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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
FACULDADE DE ENFERMAGEM 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
ANAIAN CARLA VIEIRA CALIXTO 
 
 
 
 
CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS E TRABALHADORES DA 
SAÚDE SOBRE O PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE 
ÓRGÃOS E TECIDOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA, 2019
 
 
 
 
 
ANAIAN CARLA VIEIRA CALIXTO 
 
 
 
 
CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS E TRABALHADORES DA 
SAÚDE SOBRE O PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE 
DE ÓRGÃOS E TECIDOS 
 
 
 
 
 
Dissertação de Mestrado apresentada ao 
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da 
Faculdade de Enfermagem da Universidade 
Federal de Goiás como requisito para obtenção 
do título de mestre em Enfermagem. 
 
 
 
Área de concentração: A Enfermagem no cuidado à saúde humana 
Linha de pesquisa: Gestão em Saúde e Enfermagem 
Orientadora: Prof.ª Dra. Regiane Aparecida dos Santos Soares Barreto 
 
 
GOIÂNIA, 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do Programa de 
Geração Automática do Sistema de Bibliotecas da UFG. 
 
Vieira Calixto, Anaian Carla 
 CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS E TRABALHADORES DA 
SAÚDE SOBRE O PROCESSO DE DOAÇÃO E TRANSPLANTE DE 
ÓRGÃOS E TECIDOS [manuscrito] / Anaian Carla Vieira Calixto. - 2019. 
XCI, 91 f.: il. 
 Orientador: Prof. Regiane Aparecida Santos Soares Barreto. 
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Faculdade de 
Enfermagem (FEN), Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Goiânia, 
2019. 
 Bibliografia. Anexos. Apêndice. 
 Inclui siglas, mapas, fotografias, abreviaturas, tabelas, lista de figuras, lista 
de tabelas. 
 1. enfermagem. 2. morte encefálica. 3. doação de órgãos. 4. intenção de 
doar órgãos. 5. conhecimento. I. Santos Soares Barreto, Regiane Aparecida, 
orient. II. Título. 
 CDU 616-083 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
FACULDADE DE ENFERMAGEM 
ATA DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO 
ATA DA REUNIÃO DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE ANAIAN CARLA VIEIRA 
CALIXTO. Aos quatro dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezenove (04/12/2019), às 
14h20min, reuniram-se os componentes da Banca Examinadora Profa. Dra. Regiane Aparecida dos Santos 
Soares Barreto (Orientadora/Presidente/PPGENF-FEN/UFG), Profa. Dra. Jacqueline Andreia Bernardes Leão 
Cordeiro (Membro Interno/PPGENF/FEN/UFG), e Profa. Dra. Karina Suzuki (Membro 
Externo/FEN/UFG), sob a presidência da primeira, em sessão pública realizada na sala de aula três da 
Faculdade de Enfermagem, para procederem à avaliação da defesa de Dissertação: “Conhecimento dos 
profissionais e trabalhadores da saúde sobre o processo de doação e transplante de órgãos e tecidos”, de autoria 
de Anaian Carla Vieira Calixto, discente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade 
Federal de Goiás. A sessão foi aberta pela Profa. Dra. Regiane Aparecida dos Santos Soares Barreto, 
Presidente da Banca Examinadora, que fez a apresentação formal dos demais membros. A seguir, a palavra 
foi concedida à autora da Dissertação que, em 40 minutos, apresentou seu trabalho. Logo em seguida, 
cada membro da Banca arguiu a examinanda, tendo-se adotado o sistema de diálogo sequencial. 
Terminada a fase de arguição, procedeu-se à avaliação da defesa. Tendo em vista o que consta no 
Regulamento Geral dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Federal de Goiás 
(Resolução CEPEC nº. 1403/2016) e no Regulamento do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem 
(Resolução CEPEC nº. 1469/2017), a Dissertação foi: 
 
APROVADA, considerando-se integralmente cumprido este requisito para fins de obtenção do titulo de 
MESTRE EM ENFERMAGEM, na área de concentração A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE HUMANA 
pela Universidade Federal de Goiás. A conclusão do curso dar-se-á quando da entrega, na secretaria do 
programa, da versão definitiva da Dissertação, com as correções solicitadas pela banca e do comprovante 
de envio de artigo cientifico, oriundo desta Dissertação para publicação em periódicos de circulação 
nacional e/ou internacional no prazo de até 30 dias. 
 
A comissão examinadora teceu as seguintes considerações: aprofundamento da discussão, 
conclusões e acrescentar considerações translacionais. 
 
Proclamados os resultados pela Professora Doutora Regiane Aparecida dos Santos Soares Barreto, 
Presidente da Banca Examinadora, foram encerrados os trabalhos e, para constar, lavrou-se a 
presente ata que é assinada pelos Membros da Banca Examinadora, aos quatro dias do mês de 
dezembro de dois mil e dezenove. 
 
 
TÍTULO SUGERIDO PELA BANCA 
 
 
Documento assinado eletronicamente por Regiane Aparecida Dos Santos Soares Barreto, 
Professor do Magistério Superior, em 04/12/2019, às 16:47, conforme horário oficial 
de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 
2015. 
 
 Documento assinado eletronicamente por Karina Suzuki, Professor do Magistério Superior, 
 em 04/12/2019, às 16:48, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 
1 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. 
 
Documento assinado eletronicamente por Valéria Pagotto, Professor do Magistério 
Superior, em 04/12/2019, às 16:50, conforme horário oficial de Brasília, com 
fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015. 
 
Documento assinado eletronicamente por Jacqueline Andréia Bernardes Leão Cordeiro, 
Professora do Magistério Superior, em 04/12/2019, às 16:52, conforme horário oficial 
de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 
2015. 
A autenticidade deste documento pode ser conferida no site 
https://sei.ufg.br/sei/controlador_externo.php? 
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 
1033956 e o código CRC AD4DADA4. 
 
 
Referência: Processo nº 23070.044969/2019-82 SEI nº 1033956 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
Aos meus pais Nayana e Carlos César, ao 
meu irmão Nathan pelo amor 
incondicional, por nunca desistirem de 
mim e por sempre me apoiarem. 
 
Ao meu noivo Reinison, pelo apoio, 
paciência, amor e cumplicidade nesta 
trajetória árdua. Por me fazer sorrir e 
acreditar que tudo daria certo no final. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus por me conceder o dom da vida, por não me deixar desistir, por me 
tornar capaz e por estar ao meu lado em todos os momentos de minha vida. 
 
Aos meus pais que são meu exemplo de força, coragem, dedicação e amor, 
por acreditarem sempre em mim, por me ensinarem a ter fé e esperança em todas 
as situações. 
 
Ao meu irmão Nathan por acreditar mais em mim do que eu mesma, por me 
ensinar a levar a vida com mais leveza e por todo amor a mim dedicado. 
 
Ao meu noivo, que com amor e paciência sempre me apoiou e incentivou 
para que eu chegasse ao final desta difícil, porém gratificante etapa de minha vida. A 
ti, toda minha gratidão! 
 
Em especial à Profª Drª Regiane Aparecida Soares Barreto, minha querida 
orientadora, por todo ensinamento, paciência e por ter me feito apaixonar por esse 
tema fascinante que é a doação de órgãos. Sinto-me realizada por termos feito um 
trabalho tão bonito juntas e, principalmente pelos frutos que gerou. Obrigada por ter 
sido meu exemplo de pesquisadora e ser humano durante essa jornada. 
 
Ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de 
Enfermagem da Universidade Federal de Goiás que tem estimulado a produção do 
conhecimento e do saber, e nesta construção proporcionou-me a oportunidadee o 
apoio para o crescimento profissional. 
 
Agradeço a toda equipe do GEPACTO, Liga Doa-Goiás e Central Estadual 
de Transplantes de Goiás, que sempre me acolheram com carinho, me apoiaram, 
sanaram minhas dúvidas e contribuíram significativamente para o desenvolvimento 
desta pesquisa. 
 
 
Aos docentes e funcionários do Programa de Pós-graduação de 
Enfermagem da Faculdade de Enfermagem pela excelência no trabalho prestado. 
 
À Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara e Unimed Regional Sul que 
me atenderam desde o início do projeto com muita atenção e dedicação, além disso, 
permitiram e apoiaram o desenvolvimento deste trabalho. 
 
E a todos os trabalhadores e profissionais da saúde que tornaram este 
estudo uma realidade. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 199 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 25 
2.1 A Legislação do Transplante no Brasil .................................................................. 25 
2.2 Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e tecidos .................................... 29 
2.3 O enfermeiro na equipe multiprofissional do processo de Doação e Transplantes 
de Órgãos e Tecidos ............................................................................................. 34 
3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 37 
3.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 37 
3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 37 
4 METODOLOGIA ..................................................................................................... 388 
4.1 Delineamento do estudo ..................................................................................... 388 
4.2 Local e contexto de realização do estudo ........................................................... 388 
4.3 População Alvo ..................................................................................................... 40 
4.4 Critérios de inclusão e exclusão ............................................................................ 40 
4.5 Procedimento para coleta de dados ...................................................................... 41 
4.6 Coleta de dados ..................................................................................................... 41 
4.7 Variáveis do Estudo ............................................................................................... 42 
4.7.1 Variável dependente ....................................................................................... 42 
4.7.2 Variáveis independentes ................................................................................ 42 
4.8 Análise dos dados ................................................................................................. 48 
4.9 Procedimentos ético-legais .................................................................................... 48 
5 RESULTADOS.......................................................................................................... 49 
6 DISCUSSÃO ............................................................................................................. 55 
7 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 63 
8 CONSIDERAÇÕES TRANSLACIONAIS .................................................................. 64 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 68 
APÊNDICES .................................................................................................................... 79 
ANEXOS .......................................................................................................................... 84 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1. Localização de Itumbiara em Goiás. ......................................................... 39 
Figura 2. Enfermeira pesquisadora com a equipe multidisciplinar da unidade 
hospitalar e equipe captadora da CET de Goiás, Itumbiara/GO, 2018. .................... 65 
Figura 3. Capacitação em Diagnóstico de Morte Encefálica atendendo a Resolução 
do CFM 2.173/2017, Itumbiara 2019. ........................................................................ 66 
 
 
../../Anaian%20Carla/Desktop/Dissertação%20Anaian%2016-nov.docx#_Toc24819566
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1. Trajetória histórica e política do processo de doação e transplante de 
órgãos e tecidos. ....................................................................................................... 28 
Quadro 2. Etapas dos processos de captação, doação e transplante de órgãos e 
tecidos. ...................................................................................................................... 30 
Quadro 3. Intervalo segundo faixa etária entre o primeiro e segundo exame clínico 
para diagnóstico de morte encefálica. ....................................................................... 31 
Quadro 4. Atribuições específicas do enfermeiro diante do processo de doação e 
transplante de órgãos e tecidos. ............................................................................... 36 
Quadro 5. Variáveis de caracterização sociodemográfica e profissional dos 
profissionais da saúde, Itumbiara/GO, 2019. ............................................................ 43 
Quadro 6. Variáveis sobre conhecimento do processo de doação e transplante de 
órgãos e tecidos. ....................................................................................................... 45 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Características sociodemográficas de profissionais da saúde de hospitais 
de Itumbiara. Itumbiara-GO, Brasil, 2019. ................................................................. 49 
Tabela 2. Conhecimento, aceitação e intenção de ser doador dos profissionais da 
saúde sobre a doação e transplante de órgãos e tecidos. Itumbiara-GO, Brasil, 2019.
 .................................................................................................................................. 51 
Tabela 3. Intenção de doar órgãos e tecidos para transplantes segundo variáveis 
sociodemográficas dos profissionais da saúde. Itumbiara-GO, Brasil, 2019. ............ 52 
Tabela 4. Intenção dos profissionais da saúde em ser doador de órgãos e tecidos 
para transplantes segundo conhecimento dos mesmos quanto ao processo de 
doação e transplantes de órgãos e tecidos. Itumbiara-GO, Brasil, 2019. ................. 53 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABTO - Associação Brasileira de Transplante de Órgãos 
CAAE - Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 
CET - Central Estadual de Transplantes 
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa 
CFM - Conselho Federal de Medicina 
DE – Doador Efetivo 
CIHDOTT – Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para 
Transplante 
CNH – Carteira Nacional de Habilitação 
CNCDO - Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos 
CNT - Central Nacional de Transplantes 
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem 
CONEP - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa 
DOU - Diário Oficial da União 
GEPACTO - Grupo de estudos em pacientes clínico-cirúrgicos e transplantes de 
órgãos 
HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana 
HTLV - Vírus T-Linfotrópico Humano 
HUGO - Hospital de Urgências de Goiânia 
HUGOL - Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira 
HUANA - Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo 
IML - Instituto Médico Legal 
ME - Morte Encefálica 
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul 
MS -Ministério da Saúde 
OPO - Organização de Procura de Órgãos 
PCR - Parada Cardíaca Respiratória 
PD - Potencial Doador 
PPD - Possível Potencial Doador 
PMP - Por Milhão de População 
RBT - Registro Brasileiro de Transplantes 
 
RG - Registro Geral 
RT - Regulamento Técnico 
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
SNC - Sistema Nervoso Central 
SNT - Sistema Nacional de Transplante 
SUS - Sistema Único de Saúde 
TADO - Termo de Autorização de Doação de Órgãos 
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
UFG - Universidade Federal de Goiás 
UTI - Unidade de Terapia Intensiva 
VM - Ventilação Mecânica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O número de transplantes tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, 
porém ainda existem inúmeras barreiras e dificuldades a ser enfrentadas. Sabe-se 
que a população carece de números consideráveis de doadores efetivos de órgãos e 
tecidos. Sendo fundamental que a equipe multiprofissional assistente nessa área 
seja capacitada e treinada constantemente. O objetivo deste estudo foi analisar o 
conhecimento de profissionais e trabalhadores da saúde sobre doação e transplante 
de órgãos e tecidos. Entre julho de 2018 a janeiro de 2019, um estudo transversal 
analítico com abordagem quantitativa foi conduzido com 250 profissionais e 
trabalhadores da área da saúde. A coleta de dados foi realizada por meio de um 
questionário estruturado com 18 questões fechadas relacionadas ao conhecimento 
dos profissionais e trabalhadores da saúde sobre os aspectos da doação e 
transplante de órgãos e tecidos do Brasil elaborado por pesquisadores como Freire. 
Os dados coletados foram analisados no software STATA, versão 12.0. A maior 
parte dos participantes demonstrou ter conhecimento a respeito sobre a não 
obrigatoriedade da doação, não comercialização de órgãos e tecidos no país, 
doador falecido com coração batendo, doador falecido com coração parado e 
conceito de morte encefálica. Os participantes não demonstraram conhecimento 
sobre o conceito de doador vivo. Poucos profissionais afirmaram intenção de 
doação. Houve associação para a intenção de doar no sexo feminino, nos 
participantes com maior escolaridade e naqueles que afirmaram renda mensal 
maior. Houve associação para a intenção de doar nos participantes que souberam 
responder corretamente sobre avisar a família como critério para ser doador, não 
comercialização de órgãos e tecidos no país, conceito de doador falecido com o 
coração batendo, e existência do Sistema Nacional de Transplantes e naqueles 
participantes que não souberam responder o conceito de doador vivo. Embora a 
doação de órgãos e tecidos seja um tema presente no cotidiano atual, ainda é pouco 
compreendido pela população geral e pelos profissionais e trabalhadores da saúde 
em consequência de diversos motivos e paradigmas culturalmente arrastados por 
anos citados ao longo deste estudo. Fica evidente a necessidade de aumentar a 
conscientização junto com a implementação de programas educacionais entre os 
profissionais de saúde sobre doação e transplante de órgãos. 
 
