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ESA 2024 AULA 06 INFRAESTRUTURA Professora Priscila Lima 2 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Sumário INTRODUÇÃO 3 O SISTEMA DE TRANSPORTE NO BRASIL 5 O BRASIL RODOVIÁRIO 5 INTEGRAÇÃO INTERMODAL 8 O SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO 11 PANORAMA GERAL 11 COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS 14 PETRÓLEO E GÁS NATURAL 14 CARVÃO MINERAL 21 ENERGIA NUCLEAR 22 COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS 23 ETANOL 23 BIODIESEL 24 ENERGIA ELÉTRICA 25 HIDRELETRICIDADE 26 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 31 GABARITO 33 QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS 33 QUESTÕES INÉDITAS 36 GABARITO 46 QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS 46 CONSIDERAÇÕES FINAIS 65 REFERÊNCIAS 65 Siga minhas redes sociais! Professora Priscila Lima t.me/professorapriscilalima @profpriscilalima 3 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA INTRODUÇÃO Essa é uma aula muito coringa, que vai nos ajudar a entender melhor a dinâmica econômica do nosso país. Para isso, antes de entender a realidade brasileira, precisamos fortalecer alguns conceitos que nos serão necessários, então, comecemos por transportes. Primeiro passo: tire da sua cabeça que existe um meio de transporte perfeito! É necessário que você entenda que cada modal apresenta pontos positivos e negativos e a melhor eficiência pode ser encontrada quando analisamos: os custos comparados à distância (além do tempo). Então, considere: É possível perceber que o transporte marítimo suporta um volume maior de carga, depois temos o ferroviário e apenas como terceira opção o rodoviário. Ou seja, essa é a ordem de eficiência se o seu objetivo é carregar grandes encomendas, mas nunca se esqueça de considerar a distância: Observando o gráfico ao lado, nota-se que as vantagens dos modais hidroviário e ferroviário desaparecem quando as distâncias são menores, com clara vantagem para as rodovias, mais baratas em pequenos trajetos. Os carregamentos que constituem grandes volumes e possuem baixo valor agregado (como produtos do setor primário da economia.) são transportados, em geral, por meio das hidrovias, em razão de seu custo unitário menor. Em contrapartida, quando representam bens de maior valor agregado ou são perecíveis, o transporte hidroviário, por seu maior tempo de percurso, torna-se menos Figura 21 – Custos de transportes de cargas segundo as distâncias 4 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA indicado, se comparado com os outros modais, como por exemplo a exportação de frutas do Semiárido: imagine frutas saindo do sertão, atravessando várias cidades para chegar em um porto e passar vários dias dentro de uma embarcação – estragariam. Por isso tal transporte é feito a partir de aviões. Ou seja, existem cargas específicas para cada modal de transporte, logo eles não devem ser concorrentes, mas complementares Quanto às fontes de energia, também podemos fazer a mesma observação: todas apresentarão pontos positivos e pontos negativos. Mas pensando os nossos estudos, alguns termos precisam ser definidos: Agora que os conceitos iniciais foram pensados, “bora pra cima”! F O N T E S D E E N E R G IA (c la ss if ic aç ão ) Duração das reservas Renováveis Não renovávei Difusão Convencionais Alternativas A fonte se recompõe mais rapidamente Ex: hidrelétrica (com o ciclo da água) A fonte não se recompõe mais rapidamente Ex: petróleo (milhões de anos para se formar) Amplamente difundida (mais usadas) Ex: petróleo (a fonte mais usada no mundo) Alternativa às convencionais (mais recentes) e com menor impacto ambiental. Ex: solar 5 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA O SISTEMA DE TRANSPORTE NO BRASIL Quando o assunto é transporte de carga no Brasil, o modal rodoviário é predominante, entretanto, a história dos transportes de carga em nosso país é um pouco mais densa do que essa primeira constatação pode indicar. Vamos a ela :) Se pensarmos o Brasil até o final do século XIX encontraríamos uma realidade muito distinta, onde o transporte terrestre era muito limitado - e lembre-se que as necessidades nesse momento eram encabeçadas pela economia agroexportadora. Nesse sentido, as redes de transporte interligavam as áreas produtoras aos portos, ou seja, configuravam estruturas de bacias de drenagem, integrando ferrovias e hidrovias. "O Brasil ingressou na era dos transportes terrestres modernos nas últimas décadas do século XIX com a implantação de estradas de ferro. Essas ferrovias formavam ‘bacias de drenagem’, ou seja, redes isoladas entre si que interligavam algumas áreas produtoras de bens agrícolas aos portos marítimos de exportação. Apenas no estado de São Paulo constituiu-se uma rede ferroviária densa, destinada a escoar a produção cafeeira até o porto de Santos." (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 274) Assim, no início do século XX, se pensarmos o transporte como um integrador nacional, tínhamos o seguinte cenário: forte dependência da cabotagem para o transporte de cargas e passageiros entre Sul, Sudeste e Nordeste, e uma conexão com a Amazônia através da navegação fluvial. Quanto ao Centro-Oeste, a conexão viária se limitava à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (que ligava São Paulo a Campo Grande e Corumbá). A década de 1920 marca a emergência do modelo urbano-industrial, bem como a redução da importância das ferrovias e hidrovias frente às redes rodoviárias. Tal realidade ficou facilmente identificável durante o governo de Washington Luís (1926-1930), que adotou como lema de mandato “governar é construir estradas” – tal política foi fortalecida anos mais tarde com a criação da Petrobrás e o desenvolvimento da indústria automobilística. "Na década de 1930, com o crescimento industrial, definiu-se uma política de transporte baseada na implantação de rodovias.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 274) O BRASIL RODOVIÁRIO "A opção política pelo sistema rodoviário se iniciou na segunda metade da década de 1920, ao longo do mandato de Washington Luís, cujo slogan de governo era: ‘Governar é abrir estradas’. Ainda no século XX, Getúlio Vargas, promovendo a integração das regiões brasileiras, Juscelino Kubitschek, com seu Plano de Metas e a construção de CABOTAGEM Navegação realizada entre portos ou pontos do território nacional, pelo litoral ou pelo litoral e vias fluviais. (MAGNOLI, Demétrio. 2012. P. 274) 6 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Brasília, e os presidentes militares do período da ditadura, com o programa de integração do Norte e Centro-Oeste às demais regiões, também priorizaram as rodovias.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 520) No Brasil, a extensa área, a disponibilidade hídrica e a longa faixa litorânea não foram o suficiente para estabelecer uma lógica de multimodalidade quanto ao sistema de transporte, cabendo ao setor rodoviário a maior concentração dos transportes de cargas. Já em um cenário urbano-industrial, a conexão entre as regiões brasileiras através de transportes terrestres começou a acontecer, com os seguintes destaques: ▪ BR 116 e BR 101: responsáveis por conectar o Sudeste ao Nordeste e ao Sul do Brasil. Com a construção e a transferência da capital federal, novas rodovias ligaram o Sudeste ao Centro-Oeste. Assim, Brasília e Cuiabá aumentaram suas centralidades e se tornaram “trampolins” para a integração da Amazônia ▪ Belém-Brasília ( BR 153), Cuiabá-Santarém (BR 163), Brasília-Acre (BR 070 e BR 364): responsáveis pela integração da Amazônia a partirdo Centro-Oeste. "A configuração espacial da rede rodoviária de integração nacional subordinava-se à lógica de integração nacional de desenvolvimento industrial e dinamização do mercado 61,1 20,7 13,6 4,2 0,4 Brasil: modal de transportes de carga - 2018 (%) Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aeroviário 7 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA interno. As rodovias de integração consolidaram a centralidade econômica do Sudeste no território brasileiro, contribuindo para o aumento da polarização exercida pelas metrópoles globais (...) Ao mesmo tempo impuseram elevados custos de deslocamento de cargas, em predomínio absoluto do transporte por caminhão.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 274) Tal dependência do modelo rodoviário impacta diretamente nos custos dos produtos brasileiros, afinal, há um maior consumo de combustível, afetando diretamente o preço do frete. Cabe destacar que, além dos prejuízos econômicos, há problemas quanto à sustentabilidade (devido às emissões de poluentes), um maior risco de acidentes e o congestionamento das estradas. Talvez você esteja pensando: “Poxa, mas se há tantos pontos negativos, por que escolhemos esse modelo?”. Calma! Também existem pontos positivos e um contexto para tal escolha: ▪ É mais rápido e barato construir rodovias; ▪ É mais vantajoso em trajetos de curtas distância; ▪ A construção do rodovias e a automobilísticas geram empregos diretos e indiretos; ▪ E pensando historicamente, tivemos o baixos preços para o petróleo até 1973 – além pressões de multinacionais por tal modelo e a ausência de planejamento de médio e longo prazo. Atenção: não existe um meio de transporte que é perfeito, ok? Apenas um modal que se adequa melhor a cada situação, onde comparamos: o tamanho da carga, a distância e o tempo disponível para entrega. A década de 1980 representou uma estagnação econômica, você se lembra? A chamada década perdida. Acontece que a infraestrutura de rodovias era bancada pelo Estado (lembra disso também? O famoso tripé econômico). Agora some as informações: as rodovias eram construídas e as manutenções eram feitas pelo Estado, mas esse agente se encontrava endividado e o país encontrava-se em dificuldade de receber investimentos (afinal, o mundo estava em crise após os choques do petróleo). Ou seja, essa política de transporte baseada no rodoviarismo se esgotou na década de 1980. Como alternativa , na década de 1990 (principalmente após 1996), houve um processo de privatização e concessão de exploração de portos, rodovias e ferrovias. A partir de então os investimentos começaram a ser distribuídos de maneira mais equilibrada entre diferentes modais, buscando uma integração intermodal dos transportes. CONCESSÃO No caso da infraestrutura e dos serviços públicos (como telefonia, rodovias etc.), concede-se o direto de exploração por parte de empresas privadas (SENE, Eustáquio. 2018. P. 520) 8 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA INTEGRAÇÃO INTERMODAL "A estruturação de uma malha de transporte eficiente envolve a associação entre os modais de transporte utilizados para deslocar as cargas a longas distâncias, conhecida como sistema intermodal. Nesse sistema, a carga é transportada por caminhões em viagens de curta distância até a estação ferroviária ou o porto, e passa a ser transportada por trens ou navios em viagens de grandes distâncias.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 520) A busca por um sistema de transporte eficiente está diretamente associada à participação brasileira no comércio mundial, ou seja, há uma busca pela redução dos custos e do tempo de deslocamento para garantir maiores exportações e lucros, entretanto, mesmo com a busca em modernizar linhas férreas e otimizar o uso de rios que veremos a seguir, o Brasil permanece refém do sistema rodoviário. Assim, buscando otimizar os deslocamentos de cargas com destino à exportação, alguns dos principais empreendimentos foram focados no escoamento da produção oriunda da agropecuária modernizada (que vem aumentando a sua participação na exportação brasileira), especialmente no Centro-Oeste, na Amazônia meridional e no leste do Pará. Nesse sentido, a produção do centro e do sul do Mato Grosso do Sul já estão conectados à importantes portos do país (Santos e Paranaguá) por meio de três ferrovias: Noroeste do Brasil, Novoeste e Ferropar. Destacamos também a Ferronorte e sua importância ao conectar as produções do oeste do Mato Grosso e de Rondônia. "O centro e o sul do Mato Grosso do Sul já estão conectados aos portos de Santos e Paranaguá por ferrovias. A ferrovia Norte-Sul e a hidrovia Araguaia-Tocantins são empreendimentos complementares, projetados para facilitar o escoamento da produção agropecuária de uma vasta área que se estende pelo oeste baiano, por Goiás, Tocantins e pelo nordeste do Mato Grosso. A ferrovia Norte-Sul estará conectada às rodovias e ferrovias do Sudeste. Do outro lado, tanto a ferrovia quanto a hidrovia interligam-se à Estrada de Ferro Carajás, que transporta minérios e grãos para o Porto de Itaqui, no Maranhão.” (TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2015.p. 528) Então, além de um sistema eficiente que “retire” as cargas do Brasil-Central e as transporte rumo ao litoral, é fundamental portos fluviais e marítimos com capacidade para receber embarcações de longo curso, possibilitando a exportação. Nesse sentido, os dois grandes portos exportadores de minérios e produtos siderúrgicos são: Tubarão (no Espírito Santo) e Itaqui (no Maranhão), já no litoral do Sudeste encontramos a maior concentração de portos de forte movimento, como o de Santos (SP) e o do Rio de Janeiro (RJ) – enquanto na região Sul destacamos as exportações agropecuárias por Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). 