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BIBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA - 21. Eclesiastes

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Livro do 
ECLESIASTES 
ou o Pregador 
Autor Para muitos intérpretes de Eclesiastes. a li-
nhagem ( 1.1). o reinado em Jerusalém ( 1.12). a 
grande sabedor.ia .(1.16) e a riqueza inigualável 
(2.4-9) do autor indicam que Ecles1astes foi escrito 
por Salomão (1Rs3; 4.21-34; 1 O). que se autodenominou "o Prega-
dor" (1.12). Ao final do livro (12.9-14). há uma homenagem à sabe-
doria de Salomão e um sumário com a admoestação de se "temer 
a Deus e guardar os seus mandamentos" (12.13). 
Contudo, alguns estudiosos acreditam que o tipo de linguagem 
hebraica utilizada no livro, bem como a visão negativa a respeito dos 
governantes nele sugerida (4.13; 7.19; 8.2-4; 10.4-7) indicam que a 
obra foi escrita depois do tempo de Salomão. Esta foi então apresen-
tada como um eco legítimo da tradição sapiencial que tem em 
Salomão o seu expoente máximo, usando, portanto, o seu nome. 
É importante observar que Eclesiastes não é o sumário de outro 
ensino sapiencial, mas uma afirmação peculiar de ensino sapiencial 
que o aprofunda enquanto acrescentando ao seu apelo geral. 
Data e Ocasião Aqueles que consideram 
que o livro é proveniente de um escritor posterior a 
Salomão, em geral, datam Eclesiastes após o exílio 
babilônico, o qual ocorreu no século VI a.e. Se se ad-
mite que Salomão é o seu autor, o livro deve ser então datado a 
partir do século X a.e. 
Eclesiastes tem sido considerado como uma obra apologética. 
isto é, uma tentativa de defender a fé em Deus através de respostas 
a argumentos negativos. Com tal peculiaridade, o livro freqüen-
temente parece expressar uma perspectiva secular, argumentando 
que a vida não tem sentido. Diante de tais argumentos, o escritor 
chega à conclusão de que a fé em Deus é o único caminho para a 
realização humana. Embora os ensinamentos do livro possam ser 
utilizados na evangelização, a maioria dos estudiosos judeus e 
cristãos tem entendido que Eclesiastes é dirigido ao povo de Deus, 
não aos que desconhecem a Deus ou se rebelam contra ele. O livro 
constitui o sábio conselho de Deus àqueles que conhecem os seus 
caminhos, mas os acham difíceis e perturbadores. 
Características e Temas Eclesiastes 
busca dar uma resposta à pergunta: Que proveito 
tem o homem no trabalho e na sabedoria? O trabalho 
e a sabedoria constituem os dois temas principais do 
livro. Palavras como "vantagem", "proveito" e palavras semelhan-
tes, como "melhor" (6.9). ocorrem inúmeras vezes no texto. Outra 
palavra importante, "vaidade", que transmite a noção de inutilida-
de, também tem grande ocorrência no livro. Essa palavra-chave é 
usada no tema que emoldura o livro ( 1.2; 12.8). que em cada caso 
é acompanhada por um poema relacionado ao tema (1.3-11; 
1.7-12.7). Afora essas estruturas literárias óbvias, não se tem 
chegado a um consenso quanto à estrutura básica do livro. Suas 
tendências conflitantes de otimismo e pessimismo dificultam a 
compreensão da intenção geral do livro. Contudo, os blocos de ma-
terial que o compõem referem-se em grande parte a esses dois te-
mas. Um esboço muito útil divide esses blocos em três ciclos 
(1.3-3.8; 3.9-6.7; 6.8-12.7). cada um deles, apesar de dife-
rentemente formulado, inicia com a mesma pergunta crucial "que 
proveito?" A questão é levantada também ao final de 5.16 e 6.11. 
O primeiro ciclo contém três pares de seções sobre o trabalho 
e a sabedoria (1.12-15e1.16-18; 2.1-11e2.12-17; 2.18-26 e 
3.1-8), apresentando a conclusão de que embora o trabalho e o 
entendimento humanos propiciem a satisfação da realização, a 
vantagem obtida por uma pessoa é cancelada pela morte. 
O segundo ciclo (3.9-6.7) aborda o tema do trabalho huma-
no em comparação com as obras perfeitas e eternas de Deus e 
aconselha o ser humano a desfrutar das bênçãos simples que Deus 
oferece nesta vida, mesmo diante da opressão humana. O terceiro 
ciclo (6.8-12. 7) desenvolve o tema da sabedoria humana em 
contraste com a inescrutabilidade dos desígnios de Deus. 
A conclusão de Salomão de que a morte faz com que toda 
sabedoria e trabalho humanos sobre a face da terra ("debaixo do 
sol" 1.14; 2.11, 17) sejam em vão não significa que as pessoas 
devam abandonar a sociedade e a cultura e passar a viver uma vida 
ascética. Tampouco a prioridade cristã de proclamar o evangelho 
para a conversão dos pecadores ("vosso trabalho não é vão". 1 Co 
15.58) significa que os cristãos devam abdicar das suas responsa-
bilidades culturais. Ao contrário, Salomão ordena (9. 7-1 O) que o 
povo de Deus desfrute da vida, apesar da sua futilidade, duras 
realidades e incertezas. e trabalhe com todo o vigor. Essa visão 
prática da vida não constitui estoicismo grego, tampouco um 
produto do esforço humano: é um dom de Deus (3.13; 5.19) para 
aqueles que o temem e guardam os seus mandamentos (5.1-7; 
12.13-14). Eclesiastes ensina tanto a responsabilidade humana em 
obedecer a Deus com alegria, como também a soberana provisão 
de Deus da capacidade de obedecer. 
Eclesiastes se atém à questão de como as pessoas devem viver 
(6.12) num mundo onde o bom Criador (3.11, 14) e justo Juiz (3.17) 
soberanamente ordena que coisas "más" sucedam igualmente aos 
que são retos (7.13-14) bem como aos iníquos e não de acordo com 
o merecimento pessoal de cada um (8.14; 9.1 ). O dom do contenta-
mento deve ser exercido não apenas diante da opressão humana 
(3.22--4.3), mas também diante da futilidade e da morte (9.7-1 O) 
que Deus impôs sobre a raça humana em razão do pecado. 
Relacionando este livro com Cristo e com o Novo Testamento, 
poderíamos levantar os seguintes aspectos: se o veredicto divino de 
"justo" ou "injusto" não é proferido nesta vida, será proferido após a 
morte, no dia do Julgamento (3.17; 12.14). Eclesiastes afirma a exis-
tência após a morte (9.10; 12.7), mas a ressurreição do corpo não 
769 ECLESIASTES 1 
é mencionada. A ressurreição de Cristo, que garante a ressurreição 
dos crentes para a vida eterna ( 1 Co 15), ainda estava por vir. 
O âmbito da criação discutido em Eclesiastes é indicado pelas 
expressões sinônimas "debaixo do sol", "debaixo do céu" e "na 
terra". A afirmação de Salomão de que tudo é fútil não se aplica à 
realidade transcendente do céu; não há contradição entre o 
Salomão e Paulo. Quaisquer tesouros que os descendentes de 
Adão ajuntarem na terra lhes serão tirados, mas o esforço celestial 
realizado através do Segundo Adão, que venceu a morte, nunca é 
vão (1 Co 15.58). 
Esboço do Eclesiastes 
1. Introdução ( 1.1 ) 
li. Tema (1.2) 
Ili. Limitações do trabalho e da sabedoria (1.3-3.8) 
A. Os ciclos da criação ( 1.3-11) 
B. As futilidade do trabalho e da sabedoria ( 1.12-18) 
C. As recompensas efêmeras do trabalho e da sabedoria 
(2.1-17) 
D. Os enigmas do trabalho e da sabedoria (2.18-3.8) 
IV. O trabalho no temor a Deus, cujas obras são eternas 
(3.9-6.7) 
A. Deus como Criador e Juiz (3.9-21) 
B. Contentamento ou inveja (3.22--4.16) 
Tudo é vaidade 
1 Palavra do Pregador, filho de Davi, ªrei de Jerusalém: 2 bVaidade de vaidades 1 , diz o Pregador; vaidade de 
vaidades, ctudo é vaidade. 3 d Que proveito tem o homem de 
todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol? 
A eterna mesmice 
4 Geração vai e geração vem; emas a terra permanece para 
sempre. S!Levanta-se o sol, e põe-se o sol, e 2 volta ao seu 
lugar, onde nasce de novo. ó gO vento vai para o sul e faz o 
seu giro para o norte; volve-se, e revolve-se, na sua carreira, e 
Em resumo, Eclesiastes ensina como os eleitos de Deus, fo-
rasteiros neste mundo "debaixo do sol" ( 1 Pe 1.1), mas também ci-
dadãos do céu (Fp 3.20), devem viver entre as profundas 
frustrações e tensões do tempo presente que é mau (Rm 8.18-23). 