Palavras-chave: doação de órgãos; enfermagem; morte encefálica; transplante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The number of transplants has increased considerably in recent years, but there are 
still numerous barriers and difficulties to be faced. The population is known to lack 
considerable numbers of effective organ and tissue donors. It is essential that the 
multiprofessional assistant team in this area is constantly trained and trained. The 
aim of this study was to analyze the knowledge of health professionals and workers 
about organ and tissue donation and transplantation. From July 2018 to January 
2019 a quantitative cross-sectional analytical study was conducted with 250 health 
professionals and workers. Data collection was performed through a structured 
questionnaire with 18 closed questions related to the knowledge of health 
professionals and workers about the aspects of organ and tissue donation and 
transplantation in Brazil prepared by the researchers Freire et al. The collected data 
were analyzed using STATA software, version 12.0. Most participants demonstrated 
knowledge about the non-obligatory donation, non-commercialization of organs and 
tissues in the country, deceased donor with beating heart, deceased donor with 
stopped heart and concept of ME. Participants showed no knowledge of the concept 
of living donor. Few professionals have stated intention to donate. There was an 
association between the intention to donate in females, participants with higher 
education and those who reported higher monthly income. There was an association 
with the intention to donate in the participants who were able to answer correctly 
about informing the family as a criterion to be a donor, non-commercialization of 
organs and tissues in the country, the concept of a deceased donor with a beating 
heart, and the existence of the National Transplant System and in those. participants 
who could not respond to the concept of living donor. Although organ and tissue 
donation is a current theme, it is still poorly understood by the general population and 
by health professionals and workers as a result of several cultural reasons and 
paradigms dragged on for years cited throughout this study. The need to raise 
awareness along with the implementation of educational programs among health 
professionals on organ donation and transplantation is evident. 
 
Keywords: organ donation; nursing; brain death; transplant. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMEN 
 
El número de trasplantes ha aumentado considerablemente en los últimos años, 
pero todavía hay numerosas barreras y dificultades que enfrentar. Se sabe que la 
población carece de un número considerable de donantes efectivos de órganos y 
tejidos. Es esencial que el equipo asistente multiprofesional en esta área esté 
constantemente capacitado y capacitado. El objetivo de este estudio fue analizar el 
conocimiento de los profesionales y trabajadores de la salud sobre la donación y el 
trasplante de órganos y tejidos. Desde julio de 2018 hasta enero de 2019, se realizó 
un estudio analítico transversal cuantitativo con 250 profesionales y trabajadores de 
la salud. La recopilación de datos se realizó a través de un cuestionario estructurado 
con 18 preguntas cerradas relacionadas con el conocimiento de los profesionales y 
trabajadores de la salud sobre los aspectos de la donación y el trasplante de 
órganos y tejidos en Brasil, preparados por los investigadores como Freire. Los 
datos recopilados se analizaron con el software STATA, versión 12.0. La mayoría de 
los participantes demostró conocimiento sobre la donación no obligatoria, la no 
comercialización de órganos y tejidos en el país, el donante fallecido con corazón 
que late, el donante fallecido con corazón detenido y el concepto de muerte 
encefálica. Los participantes no mostraron conocimiento del concepto de donante 
vivo. Pocos profesionales han manifestado su intención de donar. Hubo una 
asociación entre la intención de donar en mujeres, participantes con educación 
superior y aquellas que reportaron mayores sueldo mensuales. Hubo una asociación 
con la intención de donar en los participantes que pudieron responder correctamente 
acerca de informar a la familia como criterio para ser donante, la no comercialización 
de órganos y tejidos en el país, el concepto de un donante fallecido con un corazón 
que late, y la existencia del Sistema Nacional de Trasplantes y participantes que no 
pudieron responder al concepto de donante vivo. Aunque la donación de órganos y 
tejidos sea un tema actual, la población en general y los profesionales y trabajadores 
de la salud todavía la entienden mal como resultado de varias razones culturales y 
paradigmas arraigados durante años citados a lo largo de este estudio. Es evidente 
la necesidad de crear conciencia juntoa la implementación de programas educativos 
entre los profesionales de la salud sobre donación y trasplante de órganos. 
 
Palabras clave: donación de órganos; enfermería; muerte cerebral; transplante. 
 
 
 
 
19 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O transplante é um procedimento cirúrgico baseado na substituição de um 
órgão, tecido ou célula de uma pessoa doente por um órgão, tecido ou célula de um 
doador saudável, vivo ou morto (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). 
Há três tipos de transplantes: o autoplásico, heteroplásico e heterólogo. No 
transplante heterólogo, os tecidos ou órgãos captados são implantados em um 
organismo de outra espécie. O transplante autoplásico é quando se retira células ou 
tecidos de um indivíduo e o implanta em um outro local do organismo da mesma 
pessoa. O heteroplásico é quando se capta células, tecidos ou órgãos de alguém e 
transplanta em outro (FREITAS, 2018). 
O transplante heteroplásico é uma opção de tratamento para pacientes 
diagnosticados com doenças crônicas, irreversíveis e em fase terminal. Sua 
finalidade é melhorar a qualidade e expectativa de vida desses pacientes, 
identificados como receptores (DALBEM; CAREGNATO, 2010; INTS, 2011). 
O número de transplantes tem aumentado consideravelmente nos últimos 
anos. Embora ainda existam inúmeras barreiras e dificuldades a ser enfrentadas, há 
um grande progresso justificado pelo avanço tecnológico e científico aplicado nesse 
campo da saúde recentemente (VICTORINO e VENTURA, 2016). 
Este crescimento tem contribuído significativamente na vida dos pacientes 
portadores de doenças crônicas incuráveis sejam eles crianças, jovens, adultos ou 
idosos. Nota-se ainda que o transplante tem sido a única alternativa terapêutica 
eficaz, para aqueles que muitas vezes já estão desacreditados de sua cura e/ou 
melhora da qualidade de vida (SBIBAL, 2016). 
Não obstante, o Brasil possui um programa de transplantes evoluído, a atual 
situação mostra uma estagnação na taxa de doadores, em relação ao primeiro 
semestre de 2018 (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - ABTO, 2018). 
De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) do primeiro semestre de 
2019, houve um aumento de 1% na taxa de potenciais doadores notificados, 
atingindo 52,4 pmp (por milhão de população). E uma queda de 2,2% na taxa de 
efetivação da doação resultando na diminuição em 0,7% (16,9 pmp) na taxa de 
doadores efetivos. Este resultado compromete o alcance da meta prevista em 2016 
para este ano de 20 doadores pmp (ABTO, 2019a). 
20 
 
 
Apesar do transplante de órgãos e tecidos ser apontado como um grandioso 
avanço da medicina moderna, ainda enfrenta inúmeras objeções referentes aos 
preceitos ético-legais que envolvem o procedimento, o que reproduz conflitos e 
resistência sobre sua execução (ROBSON; RAZACK; DUBLIN, 2010). 
O manejo dos procedimentos para doação e captação de órgãos e tecidos 
para transplantes, abrange perspectivas e concepções diferentes ligadas à 
autonomia do paciente, término da vida, mutualidade de convicções e ideais, além 
de outras instâncias de natureza moral (ARAÚJO; SANTOS; RODRIGUES, 2017). 
Ainda, o processo de doação e transplante de órgãos e tecidos brasileiro é 
burocrático, extenso, complexo, exaustivo e estressante aos familiares. O tempo 
envolvido para todo o processo inclui exames diagnósticos de morte encefálica 
(ME), cirurgia de retirada dos órgãos, bem como a liberação do corpo pelo Instituto 
Médico Legal (IML). Esses procedimentos devido a fatores estruturais e processuais 
dos serviços de saúde pública deixam o processo extenso e demorado, na maioria 
das vezes (FERREIRA et al., 2015). 
Os procedimentos quanto ao transplante podem ser realizados com 
doadores vivos e pós-morte e os órgãos sólidos e tecidos podem ser provenientes 
de doadores vivos, doadores falecidos com morte encefálica ou doadores falecidos 
com parada cardíaca (BELLINGHAM et al., 2011; ZYCH et al., 2012). 
É considerado doador vivo, qualquer pessoa, que queira doar, desde que 
não prejudique a sua saúde. A doação em vida inclui rins, parte do fígado, parte do 
pulmão, ossos, medula óssea e sangue. De acordo com a legislação brasileira, 
parentes até o quarto grau (pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos) ou 
cônjuge podem ser doadores. Não aparentados só poderão ser doadores mediante 
autorização judicial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017c). 
Considera-se doador falecido, o indivíduo com diagnóstico confirmado de 
ME e o indivíduo com coração parado (até 6 horas após óbito por parada 
cardiorrespiratória – PCR). Segundo Cinque e Bianchi (2009), morte encefálica 
significa perda irreversível das funções cerebrais. O doador com diagnóstico de ME 
e coração batendo em suporte de vida (ventilação mecânica e funcionamento das 
funções vitais), poderá doar mediante autorização de seus familiares (até segundo 
grau) ou cônjuge, o coração, rins, pulmão, fígado, pâncreas e intestino, além de 
córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas. O doador falecido com coração parado 
21 
 
 
poderá doar somente tecidos como, córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017d). 
O diagnóstico de ME atualmente é regulamentado pela Resolução nº 
2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) e definido para aqueles pacientes 
que apresentem coma não perceptivo de causa conhecida, ausência de reflexos 
tronco encefálico e apneia constante, na ausência de causas reversíveis, como uso 
de drogas sedativas, depressoras do Sistema Nervoso Central (SNC) ou 
bloqueadoras neuromusculares; distúrbios endócrino-metabólicos graves; 
hipotensão arterial ou hipotermia (HIRSCHHEIMER, 2016; CFM, 2017). 
O protocolo para diagnóstico da ME deve ser realizado em todos os 
pacientes em coma aperceptivo e apneia, independentemente da condição de ser 
doador órgãos e tecidos ou não, sendo considerado um dever do estabelecimento 
de saúde e um direito do paciente e seus familiares (CFM, 2017). Os parâmetros 
clínicos identificados são: perda das funções encefálicas de forma irreversível e 
causa identificada, ausência de respiração, pupilas midriáticas não reagentes, 
ausência de reflexo óculo motor, ausência de reflexo córneo-palpebral, ausência de 
reflexos oculocefálicos, ausência de respostas às provas calóricas e ausência de 
reflexo de tosse (TORRES; LAGE, 2013). 
Faz-se necessário para diagnóstico de ME, a realização de dois exames 
clínicos por dois médicos distintos capacitados: um teste de apneia por um dos 
médicos que irá realizar o exame clínico, e um exame complementar (angiografia 
cerebral, eletroencefalograma, cintilografia, etc.). Com parâmetros clínicos 
conferidos e exames clínicos e o complementar realizados e confirmados, o paciente 
pode ser considerado um possível potencial doador (PPD) (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2017a). 
A ME modifica a funcionalidade dos sistemas fisiológicos do corpo humano, 
o diagnóstico e confirmação devem ser reais e satisfatórios a fim de garantir a 
preservação do potencial doador (PD). Isto inclui identificação precoce e rápida 
resolutividade das complicações provenientes da ME. Os preceitos éticos e legais 
relacionados ao tema doação de órgãos precisam ser considerados e respeitados, 
com intuito de assegurar a remoção de órgãos em condições funcionais viáveis 
(SILVA et al., 2016). 
Para Quaglio, Bueno e Almeida (2017) é fundamental que a equipe 
multiprofissional assistente nessa área seja capacitada e treinada constantemente. 
22 
 
 
Uma boa atuação da equipe tem sido considerada um fator relacionado ao bem-
estar clínico e aumento do tempo de vida do receptor. 
Dentre estes profissionais destacam-se os enfermeiros, pois mantém uma 
relação direta com o paciente e sua família, prestam cuidados fundamentais para 
manutenção das condições vitais do paciente potencial doador que esteja em ME, 
garantindo que os órgãos permaneçam viáveis para doação. Além de atuarna 
assistência ao paciente no período pré e pós-transplante, contribuindo 
significativamente para melhora de sua qualidade de vida (ARAÚJO; SANTOS; 
RODRIGUES, 2017; QUAGLIO; BUENO; ALMEIDA, 2017). 
Em linhas gerais, o processo de doação de órgãos e tecidos exige 
comprometimento e atuação eficaz por parte da equipe multiprofissional em âmbito 
nacional, estadual ou municipal. Esta equipe atua na regulamentação dos 
processos, protocolos e na assistência nas unidades hospitalares (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2005). 
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e a Central Nacional de 
Transplantes (CNT) constituem a esfera nacional, realizando ações de gestão das 
atividades relacionadas ao transplante em todo o país. Essas instituições agem 
estimulando a doação de órgãos, organizando a logística, credenciando as equipes 
e hospitais para a realização de transplantes e elaborando regulamentações que 
normatizam todo o processo. O âmbito estadual é composto pelas Centrais 
Estaduais de Transplantes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017d). 
No campo municipal e institucional estão presentes as Comissões Intra-
Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), com 
atuação fundamental em parceria com as equipes assistenciais do ambiente 
hospitalar, colaborando na identificação e notificação do PD, na abertura e 
conclusão do protocolo de ME, na manutenção clínica do PD, no suporte do doador 
efetivo (DE). Além da realização imprescindível de entrevistas familiares e na 
condução do processo de doação, desde a cirurgia de captação até a entrega do 
corpo à família (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005; ONT, 2011). As CIHDOTT foram 
instaladas com o intuito de incrementar, normalizar e aperfeiçoar o funcionamento e 
gestão do SNT no país em todos os hospitais com mais de 80 leitos, por meio da 
Portaria nº 1.752/05 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). 
Em 2009, foi decretada a Portaria nº 2.600, à qual destina a Seção II a 
composição e coordenação das comissões, classificando-as em I, II e III, de acordo 
23 
 
 
com o número de óbitos ocorridos por ano, a equipe intensivista especializada e/ou 
o credenciamento para programa de transplante (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009a). 
Em 28 de setembro de 2017, foi publicada a Portaria de Consolidação nº 4, 
que, em seu Anexo 1, Seção II, exibe a atual legislação sobre o assunto por meio do 
conjunto das informações contidas no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de 
Transplantes, Portaria nº 2.600/2009, sem modificação de conteúdo no que diz 
respeito às CIHDOTT (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017b). 
Mesmo que a morte faça parte do ciclo biológico, o preparo para sua 
chegada ainda é um conflito emocional para as famílias, amigos e até para os 
profissionais da saúde. Essa notícia expõe os seres humanos às mais diversas 
reações emocionais fazendo parte de um processo social vivenciado, sobretudo nas 
instituições de saúde e unidades hospitalares (FERREIRA et al., 2015). 
O tema doação e transplante de órgãos envolve em si a presença de um 
óbito e apresenta inúmeras dificuldades que precisam ser enfrentadas e 
solucionadas, quando se pretende aumentar a notificação de ME, a taxa de PD e 
melhorar a qualidade e eficácia de todo o processo de doação e transplante de 
órgãos. Há dúvidas, suposições, não entendimento e desconhecimento por parte 
dos profissionais atuantes na área da saúde, o que gera obstáculos importantes ao 
crescimento do processo e consequentemente à taxa de transplantes no Brasil 
(ABTO, 2016a). 
Uma das barreiras que dificultam o desenvolvimento do processo de doação 
de órgãos é a não compreensão e aceitação insuficiente por parte dos familiares 
sobre o diagnóstico de ME. Para a família é difícil considerar o óbito com frequência 
cardíaca, movimentos respiratórios e temperatura corporal. Há envolvimento de 
crenças religiosas e espera da reversão do quadro clínico (FREIRE et al., 2015). 
Os profissionais da saúde também contribuem para não efetividade do 
processo ao desconhecerem as legislações e não possuírem aprofundamento 
teórico sobre o tema. Esta realidade se justifica pela mínima informação 
disseminada nas instituições de ensino, acrescido pelo desinteresse pessoal. A 
literatura aponta a necessidade da introdução deste conteúdo aos componentes 
curriculares dos cursos de graduação na área da saúde, bem como maior 
propagação das políticas públicas de saúde sobre o assunto (SOARES; LEITE; 
ROCHA, 2015). 
24 
 
 
No Brasil, as taxas de PD notificados, taxas de DE e taxas de efetivação, 
são maiores nos grandes centros (unidades federativas e capitais). Segundo o RBT, 
do primeiro trimestre de 2019, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, 
Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão à frente dos demais estados quando 
comparados o número de PD e DE. Paraná por exemplo, tem um dos melhores 
índices de DE do país, enquanto a média nacional é de 16,8 pessoas pmp, na 
capital federal, a taxa é de 41,2 pmp (ABTO, 2019b). 
Nesta perspectiva, este estudo vem colaborar para a obtenção de dados e 
melhoria da qualidade do processo de doação e transplantes de órgãos e tecidos e 
pretende-se responder à seguinte questão da pesquisa: Qual o conhecimento e a 
intenção de doação de órgãos e tecidos para transplantes dos profissionais e 
trabalhadores da saúde em unidades hospitalares no interior do estado de Goiás? 
Sabendo-se que a população carece de números consideráveis de doadores 
efetivos de órgãos e tecidos, faz-se necessário conhecer, tal como caracterizar o 
conhecimento desses profissionais. A falta de conhecimento, desconformidade, não 
aceitação e visão inadequada destes profissionais podem prejudicar a eficácia dos 
procedimentos relacionados à doação e transplantes. 
Nesse contexto, emerge a necessidade de realização deste estudo para um 
diagnóstico situacional em unidades hospitalares em uma cidade do interior do sul 
do estado de Goiás. 
 
