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F R E N T E 2 165 04 O fluxo magnético dentro do plano da espira não varia, pois o campo magnético B, na região, tem módulo constante. 08 A Lei de Lenz, que determina o sentido da corrente induzida na espira, é uma consequência do princí- pio da conservação da energia. 16 Atua sobre o fio esquerdo da espira, de resistência R e comprimento a, uma força magnética de mó- dulo B a v R 2 2 , direção horizontal e sentido da direita para a esquerda. Soma: 35 UFSC Na transmissão de energia elétrica das usinas até os pontos de utilização, não bastam fios e postes. Toda a rede de distribuição depende fundamental- mente dos transformadores, que ora elevam a tensão, ora a rebaixam. Nesse sobe e desce, os transforma- dores não só resolvem um problema econômico, como melhoram a eficiência do processo. O esquema abaixo representa esquematicamente um transforma dor ideal, composto por dois enrolamentos (primário e secundário) de fios envoltos nos braços de um quadro metálico (núcleo), e a relação entre as voltagens no primário e no secundário é dada por = V V N N p s p s . Primário Voltagem (V P ) N o de voltas (N P ) Secundário Voltagem (V S ) N o de voltas (N S ) Em relação ao exposto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01 O princípio básico de funcionamento de um trans- formador é o fenômeno conhecido como indução eletromagnética: quando um circuito fechado é sub- metido a um campo magnético variável, aparece no circuito uma corrente elétrica cuja intensidade é proporcional às variações do fluxo magnético. 02 No transformador, pequenas intensidades de corrente no primário podem criar grandes intensi dades de fluxo magnético, o que ocasionará uma indução eletromagnética e o aparecimento de uma voltagem no secundário. 04 O transformador acima pode ser um transformador de elevação de tensão. Se ligarmos uma bateria de automóvel de 12 V em seu primário (com 48 voltas), iremos obter uma tensão de 220 V em seu secun dário (com 880 voltas). 08 Podemos usar o transformador invertido, ou seja, se o ligarmos a uma tomada em nossa residência (de corrente alternada) e aplicarmos uma tensão de 220 V em seu secundário (com 1000 voltas), obteremos uma tensão de 110 V no seu primário (com 500 voltas). 16 Ao acoplarmos um transformador a uma tomada e a um aparelho elétrico, como não há contato elétrico entre os fios dos enrolamentos primário e secun- dário, o que impossibilita a passagem da corrente elétrica entre eles, não haverá transformação dos valores da corrente elétrica, somente da tensão. 32 O fluxo magnético criado pelo campo magnético que aparece quando o transformador é ligado de pende da área da secção reta do núcleo metálico. Soma: 36 ITA Considere o transformador da figura, onde VP é a tensão no primário, VS é a tensão no secundário, R um resistor, N1 e N2 são o número de espiras no pri- mário e secundário, respectivamente, e S uma chave. Quando a chave é fechada, qual deve ser a corrente IP no primário? S R V P N 1 N 2 ; V S 37 ITA A figura mostra um circuito formado por uma barra fixa FGHJ e uma barra móvel MN, imerso num campo magnético perpendicular ao plano desse circuito. M FG H N J I Considerando desprezível o atrito entre as barras e também que o circuito seja alimentado por um gera dor de corrente constante I, o que deve acontecer com a barra móvel MN? A Permanece no mesmo lugar. Move-se para a direita com velocidade constante. C Move-se para a esquerda com velocidade constante. Move-se para a direita com aceleração constante. Move-se para a esquerda com aceleração constante. 38 UFRN 2011 O inglês Michael Faraday (1791-1867) pode ser considerado um dos mais influentes cientistas de todos os tempos e seus trabalhos científicos ainda hoje têm re- percussão na sociedade científico-tecnológica. Um dos mais importantes desses trabalhos é a lei de indução eletromagnética que leva seu nome – Lei de Faraday –, que trata de uma situação experimental envolvendo o ímã e uma espira. Essa lei pode ser enunciada como: “a força eletromotriz induzida em uma espira fechada é FÍSICA Capítulo 9 Forças magnéticas e indução magnética166 proporcional à variação do fluxo magnético que a atra- vessa e inversamente proporcional ao intervalo de tempo em que ocorre essa variação”. Em relação à lei referida no texto, é correto armar que a força eletromotriz induzida na espira: A depende do produto da variação do fluxo magnéti- co através da espira pelo intervalo de tempo. b não depende do movimento relativo entre o ímã e a espira. C depende do movimento relativo entre o ímã e a espira. d não depende da razão entre a variação do fluxo mag- nético através da espira pelo intervalo de tempo. 