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Crise dos mísseis em Cuba

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Crise dos mísseis em Cuba
Conhecida como Crisis de los misiles, a Crise dos Mísseis aconteceu em Cuba com início em 16 de
outubro de 1962 e final dia 28 do mesmo mês e ano, e marcou a Guerra Fria como um dos momentos
de maior tensão.
Como começou?
Em resposta à instalação de mísseis nucleares na Turquia, Itália e Grã-Bretanha no ano de 1961, além
da invasão de Cuba por parte dos americanos, os soviéticos instalaram mísseis nucleares em Cuba.
No dia 14 de outubro, os americanos divulgaram algumas fotos realizadas durante um voo secreto por
Cuba, mostrando que o país abrigava aproximadamente 40 silos de abrigar mísseis nucleares, o que
gerou uma grande tensão entre as duas superpotências. Uma guerra nuclear parecia estar prestes a
começar e John F. Kennedy, presidente, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados
Unidos da América.
No mesmo ano, durante este período de tensões, Nikita Kruschev que, na época, era o Primeiro Ministro
da URSS, afirmou que o objetivo dos mísseis não era o ataque, mas sim defesa, sendo instalados como
uma forma de dissuadir quaisquer tentativas de invasão da ilha.
Um tempo antes, em 17 de Abril de 1961, Kennedy tentou desastrosamente invadir a Baía dos Porcos
com um grupo paramilitar constituído por exilados cubanos que recebiam o apoio da CIA e das forças
armadas americanas, como uma forma de derrubar o governo de Fidel Castro.
Kennedy, sabendo dos mísseis, afirmou que os Estados Unidos jamais poderiam admitir que estivessem
presentes a 150 km apenas de seu território, os mísseis nucleares daquela dimensão. Com isso, avisou
Khruschev que não teriam dúvidas em usar as armas nucleares contra Cuba caso os soviéticos não
desativassem os silos e os mísseis.
Foto: Reprodução
27 de outubro, o Sábado Negro
Conhecido como o sábado negro, o dia que marcou como ponto culminante da crise aconteceu em 27
de outubro, quando um avião espião americano foi abatido em Cuba. As negociações se tornaram ainda
mais difíceis e a guerra parecia cada vez mais próxima.
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Durante 13 dias de muito suspense, o mundo ficou esperando a possível guerra nuclear, mas no dia 28
de Outubro, após conseguir uma futura retirada de mísseis americanos da Turquia – secretamente –,
concordou em remover os mísseis de Cuba. Com isso, houve inclusive interrupção da programação de
todos os canais federais dos Estados Unidos, transmitindo a mensagem de Kruschev.
“Nós concordamos em retirar de Cuba os meios que consideram ofensivos. Concordamos em fazer isto
e declarar na ONU este compromisso. Seus representantes farão uma declaração de que os EUA,
considerando a inquietação e preocupação do Estado soviético, retirarão seus meios análogos da
Turquia“.
Papel do Brasil
Durante essa crise, segundo alguns documentos que foram revelados somente em 2012 pelo National
Security Archive, o Brasil teve uma participação secreta nessas negociações, tendo um papel importante
para evitar esse momento de crise. O país enviou, inclusive, no dia 19 de outubro de 1962, um
representante à Havana.
Quais foram as consequências?
Os arsenais nucleares sofriam uma grande tendência de proliferação durante a década de 1960, quando
os Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha, sob a tensão e o impacto da Crise dos Mísseis de
Cuba, concordaram em assinar um acordo, no ano de 1963, que proibia que fossem realizados testes
nucleares em alto mar, na terra e no espaço, podendo ser usados somente os testes subterrâneos.
Algum tempo depois, no ano de 1968 foi aprovado pelas duas superpotências, além de outros 58 países,
o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, que tinha como objetivo conter a corrida
armamentista e limitar os arsenais daqueles países que já possuíam armas nucleares, além de proibir o
desenvolvimento dessa tecnologia. Poderiam, no entanto, solicitar dos que já possuíam os artefatos
nucleares, mas somente para fins pacíficos.

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