 
25 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 A Legislação do Transplante no Brasil 
 
A história dos transplantes no mundo é recente, mas pode ser considerada 
uma trajetória de sucesso pelo seu progresso em tão curto prazo (KNOBEL, 2006). 
O primeiro transplante de órgão proveniente de um doador vivo realizado com 
sucesso relatado no mundo ocorreu em Boston nos Estados Unidos, em 1954, 
realizado por Joseph E. Murray e seu colega John Merrill. Foi um transplante de rim 
e entre irmãos gêmeos monozigóticos (LAMB, 2000). No Brasil, os transplantes 
renais tiveram início em 1964 e, posteriormente em 1968, vieram os transplantes de 
coração, fígado, intestino e pâncreas (GARCIA; PESTANA; LANHEZ, 2006). 
A primeira legislação sobre transplante de órgãos e tecidos publicada no 
Brasil foi em 10 de agosto de 1968, a lei nº 5.479 que dispunha sobre a retirada e 
transplante de tecidos, órgãos e partes de cadáver para finalidade terapêutica e 
científica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1968). No entanto, a nação almejava por uma 
legislação mais adequada e satisfatória, e em 1988, a Constituição Brasileira 
apresentou em seu artigo 199, inciso quarto, diretrizes relacionadas ao transplante 
em âmbito nacional. Assim, dispondo não somente sobre a retirada e transplante de 
órgãos e tecidos para fins terapêuticos, mas também da coleta, processamento e 
transfusão de sangue com a mesma finalidade. Também ficou expressamente 
proibido qualquer tipo de comercialização de órgãos, tecidos, seus derivados e 
componentes (SENADO FEDERAL, 1988). 
Em 1992, passou a vigorar a lei nº 8.489, sendo regulamentada 
posteriormente pelo decreto nº 879 de 22 de julho 1993, na qual ficou estabelecido a 
disposição gratuita da retirada e o transplante de tecidos, órgãos ou partes do corpo 
humano, vivo ou morto, para fins terapêuticos, científicos e humanitários (CASA 
CIVIL, 1993). 
Em 1997, ocorre a regulamentação do diagnóstico de ME, através da 
resolução do CFM nº 1.480/97, definindo como a parada de todas as funçõescerebrais, incluindo tronco cerebral, resultante de processo irreversível e de causa 
identificada e certificada (CFM, 1997). Com o propósito de incrementar e melhorar a 
regulamentação do processo de transplantes, foi criada em 4 de fevereiro de 1997 a 
26 
 
 
Lei nº 9.434, Lei dos Transplantes, a qual regulamenta todo o processo de retirada 
de órgãos e tecidos e transplante (ABTO, 2009). 
A partir da Lei nº 9.434/97, define-se as condutas e diretrizes da doação de 
órgãos e tecidos para transplantes, determinando as normas para doação em vida e 
pós morte, bem como as penalidades por sua infração ou não cumprimento. Nessa 
Lei, constava o princípio da doação presumida, ou seja, aqueles indivíduos que não 
tivessem registrado em seu Registro Civil (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação 
(CNH) a expressão “não doador de órgãos e tecidos” poderiam ter seus órgãos e 
tecidos retirados para doação, após diagnóstico concluído de ME, mesmo contra a 
vontade de seus familiares. Posteriormente, esta lei foi regulamentada pelo decreto 
2.268/1997 e constituiu o SNT e suas instâncias em nível estadual e nacional, tendo 
como objetivo aumentar a taxa de órgãos doados (CASA CIVIL, 1997a). 
Os critérios para doação adotados nesta lei, geraram conflitos e polêmicas, 
pois vinham contra os conceitos anteriormente instalados da doação voluntária. 
Essas circustâncias causavam medo na população e criou uma barreira na 
sociedade que enfrentamos até os dias atuais. A doação presumida deixa de existir, 
em 23 de março de 2001 com a publicação da Lei nº 10.211, alterando os critérios 
de doação de órgãos e tecidos para fins de transplante. Cabe a partir dessa Lei 
somente à família o direito de decidir sobre o destino final de órgãos, tecidos e 
partes do corpo do familiar falecido com diagnóstico de morte encefálica (CASA 
CIVIL, 2001). 
As portarias nº 1.752/05 e 1.262/06 destinam-se a fazer cumprir a instalação 
de Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante 
(CIHDOTT) nos hospitais públicos, privados e filantrópicos com mais de oitenta 
leitos. Além disso, aprova o Regulamento Técnico (RT) para determinar atribuições, 
direitos, deveres e parâmetros de eficiência do potencial de doação de órgãos e 
tecidos referentes às CIHDOTT (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). 
Em 21 de outubro de 2009 foi publicada a portaria nº 2.600, aprovando o 
Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, dispondo sobre toda e 
qualquer atividade relacionada ao processo de doação e transplante de órgãos, 
tecidos e células, bem como do funcionamento, gerenciamento e estrutura do SNT 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009a). Ainda em 2009, por meio da portaria nº 2.601 
estabeleceu-se no âmbito do SNT, o Plano Nacional de Implantação de 
Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO). Porém, o Brasil ainda é 
27 
 
 
composto por um sistema misto, no qual alguns estados já trabalham com o sistema 
OPO, mas outros desempenham o seu trabalho de captação de órgãos por meio das 
CIHDOTT (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009b). 
“No estado de Goiás, por exemplo, realizavam-se as captações de 
órgãos e tecidos através das CIHDOTT. Em 2018 foi implantada a 
primeira OPO no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio 
Lage de Siqueira (HUGOL) na capital, Goiânia. Há previsão para 
2019 de instalação de duas OPO, uma no Hospital de Urgências de 
Goiânia (HUGO) e outra no Hospital Estadual de Urgências de 
Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA), em Anápolis” (Relato da 
Coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Goiás – 
Gestão 2019). 
 
Em 2017, a portaria nº 2.600/2009 foi revogada pela portaria de 
consolidação nº 4 de 28 de setembro, caracterizando a consolidação das normas 
sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde (SUS), integrando 
o SNT ao Sistema Nacional de Saúde. Esta portaria tem o como objetivo, 
regulamentar todas as atividades referentes à utilização de células, tecidos, órgãos 
ou partes do corpo para fins de transplante em todo o território nacional 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017b). 
Recentemente, a Lei dos transplantes foi atualizada pelo decreto nº 9.175 de 
18 de outubro de 2017, com a finalidade de regulamentar a distribuição de órgãos, 
tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. 
Fica estabelecido claramente a possibilidade de autorização da doação pelo 
companheiro, equiparando-o ao cônjuge, o que até então não era possível. Também 
regulariza e organiza o setor de transplantes e o SNT, que juntamente ao Ministério 
da Saúde (MS), faz-se encarregado pelo “processo de captação e distribuição de 
órgãos, tecidos e partes do corpo humano, com finalidades terapêuticas” 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017a). 
Ainda em 2017, foi publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) a 
Resolução nº 2.173 estabelecendo e definindo novos critérios para o diagnóstico de 
ME revogando, o que era considerado até então pela Resolução do CFM nº 
1.480/97 (CFM, 2017). 
Em 30 de julho de 2019, foi publicada pelo Conselho Federal de 
Enfermagem a Resolução nº 611/2019 que atualiza e padroniza as funções e 
atribuições da equipe de enfermagem e traz o enfermeiro como protagonista frente 
ao processo de doação de órgãos e tecidos para transplante, o que já ocorria na 
prática (COFEN, 2019). 
28 
 
 
Para aclarar, o Quadro 1 apresenta um resumo da trajetória histórica e 
política do processo de doação e transplante de órgãos e tecidos. 
 
Quadro 1. Trajetória histórica e política do processo de doação e transplante 
de órgãos e tecidos. 
Decretos/Leis/Portarias/Resoluções Descrição 
Lei nº 5.479/1968 Retirada e transplante de tecidos e órgãos para 
finalidade terapêutica e científica. 
Constituição Federal de 1988 Proibição de qualquer tipo de comércio de órgãos, 
tecidos, seus derivados e componentes. 
Resolução nº 1.480/1997 ME - parada irreversível de todas as funções 
cerebrais. 
Lei nº 9.434/1997 Normatiza todo processo de retirada de órgãos e 
tecidos para transplante. 
Decreto 2.268/1997 Instituiu o SNT e suas instâncias. 
Lei nº 10.211/2001 Fim da doação presumida – autorização familiar. 
Portaria de Consolidação nº 
2.600/2009 
Aprova o Regulamento Técnico do Sistema 
Nacional de Transplantes; funcionamento, 
gerenciamento e estrutura do SNT. 
Portaria nº 2.601/2009 Implantação de Organizações de Procura de 
Órgãos e Tecidos (OPO). 
Portaria de Consolidação nº 4/2017 
(revogação da portaria nº 2.600/2009) 
Regulamento Técnico de todas as atividades 
referentes à utilização de células, tecidos, órgãos 
ou partes do corpo para fins de transplante em 
todo o país. 
Decreto nº 9.175/2017 Regulamenta a Lei nº 9.434/97 – possibilitando a 
autorização da doação pelo companheiro, 
equiparando-o ao cônjuge. 
Resolução CFM 2.173/2017 Revoga a Lei nº 1.480/97 estabelecendo novos 
critérios para o diagnóstico de ME. 
Resolução COFEN 611/2019 Atualiza a normatização referente à atuação da 
equipe de enfermagem no processo de doação de 
órgãos e tecidos para transplante. 
 Fonte: Autoria própria. 
 
São esferas que compõem o SNT: o Ministério da Saúde, as Secretarias de 
Saúde dos Estados e do Distrito Federal; as Secretarias de Saúde dos Municípios; 
as Centrais Estaduais de Transplantes (CET); a Central Nacional de Transplantes 
(CNT); as estruturas especializadas integrantes da rede de procura de órgãos, 
tecidos, células e partes do corpo humano para transplantes; as estruturas 
especializadas no processamento para preservação ex situ (fora do corpo) de 
órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para transplantes; os 
estabelecimentos de saúde transplantadores; as equipes especializadas; e a rede de 
serviços auxiliares (CFM, 2017). 
29 
 
 
O SNT desde sua origem dispõe de um sistema, regularizado e 
hierarquizado, que busca desenvolver ações com qualidade, êxito e transparência, a 
fim de prestar um trabalho honesto e de confiabilidade para oscidadãos brasileiros 
(GARCIA et al., 2015). Ademais, o Brasil possui hoje um dos maiores programas 
público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Os regimentos e leis da 
política nacional de transplantes fundamentam-se nos princípios da doação 
espontânea, benevolente e sem custo, buscando ainda descartar qualquer prejuízo 
tanto para os receptores quanto para os doadores (VICTORINO; VENTURA, 2016). 
 
2.2 Notificação, captação e distribuição de órgãos e tecidos 
 
Segundo a gestão nacional do SUS, a lei que estabelece as normas e 
diretrizes para realização de transplantes ou enxertos de órgãos, tecidos ou partes 
do corpo humano é a Lei nº 9434/97. Nela consta toda a regulamentação necessária 
para conduzir os procedimentos de remoção e transplantes, realizados por equipes 
multiprofissionais capacitadas em estabelecimentos de saúde, público ou privados 
(CASA CIVIL, 1997b). 
Para melhor entendimento e compreensão do processo de doação de 
órgãos e tecidos, Westphal et al. (2016), trazem importantes definições: 
a) Possível Potencial Doador (PPD): paciente com lesão neurológica grave e que 
requer ventilação mecânica; 
b) Potencial Doador (PD): paciente no qual iniciou-se o protocolo de morte 
encefálica; 
c) Doador Elegível (DE): paciente com diagnóstico de morte encefálica confirmado, 
sem contraindicação para doação de órgãos e tecidos, com autorização familiar 
para tal, porém, ainda não aconteceu a cirurgia de captação de órgãos e tecidos; 
d) Doador Efetivo: paciente no qual foi iniciado a cirurgia de remoção de órgãos e 
tecidos, mesmo que seus órgãos não sejam transplantados devido às 
intercorrências; 
e) Doador com órgão transplantado: paciente no qual pelo menos um dos seus 
órgãos captados é transplantado; 
f) Doador de múltiplos órgãos: paciente no qual mais de um dos seus órgãos 
captados foi transplantado, não levando em consideração os duplos como rins e 
pulmões. 
30 
 
 
Elencam-se etapas (Quadro 2) que possibilitam compreender com clareza 
os processos que envolvem o reconhecimento do doador em potencial, a cirurgia de 
captação, doação e transplante de órgãos e tecidos. 
 
Quadro 2. Etapas dos processos de captação, doação e transplante de órgãos 
e tecidos. 
Etapas Descrição 
1 Reconhecimento do Possível Potencial Doador; 
2 Avaliação e Manutenção do Possível Potencial Doador; 
3 Confirmação do diagnóstico de ME e comunicação à família do diagnóstico 
de ME; 
4 Comunicação e Notificação a Central Estadual de Transplantes (CET); 
5 Verificação e viabilização do protocolo de ME pela CET; 
6 Realização da Entrevista Familiar; 
7 Autorização da família para doação de órgãos e tecidos para transplante; 
8 Exames laboratoriais-sorologia; 
9 Informações para o Sistema Nacional de Transplantes com os dados do 
doador, fornecidos pela CET; 
10 Seleção dos receptores; 
11 Comunicação com a equipe transplantadora para considerações e análise 
logística; 
12 Aceite estadual e/ou nacional; 
13 Cirurgia de remoção e captação dos órgãos e tecidos; 
14 Entrega do corpo para a família; 
15 Transplante. 
 Fonte: Autoria própria. 
 