Título "Eclesiastes" é uma tradução da palavra he-
braica qohe!eth, significando "aquele que reúne a comu-
nidade da aliança", convencionalmente traduzida por 
"Pregador". O termo "Eclesiastes" foi usadopela 
Septuaginta, tradução grega da Bíblia, e pela Vulgata, tradução latina. 
C. Compromisso sincero para com Deus (5.1-7) 
D. Insatisfação no trabalho (5.8--6.7) 
V. Sabedoria em humildade diante do Deus que é Juiz e 
cuja sabedoria é imperscrutável (6.8-12. 7) 
A. A inutilidade de confrontar-se com Deus (6.8-12) 
B. O que é bom para ser humano (7.1-18) 
c. o poder da sabedoria (7.19-8.8) 
D. O julgamento não realizado (8.9-9.1 O) 
E. O poder da estultícia (9.11-10.7) 
F. Conselhos para uma vida sábia (10.8-12.7) 
VI. Tema (12.8) 
VII. Conclusão (12.9-14) 
retorna aos seus circuitos. 7 hTodos os rios correm para o 
mar, e o mar não se enche; ao lugar para onde correm os rios, 
para lá tornam eles a correr. 8 Todas as coisas são 3 canseiras 
tais, que ninguém as pode exprimir; ios olhos não se fartam 
de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir. 9 iQ que foi é o 
que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, 
pois, novo debaixo do sol. 10 Há alguma coisa de que se possa 
dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes 
de nós. 11 1Já não há lembrança das coisas que precederam; e 
das coisas posteriores também não haverá memória entre os 
que hão de vir depois delas. 
CAPÍTULO 1 1 ªPv 1.11 2 bSI 39.5-6; 62.9; 144.4; Ec 12.8 C(Rm 8.20-21] 1 Ou Absurdidade, Frustração, Futilidade, Contra-senso; aqui e 
no restante do livro 3 dEc 2.22; 3.9 4 es1104.5; 119.90 S /Si 19.4-6 2Está ávido pelo; lit. ofegante 6 gEc 11.5; Jo 3.8 7 h [SI 104.8-9; Jr 
522] 8iPv27.20;Ec4.83enfadonhas 9iEc315 JJ 1Ec2.16 
•1.1 Pregador. O original hebraico enfatiza a funçáo de Salomáo como aquele 
que convoca a comunidade da aliança, a fim de testemunhar e de celebrar a glória 
do Rei dos céus. que enche seu templo terrestre ( 1 Rs 8). As palavras de Salomáo 
sáo dirigidas ao povo de Deus, náo aos agnósticos. 
filho de Davi. Ver a lntroduçáo: Autor. 
•1.2 Vaidade. A palavra, no hebraico, significa "sopro" ou "neblina" e, por isso, 
aquilo que é "inútil", "fútil" ou "náo-substancial". A morte dos seres humanos 
torna inúteis os feitos e desejos das pessoas que criam as culturas terrenas 
("debaixo do sol"). 
tudo. Esta palavra é qualificada pela expressáo "debaixo do sol" (v. 3) e significa 
tudo quanto as pessoas experimentam com os seus sentidos (v. 8). 
•1.3-11 A expressão "Que proveito tem o homem?" provê o tema desse poema 
de abertura, enfocando a atenção do leitor sobre a evidente futilidade do trabalho 
e do estudo. Embora essas coisas ofereçam alguma satisfaçáo de realizaçáo, a 
morte parece torná-las sem significado. 
•1.3-8 Por causa da morte, as pessoas precisam recomeçar continuamente suas 
labutas culturais. Nunca ficam completamente satisfeitas ante os resultados e 
sáo impulsionadas a repetir esforços anteriores. 
•1.3 proveito. A idéia de que o labor da vida náo tem proveito, apresentada aqui 
como uma pergunta retórica, é declarada diretamente em 2.11. 
debaixo do sol. Esta expressão é sinônima de "debaixo do céu" e "sobre a 
terra". O equivalente paulino é: "mundo perverso" (GI 1.4). As energias investidas 
nos reinos terrenos, com freqüência, náo têm valor para o Reino dos céus (Me 
8.36). Em contraste, a obra do Senhor não é vã IJo 6.27-29; 1Co 15 58). 
•1.4 Geração vai e geração vem ... permanece. As pessoas vivem constante-
mente começando de novo (tal como o sol, no v. 5), enquanto que, ern contraste, a 
terra (à qual cada pessoa retorna) permanece para sempre. 
•1.6 retorna aos seus circuitos. Esta expressáo é o ponto focal do poema em 
1.4-8, figura para o refráo repetido de Salomáo "correr atrás do vento". 
• 1. 7 não se enche. As experiências das pessoas comumente nunca as enchem 
ou satisfazem, tal como as águas nunca enchem o mar. 
•1.9-11 As realizações culturais náo podem reverter o fútil processo da repetiçáo 
do que já foi feito, pois todos morrem, e suas obras sáo esquecidas. 
ECLESIASTES 1, 2 770 
A experiência do Pregador 
12 Eu, o Pregador, venho sendo rei de Israel, em Jerusa-
lém. 13 Apliquei o coração a esquadrinhar e a minformar-me 
com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; neste 
enfadonho trabalho impôs Deus aos filhos dos homens, para 
nele os afligir. 14 Atentei para todas as obras que se fazem de-
baixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do ven-
to . .15 ° Aquilo que é torto não se pode endireitar; e o que falta 
não se pode calcular. 16 Disse comigo: eis que me engrandeci 
e Psobrepujei em sabedoria a todos os que antes de mim exis-
tiram em Jerusalém; com efeito, o meu coração tem tido 4lar-
ga experiência da sabedoria e do conhecimento. 17 q Apliquei 
o coração a conhecer a sabedoria e a saber o que é loucura e o 
que é estultícia; e vim a saber que também isto é correr atrás 
do vento. 18 Porque 'na muita sabedoria há muito enfado; e 
quem aumenta ciência aumenta tristeza. 
A vaidade das possessões 
2 ªDisse comigo: vamos! Eu te provarei com ba alegria; goza, pois, a felicidade; mas ctambém isso era vaidade. 
2 Do riso disse: é loucura; e da alegria: de que serve? 3 d Resol-
vi no meu coração 1 dar-me ao vinho, regendo-me, contudo, 
pela sabedoria, e entregar-me à loucura, até ver o que eme-
lhor seria que fizessem os filhos dos homens debaixo do céu, 
durante os poucos dias da sua vida. 4 Empreendi grandes 
obras; edifiquei para mim !casas; plantei para mim vinhas. 
5 Fiz jardins e pomares para mim e nestes plantei árvores fru-
tíferas de toda espécie. 6 Fiz para mim açudes, para 2regar 
com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. 7 Comprei 
servos e servas e tive 3 servos nascidos em casa; também pos-
suí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes 
de mim viveram em Jerusalém. 8gAmontoei também para 
mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias; provi-me 
de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: 
4mulheres e mulheres. 9 hEngrandeci-me e isobrepujei5 a to-
dos os que viveram antes de mim em Jerusalém; perseverou 
também comigo a minha sabedoria. 10 Tudo quanto deseja-
ram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de 
alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadi-
gas, e /isso era a 6recompensa de todas elas. 11 Considerei to-
das as obras que fizeram as minhas mãos, como também o 
trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era 
'vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia de-
baixo do sol. 
A vaidade da sabedoria 
12 Então, passei a considerar a sabedoria, me a loucura, e a 
estultícia. Que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que 
outros já nfizeram. 13 Então, vi que a sabedoria ºé mais pro-
veitosa do que a estultícia, quanto a luz traz mais proveito do 
que as trevas. 14 POs olhos do sábio estão na sua cabeça, mas 
o estulto anda em trevas; contudo, entendi que qo mesmo 
lhes sucede a ambos. 15 Pelo que disse eu comigo: como 
acontece ao estulto, assim me sucede a mim; por que, pois, 
busquei eu mais a sabedoria? Então, disse a mim mesmo que 
também isso era vaidade. 16 Pois, tanto do sábio como do es-
tulto, 'a memória não durará para sempre; pois, passados al-
guns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da 
mesma sorte, o estulto! 17 Pelo que aborreci a vida, pois me 
foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaida-
de e correr atrás do vento. 
A vaidade do trabalho 
18 Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afa-
diguei debaixo do sol, visto que 5o seu ganho eu havia de dei-
xar a quem viesse depois de mim. 19 E quem pode dizer se será 
• 13 m [Ec 7.25; 8.16-17] n Gn 3.19; Ec 3.10 15 o Ec 7.13 16 P 1Rs 3.12-13; Ec 2.9 4 Lit. tem visto grande sabedoria e conhecimento 
17 QEc 2.3,12; 7.23,25; [1Ts 5.21] 18rEc12.12 
CAPÍTULO 2 1 ª Lc 12.9 b Pv 14.13; [Ec 7.4; 8.15] cEc 1.2 3 dEc 1.17 e [Ec 3.12-13; 5.18; 6.12] I Lit. arrastar minha carne com 4/1Rs 
7.1-12 6 2 irrigar 7 3 Lit.filhos de minha casa 8g1Rs 9.28; 10.1O,14,214 Sentido exato desconhecido 9 h Ec 1.16 i2Cr 9.22 5 Lit. 
aumentei mais do que IOiEc3.22;5.18;9.9 óLit.porção 111Ec1.3,14 12 mEc1.17;7.25nEc1.9 13ªEc7.11,14,19;9.18;10.10 
14PPv17.24;Ec8.1 qSl49.10;Ec9.2-3,11 16'Ec1.11;4.16 18SSl49.10 
•1.12·15 A investigação pessoal de Salomão conclui que a cultura humana é mal 
orientada e incompleta. 
