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Tribunal Superior Eleitoral

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CAROLINA DIAS ZAGO
DANIELA PAZA
FERNANDA P. BERNART
VITORIA GRANDO
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL – TSE 
CASCAVEL
2015
SÚMARIO:
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4
HISTÓRIA .................................................................................................. 5
DO PROCESSO.......................................................................................... 8
DA DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DE LEI OU ATO CONTRÁRIO A CONSTITUIÇÃO ....................................................................................... 8
HABBEAS CORPUS................................................................................... 8
MANDADO DE SEGURANÇA ................................................................... .9
DOS RECURSOS ELEITORAIS ................................................................ 10 
DOS RECURSOS EM GERAL................................................... 10
RECURSOS CONTRA DECISÕES DE JUÍZES ELEITORAIS.. 11
RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA ................... 12
RECURSO PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL .......... 13
DISPOSIÇÕES COMUNS AOS PROCESSOS.......................... 13
ALISTAMENTO E VOTOS....................................................................... 14
VOTO OBRIGATÓRIO.............................................................................. 14
VOTO FACULTATIVO............................................................................... 15
ALISTAMENTO PROIBIDO........................................................................ 16
PERIODO ELEITORAL...............................................................................17
O QUE PODE E O QUE NÃO PODE..........................................................18
 ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL.................... 19
DOS ORGÃOS.......................................................................................... 19
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL......................................... 20
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL......................................... 24
JUÍZES ELEITORAIS.................................................................. 28
JUNTAS ELEITORAIS............................................................... 30
CRIMES ELEITORAIS.............................................................................. 31
PREVISÃO LEGAL.................................................................................... 32
AÇÕES CABÍVEIS E PENALIDADES....................................................... 32
CRIMES ELEITORAIS PREVISTOS NO CÓDIGO ELEITORAL.............. 33
CRIMES ELEITORAIS NO DIA DA ELEIÇÃO........................................... 33
SUJEITOS NO CRIME ELEITORAL.......................................................... 34
ELEMENTO SUBJETIVO........................................................................... 34
NATUREZA JURÍDICA.............................................................................. 34
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................ 37
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem como função principal promover um maior entendimento sobre o Tribunal Superior Eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral é a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral Brasileira tendo jurisdição nacional, criado pelo Decreto-Lei nº 7.586, de 28 de maio de 1945, sua existência e sua regulamentação está determinada pelo Código Eleitoral, na Constituição Federal e na Lei de Eleições. 
Estas normas, em especial o Código Eleitoral de 1965, concedem poderes ao TSE característicos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Assim, o Tribunal Superior Eleitoral é o único órgão integrante da justiça brasileira que detém funções administrativa e normativa que extrapolam seu âmbito jurisdicional. Por conter a palavra “tribunal” em seu nome, é chamado de "Justiça Eleitoral", mas exerce e é, de fato, o verdadeiro Administrador Eleitoral, assumindo toda administração executiva, gerencial, operacional e boa parte da normatização do processo eleitoral.
Ocorrendo ilegalidades, o Tribunal, ao conhecer de qualquer feito, se verificar que é imprescindível decidir-se sobre a validade, ou não, de lei ou ato em face da Constituição, suspenderá a decisão para deliberar, na sessão seguinte, preliminarmente, sobre a arguida invalidade.
Além das Competências, será objeto deste trabalho, a composição do Tribunal Superior Eleitoral, pode-se mencionar os recursos processuais, os votos, os crimes eleitorais e etc. Buscar-se-á proporcionar o conhecimento necessário para a compreensão do TSE.
Como meio de realização deste estudo, serão utilizadas doutrinas e legislações referentes ao tema, mas a fonte mais utilizada que deu base a esse estudo é o Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, bem como o seu sítio na internet.
HISTÓRIA
Para entendermos melhor a história da Justiça Eleitoral Brasileira, e consequentemente do Tribunal Superior Eleitoral, tema do nosso trabalho, deve-se entender que o início de tudo aconteceu com a promulgação do Código Eleitoral Brasileiro em 1932. 
Getúlio Vargas, em 6 de dezembro de 1930, pelo Decreto nº 19.459, designou uma subcomissão legislativa para estudar e propor a reforma da lei e dos processos eleitorais. Essa comissão dividiu sua tarefa em duas partes: a primeira versava sobre o alistamento dos eleitores e a segunda sobre o processo das eleições. 
Dos trabalhos e tarefas dessa subcomissão, surgiu o Decreto nº 21.076 de 24 de fevereiro de 1932, que veio a se tornar o primeiro Código Eleitoral.