A identificação do PD é realizada em sua maioria, em unidades de saúde 
onde os pacientes estão hospitalizados, com protocolo aberto de ME, especialmente 
no pronto socorro e unidade de terapia intensiva. O papel da CIHDOTT é realizar a 
busca ativa (etapa 1) desses pacientes e organizar os estágios que envolvem o 
processo de captação e remoção dos órgãos e tecidos, estabelecendo relação direta 
com as equipes assistenciais atuantes e CET (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017a). 
É necessário notificar a identificação do PD à Central Estadual de 
Transplantes, independente do desejo da família em ser ou não doadora, pois, esta 
notificação tem caráter compulsório e é obrigatória para todos os estabelecimentos 
de saúde. Dessa forma, cabe aos profissionais atuantes assumir este compromisso 
ético de notificar o PD à CET do seu respectivo estado (MATTIA et al., 2010). 
Para iniciar a abertura do protocolo de ME faz-se fundamental que o 
paciente atenda a alguns parâmetros e especificações. Deve estar em estado geral 
gravíssimo, com Escala de Coma de Glasgow 3, em uso de ventilação mecânica 
31 
 
 
(VM) sem movimentos ventilatórios voluntários e causa do coma definido por meio 
de exame diagnóstico por imagem. Considera-se a exclusão de algumas causas 
comumente semelhantes e que podem confundir o diagnóstico de ME. Assim como 
o uso de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central (SNC), distúrbios 
metabólicos graves, hipotermia grave, hipotensão severa e doenças causadoras de 
paralisia motora. Após verificação destes critérios, pode-se iniciar as ações para 
manutenção do PPD (etapa 2) (TANNOUS; YAZBEK; GIUGNI, 2016). 
A fim de confirmação do diagnóstico de ME (etapa 3), são realizados dois 
exames clínicos por dois médicos distintos (que não façam parte da equipe da CET) 
com intervalo entre si, conforme a faixa etária; e um exame complementar, segundo 
estabelecido pela Resolução nº 2.173 (CFM, 2017). 
Durante os exames clínicos deve ser constatado: ausência de atividade 
cortical; ausência de reflexos tronco encefálicos: reatividade supraespinhal, reflexos 
fotomotor, córneo-palpebral, oculocefálico, vestíbulo-calórico e de tosse; resposta 
negativa ao teste de apneia. Vale salientar, que podem ocorrer respostas motoras 
espontâneas (sinal de Lázaro) durante o teste de apneia, porém estes sinais são de 
origem medular e não excluem a comprovação de ME (MARCON et al., 2012; 
WAHLSTER et al., 2015). 
Assim, o Quadro 3 apresenta o intervalo entre a realização do primeiro e o 
segundo exame clínico para diagnóstico de morte encefálica, de acordo com a 
Resolução nº 2.173 do Conselho Federal de Medicina (2017). 
 
Quadro 3. Intervalo segundo faixa etária entre o primeiro e segundo exame 
clínico para diagnóstico de morte encefálica. 
Faixa Etária Intervalo 
07 dias a 2 meses incompletos 24 horas 
02 a 24 meses incompletos 12 horas 
Acima de 02 anos 01 hora 
Fonte: Autoria própria. 
 
O diagnóstico de ME, precisará ser confirmado ainda, por meio de exame 
complementar, podendo ser angiografia cerebral, eletroencefalograma, cintilografia, 
entre outros exames de imagem. O exame deve constatar ausência de fluxo, 
metabolismo ou atividade elétrica cerebral. Este poderá ser realizado a qualquer 
momento a partir do primeiro exame clínico (WIJDIKCS et al. 2010; CFM, 2017). 
32 
 
 
É importante que a família do paciente seja comunicada, a partir do 
momento que se suspeite do diagnóstico de ME, mantendo-os informados e 
esclarecidos de todas as etapas a serem realizadas com o paciente. No momento 
em que a ME for comprovada, esta também deve ser comunicada (etapa 3). Para 
Westin, Mendes e Victorino, (2016), é necessário que a equipe multidisciplinar 
assistencial, compreenda a fisiopatologia da ME, a fim de garantir efetividade no 
gerenciamento desses casos. Ainda, destaca a imprescindível comunicação e 
notificação do caso à CET, assegurando a legalidade e transparência do processo. 
Este procedimento encontra-se disposto e regularizado no décimo terceiro artigo da 
Lei nº 9.434 de 1997 (CASA CIVIL, 1997b). 
A portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017, aponta como 
contraindicações absolutas para doação de órgãos e tecidos: pessoas com sorologia 
positiva para HIV, HTLV I e II; tuberculose em atividade; pessoas com tumores (com 
exceção daqueles primários do Sistema Nervoso Central, carcinoma in situ de útero 
e pele) sepse resistente e infecções virais e fúngicas graves, ou potencialmente 
graves na presença de imunossupressão, exceto as hepatites B e C (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2017b). 
As etapas 4, 5 e 6 ocorrerão após a notificação do diagnóstico de ME à CET, 
a qual fará uma apreciação clínica e laboratorial detalhada a fim de validar o 
diagnóstico de ME. Após isso, é preparada a entrevista familiar, a cargoda 
CIHDOTT, que viabiliza a entrevista e em caso positivo de doação executa o 
preenchimento do Termo de Autorização de Doação de Órgãos (TADO) 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017b). 
O Ministério da Saúde (2017b) dispõe ainda que, mediante autorização 
familiar, o TADO deve ser enviado a CET com o material biológico para sorologia. 
Após resultado, a CET realiza o cadastro do doador no SNT (etapas 7, 8 e 9), 
produzindo informações que cruzam com os dados dos receptores por meio do 
Cadastro Técnico Único. Os órgãos captados pelos doadores são distribuídos de 
acordo com as características clínicas e laboratoriais de compatibilidade e gravidade 
dos receptores, atendendo a logística e organização das equipes captadoras. Os 
órgãos e tecidos são ofertados inicialmente em nível estadual e caso não haja 
receptores adequados e compatíveis, são ofertados em nível nacional por meio do 
SNT (etapas 10, 11 e 12). 
33 
 
 
As CET executam importantes funções durante as etapas do processo de 
identificação e doação de órgãos e tecidos, dispostas no Decreto nº 9.175 de 2017. 
Dentre as quais: gerenciamento das informações dos doadores, coordenação dos 
cadastros técnicos dos receptores; recebimento de notificações e viabilização do 
protocolo de morte encefálica; encaminhamento e as providências quanto ao 
transporte de órgãos e tecidos; notificação à Central Nacional de Transplantes para 
reorganização e redistribuição para outros estados; encaminhamento de relatórios 
anuais ao SNT, informando o desenvolvimento das atividades de transplante em seu 
âmbito de atuação; entre outras (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017a). 
Para o cumprimento da etapa 13, após a confirmação do receptor para o 
órgão disponibilizado, realiza-se a cirurgia de retirada dos órgãos e o encaminha o 
mais breve possível, levando-se em consideração o prazo de isquemia fria de cada 
órgão. Os transplantes de coração e pulmão são os mais urgentes, pois precisam 
ser implantados em até quatro horas. Seguidos de fígado, rins e pâncreas, podendo 
ficar até doze horas em isquemia fria. Vale salientar que a cirurgia de implante dos 
rins pode ser realizada em até trinta e seis horas e as córneas em até sete dias 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017a). 
A etapa 14, é a entrega do corpo aos familiares para celebração fúnebre ao 
término da cirurgia de captação de órgãos, ou ainda ao término da entrevista 
familiar, quando esta é negativa para doação de órgãos e tecidos. Importante 
ressaltar que o óbito é constatado ao término do último exame que constata o 
diagnóstico de ME, sendo preenchido e assinado a Declaração de Óbito 
(TANNOUS; YAZBEK; GIUGNI, 2016). 
De acordo com os princípios estabelecidos na Resolução nº 2.137 de 
dezembro de 2017, fica autorizado nos casos em que a doação não for viável ou 
mediante negativa familiar, suspender o suporte terapêutico artificial ao 
funcionamento dos órgãos. Assim, o corpo será entregue à família ou ao Instituto 
Médico Legal, quando julgar necessário (CFM, 2017). 
Cabe ressaltar que o transplante é uma alternativa terapêutica segura e 
eficiente, caracteriza a última etapa do processo (etapa 15), constitui na maioria das 
vezes a última alternativa de melhora/cura, no tratamento de diversas doenças 
crônicas incuráveis. Além disso, é uma chance de o paciente melhorar sua 
qualidade e aumento da expectativa de vida (ABTO, 2009). 
 
34 
 
 
2.3 O enfermeiro na equipe multiprofissional do processo de Doação e 
Transplantes de Órgãos e Tecidos 
 
Em sua maioria as hospitalizações são resultantes de causas traumáticas e 
ocorrem de maneira impremeditada. Ao longo da internação a família recebe 
informações quanto ao quadro clínico do paciente e seu risco de morte. E estes 
geralmente caracterizam a efetividade da assistência oferecida de acordo com a 
disposição e cuidado no atendimento prestado pelos profissionais de enfermagem 
(FERREIRA et al., 2015). 
Uma boa estrutura das unidades hospitalares, bem como uma boa atuação 
da equipe assistencial é essencial para que os serviços de saúde consigam realizar 
uma manutenção apropriada dos PD de órgãos e tecidos e isto reflete diretamente à 
eficácia e maior índice das taxas de transplante (FREIRE et al., 2015). 
Conforme a Resolução nº 292/2004 do Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN), o enfermeiro compõe a equipe multiprofissional responsável pelo 
processo de procura, doação e transplante de órgãos e tecidos. Dentre suas 
atribuições podemos destacar a comunicação às Centrais de Notificação, Captação 
e Distribuição de Órgãos (CNCDO), a identificação de potenciais doadores na 
unidade hospitalar, entrevista e esclarecimento de informações aos familiares sobre 
o processo de manutenção dos órgãos do potencial doador até a retirada dos 
mesmos, bem como locomoção destes para outras instituições (COFEN, 2004). 
Apesar de desempenhar importante missão em relação ao processo de 
doação e transplante de órgãos, comumente o enfermeiro não adquire qualificação 
necessária para desempenhar tal função. Embora a Associação Brasileira de 
Transplante e Órgãos (ABTO) disponibilize cursos, treinamentos e capacitações no 
Brasil, ainda assim é insatisfatório (SAMPAIO et al, 2017). 
Deste modo, um estudo realizado por Vieira e Nogueira (2015) mostra que 
os profissionais da equipe interdisciplinar atuantes nas etapas referentes à doação e 
transplante de órgãos e tecidos apontam além das lacunas estruturais, a falta de 
conhecimento e a não colaboração da equipe como barreira para atuação no 
desempenho de suas funções. Ressaltando a urgência de educação permanente 
constante nos estabelecimentos hospitalares, principalmente em Unidades de 
Terapia Intensiva (UTI) e emergência. 
35 
 
 
A fim de prestar uma intervenção qualificada e minimizar delitos morais em 
sua assistência, faz-se necessário que o enfermeiro e a equipe interdisciplinar 
assistencial se inteirem dos assuntos legislativos referentes à remoção de órgãos e 
transplantes e compreenda as questões fisiológicas dos sistemas funcionais do 
corpo humano resultantes da ME. Visto que dentre os procedimentos executados 
com o paciente potencial doador o enfermeiro dispõe de importantes atribuições 
(SILVA et al, 2016). 
É de responsabilidade do profissional de enfermagem oferecer cuidado 
apoio e assistência direta ao paciente e seus familiares, conduzir com rapidez e 
eficácia as consequências das emergências fisiopatológicas características da morte 
encefálica, realizar monitoramento hemodinâmico e prestar atendimento 
individualizado tratando o paciente em sua totalidade (CAVALCANTE et al., 2014). 
De acordo com a Resolução nº 611/2019 do COFEN, o enfermeiro deve 
compor a CIHDOOTT, Centrais Estaduais de transplante, organizações de procura 
de córnea e equipes de transplante. Sendo função exclusiva do mesmo elaborar, 
realizar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem 
executados tanto ao doador como ao receptor, assim como a assistência no 
perioperatório. 
A enucleação ocular (para doação de córneas) é permitida ao profissional 
enfermeiro por meio da Resolução Nº 292 do Conselho Federal de Enfermagem, de 
02 de maio de 2004, nela consta que a realização de enucleação do globo ocular é 
permitida desde que o profissional seja tecnicamente capacitado para tal por um 
Banco de Olhos Estadual ou por alguma equipe recomendada pela CET que esteja 
credenciada junto ao SNT/MS (COFEN, 2004). 
Fica privativo ao enfermeiro a responsabilidade de providenciar um local 
calmo e seguro para que ele possa realizar a entrevista familiar, garantindo que os 
familiares saiam esclarecidos sobre o diagnóstico de morte encefálica, permitindo 
que entrem em consenso sobre a decisão para doação (COFEN, 2019). 
É função do enfermeiro desenvolver e participar de pesquisas relacionadas 
com o processo de doação e transplante de órgãos e tecidos, promover medidas e 
ações de educação sobre a temáticavoltadas à comunidade, coordenar programas 
de conscientização dos profissionais e trabalhadores da saúde evidenciando a 
importância da doação e deixando claro a obrigatoriedade de notificação de 
pessoas, com diagnóstico de ME, independente da doação ou não. Ademais, deve 
36 
 
 
promover condições para o aperfeiçoamento e capacitação dos profissionais de 
enfermagem envolvidos com o processo de doação, através de cursos, atualizações, 
estágios e afins (COFEN, 2004; COFEN, 2019). O Quadro 4 apresenta as funções 
específicas privativas ao enfermeiro no processo de doação e transplante de órgãos 
e tecidos. 
 
Quadro 4. Atribuições específicas do enfermeiro diante do processo de doação 
e transplante de órgãos e tecidos. 
Atribuições do Enfermeiro 
• Atuar segundo os aspectos éticos e legais do processo de doação e transplante de 
órgãos e tecidos; 
• Atuar nas questões fisiológicas dos sistemas funcionais resultantes da ME; 
• Realizar avaliação hemodinâmica do potencial doador, orientando à equipe 
multidisciplinar sobre a importância da manutenção hemodinâmica do PD; 
• Prestar atendimento humanizado e individualizado ao paciente e sua família; 
• Realizar busca ativa de potenciais doadores, avaliando o histórico do paciente; 
• Notificar à CET a suspeita ou confirmação da ME; 
• Preencher impressos e documentação necessária; 
• Solicitar avaliação médica quando necessária; 
• Coletar material para realização da triagem sorológica do potencial doador; 
• Realizar a entrevista familiar em um local calmo e seguro; 
• Preparar a caixa térmica para conservação de órgãos; 
• Realizar operação do maquinário para circulação extracorpórea; 
• Realizar a enucleação ocular; 
• Orientar e esclarecer à família acerca do processo e tempo de captação; 
• Entregar o corpo aos familiares; 
• Realizar educação em saúde individual e coletivamente com a equipe 
multidisciplinar; 
• Desenvolver e participar de pesquisas relacionadas com o processo de doação e 
transplante de órgãos e tecidos. 
 Fonte: Autoria própria. 
 
Uma boa atuação do enfermeiro torna o diagnóstico de ME, a identificação 
do potencial doador e a cirurgia de captação mais rápidos e com menos prejuízos 
funcionais aos órgãos (FREIRE et al, 2016). 
 
 
37 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Analisar o conhecimento de profissionais e trabalhadores da saúde sobre 
doação e transplante de órgãos e tecidos. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
 
- Avaliar o conhecimento dos profissionais e trabalhadores da saúde sobre 
doação e transplante de órgãos e tecidos; 
- Descrever a intenção dos profissionais e trabalhadores da saúde em ser 
doador de órgãos e tecidos, segundo variáveis sociodemográficas; 
- Analisar a associação entre a intenção em doar órgãos e tecidos e o 
conhecimento sobre doação e transplante de órgãos e tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
4.1 Delineamento do estudo 
 
Optamos em desempenhar um estudo observacional, transversal e analítico 
com abordagem quantitativa, realizado em dois hospitais regionais em uma cidade 
do interior do sul de Goiás. 
Trata-se, portanto, de uma pesquisa com o propósito de analisar o 
conhecimento dos profissionais e trabalhadores atuantes em duas unidades de 
saúde hospitalar em uma região interiorana sobre doação e transplante de órgãos e 
tecidos. 
 