•1.12 rei ... em Jerusalém. Ver a Introdução: Autor. 
•1.13 com sabedoria. As realizações deste mundo efetuadas sob a maldição 
de Deus (Gn 3.16-19) são fúteis e frustrantes. 
enfadonho trabalho. A existência humana inclui cargas divinamente impostas 
(Gn 3.16-19; Rm 8.22-23). Jesus é que as torna suportáveis (Mt 11.28-30). 
Deus. O nome pessoal do Deus da aliança ':Javé" (convencionalmente traduzido 
por SENHOR) não é usado em Eclesiastes. 
•1.13·14 debaixo do céu ... debaixo do sol. Ver 1.3, nota. 
•1.14 Atentei para todas as obras. Salomão tinha uma perspectiva exata 
sobre o tempo presente. por causa do dom de Deus 11 Rs 3), bem como sobre o 
passado, porquanto ele meditava sobre a Palavra revelada de Deus. 
•1.15 torto ... o que faltil. Isso é resultado não somente do mal humano, mas 
também da maldição divina (7.13; Gn 3.16-19). 
•1.16 sabedoria. O aumento da verdadeira sabedoria aumenta a sensibilidade 
do indivíduo para com os efeitos infelizes do pecado, pois nem todos esses 
efeitos são imediatamente visíveis. 
todos os que antes de mim existiram em Jerusalém. Da perspectiva de 
Salomão, estes se refeririam a antigos reis pré-israelitas (Gn 14.18; Js 10.1 ). 
•2.1-11 Para Salomão em particular (1 As 4-11 J, as alegrias das realizações 
terrenas são insatisfatórias. 
•2.1 goza. Uma referência à auto-indulgência. 
•2.3 regendo-me, contudo, pela sabedoria. Ver o v. 9. Para determinar o que 
era bom que as pessoas fizessem, Salomão investigou a vida, sem se esquecer-
se da orientação protetora da palavra de Deus. 
•2.4·9 grandes obras ... Engrandeci-me. As riquezas do mundo fluíam para 
Jerusalém e estavam à disposição de Salomão. 
•2.10· 11 me alegrava ... a recompensa ... nenhum proveito havia debaixo 
do sol. Salomão experimentava alegria ao fazer algum trabalho, mas deixou de 
atingir a satisfação de produzir qualquer coisa de valor celeste permanente. 
•2.12-17 A vantagem terrena da sabedoria sobre a insensatez é cancelada pela 
morte. 
•2.12-13 a sabedoria. Não a sabedoria ou sagacidade secular, mas a sabedoria 
dada por Deus, que não tem igual. 
•2.15 mais a sabedoria. O valor da sabedoria parece estar comprometido, porque 
o sábio não pode proteger-se do abismo da morte mais do que o insensato. 
•2.17 aborreci. Ao concluir que a maldição da morte apaga o proveito do labor 
sábio, Salomão chegou a odiar a vida nesta presente era maligna. 
•2.18-26 Salomão reflete sobre as frustrações associadas ao trabalho. A morte 
771 ECLESIASTES 2, 3 
sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ga-
nho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do sol; também 
isto é vaidade. 20 Então, me empenhei por que o coração se 
desesperasse de todo trabaiho com que me afadigara debaixo 
do sol. 21 Porque há homem cujo trabalho é feito com sabe-
doria, ciência e destreza; contudo, deixará o seu 7 ganho 
como porção a quem por ele não se esforçou; também isto é 
vaidade e grande mal. 22 1Pois que tem o homem de todo o 
seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda tra-
balhando debaixo do sol? 23 Porque todos os seus dias são 
udores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa 
o seu coração; também isto é vaidade. 
24 vNada há melhor para o homem do que comer, beber e 
fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, 
vi também que isto vem da mão de Deus, 25 pois, 8separado 
deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? 26 Porque 
Deus dá xsabedoria, conhecimento e prazer ao homem que 
lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e 
amontoe, a fim de zdar àquele que agrada a Deus. Também 
isto é vaidade e correr atrás do vento. 
Tempo para tudo 
3 Tudo tem o seu tempo determinado, e ªhá tempo para todo propósito debaixo do céu: 2 há tempo de 1 nascer e 
btempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o 
que se plantou; 3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de 
derribar e tempo de edificar; 4 ctempo de chorar e tempo de 
rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; 5 tempo 
de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; dtempo de 
abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; 6 tempo de buscar e 
tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; 
7 tempo de rasgar e tempo de coser; e tempo de estar calado e 
tempo de !falar; 8 tempo de amar e tempo de gaborrecer; 
tempo de guerra e tempo de paz . 
O homem não conhece o seu tempo determinado 
9 hQue proveito tem o trabalhador naquilo com que se 
afadiga? 10 ;Vi o trabalho que·Deus impôs aos filhos dos ho-
mens, para com ele os afligir. 11 Tudo fez Deus formoso no 
seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do 
homem, jsem que este possa descobrir as obras que Deus fez 
desde o princípio até ao fim. 12 Sei que nada há 'melhor para 
o homem do que regozijar-se e levar vida regalada; 13 e tam-
bém que mé dom de Deus que possa o homem comer, beber e 
desfrutar o bem de todo o seu trabalho. 14 Sei que tudo quan-
to Deus faz durará eternamente; nnada se lhe pode acrescen-
tar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens 
temam diante dele. 15 °0 que é já foi, e o que há de ser tam-
bém já foi; Deus 2 fará renovar-se 3 o que se passou. 
Semelhança aparente na morte entre homens 
e animais 
16 PVi ainda debaixo do sol que no lugar do 4 juízo reinava 
a maldade e no lugar da justiça, 5 maldade ainda. 17 Então, 
disse comigo: qDeus julgará o justo e o perverso; pois há tem-
po para todo 6propósito e para toda obra. 18 Disse ainda comi-
go: é por causa dos filhos dos homens, para que Deus os 
prove, e eles vejam que são em si mesmos como os animais. 
19 rporque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos 
animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre 
o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma van-
tagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaida-
de. 20 Todos vão para o mesmo lugar; 5 todos procedem do pó 
e ao pó tornarão. 21 1Quem7 sabe se o 8 fô!ego de vida dos fi-
lhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para bai-
xo, para a terra? 22 upeJo que vi não haver coisa melhor do 
que alegrar-se o homem nas suas obras, porque vessa é a sua 
9recompensa; xquem o fará voltar para ver o que será depois 
dele? 
• 21 1herança 22 tEc 1.3; 3.9 23 UJó 5.7; 14.1 24 VEc 3.12-13,22; Is 56.12; Lc 12.19; 1Co 15.32; [1Tm 6.17] 25 Bconformealguns mss. Hebr., LXX e S; TM, Te V mais do que eu 26 x Jó 32.8; Pv 2.6; Tg 1.5 z Jó 27.16-17; Pv 28.8 CAPÍTUL03 taEc3.17;8.6 2bJó14.5;Hb9.271Lit.daràluz 4cRm12.15 SdJl2.16;1Co7.5 7eAm513ÍPv25.11 8gPv 
13.5;Lc14.26 9hEc1.3 10iEc1.13 1UJó5.9;Ec723;8.17;Rm1133 121Ec2.3,24 13mEc2.24 14nTg1.17 1S 0 Ec 
1.9 2Qupedecontasdo, lit.busca 3o que é perseguido 16 PEc 5.8 4dajustiça 5/niqüidade 17 qGn 18.25; SI 96.13; Ec 11.9; [Mt 16.27; 
Rm 2.6-10; 2Co 5.10; 2Ts 1.6-9] ô desejo 19 rs149.12.20; 73.22; [Ec 2 16] 20 sGn 3.19; SI 103.14 21 IEc 12.7 7Qu Quem conhece o 
espírito dos filhos dos homens, o qual vai para cima, e o espírito do animal, o qual vai para baixo, para a terra? Bespírito 22 UEc 2.24; 5.18 VEc 
2.10 XEc 6.12; 8.7 ºporção ou sorte 
arrebata o proveito do labor de seu produtor. A situação torna-se ainda mais 
insuportável por não se saber se. no futuro, a propriedade será dissipada por algum 
insensato (vs. 18-19) ou dada a algum herdeiro que não lhe dará valor (vs. 20-21). 
•2.23 não descansa. Os fardos dolorosos e sempre presentes da vida solapam 
até os prazeres legítimos do trabalho (v. 1 O) e podem privar o trabalhador de seu 
sono. 
•2.24 melhor. Em sua conclusão sobre o que é bom /v. 3), Salomão observa que 
os prazerescomuns da vida e do trabalho também se originam em Deus. 