O que os autores do projeto entendiam é que o poder político emana do povo, portanto, deve ser conferido por meio de eleição, alguns princípios fundamentais: 
1. Todo cidadão é membro da soberania da nação. Tem o deve de concorrer para a formação, sustentação e defesa da autoridade pública. Vota e pode ser votado nos casos em que a lei permitir;
2. A inscrição no Registro Cívico é obrigatória;
3. As causas que possam fazer perder o direito eleitoral, ou seu exercício, devem ser reduzidas ao mínimo;
4. O voto é absolutamente secreto;
5. A representação dos órgãos coletivos de natureza política é automática e proporcional;
6. Todas as corporações de caráter eletivo, designadas para intervir nas questões do sufrágio, devem ser escolhidas com as garantias e princípios acima consignados;
7. Toda matéria de qualificação de eleitores, instrução e decisão de contendas eleitorais, será sujeita a jurisdição de juízes e tribunais especiais, com as garantias inerentes ao Poder Judiciário.
As principais inovações com relação ao sistema que existia anteriormente foram a representação proporcional dos órgãos coletivos, o voto facultativo dado ás mulheres e a entrega dos poderes a uma Justiça Especial. 
De todas essas inovações, a mais marcante, sem dúvidas, foi a de entregar toda a matéria de qualificação de eleitores, instrução e decisão dos assuntos eleitorais para uma jurisdição de juízes e tribunais especiais. Assim, cria-se a Justiça Eleitoral.
Apesar das novidades introduzidas pelo Código Eleitoral de 1932, antes de serem realizadas as eleições de 14 de outubro de 1934, já se discutia uma nova reforma. Um dos pontos mais graves era a demora no processo de apuração dos votos e julgamento dos recursos eleitorais.
Porém, a alteração feita ao código, foi no sentido de modificar o sistema de representação proporcional como exposto anteriormente. Com essa alteração, o Código Eleitoral Brasileiro alcançava a plena proporcionalidade, embora alegassem que o Código de 1932 trouxe um sistema misto: proporcional no primeiro turno e majoritário no segundo. Alcançou também a escolha uninominal, pelo eleitor, mesmo a partir de uma lista organizada pelas organizações partidárias. 
Decorrente de um projeto de leiapresentado pelo Senador Ivo de Aquino, o Código Eleitoral de 1950 trouxe modificações referente a extinção do processo de alistamento ex officio e a atribuição dos lugares não preenchidos com a aplicação do maior número de votos aos partidos que tivessem alcançado as maiores médias.
Posteriormente, surge o Código Eleitoral de 1965, elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por incumbência do Presidente Castelo Branco, trouxe importantes inovações em seu texto. São as principais: a utilização dos distritos para as eleições proporcionais, a criação da Corregedoria-Geral para fortalecer a ação da Justiça Eleitoral, a possibilidade da apuração dos votos também pelas próprias mesas receptoras e não somente pelas juntas eleitorais, a Cédula Oficial para todas as eleições em todo o país, disciplina para pichamentos e afixação de cartazes, o voto no exterior para Presidente da República, entre outros. 
Este é o Código Eleitoral vigente atualmente.
Assim nasce a Justiça Eleitoral Brasileira, criada pelo Código Eleitoral de 1932, que passou a ser responsável por todos os trabalhos eleitorais - alistamento, organização das mesas de votação, apuração dos votos, reconhecimento e proclamação dos eleitos. Além disso, regulou em todo o País as eleições federais, estaduais e municipais.
É formada pelo Tribunal Superior Eleitoral, por um Tribunal Regional em cada estado, no Distrito Federal e nos territórios, pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Esses órgãos têm sua composição e competência estabelecidas pelo Código Eleitoral.
Cinco anos depois da criação, a Constituição do Estado Novo, outorgada por Getúlio Vargas, extinguiu a Justiça Eleitoral e atribuiu à União, privativamente, o poder de legislar sobre matéria eleitoral.
O TSE só foi reestabelecido em 28 de maio de 1945, pelo Decreto-Lei n° 7.586/1945. No dia 1° de junho do mesmo ano, o Tribunal foi instalado no Palácio Monroe, no Rio de Janeiro, sob a presidência do Ministro José Linhares. Um ano depois, a sede da instituição foi transferida para a Rua 1º de Março, ainda no Rio de Janeiro.
Em abril de 1960, em virtude da mudança da capital federal, o TSE foi instalado em Brasília, em um dos edifícios da Esplanada dos Ministérios. Onze anos depois (1971), a sede do Tribunal foi transferida para a Praça dos Tribunais Superiores.
No dia 15 de dezembro de 2011 foi inaugurada a nova sede do TSE.
Vale ressaltar que, atualmente, a existência e regulamentação da Justiça Eleitoral do Brasil está determinada nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal de 1988 e como a lei complementar do artigo 121 ainda não foi instituída, como dispõe: “lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais,” as principais leis que regem o Direito Eleitoral são o Código Eleitoral de 1965, a Lei 9.504 de 1997, a Lei dos Partidos Políticos de 1995, a Lei 12.034 de 2009 e as periódicas resoluções normativas do Tribunal Superior Eleitoral, que regulam as eleições com força de lei.
2. PROCESSO 
2.1 DA DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DE LEI OU ATO CONTRÁRIO A CONSTITUIÇÃO: 
O Tribunal, ao conhecer de qualquer feito, se verificar que é imprescindível decidir-se sobre a validade, ou não, de lei ou ato em face da Constituição, suspenderá a decisão para deliberar, na sessão seguinte, preliminarmente, sobre a arguida invalidade. 