39 ITA Considere uma espira retangular de lados a e b percorrida por uma corrente I, cujo plano da espira é paralelo a um campo magnético B. Sabe-se que o mó- dulo do torque sobre essa espira é dado por t = IBab. Supondo que a mesma espira possa assumir qualquer outra forma geométrica, indique o valor máximo possí- vel que se consegue para o torque. A + π IB(a b) 2 b IBab C 2IBab d π IBab 2 e π IBab 40 Unifesp Em uma balança analítica eletrônica, o prato que recebe a massa M, a ser aferida, fica sobre um suporte acoplado a uma bobina quadrada de lado 5,0 cm e com 10 voltas, que se ajusta perpendicularmente às linhas de campo magnético B uniforme e constante, de módulo igual a 2,0 T, orientado para fora do plano da figura. A corrente elétrica produzida pela célula fotoelétrica C, ao percorrer a bobina, interage com o campo magnéti- co, resultando em uma força magnética que sustenta o prato e o suporte na posição de equilíbrio mecânico. A balança está zerada quando o nível do braço indicador D coincide com o fundo do prato vazio. Quando a massa M é colocada sobre o prato, o conjunto sai da posição de equilíbrio e tende a mover-se para baixo, desalinhando o braço indicador com o fundo do prato. Nesta situação surge uma corrente elétrica na bobina fazendo com que o fundo do prato volte à sua posição original. Considere que a balança encontra-se inicialmente ze- rada e o uxo do campo magnético sobre a bobina mantenha-se constante. Dado: g = 10,0 m/s 2 . M D R C B Determine: a) o módulo, a direção e o sentido da força magné- tica resultante sobre a bobina devido à massa de 10 g colocada sobre o prato. ) o sentido (horário ou anti-horário) da corrente elé- trica na bobina necessária para equilibrar a massa de 10 g, bem como a potência elétrica dissipada pela bobina nessa situação. A resistência ôhmica R equivalente da bobina é 50 Ω. 41 ITA A figura representa o campo magnético de dois fios paralelos que conduzem correntes elétricas. A respeito da força magnética resultante no o da es- querda, podemos armar que ela: A atua para a direita e tem magnitude maior que a da força no fio da direita. b atua para a direita e tem magnitude igual à da força no fio da direita. C atua para a esquerda e tem magnitude maior que a da força no fio da direita. d atua para a esquerda e tem magnitude igual à da força no fio da direita. e atua para a esquerda e tem magnitude menor que a da força no fio da direita. 42 ITA Uma haste metálica com 5,0 kg de massa e resistên- cia de 2,0 Ω desliza sem atrito sobre duas barras paralelas separadas de 1,0 m, interligadas por um condutor de re- sistência nula e apoiadas em um plano de 30° com a horizontal, conforme a figura. Tudo encontra-se imerso num campo magnético B, perpendicular ao plano do movimento, e as barras de apoio têm resistência e atrito desprezíveis. Considerando que após deslizar durante um certo tempo a velocidade da haste permanece cons- tante em 2,0 m/s, assinale o valor do campo magnético. 30° B v A 25,0 T b 20,0 T C 15,0 T d 10,0 T e 5,0 T 10 CAPÍTULO Gravitação [...] eu derivo dos fenômenos celestes a força da gravidade, através da qual os corpos são atraídos para o Sol e para diversos planetas. Depois, a partir dessas forças gravita-cionais e por proposições também matemáticas, deduzo o movimento dos planetas, dos cometas, da Lua e do mar. Isaac Newton Princípios matemáticos da losoa natural Londres: Jussu Societatis Regiæ ac Typis Josephi Streater, 1687 Com base nas leis físicas enunciadas por Newton em sua obra Princípios matemáti- cos de losoa natural, o homem foi capaz de compreender melhor o movimento dos astros e explorar o espaço. Neste capítulo, nós nos dedicaremos ao estudo da lei da gravitação universal e de outras leis físicas que regem o movimento do astros. FRENTE 2 J B A rt /S h u tt e rs to c k .c o m FÍSICA Capítulo 10 Gravitação168 