•2.26 ao homem que lhe agrada ... ao pecador. Por maior que seja a 
prosperidade tempmfaia (\() Ím\liCl, sãCl os iustos "diante de Deus" que, afinal de 
contas. são os beneficiários das bênçãos de Deus. 
vaidade. A questão em vista parece ser a futilidade do trabalho de uma pessoa 
transferida para outra. tal como se vê nos vs. 20-21. 
•3.1 tempo. As pessoas verdadeiramente sábias sabem que todos os seus 
"tempos" estão nas mãos de Deus (SI 31.15) e que há um tempo apropriado para 
cada atividade humana. 
•3.11 eternidade. Este é o termo hebraico traduzido no v. 14 como "durará 
eternamente" e explicado no v. 11 como "desde o princípio até o fim". O coração 
sabe que a história não é destituída de sentido, mas é frustrado em seus esforços 
por discernir o padrão dos acontecimentos. 
•3.12 nada há melhor. A principal aplicação do autor é o seu conselho repetido 
(2.24-26; 3.12,22; 5.18-20; 8.15) e a sua ordem (9.7-10) para se contentar com o 
que Deus tem ordenado para a vida de uma pessoa (1Co 7.20; 1Tm 6.8). 
•3.14 temam. O termo significa dar a Deus a honra que corresponde ao que ele 
é (Êx 34.8; Is 6.5; Lc 5.8; Ap 1.17) 
•3.15-21 Deus. o Juiz, está em vista. 
•3.17 o justo e o perverso. Como punição pelo seu pecado, as pessoas, como 
os animais /vs. 18-20), devem morrer (Gn 3.19). Não obstante, a distinção entre 
os justos e os perversos não é removida pela morte. mas será revelada por 
ocasião do julgamento divino. 
tempo. Deus ordena tudo quanto ocorre sobre a terra /vs. 1-8). Ele também 
determinou um dia para julgar os feitos de todos os seres humanos (o ""Dia do 
Senhor"; JI 3). 
•3.21 Ouem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens. Em outros 
ECLESIASTES 4, 5 772 
As tribulações da Yida 
4 ~ainda t?das ªas opressões que se_ fazem debaixo do sol: v1 as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que nin-
guém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, 
sem que ninguém consolasse os oprimidos. 2 bPelo que tenho 
por mais felizes os que já morreram, mais do que os que ainda 
vivem; 3 cporém mais que uns e outros tenho por feliz aquele 
que ainda não nasceu e não viu as más obras que se fazem 
debaixo do sol. 4 Então, vi que todo trabalho e toda destreza 
em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo. 
Também isto é vaidade e correr atrás do vento. 5 dQ tolo 
cruza os braços e come a própria carne, dizendo: 6 e Melhor é 
um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de 
trabalho e correr atrás do vento. 
7 Então, considerei outra vaidade debaixo do sol, 8 isto é, 
um homem sem 1 ninguém, não tem filho nem irmã; contu-
do, não cessa de trabalhar, e /seus olhos não se fartam de 
riquezas; e gnão diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha 
alma hos bens da vida? Também isto é vaidade e 2 enfadonho 
trabalho. 
9 Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor 
paga do seu trabalho. 10 Porque se caírem, um levanta o 
companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não 
haverá quem o levante. 11 Também, se dois dormirem juntos, 
eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? 12 Se 
alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o 
cordão de três dobras não se rebenta com facilidade. 
13 Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e 
insensato, que já não se deixa admoestar, 14 ainda que aquele 
saia do cárcere para reinar ou nasça pobre no reino deste. 
15 Vi todos os viventes que andam debaixo do sol com o 
jovem sucessor, que ficará em lugar do rei. 16 Era sem conta 
todo o povo que ele 3 dominava; tampouco os que virão 
depois se hão de regozijar nele. Na verdade, que também isto 
é vaidade e correr atrás do vento. 
A loucura de votos precipitados 
5 ªGuarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; che-gar-se para ouvir bé melhor do que oferecer sacrifícios de 
tolos, pois não sabem que fazem mal. 2 cNão te precipites 
com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar 
palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e 
tu, na terra; portanto, d sejam poucas as tuas palavras. 3 Por· 
que dos muitos trabalhos vêm os sonhos, e edo muito falar, 
palavras néscias. 4/Quando a Deus fizeres algum voto, não 
tardes g em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre 
o voto que fazes. 5 h Melhor é que não votes do que votes e 
não cumpras. 6 Não consintas que ia tua boca te faça culpado, 
jnem digas diante do mensageiro de Deus que foi inadvertên-
cia; por que razão se iraria Deus por causa da tua 1 palavra, a 
ponto de destruir as obras das tuas mãos? 7 Porque, como na 
multidão dos sonhos há vaidade, assim também, nas muitas 
palavras; tu, porém, 1teme a Deus. 
A vaidade das riquezas 
8 mse vires em alguma província opressão de pobres e o 
2 roubo em lugar do direito e da justiça, não te maravilhes de 
semelhante caso; porque no que está alto tem acima de si 
outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros 
mais elevados que também exploram. 9 O proveito da terra é 
para todos; até o rei se serve do campo. 
10 Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama 
a abundãncia nunca se farta da renda; também isto é vaidade. 
11 Onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os 
que deles comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos 
do que os verem com seus olhos? 12 Doce é o sono do traba-
lhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico 
não o deixa dormir. 13 ºGrave mal vi debaixo do sol: as rique· 
zas que seus donos guardam para o próprio dano. 14 E, se tais 
riquezas se perdem por qualquer 3 má aventura, ao filho que 
gerou nada lhe fica na mão. 15 PComo saiu do ventre de sua 
~~~~~~~~~~~~~~~~ ~ CAPÍTULO 4 1 ªJá 35.9; SI 12.5; Ec 3.16; 5.8; Is 5.7 2 b Já 3.17-18 3 e Já 3.11-22; Ec 63; Lc 23.29 5 dPv 6.10; 24.33 6 e Pv 
15.16-17; 16.8 8/Pv 27.20; Ec 5.10; [1Jo 2.16] gs139.6 hEc 2.18-21 1 Lit. um segundo 2Lit. grave infortúnio 16 3Lit.para todos diante 
de qu,em ele era parq estar 
CAPITULO 5 1 ªEx 3.5; Is 1 12 b[1Sm 15.22]; SI 50.8; Pv 15 8; 21.27; [Os 6.6] 2 cpy 20.25 dpy 10.19; Mt 6.7 3epv10.19 4/Nm 
30.2; Dt 23.21-23; SI 50.14; 76.11gsl66.13-14 5 hPv 20.25; At 5.4 6 iPv 6.2 j1Co 11.10 1 Lit. voz 7 l[Ec 12.13] 8 mEc 3.16 n [SI 
12.5; 58 11; 82.1] 2 Lit. roubo do, no sentido de perversão ou negação do 13 o Ec 6.1-2 14 3 Lit. mau negócio 15 P Já 1.21; SI 4\\.17; 
1Tm 6.7 
lugares, Salomão observa que, embora o corpo físico retorne ao pó, o espírito 
retorna para Deus 112.7). 
•4.1-3 dos que foram oprimidos •.. tenho por mais felizes os que já 
morreram. Passando em revista a situação angustiante dos oprimidos, Salomão 
especula que os mortos e os não nascidos estão em melhor situação do que os 
vivos. 
•4.4-16 A inveja e a falta de contentamento são o combustível que impulsiona a 
busca da satisfação terrena. 
•4.5-6 descanso. Apesar de seus anteriores pensamentos melancólicos, 
Salomão conclui que a suficiência com contentamento é melhor do que o 
resultado necessário da preguiça (v. 5) ou o excesso acompanhado pela labuta 
incansável (vs. 6,8). 
•4.9-12 dois. A cooperação, em lugar da contenda arraigada na inveja, produz o 
sucesso e provê proteção contra os cobiçosos. 
•4.13-16 Um povo caracteristicamente descontente não aprecia bons líderes, 
pensamento que leva Salomão de volta ao seu tema da evidente futilidade da 
vida. 
•5.1-7 O sumário do Livro do Eclesiastes (12.13) expande a exortação para se 
temer a Deus (v. 7), o princípio aqui enfatizado por Salomão. 
•5.2 boca. Os pensamentos do coração são expressos nas palavras que saem 
da boca. Deus julgará essas palavras (Mt 12.34-37). 
•5.4-5 voto. Uma promessa específica feita a Deus (Dt 23.21-23). Ver 'lingua-
gem Honesta, Juramentos e Votos", em Ne 5.12. 
•5.6 boca. Ver nota no v. 2. 
mensageiro. A palavra hebraica assim traduzida também pode ser traduzida por 
"anjo". Poderia referir-se a um sacerdote que servisse no templo(MI 2.7). 
•5.8-17 A ganância é responsável por muitos dos aspectos prejudiciais das 
riquezas. 
•5.8 não te maravilhes. A opressão e a injustiça são inevitáveis (4.1-3). 
