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SEMANA 4 FIGURAS SEMÂNTICAS IV Prof. Ceneme 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA FIGURAS SEMÂNTICAS Preterição:____________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Exemplo (lousa e projeção) a) Antonomásia:_________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Exemplos (lousa): a) Apóstrofe:____________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Exemplo (lousa): a) Hipérbole:____________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Exemplo (lousa e projeção): a) Eufemismo:___________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ Exemplo (lousa e projeção): a) Exercício exemplo:_____________________________________ Exercício desafio:______________________________________ EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (Unesp 2020) Leia o soneto “VII”, de Cláudio Manuel da Costa, para responder à(s) questão(ões) a seguir. Onde estou? Este sítio desconheço: Quem fez tão diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contemplá-lo, tímido, esmoreço. Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte está mudado: Quanto pode dos anos o progresso! Árvores aqui vi tão florescentes, Que faziam perpétua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a região esta não era; Mas que venho a estranhar, se estão presentes Meus males, com que tudo degenera! (Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.) 1.O eu lírico recorre ao recurso expressivo conhecido como hipérbole no verso: a) “Quem fez tão diferente aquele prado?” (1ª estrofe) b) “E em contemplá-lo, tímido, esmoreço.” (1ª estrofe) c) “Quanto pode dos anos o progresso!” (2ª estrofe) d) “Que faziam perpétua a primavera:” (3ª estrofe) e) “Árvores aqui vi tão florescentes,” (3ª estrofe) 2.O tom predominante no soneto é de a) ingenuidade. b) apatia. c) ira. d) ironia. e) perplexidade. (Fuvest 2015) Capítulo CVII Bilhete “Não houve nada, mas ele suspeita alguma cousa; está muito sério e não fala; agora saiu. Sorriu uma vez somente, para Nhonhô, depois de o fitar muito tempo, carrancudo. Não me tratou mal nem bem. Não sei o que vai acontecer; Deus queira que isto passe. Muita cautela, por ora, muita cautela.” Capítulo CVIII Que se não entende Eis aí o drama, eis aí a ponta da orelha trágica de Shakespeare. Esse retalhinho de papel, garatujado em partes, machucado das mãos, era um documento de análise, que eu não farei neste capítulo, nem no outro, nem talvez em todo o resto do livro. Poderia eu tirar ao leitor o gosto de notar por si mesmo a frieza, a perspicácia e o ânimo dessas poucas linhas traçadas à pressa; e por trás delas a tempestade de outro cérebro, a raiva dissimulada, o desespero que se constrange e medita, porque tem de resolver-se na lama, ou no sangue, ou nas lágrimas? ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 3.Ao comentar o bilhete de Virgília, o narrador se vale, principalmente, do seguinte recurso retórico: a) Hipérbato: transposição ou inversão da ordem natural das palavras de uma oração, para efeito estilístico. b) Hipérbole: ênfase expressiva resultante do exagero da significação linguística. c) Preterição: figura pela qual se finge não querer falar de coisas sobre as quais se está, todavia, falando. 2 d) Sinédoque: figura que consiste em tomar a parte pelo todo, o todo pela parte; o gênero pela espécie, a espécie pelo gênero; o singular pelo plural, o plural pelo singular etc. e) Eufemismo: palavra, locução ou acepção mais agradável, empregada em lugar de outra menos agradável ou grosseira. (Unicamp 2016) Leia o poema “Mar Português”, de Fernando Pessoa. MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. 4.No poema, a apóstrofe, uma figura de linguagem, indica que o enunciador a) convoca o mar a refletir sobre a história das navegações portuguesas. b) apresenta o mar como responsável pelo sofrimento do povo português. c) revela ao mar sua crítica às ações portuguesas no período das navegações. d) projeta no mar sua tristeza com as consequências das conquistas de Portugal. (Unesp 2016) Leia o trecho inicial de um poema de Álvaro de Campos, heterônimo do escritor Fernando Pessoa (1888-1935), para responder à(s) questão(ões) a seguir. Esta velha angústia, Esta angústia que trago há séculos em mim, Transbordou da vasilha, Em lágrimas, em grandes imaginações, Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum. Transbordou. Mal sei como conduzir-me na vida Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! Se ao menos endoidecesse deveras! Mas não: é este estar entre, Este quase, Este poder ser que..., Isto. Um internado num manicômio é, ao menos, alguém, Eu sou um internado num manicômio sem manicômio. Estou doido a frio, Estou lúcido e louco, Estou alheio a tudo e igual a todos: Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura Porque não são sonhos. Estou assim... Pobre velha casa da minha infância perdida! Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! Que é do teu menino? Está maluco. Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? Está maluco. Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou. (Obra poética, 1965.) 5.Verifica-se a ocorrência de hipérbole no seguinte verso: a) “Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.” (3ª estrofe) b) “Mal sei como conduzir-me na vida” (2ª estrofe) c) “Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.” (1ª estrofe) d) “Se ao menos endoidecesse deveras!” (2ª estrofe) e) “Esta angústia que trago há séculos em mim,” (1ª estrofe) 6.“Pobre velha casa da minha infância perdida! / Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! / Que é do teu menino? Está maluco. / Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? / Está maluco. / Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.” (4ª estrofe) O tom predominante nesta estrofe é de a) indiferença. b) ingenuidade. c) incerteza. d) acolhimento. e) desamparo. (Unifesp 2017) Leia o soneto “A uma dama dormindo junto a uma fonte”, do poeta barroco Gregório de Matos (1636-1696), para responder à(s) questão(ões) a seguir: À margem de uma fonte, que corria, Lira doce dos pássaros cantores A bela ocasião das minhas dores Dormindo estava ao despertar do dia. Mas como dorme Sílvia, não vestia O céu seus horizontes de mil cores; Dominava o silêncio entre as flores, Calava o mar, e rio não se ouvia. Não dão o parabém à nova Aurora Flores canoras, pássaros fragrantes, Nem seu âmbar respira a rica Flora. Porém abrindo Sílvia os dois diamantes, Tudo a Sílvia festeja, tudo adora Aves cheirosas, flores ressonantes. Poemas escolhidos, 2010. 7.Verifica-se a ocorrência de sinestesia no seguinte verso: a) “Flores canoras, pássaros fragrantes,” (3ª estrofe) b) “À margem de uma fonte, que corria,” (1ª estrofe) c) “Porém abrindo Sílvia os dois diamantes,”(4ª estrofe) d) “Dominava o silêncio entre as flores,” (2ª estrofe) e) “O céu seus horizontes de mil cores;” (2ª estrofe) 8.No soneto, a seguinte expressão é empregada pelo eu lírico em lugar de sua musa Sílvia: a) “Flores canoras, pássaros fragrantes”. b) “À margem de uma fonte, que corria”. c) “O céu seus horizontes de mil cores”. d) “A bela ocasião das minhas dores”. e) “Aves cheirosas, flores ressonantes”. 3 GABARITO 1.D 2.E 3.C 4.A 5.E 6.E 7.A 8.D ANOTAÇÕES