4.2 Local e contexto de realização do estudo 
 
A investigação foi efetivada em dois hospitais do município de Itumbiara, 
cidade do interior sul do estado de Goiás, sendo um público e o outro privado. 
O município de Itumbiara é o maior exportador do Estado devido à sua 
localização próxima a Minas Gerais e São Paulo, o que garante o escoamento da 
produção agrícola do sudoeste goiano para as regiões Sul e Sudeste. A cidade fica 
em um dos mais importantes entroncamentos rodoviários do país, entre as BR 153 e 
452 e GO 206 e 309, e liga Goiás a todas às demais regiões brasileiras e também 
ao MERCOSUL (Mercado Comum do Sul). Integra a microrregião denominada Meia-
Ponte, formada por 21 municípios e o Pontal do Triângulo Mineiro, formado por seis 
municípios. 
Levando-se em conta sua posição geográfica (Figura 1), Itumbiara recebe 
grande fluxo de pessoas dos municípios adjacentes, principalmente Goiatuba e 
Panamá (ao Norte), Araporã, Centralina, Canápolis e Tupaciguara (ao Sul), Buriti 
Alegre (ao Leste), Bom Jesus, Cachoeira Dourada e Inaciolândia (a Oeste). 
 
 
 
 
 
39 
 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2017. 
 
 Possui 51 estabelecimentos de saúde, sendo 27 privados e 24 públicos, 
incluindo hospitais, prontos-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. O 
município conta com três hospitais gerais, sendo dois privados e um público e possui 
194 leitos para internação (118 leitos – hospital público; 50 leitos – hospital privado; 
26 leitos – hospital privado). Neste estudo participaram duas instituições, uma 
instituição pública e a outra privada. 
O Hospital público é uma instituição mantida pela Secretaria Municipal de 
Saúde de Itumbiara. Foi fundado em 1979 e atende somente pelo SUS. Dispõe de 
118 leitos e conta com atendimento intensivo, emergencial, clínico, cirúrgico, 
obstétrico, pediátrico, neonatal, psiquiátrico e ortopédico. Há ainda salas de 
medicação, sutura, procedimentos, imunização, pequenas cirurgias, salas de 
exames de imagem (raio x, ultrassom e mamografia), ainda o laboratório de análise 
clínica. 
A unidade recebe pacientes encaminhados pela central de regulação do 
município, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiros 
e outros serviços de atendimento móvel pré-hospitalar. A maioria dos pacientes 
procede do próprio município. 
A instituição pública possui uma equipe constituída por médicos, 
enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos de laboratório, técnicos de raio-x, 
Figura 1. Localização de Itumbiara em Goiás. 
40 
 
 
fisioterapeutas, psicólogas, farmacêuticas, serviço social, serviço de higienização e 
limpeza, lavanderia e rouparia, nutrição e dietética, manutenção, vigilância 
patrimonial, central de gases, recepcionistas e trabalhadores da área administrativa. 
O hospital privado está em atividade desde janeiro de 2012. A instituição 
conta com 50 leitos e possui capacidade para atender procedimentos de baixa e 
média complexidade, como urgência e emergência, atendimentos com clínico geral, 
cirurgião geral, ginecologista, obstetra, urologista, cardiologista, pediatra e 
neonatologista. A unidade conta com uma equipe constituída por médicos, 
enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogas, nutricionista, 
farmacêuticos e técnico em segurança do trabalho, de acordo com a Unimed 
Regional Sul de Goiás. 
 
4.3 População Alvo 
 
A população alvo deste estudo foi constituída por 414 (quatrocentos e 
quatorze) pessoas, sendo 197 do hospital público e 217 do hospital privado. Entre 
elas haviam os profissionais que atuam na assistência direta à saúde e 
trabalhadores da equipe auxiliar e administrativa das unidades de saúde. 
Sendo assim, participaram da investigação 250 (duzentos e cinquenta) 
profissionais e trabalhadores da saúde com ensino superior, médio e fundamental. 
Totalizando 60,3% da população de ambos os hospitais, sendo 150 da unidade 
hospitalar pública e os outros 100 da unidade hospitalar privada. 
 
4.4 Critérios de inclusão e exclusão 
 
Os critérios de inclusão foram: ser profissional da unidade hospitalar pública 
ou privada em exercício ativo de suas funções; prestar assistência direta ou indireta 
aos pacientes; possuir mais de seis meses de trabalho com carga horária mínima de 
20 horas por semana e estar presente na unidade durante a aplicação do 
questionário. Foram excluídos da pesquisa 164 participantes, os quais se 
encontravam em licença maternidade, licença prêmio, atestado ou qualquer outromotivo que o levasse a se ausentar do serviço durante o período de coleta de dados. 
41 
 
 
O terceiro hospital privado (26 leitos) citado neste estudo foi excluído desta 
pesquisa por possuir uma baixa quantidade de profissionais e trabalhadores 
atuantes na instituição e por prestar somente atendimento a nível ambulatorial. 
 
4.5 Procedimento para coleta de dados 
 
Primeiramente, foi realizado contato prévio com a gerência da equipe 
assistencial de saúde de cada unidade hospitalar, à qual foi apresentado a Carta de 
Anuência (Apêndice A) ao Secretário Municipal de Saúde e Direção Administrativa 
(hospital público), e Gestão Administrativa e Gerente Administrativo (hospital 
privado). 
Após a concordância, os participantes dos três turnos de trabalho foram 
abordados pessoalmente pela pesquisadora e uma estagiária de enfermagem, para 
apresentar os objetivos da pesquisa. Mediante a concordância em participar, era 
apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cujo era lido e 
assinado pelo participante. 
Posteriormente, foi realizado o preenchimento do questionário 
sociodemográfico (Apêndice C) e por fim, o instrumento de avaliação do 
conhecimento dos profissionais e trabalhadores da saúde sobre o processo de 
doação e transplante de órgãos e tecidos (Anexo A). O preenchimento foi realizado 
pelo próprio participante de forma privativa, respeitando os preceitos da Resolução 
466/2012 do CNS/MS, utilizando equipamento eletrônico do tipo tablet, via online. 
Todo esse procedimento foi acompanhado pela pesquisadora e/ou por estagiária de 
enfermagem devidamente capacitada pela própria pesquisadora. 
 
4.6 Coleta de dados 
 
A coleta de dados ocorreu no período de julho de 2018 a janeiro de 2019. O 
instrumento foi construído utilizando a ferramenta Google Forms®, a qual distribui os 
dados para análise. Foi composto por perguntas referentes ao processo de doação e 
transplante de órgãos e tecidos, conforme proposta de Freire et al., (2015). Para 
análise desta pesquisa foram seguidos os princípios e as leis que regulamentam a 
doação e o transplante de órgãos e tecidos no Brasil, atualizadas recentemente pela 
Resolução nº 2.173/17 CFM. 
42 
 
 
O questionário foi submetido a teste de aplicação para a própria 
pesquisadora a fim de verificar o funcionamento do questionário na ferramenta 
Google Forms (porém, os dados não foram incluídos para análise). Foi aplicado pelo 
GEPACTO durante a I Jornada acadêmica de doação e captação de órgãos e I 
curso introdutório da Liga Doa-Goiás. Os participantes do evento (acadêmicos e 
profissionais da saúde) contaram com um curso de extensão, com duração de dez 
horas, abordando a temática sobre o processo de doação de órgãos e tecidos para 
transplantes. 
A segunda parte do questionário, elaborada por Freire et al., (2015) 
continham 18 questões fechadas de múltipla escolha. Destas, 14 estavam 
relacionadas ao conhecimento dos profissionais e trabalhadores da saúde sobre os 
aspectos éticos e legais da doação e transplante de órgãos e tecidos no Brasil, nas 
quais cada profissional ou trabalhador poderia marcar uma ou mais alternativas, 
consideradas como corretas (Anexo B). Além do conhecimento, as quatro últimas 
questões (subjetivas) abordaram a aceitação dos profissionais e trabalhadores da 
saúde quanto ao processo de doação de órgãos e tecidos e expressam o desejo do 
profissional e trabalhador em ser doador, composto pelos seguintes itens: Você acha 
que quem é transplantado fica completamente curado? Você é doador de órgãos e 
tecidos? Seus familiares sabem sobre o seu desejo? Como você adquiriu o seu 
conhecimento sobre doação e transplante de órgãos e tecidos? 
 
4.7 Variáveis do Estudo 
4.7.1 Variável dependente 
A variável dependente deste estudo foi a intenção dos profissionais e 
trabalhadores da saúde em ser doador de órgãos e tecidos. A intenção de doar foi 
avaliada por meio da pergunta “Você é doador de órgãos e tecidos?”. A variável foi 
classificada em sim (tem intenção de doar) e não (não tem intenção de doar). 
 
4.7.2 Variáveis independentes 
 As variáveis independentes foram as condições sociodemográficas e as 
variáveis relacionadas ao conhecimento dos profissionais e trabalhadores da saúde 
sobre o processo de doação e transplante de órgãos e tecidos. 
43 
 
 
As condições sociodemográficas avaliadas foram: sexo, faixa etária, 
escolaridade, estado civil, renda familiar, possuir filhos e área de atuação 
profissional. Essas variáveis estão descritas no Quadro 5 a seguir. 
Quadro 5. Variáveis de caracterização sociodemográfica e profissional dos 
profissionais da saúde, Itumbiara/GO, 2019. 
Variáveis Estratificação 
Sexo Feminino 
Masculino 
Faixa Etária 18 - 29 anos 
30 - 59 anos 
> 60 anos 
Escolaridade Ensino Fundamental 
Ensino Médio 
Ensino Superior 
Estado Civil Vive com companheiro - casado/união consensual 
Vive sem companheiro - solteiro, viúvo e separado 
legalmente 
Renda familiar Até 2 salários mínimos 
< 2 até 3 salários mínimos 
< 3 até 4 salários mínimos 
> 4 salários mínimos 
Filhos Não 
Sim 
Área de atuação profissional Profissionais da saúde (Assistente social, Biólogo, 
Coordenadora de enfermagem, Enfermeiro(a), 
Estagiária de enfermagem, Farmacêutico(a), Maqueiro, 
Médico(a), Nutricionista, Técnico de enfermagem, 
Técnico em radiologia e Técnico de segurança do 
trabalho). 
 
Trabalhadores da saúde ligados à assistência à saúde 
(Assistente de farmácia, Assistente de laboratório, 
Auxiliar de costura, Auxiliar de farmácia, Auxiliar de 
manutenção, Auxiliar de serviços gerais, 
Porteiro/segurança, Recepcionista, Secretária da 
ortopedia, Servidor(a) público, Telefonista e Vigilante). 
 
Trabalhadores da saúde ligados à área administrativa 
(Analista de compras, Analista de departamento 
pessoal, Assistente de compras, Auxiliar administrativo 
Auxiliar de contas médicas, Auxiliar de recursos 
humanos e Contador(a). 
 
Fonte: Autoria própria. 
 
As variáveis relacionadas ao conhecimento dos profissionais e trabalhadores 
da saúde sobre o processo de doação e transplante de órgãos e tecidos, foram 
definidas a partir do instrumento proposto por Freire et al., (2015), esse continha 18 
44 
 
 
questões fechadas de múltipla escolha. Destas, 14 estavam relacionadas ao 
conhecimento dos profissionais de saúde sobre os aspectos éticos e legais da 
doação e transplante de órgãos e tecidos no Brasil (Anexo B). 
Para cada questão, os participantes da pesquisa poderiam marcar uma ou 
mais alternativas consideradas como corretas. A partir dessas respostas, os 
participantes foram classificados em sim (tem conhecimento) e não (não tem 
conhecimento). A classificação está descrita no Quadro 6 a seguir. 
45 
 
 
Quadro 6. Classificação das respostas certas e erradas do questionário sobre conhecimento de doação e transplante de órgãos e 
tecidos. 
Variável Questão Resposta Classificação 
do 
conhecimento 
1. Obrigatoriedade da doação de 
órgão 
C1. A doação de órgãos e tecidos é 
obrigatória no Brasil? 
( ) Não – não obrigatório Sim 
 ( ) Sim - é obrigatório Não 
2. Critérios para ser doador de 
órgãos e tecidos 
C2. Para ser doador de órgãos e tecidos é 
preciso: (uma opção) 
( ) Comunicar a família ou responsável, pois só 
eles darão a autorização necessária para 
realizar a doação de órgãos e tecidos. 
Sim 
 ( ) Deixar uma declaração registrando ser ou 
não doador. 
( ) Registrar em Registro Geral ou Carteira 
Nacional de Habilitação se você é ou não 
doador. 
( ) Ter um cadastro em instituições 
responsáveis por transplantes. 
( ) Não precisa de nada pois a doação de 
órgãos e tecidos é obrigatória no Brasil. 
Não 
3. Comercialização de órgãos no 
Brasil 
C3. Pode haver a comercialização de 
órgãos no Brasil? 
 
( ) não – não é liberado Sim 
 ( ) sim – é liberado Não 
4. Tipos de doadores de órgãos C4. Quais são os tipos de doadores de 
órgãosque você conhece? (pode marcar 
mais de uma opção) 
( ) vivo 
( ) falecido com o coração batendo 
Sim 
 ( ) falecido com o coração parado 
( ) não sei 
Não 
5. Tipos de doadores de tecidos C5. Quais são os tipos de doadores de 
tecidos que você conhece? (pode marcar 
mais de uma opção) 
( ) vivo 
( ) falecido com o coração batendo 
( ) falecido com o coração parado 
Sim 
46 
 
 
Variável Questão Resposta Classificação 
do 
conhecimento 
 ( ) não sei Não 
6. Tipos de doadores de células C6. Quais são os tipos de doadores de 
células que você conhece? (pode marcar 
mais de uma opção) 
( ) vivo Sim 
 ( ) falecido com o coração batendo 
( ) falecido com o coração parado 
( ) não sei 
Não 
7. Conceito de doador vivo C7. É considerado doador vivo: (uma 
opção) 
( ) qualquer pessoa maior de idade, capacitada, 
que queira doar um órgão para parente ou 
cônjuge. No caso de outra pessoa deve ser por 
autorização judicial 
Sim 
 ( ) qualquer pessoa em vida que queira doar 
um órgão para parente ou amigo; 
( ) qualquer pessoa maior de idade, capacitada, 
que queira doar um órgão para parente ou 
cônjuge; 
( ) não sei 
Não 
8. Conceito de doador falecido 
com o coração batendo 
C8. É considerado doador falecido com o 
coração batendo: (marcar uma opção) 
( ) aquele com diagnóstico confirmado de morte 
encefálica 
Sim 
 ( ) aquele em estado vegetativo permanente; 
( ) aquele se encontra em coma profundo, 
detectado através da escala de Glasgow; 
( ) não sei 
Não 
9. Doador vivo pode doar C9. O doador vivo pode doar:(pode marcar 
mais de uma opção) 
( ) pulmão; ( ) rim; ( ) ossos; 
( ) sangue; ( ) fígado; ( ) medula óssea 
Sim 
 ( ) coração; ( ) vasos; ( ) intestino; ( ) 
pâncreas; ( ) córneas; ( ) pele; ( ) não sei 
Não 
10. Doador falecido com o 
coração batendo, pode doar 
C10. O doador falecido com o coração 
batendo pode doar: (pode marcar mais de 
uma opção) 
( ) coração; ( ) pulmão; ( ) rim; ( ) ossos; ( ) 
fígado; ( ) intestino; ( ) pâncreas; ( ) córneas; 
( ) pele; 
Sim 
47 
 
 
Variável Questão Resposta Classificação 
do 
conhecimento 
 ( ) vasos; ( ) sangue; ( ) medula óssea; ( ) não 
sei 
Não 
11. Doador falecido com o 
coração parado pode doar 
C11. O doador falecido com o coração 
parado pode doar: (pode marcar mais de 
uma opção) 
( ) ossos; ( ) pele; ( ) córneas Sim 
 ( ) coração; ( ) pulmão; ( ) rim; ( ) fígado; ( ) 
intestino; ( ) pâncreas; ( ) vasos; ( ) sangue; 
( ) medula óssea; ( ) não sei 
Não 
12. Conceito de morte encefálica C12. O que é morte encefálica? ( ) quando não existe fluxo sanguíneo para o 
cérebro e ele perde suas funções 
Sim 
 ( ) quando a pessoa está em coma; 
( ) quando todos os órgãos param de funcionar; 
( ) quando o coração para de bater 
Não 
13. Existência do Sistema 
Nacional de Transplantes (SNT) 
C13. Você sabe se no Brasil existe um 
Sistema Nacional de Transplante que 
coordena todas as atividades relativas a 
esse tratamento? 
( ) sim – existe o SNT Sim 
 ( ) não – não existe o SNT Não 
14. Custo do Transplante no 
Brasil 
C14. O transplante no Brasil é: ( ) público e gratuito Sim 
 ( ) particular 
( ) só é feito se o paciente tiver plano de saúde; 
( ) nenhuma das respostas anteriores 
Não 
Fonte: Autoria própria. 
48 
 
 
4.8 Análise dos dados 
 
Os dados foram tabulados no software Microsoft Excel 2016® e foram 
analisados no software STATA, versão 12.0 (STATACORP, 2011). 
A análise descritiva foi realizada utilizando-se frequência absoluta, relativa, 
média e desvio padrão. Para testar associação entre a variável dependente e as 
independentes foi utilizado teste qui-quadrado e/ou teste exato de Fisher, quando 
aplicado, considerando-se um nível de significância estatística de 5% (p valor ≤ 
0,05). 
 
