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Aula 15 - Correção de desvios

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AULA 15 - REDAÇÃO – EXTENSIVO ENEM ONLINE 
IDENTIFICAÇÃO E CORREÇÃO DE DESVIOS – 
FUVEST, VUNESP E ENEM 
 
 Propostas: Conectividade e polarização (Fuvest)/ Direito à moradia (Enem)/ Miscigenação (Vunesp) 
 
 Entrega máxima: 07h30 do dia 16/09 (quinta-feira) 
 
 
 
 
 
 
 
Redação 1 para análise 
 
Tema: Minorias e o mercado capitalista: aproximação válida ou descaracterização? (Vunesp) 
Autora: B. G. 
 
 
O Capitalismo é um sistema econômico que utiliza meios publicitários para facilitar a aproximação da sociedade com o mercado. Um exemplo 
claro são as minorias sociais que representam uma aproximação válida apesar de, na maioria das vezes, visar o lucro, quebrando preconceitos e 
paradigmas. A partir disso, há maior oportunidade de direitos para o público LGBTQI e as mudanças de perspectivas, portanto, da sociedade em 
relação a eles. 
Comentário: 
 
 
 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
 
 
Com o aumento da presença de LGBTQIs em anúncios publicitários encontra-se a visibilidade para minorias sociais. Algumas marcas, apesar de 
tentarem viver da aparência, são inconstantes e oportunistas, mas há as empresas que querem mostrar inclusão e ser inclusivas, por exemplo a 
Absolut. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
 
De certa forma, apesar das marcas enxergarem isso como uma oportunidade mercadológica, conhecida como “pink money”, a representatividade 
midiática cresceu, trazendo como consequências aumento de fala e direitos para grupos de minoria, como por exemplo a quebra do preconceito. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa aproximação, portanto, apesar de ter como intuito principal o lucro, é válida pelo fato de dar novas oportunidades a grupos de minoriais 
sociais e abrir as ideias da sociedade para a inclusão. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
Redação 2 para análise 
 
Tema: A importância coletiva da vacinação à sociedade (Fuvest) 
Autor: P. V. M. S. 
 
A vacinação garante a imunização e erradicação de inúmeras doenças que assola o mundo, tornando-se em alguns casos único meio de tratar e 
prevenir indivíduos de doenças que não há outra forma de tratamento. No entanto, a negligência e ineficiência governamental, associados a 
desinformação torna-se fatores decisivos no posicionamento do indivíduo a respeito do assunto. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
O artigo 196 da Constituição Brasileira, afirma que a saúde é direito de todos e dever do Estado, porém a forma com que o Governo faz a 
disseminação de campanhas de vacinação aos cidadãos, por meio da cultura de massa, é quase nula. Ao observar campanhas promovidas pelo 
ministério publico nota-se que elas ocorrem de forma episódicas com pouco tempo de duração, não trazendo informações claras e objetivas de 
como a vacina age, gerando o temor e a especulação de notícias falsas na população. 
Comentário: 
 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
Em 1998 o médico, Andrew Wakefield, ligado a advogados que tinham como objetivo processar empresas produtoras de vacina com o intuito de 
ganhar processos milionários, publicou estudos falsos em uma revista britânica, criando o movimento antivacina na população. Geralmente o 
movimento propaga informações não verídicas aos cidadãos, além de unir-se ao movimento anti-intelectual, desqualificando e denegrindo estudos 
científicos para criar o temor e o medo das pessoas, instigando-as a não exercer sua responsabilidade em medidas preventivas. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
Diante dos fatos mencionados, cabe ao Governo Federal criar campanhas de vacinação periódicas e que expliquem de forma clara e objetiva o 
funcionamento da vacina, ademais criar um canal telefônico, ministrado por profissionais da saúde cientistas especializados em prevenção, para 
assim tirar dúvidas e receios da população. 
 