•5.10-12 ama o dinheiro. A ganância é insaciável e tira o sono do indivíduo; o 
contentamento provê descanso (1Tm 6.6-10). 
•5.13-17 Salomão pondera as tragédias das riquezas não usadas e perdidas. 
Tudo quanto não for perdido "através do infortúnio" deve ser deixado para trás por 
ocasião da morte. O labor terreno parece ser inútil. 
773 ECLESIA.STES 5-7 
mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho 
nada poderá levar consigo. ló Também isto é grave mal: pre-
cisamente como veio, assim ele vai; e qque proveito lhe vem 
rde haver trabalhado para o vento? 17 5 Nas trevas, comeu em 
todos os seus dias, com muito enfado, com enfermidades e in· 
dignação. 18 Eis o que eu vi: 1boa e bela coisa é comer e beber 
e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se 
afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que 
Deus lhe deu; "porque esta é a sua porção. 19 vouanto ao ho· 
mem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder 
para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu tra-
balho, isto é x dom de Deus. 20 Porque não se lembrará muito 
dos dias da sua vida, porquanto Deus lhe enche o coração de 
alegria. 
6 ªHá um mal que vi debaixo do sol e que pesa sobre os homens: 2 o homem a quem Deus conferiu riquezas, 
bens e honra, be nada lhe falta de tudo quanto a sua alma de-
seja, emas Deus não lhe concede que disso coma; antes, o es-
tranho o come; também isto é vaidade e grave 1 aflição. 3 Se 
alguém gerar cem filhos e viver muitos anos, até avançada 
idade, e se a sua alma não se fartar do bem, e d além disso não 
tiver sepultura, digo que eum 2 aborto é mais feliz do que ele; 
4 pois debalde vem o aborto e em trevas se vai, e de trevas se 
cobre o seu nome; 5 não viu o sol, nada conhece. Todavia, 
tem mais descanso do que o outro, ó ainda que aquele vivesse 
duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem. Porventura, não 
vão todos para / o mesmo lugar? 
7 gTodo trabalho do homem é para a sua boca; e, contudo, 
nunca se satisfaz o seu apetite. 8 Pois que vantagem tem o 
sábio sobre o tolo? Ou o pobre que sabe andar perante os 
vivos? 9 Melhor é ha vista3 dos olhos do que o andar ocioso 
da 4 cobiça; também isto é vaidade e correr atrás do vento . 
10 A tudo quanto há de vir ;já se lhe deu o nome, e sabe-se 
o que é o homem, ie que não pode contender com quem é 
mais forte do que ele. 11 É certo que há muitas coisas que só 
aumentam a vaidade, mas que aproveita isto ao homem? 
12 Pois quem sabe o que é bom para o homem durante 5 os 
poucos dias da sua vida 6de vaidade, os quais gasta 1como 
sombra? mouem pode declarar ao homem o que será depois 
dele debaixo do sol? 
Comparadas a sabedoria e a loucura 
7 ªMelhor é a boa fama do que o ungüento precioso, e o dia da morte, melhor do que bo dia do nascimento. 
2 Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há 
banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os 
vivos que e o tomem em consideração. 3 Melhor é a 1 mágoa 
do que o riso, dporque com a tristeza do rosto 2 se faz me-
lhor o coração. 4 O coração dos sábios está na casa do luto, 
mas o dos insensatos, na casa da alegria.se Melhor é 3 ouvir 
a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato. 
ó/Pois, qual o 4crepitar dos espinhos debaixo de uma pane-
la, tal é a risada do insensato; também isto é vaidade. 7 Ver-
dadeiramente, a opressão faz endoidecer até o sábio, ge o 
suborno 5corrompe o coração. 8 Melhor é o fim das coisas 
do que o seu princípio; hmelhor é o paciente do que o arro-
gante. 9 iNão te apresses em irar-te, porque a ira se abriga 
no íntimo dos insensatos. 10 Jamais digas: Por que foram os 
dias passados melhores do que estes? Pois não é sábio per-
guntar assim. 11 Boa é a sabedoria, havendo herança, e de 
proveito, ipara os que vêem o sol. 12 A sabedoria 1protege6 
como protege o dinheiro; mas o 7proveito da sabedoria é 
que ela mdá vida ao seu possuidor. 13 Atenta para as obras 
de Deus, pois nquem poderá endireitar o que ele torceu? 
• 16 Hc 1.3 rpy 11.29 17 s SI 127.2 18 IEc 2.24; 3.12-13; [1Tm 6.17] u Ec 2.10; 3.22 19 V[Ec 6.2] XEc 2.24; 3.13 CAPÍTULO 6 1 a Ec 5.13 2 b Jó 21 1 O; SI 17.14; 73.7 e Lc 12.20 1 doença 3 d 2Rs 9.35; Is 14.19-20; Jr 22.19 e Jó 3.16; SI 58.8; Ec 4.3 20uumnatimorto 6/Ec 2.14-15 7gpy16.26 9hEc11.9 3Q que os olhos vêem 4Lit.alma 10iEc1.9; 3.15 iJó 9.32; ls45.9; Jr 
49.19 12 ISI 102.11; Tg 4.14 m SI 39.6; Ec 3.22 5Lit. o número de dias ó fútil 
CAPÍTULO 7 1 a Pv 22.1 b Ec 4.2 2 e [SI 90 12] 3 d [2Cp 7.10] 1 aflição ou o pesar 2 se torna bom ou agradável 5 e SI 141.5; [Pv 
13.18; 15.31-32] 3 dar ouvidos à ó/Ec 2.2 4 ruído 7 Hx 23.8; Ot 16.19; [Pv 17.8,23] 5 destrói 8 h Pv 14.29; GI 5.22; Ef 4.2 
9 ipy 14.17; Tg 1.19 11iEc11.7 12 IEc 9.18 m Pv 3.18 6 Encobre em uma sombra, 7 a vantagem ou o lucro 13 n Já 12.14 
•5.18--6. 7 Deus distribui soberanamente as riquezas. 
•5.18 boa. A intenção de Deus é que o povo deve desfrutar dos benefícios de 
seu trabalho como uma devida recompensa por seu labor. 
•5.19 Deus conferiu. A capacidade de desfrutar do labor terreno não se deriva 
de uma força humana estóica, mas da graça conferida por Deus a ricos e a pobres 
(v. 12) igualmente. 
•6.2 Deus. As riquezas e a pobreza, bem como a capacidade ou incapacidade de 
desfrutar dos próprios recursos, são decretadas por Deus. 
não lhe concede que disso coma. Isso envolve controle sobre o gerenciamen-
to das riquezas e não meramente o prazer derivado de gastá-las. 
•6.3 se a sua alma não se fartar do bem. Viver descontente com a abundante 
provisão de Deus é uma grande tragédia. 
•6.6 o mesmo lugar. O caso daqueles que vivem muito tempo no descontenta-
mento é mais patético do que o de uma criança nascida morta. A criança que 
nasce morta, pelo menos, não passa muitos anos na miséria auto-infligida da 
ingratidão. 
•6. 7 nunca se satisfaz o seu apeti1e. Novamente, o trabalho terreno, por si 
mesmo, não preenche o vazio da alma (1.8). 
•6.8 Ou o pobre que sabe andar perante os vivos. Este, embora pobre, que 
sabe como viver eficazmente no mundo, evita o descontentamento de desejos 
loucos e insatisfeitos. 
•6.1 O lhe deu o nome, e sabe-se. Deus identifica cada pessoa como um 
pecador (7.20). 
contender. Ninguém, à parte de Cristo, tem defesa contra Deus. 
•7.1 dia da morte. Para os piedosos, a morte é "incomparavelmente melhor" 
(Fp 1.23). porquanto vão estar com Cristo. 
•7.2.4 casa onde há luto. Um funeral provê uma indispensável perspectiva 
para a condição terminal universal. 
•7.7 a opressão ... o suborno. Essas experiências comuns podem ameaçar 
desestabilizar de outro modo uma boa condição espiritual (4.1-3). 
•7.9 a ira se abriga. Se não for dominada, a ira acesa pelas frustrações da vida 
leva à insensatez. 
•7.11-12 A sabedoria ... dá vida. A verdadeira sabedoria concede benefícios 
nesta vida (contrastar com 8.8) e na vida vindoura. Cristo é a sabedoria remidora 
de Deus (1 Co 1.30). tornando a sabedoria acessível aos pecadores. 
•7.13-18 Tanto as ilusões humanas de perfeição nesta vida quanto o entregar-se 
à iniqüidade têm Deus por adversário. 
•7.13 quem poderá endireitar. Os decretos de Deus não podem ser revertidos. 
A maldição de Gn 3 só será anulada na consumação. 
ECLESIASTES 7, 8 774 
14 ºNo dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da ad-
versidade, considera em que Deus fez tanto 8este como aque-
le, para que o homem nada descubra do que há de vir depois 
dele. 
A moderação em tudo é boa 
15 Tudo isto vi nos dias da minha vaidade: Phá justo que 
perece na sua justiça, e há perverso que prolonga os seus dias 
na sua perversidade. 16 qNão sejas demasiadamente justo, 
rnem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti 
mesmo? 17 Não sejas demasiadamente perverso,nem sejas 
louco; 5 por que morrerias fora do teu tempo? 18 Bom é que 
retenhas isto e também daquilo não retires a mão; pois quem 
1teme a Deus de tudo isto 9sai ileso. 