9 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Por fim, quando o assunto é o transporte fluvial, ainda há um subaproveitamento no Brasil, mas podemos destacar a Hidrovia do Madeira, Hidrovia Araguaia-Tocantins, Hidrovia do São Francisco e, a 10 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA mais importante, Hidrovia Tietê-Paraná (que facilita o escoamento de grãos e a integração entre Brasil, Argentina e Paraguai). "Ela [hidrovia Tietê-Paraná está inserida numa região de 76 milhões de hectares, nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, onde quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é gerado, e integra- se às ferrovias, rodovias, dutovias, formando um sistema multimodal de escoamento da produção agrícola para exportação.” (TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2015.p. 529) 11 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA O SETOR ENERGÉTICO BRASILEIRO Quando falamos do setor energético, devemos nos atentar à importância cada vez mais latente de uma eficiência, afinal o crescimento populacional, o desenvolvimento de novas tecnologia e a elevação do padrão de consumo indicam a expansão da demanda por energia, e, nesse sentido, a depender das escolhas dentro da matriz energética, maiores impactos na natureza. Pensando a realidade brasileira, o primeiro destaque a se fazer é o potencial energético do país que dispõe diferentes fontes, sejam elas renováveis, como o aproveitamento hidrelétrico e o uso da biomassa – que já são muito expressivos na matriz energética -, ou ainda, do petróleo e gás natural,que são fontes não-renováveis. PANORAMA GERAL No início do século XX, com uma economia alicerçada no modelo agroexportador, a principal fonte de energia no Brasil era a lenha, extraída das Matas Atlântica e de Araucárias, que alimentavam locomotivas e as primeiras indústrias. Assim, o predomínio de tal fonte se deu até meados do século XX – em 1940, por exemplo, a lenha era responsável por mais de 70% da energia consumida no Brasil, já que era a base para as residências. Entretanto, a ascensão da indústria e da urbanização alteraram drasticamente o cenário energético do Brasil, seja quanto às fontes ou pela quantidade de energia necessária (que cresceu muito). O cenário urbano-industrial abriu espaço para a expansão do petróleo e seus derivados. As últimas décadas marcam uma continuidade no processo de modernização energética no Brasil, registrando reduções no uso de fontes como lenha, carvão vegetal e até mesmo de petróleo (que ainda continua como a principal fonte usada no país). Ao mesmo tempo que houve um crescimento (de maneira ENERGIA RENOVÁVEL Que se renova “no tempo humano”. Exemplo: hidrelétrica – com o ciclo da água, há uma reposição da fonte em um tempo curto. 12 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA mais significativa) da eletricidade, da cana-de-açúcar (através do etanol e de sua biomassa) e do gás natural. "A lenha e o carvão vegetal, que eram base do consumo doméstico de energia, foram largamente substituídos pele eletricidade e pelo gás liquefeito de petróleo (GLP) – o gás utilizado na cozinha, entre outros usos -, mas ainda ocupam papel significativo no abastecimento residencial das áreas rurais e em usinas siderúrgicas movidas a carvão vegetal. A redução relativa do consumo de derivados de petróleo é resultado da substituição parcial da gasolina pelo álcool de cana no setor de transporte e do uso crescente de gás natural em usinas termoelétricas.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 334) Assim, em 2016, tínhamos tal cenário: Quanto ao uso da energia, as dinâmicas econômicas ajudam a ditar os setores que mais consomem. Assim, em 1975, o setor de transporte e residencial concentravam os usos energéticos, mas atualmente, a “dupla dinâmica” é formada por transportes e indústrias: Petróleo e derivados 42,6 Hidráulica 17,5 Derivados da cana-de- açúcar 17,3 Lenha 6,3 Outras 16,3 Brasil: consumo de energia sugundo a fonte (%) - 2016 13 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Atenção: esses são os dados mais atualizados entre os livros disponíveis pelo seu edital, então, tome cuidado com estudos em materiais paralelos. Atualmente, o setor que mais consume energia é o de transporte, mas ressalto novamente: os dados do gráfico estão considerando o que o livro do SENE (2018) expõe. Quanto aos dois setores que mais consomem energia, as demandas são diferentes: ▪ Setor de transporte: consome, principalmente, o petróleo e seus derivados – com destaque para o óleo diesel e a gasolina – e da cana-de-açúcar (através do etanol); ▪ Setor industrial: a eletricidade é fundamental para o seu funcionamento – por isso o estímulo à indústria sempre foi acompanhado da ampliação de oferta de energia elétrica, como na década de 1970, com Itaipu. Apesar um cenário favorável quanto à variedade de fontes disponíveis, o Brasil ainda importa energia, sendo a real autossuficiência dependente de investimentos na produção, transmissão e distribuição de energia – além de modernizações em outros setores, como o de transporte, visando abrandar a dependência de algumas fontes. Industrial 33 Transporte 32,4 Residencial 9,7 Agropecuário 4 Comercial 3,3 Público 1,6 Outros 16 Brasil: consumo de energia por setor (%)- 2016 14 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS PETRÓLEO E GÁS NATURAL No Brasil, a primeira perfuração de um poço de petróleo se deu em 1938, em Salvador (BA) – no bairro de Lobato. Esse contexto motivou o governo de Vargas a criar o Conselho Nacional de Petróleo (CNP) com o objetivo de planejar, organizar e fiscalizar o setor petrolífero do país. Assim, em 1953, sob o slogan “O petróleo é nosso” , Getúlio Vargas criou Petrobrás e instituiu como detentora do monopólio na extração, no transporte e no refino de petróleo no Brasil. A missão de tal estatal era garantir a autossuficiência nacional nesse que se tornara um dos produtos mais estratégicos para a economia moderna. Até a década de 1970, a prospecção no Brasil não parecia um bom negócio, afinal as reservas do Recôncavo Baiano e da bacia sedimentar do Nordeste (Sergipe e Alagoas) já eram explorados pela Petrobrás. Assim, os maiores investimentos foram concentrados no parque de refino, uma vez que o preço do petróleo no mercado internacional era baixo demais para que gastássemos muito dinheiro a procura de tal fonte dentro do nosso territórios. PROSPECTAR PETRÓLEO Técnica utilizada para detectar reservas de petróleo e gás natural 15 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Acontece que a crise/choque dos preços do petróleo em 1973 abriram uma nova realidade: o valor do barril disparou durante a década de 1970 (afinal em 1979 tivemos o segundo choque, dessa vez associado à Revolução Iraniana), além de ficar mais suscetível às oscilações. E agora, Brasil? Pois é, vamos correr para encontrar tal fonte em nosso país. "Os choques de preços do petróleo mudaram radicalmente o cenário. No início da década de 1980, o óleo despontava como o vilão da balança comercial brasileira, representando cerca de 50% do total das importações do país, e a antiga meta da autossuficiência ganhou uma nova urgência.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 345) Nesse contexto, houve um grande esforço tecnológico por parte da Petrobrás e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sua principal consultora. Na intenção de aumentar a produção, o governo autorizou que empresas privadas realizassem prospecções no território nacional: inicialmente com dez áreas nas quais poderiam haver petróleo – se a resposta fosse positiva, os investimentos feitos pela empresa seriam reembolsados e ela se tornaria sócia da Petrobrás ali, mas se a resposta fosse negativa, ou seja, não fosse encontrado petróleo, a empresa arcaria com os prejuízos da prospecção. A CF/88 proibiu esses tipos de contratos, assim a Petrobrás voltou a exercer o monopólio de extração até 1995 Além de agir quanto ao volume de petróleo disponível, nas décadas de 1970 e 1980, o governo incentivou, através de empréstimos a juros subsidiados, que as indústrias migrassem do petróleo para a energia elétrica. Assim, houve uma redução da participação de tal combustível fóssil na matriz energética brasileira. Na década de 1990, novos rumos econômicos foram estabelecidos no Brasil com a ascensão da República Neoliberal. No caso da produção petrolífera, uma das principais mudanças se deu em 1995, quando foi rompido o monopólio da Petrobrás na extração, no transporte, no refino e na importação de petróleo e seus derivados, assim o Estado poderia realizar leilões e contratar empresas. Seguindo a lógica neoliberal onde o Estado deixa de ser o gestor e se torna o regulador, em 1997, foi criada a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia com objetivo de regular, contratar e fiscalizar as atividades relacionadas ao petróleo e gás natural no Brasil. Em 2006 o Brasil atingiu a autossuficiência em petróleo, ou seja, a produção atingia 100% das necessidades de consumo. Pré-Sal Lembra que nós acabamos de ver que na década de 1980, houve maiores investimentos na prospecção por parte da Petrobrás e da UFRJ? Pois bem, um dos resultados mais importantesfoi 16 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA anunciado em 2008: a descoberta de promissoras bacias petrolíferas na plataforma continental brasileira, especialmente no estado do Rio de Janeiro, na bacia de Campos. "A camada pré-sal é uma formação geológica de aproximadamente 150 milhões de anos, que se constituiu com a separação dos continentes africano e sul-americano ao longo das bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, abaixo de uma camada de sal. As maiores reservas petrolíferas conhecidas em área pré-sal no mundo ocorrem no litoral brasileiro, onde passaram a ser conhecidas como ‘petróleo do pré-sal’.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 518) "A Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, tornou-se a mais importante região produtora. A partir da década de 1980, diversos campos foram descobertos na Bacia de Campos, culminando com a descoberta do campo gigante de Roncador, em 1996. Em 2007, foi feita a maior descoberta de petróleo do Brasil: o campo de Tupi, na Bacia de Santos, com aproximadamente o dobro do tamanho de Roncador. No ano seguinte, a Petrobras informou a descoberta de uma jazida de gás natural na Bacia de Santos, denominada Poço de Júpiter.” (TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2015, p. 447) 17 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Gás natural O gás natural é um combustível fóssil de origem orgânica composto por hidrocarbonetos leves e gasosos. É encontrado em rochas sedimentares porosas e pode estar, ou não, associada aos depósitos de petróleo. A maior produção de gás natural é dos EUA, seguido pela Rússia, Irã, Canadá, China e Arábia Saudita. O consumo de gás mostra uma distribuição muito semelhante à produção de gás, os últimos dados mostram que o maior consumidor foi a Europa e Eurásia (28,93%), América do Norte (27,68%) e Ásia (20,29%). O gás natural é menos poluente comparado com os outros combustíveis fósseis. Tal fonte vem apresentando uma expansão na matriz energética brasileira, sendo o Rio de Janeiro o maior produtor, São Paulo e Amazonas, respectivamente, ocupando o segundo e o terceiro lugar – mas vale destacar que uma parte também é importada, principalmente da Bolívia. E aqui vale destacar que a maior parte da produção de petróleo e gás no Brasil se dá na plataforma continental. 18 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA No Brasil, o uso do gás natural está fortemente atrelado às termoelétricas – e se compararmos aos demais combustíveis fósseis, tal gás é menos danosos ao meio ambiente -, que são fundamentais durante todo o ano, mas desempenham um papel ainda mais importante na estação de estiagem. "(...) o panorama nacional de produção elétrica em usinas térmicas sofreu fortes mudanças com a descoberta de vastas reservas de gás natural na Bolívia e com a crise na geração hidrelétrica de 1999-2000, quando uma temporada de chuvas escassas provocou o racionamento no consumo de eletricidade. A partir daquele momento, instalaram-se diversas novas unidades de geração térmica no Sudeste e no Centro-Oeste, que se baseiam no menos poluente dos combustíveis fósseis.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 345) Em 1995, a Petrobrás, representando o Brasil, passou a prospectar gás natural na Bolívia, tornando a maior empresa do setor no país. Assim, um acordo entre os dois países possibilitou a construção de um gasoduto para transportar até 30 milhões de m³ por dia, sendo que tal infraestrutura corta nosso país a partir de Corumbá, atravessando o Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul – assim, se conecta aos dutos do Centro-Sul. 51 18 13 8 6 2 2 0 10 20 30 40 50 60 Rio de Janeiro São Paulo Amazonas Espírito Santo Bahia Sergipe Outros Brasil: produção de gás natural (%) - 2018 19 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Lindeza, apesar do mapa trazido pelo SENE ser mais atual, resolvi deixar uma outra referência para que você consiga visualizar melhor o Gasoduto Bolívia-Brasil "A instalação de termoelétricas visa diversificar a matriz energética brasileira e evitar novas crises, como as que ocorreram em 2001, 2009, 2011 e 2013, que provocaram diversos ‘apagões’ em várias regiões do país. As usinas hidrelétricas, que produzem energia mais barata e menos poluente, permanecem prioritárias no abastecimento, mas as termoelétricas podem ser acionadas em períodos de pico no consumo ou quando é necessário preservar o nível de água nas represas.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 527) Panorama Geral "No Brasil, predomina a produção na plataforma continental, sob as águas do oceano Atlântico, apesar de essa extração representar mais custos. No continente, destaca-se a extração em Mossoró (RN), seguida do Recôncavo Baiano. Em 1986, foi descoberta uma pequena jazida continental em Urucu (AM), a sudoeste de Manaus, onde há grandes reservas de gás natural. O gás se tornou importante fonte de energia para o parque industrial da Zona Franca de Manaus.