 
 
 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
Redação 3 para análise 
 
Tema: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira (Enem) 
Autor: V.S./ (Adaptado) 
 
A Organização Mundial da Saúde trouxe, para a atualidade, um conceito ampliado de saúde, o qual abrange a promoção de uma vida saudável 
não só por meio do corpo físico, como também por meio da integridade psicológica. Contudo, apesar da importância dessa atualização, ainda 
existe um forte estigma associado às doenças mentais, o qual também se reverbera no contexto brasileiro. Sob esse enfoque, destacam-se 
aspectos sociais e profissionais. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
Primordialmente, deve-se pontuar que aqueles que possuem algum tipo de transtorno psicológico são, normalmente, os primeiros a reafirmarem 
um juízo de valor negativo com relação à sua própria saúde. Nesse aspecto, evidencia-se que, na sociedade brasileira, existe uma naturalização 
dos sintomas indicadores de problemas psíquicos, o que desencoraja a busca por auxílio médico. De acordo com a filósofa Simone de Beauvoir, 
mais escandalosa que a existência de uma problemática é o fato de a sociedade se habituar a ela. Ao traçar um paralelo com a temática das 
doenças psiquiátricas, aponta-se que os indícios da existência de um problema mental são comumente vistos como frescura e, assim, são 
normalizados. Dessa maneira, torna-se uma realidade a resistência à busca por ajuda psicológica e, consequentemente, a associação de estigmas 
às doenças mentais. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
Em segunda análise, é importante frisar que, no Brasil, é evidente a estigmatização de pessoas com doenças psíquicas no âmbito trabalhista. 
Nesse sentido, esse público é, não raro, excluído do mercado de trabalho, devido ao discurso de que são incapazes de exercer as atividades 
profissionais. Nessa leitura, é possível mencionar o sociólogo Herbert Spencer, autor da teoria do Darwinismo Social. Segundo sua abordagem, 
as pessoas mais adaptadas socialmente – no caso, as que possuem a saúde psicológica íntegra – tendem a conquistar e a permanecer nas 
posições privilegiadas do corpo social. Dessa forma, reforçam-se, cada vez mais, estigmas negativos atrelados à imagem dessa parcela social. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
Em suma, ainda persiste, no Brasil, a estigmatização das doenças mentais. Logo, é necessário que o Ministério da Saúde – responsável por 
efetivar processos relacionados à saúde pública no país – deve atuar diretamente na desconstrução do imaginário de que problemas psicológicos 
 
 
 
 
são normais ou frescura, ao veicular, nos meios de comunicação de massa, campanhas educativas que abordem a importância de procurar ajuda 
psicológica. Além disso, é necessário que o Poder Legislativo – a quem cabe a função de criar normas – elabore uma lei de cotas para pessoas 
com transtornos mentais. Com essas medidas, objetiva-se liquidar efetivamente o problema do estigma associado a doenças mentais." 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
 
Redação 4 para análise (Vunesp) 
 
Tema: Sociedade brasileira: racista? 
Autor: A. T. S. 
 
O racismo é uma chaga social no Brasil. Mesmo após mais de um século de abolição da escravatura, a população negra permanece, na maioria 
das vezes, à margem dos espaços de prestígio. A relação de exclusão com base na cor da pele está presente nos ambientes de trabalho, nas 
universidades, nos hábitos cotidianos. Compreender como o racismo opera no tecido social e como é possível superá-lo é, dessa forma, confrontar 
uma ferida que marca o país. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
Última nação ocidental a conceder liberdade aos escravos, com a Lei Áurea, de 1888, o Brasil buscou construir, desde então, uma autoimagem de 
território de respeito às diferenças e de convívio racial pacífico. A Lei Áurea, no entanto, foi conservadora em seu textoe não contou com qualquer 
ressarcimento ou política de inclusão para populações que ficaram tanto tempo afastadas da cidadania, do direito à educação e da liberdade de 
ir e vir. O resultado, previsível, foi a perpetuação de uma violência social herdada do passado, mas renovada no presente. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
Se foi injustificável o descaso a que acabaram relegados milhares de ex-escravizados, foi também persistente a luta deles pela liberdade plena. 
Uma luta que ecoou em seus descendentes e que hoje se traduz em batalha por representatividade e mais espaços de poder. Conquista bem 
conhecida dos brasileiros, a política de cotas, por exemplo, vem legando uma mudança na feição das universidades e das repartições públicas – 
hoje mais heterogêneas. 
Comentário: 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
Os avanços na política de inclusão racial no Brasil, entretanto, ainda continuam pontuais e resultam de pressões da sociedade organizada. O país 
permanece sem uma política de Estado coordenada, ampla, que ultrapasse governos e esteja presente no combate a essa mazela. Só assim, 
ultrapassando ações pontuais, será possível minimizar de forma mais efetiva o abismo racial que ainda assola o país. 
Comentário: 
 
 
 
 
 
 
 
Sugestão de melhoria: 
 
 
 
 
EXERCÍCIO: Escolha uma das redações avaliadas. Produza um comentário, entre 5 e 10 linhas, explicando ao aluno os acertos e os problemas da 
redação escolhida, e, também, sugerindo caminhos para melhorar este texto e as futuras produções textuais. Obs.: não é preciso listar 
pontualmente todos os erros ou todos os acertos, mas comentar de forma geral quais os impactos que geram - bem como deixar claras suas 
sugestões de melhoria. 
 