Segundo o regimento interno, na sessão seguinte será questionada a invalidade submetida ao julgamento, como preliminar, e, em seguida, consoante a solução adotada, decidir-se-á o caso concreto que haja dado lugar àquela questão. 
Ademais, a declaração de invalidade de lei ou ato contrário à Constituição, somente se dará pela maioria absoluta dos juízes do Tribunal. 
2.2 DO HABEAS CORPUS: 
Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso LXVIII, ‘’conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder’’. 
Em seu regimento interno, no artigo 31, diz que ‘’dar-se-á habeas corpus sempre que, por ilegalidade ou abuso de poder, alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, de que dependa o exercício de direitos ou deveres eleitorais’’. 
Segundo jurisprudência mostrada no site do TSE – Tribunal Superior Eleitoral, caberá habeas corpus quando: 
“Habeas corpus. Trancamento de ação penal. Justa causa. Crime de difamação. Conduta típica. Ordem denegada. 1. O trancamento da ação penal na via do habeas corpus somente é possível quando, sem a necessidade de reexame do conjunto fático-probatório, evidenciar-se, de plano, a atipicidade da conduta, a ausência de indícios para embasar a acusação ou, ainda, a extinção da punibilidade, hipóteses não verificadas in casu. [...] 2. Não há falar em falta de justa causa para a acusação, quando a denúncia descreve conduta que configura, em tese, o crime previsto no art. 325 do Código Eleitoral. [...]” (Ac. De 13.10.2011 no HC nº 114080, rel. Min. Marcelo Ribeiro) 
Por fim, entende-se que terá habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração. 
2.3 DO MANDADO DE SEGURANÇA: 
O Mandado de Segurança tem cabimento em Direito Eleitoral, em qualquer das quatro grandes fases do seu processo: Preparatória, Votação, Apuração e Diplomação. É muito comum, na fase Preparatória, em assuntos relativos à propaganda eleitoral e seu controle pelo Poder de Polícia das autoridades judiciárias. Em ano não-eleitoral, poderá ser usado, igualmente, preenchidos os pressupostos para sua admissão, em matéria relacionada com a inscrição, alistamento e transferência de eleitor, entre outras 
Segundo a Lei nº 12.016/2009, ‘’disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências’’. 
De acordo com o regimento interno, para proteger direito líquido e certo fundado na legislação eleitoral, e não amparado por habeas corpus, conceder-se-á mandado de segurança. 
A Constituição Federal de 88, traz em seu art 5º, incisos LXIX e LXX o seguinte: 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
Sendo assim, entende-se que onde não couber habeas corpus, terá mandado de segurança. 
2.4 DOS RECURSOS ELEITORAIS: 
2.4.1 DOS RECURSOS EM GERAL 
De um modo geral, a Constituição de 1988 alargou as possibilidades de recursos eleitorais. Manteve, no art. 121, § 3º, o princípio da irrecorribilidade das decisões do Tribunal Superior Eleitoral; ampliou, porém, sua exceção para ali incluir o cabimento de recurso das decisões denegatórias de mandado de segurança. 
 
Relativamente aos Tribunais Regionais Eleitorais, o art. 121, § 4º, do atual texto, corresponde ao artigo 139 da Constituição de 1969, mas contém elenco de recursos bem mais amplo do que aquela Carta revogada. Hoje, há previsão específica para a propositura de recurso quando as decisões dos Tribunais Regionais versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais, ou que denegarem habeas data ou mandado de injunção. 
Por conseguinte, o Tribunal conhecerá dos recursos interpostos das decisões dos tribunais regionais quando, proferidas com ofensas a letra expressa da lei, quando derem à mesma lei interpretação diversa da que tiver sido adotada por outro Tribunal Eleitoral e, quando versarem sobre a expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais– conforme a Constituição de 1946. 
O prazo para interposição de recurso, quando forem proferidas ofendas a letra da lei e quando derem à mesma interpretação diversa da que tiver sido adotada por outro Tribunal Eleitoral, é de 3 (três) dias contados da publicação da decisão no órgão oficial, e no caso de versarem sobre a expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais, é contado da data da sessão do Tribunal Regional, sendo também de 3 (três dias). 
Ademais, os recursos, independentemente de termo, serão interpostos por petição fundamentada, acompanhados, se o entender o recorrente, de novos documentos – o presidente do Tribunal Regional proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não, o recurso. 
Conforme diz o § 2º do art 36 do regimento interno do Tribunal Superior Eleitoral: 
‘’No caso de indeferimento, caberá recurso de agravo de instrumento para o Tribunal Superior, no prazo de três dias contados da intimação, processados em autos apartados, formados com as peças indicadas pelo recorrente, sendo obrigatório o traslado da decisão recorrida e da certidão de intimação’’. 