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 520) Como vimos, a maior parte do petróleo brasileiro se encontra em uma porção de mais difícil acesso, logo, de modo geral, apresenta altos custos para a extração. Além disso, a grande expansão da produção 20 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA não foi acompanhada de uma expansão significativa na área de refino, o que na prática faz com que ainda dependamos da importação de um petróleo mais fino (que se adequa aos padrões de refino majoritários no Brasil). 21 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA CARVÃO MINERAL O carvão mineral é originário da decomposição incompleta de restos orgânicos de antigas florestas que existiam no fim da Era Paleozoica há cerca de 350 milhões de anos. O carvão é um tipo de rocha sedimentar que apresenta uma concentração de carbono e foi a primeira fonte que moveu máquinas na Primeira Revolução Industrial. É um recurso amplamente utilizado até hoje como combustível por ser ainda abundante. Apesar disso, as reservas estão distribuídas de forma desigual pelo mundo, sendo a Ásia a maior detentora de jazidas. Pensado a realidade brasileira, até 1990, as siderúrgicas eram legalmente obrigadas a fazer uso de uma “mistura” onde 50% era carvão nacional e os 50% restantes de carvão importado. Com o “fim dessa regra”, houve uma redução muito brusca no consumo de tal rocha sedimentar extraída em território brasileiro, uma vez que a qualidade do material importado é superior. Nesse sentido, em 2016, todo o carvão metalúrgico utilizado no Brasil era importado, e, aproximadamente 58% do carvão térmico (ou seja, utilizado em termoelétricas) também vinha de outros países. A produção nacional de carvão mineral está concentrada na região Sul do Brasil (cinturão carbonífero), onde as jazidas apresentam viabilidade econômica, sendo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina os maiores produtores. Figura 09 – Produção mundial de carvão mineral 22 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA ENERGIA NUCLEAR A energia nuclear vem da divisão de átomos (fissão) em um reator para aquecer a água, transformando-a em vapor para girar uma turbina que gera eletricidade. Como não utilizam combustíveis fósseis, os impactos ao meio ambiente são menores (é claro que não estamos considerando um cenário de acidente nuclear). O programanuclear brasileiro teve inicio em 1969, quando o país adquiriu a usina de Angra I, com capacidade de 626 MW, da empresa estadunidense Westinghouse – tal negociação não envolveu a transferência de tecnologia. As obras tiveram início em 1972, sobre uma falha geológica e foi apelidada de ‘vaga-lume’ já que inúmeros problemas técnicos eram identificados obrigando sucessivos desligamentos (como um vaga-lume: acendia e apagava). A inauguração de Angra I se deu no ano de 1985, mas, após alguns meses, foi interditada, voltando a funcionar em 1987, de maneira intermitente, encontrando uma regularidade no funcionamento apenas em 1995. "As usinas nucleares foram implantadas em Angra dos reis devido a proximidade dos grandes mercados consumidores do Rio de Janeiro, de São Paulo e do vale do Paraíba. Essa localização, em área de elevada densidade demográfica, é um dos alvos da crítica dos ambientalistas que temem acidentes com vazamento de radiatividade.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 344) Entretanto, enquanto Angra I começava a ser construída, em 1975, o Brasil assinou um acordo nuclear com a Alemanha, considerado ambicioso, inicialmente foram previstas oito usinas, totalizando 58 reatores. Para começar, seriam construídas duas usinas em Angra, com tecnologia da empresa alemã Siemens. As obras civis para a construção de Angra II e Angra III começaram em 1976, mas com a crise financeira da década 1980, as obras praticamente foram paralisadas – inclusive, houve prejuízo com vários equipamentos já comprados que apodreceram no canteiro de obras. Em 1991, o Brasil assumiu compromisso de não proliferação de armas nucleares, entretanto, existiam outros motivos para a retomada das obras, assim em 2001, Angra II foi concluída, com o dobro de capacidade de geração de sua antecessora. “POLÊMICAS” O domínio de tecnologia nuclear também pode levar à confecção de armas nucleares 23 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA A crise de abastecimento de 2001, a redução dos custos em usinas termonucleares e os compromisso que o Brasil assumiu com o Protocolo de Quioto levaram o governo FHC a incluir a expansão do parque nuclear entre as estratégias de investimentos, entretanto, não houve a definição de novas usinas. "O governo Lula decidiu retomar a construção da usina de Angra III, cujas obras foram paralisadas no estágio inicial. Contudo, o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, provocou novos atrasos para a revisão do conjunto de sistemas de segurança.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 344) Além de críticas quanto à possibilidade de vazamentos e acidentes nucleares, alguns apontam os resíduos gerados pelos reatores como um dos focos de preocupação. Entretanto, estamos falando de uma opção para a diversificação energética em um cenário de tendência do esgotamento do potencial hidráulico nas principais bacias do Sudeste, além do possível– no longo prazo –aumento dos preços dos combustíveis fósseis utilizados em termoelétricas convencionais e maiores pressões por reduções nas emissões de gases estufa. Ou seja, há muito pontos a serem considerados sobre projetos de ampliação da geração de energia termonuclear. COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS ETANOL "A autossuficiência brasileira em petróleo não é um resultado apenas dos saltos na extração de óleo obtidos pela Petrobrás. Ele reflete, também, uma política de substituição de derivados de petróleo, em especial a gasolina, pelo álcool combustível (etanol) em veículos automotores.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 344) A dependência brasileira da importação de petróleo trouxe sérios problemas com a crise iniciada em 1973, então uma das alternativas foi buscar um substituto para um dos principais subprodutos do “ouro negro”, a gasolina. Nesse sentido, em 1974, foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), e no final do século XX, o álcool combustível ganhou destaque com a ascensão mais contundente do discurso ambiental. Na prática, o governo subsidiou a produção de cana-de-açúcar, especialmente em São Paulo (que ainda concentra a produção), causando alterações na organização espacial do campo com: ▪ Aumento dos problemas relacionados à concentração de terras e à monocultura; ▪ Aumento no número de trabalhadores diaristas; ▪ Aumento do êxodo rural "Embora o etanol seja uma fonte de energia eficiente, o programa foi implantado em escala nacional, em uma época em que a produção e o consumo apresentam custos maiores do que a produção da gasolina – por isso houve a necessidade de subsídios.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 524) 24 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Entretanto, os efeitos econômicos positivos não foram lineares: BIODIESEL "Diversas matérias-primas podem ser usadas na fabricação do biodiesel, entre as quais a soja, o sebo bovino, o girassol, o algodão, o dendê, o milho e o próprio amendoim. No Brasil, a matéria-prima largamente predominante é o óleo de soja. Do ponto de vista tecnológico não há obstáculos para o biodiesel.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 348) 1989: REDUÇÃO DOS SUBSÍDIOS PARA A PRODUÇÃO O fim do subsídio levou à redução do consumo de etanol, levando à uma crise. Em meio à uma crise, houve a redução da produção que gerou uma perda da confiança dos consumidos, reduzindo a procura por carros movidos à álcool. Veículos movidos a álcool fabricados: 1982: 90% | 2002: 1% 1997: ETANOL TORNA-SE ECONOMICAMENTE VIÁVEL Um grande desenvolvimento tecnológico no setor e diversos aumentos no preço do barril de petróleo, tornaram o etanol economicamente viável a partir de 1997. 2003: LANÇAMENTO DE VEÍCULOS BIOCOMBUSTÍVEIS (FLEX) Esse passo levou à um grande impulso na produção de etanol, afinal os carros podiam ser abastecidos com etanol ou gasolina 2018: OBRIGATORIEDADE DA ADIÇÃO DE ETANOL NA GASOLINA O Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) determinou que o etanol deveria ser misturado à gasolina na proporção de 20% a 27%, garantindo a manutenção de tal produção. 25 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Apesar do foco comumente estar direciona à produção em larga escala em latifúndios monocultores, entretanto, também foi criado o Selo Combustível Social, que é um programa de transferência de renda para a agricultura familiar que se dedica ao biodiesel, com subsídios e incentivos fiscais direcionados à pequenos produtores familiares do Norte e Nordeste, especialmente do Semiárido. Mesmo com tal incentivo, a produção do biodiesel se concentra em grandes proprietários, abastecendo o mercado interno e exportando, principalmente para a União Europeia. ENERGIA ELÉTRICA Quando pensamos na geração de energia elétrica no Brasil, é muito comum associar às produções oriundas das hidrelétricas – o que não deixa de ser uma realidade, entretanto é necessário destacar os crescentes investimentos na produção eólica, com destaque para o Ceará e o Rio Grande do Sul (em 2018, a produção eólica já somava 8% da eletricidade do país). Então, reforçando, as usinas hidrelétricas concentram a maior capacidade instalada de produção do país, e se compararmos às termoelétricas (que sustentam a maior produção global) e termonucleares, são mais baratas e com menor impacto ambiental. O setor elétrico brasileiro, ou seja, a produção/geração, transmissão e distribuição de eletricidade, era praticamente todo controlado pelo Estado (empresas estatais federais e estaduais) até a década de 1990, começando a ser privatizadas em1995, quando o governo Federal iniciou a privatização de parte da Eletrobrás e – seguindo a lógica de deixar de ser gestor e se tornar o regulamentador -, em 1996, foi criada a Aneel, órgão regulador e fiscalizador do setor. A Eletrobrás foi criada em um contexto de modernização industrial, no início da década de 1960 (instalada em junho de 1962), passando décadas vendendo energia às industrias ela metade do preço encontrado no mercado internacional. Na prática, havia uma produção a elevados custos e uma venda a preços subsidiados, assim, na década de 1990, a situação financeira era caótica. "Em 1995, ela [Eletrobrás] e suas quatro subsidiárias de âmbito regional – Chesf, Furnas, Eletrosul e Eletronorte – foram incluídas no Programa Nacional de Privatizações e, no 23258 16824,8 16673,5 16253,3 10819,3 9582,1 0 5000 10000 15000 20000 25000 SP PA PR MG BA RS RJ RO GO SC RN PE CE MA SE MT AM MS PI TO ES AP PB AL RR AC DF Capacidade hidreétrica instalada, por unidade federativa- (MW) - 2018 PANORAMA EM 2018 Usinas para produção de energia elétrica ▪ 1320 Hidrelétricas; ▪ 3008 Térmicas; ▪ 522 eólicas; ▪ 1881 solares; ▪ 2 nucleares 26 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA ano seguinte, foi criada a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para fiscalizar empresas públicas e privadas que operam no setor (...) O governo Lula interrompeu o programa de privatizações, mantendo a Eletrobrás e suas subsidiárias na condição de empresa estatais. Contudo, elaborou um novo modelo para o setor elétrico destinado a atrair investidores privados para a construção de usinas hidrelétricas e termoelétricas.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 338) Dessa forma, a produção e a distribuição de eletricidade são feitas pelo Sistema Interligado Nacional HIDRELETRICIDADE "A geração de energia de origem hidrelétrica dava seus primeiros passos com as pioneiras usinas de Marmelos, no rio Paraibuna, em Minas Gerais, inaugurada em 1889, de Corumbataí, em Rio Claro (SP), completada em 1900, e, de Parnaíba, no rio Tietê, em São Paulo, inaugurada em 1901. Contudo, a maior parte da iluminação das cidades e vilarejos rurais ainda dependia da queima de querosene importado.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 333) 27 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA A geração de energia elétrica no Brasil tem forte dependência das hidrelétricas, que se distribuem pelo país em grandes centrais e pequenas usinas. Assim, o maior potencial hidrelétrico aproveitado está na Bacia do rio Paraná, entretanto, é a Bacia do Amazonas que oferece maiores projeções de geração de energia (mas ainda é pouco utilizada). Os aproveitamentos hidrelétricos apresentam nítida concentração geográfica no Centro-Sul (justamente onde temos os grandes centros consumidores) "As bacias hidrográficas que possuem maior aproveitamento do potencial hidrelétrico são as bacias dos Rios Paraná e São Francisco.” (TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2015, p. 444) CENTRO-SUL "Parte significativa da energia que circula no Sistema Interligado Nacional é produzida por um único empreendimento gigantesco: a usina hidrelétrica e Itaipu.