Texto escolhido: ______ 
Comentário: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I) PROPOSTA DE REDAÇÃO – PADRÃO FUVEST 
Texto 1: 
 
Paweł Kuczyński. Ilha. 2015. 
 
Texto 2: 
No país, a internet existe a nível comercial há 20 anos, onde “causou, e ainda causa, mudanças nas relações humanas, divididas em diferentes 
fases”, explica a professora Daniela Osvald Ramos, da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP. Para ela, a polarização seria a fase mais recente, 
iniciada há, aproximadamente, cinco anos, com um intenso uso de algoritmos, que rapidamente evoluíram para “uma dinâmica de formação tendenciosa, no 
sentido de unir grupos com pensamentos e gostos semelhantes em bolhas nas quais só se encontra mais do mesmo”, explica a professora. 
 
 
 
 
Nessas bolhas digitais, o diferente é rechaçado, eliminando a possibilidade de debate. Ironicamente, em sua origem, a internet tinha como objetivo 
propiciar o diálogo, em especial com fóruns de debate. “Antes a internet era um lugar de idealizadores, pessoas que queriam e viam a possibilidade da 
conexão para proporcionar um mundo melhor, com práticas alternativas ao Estado”, comenta Osvald. 
Com a facilidade de acesso e expansão de redes sociais, a adoção em larga escala da internet cria, porém, uma lógica comercial, de forma a 
alterar o propósito de possibilitar diálogo. Vitor Muramatsu, pesquisador do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), com mestrado 
em influência da comunicação digital nos vínculos humanos, sustenta: “As redes sociais e a internet têm um potencial enorme de conectar pessoas. No 
entanto, o que temos visto é o uso das redes a favor de interesses financeiros”. Isso levaria à adoção de algoritmos, com um sistema de polarização e 
agrupamento que aumenta a rentabilidade das grandes empresas de comunicação, mas também influencia os relacionamentos de hoje. 
Agência Universitária de Notícias da USP. Publicado em 05 jul 2019. Disponível em: paineira.usp.br/aun/index.php/2019/07/05/polarizacao-no-meio-digital-dificulta-dialogo-social 
 
Texto 3: 
“Um louco faz muitos” — a abismática solidão do delírio tem uma tendência para a colectivização, que traz à vida o quadro delirante. Este 
mecanismo harmoniza-se com o mecanismo social hoje determinante, pois os indivíduos socializados no seu desesperado isolamento têm fome de 
convivência e apinham-se em frias aglomerações. Assim se torna epidêmica a loucura: as seitas lunáticas crescem ao mesmo ritmo que as grandes 
organizações: o ritmo da destruição total. 
Theodor W. Adorno. Minima Moralia. Lisboa: Edições 70, 1951. Adaptado. 
 
Na civilização em que se vive hoje, é praticamente impossível estar completamente desconectado da internet e das redes nela presentes. Acontece 
que, ao mesmo tempo em que conecta, a internet tem o potencial de criar bolhas e acentuar as polarizações já existentes na sociedade. 
Com base nas ideias desta coletânea, acima apresentada, e valendo-se de outras informações que você julgue pertinentes da sua própria 
observação da realidade, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha o seu ponto de vista sobre o tema comum aos textos aqui presentes. 
 
Instruções: 
 A dissertação deve ser redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. 
 Escreva, no mínimo, 20 linhas, com letra legível e não ultrapasse o espaço de 30 linhas da folha de redação. 
 Dê um título a sua redação. 
 
