30 anos de contribuição para o INSS.
II. Poderão aposentar-se os trabalhadores com 
65 anos ou 30 anos de contribuição para o INSS.
Aponte a alternativa que apresenta a interpretação 
que não pode ser feita a partir dessas sentenças.
A De acordo com (I), para aposentar-se, uma pessoa 
deve ter simultaneamente, pelo menos, 65 anos de 
idade e, pelo menos, 30 anos de contribuição para 
o INSS.
b De acordo com (II), para aposentar-se, uma pessoa 
deve ter simultaneamente, pelo menos, 65 anos de 
idade e, pelo menos, 30 anos de contribuição para 
o INSS.
c De acordo com (II), uma pessoa que tenha 65 anos 
de idade e 5 anos de contribuição para o INSS po-
derá se aposentar.
D De acordo com (II), para aposentar-se, basta que 
uma pessoa tenha 65 anos de idade, pelo menos.
E De acordo com (II), para aposentar-se, basta que uma 
pessoa tenha contribuído para o INSS por, pelo me-
nos, 30 anos.
PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL
270 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Capítulo 11 Coerência e concisão 
16 A obra a seguir é de um conhecido movimento artís-
tico. A improvisação e a falta de coerência são duas 
marcas importantes dessa escola. Segue abaixo uma 
obra desse movimento.
M
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l D
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Fig. 11 Marcel Duchamp. Fonte, 1917-1964. Ready-made, 23,5 x 18cm, altura 60 cm. 
Urinol de Porcelana. Coleção de Arturo Schwarz, Milão, Itália.
O comentário e a obra acima estão relacionados ao 
movimento:
A futurista.
b cubista.
c dadaísta.
D surrealista.
E expressionista.
17 Leia com atenção.
1. Todo ginecologista é habilidoso.
2. Todo ginecologista é formado em Medicina.
3. Nereu é habilidoso.
4. Maria é médica.
Com base nessas afirmações, assinale a alternativa 
correta.
A Nereu é médico.
b Há médicos habilidosos.
c Todo médico é habilidoso.
D Nereu é ginecologista.
E Maria é habilidosa.
18 UFC Leia o texto a seguir.
Oi, você
vem sempre
aqui?
O texto citado passa de uma forma concisa uma situa-
ção vivida pelo atual mercado de equipamentos de alta 
tecnologia. Explique-a em 5 linhas aproximadamente.
19 Assinale a alternativa que apresenta melhor concisão 
de ideias (enxutas).
A A largada será no Leme. A chegada acontecerá no 
mesmo local da partida.
b O procurador encaminhou ofício à área criminal da 
Procuradoria determinando que seja investigado [...]
c A posição do Governo brasileiro é de que esgotem 
todas as possibilidades de negociação para que se 
alcance uma solução pacífica.
D Havia um elo de ligação entre o governo militar e a 
elite empresarial da época.
E Suicidou-se, mas a polícia não sabia o motivo.
20 IME 2020 A primeira publicação do conto O Alienista, 
de Machado de Assis, ocorreu como folhetim na revista 
carioca A Estação, entre os anos de 1881 e 1882. Nes-
sa mesma época, uma grande reforma educacional 
efetuou-se no Brasil, criando, dentre outras, a cadeira 
de Clínica Psiquiátrica. É nesse contexto de uma psi-
quiatria ainda embrionária que Machado propõe sua 
crítica ácida, reveladora da escassez de conhecimento 
científico e da abundância de vaidades, concomitante-
mente. A obra deixa ver as relações promíscuas entre 
o poder médico que se pretendia baluarte da ciência 
e o poder político tal como era exercido em Itaguaí, 
então uma vila, distante apenas alguns quilômetros da 
capital Rio de Janeiro. O conto se desenvolve em treze 
breves capítulos, ao longo dos quais o alienista vai fa-
zendo suas experimentações cientificistas até que ele 
mesmo conclua pela necessidade de seu isolamen-
to, visto que reconhece em si mesmo a única pessoa 
cujas faculdades mentais encontram-se equilibradas, 
sendo ele, portanto, aquele que destoa dos demais, 
devendo, por isso, alienar-se. 
Texto 1 
Capítulo IV 
UMA TEORIA NOVA 
Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscan-
do o Rio de Janeiro, Simão Bacamarte estudava por todos 
os lados uma certa ideia arrojada e nova, própria a alargar 
as bases da psicologia. Todo o tempo que lhe sobrava dos 
cuidados da Casa Verde era pouco para andar na rua, ou 
de casa em casa, conversando as gentes, sobre trinta mil 
assuntos, e virgulando as falas de um olhar que metia 
medo aos mais heroicos. 
Um dia de manhã, – eram passadas três semanas, 
– estando Crispim Soares ocupado em temperar um me-
dicamento, vieram dizer-lhe que o alienista o mandava 
chamar. 
– Tratava-se de negócio importante, segundo ele me 
disse, acrescentou o portador. Crispim empalideceu. Que 
negócio importante podia ser, se não alguma notícia da 
comitiva, e especialmente da mulher? Porque este tópico 
deve ficar claramente definido, visto insistirem nele os cro-
nistas; Crispim amava a mulher, e, desde trinta anos, nunca 
estiveram separados um só dia. Assim se explicam os mo-
nólogos que fazia agora, e que os fâmulos lhe ouviam 
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PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL PV_2021_LU_ITX_FU_CAP11_LA.INDD / 15-09-2020 (13:57) / VIVIAN.SANTOS / PROVA FINAL

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