4.9 Procedimentos ético-legais 
 
O estudo faz parte da pesquisa matriz: “O processo de captação e doação 
de órgãos e transplantes”, aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da 
Universidade Federal de Goiás, CAAE: 54589716.1.0000.508, nº do protocolo: 
1.611.567 (Anexo A). 
Para a realização do estudo foram adotadas as normas brasileiras para 
pesquisa com seres humanos, definidas pela Resolução do Ministério da Saúde, 
Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012, sendo utilizado o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice B) para cada participante com 
esclarecimentos pertinentes. A participação dos profissionais foi voluntária, sendo 
garantido o anonimato e concedido o direito de desistir em qualquer momento da 
pesquisa. 
 
49 
 
 
 
5 RESULTADOS 
 
Os dados sociodemográficos (Tabela 1) demonstraram que entre os 250 
participantes dessa pesquisa, 81,2% eram mulheres, a maioria entre 30 a 59 anos 
(67,2%). Ainda, 50,4% afirmaram viver sem companheiro, 92,4% residentes na 
cidade de Itumbiara e 66% possuíam filhos. 
A escolaridade predominante foi ensino médio (50,8%), seguido do ensino 
superior (37,2%). Com relação à renda familiar, 39,2% apontaram média de até dois 
salários mínimos (entre R$ 998,00 e 1.996) e a maioria (71,6%) dos participantes 
apontaram ter um emprego. 
Quanto às categorias profissionais 74,3% eram de profissionais que atuam 
na assistência direta à saúde, 15,6% eram de trabalhadores que auxiliam na 
assistência à saúde e 10,4% eram de trabalhadores da área administrativa. 
 
Tabela 1: Características sociodemográficas dos profissionais e trabalhadores da 
saúde de hospitais de Itumbiara. Itumbiara-GO, Brasil, 2019. 
Variáveis n % 
Sexo 
 Feminino 203 81,2 
 Masculino 47 18,8 
Idade 
 18 a 29 anos 64 25,6 
 30 a 59 anos 169 67,6 
 60 anos ou mais 17 6,8 
Escolaridade 
 Ensino fundamental 30 12,0 
 Ensino médio 127 50,8 
 Ensino superior 93 37,2 
Área profissional 
 Profissionais da assistência direta à saúde 185 74,3 
 Trabalhadores que auxiliam na assistência à 
saúde 
39 15,6 
 Trabalhadores da área administrativa 26 10,4 
Estado civil 
 Vive com companheiro 124 49,6 
 Vive sem companheiro 126 50,4 
Cidade 
 Itumbiara 231 92,4 
 Outras 19 7,6 
Renda familiar mensal1 
 Até 2 salários mínimos 98 39,2 
 < 2 até 3 salários mínimos 65 26,0 
 < 3 até 4 salários mínimos 34 13,6 
 (Continua) 
50 
 
 
Variáveis n % 
 > 4 salários mínimos 53 21,2 
Número de empregos 
 1 179 71,6 
 2 56 22,4 
 3 ou mais 10 4,0 
 Estagiários 05 2,0 
Possui filhos 
 Sim 165 66,0 
 Não 85 34,0 
Fonte: Autoria própria. (Conclusão) 
1 valor do salário mínimo na ocasião da coleta de dados: R$ 954,00. 
 
Quanto às questões relacionadas ao conhecimento observa-se na Tabela 2 
que: a maioria dos participantes (93,2%) respondeu corretamente quanto a não 
obrigatoriedade da doação de órgãos e tecidos no Brasil. Quanto aos 
conhecimentos sobre as condições para ser doador, pouco mais da metade (52,8%) 
acertou afirmando que a família ou responsável autorizam a doação de órgãos, 
enquanto que 28,4% responderam ser necessário constar a frase “Não doador de 
órgãos e tecidos” no documento de identidade ou na Carteira Nacional de 
Habilitação. 
No que diz respeito à comercialização de órgãos, 8,8% apontaram que essa 
prática pode ocorrer no Brasil, enquanto que 6% marcaram a opção “não tenho 
opinião a respeito”. 
Quanto ao conhecimento sobre os tipos de doadores, 26,4% souberam 
conceituar doador vivo, enquanto 86,4% apontaram corretamente o conceito de 
doador falecido com o coração batendo. Sobre a definição de morte encefálica (ME), 
86,4% dos participantes responderam corretamente. 
Sobre o conhecimento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) que 
coordena as atividades relativas ao processo de doação e transplante de órgãos e 
tecidos no Brasil, 30,8% não conheciam. Para 23,2%, a informação sobre doação e 
transplantede órgãos e tecidos ocorreu pelas campanhas informativas televisivas, 
18,4% no curso de graduação ou especialização lato e strictu sensu. 
Quanto à aceitação do processo de doação de órgãos e tecidos, 46,4% 
afirmaram não crer na cura do receptor e 68,8% declararam não ser doador de 
órgãos e tecidos. 
 
 
 (Continuação) 
51 
 
 
Tabela 2: Conhecimento, aceitação e intenção de ser doador dos profissionais e 
trabalhadores da saúde sobre doação e transplante de órgãos e tecidos. Itumbiara-
GO, Brasil, 2019. 
Questões n % 
A doação de órgãos e tecidos é obrigatória no Brasil? 
Não 233 93,2 
Sim 17 6,8 
Para ser doador de órgãos e tecidos é preciso: 
Comunicar à família/ responsável que autorizarão ou não 132 52,8 
Registrar em RG ou Carteira Nacional de Habilitação 71 28,4 
Deixar uma declaração registrando ser ou não doador 36 14,4 
Ter um cadastro em instituições responsáveis por transplantes 10 4,0 
Nada, pois a doação de órgãos e tecidos é obrigatória no Brasil 1 0,4 
Pode haver a comercialização de órgãos no Brasil? 
Não 213 85,2 
Sim 22 8,8 
Não tenho opinião 15 6,0 
É considerado doador vivo: 
Pessoa viva que queira doar a parente ou amigo 88 35,2 
Pessoa maior de idade capacitada, que queira doar órgão para parente ou 
cônjuge 
73 29,2 
Pessoa maior de idade, capaz juridicamente, que queira doar órgão para 
parente ou cônjuge, ou outra pessoa com autorização judicial 
66 26,4 
Não sabe 23 9,2 
É considerado doador falecido com o coração batendo: 
Aquele com diagnóstico confirmado de morte encefálica 216 86,4 
Não sabe 14 5,6 
Pessoa em coma profundo segundo a escala de coma de Glasgow 13 5,2 
Pessoa em estado vegetativo permanente 7 2,8 
O que é morte encefálica? 
Pessoa sem fluxo sanguíneo cerebral e perde as funções 216 86,4 
Pessoa em coma 16 6,4 
Pessoa em que todos os órgãos param de funcionar 13 5,2 
Pessoa que o coração para de bater 5 2,0 
No Brasil existe um Sistema Nacional de Transplante que coordena 
todas as atividades relativas a esse tratamento? 
 
Não 77 30,8 
Sim 173 69,2 
Quem é transplantado fica completamente curado? 
Não 116 46,4 
Sim 99 39,6 
Não sei 35 14,0 
Como você conheceu a doação e transplante de órgãos? 
Campanhas informativas na TV 58 23,2 
Graduação/pós-graduação 46 18,4 
Internet 46 18,4 
Livros/ artigos/pesquisa 38 15,2 
Jornais e revistas 36 14,4 
Família/amigos 26 10,4 
Você é doador de órgãos e tecidos? 
Não 172 68,8 
Sim 78 31,2 
Fonte: Autoria própria. 
52 
 
 
A intenção de doar órgãos e tecidos foi relatada por 31,2% dos 
entrevistados. Na Tabela 3, observa-se que a maior proporção de intenção de doar 
ocorreu: no sexo feminino (34,5%), na faixa etária 18-29 anos (42,1%), nas pessoas 
com ensino superior (44%), naquelas que afirmaram viver sem companheiro 
(32,5%), com renda familiar maior que quatro salários mínimos (41,5%), nas que não 
possuíam filhos (34,1%) e que atuam em áreas administrativas (34,6%). Observou-
se diferenças estatisticamente significantes para as variáveis sexo (p=0,020), 
escolaridade (p=0,002) e renda (0,021). 
 
Tabela 3: Intenção de doar órgãos e tecidos para transplantes segundo variáveis 
sociodemográficas dos profissionais e trabalhadores da saúde. Itumbiara-GO, Brasil, 
2019. 
Variáveis Intenção de Doar Valor p 
Sim 
n (%) 
Não 
n (%) 
Sexo 0,020♦ 
Feminino 70 (34,5) 133 (65,5) 
Masculino 8 (31,2) 39 (82,9) 
Faixa etária 0,087* 
18 - 29 anos 27 (42,1) 37 (57,8) 
30 - 59 anos 46 (27,2) 123 (72,7) 
≥ 60 anos 5 (29,4) 12 (70,5) 
Escolaridade 0,002* 
Ensino Fundamental 5 (16,6) 25 (83,3) 
Ensino Médio 32 (25,2) 95 (74,8) 
Ensino Superior 41 (44,0) 52 (55,9) 
Estado civil 0,645♦ 
Vive com companheiro 37 (29,8) 87 (70,1) 
Vive sem companheiro 41 (32,5) 85 (67,4) 
Renda (em SM) 0,021♦ 
Até 2 20 (20,4) 78 (79,5) 
>2 a 3 22 (33,8) 43 (66,1) 
> 3 a 4 14 (41,1) 20 (58,8) 
> 4 22 (41,5) 31 (58,4) 
Possui Filhos 0,475♦ 
Não 29 (34,1) 56 (65,8) 
Sim 49 (29,7) 116 (70,3) 
Área profissional 0,065♦ 
Administrativa 9 (34,6) 17 (65,3) 
Auxílio na assistência à saúde 6 (15,3) 33 (84,6) 
Assistência direta à saúde 63 (34,2) 121 (65,7) 
*Teste exato de Fisher; ♦Teste Qui-Quadrado 
Fonte: Autoria própria. 
 
53 
 
 
A Tabela 4 apresenta a intenção de doar conforme o conhecimento dos 
participantes. A maior proporção de intenção de doar ocorreu naqueles participantes 
que souberam responder corretamente sobre a não obrigatoriedade da doação no 
país (32,6%), comunicar a família como critério para ser doador (39,3%), a 
comercialização de órgãos (33,8%), quem pode doar tecidos (32,4%), quem pode 
doar células (31,8%), conceito de doador falecido com o coração batendo (35,6), 
conceito de morte encefálica (32,0%) existência do Sistema Nacional de 
Transplantes (36,4%) aceitação da cura do transplantado e aqueles que não 
souberam responder corretamente sobre quem pode doar órgãos (31,8%). Porém, 
diferenças estatisticamente significantes foram observadas para as variáveis avisar 
a família como critério para ser doador (p=0,003), não comercialização de órgãos 
(p=0,033), conceito de doador vivo (p=0,002), conceito de doador falecido com o 
coração batendo (p<0,001) e existência do Sistema Nacional de Transplantes 
(p=0,008). 
 
Tabela 4: Intenção dos profissionais e trabalhadores da saúde em doar órgãos 
e tecidos para transplantes segundo conhecimento sobre doação e 
transplantes de órgãos e tecidos. Itumbiara-GO, Brasil, 2019. 
 