 
 
 
II) PROPOSTA DE REDAÇÃO – PADRÃO ENEM 
Texto 01 
Há no Brasil pelo menos 5,1 milhões de moradias em condições precárias, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística) em maio. Elas integram o que o IBGE classifica como “aglomerados subnormais”, áreas caracterizadas, na definição do instituto, por um padrão 
urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas com restrição à ocupação. Uma porcentagem de 7,8% dos domicílios 
brasileiros se encontra nessas áreas. [...]. 
O alto custo da terra nas áreas mais bem localizadas e dotadas de infraestrutura das cidades tornou a moradia inacessível às classes mais pobres 
no Brasil. Ao longo do século 20 e no início dos 2000, houve investimento público em programas habitacionais em geral voltados à construção de conjuntos 
de grande porte no país. O mais recente deles, o programa federal Minha Casa Minha Vida, vem tendo seu orçamento reduzido desde a recessão iniciada 
em 2014. À plataforma Ecoa, do UOL, a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Raquel Rolnik disse que, apesar das críticas feitas ao 
programa, ele tem sido, por anos, a única política habitacional em vigor no país. A ausência de alternativas propostas pelo Estado, somada à crise econômica, 
vem agravando o problema habitacional. Segundo Rolnik, o crescimento expressivo da população de rua, assim como uma superocupação de áreas 
autoconstruídas, como as comunidades, são reflexos disso. 
Esse agravamento, porém, não deve ser suprido apenas com a construção em massa de novas unidades. “A ideia de déficit habitacional maquia 
as reais necessidades habitacionais no país”, disse a professora Karina Leitão ao Nexo. “Garantir o direito à moradia hoje no Brasil pressupõe atender a uma 
realidade complexa e diversa. Pressupõe uma política pública permanente e respeitosa com os esforços empreendidos por moradores para a construção de 
seus bairros, suas cidades.” 
Adaptado de “Como a pandemia expõe a crise da moradia no Brasil”. Nexo Jornal. Disponível em: //www.nexojornal.com.br/expresso/2020/06/29/Como-a-pandemia-exp%C3%B5e-a-
crise-de-moradia-no-Brasil 
 
Texto 2 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, garante que “toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a 
sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação” (artigo XXV, item 1). O direito à moradia está incorporado no direito brasileiro de 
acordo com os tratados internacionais de direitos humanos do qual o Estado Brasileiro é parte. Assim, obriga o Brasil (União, Estados e Municípios) a proteger 
e fazer valer esse direito: a Constituição Brasileira de 1988 garante a moradia como direito fundamental do ser humano(artigo 6º). 
Adaptado da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/declaracao/. 
 
Texto 3 
 
 
 
 
Refletindo sobre o que é o direito à moradia adequada, podemos afirmar que uma série de condições devem ser atendidas antes que formas 
particulares de abrigo possam ser consideradas como moradia adequada. 
 Segurança da posse: a moradia não é adequada se os seus ocupantes não têm um grau de segurança de posse que garanta a proteção legal 
contra despejos forçados, perseguição e outras ameaças. 
 Disponibilidade de serviços, materiais, instalações e infraestrutura: a moradia não é adequada, se os seus ocupantes não têm água potável, 
saneamento básico, energia para cozinhar, aquecimento, iluminação, armazenamento de alimentos ou coleta de lixo. 
 Economicidade: a moradia não é adequada, se o seu custo ameaça ou compromete o exercício de outros direitos humanos dos ocupantes. 
 Habitabilidade: a moradia não é adequada se não garantir a segurança física e estrutural proporcionando um espaço adequado, bem como proteção 
contra o frio, umidade, calor, chuva, vento, outras ameaças à saúde. 
 Acessibilidade: a moradia não é adequada se as necessidades específicas dos grupos desfavorecidos e marginalizados não são levadas em conta. 
 Localização: a moradia não é adequada se for isolada de oportunidades de emprego, serviços de saúde, escolas, creches e outras instalações 
sociais ou, se localizados em áreas poluídas ou perigosas. 
 Adequação cultural: a moradia não é adequada se não respeitar e levar em conta a expressão da identidade cultural (UNITED NATIONS, 1991). 
 As características do direito à moradia adequada são esclarecidas em comentários gerais do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais. O Comitê reforçou que o direito à moradia adequada não deve ser interpretado de forma restritiva. Pelo contrário, deve ser 
visto como o direito de viver em algum lugar em segurança, paz e dignidade. 
Adaptado de Direito à moradia adequada – Brasília: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos 
Humanos, 2013. Disponível em: http://www.urbanismo.mppr.mp.br/arquivos/File/DH_moradia_final_internet.pdf. 
 