19 u A sabedoria fortalece ao sábio, mais do que dez 
poderosos que haja na cidade. 20 vNão há homem justo sobre 
a terra que faça o bem e que não peque. 21 Não apliques o 
coração a todas as palavras que se dizem, para que não 
venhas a ouvir o teu servo a amaldiçoar-te, 22 pois tu sabes 
que muitas vezes tu mesmo tens amaldiçoado a outros. 
Avaliação da mulher enganosa 
23 Tudo isto 1 experimentei pela sabedoria; xe disse: 
tornar-me-ei sábio, mas a sabedoria estava longe de mim. 
24 zo que está longe e ªmui profundo, quem o achará? 
25 b Apliquei-me a conhecer, e a investigar, e a buscar a 
sabedoria e meu juízo de.tudo, e a conhecer que a perversida-
de é insensatez e a insensatez, loucura. 26 e Achei coisa mais 
amarga do que a morte: a mulher cujo coração são redes e 
laços e cujas mãos são grilhões; 2 quem for bom diante de 
Deus fugirá dela, mas o pecador virá a ser seu prisioneiro. 
21 Eis o que achei, diz do Pregador, conferindo uma coisa 
com outra, para a respeito delas formar o meu juízo, 28 juízo 
que ainda procuro e não o achei: e entre mil homens achei um 
como esperava, mas entre tantas mulheres não achei nem 
sequer uma. 29 Eis o que tão-somente achei: f que Deus fez o 
homem reto, mas gele se meteu em muitas astúcias. 
A submissão diante do rei 
8 Quem é como o sábio? E quem sabe a interpretação das coisas? ªA sabedoria do homem faz reluzir o seu rosto, e 
bmuda-se a 1 dureza da sua face. 2 Eu te digo: observa o 
mandamento do rei, e isso cpor causa do teu juramento feito 
a Deus. 3 d Não te apresses em deixar a presença dele, nem te 
obstines em coisa má, porque ele faz o que bem entende. 
4 Porque a palavra do rei tem autoridade suprema; e e quem 
lhe dirá: Que fazes? s Quem guarda o mandamento não 
experimenta nenhum mal; e o coração do sábio 2 conhece o 
tempo e o modo. 6 Porque !para todo propósito há tempo e 
modo; porquanto 3 é grande o mal que pesa sobre o homem. 
7 gPorque este não sabe o que há de suceder; e, como há 
de ser, ninguém há que lho declare. 8 hNão há nenhum 
homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem 
tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; ;nem há 
tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará 
aquele que a ela se entrega. 9 Tudo isto vi quando me 
apliquei a toda obra que se faz debaixo do sol; há tempo em 
que um homem tem domínio sobre outro homem, para 
arruiná-lo. 
As desigualdades na 1/ida 
10 Assim também vi os perversos receberem sepultura e 
entrarem no repouso, ao passo que os que freqüentavam o 
lugar santo /foram 4 esquecidos na cidade onde fizeram o 
bem; também isto é vaidade. 11 1Visto como se não executa 
logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos ho-
mens está inteiramente disposto a praticar o mal. 12 m Ainda 
que o pecador faça o mal cem vezes, e os dias se lhe prolon-
guem, eu sei com certeza que nbem sucede aos que temem 
a Deus. 13 Mas o perverso não irá bem, nem prolongará os 
• 14°Dt28.47Besteaoladodaquele 1SPEc8.12-14 -lóqPv25.16;Fp3.6TRm12.3 17SJó15.32;Sl55.23 t8tEc3.14;5.7; 
8.12-13 9 Lit. sai fora de todos eles 19 upy 21.22; Ec 9.13-18 20 vrns 8.46; 2Cr 6.36; Pv 20.9; Rm 3.23; 1Jo 1.8 23 XRm 1.22 1 testei 
24ZJó28.12;1Tm6.16ªRm11.33 2SbEc1.17 26CPv5.3-42Lit.aquelequeagradaaDeus 27dEc11-2 28eJó33.23 29/Gn 
1.27 gGn 3.6-7 
CAPÍTULO 8 1 ªPv 4.8-9; At 6.15 bDt 28.50 1 Litforça 2 cÊx 22.11; 2Sm 21.7; 1Cr29.24; Ez 17.18; [Rm 13.5] 3 dEc 10.4 4 e1sm 
13.11.13;Jó34.18 S2discerne 6/Ec3.1.173cresce 7gpv24.22;Ec6.12 8hSl496-7;Jó14.5iDt20.5-8 IO/Ec2.16;9.5 
4 Alguns mss. Hebr. LXX e V louvados li ISI 10.6; 50.21; Is 26.10 12 m Is 65.20; [Rm 2.5-7] n [Dt 4.40; SI 37.11, 18-19; Pv 132-33; Is 
3.1 O; Mt 25.34,41] 
•7.14 prosperidade ... adversidade. Deus decreta tanto uma quanto outra 
coisa. 
o homem nada descubra. O futuro é desconhecido. 
•7.15 justo ... perverso. A pergunta que fica implícita nesta observação é 
formulada em Jr 12.1 . "Por que prospera o caminho dos perversos?" E é tratada 
ainda mais prolongadamente em SI 37; 73. 
•7 .16-17 Não sejas demasiadamente justo ... demasiadamente perverso. 
O orgulho pode mascarar-se como justiça. até em pequenas coisas; por outro 
lado, há um impulso para o desregramento que ultrapassa os padrões de vida 
diários. 
•7.18 isto ... daquilo. Um correto conhecimento de Deus livra aqueles o que 
possuem dos excessos destrutivos da autojustiça e da iniqüidade. 
•7.19 fortalece ao sábio. A sabedoria é poderosa e encorajadora. 
•7.20 Não há homem justo. Todos são culpados diante de Deus [SI 14.3; 53.3). 
•7 .22 muitas vezes. Todos nós somos transgressores múltiplos aos olhos de 
Deus. 
•7.24 quem o achará. Ninguém pode compreender totalmente o entendimento 
de Deus. que é qualitativamente diferente do conhecimento humano (8.16-17; 
1Co 2.11) 
•7.29 fez o homem reto. Deus criou Adão moralmente bom (Gn 1.31 ). mas 
todos os homens pecam (Rm 3.23; 5.12). Ver "A Queda", em Gn 3.6. 
•8.5-6 O tempo e o modo. Aquele que é verdadeiramente sábio busca e 
geralmente acha o tempo próprio para cada ação (3.1-8). 
•8.8 poder. Não podemos controlar a morte ou o mal. mas Cristo possui esse 
poder (Jo 10.18; Ap 1.18). 
•8.9 para arruiná-lo. Provavelmente. isso signilique preiudicar ao,ue\e o,ue 
estiver sendo governado. Salomão viu como o uso irresponsável da autoridade 
dada por Deus prejudica as pessoas (Rm 13.3-4). 
•8.10-13 Embora existam desigualdades nas sociedades humanas. conforme 
775 ECLESIASTES 8-10 
seus dias; será como a sombra, visto que não teme diante de 
Deus. 
14 Ainda há outra vaidade sobre a terra: justos ºa quem 
sucede segundo as obras dos perversos, e perversos a quem 
sucede segundo Pas obras dos justos. Digo que também isto é 
vaidade. IS qEntão, exaltei eu a alegria, porquanto para o 
homem nenhuma coisa há melhor debaixo do sol do que 
comer, beber e alegrar-se; pois isso o acompanhará no seu 
trabalho nos dias da vida que Deus lhe dá debaixo do sol. 
16 Aplicando-me a conhecer a sabedoria e a ver o trabalho 
que há sobre a terra - pois nem de dia nem de noite vê o ho-
mem sono nos seus olhos-, 17 então, contemplei toda a obra 
de Deus e vi que 'o homem não pode compreender a obra que 
se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a 
descobrir, não a entenderá; e, ainda que diga o sábio que a virá 
a conhecer, nem por isso a poderá achar. 
A sorte parece ser a mesma para todos 
9 Deveras me 1 apliquei a todas estas coisas para clara-mente entender tudo isto: ªque os justos, e os sábios, e os 
seus feitos estão nas mãos de Deus; e, se é amor ou se é ódio 
que está à sua espera, não o sabe o homem. Tudo lhe está 
oculto no futuro. 2 bTudo sucede igualmente a todos: o 
mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao 2 bom, ao puro e ao 
impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao 
bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o 
juramento. 3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz 
debaixo do sol: a todos sucede o mesmo; também o coração 
dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios 
enquanto vivem; depois, rumo aos mortos. 4 Para aquele que 
está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão 
vivo do que um leão morto. s Porque os vivos sabem que hão 
de morrer, mas cos mortos não sabem coisa nenhuma, nem 
tampouco terão eles recompensa, porque da sua memória jaz 
no esquecimento. 6 Amor, ódio e inveja para eles já pere-
ceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do 
que se faz debaixo do sol. 