 
2.4.2 RECURSOS CONTRA DECISÕES DE JUIZES ELEITORAIS 
Considerando o que a lei prevê – art 35 do Código Eleitoral, contra suas decisões em lato sensu são oponíveis os seguintes recursos: 
Primeiramente, o recurso de apelação criminal eleitoral, previsto no artigo 362 do Código Eleitoral, é admitido nas sentenças criminais em matérias eleitorais, pouco importando se é absolutória ou condenatória. Pode ele ser proposto por petição ou termo, em 10 dias a contar da intimação da sentença e, se o apelante quiser apresentar razões, deverá faze-lo nesse mesmo prazo, pois a lei não oferece outra oportunidade para tal. 
O segundo é o recurso em sentido estrito, tendo base no art 364 do Código Eleitoral. Sua tramitação no segundo grau de jurisdição se dará na forma dos arts 609 a 618 do mesmo código e essas regras, além do que dispuser o regimento interno do Tribunal. Também pode ser formulado por petição ou termo e, o prazo será de 5 dias a contar da intimação ou da decisão recorrida – a apresentação de razões é fundamental para o seu conhecimento. 
O terceiro, é a revisão criminal, onde é aplicado somente em matérias exclusivamente criminais. É recurso de benefício privativo do réu definitivamente condenado, tanto em sentença de primeiro grau como em acórdãos.
O quarto e último, é o recurso inominado, onde o art 265 do Código Eleitoral se refere relativamente aos atos, resoluções ou despachos dos juízes eleitorais. Evidentemente que esses atos, resoluções ou despachos não serão relativos à matéria criminal eleitoral.  
2.4.3 RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA 
Esse recurso caberá somente nos casos de, inelegibilidade do candidato; errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação proporcional; erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à determinação do quociente eleitoral ou partidário, contagem de votos e classificação do candidato, ou a sua contemplação sob determinada legenda e; pendencia de recurso anterior, cuja decisão possa influir na determinação do quociente eleitoral ou partidário, inelegibilidade ou classificação do candidato. 
Por conseguinte, nesse recurso tem-se os recursos parciais, onde estes aguardarão, em mão do relator, o que for interposto contra a expedição do diploma, para, formando um processo único, serem julgados conjuntamente – se não for interposto recurso contra a expedição de diploma, ficarão prejudicados os recursos parciais. 
A jurisprudência tem entendido que no Recurso Contra a Diplomação há litisconsórcio necessário (CPC, art.47), devendo o partido político ser chamado a integrar a lide, dado seu indiscutível interesse nos votos que ali se discute. Assim sendo, pouco importa a eleição, se majoritária ou proporcional (BE-TSE307/114). 
A conclusão a que se chega, então, é a seguinte: a) só imotivadamente (ou seja, de modo arbitrário) pode-se negar a diplomação de candidato, após a vigência da LC 64/90; b) negada a diplomação sem motivo processual regular, o ato (omissivo) da autoridade judiciária enseja o conhecido como Recurso Especial ou Ordinário, dependendo da eleição; c) desprovido esse recurso, a decisão ensejará o Recurso Especial ou Ordinário, dependendo da eleição; d) a nomenclatura mais adequada. 
2.4.4 DOS RECURSOS PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Os recursos das decisões do Tribunal para o Supremo Tribunal Federal serão interpostas dentro do prazo de 10 (dez) dias contados da publicação da decisão, e processados na conformidade das normas traçados no Código de Processo Civil. 
As modalidades de recurso que podem ser aforadas no Supremo são: Recurso Inominado, Embargos de Declaração, Revisão Criminal, Agravo de Instrumento, Recurso Extraordinário e Recurso Ordinário. 
2.4.5 DISPOSIÇÕES COMUNS AOS PROCESSOS 
Nessa fase, conforme o regimento interno, a Secretaria lavrará o termo do recebimento dos autos, em seguida ao último que houver sido exarado no Tribunal, conferindo e retificando, quando for o caso, a numeração das respectivas folhas. 
Os termos serão subscritos pelo diretor-geral ou por outro funcionário da Secretaria, por delegação sua. Proferida a decisão, o diretor-geral certificará o resultado do julgamento, consoante os termos da minuta, e fará os autos conclusos ao relator. Lavrado o acórdão ou resolução, será publicado na primeira sessão que se seguir, arquivando-se uma cópia na pasta respectiva. 
Por fim, a desistência de qualquer recurso ou reclamação deve ser feita por petição ao relator, a quem compete homologa-la, ainda que o feito se ache em mesa para julgamento. Sendo assim, o pedido de desistência formulado em sessão será apreciado pelo Plenário, antes de iniciada a votação. 
3. ALISTAMENTO E VOTOS 
3.1 OBRIGATÓRIOS 
A Constituição prevê em seu art 14, § 1º, incisos I e II, que o alistamento e voto são obrigatórios para os eleitores alfabetizados maiores de 18 anos e facultativo aos maiores de 70 anos.  
Aplica-se a expressão ‘’maiores de 18 anos’’, pois a aplicabilidade de multa é somente a partir dos 19 anos de idade, assim entendido pela Justiça Eleitoral. 