E d u a rd E n d e r/ W ik im e d ia C o m m o n s C o le ç ã o p a rt ic u la r Is a a c N e w to n . P h ilo s o p h ia e N a tu ra lis P ri n c ip ia m a th e m a ti c a L o n d re s J u s s u S o c ie ta ti s r e g ia e a c t y p is J o s e p h S tr e a te r. P ro s ta t A p u d P lu re s B ib lio p o la s 1 6 8 7 Sistema Solar Desde a Antiguidade o homem busca uma maior com- preensão dos fenômenos relacionados aos astros. Questões acerca do movimento dos corpos celestes, os eclipses, as fases da Lua, os cometas, o fenômeno das marés e outros fenôme- nos celestes sempre intrigaram o homem, que, ao longo dos séculos, desenvolveu modelos para descrevê-los e prevê-los. O astrônomo grego Cláudio Ptolomeu propôs, no sé- culo II d.C., um dos modelos cosmológicos mais famosos, o modelo geocêntrico. Em sua famosa obra Almagesto, Ptolomeu colocou a Terra no centro do universo. Embora esse modelo não seja atualmente aceito, ele foi adotado por centenas de anos, e sua descrição matemática era capaz de explicar muitos dos fenômenos astronômicos observados na época. De acordo com o modelo geocêntrico de Ptolomeu, a Lua e o Sol se moveriam em órbitas circulares em torno da Terra, e os planetas descreveriam órbitas circulares em torno de um ponto, em uma trajetória chamada epiciclo; esse ponto, por sua vez, se moveria em outra órbita circular, em torno da Terra, em uma trajetória chamada deferente. Terra Epiciclo Planeta Deferente Fig. 1 Trajetória dos planetas em torno da Terra, de acordo com o modelo geocêntrico de Ptolomeu. No século XVI, o astrônomo e matemático polonês Ni- colau Copérnico (1473-1543) propôs um modelo distinto no qual o Sol ocupava o centro do universo. Esse modelo, co- nhecido como modelo heliocêntrico, já tinha sido proposto pelo astrônomo grego Aristarco no século III a.C., porém, Copérnico teria sido o primeiro a apresentar seu caráter cien- tífico, descrevendo de maneira satisfatória o movimento dos astros, embora tenha sofrido muitas resistências para ter seu modelo aceito na comunidade científica e religiosa da época. Já no século XVII, utilizando as observações as- tronômicas do dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), o alemão Johannes Kepler (1571-1630) iniciou uma revolução científica propondo leis que eram capazes de descre- ver com muita precisão o movimento dos planetas. Ao contrário de praticamente todos os seus antecesso- res, que insistiam que as órbitas planetárias precisavam ter a perfeição mística circular, Kepler afirmou que as órbitas eram elípticas. Embora as leis formuladas por Kepler fossem empíricas, já que ele não entendia ainda o conceito de força e não sabia por que os planetas se- guiam aquelas órbitas, essas leis serviriam de base para os estudos do cientista inglês Isaac Newton (1643-1727) no desenvolvimento da lei da gravitação universal. Fig. 2 Retratos de Tycho Brahe (esquerda) e Johannes Kepler (direita) pintados no século XVII. Newton é reconhecido como um dos cientistas que mais contribuíram para o desenvolvimento das ciências na história da humanidade. Dotado de inteligência e ca- pacidade analítica extraordinárias, Newton contribuiu significativamente para o desenvolvimento da Física, prin- cipalmente nos ramos da Mecânica, Gravitação e Óptica e da Matemática com o desenvolvimento do cálculo dife- rencial e integral. Uma das grandes conclusões enunciadas em sua obra mais famosa, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos de Filosofia Natural), mais conhecida como Principia, publicada em 1687, é que as leis da natureza são as mesmas para a Terra e nos corpos celestes. Hoje, essa afirmação pode parecer óbvia, porém, antes de Newton, existia uma convicção de que na Terra as leis que governavam o nosso dia a dia eram diferentes das que governavam os movimentos dos corpos celestes. Antes mesmo das conclusões de Newton, o italiano Galileu Galilei (1564-1642) também havia estudado os efei- tos da gravidade terrestre por meio de experimentos com corpos acelerados em planos inclinados. Mas Newton foi além e conseguiu formular matematicamente as leis que regem os movimentos dos corpos, as chamadas Leis de Newton. Fig. 3 Primeira edição do Principia, com anotações do próprio Newton.
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