7Vai, pois, ecome com alegria o teu pão e bebe gosto-
sarnente o teu vinho, pois Deus já de antemão se agrada das 
tuas obras. B Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e 
jamais falte o óleo sobre a tua cabeça. 9 3Goza a vida com a 
mulher que amas, todos os diasde tua vida fugaz, os quais 
Deus te deu debaixo do sol; /porque esta é a tua porção nesta 
vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo do sol. 
IOgTudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme has 
tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, 
nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. 
Trabalhos sem recompensa 
11 ;Vi ainda debaixo do sol que não é dos ligeiros o prêmio, 
nem dos valentes, a vitória, nem tampouco dos sábios, o pão, 
nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes, o 
favor; porém itudo depende do tempo e do acaso. 12 Pois 1o 
homem não sabe a sua hora. Como os peixes que se apanham 
com a rede traiçoeira e como os passarinhos que se prendem 
com o laço, assim mse enredam também os filhos dos homens 
no tempo da calamidade, quando cai de repente sobre eles. 
Exemplo que ilustra esta verdade 
13 Também vi este exemplo de sabedoria debaixo do sol, 
que foi para mim grande. 14 n Houve uma pequena cidade em 
que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, 
sitiou-a e levantou contra ela grandes 4 baluartes. IS En-
controu-se nela um homem pobre, porém sábio, que a livrou 
pela sua sabedoria; contudo, ninguém se lembrou mais 
daquele pobre. 16 Então, disse eu: melhor é a sabedoria do 
que 0 a força, ainda que P a sabedoria do pobre é desprezada, e 
as suas palavras não são ouvidas. 17 As palavras dos sábios, 
ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de quem 
governa entre tolos. IB Melhor é a sabedoria do que as armas 
de guerra, mas qum só pecador destrói muitas coisas boas. 
A excelência da sabedoria 
1 O Qual a 1 mosca morta faz o ungüento do perfumador 2 exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a hon-
ra um pouco de estultícia. 2 O coração do sábio se inclina para 
• 14 o SI 7314 ~2 14; 7 15; 9 1·3 1-;~ E;;;- 17~ó 5 9; SI 73~Ec ~~;-~-~~;3·-- ---· ----~------ ·--
CAPÍTULO 9 1 ªDt33-3; Já 12.10; Ec 8.14 1 Lit coloquelnocoraçáo todas 2 bGn 3.17-19; Jó 2L7; SI 73-3, 12-13; MI 315 2LJ<X, Se V 
acrescentameaomau SCJó14.21;1s63.16dJó7.8-10;Ec111;216;8.10;1s26.14 7BEc8.15 91Ec2.103LitVêavida lOg[CI 
3 17] h Rm 12.11; CI 3.23 11 iJr 9.23; Am 2 14-15 il Sm 6.9 12 iEc 8.7 mPv 29.6; Lc 12.20,39; 17.26; 1Ts 5.3 14 n 2Sm 20.16-22 
4 Conforme LXX, Se V; TM armadilhas 16 o Ec 7.12, 19 P Me 6.2-3 18 q Js 7.1-26; 2Rs 21.2-17 
CAPÍTULO 1 O l 1 Lit a mosca da morte 2 Conforme T e V; TM acrescenta e fermentar 
elas são experimentadas nos distúrbios civis de nossa própria época, Deus, não 
obstante, ajustará todas as contas com justiça. 
•8.14 sobre a terra. Nesta vida, os justos e os ímpios não recebem, necessaria-
mente, aquilo que merecem. 
•8.15 exaltei eu. Apesar da injustiça, as pessoas, contudo, devem regozijar-se 
nesta vida. O modo de expressão de Salomão é pessimista, mas, no contexto 
imediato, ele menciona que a vida é um dom de Deus. 
•8.17toda a obra de Deus. Ver 7.13; 11.5. 
não pode compreender. A obra de Deus não pode ser sondada. 
•9.1-10 Salomão ordena que as pessoas desfrutem da vida. apesar da realidade 
da morte. 
•9.1 nas mãos de Deus. A soberania de Deus controla todos as questões tanto 
dos justos quanto dos ímpios. 
se é amor ou se é ódio. No presente, tanto coisas "boas" quanto coisas "más" 
acontecem a pessoas justas e ímpias, de acordo com o desígnio inescrutável de 
Deus (Mt 5.44-45; Lc 13.1-5). 
•9.3 cheio de maldade. As pessoas são totalmente depravadas, isto é, corrup-
tas em todos os aspectos (Gn 6.5). 
•9.10 conforme as tuas forças. Tal como nov. 4, este versículo enfatiza a ne-
cessidade de enfrentarmos a vida conforme a encontramos. 
•9.11-12 acaso. Salomão descreve as pessoas como vítimas de um destino 
inescrutável ou mesmo "cruel". Não obstante, o crente compreende que Deus or-
dena os acontecimentos de maneiras inesperadas. 
•9.16 desprezada. Salomão percebe que a sabedoria, verdadeiramente. é me-
lhor do que a força - mas que os sábios não são devidamente apreciados. 
•10.2 o lado direito ... o da esquerda. Estas direções tinham sentidos con· 
vencionais de bem e de mal ou de bênção e de maldição no mundo antigo 
ECLESIASTES 10-12 776 
o lado direito, mas o do estulto, para o da esquerda. J Quando 
o tolo vai pelo caminho, falta-lhe o entendimento; ªe, assim, a 
todos mostra que é estulto. 4 Levantando-se contra ti a indig-
nação do governador, bnão deixes o teu lugar, porque co âni-
mo sereno3 acalma grandes ofensores. s Ainda há um mal 
que vi debaixo do sol, erro que procede do governador: 6 do 
tolo posto em 4 grandes alturas, mas os ricos assentados em 
lugar baixo. 7Vi servos ea cavalo e príncipes andando a pé 
como servos sobre a terra. 8/Quem abre uma cova nela cairá, 
e quem rompe um muro, mordê-lo-á uma cobra. 9 Quem ar-
ranca pedras será maltratado por elas, e o que racha lenha ex-
põe-se ao perigo. 10 Se o ferro está embotado, e não se lhe afia 
o corte, é preciso redobrar a força; mas a sabedoria 5 resolve 
com bom êxito. 11 Se a cobra morder gantes de estar encanta-
da, não há vantagem no 6encantador. 
12 hNas palavras do sábio há favor, mas iao tolo os seus lá-
bios devoram. 13 As primeiras palavras da boca do tolo são 
estultícia, e as últimas, loucura perversa. 14 iQ estulto multi-
plica as palavras, ainda que o homem não sabe o que suce-
derá; e quem lhe manifestará 1o que será depois dele? 15 O 
trabalho do tolo o fatiga, pois nem sabe ir à cidade. 
16 m Ai de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes 
se banqueteiam já de manhã. 17 Ditosa, tu, ó terra cujo rei 
é filho de nobres e ncujos príncipes se sentam à mesa a seu 
tempo para refazerem as forças e não para bebedice. 
18 Pela muita preguiça 7desaba o teto, e ºpela frouxidão 
das mãos goteja a casa. 19 O festim faz-se para rir, Povinho 
alegra a vida, e o dinheiro atende a tudo. 20 qNem no teu 
pensamento amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais inte-
rior do teu quarto, o rico; porque as aves dos céus poderi-
am levar a tua voz, e o que tem asas daria notícia das tuas 
palavras . 
O procedimento prudente do sábio 
11 Lança o teu pão ªsobre as águas, bporque depois de muitos dias o acharás. 2 e Reparte dcom sete e ainda 
com oito, eporque não sabes que mal sobrevirá à terra. 3 Es-
tando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; 
caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que 
cair, aí ficará. 4 Quem somente observa o vento nunca semea-
rá, e o que olha para as nuvens nunca segará. s Assim como 
!tu não sabes qual o caminho do / vento, gnem como se for-
mam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também 
não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. 6 Semeia 
pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, 
porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se 
ambas igualmente serão boas. 7 Doce é a luz, e agradável 
aos olhos, hver o sol. 8 Ainda que o homem viva muitos 
anos, ;regozije-se em todos eles; contudo, ideve lembrar-se 
de que há dias de trevas, porque serão muitos. Tudo quanto 
sucede é vaidade. 
A mocidade 
9 Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu co-
ração nos dias da tua mocidade; 'anda pelos 2 caminhos que 
satisfazem ao teu coração e 3 agradam aos teus olhos; sabe, 
porém, que de todas estas coisas moeus te pedirá contas. 
10 Afasta, pois, do teu coração o desgosto e nremove da tua 
carne a dor, ºporque a juventude e a 4primavera da vida são 
vaidade. 