Conhecimento sobre: Intenção de Doar Valor p 
Sim 
n (%) 
Não 
n (%) 
Obrigatoriedade doação de 
órgãos 
 0,073* 
Sim 76 (32,6) 157 (67,3) 
Não 2 (11,7) 15 (88,2) 
Comunicar a família como 
critério para ser doador de 
órgãos 
 0,003♦ 
Sim 52 (39,3) 80 (60,6) 
Não 26 (22,0) 92 (77,9) 
Não comercialização de 
órgãos no Brasil 
 0,033♦ 
Sim 72 (33,8) 141(66,2) 
Não 6 (16,2) 31 (83,7) 
Quem pode doar órgãos 0,876♦ 
Sim 50 (30,8) 112 (69,1) 
Não 28 (31,8) 60 (68,1) 
Quem pode doar tecidos 0,439♦ 
Sim 62 (32,4) 129 (67,5) 
Não 16 (27,1) 43 (72,8) 
Quem pode doar células 0,838♦ 
 (Continua) 
54 
 
 
Conhecimento sobre: Intenção de Doar Valor p 
Sim 
n (%) 
Não 
n (%) 
Sim 36 (31,8) 77 (68,1) 
Não 42 (30,6) 95 (69,3) 
Conceito de doador vivo 0,002♦ 
Sim 11 (16,4) 56 (83,5) 
Não 67 (36,6) 116 (63,3) 
Conceito de doador falecido 
com o coração batendo 
 < 0,001* 
Sim 77 (35,6) 139 (64,3) 
Não 1 (2,9) 33 (97,0) 
Conceito de morte encefálica 0,450♦ 
Sim 69 (32,0) 146 (67,9) 
Não 9 (25,7) 26 (74,2) 
Sistema Nacional de 
Transplantes 
 0,008♦ 
Sim 63 (36,4) 110 (63,5) 
Não 15 (19,4) 62 (80,5) 
Aceita a cura do transplantado 0,556♦ 
Sim 33 (33,3) 66 (66,6) 
Não 45 (29,8) 106 (70,2) 
*Teste exato de Fisher; ♦Teste Qui-Quadrado 
Fonte: Autoria própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (Continuação) 
 (Conclusão) 
55 
 
 
6 DISCUSSÃO 
 
Baseado nos achados deste estudo foi possível evidenciar que grande 
parcela dos profissionais da saúde (68,8%) declarou não possuir intenção de doar 
órgãos e tecidos. No Brasil, o único estudo encontrado sobre a intenção de doar 
órgãos em profissionais desenvolvido em Curitiba, sul do Brasil, mostraram 
resultados divergentes do presente trabalho, haja vista que 74,6% dos participantes 
relataram intenção de doar órgãos e tecidos. 
Essas divergências encontradas podem ser atribuídas à concretização de 
políticas de doação de órgãos, divergentes entre os Estados de Goiás e Paraná. O 
Paraná possui um Plano Estadual de Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos 
amplamente desenvolvido visando a excelência dos serviços prestados pela Central 
Estadual de Transplantes por meio das Organizações de Procura de Órgãos (OPO). 
Dessa maneira, a estrutura, gestão e atuação eficiente fazem do Paraná 
líder nacional em doação de órgãos, sendo a média de doação por milhão de 
população do estado maior que a média do país (ABTO, 2019b). Assim, a estruturaorganizacional pode motivar mais os profissionais a serem doadores de órgãos, do 
que em outras regiões do Brasil. 
A mudança de cultura dos profissionais e trabalhadores da saúde é 
fundamental no estado de Goiás, principalmente nos municípios interioranos, a fim 
de eliminar paradigmas equivocados sobre morte encefálica e doação e transplantes 
de órgãos e tecidos, possibilitando a reversão da recusa para doação. 
Não foram encontradas pesquisas sobre os fatores que influenciam a 
intenção de doar órgãos em profissionais de saúde, alguns trabalhos tem avaliado a 
intenção de doar com familiares de doadores. 
Vale ressaltar que o estudo qualitativo realizado por Moraes e Massarollo 
(2009) em famílias de potenciais doadores em São Paulo indicou que os principais 
motivos para recusa da doação foram: crença religiosa, espera de um milagre, 
compreensão insuficiente do diagnóstico de morte encefálica (ME), crença na 
reversão do quadro clínico do paciente, não aceitação da manipulação do corpo, 
medo da reação familiar, inadequação da informação, ausência de confirmação da 
ME, desconfiança na assistência, medo do comércio de órgãos e desejo do paciente 
falecido manifestado em vida de não ser um doador de órgãos. 
56 
 
 
Outro estudo realizado por Felix e Santos (2015) no estado de Goiás, em 
Valparaíso, citou a falta de confiança no sistema de saúde brasileiro como uma das 
causas que levam a população a não doarem e desacreditarem nos procedimentos 
relacionados ao processo de doação e transplante de órgãos e tecidos. 
Espera-se que a intenção de doar órgãos por profissionais e trabalhadores 
da saúde seja maior que a população geral, pois por atuar na área de saúde que lida 
com cuidado, com o sofrimento em lidar com as doenças, os profissionais sejam 
mais sensibilizados em relação à doação de órgãos. 
Tendo em vista a baixa intenção de doar órgãos por profissionais de saúde 
encontrada nesse trabalho, e considerando que os profissionais estão lidando 
continuamente com situações de cuidados que os sensibilizam para a doação, é 
preciso incentivar a qualificação sobre essa importância, tanto no sentido de 
aumentar a intenção de doar, como para que os mesmos sejam multiplicadores de 
informações sobre o processo de doação de órgãos. 
Por outro lado, muitas pessoas podem ter conhecimento sobre as questões 
relacionadas ao processo de doação e transplante, e ainda assim, não concordar em 
doar, por princípios éticos, morais e valores que os impedem de decidir em ser ou 
não doador de órgãos e tecidos. 
De forma geral, os trabalhadores e profissionais apresentaram pouco 
conhecimento sobre os seguintes aspectos do processo de doação: comunicar a 
família como critério para ser doador, comercialização de órgãos no país e conceito 
de doador vivo. Ainda que em baixa proporção, exatamente 8,8%, os profissionais e 
trabalhadores deste estudo não sabem sobre a proibição da comercialização de 
órgãos no Brasil. A desconfiança no sistema brasileiro, pode ser explicada pelo fato 
da família e até mesmo dos profissionais/trabalhadores associarem o diagnóstico de 
ME ou sua antecipação para induzir a doação, buscando efetivar o comércio de 
órgãos (ALMEIDA; BUENO; BALDISSERA, 2015). 
Estas crenças perduram também em outros países, visto que estudos 
realizados no Japão e na França apontam que a carência da efetivação dos 
transplantes com órgãos obtidos de doadores cadáveres se dá pela falta de 
confiança da população no sistema médico japonês e francês (CANTAROVICH; 
2005; KIUCHI; TANAKA, 2003). Esses dados justificam a baixa taxa de doação de 
órgãos e tecidos pelos colaboradores deste estudo. A crença na comercialização de 
órgãos ainda persiste na mente da população em geral, inclusive pode estar nos 
57 
 
 
profissionais e trabalhadores da saúde não capacitados e que não possuem 
conhecimento sobre a legislação vigente que coordena todo Sistema Nacional de 
Transplantes (SNT). 
Em pesquisa qualitativa realizada por Bousso et al. (2011) com famílias de 
pacientes doentes em São Paulo, revelou que muito mais do que uma forma de 
enfrentar as dificuldades e sofrimentos a que são submetidos ao longo da vida, a 
religiosidade é vista por muitos como uma promessa de ressurreição mesmo após a 
morte. Sendo essa, portanto, uma causa apontada pela população como um critério 
de recusa para doação de órgãos e tecidos. 
No entanto, podemos destacar que até então no Brasil, nenhuma religião 
adotou uma conduta em desfavor à doação de órgãos e tecidos para transplantes 
(IBGE, 2010; COSTA, 2010). Dessa maneira, permite inferir que a população geral 
usa a religiosidade e sua crença culturalmente adotada ao longo dos anos para ter 
um motivo para justificar sua recusa para doação de órgãos e tecidos. 
Por conseguinte, a compreensão insuficiente do diagnóstico de ME 
apontado como motivo de recusa familiar para doação pode ser explicada pelo fato 
de grande parte da população associar a vida à presença de batimentos cardíacos e 
movimentos respiratórios, porém, atualmente o conceito de morte não pode ser 
restrito a esse fato, visto que com a ME é possível comprovar que as funções vitais 
podem ser mantidas mesmo com ausência de atividade cerebral (FREIRE et al., 
2012; FREIRE et al., 2014). 
Esse desconhecimento não se aplica apenas a população, mas também aos 
profissionais e trabalhadores da saúde que desconhecem as legislações vigentes 
referentes ao processo de doação e transplante de órgãos e tecidos, e apresentam 
dificuldades na realização dos procedimentos para manutenção do suporte 
hemodinâmico do doador em potencial (GOMES et al., 2018). Percebe-se que o 
conceito de ME deve ser melhor compreendido, sobretudo pelos profissionais e 
trabalhadores da saúde, uma vez que não se pode restringir a vida apenas às 
funções cardíacas e pulmonares. 
 Em estudo exploratório com abordagem qualitativa de Fernandes, 
Bittencourt e Boin (2015) realizado com famílias residentes em Campinas/SP 
apontou que geralmente a família do potencial doador aceita a perda do seu ente 
querido. Entretanto, demonstram insegurança e desconfiança quanto ao diagnóstico 
de ME, acreditando na reversão do quadro clínico, dificultando o sim para a doação. 
58 
 
 
Outro motivo apontado como recusa para a doação é a não aceitação da 
manipulação do corpo. Os familiares não enxergam a doação como um ato cirúrgico, 
mas sim como um ato de mutilação capaz de denegrir a integridade física do corpo 
de seu ente querido. Para a família, este ato é um desrespeito e descuidado com o 
paciente e eles acabam negando a doação acreditando que ver o corpo do paciente 
violado trará ainda mais dor e sofrimento (MORAES; MASSAROLLO, 2009; 
CAJADO; FRANCO, 2016). 
Almeida (2012) relata a importância da ética, eficácia e comprometimento da 
atuação da equipe multidisciplinar que presta assistência ao paciente doador em 
potencial, esclarecendo e explicando aos familiares todos os exames e 
procedimentos que serão realizados antes, durante e após a doação, com a 
intenção de evitar concepções mal interpretadas. 
É necessário que os profissionais de saúde sejam capacitados e 
compreendam o processo de captação de órgãos e tecidos para que possam 
orientar a família do paciente com diagnóstico de ME. Isso pode ser feito durante a 
entrevista para a possibilidade da doação, explicando que a cirurgia de retirada de 
órgãos e tecidos é um procedimento cirúrgico como qualquer outro e que a 
integridade física e visual do paciente é respeitada. 
De acordo com os resultados desta investigação, os profissionais e 
trabalhadores da saúde do sexo feminino apresentaram associação significativa 
para doação. Grau de escolaridade e renda familiar também apresentaram 
associação significativa na intenção de doar órgãos. 
Uma pesquisa transversal realizada por Bedenko et al. (2016) em Curitiba 
corrobora com os achados deste estudo, ao apontarque o sexo feminino também 
apresentou associação para intenção doar órgãos e tecidos. Kawamoto (2001) cita 
que a prevalência do sexo feminino pode ser explicada, pois, por muitos anos a 
enfermagem foi exercida de maneira empírica por freiras, mães e religiosas. A 
feminização é uma característica acentuada em cerca de 70% das profissões da 
área da saúde, especialmente a enfermagem (MACHADO; VIEIRA; OLIVERA, 
2012). 
Referente à intenção de doar com o grau de escolaridade e a renda familiar 
dos participantes, Bedenko e colaboradores (2016) não relatam associação 
significativa. É evidente que a falta de informação e desconhecimento sobre o 
59 
 
 
processo de doação e transplante de órgãos e tecidos afeta de maneira negativa a 
escolha pessoal para a doação. 
Toda população deste estudo afirmou já ter recebido algum tipo de 
informação sobre a doação e transplante de órgãos e tecidos, sendo que a maioria 
apontou a televisão como principal fonte. Uma pesquisa quantitativa realizada por 
Felix e Santos (2015) com a população de Valparaíso/GO cita que 80% dos 
participantes também apontaram a televisão como principal fonte de informação dos 
meios de comunicação. Logo, nos evidencia a necessidade de melhoria das 
campanhas educativas, ampliação da temática em questão nas campanhas políticas 
de atenção à saúde e inserção da temática nos diversos níveis de educação, 
principalmente nos cursos de graduação e especialização na área da saúde. 
Um estudo transversal realizado em Karachi, Paquistão, indicou que apenas 
25,8% da população pesquisada possuía conhecimento a respeito do processo de 
doação e transplante de órgãos. Embora com conhecimento insuficiente sobre a 
temática, encontrou-se nesses indivíduos atitude positiva em relação à doação de 
órgãos (75,2%). Ainda, a televisão foi apontada como uma fonte popular de 
informação sobre o tema entre 27% dos pesquisados (KHALID et al., 2019). 
Ao contrário da população de Karachi, uma pesquisa transversal com 850 
profissionais de saúde no sudoeste da Nigéria, demonstrou que apesar da maioria 
dos participantes (82,5%) possuírem conhecimento desejável sobre doação de 
órgãos, apenas 29,5% estariam dispostos a doar e 39,4% aconselhariam potenciais 
doadores de órgãos (OLUYOMBO et al., 2016). Assim nos permite inferir uma 
disparidade no conhecimento sobre doação de órgãos e intenção de doar entre os 
profissionais de saúde e população geral. 
De maneira análoga, um trabalho no oeste da China com 1589 estudantes 
cursando o segundo ano de artes, literatura, ciências, engenharia, direito, educação 
e medicina de cinco universidades, apontou que os participantes da pesquisa são 
mais bem informados com o conhecimento relacionado à doação de órgãos. Estes 
são mais positivos em relação à doação e morte de órgãos e possuem maior 
intenção em doar, quando comparados com o público em geral (LEI et al., 2018). 
Estudo realizado com 2000 pessoas da população geral de Marrocos 
identificou baixo a médio nível de conhecimento sobre doação e transplante de 
órgãos entre 62,35 dos pesquisados e cerca da metade (48,8%) apontaram recusa 
para doação. A preocupação com o risco de erro médico no diagnóstico de ME e a 
60 
 
 
crença no comércio de órgãos foram os principais motivos de recusa, observados 
em 66% e 62% dos entrevistados, respectivamente (El HANGOUCHE et al.,2018). 
Na Índia, foram analisados 480 estudantes de Medicina sobre 
conhecimentos, atitudes e práticas em relação à doação de órgãos, e identificado 
baixo domínio da temática. Apontando a necessidade de mudanças urgentes no 
currículo médico para melhor educar os futuros médicos a fim de melhorar o 
programa de transplantes de doadores falecidos no país (DARLINGTON; ANITHA; 
JOSEPH, 2019). 
Outra investigação em Maharashtra Ocidental na Índia com 169 estudantes 
cursando o último ano de Medicina revelou que existe uma lacuna de conhecimento 
entre os pesquisados em relação à doação de órgãos e há uma necessidade 
urgente de abordar esse conhecimento buscando aumentar a taxa de doação de 
órgãos nacionalmente (SINDHU et al., 2017). 
É necessário inserir e ampliar a abordagem sobre a temática: doação e 
transplante de órgãos e tecidos na educação, seja por meio de cursos, palestras, 
aulas ou capacitações (FREIRE et al., 2016). Vale ressaltar que as informações 
disseminadas pelos meios de comunicação em massa fortalecem as suposições e 
concepções populares repletas de medos, crenças e desinformações sobre os 
procedimentos relacionados aos transplantes no Brasil e no mundo (MORAIS; 
MORAIS, 2012). 
Em pesquisa realizada em uma universidade da Irlanda do Norte com 100 
estudantes de enfermagem, com aplicação de pré e pós-teste para verificar o 
impacto de um programa de estudo no conhecimento, atitude e comportamento 
envolvendo dois conjuntos de dados transversais na mesma população, demonstrou 
que o conhecimento dos participantes melhorou ao longo do treinamento formal 
sobre doação de órgãos (MCGLADE; PIERSCIONEK, 2013). Quanto ao 
conhecimento sobre comunicar a família como critério para ser doador de órgãos 
houve associação significativa para intenção de doar dos profissionais da saúde. 
Silva et al. (2016) descreveram em estudo que, embora a doação seja vista 
por muitos como um gesto de solidariedade e compaixão ao próximo, ela só é 
possível mediante a autorização e consentimento familiar conforme estabelecido 
desde 2001 na Lei nº 10.211 (CASA CIVIL, 2001). Conhecer a vontade do doador 
manifestada em vida intervém positivamente na efetivação da doação, pois a família 
tende a respeitá-la (MARINHO; CONCEIÇÃO; SILVA, 2018). 
61 
 