Nota-se o que diz o artigo 8º do Código Eleitoral:  
‘’O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento’’. 
Ademais, a Justiça Eleitoral considera como termo final da obrigatoriedade de voto, o primeiro minuto do dia do aniversário de 70 anos. 
3.2 VOTO FACULTATIVO 
A Constituição prevê em seu artigo 14, § 1º, inciso II que: 
‘’II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.’’ 
 
 Entende-se que não se tem uma definição certa sobre analfabeto na legislação brasileira, muito menos na lei que criou o Movimento Brasileiro de Alfabetização, deixando em aberto os casos daqueles que não sabem ler e escrever, mas que conseguem assinar o requerimento de alistamento eleitoral e título de eleitor. 
Em razão de ser facultativo, o problema que surge no alistamento e no voto é com relação as multas, uma vez que aqueles que apenas leem e escrevem possuem o voto obrigatório. Neste caso, o eleitor declara que é analfabeto, sob as penas da lei, e no caso de dúvidas, isso é presumido. 
Ademais, o simples fato do eleitor não utilizar a impressão digital porque sabe escrever ou assinar o nome, não altera a sua condição de ser não alfabetizado. 
Aos maiores de 70 anos, a Justiça Eleitoral considera como facultativo a partir do primeiro minuto do dia do aniversário de 70 anos. 
Porquanto, considera-se a facultatividade na data das eleições para efeito de aplicação das multas eleitorais. Sendo assim, aqueleque deixou de votar com 69 anos de idade estará sujeito a multa, mesmo que regularize a sua situação com 72 anos de idade. Outrossim, aquele que completou 70 anos de idade entre o primeiro e o segundo turno e, deixou de comparecer nos dois pleitos, está sujeito apenas à multa relativa ao primeiro turno.  
Entende-se que a idade mínima de 60 anos de idade prevista no Estatuto do Idoso somente é utilizada para fins eleitorais para o atendimento preferencial nos cartórios eleitorais e centros de atendimento ao eleitor e nas filas de votação. 
Por fim, o artigo 80, § 6º da Resolução 21.538/TSE estabelece que: 
§ 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se abstiver de votar em três eleições consecutivas, salvo se houver apresentado justificativa para a falta ou efetuado o pagamento de multa, ficando excluídos do cancelamento os eleitores que, por prerrogativa constitucional, não estejam obrigados ao exercício do voto (suprimido). 
Por conseguinte, aos maiores de 16 anos e menores de 18 anos, a Constituição prevê que o voto obrigatório é para os maiores de 18 anos e facultativo aos menores de 18 anos. 
O fato de o eleitor já estar alistado aos 16 ou 17 anos, não torna obrigatório o voto, uma vez que tanto o alistamento quanto o voto são facultativos. 
É de notório saber ressaltar que, a Resolução 21.538 do Tribunal Superior Eleitoral permite o alistamento ao eleitor que contar, no ano em que se realizarem as eleições, com 15 anos de idade, desde que complete 16 anos de idade até o dia do pleito. 
3.3 ALISTAMENTO PROIBIDO 
O artigo 14, § 2º da Constituição Federal prevê que não podem se alistar como eleitores os estrangeiros e os conscritos durante o serviço militar obrigatório. 
Os estrangeiros são aqueles que não são brasileiros natos ou naturalizados. 
De acordo com o artigo 12, I da Constituição Federal, são brasileiros natos: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
E os brasileiros naturalizados, consoante o artigo 12, II da CF: 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira 
No entanto, entende-se que os portugueses podem se alistar e votar no Brasil, pois são optantes pela igualdade de direitos aos brasileiros naturalizados. (Conforme artigo 12, § 1º da CF). 
Por fim, os conscritos também tem impedimento para votar, ou seja, durante o período militar obrigatório. Dessa forma, o período de vedação de alistamento eleitoral se inicia com a incorporação compulsória e se encerra com o licenciamento – baixa. 
Em suma, os conscritos ficam impedidos de se alistar entre a incorporação e o licenciamento no serviço militar obrigatório e alcançam, por equiparação, os que se encontram cumprindo prestação alternativa ou com incorporação adiada, como médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários e residentes no exterior, não atingindo os engajados ou reengajados. 
4. PERÍODO ELEITORAL 
4.1 O QUE PODE E O QUE NÃO PODE 
O regulamento do Tribunal Superior Eleitoral, diz o que pode e o que não pode no período eleitoral. Segue abaixo uma tabela com alguns exemplos. 
	O QUE PODE 
	O QUE NÃO PODE 
	Até a véspera das eleições pode usar alto falante, porém respeitando o horário das 8h da manhã atéas22h da noite. 
	Instalação e uso perto de órgãos públicos, igrejas, hospitais, escolas, bibliotecas, teatro e etc, quando em funcionamento. 
	Fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam 4m2 e não contrariem a legislação eleitoral. 
	A justaposição de placas cuja dimensão exceda 4m2 e o pagamento em troca de espaço 
	Colocação de cavaletes, bonecos e etc em vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do transito de pessoas e veículos. 
	Propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas e etc, que sejam colocados em postes, viadutos, passarelas, pontes, ponto de ônibus, árvores, muros, cercas e etc 
	Carreata, passeata e carro sonoro até a véspera das eleições respeitando o horário permitido (22 horas). 
	Utilização de microfones para transformar o ato em comício, além disso, a vedação dos órgãos públicos. 
	Comícios são permitidos até 2dias antes das eleições 
	Realização de shows e de evento assemelhado para promoção da candidatura 
	Propaganda em sites do candidato, mensagem eletrônica para endereços cadastrados, blogs e redes sociais. 
	Propaganda paga e propaganda gratuita – em sites de pessoas jurídicas 
	Manifestação silenciosa e individual da preferencia do eleitor por partido politico (no dia da eleição) 
	Arregimentação de eleitor ou boca de urna, aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado e dos instrumentos de propaganda partidária e etc. (no dia da eleição). 
 
5. ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL 
5.1 DOS ÓRGÁOS
Eles se encontram perante o Art. 12 do Código Eleitoral – Lei 4.737/65, aonde é expresso que os órgãos da Justiça Eleitoral se dividem em quatro, sendo esses: 
a) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo sua sede na Capital da Republica e jurisdição em todo os país. 
b) O Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta no Tribunal Superior, na Capital de cada Território. 
c) Juntas Eleitorais.
d) Juízes Eleitorais.
5.1.1 Tribunal Superior Eleitoral – Art. 16 ao 24 do Código Eleitoral. 
O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão máximo da Justiça Eleitoral, tendo jurisdição nacional, exerce um papel fundamental na construção e no exercício da democracia brasileira. Sua composição é de no mínimo sete membros (ministros). A estrutura dessa formação é a seguinte:
a) Três juízes serão eleitos dentre os Ministros do STF, por voto secreto. 
b) Dois juízes serão eleitos dentre os Ministros do STJ, por voto secreto. 
c) Dois juízes serão eleitos da seguinte forma: O STF elabora uma lista com seis advogados, escolhendo dentre esses, advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. Assim encaminha para o Presidente da República, que irá escolher, dois, nomeando-os, sem haver a necessidade de sabatina pelo Senado Federal. 
Importante frisar, que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não irá participar do processo de escolha dos membros. E não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública, ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal.
O Presidente e o Vice- Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, serão eleitos pelo TSE, dentre Ministros do STF. 
Corregedor Eleitoral do TSE será eleito pelo TSE, dentre os Ministros do STJ. 
De acordo com o parágrafo primeiro do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. 
Além desses sete ministros é necessário existir sete substitutos, para caso venha a ser necessário, poralgum motivo, exemplo, dos impedimentos.
Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. 
Competência do Tribunal Superior Eleitoral – Art. 22, Lei. 4737/65. 
 
 I - Processar e julgar originariamente:
        a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-presidência da República.
        b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes.
        c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;
        d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais.
        e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração.
        f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos.
        g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República.
        h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada. 
        i) as reclamações contra os seus próprios juizes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.  
        j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. 
        II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais, inclusive os que versarem matéria administrativa
Além das atribuições citadas acima, o Tribunal Superior Eleitoral tem como competência privativa: 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,
        I - elaborar o seu regimento interno.
        II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei.
        III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos.
        IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais.
        V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios.
        VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;
        VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei.
        VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas.
        IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código.
        X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede.
        XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça.
        XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político.
        XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo.
        XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração.
       XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência.
        XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;
       XVII - publicar um boletim eleitoral.
        XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.
	
Como visto, uma das competências do Tribunal Superior Eleitoral é expedir as instruções normativas que julgar convenientes para dar fiel execução a lei eleitoral. 
Dentro disso o TSE fica sujeito a alguns limites, sendo estes: 
a) Limite temporal: refere-se ao tempo que o TSE tem de expedir essas instruções necessárias, que de acordo com o Art. 105 da Lei de Eleições é de 5 anos. 
Art. 105 - Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.   
b) Limite formal: Refere-se a forma, que de acordo com o Art. 23 do Código Eleitoral deve abranger a forma de instrução. 
c) Limite material: Refere-se ao conteúdo das instruções, ou seja, ele deve esclarecer e tornar aplicável o que se encontra na lei. Assim, o TSE não poderá extrapolar a lei ao expedir essas instruções normativas. 
5.1.2 Tribunal Regional Eleitoral – Art. 25 ao 31 do Código Eleitoral. 
São os responsáveis diretos pela administração do processo eleitoral, nos estados e municípios. Na capital de cada Estado e no Distrito Federal haverá um Tribunal Regional Eleitoral, ou seja é um órgão no Poder Judiciário, encarregado do gerenciamento de eleições em âmbito estadual. Ele é responsável pelo cadastramento do eleitores, pela constituição e zonas eleitorais e pela apuração de resultados. A sua composição é de no mínimo sete membros (juízes). A estrutura dessa formação é a seguinte: 
a) Dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça, por voto secreto. 
b) Dois juízes, dentre juízes de direitos, escolhidos pelo Tribunal de Justiça, por voto secreto. 
c) Um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou não havendo, de um juiz federal, em qualquer caso pelo Tribunal Regional Federal respectivo. 
d) Dois juízes, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Presidente da República. 