A 11elhice 
12 ªLembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os 1 maus dias, e cheguem os anos 
bdos quais dirás: Não tenho neles prazer; 2 antes que se 
. ~-~-~~-~-------3 ª Pv 13 .16; 18.2 4 b Ec 8.3 C1 Sm 25.24-33; Pv 25.15 3 serenidade, lit. cura, saúde 6 d Et 3.1 4 posições exaltadas 7 e Pv 19.1 O; 
30.22 8 /SI 7.15; Pv 26.27 1 O 5 Lit. é uma vantagem bem sucedida 11 g SI 58.4-5; Jr 8.17 6 Lit. mestre da língua 12 h Pv 10.32; Lc 
4.22 iPv 10.14; Ec 4.5 14 I [Pv 15 2]; Ec 5.3 IEc 3.22;_ 8. 7 16m Is 3.4-5; 5.11 17 n Pv 31.4; Is 5.11 18 o Pv 24.30-34 7Ut. as vigas 
desmoronam 19 PJz9.13; SI 104.15; Ec 2.3 20 QEx 22.28; At 23.5 
CAPÍTULO 11 1 ªIs 32.20 b[Ot 15.1O;Pv19.17; Mt 10.42; 2Co 9 8; GI 6.9-1 O; Hb 6.10] 2 cs1112.9; Mt 5.42; Lc 6.30; [1Tm 6.18-19] 
dMq5.5eEf5.16 5/Jo3.8gSl139.141Quespírito 7hEc7.11 8iEc97iEc12.1 91Nm15.39;Jó31.7;Ec21QmEc317; 
12.14; [Rm 14 10] 2Segundo os impulsos do teu coração, lit nos caminhos do teu coração 3conformemelhorteparecem 10 n2Co 7.1; 2Tm 
2.22 p SI 39.5 4 Lit. negrura dos cabelos, isto é, a juventude 
CAPITULO 12 1 a 2Cr 34.3; Pv 22 6; Lm 3.27 b 2Sm 19.35 1 dias difíceis 
•10.5 erro. Freqüentemente. os governantes governam de maneira imprópria. 
•10.1 O afia o corte. Devemos vencer os obstáculos a um trabalho eficaz por 
estarmos devidamente preparados com a sabedoria ou a habilidade que se fazem 
necessárias para a tarefa. 
•10.12-14 palavras. As palavras revelam o coração de uma pessoa, e aquilo 
que é dito pode ter conseqüências sérias IMt 12 34-37). 
•10.19 tudo. Isso pode significar que o dinheiro é necessário tanto para o 
alimento corno para o vinho ou que o dinheiro supre todas as necessidades da 
vida lcf. 7 12). 
•10.20 aves. Esta figura de linguagem significa u~ espião ou informante. 
•11.1 pão sobre as águas. Possivelmente, urna referência ao comércio de 
cereais que Salomão fazra por meio marítimo. 
•11.2 sete ... oito. Uma admoestação para dividir os riscos que corremos lv. 6). 
não sabas. A incerteza é uma razão para a diversificação no gerenciamento fi-
nanceiro. Ver o v. 6. 
•11.3-4 nuvens. Não devemos usar a incerteza como uma desculpa para a pre-
guiça. 
•11.5 obras de Deus. Temos aqui. de novo, uma afirmação sobre a 
inescrutabilidade de Deus. do seu conselho secreto 18.17. nota). 
•11.6 não sabes. Ver nota no v. 2. 
•11.7-12.7. A vida jovem, natural, deve ser governada mediante a discrição, 
porquanto esta vida presente será seguida por um garantido encontro com Oeus 
1128) 
•11.8 regozije-se ... lembrar-se. As alegrias da vida presente devem ser des-
frutadas sem muito apego, na consciência de que elas são temporárias. 
•11.9 pedirá conta. Salomão não está encorajando uma auto-indulgência in-
sensata, mas dá urna advertência sóbria segundo a qual Deus levará tudo a juízo 
IMt 12.36). 
•12.1 maus dias. Se os prazeres são irrestritos na juventude. tanto os prazeres 
quanto o Criador serão desconhecidos nos últimos anos de vida. 
•12.2-7 Salomão comenta sobre o envelhecimento e a morte. usando a extensa 
metáfora de uma casa que está caindo. Ele contrasta a deterioração da casa com 
a permanência da natureza. É melhor aceitarmos essas metáforas daqui no seu 
efeito total, em lugar de especular quanto ao significado de cada figura individual. 
Conforme as notas seguintes o indicam. algumas associações são mais claras do 
que outras. 
777 ECLESIASTES 12 
escureçam o sol, a lua e as estrelas do esplendor da tua vida, e 
tornem a vir as nuvens depois do aguaceiro; 3 no dia em que 
tremerem os guardas da casa, os teus braços, e se curvarem 
os homens outrora fortes, as tuas pernas, e cessarem os teus 
moedores da boca, por já serem poucos, e se escurecerem os 
teus olhos nas janelas; 4 e os teus lábios, quais portas da rua, 
se fecharem; no dia em que não puderes falar em alta voz, te 
levantares à voz das aves, e todas cas harmonias, filhas da 
música, te diminuírem; s como também quando temeres o 
que é alto, e te espantares no caminho, e te embranqueceres, 
como floresce a amendoeira, e o gafanhoto te for um peso, e 
te perecer o apetite; porque vais d à casa eterna, e e os 
pranteadores andem rodeando pela praça; 6 antes que 2 se 
rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se 
quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao 
poço, 7 !e o pó volte à terra, como o era, ge o espírito volte a 
Deus, hque o deu. B 1Vaidade de vaidade, diz o Pregador, 
tudo é vaidade. 
Conclusão 
9 O Pregador, além de sábio, ainda ensinou ao povo o 
conhecimento; e, atentando e esquadrinhando, icompôsJ 
muitos provérbios. 10 Procurou o Pregador achar palavras 
agradáveis e escrever com retidão palavras de verdade. l l As 
palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem 
fixados as sentenças 4 coligidas, dadas pelo único Pastor. 
12 Demais, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e 
1o muito estudar é enfado da carne. 13 De tudo o que se tem 
ouvido, a suma é: mTeme a Deus e guarda os seus man-
damentos; porque isto é o dever de todo homem. 14 Porque 
nDeus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão 
escondidas, quer sejam boas, quer sejam más . 
• 4 c2sm 19.35 S dJó 17.13 eGn 50.10; Jr 9.17 6 2Conforme L.XX e V; Q e Tse solte; Kse remova 7 /Gn 3.19; Jó 34.15; SI 90.3 gEc 
3.21 h Nm 16.22; 27.16; Jó 34.14; Is 57.16; Zc 12.1 8 iSI 62.9 9i1Rs 4.32 3organizou, lit. pôs em ordem l l 4 Lit. dos mestres das 
assembléias 12 IEc 1.18 13 m [Dt 6.2; 10.12] 14 nMt 12.36 
•12.3 guardas da casa. As frases, aqui, provavelmente se refiram a partes do 
corpo como membros de uma casa. 
•12.5 te embranqueceres, como floresce a amendoeira. A cor branca da 
amendoeira é associada aos cabelos brancos das pessoas idosas. 
casa eterna. Essas palavras náo se referem simplesmente ao sepulcro, mas 
também à presença do Criador e Juiz da pessoa (v. 7). 
•12.6 copo de ouro. Estas palavras descrevem uma lâmpada quebrada na 
queda causada pelo rompimento de uma corrente de prata. Copos quebrados e 
cordas partidas sugerem a fragilidade que vem com a idade avançada. 
•12.7 o espírito volte a Deus. A existência humana continua para além da morte. 
•12.8 Vaidade de vaidade. Uma reiteraçáo final do refráo do Pregador. 
•12.9-14 O livro termina com um tributo à sabedoria de Salomáo, provendo as 
chaves para interpretar o livro. 
•12.11 dadas pelo único Pastor. As palavras do Livro do Eclesiastes foram 
sopradas por Deus (2Tm 3.16). 
•12.13 a suma. Uma leal submissão ao governo de Deus é a admoestaçáo cen-
tral e o sumário da literatura de sabedoria (5.7; Jó 28.28; Pv 1.7; 9.1 O) 
•12.14 juízo. D julgamento por Deus de nossos pensamentos e atos é um tema 
dominante que emerge por todo o livro (3.17; 8.12-13; 11.9; 2Co 5.10). 
O caminho da sabedoria (12.14) 
Sem reverência a Deus, "tudo é vaidade". 
Aprendizado sem Deus . cinismo (1.7-8) . 
Grandeza sem Deus ~ tristeza ( 1.16-18) . 
Prazer sem Deus desapontamento (2.1-2) 
Trabalho sem Deus ~ 
. 
ódio pela vida (2.17) 
Filosofia sem Deus ~ vazio (3. 1-9) 
Eternidade sem Deus ~ falta de realização (3.11) 
-Vida sem Deus . depressão (4.2-3) 
Religião sem Deus . medo (5.4-7) 
Riqueza sem Deus ~ tribulações (5.12) 
Existência sem Deus . frustração (6.12). . 
Sabedoria sem Deus 
-
desespero ( 11.1-8) 
O ponto de partida da sabedoria é o temor a Deus, uma atitude séria e profunda frente aos mandamentos de Deus. 
TEMOR ADEUS ~ REALIZAÇÃO (12.13-14) 
l 
	ECLESIASTES
	01
	02
	03
	04
	05
	06
	07
	08
	09
	10
	11
	12

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