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 339) Nascida de um consórcio entre a Eletrobrás e a Administración Nacional de Electricidad (Ande), a empresa Itaipu Binacional é um o principal destaque da produção elétrica do Centro-Sul brasileiro (e de todo o país, claro). O consórcio que daria origem à Itaipu foi assinado em 1973, entre Brasil e Paraguai, mas a usina entrou em operação comercial em 1984 e suas últimas unidades geradores foram inauguradas em 2007. O acordo feito entre os países (Brasil e Paraguai) estabeleceu a divisão da energia gerada em partes iguais, mas como o consumo brasileiro é maior, nosso país compra parte da produção que originalmente pertence ao Paraguai. Mas a produção de energia no Centro-Sul não se limita à Itaipu, então, destacamos a estatal Furnas Centrais Elétricas, criada em 1957, com atuação em diferentes bacias hidrográficas (Paraná, Atlântico Leste, Tocantins e Paraguai) além de termoelétricas. O conjunto de usinas operadas por tal empresa é fundamental para a questão econômica do Brasil, sendo a maior parte da geração elétrica realizada em usinas nos rios Grande e Paranaíba (que formam o rio Paraná). Assim destacamos as hidrelétricas de Itumbiara (rio Paraíba), Marimbondo e Furnas (no rio Grande) e Serra da Mesa (rio Tocantins). Outros destaques importantes: LEMBRE-SE ▪ Bacia do Paraná: mais produz energia elétrica; ▪ Bacia do Amazonas: maior potencial 28 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA ▪ São Paulo: A Companhia Energética de São Paulo (Cesp), constituída em 1966, em 1999 estava no quadro do programa estadual de privatizações, assim, cindiu-se em três, estabelecendo a administração das seguintes hidrelétricas: o “nova” Cesp: Ilhas Solteira, Jupiá, Porto Primavera (no rio Paraná) – entre outras; o Duke Energy Geração Paranapanema: usinas ao longo do rio Paranapanema o AES Tietê: Água Vermelha (rio Grande), entre outras ▪ Minas Gerais: A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), criada em 1952, foi fundamental nas estratégias de industrialização do estado. Assim, destacamos a usina de Três Marias, construída no início da década de 1960, no rio São Francisco. ▪ Eletrosul: responsável pela produção e transmissão de eletricidade na região Sul do Brasil e no Mato Grosso do Sul, sendo a Companhia Paranaense de Energia (Copel) – sua subsidiária, a maior geradora da região, operando hidrelétricas como as usinas de Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias (no rio Iguaçu) "No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a geração elétrica baseia-se em usinas térmicas e em hidrelétricas de médio ou pequeno porte. Toda a Região Sul depende fortemente da energia produzida pela Usina de Itaipu.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 340) NORDESTE Destacamos a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), criada em 1945, com o objetivo de suprir a carência de eletricidade na Região Nordeste. A primeira hidrelétrica de tal companhia foi Paulo Afonso I, que iniciou suas operações em 1954. Essa hidrelétrica foi sucessivamente ampliada, nascendo Moxotó, que teve seu nome alterado para Apolônio Sales, em 1977, e Sobradinho, em 1979 – além do uso do rio São Francisco, em 1974, a usina de Boa Esperança, no rio Parnaíba, foi incorporada pela empresa. "A maior parte da geração [de energia pela Chesf] encontra-se nas usinas do rio São Francisco. Além disso, a interligação entre o seu sistema e o da Eletronorte possibilita a transmissão de energia da usina de Tucuruí, no rio Tocantins, para a região Nordeste. A adição dessa energia é essencial para evitar racionamentos de eletricidade nas cidades nordestinas.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012.p. 340) Não é o nosso principal tema aqui, mas lembre-se que o rio São Francisco não é usado apenas para a geração de energia elétrica, sendo fundamental para inúmeros projetos de irrigação e abastecimento (especialmente no Sertão), logo, não é possível pensar a sua totalidade para a eletricidade, sendo necessária outras saídas para o setor energético. 29 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA AMAZÔNIA "A Bacia Amazônica, que possui o maior potencial hidráulico do país, é a que apresenta o menor aproveitamento. Com extenso percurso navegável, seus imenso potencialhidrelétrico está concentrado nos afluentes do Rio Amazonas, que percorrem áreas de relevo planáltico.” (TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2015, p. 445) Criada em 1973, a Eletronorte surgiu em um contexto de integração econômica da Amazônia durante os Governos Militares. Atualmente, ela é responsável pela hidrelétrica de Tucuruí (no rio Tocantins, no estado do Pará), além de usinas de menor porte. A Eletrobras Amazonas Energia é a concessionária de eletricidade do estado do Amazonas, sendo a responsável pela operação da hidrelétrica de Balbina, no rio Uatumã, que recebeu diversas críticas por diversos problemas de cunho ambiental, sendo inaugurada em 1989 e gerando uma energia muito baixa, mesmo com um reservatório (que está em terras de floresta equatorial e em parte da reserva indígena dos Waimiri-Atroari) praticamente do tamanho do de Tucuruí. A construção da hidrelétrica de Tucuruí foi um impulso para a lógica de utilização do considerável potencial dos afluentes do rio Amazonas (mesmo que o rio Tocantins não se encaixe nessa definição) para abastecer o Centro-Sul e o Nordeste. Entretanto, após os custos ambientais de Balbina o debate sobre a utilização do potencial hidrelétrico na Amazônia ganhou ares de polêmica política em nível nacional com a decisão de construção de Belo Monte em Altamira (PA), no rio Xingu, por onde passa a rodovia Transamazônica. Assim, em 1990, a proposta de Belo Monte foi entregue pela Eletronorte, mas as críticas de ambientalistas e povos indígenas do Xingu levaram à revisão do projeto – as obras se iniciaram em 2008 -, levando à construção de uma usina a fio d’água. "[hidrelétricas que usam] tecnologia em suas estruturas que dispensam a construção de grandes barragens e, consequentemente, há redução da área inundada. São conhecidas como usinas a fio d’água.” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 528) Assim, se somarmos o esgotamento das possibilidades de construção de grandes usinas no Centro- Oeste, o grande potencial da bacia Amazônica e investimentos no Sistema Interligado Nacional estão descentralizando a produção de energia, assim há uma busca por novas fontes e o desenvolvimento de atividades econômicas nas novas regiões de geração. 30 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA "Em Rondônia, no rio Maneira, duas usinas de médio porte estavam em construção em 2018: Santo Antônio (licitada em 2007) e Jirau (licitada em 2008), cada uma delas com cerca de 3 mil MW de potência. Nesse mesmo ano estava sendo construída a usina de Belo Monte, no rio Xingu, a maior delas, com potência de 11 233 MW (cerca de 2/3 da capacidade de Itaipu).” (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.p. 526) 31 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1. (2022) Em uma pesquisa sobre o aproveitamento econômico dos recursos naturais e as questões ambientais, um grupo de alunos da Escola de Sargentos das Armas levantou as seguintes informações: “No panorama global, o Brasil se distingue pela participação muito elevada das fontes renováveis a estrutura de oferta de energia. No Brasil, as fontes renováveis representam perto de 45% do consumo total, resultantes de uma combinação de fatores naturais favoráveis e de políticas energéticas orientadas para fazer uso eficiente dessas vantagens.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª Edição. Volume Único. São Paulo: Atual, 2012, p. 335-336)) A privilegiada posição brasileira descrita nas informações do texto é fruto do peso excepcional das seguintes fontes: A) energia nuclear e energia eólica B) gás de xisto e energia eólica C) gás natural e biodiesel D) carvão mineral e etanol E) energia hidráulica e biomassa 2. (2016) O setor que possui o maior consumo final de eletricidade no Brasil é: A) Agropecuário. B) Residencial. C) Comercial. D) Industrial. E) Público. 3. (2015) Podemos classificar as fontes de energia como tradicionais, modernas e alternativas. Sobre as fontes de energia alternativas ou renováveis, que causam menos impactos ao meio ambiente, podemos citar os seguintes exemplos: A) carvão vegetal, lenha e petróleo. B) eólica, solar e biomassa. C) hidráulica, solar e lenha. D) biomassa, gás natural e petróleo. 32 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA E) os principais combustíveis fósseis – petróleo e carvão mineral. 4. (2014) Assinale a alternativa que apresenta as duas grandes rodovias previstas no Projeto de Integração Nacional (PIN) do Governo Médici. A) Transamazônica e Via Dutra B) Cuiabá-Santarém e BR 101 C) Cuiabá-Santarém e Transamazônica D) Transamazônica e BR116 E) BR101 e BR 040 5. (2013) O Brasil apresenta estações intermodais que tornam as transferências de cargas mais eficientes e menos custosas. As estações intermodais se referem a(às) A) trens de alta velocidade que são especializados no transporte de mercadorias de alto valor agregado. B) transportes que transferem as mercadorias apenas de um país para outro. C) mercadorias estocadas de diversos modos, evitando a sua deterioração e o seu desperdício. D) transferências de mercadorias entre modos de transportes distintos. E) formas de manuseio de cargas frágeis que possuem alto valor agregado. 6. (2013) Nas últimas décadas, o crescimento populacional e econômico resultou em contínuo aumento da demanda por energia no Brasil . O grande destaque no consumo final de energia no País tem sido o setor: A) de transporte B) industrial C) agropecuário D) residencial E) comercial 7. (2011) Identifique a Região onde está localizado o Cinturão carbonífero do Brasil. A) Norte. B) Sudeste. 33 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA C) Sul. D) Nordeste. E) Centro-Oeste. GABARITO 1. E 2. D 3. B 4. C 5. D 6. B 7. C QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS 1. (2022) Em uma pesquisa sobre o aproveitamento econômico dos recursos naturais e as questões ambientais, um grupo de alunos da Escola de Sargentos das Armas levantou as seguintes informações: “No panorama global, o Brasil se distingue pela participação muito elevada das fontes renováveis a estrutura de oferta de energia. No Brasil, as fontes renováveis representam perto de 45% do consumo total, resultantes de uma combinação de fatores naturais favoráveis e de políticas energéticas orientadas para fazer uso eficiente dessas vantagens.” (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª Edição. Volume Único. São Paulo: Atual, 2012, p. 335-336)) A privilegiada posição brasileira descrita nas informações do texto é fruto do peso excepcional das seguintes fontes: A) energia nuclear e energia eólica B) gás de xisto e energia eólica C) gás natural e biodiesel D) carvão mineral e etanol E) energia hidráulica e biomassa Comentários: Alternativa A – INCORRETA: todas as fontes apresentadas são renováveis, entretanto não apresentam um peso excepcional em nossa matriz energética 34 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Alternativa B – INCORRETA: xisto é um combustível fóssil, logo, não é renovável Alternativa C – INCORRETA: gás natural é um combustível fóssil, logo, não é renovável Alternativa D – INCORRETA: carvão mineral é um combustível fóssil, logo, não é renovável Alternativa E – CORRETA: com destaque para as hidrelétricas e do etanol que foram potencializados a partir da década de 1970 Gabarito: E 2. (2016) O setor que possui o maior consumo final de eletricidade no Brasil é: A)Agropecuário. B) Residencial. C) Comercial. D) Industrial. E) Público. Comentários: Atenção: essa é uma questão datada! Para fazer as máquinas e os equipamentos operarem o setor industrial precisa de muita eletricidade, tanto é que certos ramos fabris possuem subestações de energia elétrica, como uma indústria automotiva, por exemplo. Gabarito: D 3. (2015) Podemos classificar as fontes de energia como tradicionais, modernas e alternativas. Sobre as fontes de energia alternativas ou renováveis, que causam menos impactos ao meio ambiente, podemos citar os seguintes exemplos: A) carvão vegetal, lenha e petróleo. B) eólica, solar e biomassa. C) hidráulica, solar e lenha. D) biomassa, gás natural e petróleo. E) os principais combustíveis fósseis – petróleo e carvão mineral. Comentários: 35 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Gabarito: B 4. (2014) Assinale a alternativa que apresenta as duas grandes rodovias previstas no Projeto de Integração Nacional (PIN) do Governo Médici. A) Transamazônica e Via Dutra B) Cuiabá-Santarém e BR 101 C) Cuiabá-Santarém e Transamazônica D) Transamazônica e BR116 E) BR101 e BR 040 Comentários: Gabarito: C 5. (2013) O Brasil apresenta estações intermodais que tornam as transferências de cargas mais eficientes e menos custosas. As estações intermodais se referem a(às) A) trens de alta velocidade que são especializados no transporte de mercadorias de alto valor agregado. B) transportes que transferem as mercadorias apenas de um país para outro. C) mercadorias estocadas de diversos modos, evitando a sua deterioração e o seu desperdício. D) transferências de mercadorias entre modos de transportes distintos. E) formas de manuseio de cargas frágeis que possuem alto valor agregado. Comentários: Gabarito: D 6. (2013) Nas últimas décadas, o crescimento populacional e econômico resultou em contínuo aumento da demanda por energia no Brasil . O grande destaque no consumo final de energia no País tem sido o setor: A) de transporte 36 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA B) industrial C) agropecuário D) residencial E) comercial Comentários: Gabarito: B 7. (2011) Identifique a Região onde está localizado o Cinturão carbonífero do Brasil. A) Norte. B) Sudeste. C) Sul. D) Nordeste. E) Centro-Oeste. Comentários: Gabarito: C QUESTÕES INÉDITAS 1. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Trata-se de um eixo longitudinal se estende até a maior reserva de minério de ferro do mundo e foram implantados em suas margens projetos minerais e agropecuários incentivados pela SUDAM. Estamos falando da/do a) Rodovia Belém-Brasília b) Zona Franca de Manaus c) Rio São Francisco d) Transamazônica e) Complexo Grande Carajás 37 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA 2. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A principal exploração de ferro na porção setentrional do Brasil se tornou possível graças à a construção de diferentes infraestruturas, tais como a) Porto de Vitória e a Estrada de Ferro Vitória-Minas b) Usina de Belo Monte e o Porto de Itaqui c) Hidrelétrica de Itaipu e o Porto de Paranaguá d) Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Santos e) Hidrelétrica de Tucuruí e a Estrada de Ferro Carajás 3. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) É uma rodovia latitudinal planejada para viabilizar o assentamento de migrantes e estabelecer uma rota de novos investimentos em uma das últimas regiões a serem integradas no país, sendo chamada de “a pista da mina de ouro”. Estamos falando da a) Belém-Brasília b) Brasília-Acre c) Cuiabá-Santarém d) Transamazônica e) Estrada de Carajás 4. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A marcha para o oeste foi uma política de interiorização em direção a região central do Brasil iniciada na década de 1940, e que também teve como um dos atrativos a/o a) industrialização acelerada durante a Era Vargas b) construção de portos na década de 1950 c) construção e transferência da capital para Brasília d) Intensificação da migração de retorno e) urbanização intensificada com a expansão da fronteira agrícola 38 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA 5. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) São, respectivamente, as duas bacias hidrográficas com maior aproveitamento para geração de energia elétrica no Brasil: a) Amazônica, Paraná b) Paraná, Amazônica c) Paraná, São Francisco d) Paraná, Tocantins-Araguaia e) Amazônia, Tocantins-Araguaia 6. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A principal exploração de ferro na porção setentrional do Brasil se tornou possível graças à a construção de diferentes infraestruturas, tais como a) Porto de Vitória e a Estrada de Ferro Vitória-Minas b) Usina de Belo Monte e o Porto de Itaqui c) Hidrelétrica de Itaipu e o Porto de Paranaguá d) Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Santos e) Hidrelétrica de Tucuruí e a Estrada de Ferro Carajás 7. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre o uso de combustíveis fósseis no Brasil, assinale a alternativa correta a) Limita-se à matriz energética, sendo pouco presente na produção elétrica b) Não apresenta o uso de carvão mineral devido a estrutura geológica do país c) Apesar de limitada, há uso de energia nuclear no Brasil, fonte não renovável e limpa d) O uso de tais combustíveis se restringe ao setor de transporte, especialmente à gasolina e) A extração de petróleo se concentra offshore, apesar de jazidas dispostas na Amazônia 8. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) 39 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Ainda no final do século XIX e início do século XX, algumas atividades foram responsáveis pela expansão e povoamento de áreas ainda pouco integradas. Nesse sentido, podemos definir como uma exceção A) a expansão do café que também impulsionou a construção de ferrovias B) extração de borracha na porção de terra firme da floresta amazônica C) incentivos a grandes projetos agropecuários e desenvolvimento de novas técnicas para plantio D) fortalecimento da infraestrutura, como a construção de hidrelétricas E) construção de núcleo urbano com capacidade de atrair pessoas, eixos e investimentos 9. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a interação entre a produção e a logística de transporte, assinale a alternativa correta A) Buscando a maior circulação do café em direção aos portos, as ferrovias passaram a ser viabilizadas na década de 1950. B) Apesar da ausência industrial, a região Norte recebeu a maior rodovia finalizada nos governos militares: a Transamazônica. C) Com a ascensão das montadoras de automóveis, as rodovias se multiplicaram no Brasil, anulando totalmente as ferrovias D) A infraestrutura gerada pela economia cafeeira foi base para a instalação de indústrias no Sudeste, mas perdeu espaço para as rodovias E) No Norte há fortes incentivos ao uso de hidrovias, bem como nos planaltos paulistas as ferrovias são fundamentais e superam as rodovias 10. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A rodovia BR-230 foi uma das iniciativas na década de 1970 para aumentar a integração no território brasileiro, e, sobre ela podemos afirmar que A) Seu caráter longitudinal facilitou a integração entre o Centro-Oeste e a Amazônia B) A porção setentrional corta a Amazônia, e a meridional, a Caatinga C) A parte ocidental é mais utilizada, principalmente na porção paraibana entre a capital e Campina Grande. D) É uma rodovia que liga o Sudeste ao suldo estado do Amazonas, na região Norte E) É uma rodovia totalmente asfaltada, aumentando a circulação entre o Centro-Oeste e o norte 11. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) 40 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA A energia nuclear se tornou alternativa para diversos países que buscavam ampliar a sua produção. O que também pode ser aplicado ao Brasil com a efetivação do seu programa a partir A) do processo de industrialização introduzido por Getúlio Vargas B) dos anos 2000 com a construção de diversas termoelétricas C) da década de 1970, pensado inicialmente em parceria com a Alemanha Ocidental D) de 2007, com a construção de Angra III E) da década de 1950, com a ampliação do parque industrial brasileiro 12. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) “Um exemplo é o próprio Brasil, cuja expansão acelerada do consumo está diretamente relacionada às importações da Bolívia – que, desde os anos 80, está entre os países com maiores reservas da América Latina, junto à Argentina e Venezuela.” (Relatório Aneel – Parte III. Disponível em http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap6.pdf. Acesso em 21/05/2021) O trecho faz referência à uma fonte de energia, sendo ela: a) Petróleo b) Carvão Mineral c) Nuclear d) Gás Natural e) Xisto 13. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) “As jazidas estão localizadas principalmente na Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais (...) A principal delas, em Caetité, Bahia, possui 100 mil toneladas.” (Relatório Aneel – Parte III. Disponível em http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap8.pdf. Acesso em 21/06/2021) Apesar de tal disposição natural, a transformação desse recurso em energia não acontece na Bahia. Assinale a alternativa que elenque, respectivamente, o estado onde tal recurso é transformado em energia e qual é a fonte limpa em questão: a) São Paulo / solar b) Paraná / carvão mineral c) Rio de Janeiro / nuclear d) Rio Grande do Sul / carvão mineral 41 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA e) Rio de Janeiro / petróleo 14. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) O ___________________ foi responsável pela intensificação da exploração mineral na porção setentrional do Brasil. A partir dele a (atual) ______________ passou a explorar minérios nos estados do ____________________. Assinale a alternativa que elenque, respectivamente, os termos que possam preencher as lacunas a) Projeto Grande Carajás/ Vale do Rio Doce / Pará, Tocantins e Maranhão b) Projeto Carajás/ Vale S.A. / Pará, Tocantins e Goiás c) Projeto Grande Carajás/ Vale S.A. / Pará, Goiás e Minas Gerais d) Projeto Carajás/ Vale do Rio Doce / Pará, Tocantins e Goiás e) Projeto Grande Carajás/ Vale S.A. / Pará, Tocantins e Maranhão 15. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a dinâmica de fontes de energia, assinale a alternativa correta a) Fontes de energia renováveis e fontes de energia limpas são sinônimos, graças à lógica de redução de impactos socioambientais b) A formação de petróleo no continente agrega maiores valores de venda a esse recurso natural não renovável. c) A matriz energética brasileira, diferente da lógica mundial, apresenta equilíbrio entre fontes renováveis e não renováveis. d) principal fonte utilizada no Brasil é o petróleo, mas entre as renováveis o primeiro lugar é da hidráulica. e) A disponibilidade de fontes de energia não pode ser considerada um ponto relevante para a geopolítica. 16. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A cabotagem não é o principal sistema utilizado no Brasil, mas podemos defini-lo como a) Hidroviário, sendo mais intenso no Centro-Sul, em especial na a Hidrovia Tietê-Paraná. b) Aéreo, com destaque para a exportação de frutas do Sertão em direção à Europa. c) Dutoviário, sendo internacional. como o gasoduto Bolívia-Brasil, ou totalmente nacional no Amazonas d) Ferroviário, com destaque para a ferrovia Norte-Sul, interligando Santa Catarina ao Pará 42 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA e) Navegação entre portos nacionais por vias marítimas, interligando o Amazonas ao Rio Grande do Sul. 17. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Pensando a expansão do rodoviarismo em direção à porção setentrional do país, a rodovia Cuiabá- Santarém se relaciona a) ao escoamento de safras de grãos destinados à exportação. b) à entrada de matérias-primas importadas da Argentina. c) à ocupação de indústrias exportadoras de tecnologia. d) à produção de bens de consumo não duráveis. e) à exportação de uma zona franca. 18. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) O principal mineral explorado na Serra do Navio e a principal consequência ambiental derivada dessa exploração são, respectivamente, a) manganês/contaminação do lençol freático por arsênio. b) ferro/queima de combustíveis fósseis c) carvão mineral/assoreamento. d) bauxita/ desmatamento e) cassiterita/ formação de lagos. 19. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A integração da Amazônia às outras regiões se realizou através de importantes vetores, sendo o primeiro: a) o eixo rodoviário Belém-Brasília b) o eixo rodoviário Cuiabá-Santarém c) o eixo rodoviário Manaus-Boa Vista d) o eixo rodoviário Porto Velho-Manaus e) o eixo rodoviário Brasília-Acre 20. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) 43 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Com a industrialização, as rodovias se expandiram no Brasil e desemprenharam (desempenham) um papel estratégico de integração do território. Assim, A) a BR-116 foi fundamental para a integração do Sudeste e Brasília B) a BR-101 possibilitou a migração para o Brasil Central C) a BR-153 (Belém-Brasília) foi fundamental para a integração da Amazônia D) a BR-163 (Cuiabá-Santarém) foi fundamental para a integração do extremo leste da Amazônia E) há uma ausência de rodovias federais para integrar o Sudeste ao Nordeste 21. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Pensando a estrutura geológica e a exploração mineral no Brasil, assinale a alternativa correta A) A Bacia Sedimentar do Paraná concentra jazidas de carvão mineral, conhecido como cinturão carbonífero. B) A baixa produção de bauxita no território brasileiro impediu a estruturação de uma indústria nacional. C) A concentração de minérios exclusivamente no Sudeste brasileiro possibilitou que tal região se tornasse a mais industrializada do país. D) Por apresentar uma estrutura geológica mais recente, a formação de petróleo onshore no Brasil é inexistente. E) As elevadas temperaturas na Amazônia possibilitaram a formação de carvão mineral de baixo valor calorífero. 22. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Assinale a alternativa que elenca uma das melhores opções de energia renovável em nosso território. A) Com a disposição próximo à Linha do Equador, a Floresta Amazônica é a melhor opção em termos de energia fotovoltaica, e por isso está no cinturão solar por toda a baixa latitude brasileira B) Apesar da distribuição limitada espacialmente, uma das melhores opções em termos de energia lima está no cinturão carbonífero localizado na região Sul, em especial na Bacia Sedimentar do Paraná. C) Pouco divulgada e com um subaproveitamento marcando, uma das melhores opções em termos de energia renovável e limpa seria a geotérmica disponível todo o litoral brasileiro. D) Para contorna a concentração de produção no centro-sul, o estímulo à hidreletricidade nas áreas de pediplanos na Amazônia, apesar dos danos quanto ao desmatamento, seria a melhorsaída à curto prazo. E) Considerada limpa e renovável, a energia eólica, principalmente no litoral setentrional do Nordeste, é uma boa opção à matriz elétrica do país que atualmente é muito dependente de hidrelétricas. 23. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A extração mineral faz parte da economia brasileira há muito tempo, sendo firmada como um ciclo durante o século XVIII com o ouro, e, a respeito de tal atividade no cenário atual, podemos afirmar que A) a maior extração em veios no Brasil se dá no centro-sul de Minas Gerais, na margem esquerda do Rio Doce, o chamado Quadrilátero Ferrífero B) a principal extração, em termos financeiros, da Serra dos Carajás é o ouro que abastece o mercado interno e externo, especialmente a China 44 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA C) os principais depósitos auríferos do Brasil se encontram no sudeste do Pará, na margem direita do rio Amazonas, sendo dispostos em vales fluviais D) na Serra do Navio, apesar da baixa integração com portos, há a maior extração de tal minério no Brasil, e, o mercado externo é o principal foco E) no Mato Grosso do Sul, especificamente no Maciço do Urucum, é feita a maior extração aurífera do país, e, se destina à América Latina devido à proximidade. 24. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre os recursos minerais brasileiros, assinale a alternativa correta A) Altamente utilizado pela indústria, o alumínio é muito importante para a economia, logo, a extração de bauxita é de suma importância, e no cenário brasileiro destaca-se a Serra do Oriximiná, no Pará. B) Apesar de intensas jazidas de ferro, a ausência de manganês no território compromete a produção industrial no Brasil, afinal, essa é uma matéria-prima cara para importação. C) A extração de hematita no Brasil é totalmente direcionada ao mercado externo, e, por ser extraído principalmente no Maciço do Urucum, é levado especialmente para países latino-americanos. D) Áreas de rejeito de minério de ferro no Brasil oferecem grande biodiversidade e segurança natural, logo, o monitoramento é dispensável em grande parte dos casos. E) A exploração mineral na Serra dos Carajás sempre foi condicionada ao Estado, até a privatização da Vale do Rio Doce, estendendo o projeto Grande Carajás aos estados do Pará, Tocantins e Maranhão. 25. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a interação indústria/transporte, assinale a alternativa correta (A) A circulação fluida é fundamental para a industrialização de um país, assim, na década de 1950 houve a ascensão de incentivos governamentais para a construção de ferrovias para atender as multinacionais que se dirigiam ao Brasil. (B) Durante o governo de Washington Luís, a máxima “governar é construir estradas” já foi instaurada no Brasil, entretanto, com JK e a entrada maciça de multinacionais no território brasileiro tal realidade foi potencializada. (C) A colonização da Amazônia se deu, inicialmente, através dos rios, entretanto, a ausência da produção industrial em tal região dificultou o estabelecimento de rodovias. (D) A infraestrutura gerada pela economia cafeeira foi base para a instalação de indústrias no Sudeste, entretanto, se limitou à produção de base, dificultado a expansão de um mercado consumidor. (E) Na região Norte há fortes incentivos ao uso de hidrovias, bem como nos planaltos paulistas as ferrovias são fundamentais e superam as rodovias, sendo essas heranças do cultivo de café. 26. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a produção energética no Brasil, considere as afirmações a seguir: I. A hidrelétrica é a principal fonte de energia renovável utilizada no Brasil e o seu uso é concentrado na geração de energia elétrica, onde pode ser destacada a produção em Itaipu e em Tucuruí. 45 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA II. A utilização do carvão mineral na matriz energética brasileira é limitada, se comparado ao cenário mundial, principalmente por certa escassez de tal recurso no Brasil. III. A principal fonte de energia utilizada no Brasil é o petróleo, seguindo a mesma lógica mundial. Assinale a alternativa correta: a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas c) Apenas a afirmativa I está correta d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas e) Apenas a afirmativa III está correta 27. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a mineração no Brasil, considere as afirmações a seguir: I – A exploração de petróleo no Brasil é fortemente concentrada no sistema offshore, mas apesar do volume disposto na Amazônia Azul, há importação de tal recurso. II – O alumínio é importante componente utilizado em diversas indústrias, e tem origem na bauxita, que no Brasil é disposto especialmente na Serra do Oriximiná, no Pará. III – Importante ponto de extração no Brasil, o Quadrilátero Ferrífero foi fundamental no processo de industrialização, abastecendo o mercado interno e, através da Estrada de Ferro Vitória-Minas e o Porto de Tubarão, a escoação para o exterior. IV – A exploração mineral no Brasil está restrita às áreas próximas ao litoral, dificultando a exportação para países da América do Sul, apesar das alianças firmadas com o Mercosul. Assinale a alternativa correta a) Apenas as afirmativas I, II, III estão corretas b) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. e) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. 28. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre o sistema de transporte no Brasil podemos afirmar que a) a priorização do sistema rodoviário sobre o ferroviário foi pensando em associação ao modelo de industrialização adotado, principalmente, a partir da década de 1950, que atraiu montadoras transnacionais 46 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA b) durante o ciclo do café as ferrovias foram fundamentais para o escoamento, mas com o passar dos anos a ausência de ferrovias interestaduais se tornou uma barreira à exportação de materiais primários. c) o transporte de minérios, principalmente na região Norte, após os projetos de integração durante os governos militares passou a ser feito pelo sistema rodoviário para que os gastos com transporte não dificultem a negociação no mercado externo d) configuração territorial do Brasil permite um fluxo intenso de matéria-prima e produtos pela costa, e graças à grande extensão litorânea, o uso do transporte de cabotagem no Brasil é superior à realidade dos demais países do mundo. e) o custo-benefício de um sistema de transporte depende de diversos fatores, dentre eles o tamanho da carga e a distância percorrida, assim a ausência de hidrovias que interliguem centros produtores encarece os produtos brasileiros. GABARITO 1. A 2. E 3. D 4. C 5. C 6. E 7. E 8. B 9. D 10. C 11. C 12. D 13. C 14. E 15. C 16. E 17. A 18. A 19. A 20. C 21. A 22. E 23. C 24. A 25. B 26. B 27. A 28. A QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS 1. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Trata-se de um eixo longitudinal se estende até a maior reserva de minério de ferro do mundo e foram implantados em suas margens projetos minerais e agropecuários incentivados pela SUDAM. Estamos falando da/do a) Rodovia Belém-Brasília b) Zona Franca de Manaus c) Rio São Francisco d) Transamazônica e) Complexo Grande Carajás Comentários: 47 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Atenção: estamos falando de um eixo longitudinal, logo que se encontra na vertical Alternativa A – CORRETA: Esse eixo foi fundamental para a expansãourbana e populacional em direção à Amazônia Alternativa B – INCORRETA: Não se trata de um eixo Alternativa C – INCORRETA: O Rio São Francisco liga MG ao Nordeste, apresentando um trecho norte-sul e outro oeste-leste. Alternativa D – INCORRETA: Trata-se um eixo transversal Alternativa E – INCORRETA: Não se trata de um eixo Gabarito: A 2. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A principal exploração de ferro na porção setentrional do Brasil se tornou possível graças à a construção de diferentes infraestruturas, tais como a) Porto de Vitória e a Estrada de Ferro Vitória-Minas b) Usina de Belo Monte e o Porto de Itaqui c) Hidrelétrica de Itaipu e o Porto de Paranaguá d) Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Santos e) Hidrelétrica de Tucuruí e a Estrada de Ferro Carajás Comentários: Alternativa A – INCORRETA: São infraestruturas relacionadas ao Sudeste, mas a questão “fala” sobre as porções mais ao norte do país. Alternativa B – INCORRETA: A usina de Belo Monte foi construída anos após o início da exploração mineral na porção setentrional do país. Alternativa C – INCORRETA: São infraestruturas relacionadas ao Sul, mas a questão “fala” sobre as porções mais ao norte do país. Alternativa D – INCORRETA: Não se aplica ao Porto de Santos Alternativa E – CORRETA: Ambos os projetos estavam dentro do Programa Grande Carajás. Gabarito: E 48 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA 3. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) É uma rodovia latitudinal planejada para viabilizar o assentamento de migrantes e estabelecer uma rota de novos investimentos em uma das últimas regiões a serem integradas no país, sendo chamada de “a pista da mina de ouro”. Estamos falando da a) Belém-Brasília b) Brasília-Acre c) Cuiabá-Santarém d) Transamazônica e) Estrada de Carajás Comentários: Alternativa A – INCORRETA: Essa é uma rodovia longitudinal Alternativa B – INCORRETA: Trata-se de uma rodovia diagonal Alternativa C – INCORRETA: Essa é uma rodovia longitudinal Alternativa D – CORRETA: Trata-se de uma rodovia que liga o litoral nordestino à Amazonia: da Paraíba até o Amazonas. Alternativa E – INCORRETA: Trata-se de uma ferrovia Gabarito: D 4. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A marcha para o oeste foi uma política de interiorização em direção a região central do Brasil iniciada na década de 1940, e que também teve como um dos atrativos a/o a) industrialização acelerada durante a Era Vargas b) construção de portos na década de 1950 c) construção e transferência da capital para Brasília d) Intensificação da migração de retorno e) urbanização intensificada com a expansão da fronteira agrícola Comentários: 49 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Alternativa A – INCORRETA: Esse fator atraiu mais pessoas par ao Sudeste, especialmente Alternativa B – INCORRETA: Os portos brasileiros não estariam mais à oeste, mas sim à leste. Alternativa C – CORRETA: Primeiro grande atrativo para o Centro-Oeste, Brasília se tornou um centro de atração, posteriormente intensificado com a construção de rodovias Alternativa D – INCORRETA: A migração de retorno não favorecia tal área Alternativa E – INCORRETA: Esse não é um fator de atração populacional, mas sim de mudança no perfil urbano/rural Gabarito: C 5. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) São, respectivamente, as duas bacias hidrográficas com maior aproveitamento para geração de energia elétrica no Brasil: a) Amazônica, Paraná b) Paraná, Amazônica c) Paraná, São Francisco d) Paraná, Tocantins-Araguaia e) Amazônia, Tocantins-Araguaia Comentários: Essa é uma daquelas questões “decorebas”, e tem como resposta: Paraná (especialmente com Itaipu) e São Francisco (após a criação da CHESF passou a ser fortemente explorada nesse sentido). Gabarito: C 6. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A principal exploração de ferro na porção setentrional do Brasil se tornou possível graças à a construção de diferentes infraestruturas, tais como a) Porto de Vitória e a Estrada de Ferro Vitória-Minas b) Usina de Belo Monte e o Porto de Itaqui c) Hidrelétrica de Itaipu e o Porto de Paranaguá d) Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Santos 50 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA e) Hidrelétrica de Tucuruí e a Estrada de Ferro Carajás Comentários: Alternativa A – INCORRETA: São infraestruturas relacionadas ao Sudeste, mas a questão “fala” sobre as porções mais ao norte do país. Alternativa B – INCORRETA: A usina de Belo Monte foi construída anos após o início da exploração mineral na porção setentrional do país. Alternativa C – INCORRETA: São infraestruturas relacionadas ao Sul, mas a questão “fala” sobre as porções mais ao norte do país. Alternativa D – INCORRETA: Não se aplica ao Porto de Santos Alternativa E – CORRETA: Ambos os projetos estavam dentro do Programa Grande Carajás. Gabarito: E 7. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre o uso de combustíveis fósseis no Brasil, assinale a alternativa correta a) Limita-se à matriz energética, sendo pouco presente na produção elétrica b) Não apresenta o uso de carvão mineral devido a estrutura geológica do país c) Apesar de limitada, há uso de energia nuclear no Brasil, fonte não renovável e limpa d) O uso de tais combustíveis se restringe ao setor de transporte, especialmente à gasolina e) A extração de petróleo se concentra offshore, apesar de jazidas dispostas na Amazônia Comentários: Alternativa A – INCORRETA: O gás natural, um combustível fóssil, é fortemente utilizada na produção de eletricidade, principalmente, em períodos de seca. Alternativa B – INCORRETA: Cuidado com essa generalização! O uso é restrito, mas existe Alternativa C – INCORRETA: Cuidado! Essa é uma questão sobre combustíveis fósseis, e, a energia nuclear não se encaixa nesse critério. Alternativa D – INCORRETA: Cuidado com o termo restringe. Alternativa E – CORRETA: Tal extração é mais encontrada na Amazônia Azul Gabarito: E 51 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA 8. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Ainda no final do século XIX e início do século XX, algumas atividades foram responsáveis pela expansão e povoamento de áreas ainda pouco integradas. Nesse sentido, podemos definir como uma exceção A) a expansão do café que também impulsionou a construção de ferrovias B) extração de borracha na porção de terra firme da floresta amazônica C) incentivos a grandes projetos agropecuários e desenvolvimento de novas técnicas para plantio D) fortalecimento da infraestrutura, como a construção de hidrelétricas E) construção de núcleo urbano com capacidade de atrair pessoas, eixos e investimentos Comentários: Atenção: Vamos considerar como alternativa correta aquela que não aponta uma atividade que levou pessoas á áreas pouco ocupadas Alternativa A – INCORRETA: Tal expansão se deu a partir do Vale do Paraíba Alternativa B – CORRETA: Cuidado! A borracha é extraída de porções de mata de várzea Alternativa C – INCORRETA: Especialmente em direção ao Centro-Oeste Alternativa D – INCORRETA: Tais obras atraíram investimentos, logo, pessoas Alternativa E – INCORRETA: A alternativa descreve a importância de Brasília para esse cenário de expansão populacional ao interior Gabarito: B 9. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a interação entre a produção e a logística de transporte, assinale a alternativa correta A) Buscando a maior circulação do café em direção aos portos, as ferrovias passaram a ser viabilizadas na década de 1950. B) Apesar da ausência industrial, a região Norte recebeua maior rodovia finalizada nos governos militares: a Transamazônica. C) Com a ascensão das montadoras de automóveis, as rodovias se multiplicaram no Brasil, anulando totalmente as ferrovias D) A infraestrutura gerada pela economia cafeeira foi base para a instalação de indústrias no Sudeste, mas perdeu espaço para as rodovias 52 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA E) No Norte há fortes incentivos ao uso de hidrovias, bem como nos planaltos paulistas as ferrovias são fundamentais e superam as rodovias Comentários: Alternativa A – INCORRETA: O sistema de transporte que passa a ser viabilizado na década de 1950 é o rodoviário. Alternativa B – INCORRETA: A transamazônica ainda não foi finalizada e a região Norte conta com a Zona Franca de Manaus, região de grande produção industrial. Alternativa C – INCORRETA: Ainda existe o uso de ferrovias para o transporte de cargas no Brasil. Muitas indústrias usam de tais vias para receber matéria-prima e escoar sua produção. Alternativa D – CORRETA: Durante o governo de Washington Luís, a máxima “governar é construir estradas” já foi instaurada no Brasil, entretanto, com JK e a entrada maciça de multinacionais no território brasileiro tal realidade foi potencializada. Alternativa E – INCORRETA: A malha ferroviária em São Paulo é inferior à malha rodoviária. Gabarito: D 10. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A rodovia BR-230 foi uma das iniciativas na década de 1970 para aumentar a integração no território brasileiro, e, sobre ela podemos afirmar que A) Seu caráter longitudinal facilitou a integração entre o Centro-Oeste e a Amazônia B) A porção setentrional corta a Amazônia, e a meridional, a Caatinga C) A parte ocidental é mais utilizada, principalmente na porção paraibana entre a capital e Campina Grande. D) É uma rodovia que liga o Sudeste ao sul do estado do Amazonas, na região Norte E) É uma rodovia totalmente asfaltada, aumentando a circulação entre o Centro-Oeste e o norte Comentários: Estamos falando da transamazônica Alternativa A – INCORRETA: Essa é uma realidade criada pela Belém-Brasília Alternativa B – INCORRETA: Porção ocidental corta a Caatinga, e a oriental chega na Amazônia. Alternativa C – CORRETA: Esse é o trecho que corta a Zona da Mata em direção ao Agreste. E aqui também destacamos Campina Grande como um polo industrial importante para a região 53 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Alternativa D – INCORRETA: Liga o Nordeste ao Norte Alternativa E – INCORRETA: Liga o Nordeste ao Norte e não é totalmente asfaltada. Gabarito: C 11. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A energia nuclear se tornou alternativa para diversos países que buscavam ampliar a sua produção. O que também pode ser aplicado ao Brasil com a efetivação do seu programa a partir A) do processo de industrialização introduzido por Getúlio Vargas B) dos anos 2000 com a construção de diversas termoelétricas C) da década de 1970, pensado inicialmente em parceria com a Alemanha Ocidental D) de 2007, com a construção de Angra III E) da década de 1950, com a ampliação do parque industrial brasileiro Comentários: Alternativa A – INCORRETA: Nesse momento ainda não buscávamos a energia nuclear, que tão pouco tinha sido desenvolvida Alternativa B – INCORRETA: Cuidado! Termoelétrica não é um sinônimo para usinas nucleares Alternativa C – CORRETA: Os atrasos na implantação do projeto levaram o Brasil à optar por outros caminhos para a implantação de seu programa nuclear Alternativa D – INCORRETA: Em 2007 houve a retomada da construção de Angra III Alternativa E – INCORRETA: Apesar de tal ampliação, a produção de energia nuclear veio décadas depois Gabarito: C 12. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) “Um exemplo é o próprio Brasil, cuja expansão acelerada do consumo está diretamente relacionada às importações da Bolívia – que, desde os anos 80, está entre os países com maiores reservas da América Latina, junto à Argentina e Venezuela.” (Relatório Aneel – Parte III. Disponível em http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap6.pdf. Acesso em 21/05/2021) O trecho faz referência à uma fonte de energia, sendo ela: a) Petróleo 54 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA b) Carvão Mineral c) Nuclear d) Gás Natural e) Xisto Comentários O Brasil importa gás natural da Bolívia, sendo que tal produto chega através de um gasoduto Gabarito: D 13. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) “As jazidas estão localizadas principalmente na Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais (...) A principal delas, em Caetité, Bahia, possui 100 mil toneladas.” (Relatório Aneel – Parte III. Disponível em http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par3_cap8.pdf. Acesso em 21/06/2021) Apesar de tal disposição natural, a transformação desse recurso em energia não acontece na Bahia. Assinale a alternativa que elenque, respectivamente, o estado onde tal recurso é transformado em energia e qual é a fonte limpa em questão: a) São Paulo / solar b) Paraná / carvão mineral c) Rio de Janeiro / nuclear d) Rio Grande do Sul / carvão mineral e) Rio de Janeiro / petróleo 55 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Comentários Dentre as fontes limpas elencadas temos: a solar e a nuclear. Entretanto, essa primeira não é armazenada em jazidas, logo, deve ser descartada. Gabarito: C 14. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) O ___________________ foi responsável pela intensificação da exploração mineral na porção setentrional do Brasil. A partir dele a (atual) ______________ passou a explorar minérios nos estados do ____________________. Assinale a alternativa que elenque, respectivamente, os termos que possam preencher as lacunas a) Projeto Grande Carajás/ Vale do Rio Doce / Pará, Tocantins e Maranhão b) Projeto Carajás/ Vale S.A. / Pará, Tocantins e Goiás c) Projeto Grande Carajás/ Vale S.A. / Pará, Goiás e Minas Gerais d) Projeto Carajás/ Vale do Rio Doce / Pará, Tocantins e Goiás e) Projeto Grande Carajás/ Vale S.A. / Pará, Tocantins e Maranhão Comentários O trecho fala sobre o Grande Projeto Carajás, que foi liberado pela Companhia do Vale do Rio Doce, que hoje, após a privatização, é chamada de Vale S.A. Nesse projeto há exploração nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão Gabarito: E 15. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a dinâmica de fontes de energia, assinale a alternativa correta a) Fontes de energia renováveis e fontes de energia limpas são sinônimos, graças à lógica de redução de impactos socioambientais b) A formação de petróleo no continente agrega maiores valores de venda a esse recurso natural não renovável. c) A matriz energética brasileira, diferente da lógica mundial, apresenta equilíbrio entre fontes renováveis e não renováveis. 56 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA d) principal fonte utilizada no Brasil é o petróleo, mas entre as renováveis o primeiro lugar é da hidráulica. e) A disponibilidade de fontes de energia não pode ser considerada um ponto relevante para a geopolítica. Comentários a) Incorreto. Energias limpas e renováveis não são sinônimos. b) Incorreto. Todo petróleo é FORMADO em oceanos (ou paleoceanos) c) Correto. O Brasil utiliza diferentes fontes de energia, configurando uma matriz diversificada. d) Incorreto. Entre as renováveis, a principal fonte de energia é a biomassa. e) Incorreto. A energia é fundamental para a economia de um país, por isso, pode sim ser tema de Geopolítica. Gabarito: C 16. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A cabotagem não é o principal sistema utilizadono Brasil, mas podemos defini-lo como a) Hidroviário, sendo mais intenso no Centro-Sul, em especial na a Hidrovia Tietê-Paraná. b) Aéreo, com destaque para a exportação de frutas do Sertão em direção à Europa. c) Dutoviário, sendo internacional. como o gasoduto Bolívia-Brasil, ou totalmente nacional no Amazonas d) Ferroviário, com destaque para a ferrovia Norte-Sul, interligando Santa Catarina ao Pará e) Navegação entre portos nacionais por vias marítimas, interligando o Amazonas ao Rio Grande do Sul. Comentários Cabotagem é a navegação entre portos marítimos sem perder a costa de vista. Gabarito: E 17. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Pensando a expansão do rodoviarismo em direção à porção setentrional do país, a rodovia Cuiabá- Santarém se relaciona a) ao escoamento de safras de grãos destinados à exportação. 57 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA b) à entrada de matérias-primas importadas da Argentina. c) à ocupação de indústrias exportadoras de tecnologia. d) à produção de bens de consumo não duráveis. e) à exportação de uma zona franca. Comentários a) Correto. Tal rodovia tem sido chamada Rota da Soja b) Incorreto. Há saída de produtos, em especial, grãos c) Incorreto. Ligação entre área de produção e escoamento de comodities d) Incorreto. Ligação entre área de produção e escoamento de comodities e) Incorreto. Ligação entre área de produção e escoamento de comodities Gabarito: A 18. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) O principal mineral explorado na Serra do Navio e a principal consequência ambiental derivada dessa exploração são, respectivamente, a) manganês/contaminação do lençol freático por arsênio. b) ferro/queima de combustíveis fósseis c) carvão mineral/assoreamento. d) bauxita/ desmatamento e) cassiterita/ formação de lagos. Comentários a) Correto. O Brasil é um dos maiores produtores de manganês do mundo, tendo suas maiores áreas de exploração na Serra dos Carajás (PA), Quadrilátero Ferrífero (MG) e Maciço do Urucum (MS). Durante muito tempo a Serra do Navio foi uma área estratégica para a exploração, entretanto, hoje é um lugar abandonado. b) Incorreto. Os maiores produtores de ferro no Brasil são o Quadrilátero Ferrífero (MG) e a Serra dos Carajás (PA). c) Incorreto. O carvão mineral não é um minério, mas um combustível fóssil, sendo explorado principalmente na região Sul d) Incorreto. A extração de bauxita no país acontece exclusivamente na Serra do Oriximiná (PA). 58 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA e) Incorreto. Rondônia e Amazonas detém as maiores participações no processo de extração de cassiterita no território brasileiro, correspondendo juntas a cerca de 97% de toda a produção. Gabarito: A 19. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A integração da Amazônia às outras regiões se realizou através de importantes vetores, sendo o primeiro: a) o eixo rodoviário Belém-Brasília b) o eixo rodoviário Cuiabá-Santarém c) o eixo rodoviário Manaus-Boa Vista d) o eixo rodoviário Porto Velho-Manaus e) o eixo rodoviário Brasília-Acre Comentários a) Correto. Tal eixo foi fundamental na década de 1960 b) Incorreto. Tal eixo foi fundamental na década de 1970 c) Incorreto. Tal eixo foi fundamental na década de 1980 d) Incorreto. Tal eixo foi fundamental na década de 1970 e) Incorreto. Tal eixo foi fundamental na década de 1970 Gabarito: A 20. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Com a industrialização, as rodovias se expandiram no Brasil e desemprenharam (desempenham) um papel estratégico de integração do território. Assim, A) a BR-116 foi fundamental para a integração do Sudeste e Brasília B) a BR-101 possibilitou a migração para o Brasil Central C) a BR-153 (Belém-Brasília) foi fundamental para a integração da Amazônia D) a BR-163 (Cuiabá-Santarém) foi fundamental para a integração do extremo leste da Amazônia E) há uma ausência de rodovias federais para integrar o Sudeste ao Nordeste Comentários Alternativa A – INCORRETA: A BR-116 integra Sul, Sudeste e Nordeste Alternativa B – INCORRETA: A BR-101 integra Sul, Sudeste e Nordeste 59 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Alternativa C – CORRETA: A integração da Amazônia se deu através da conexão com o Centro-Oeste. "(...) Brasília e Cuiabá tornaram-se os trampolins para a integração da Amazônia com o estante do território brasileiro. Os eixos principais foram a BR 153 (Belém-Brasília) e a BR-364, que parte do Mato Grosso e abre caminho para Rondônia e o Acre." (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 295) Alternativa D – INCORRETA: Santarém não fica no extremo oeste da Amazônia. Alternativa E – INCORRETA: Destacamos a BR 101 e a BR 116 como eixo de integração entre o Sudeste e o Nordeste. Gabarito: C 21. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Pensando a estrutura geológica e a exploração mineral no Brasil, assinale a alternativa correta A) A Bacia Sedimentar do Paraná concentra jazidas de carvão mineral, conhecido como cinturão carbonífero. B) A baixa produção de bauxita no território brasileiro impediu a estruturação de uma indústria nacional. C) A concentração de minérios exclusivamente no Sudeste brasileiro possibilitou que tal região se tornasse a mais industrializada do país. D) Por apresentar uma estrutura geológica mais recente, a formação de petróleo onshore no Brasil é inexistente. E) As elevadas temperaturas na Amazônia possibilitaram a formação de carvão mineral de baixo valor calorífero. Resolução: Alternativa a. CORRETA: Importante: faça sempe a seguinte associação Bacia Sedimentar → Combustível fóssil Estrutura Antiga → Minério No caso da Bacia Sedimentar do Paraná, há uma concentração de carvão mineral, como a alternativa elenca. Alternativa b. INCORRETA: O Brasil é dos países destaques quando o assunto é a bauxita (matéria-prima para o alumínio) Alternativa c. INCORRETA: Além do Sudeste, é possível encontrar minérios fundamentais à indústrias principalmente na região Norte (com destaque para o Pará). Alternativa d. INCORRETA: A estrutura geológica brasileira é antiga e sim, há petróleo onshore no Brasil, em especial na Bacia do Amazonas. Alternativa e. INCORRETA: O clima quente e úmido aumentou o ritmo de decomposição, dificultando a fossilização na região. 