Nesse caso, também não ocorre a presença da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no processo. 
Presidente e Vice – Presidente do Tribunal Regional Eleitora, serão eleitos pelo Tribunal Regional Eleitoral, dentre os desembargadores.
Competência do Tribunal Regional Eleitoral 
 
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
        I - processar e julgar originariamente:
        a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas.
        b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado.
        c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos juízes e escrivães eleitorais.
        d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais.
        e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competentepossa prover sobre a impetração.
        f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos.
        g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento, formulados por partido candidato Ministério Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. 
        II - julgar os recursos interpostos:
        a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais.
        b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
Além das atribuições citadas acima, o Tribunal Regional Eleitoral tem como competência privativa:
        I - elaborar o seu regimento interno.
        II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos.
        III - conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.
        IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal.
        V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição.
        VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora.
        VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos.
        VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político.
        IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior.
        X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio.
                XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal.
        XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
        XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias.
        XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais.
        XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior.
        XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição.
        XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.
        XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observado as seguintes normas:
        a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração.
        b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias.
        c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis meses antes da data da eleição.
        d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior.
        e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior.    
 
5.1.3 Juízes eleitorais - Art. 32 ao 35 do Código Eleitoral 
São órgãos de primeiro grau, aqueles responsáveis pela zona eleitoral. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal, da própria organização judiciária do Estado ou do Distrito Federal, que goze das prerrogativas, que é, os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil. 
	Competência dos Juízes Eleitorais 
Os juízes eleitorais têm competência jurisdicional e atribuição administrativa. 
Compete aos juízes eleitorais
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional.
        II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais.
        III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente a instância superior.
        IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do serviço eleitoral.
        V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir.
        VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral.
        VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores.
        IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor.
        X - dividir a zona em seções eleitorais.
        XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação.
        XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional.
        XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das seções.
        XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras.
        XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções.
        XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras.
        XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições.
        XVIII - fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais.
        XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
5.1.4 Juntas Eleitorais – Art. 36 ao 41, do Código Eleitoral
É a comissão formada pelos membros do Tribunal Superior Eleitoral. São órgãos colegiados de primeiro grau e sãocompetentes para a apuração e diplomação dos cargos municipais. Sua composição é formada da seguinte maneira:
a) Um juiz de direito que será o Presidente. 
b) Dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade. 
Os membros serão nomeados sessenta dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar – lhes a sede. 
Até dez dias antes da nomeação, os nomes as pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de três dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações. 
Os impedidos de serem membros da Junta Eleitoral são, os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, o cônjuge; os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados; as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo; os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Se houver mais de uma Junta Eleitoral no município a expedição de diplomas será feita pela que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, onde as demais enviarão os documentos da eleição. 
Competência da Junta Eleitoral 
Compete à Junta Eleitoral 
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
        II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.
        III - expedir os boletins de apuração.
        IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
6. CRIMES ELEITORAIS 
Crimes eleitorais são condutas ilícitas descritas em leis, que podem ser realizadas tanto por candidatos quanto por eleitores, que violam o regimento das eleições em qualquer parte de sua etapa e operação eleitoral, desde o recrutamento até a diplomação do candidato. 
Exemplo: aquele que tenta comprar voto de alguém ofende além da integridade e legitimidade das eleições, o princípio da liberdade e do sigilo do voto, que são os bens jurídicos resguardados perante o art. 299 do Código Eleitoral. 
De acordo com Vera Maria Nunes Michels, crimes eleitorais são condutas tipificadas em razão do processo eleitoral e portanto puníveis em decorrência de serem praticadas por ocasião do período em que se prepara e se realizam as eleições ainda por que visam um fim eleitoral. 
6.1 Previsão legal
Os crimes estão previstos nos seguintes institutos:
a) Código Eleitoral – Arts. 289 a 354. 
b) Lei das Eleições – Arts. 33, § 4º; 34, §§ 2º e 3º; 39, § 5º; 40; 68, § 2º; 72; 87, § 4º; 91 e parágrafo único.
c) Lei de Inelegibilidades – Art. 25. 
d) Leis esparsas, como a lei que trata dos transportes dos eleitores em dia de eleição – Lei nº 6.091/74, art. 11.
6.2 Ações cabíveis e penalidades
Somente o Ministério Público pode oferecer denúncia ao Judiciário por crime eleitoral. E a competência para julgamento será da Justiça Eleitoral. 
Os crimes eleitorais recebem penas características como a prestação de serviço para a comunidade e a privação da liberdade.
	
Os delitos eleitorais serão sempre de ação penal pública incondicionada, e nunca caberá ação privada. 