PROPOSTA 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O direito à moradia adequada no Brasil, apresentando proposta de intervenção social 
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemente argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
 
 
 
 
 
III) PROPOSTA DE REDAÇÃO – PADRÃO VUNESP 
Texto 1: 
A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo brasileiro, é vasta e diversa. Nossos hábitos culturais receberam elementos e influências 
de povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, entre outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam 
aqui. 
São elementos característicos da cultura brasileira a música popular, a literatura, a culinária, as festas tradicionais nacionais, como o Carnaval, e 
as festas tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás, e o Festival de Parintins, no Amazonas. 
A religião, como elemento cultural, também sofreu miscigenação, formando o que chamamos de sincretismo religioso. O sincretismo religioso 
brasileiro reúne elementos do candomblé, do cristianismo e das religiões indígenas, formando uma concepção religiosa plural. 
Toda essa vastidão de povos provocou a formação de uma cultura plural. As diferenças geográficas também contribuíram para que o processo 
cultural brasileiro se tornasse diversificado. 
Francisco Porfírio. "Cultura brasileira"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira.htm. Acesso em 13 de outubro de 2020. Adaptado. 
 
Texto 2: 
Brasil, meu Brasil brasileiro 
Mulato inzoneiro1 
Vou cantar-te nos meus versos 
Brasil, samba que dá 
Bamboleio, que faz gingar 
O Brasil do meu amor 
Terra de nosso Senhor 
 
Abre a cortina do passado 
Tira a mãe preta do cerrado 
Bota o Rei Congo no congado 
Canta de novo o trovador 
A merencória2 à luz da Lua 
Toda canção do seu amor 
Quero ver essa dona caminhando 
Pelos salões arrastando 
O seu vestido rendado 
 
Esse coqueiro que dá coco 
Onde amarro a minha rede 
Nas noites claras de luar 
Por essas fontes murmurantes 
Onde eu mato a minha sede 
Onde a Lua vem brincar 
Oh, esse Brasil lindo e trigueiro3 
É o meu Brasil brasileiro 
Terra de samba e pandeiro 
 
Brasil, terra boa e gostosa 
Da morena sestrosa 
De olhar indiferente 
Brasil, samba que dá 
Para o mundo se admirar 
O Brasil, do meu amor 
Terra de nosso Senhor 
Ary Barroso. Aquarela do Brasil, 1939. Odeon Records. 
Texto 3: 
 
1 Inzoneiro: sonso, manhoso; enrolador. 
2 Merencória: melancolia. 
3 Trigueiro: pessoa que apresenta a cor do 
trigo maduro; moreno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página 2 de 9 
O projeto DNA do Brasil tem como meta analisar o genoma de 40 mil brasileiros. Trata-se da maior pesquisa do tipo já realizada no País, e ela 
resultará na base de dados genéticos mais abrangente disponível sobre a nossa população. A iniciativa foi anunciada há nove meses, em dezembro de 
2019, e já está entregando seus primeiros resultados. 
O mapeamento genético fornece dados sobre ascendência dos voluntários. Só nos 1.247 genomas preliminares já foi possível observar variantes 
genéticas provenientes de 54 populações ao redor do mundo. Os resultados mostram que sim, o Brasil é extremamente miscigenado — mas que essa 
miscigenação não ocorreu de forma equilibrada. 
Metade dos nossos genes são herdados da mãe, enquanto a outra metade é do pai. Em geral, não é possível identificar quais genes vieram de 
cada um deles. Mas há exceções. O cromossomo Y é uma delas. As mulheres possuem cromossomos sexuais XX, e os homens, XY. Isso significa que a 
mãe sempre vai transferir o cromossomo X para o feto, ao passo que todo cromossomo Y encontrado na população vem sempre do pai, permitindo traçar a 
linhagem dos homens do país. O mesmo vale para o DNA mitocondrial em relação às mulheres. É sempre a mãe que passa a mitocôndria ao filho, então 
todo DNA das mitocôndrias de uma população foi necessariamente herdado das mulheres. 
Agora, aos resultados: 75% dos cromossomos Y na população são herança de homens europeus. 14,5% são de africanos, e apenas 0,5% são de 
indígenas. Os outros 10% são metade do leste e do sul asiáticos, e metade de outros locais da Ásia. Com o DNA mitocondrial foi o contrário: 36% desses 
genes são herança de mulheres africanas, e 34% de indígenas. Só 14% vêm de mulheres europeias, e 16% de mulheres asiáticas. 
Somando as porcentagens femininas, temos que 70% das mães que deram origem à população brasileira são africanas e indígenas — mas 75% 
dos pais são europeus. A razão remonta aos anos colonização portuguesa no Brasil. A violência sexual cometida contra mulheres negras e indígenas 
escravizadas era o padrão. 
Números como esses não são novidade para a genética. O mesmo acontece na população de países como Colômbia e Cuba, que também tiveram 
colonização ibérica. 
Revista Superinteressante. Publicado em 03 out 2020. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/estupro-de-mulheres-negras-e-indigenas-deixou-marca-no-genoma-dos-brasileiros/ 
 