60 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Gabarito: A 22. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Assinale a alternativa que elenca uma das melhores opções de energia renovável em nosso território. A) Com a disposição próximo à Linha do Equador, a Floresta Amazônica é a melhor opção em termos de energia fotovoltaica, e por isso está no cinturão solar por toda a baixa latitude brasileira B) Apesar da distribuição limitada espacialmente, uma das melhores opções em termos de energia lima está no cinturão carbonífero localizado na região Sul, em especial na Bacia Sedimentar do Paraná. C) Pouco divulgada e com um subaproveitamento marcando, uma das melhores opções em termos de energia renovável e limpa seria a geotérmica disponível todo o litoral brasileiro. D) Para contorna a concentração de produção no centro-sul, o estímulo à hidreletricidade nas áreas de pediplanos na Amazônia, apesar dos danos quanto ao desmatamento, seria a melhor saída à curto prazo. E) Considerada limpa e renovável, a energia eólica, principalmente no litoral setentrional do Nordeste, é uma boa opção à matriz elétrica do país que atualmente é muito dependente de hidrelétricas. Resolução: Alternativa a. INCORRETA: O cinturão solar brasileiro não se estende portoda a área de baixa latitude brasileira, porque a floresta amazônica impede que os raios solares cheguem de maneira intensa ao solo. Alternativa b. INCORRETA: Cinturão carbonífero está associado ao carvão mineral, que não é uma fonte de energia renovável. Alternativa c. INCORRETA. No Brasil, a energia geotérmica é usada quase que exclusivamente para fins de recreação, em parques de fontes termais, como Caldas Novas (GO), Piratuba (SC), Araxá (MG), Olímpia, Águas de Lindóia e Águas de São Pedro (SP). Alternativa d. INCORRETA: A primeira coisa que você precisa conhecer para eliminar tal alternativa é o conceito de pediplanos. • Pediplano: região aplainada em clima árido ou semiárido. Visto a produção de hidreletricidade no Brasil não se concentra no Sertão, essa alternativa está errada. Alternativa e. CORRETA: O litoral setentrional do Nordeste concentra os ventos mais velozes do país e já concentra alguns parques eólicos. Gabarito: E 23. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) A extração mineral faz parte da economia brasileira há muito tempo, sendo firmada como um ciclo durante o século XVIII com o ouro, e, a respeito de tal atividade no cenário atual, podemos afirmar que A) a maior extração em veios no Brasil se dá no centro-sul de Minas Gerais, na margem esquerda do Rio Doce, o chamado Quadrilátero Ferrífero B) a principal extração, em termos financeiros, da Serra dos Carajás é o ouro que abastece o mercado interno e externo, especialmente a China 61 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA C) os principais depósitos auríferos do Brasil se encontram no sudeste do Pará, na margem direita do rio Amazonas, sendo dispostos em vales fluviais D) na Serra do Navio, apesar da baixa integração com portos, há a maior extração de tal minério no Brasil, e, o mercado externo é o principal foco E) no Mato Grosso do Sul, especificamente no Maciço do Urucum, é feita a maior extração aurífera do país, e, se destina à América Latina devido à proximidade. Resolução: Alternativa a. INCORRETA: A extração em questão é feita em pepitas e não é a maior do Brasil Alternativa b. INCORRETA: Tal alternativa dispõe sobre o ferro Alternativa c. CORRETA. Tal extração é feito pelo garimpo Alternativa d. INCORRETA. Tal Serra não dispõe das maiores jazidas de ouro do país Alternativa e. INCORRETA: Tal Maciço não dispõe das maiores jazidas de ouro do país Gabarito: C 24. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre os recursos minerais brasileiros, assinale a alternativa correta A) Altamente utilizado pela indústria, o alumínio é muito importante para a economia, logo, a extração de bauxita é de suma importância, e no cenário brasileiro destaca-se a Serra do Oriximiná, no Pará. B) Apesar de intensas jazidas de ferro, a ausência de manganês no território compromete a produção industrial no Brasil, afinal, essa é uma matéria-prima cara para importação. C) A extração de hematita no Brasil é totalmente direcionada ao mercado externo, e, por ser extraído principalmente no Maciço do Urucum, é levado especialmente para países latino-americanos. D) Áreas de rejeito de minério de ferro no Brasil oferecem grande biodiversidade e segurança natural, logo, o monitoramento é dispensável em grande parte dos casos. E) A exploração mineral na Serra dos Carajás sempre foi condicionada ao Estado, até a privatização da Vale do Rio Doce, estendendo o projeto Grande Carajás aos estados do Pará, Tocantins e Maranhão. Resolução: Alternativa a. CORRETA: A ordem mundial do imperialismo antecede às Grandes Guerras Alternativa b. INCORRETA: Há grande disposição de manganês no Brasil, em especial: Serra dos Carajás (Pará), Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais), Maciço do Urucum (Mato Grosso do Sul) Alternativa c. INCORRETA. A hematita é um óxido de ferro, que sim, tem a China como maior mercado. Alternativa d. INCORRETA. Áreas de rejeitos de minério de ferro são as barragens, logo, o monitoramento deve ser constante. Outro ponto importante é quanto à biodiversidade, para a construção de tais barragens a biodiversidade é comprometida Alternativa e. INCORRETA: . A exploração da Serra dos Carajá se deu, inicialmente, por empresas estrangeiras. Gabarito: A 62 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA 25. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a interação indústria/transporte, assinale a alternativa correta (A) A circulação fluida é fundamental para a industrialização de um país, assim, na década de 1950 houve a ascensão de incentivos governamentais para a construção de ferrovias para atender as multinacionais que se dirigiam ao Brasil. (B) Durante o governo de Washington Luís, a máxima “governar é construir estradas” já foi instaurada no Brasil, entretanto, com JK e a entrada maciça de multinacionais no território brasileiro tal realidade foi potencializada. (C) A colonização da Amazônia se deu, inicialmente, através dos rios, entretanto, a ausência da produção industrial em tal região dificultou o estabelecimento de rodovias. (D) A infraestrutura gerada pela economia cafeeira foi base para a instalação de indústrias no Sudeste, entretanto, se limitou à produção de base, dificultado a expansão de um mercado consumidor. (E) Na região Norte há fortes incentivos ao uso de hidrovias, bem como nos planaltos paulistas as ferrovias são fundamentais e superam as rodovias, sendo essas heranças do cultivo de café. Resolução: Alternativa a. INCORRETA: O sistema de transporte que passa a ser viabilizado na década de 1950 é o rodoviário. Alternativa b. CORRETA: Tal lógica persiste no Brasil, em termos de infraestrutura.. Alternativa c. INCORRETA. Há polo de industrialização na Amazônia, como a Zona Franca de Manus. Alternativa d. INCORRETA. Os barões do café também financiaram a indústria de bens de consumo, principalmente, as não duráveis. Alternativa e. INCORRETA: A malha ferroviária em São Paulo é inferior à malha rodoviária Gabarito: B 26. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a produção energética no Brasil, considere as afirmações a seguir: I. A hidrelétrica é a principal fonte de energia renovável utilizada no Brasil e o seu uso é concentrado na geração de energia elétrica, onde pode ser destacada a produção em Itaipu e em Tucuruí. II. A utilização do carvão mineral na matriz energética brasileira é limitada, se comparado ao cenário mundial, principalmente por certa escassez de tal recurso no Brasil. III. A principal fonte de energia utilizada no Brasil é o petróleo, seguindo a mesma lógica mundial. Assinale a alternativa correta: a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas c) Apenas a afirmativa I está correta 63 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas e) Apenas a afirmativa III está correta Comentários Afirmação I – Incorreta: Cuidado! Quando o assunto é energia renovável, o primeiro lugar fica com a biomassa (em especial os derivados da cana). Afirmação II – Correta: As termoelétricas no Brasil são movidas principalmente por gás natural. Afirmação III – Correta: Cuidado para não confundir matriz energética com matriz elétrica. Gabarito: B 27. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre a mineração no Brasil, considere as afirmações a seguir: I – A exploração de petróleo no Brasil é fortemente concentrada no sistema offshore, mas apesar do volume disposto na Amazônia Azul, há importação de tal recurso. II – O alumínio é importante componente utilizado em diversas indústrias, e tem origem na bauxita, que no Brasil é disposto especialmente na Serra do Oriximiná, no Pará. III – Importante ponto de extração no Brasil, o Quadrilátero Ferríferofoi fundamental no processo de industrialização, abastecendo o mercado interno e, através da Estrada de Ferro Vitória-Minas e o Porto de Tubarão, a escoação para o exterior. IV – A exploração mineral no Brasil está restrita às áreas próximas ao litoral, dificultando a exportação para países da América do Sul, apesar das alianças firmadas com o Mercosul. Assinale a alternativa correta a) Apenas as afirmativas I, II, III estão corretas b) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas. e) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas. Comentários Afirmação I Correta: a exploração é fortemente concentrada no Rio de Janeiro, no famoso pre-sal. Afirmação II Correta: 64 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA Minério Jazidas (Localização no Brasil) Bauxita (alumínio) Serra do Oriximiná (Pará ) Manganês Serra dos Carajás (Pará), Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais), Maciço do Urucum (Mato Grosso do Sul) Ferro Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais), Serra dos Carajás (Pará), Maciço do Urucum (Mato Grosso do Sul) Afirmação III Correta: Parte do ferro extraído de tal quadrilátero abastece o mercado interno e o externo Afirmação IV Incorreta: O Maciço do Urucum é um grande exemplo de área de extração nas proximidades das fronteiras com países da América do Sul. Gabarito: A 28. (Questão inédita – Estratégia Militares – Professora Priscila Lima) Sobre o sistema de transporte no Brasil podemos afirmar que a) a priorização do sistema rodoviário sobre o ferroviário foi pensando em associação ao modelo de industrialização adotado, principalmente, a partir da década de 1950, que atraiu montadoras transnacionais b) durante o ciclo do café as ferrovias foram fundamentais para o escoamento, mas com o passar dos anos a ausência de ferrovias interestaduais se tornou uma barreira à exportação de materiais primários. c) o transporte de minérios, principalmente na região Norte, após os projetos de integração durante os governos militares passou a ser feito pelo sistema rodoviário para que os gastos com transporte não dificultem a negociação no mercado externo d) configuração territorial do Brasil permite um fluxo intenso de matéria-prima e produtos pela costa, e graças à grande extensão litorânea, o uso do transporte de cabotagem no Brasil é superior à realidade dos demais países do mundo. e) o custo-benefício de um sistema de transporte depende de diversos fatores, dentre eles o tamanho da carga e a distância percorrida, assim a ausência de hidrovias que interliguem centros produtores encarece os produtos brasileiros. Comentários a) Correto. Principalmente após a década de 1950, a chegada de montadoras de automóveis no Brasil levou à priorização do sistema rodoviário. 65 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA b) Incorreto. Existem ferrovias interestaduais no Brasil. c) Incorreto. O transporte ferroviário é o mais usado e indicado nessa situação. O rodoviário encarece esse tipo de produto. d) Incorreto. O Brasil subutiliza esse tipo de transporte. e) Incorreto. Cuidado com o termo ausência, apesar de subutilizada, a malha fluvial brasileira apresenta hidrovias importantes, como Tietê-Paraná. Gabarito: A CONSIDERAÇÕES FINAIS Parabéns por ter concluído essa aula e muito obrigada pela confiança no trabalho da Equipe do Estratégia Militares! Caso ainda precise de alguma dica ou lhe reste alguma incerteza ou dúvida, não hesite em falar comigo! Será um prazer trocar conhecimentos com você (assim cresceremos juntos, pois ninguém é tão grande que não possa aprender). Use o Fórum de Dúvidas sempre que necessário! Nós do Estratégia Militares estamos ansiosos por sua aprovação! Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo Carlos Drummond de Andrade Ótimos estudos! Conte comigo, sempre!. Prof.ª Priscila Lima Siga minhas redes sociais! Professora Priscila Lima t.me/professorapriscilalima @profpriscilalima REFERÊNCIAS MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012. 66 Prof.ª Priscila Lima AULA 06 – GEOGRAFIA TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3ª Edição. Moderna Plus – volume único, contendo as partes I, II e III. São Paulo: Moderna, 2015. SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. 6ª Edição. Volume Único. São Paulo: Ática, 2018.