6.3 Crimes eleitorais previstos no Código Eleitoral
O crime eleitoral mais popular é a compra de votos, mas também são cometidos outros tipos de crimes eleitorais, mas que não chega ao conhecimento da população. 
Sendo estes: 
a) inscrição eleitoral fraudulenta.
b) transporte irregular de eleitores no dia da votação.
c) realizar propaganda eleitoral em locais não permitidos.
d) o servidor público valer-se de sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido.
e) violar ou tentar violar o sigilo do voto.
f) destruir, suprimir ou ocultar urna contendo votos ou documentos relativos à eleição.
g) divulgar, na propaganda, fatos que se sabem inverídicos, em relação a partidos ou a candidatos, capazes de exercerem influência perante o eleitorado. 
h) caluniar ou difamar alguém, na propaganda eleitoral ou visando a fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime. 
i) injuriar alguém, na propaganda eleitoral ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. 
j) impedir o exercício de propaganda. 
k) utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores.
l) estrangeiro ou brasileiro que não estiver no gozo dos seus direitos políticos participarem de atividades partidárias, inclusive comícios e atos de propaganda em recintos fechados ou abertos.
 
6.4 Crimes no dia da eleição – art.39 da Lei nº 9.504/97 
a) o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata.
 	b) a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna. 
c) a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos.
São crimes que tem como pena a detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50. 
6.5 Sujeitos no crime eleitoral
a) Sujeito ativo: é a pessoa física que desempenha ação ou omissão especifica, antijurídica e culpável que viole ou exponha a perigo o bem jurídico, e sobre o qual recai a pena, consequência natural do crime. 
b) Sujeito passivo: é a pessoa física ou jurídica que irá sofrer a conduta delituosa, não podendo ser ao mesmo tempo o agente. 
6.6 Elemento subjetivo 
Só é admitido na modalidade dolosa, não sendo admitida a título de culpa, isso por que não existe a previsão no Código Eleitoral, tendo em vista que todos os crimes lá praticados se cometidos serão como dolosos, uma vez que o a gente tenha querido o resultado (dolo direto) ou tenha assumido o risco de produzi-lo (dolo eventual). 
6.7 Natureza jurídica 
Em relação à natureza jurídica dos crimes eleitorais, ocorre uma grande divergência entre os doutrinadores e assim existindo duas correntes. 
a) Primeira corrente: refere-se a natureza jurídica como crime politico. De acordo com Cretella Junior, crime politico seria aquele que lesa, ou pode lesar, a soberania, a integridade, a estrutura constitucional ou o regime político do Brasil. É a infração que atinge a organização do Estado como um todo, minando os fundamentos dos poderes constituídos.
b) Segunda corrente: refere-se a natureza jurídica como crime comum. Está corrente é o entendimento do STF e do TSE. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de definir a locução constitucional ‘crimes comuns’ como expressão abrangente a todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos eleitorais e alcançando, até mesmo, as próprias contravenções penais (Relator Ministro Celso de Mello).
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A criação da Justiça Eleitoral estaria associada à necessidade de uma organização dos trabalhos eleitores como, por exemplo, a apuração dos votos, a organização das votações, o alistamento e cadastro de eleitores e etc. Com base no Código Eleitoral Brasileiro, a Justiça Eleitoral regulou em todo o país as eleições federais, estaduais e municipais trazendo uma organização para esta área jurídica.
No que tange ao aspecto processual, o Tribunal deve sempre seguir a legislação vigente em respeito ao processo, organização e o poder político da Justiça Eleitoral Brasileira afastando qualquer risco de descontrole, excesso e desequilíbrio tanto no âmbito federal quanto no estadual e municipal, como apresentados neste trabalho.
As normas constitucionais que disciplinam a atuação dos órgãos da Justiça Eleitoral devem ser interpretadas com cautela e responsabilidade, evitando, de toda forma, a descontrolada extensão dos seus poderes. A não ser assim, a Justiça Eleitoral hoje já enfrentando tantas barreiraspara o seu andamento legal, em breve dependerá de novas reformas que possam salvar o que foi construído anos atrás.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
BRASIL. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL.  Disponível em: <http://www.tse.jus.br> Acesso em: 20 ago. 2015.
BORN, Rogério Carlos. Organização e Competência da Justiça Eleitoral. Disponível em: <http://uol.iesde.com.br/aprovaconcursos/demo_aprova_concursos/direito_eleitoral_02.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2015.
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65)
Resolução TSE nº 23.404/14 – Propaganda Eleitoral e condutas vedadas.
ELEITORAL, Tribunal Regional. O que pode o que não pode no periodo eleitoral. Disponível em: <http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/tre-es-tabela-pode-x-nao-pode>. Acesso em: 14 ago. 2015. 
ELEITORAL, Tribunal Superior. Funcionamento do processo eleitoral no Brasil. Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleicoes/processo-eleitoral-brasileiro/funcionamento-do-processo-eleitoral-no-brasil>. Acesso em: 13 ago. 2015.
Regimento Interno do TSE - Resolução nº 4.510, de 29 de setembro de 1952

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