Texto 4: 
Quando a gente fala de cultura machista, é necessário fazer essa relação direta entre a violência sexual e a nossa colonização. Tudo está ligado, 
um grupo que combina a dupla opressão: além do machismo, sofre o racismo. Claro que todas as mulheres estão vulneráveis, suscetíveis a essa violência. 
Mas quando a gente fala da mulher negra existe esse componente a mais que é o racismo. 
Djamila Ribeiroem entrevista ao El País Brasil. Publicada em 23 jul 2016. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/14/politica/1468512046_029192.html. Adaptado. 
 
Somos um país marcado pela diversidade de raças e culturas, mas quanto da miscigenação por trás disso não é fruto da violência contra populações 
negras e indígenas? Com base em seus conhecimentos e nos textos apresentados, escreva uma dissertação argumentativa em até 30 linhas, empregando 
a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: 
 
A MISCIGENAÇÃO ÉTNICA NO BRASIL: ENTRE A VIOLÊNCIA E A RIQUEZA CULTURAL 
 
Material de apoio: 
 
Proposta I) FUVEST 
LEITURA 
A parcialidade dos algoritmos 
Jornal Nexo 
https://www.nexojornal.com.br/externo/2019/11/24/A-parcialidade-dos-algoritmos 
 
MÚSICA 
“Pela internet 2” (2018) 
Gilberto Gil 
https://youtu.be/X6BA_9cYhpA 
 
VÍDEOS 
O Dilema das Redes (documentário – 1h34min) 
Disponível na Netflix 
https://www.netflix.com/watch/81254224?source=35 
 
Brexit (filme – 1h37min) 
Disponível na HBO Go 
https://www.hbogo.com.br/content/e3b0e29c-2594-11e9-810d-0050569a010f 
 
Evangelion (anime – 26 episódios) 
Disponível na Netflix 
https://www.netflix.com/watch/81033445?source=35 
 
Proposta II) ENEM 
LEITURA 
https://www.nexojornal.com.br/externo/2019/11/24/A-parcialidade-dos-algoritmos
https://youtu.be/X6BA_9cYhpA
https://www.netflix.com/watch/81254224?source=35
https://www.hbogo.com.br/content/e3b0e29c-2594-11e9-810d-0050569a010f
https://www.netflix.com/watch/81033445?source=35
 
 
 
Página 3 de 9 
Entrevista com o urbanista Luiz Kohara sobre a tragédia com o edifício Wilton Paes e o direito à moradia no Brasil 
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/07/politica/1525727928_782991.html 
 
PODCAST 
Mamilos – Ep. 146 (1h30) 
https://www.b9.com.br/shows/mamilos/mamilos-146-crise-habitacional/ 
 
Proposta III) VUNESP 
LEITURA 
Pintura “A redenção de Cam” 
Modesto Brocos (1895) 
Imagem e análise disponíveis em: http://cral.in2p3.fr/artelogie/IMG/article_PDF/article_a254.pdf 
 
Poema “Casa-grande e senzala” 
Manuel Bandeira: Estrela da vida inteira, 11 ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. 
 
Livro Brasil: mito fundador e sociedade autoritária – capítulo “Com fé e orgulho” 
Marilena Chauí (2000) 
Capítulo disponível no Mural virtual da Redação: https://padlet.com/poliedroredacao/xhngqnnsrmf9m5qy 
 
VÍDEOS 
Documentário “O povo brasileiro” – destaque para o capítulo 4: “Encontros e Desencontros” (25 min) 
Darcy Ribeiro 
https://acervo.racismoambiental.net.br/2014/06/13/darcy-ribeiro-documentario-o-povo-brasileiro-capitulos-de-1-a-10/ 
 
 
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