 
A publicação dessa Lei põe fim a doação presumida anteriormente adotada, 
da qual o brasileiro era considerado doador a menos que manifestasse sua negativa 
para doação registrando em sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Carteira 
de Identidade a expressão: “Não doador de órgãos e tecidos”. 
Um trabalho realizado em Tessália na Grécia com alunos de graduação em 
Ciências da Saúde (estudantes de Medicina, Enfermagem e laboratório de Medicina) 
para avaliar conhecimentos, atitudes e preocupações em relação à doação de 
órgãos, com questões relacionadas à recente legislação adotada de consentimento 
presumido, mostra que os entrevistados tiveram maior probabilidade de recusar a 
remoção de órgãos após a morte. Desse modo, nos permite inferir uma consciência 
limitada em relação ao sistema de doação de órgãos recentemente reformado no 
país (SYMVOULAKIS et al., 2014). 
No Brasil, a doação vai além do desejo pessoal, é preciso manifestar esta 
vontade em vida aos familiares, pois somente eles poderão autorizar ou não a 
doação de órgãos. Conforme Decreto 9.175 de 18 de outubro de 2017 a doação de 
órgãos, tecidos e parte do corpo do potencial doador de órgãos só ocorrerá 
mediante autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, até segundo grau, com 
termo específico de autorização assinado por duas testemunhas presentes à 
verificação da morte (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017b). 
O desejo da doação expressado em vida viabiliza que a vontade do 
potencial doador seja respeitada e causa satisfação aos familiares por cumprir o 
último desejo do seu ente querido manifestado em vida (SILVA; GATTO, 2011). 
Quanto ao conceito de doador falecido com o coração batendo, aquele com 
diagnóstico confirmado de ME, houve associação significativa com a intenção de 
doar dos profissionais e trabalhadores deste estudo que souberam responder 
corretamente. Em contrapartida, quando questionados sobre a definição do que é 
um doador vivo, houve associação significativa para a intenção de doar naqueles 
participantes que não souberam conceituar corretamente. 
 Na Etiópia, um estudo transversal realizado com 296 profissionais da saúde 
do centro médico da Universidade Jimma demonstrou que 78,8% dos pesquisados 
possuíam conhecimento adequado sobrea doação de órgãos pós-morte (ME), e, 
39,5% dos participantes manifestaram desejo de doar órgãos e tecidos (GERBI et 
al., 2019). 
62 
 
 
 Na Universidade Saolta, 64% dos profissionais de saúde estudados tinham 
conhecimento sobre doação após morte encefálica. No entanto, a pesquisa aponta 
uma falta de conhecimento geral sobre doação e transplante de órgãos, 
principalmente entre os profissionais que não atuam em unidades de terapia 
intensiva (UMANA et al., 2018). 
Em investigação transversal e quantitativa realizada por Freire et al., (2016) 
com docentes de uma instituição federal de ensino no nordeste do Brasil, apontou 
que 100% dos participantes de sua pesquisa souberam conceituar corretamente o 
conceito de doador falecido com o coração batendo e pouco mais da metade 
(52,3%) souberam conceituar sobre o conceito de doador vivo. 
O estudo qualitativo de Meneses, Castelli e Júnior (2018) realizado no 
Distrito Federal com profissionais das OPO e Comissão Intra Hospitalar de Doação 
de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) atuantes, apontou que 60% dos 
participantes souberam identificar quando o paciente pode ser diagnosticado com 
ME, sendo considerado um possível potencial doador falecido com coração batendo. 
Essa compreensão da população geral e especialmente dos profissionais da 
saúde possibilita o cumprimento da legislação vigente quanto ao diagnóstico de ME, 
favorecendo a sustentabilidade do sistema de saúde, uma vez que a identificação e 
diagnóstico precoce diminui gastos, disponibiliza leitos, acolhe e ampara a família 
que, geralmente encontra-se angustiada e apreensiva para saber do resultado dos 
procedimentos realizados para confirmação da ME. 
Sobre o SNT, houve associação significativa para a intenção de doar dos 
profissionais e trabalhadores deste estudo que responderam saber da existência do 
sistema. O SNT é hoje o maior sistema público de transplantes do mundo, realiza 
cerca de 96% das cirurgias de transplantes e oferece assistência integral ao 
paciente transplantado desde os exames pré-operatórios à assistência pós 
transplante. Esse sistema existe desde 1997, com a publicação da Lei nº 9.434 
conhecida como Lei dos Transplantes e Decreto nº 2.268 que instituiu o sistema a 
nível nacional. Em 2009, a portaria nº 2.600 foi publicada aprovando e 
estabelecendo a regulamentação técnica para melhor funcionamento do sistema. 
Recentemente, em 2017, por meio do Decreto 9.175, essas leis e portarias foram 
atualizadas para melhoria da estrutura, atribuições e atuação do sistema. 
 
 
63 
 
 
7 CONCLUSÕES 
 
O sexo feminino foi predominante entre os participantes da pesquisa, assim 
como a faixa etária entre 30 e 59 anos. A maior parte dos participantes afirmou viver 
com companheiro e residentes em Itumbiara. O nível de escolaridade foi o ensino 
médio, seguido do ensino superior completo. Quanto à área de atuação predominou 
a assistência direta a saúde, o número de empregos um e a renda mensal de um a 
dois salários mínimos. 
A maior parte dos participantes demonstrou ter conhecimento a respeito 
sobre a não obrigatoriedade da doação, não comercialização de órgãos e tecidos no 
país, doador falecido com coração batendo, doador falecido com coração parado e 
conceito de ME. Os participantes não demonstraram conhecimento sobre o conceito 
de doador vivo. 
Poucos profissionais afirmaram intenção de doação. Houve associação para 
a intenção de doar no sexo feminino, nos participantes com maior escolaridade 
(ensino superior) e naqueles que afirmaram renda mensal maior (> 4 salários 
mínimos). 
Quanto às variáveis relacionadas ao conhecimento, houve associação para 
a intenção de doar nos participantes que souberam responder corretamente sobre 
avisar a família como critério para ser doador, não comercialização de órgãos e 
tecidos no país, conceito de doador falecido com o coração batendo, existência do 
Sistema Nacional de Transplantes e naqueles participantes que não souberam 
responder o conceito de doador vivo. 
Embora a doação de órgãos e tecidos seja um tema presente no cotidiano 
atual, ainda é pouco compreendido pela população geral e pelos profissionais e 
trabalhadores da saúde em consequência de diversos motivos e paradigmas 
culturalmente arrastados por anos citados ao longo deste estudo. 
Fica evidente a necessidade de aumentar a conscientização junto à 
implementação de programas educacionais entre os profissionais de saúde sobre 
doação e transplante de órgãos. 
 
 
 
64 
 
 
8 CONSIDERAÇÕES TRANSLACIONAIS 
 
Embora o objetivo da pesquisa fosse avaliar o conhecimento e a intenção de 
doação de órgãos e tecidos dos profissionais e trabalhadores da saúde das duas 
unidades hospitalares do interior do sul goiano, cinco meses após o início da 
aplicação do questionário, a enfermeira pesquisadora teve a oportunidade de 
participar como protagonista do primeiro protocolo de morte encefálica e primeira 
captação de órgãos ocorrido no município de Itumbiara. 
 O diagnóstico de ME e o processo de doação (manifestado voluntariamente 
pela família o desejo de doar) foi a princípio, inviabilizado por estar situado a 200 
quilômetros da capital, Goiânia, e não possuir estrutura para tais procedimentos. 
Inconformada, a família procurou o serviço social, que por sua vez, fez referência à 
pesquisa em desenvolvimento colocando a família em contato. 
 A partir disso, houve o contato com a Central Estadual de Transplantes (CET) 
de Goiás e juntos iniciaram uma jornada buscando realizar o primeiro protocolo de 
ME da cidade. Sob orientação da CET, a enfermeira estabeleceu uma atitude 
proativa e informou a equipe sobre aspectos legais do protocolo de ME e processo 
de doação e captação de órgãos no Brasil. 
 O protocolo de ME foi concluído e a cirurgia de captação dos órgãos 
planejada para dez de novembro, das 11h:30min às 13h:30min, pela equipe 
captadora da CET de Goiás, em parceria com a equipe multidisciplinar da unidade 
hospitalar pública e enfermeira pesquisadora (Figura 2). Foram captados os dois rins 
e as duas córneas e encaminhados à Goiânia, que conta com equipes ativas nas 
duas especialidades. A captação do fígado foi inviabilizada devido ao longo tempo 
de chegada da equipe de captação do receptor compatível, o coração da doadora 
apresentou cardiopatia ao eletrocardiograma, e os pulmões pela PO2 insuficiente 
para protocolo de doação. Após a captação, o corpo da doadora foi entregue a sua 
família para celebração fúnebre. 
 
 
65 
 
 
Figura 2. Enfermeira pesquisadora com a equipe multidisciplinar da unidade 
hospitalar e equipe captadora da CET de Goiás, Itumbiara/GO, 2018. 
Fonte: Autoria própria 
 Outro resultado oriundo desta pesquisa foi a realização da primeira 
Capacitação em Diagnóstico de Morte Encefálica atendendo a Resolução do CFM 
2.173/2017, promovida pela Central Estadual de Transplantes – Goiás, em parceria 
com a enfermeira pesquisadora. A capacitação contou com a participação de 
profissionais da saúde de ambas as unidades (pública e privada) e objetivou a 
capacitação e atualização profissional sobre o protocolo de ME e processo de 
doação e transplante de órgãos e tecidos no Brasil. A Figura 3 apresenta a 
enfermeira pesquisadora com a equipe da CET de Goiás e profissionais e 
trabalhadores da saúde de ambas as unidades que participaram da capacitação. 
 
 
 
66 
 
 
Figura 3. Capacitação em Diagnóstico de Morte Encefálica atendendo a 
Resolução do CFM 2.173/2017, Itumbiara 2019. 
Fonte: Autoria própria 
 
Não poderia deixar de relatar que o conhecimento e a experiência que 
adquiri realizando essa pesquisa e tendo a oportunidade de contribuir e participar do 
primeiro protocolo de morte encefálica e primeira captação de órgãos e tecidos 
ocorrido em Itumbiara/Goiás vai muito além de qualquer outra experiência 
profissional que pude vivenciar. Foi evidente que só pude contribuirpara a 
realização do protocolo e posterior captação por ter conhecimento, habilidade e 
capacitação técnica (Capacitação junto a CET de Goiás). 
Deve ser ressaltado que cabe ao profissional da saúde, atualizar seus 
conhecimentos, participar de capacitações e realizar uma melhor abordagem 
durante a assistência prestada aos pacientes e familiares, visando estabelecer uma 
relação de confiança, a fim de uma maior credibilidade no trabalho executado e no 
sistema de saúde, o qual este profissional representa por sua competência. 
67 
 
 
Fica evidente a necessidade de melhorar as atividades de educação 
permanente, capacitação e atualização profissional nos estabelecimentos de saúde, 
sobretudo em cidades interioranas. As campanhas promovidas pelo governo sobre a 
temática precisam ser voltadas também para os profissionais e trabalhadores da 
saúde e não somente para a população geral como vem ocorrendo. 
Faz-se necessário a inserção da temática nos diversos componentes 
curriculares, desde o ensino fundamental até a matriz curriculares dos diversos 
cursos de graduação da área da saúde. Assim como a realização de novas 
pesquisas e estudos sobre o tema envolvendo profissionais e trabalhadores da 
saúde, objetivando dessa maneira, o aumento do diagnóstico e notificação de ME, 
conduta e assistência multidisciplinar eficaz, consequentemente, reversão da 
intenção de doar, gerando aumento dos índices de potenciais doadores e doadores 
efetivos. 
68 
 
 
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Ministério da Saúde. Decreto nº 9.175, de 18 de outubro de 2017a. Revoga o 
Decreto n. 2.268 de 30 de junho de 1997. Regulamenta a Lei nº 9.434, de 4 de 
fevereiro de 1997, para tratar da disposição de órgãos, tecidos, células e partes do 
corpo humano para fins de transplante e tratamento. Brasília (Brasil): Ministério da 
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9 APÊNDICES 
 
Apêndice A – Carta de Anuência para autorização de pesquisa 
 
 
 
 
 
80 
 
 
 
81 
 
 
Apêndice B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 
 
Prezado senhor (a), 
Você está sendo convidado para participar, como voluntário, em uma 
pesquisa. Meu nome é Regiane Aparecida dos Santos Soares Barreto e sou a 
pesquisadora responsável. Este documento irá lhe fornecer informações importantes 
sobre o estudo. Por favor, leia as instruções abaixo atentamente e, em caso de 
dúvidas, esclareça-as junto à equipe, para decidir se participa ou não. No caso de 
aceitar fazer parte do mesmo, assine ao final deste documento, que está disponível 
em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Se ainda 
permanecer dúvidas, você poderá entrar em contato com o responsável (62) 98302-
0450 e em caso de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta pesquisa, 
você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade 
Federal de Goiás, no telefone: 3521-1215. O estudo faz parte da pesquisa: “O 
processo de captação e doação de órgãos e transplantes”. Foi submetido ao Comitê 
de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Goiás em 28 de junho de 
2016 e foi aprovado com parecer consubstanciado número: 54589716.1.0000.508 - 
CAAE, em 28 de junho de 2016 respondendo aos princípios éticos vigentes. 
Título da pesquisa: Conhecimento dos profissionais da saúde sobre o processo de 
doação de órgãos e tecidos. 
Objetivo da pesquisa: Analisar o conhecimento dos profissionais da saúde em 
unidades hospitalares no interior do Sul Goiano, sobre o processo de doação de 
órgãos e tecidos; avaliar o conhecimento entre as diferentes classes profissionais 
das unidades hospitalares; identificar a aceitação dos profissionais quanto ao 
processo de doação de órgãos e tecidos. 
Condução do estudo: Você será orientado sobre a importância, objetivos, ausência 
de riscos e benefícios da participação neste estudo. Seu nome não será divulgado, 
mantendo assim o seu anonimato. Você terá garantia de sigilo e direito de retirar seu 
consentimento a qualquer tempo, sem qualquer tipo de punição ou constrangimento. 
Sua participação será única, por um período aproximado de 30 min, no qual 
responderá ao instrumento de coleta de dados online na presença da pesquisadora 
Anaian Carla Vieira Calixto contendo perguntas sobre características 
sociodemográficas e sobre questões envolvendo o tema doação e transplante de 
órgãos e tecidos. Em caso de dúvida ao responder alguma das questões do 
instrumento, o entrevistador fará os devidos esclarecimentos. 
Riscos: Informamos que você não sofrerá riscos, prejuízos ou danos de qualquer 
natureza. 
Benefícios: Os benefícios diretos com a participação neste estudo incluem o 
fornecimento de informações que permitirão aos pesquisadores conhecer a 
realidade interna das instituições, em prol de mudanças futuras em melhoria da 
mesma. O resultado da pesquisa pode despertar o interesse em outros hospitais 
propensos a gerar possíveis doadores, aumentando assim os indicadores e 
consequentemente a taxa de transplantes não somente no estado, mas no país. 
Confidencialidade e período de participação: Sua participação se dará apenas no 
período da entrevista. Se você consentir em participar do mesmo,as informações 
obtidas serão registradas em formulário próprio e serão mantidas em maior sigilo por 
82 
 
 
todo o período. Portanto, seu nome não constará nos formulários, registros ou 
publicações. Ainda, você tem liberdade de retirar seu consentimento a qualquer 
tempo. 
 
CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO DA 
PESQUISA 
Eu,_____________________________________,RG/CPF/____________________
______, concordo em participar do estudo, sob a responsabilidade da Prof.ª Dra. 
Regiane Aparecida dos S. S. Barreto. Fui devidamente informado e esclarecido pela 
pesquisadora Anaian Carla Vieira Calixto dos procedimentos envolvidos, dos 
possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi me garantido 
que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a 
qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento/ assistência. 
Local e 
data:_______________________________________________________________ 
 
Nome e Assinatura do sujeito ou responsável: 
___________________________________________________________________ 
 
Nome e assinatura do Pesquisador Responsável: 
___________________________________________________________________ 
 
83 
 
 
Apêndice C – Instrumento de Coleta de Dados 
 
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO 
1. Iniciais do nome: ________________________________________________ 
 
2. Qual seu gênero?  Masculino  Feminino 
 
3. Em qual categoria está incluso a sua idade?  Menor que 18 anos 
 De 18 a 59 anos 
 60 anos ou mais 
 
4. Qual seu nível de escolaridade? 
 Sem escolaridade  Ensino médio incompleto 
 Ensino médio completo  Ensino superior incompleto 
 Ensino superior completo  Pós graduação latu-sensu 
 Pós graduação stricto-sensu (mestrado) 
 Pós graduação stricto-sensu (doutorado)  Outros. Especifique:______________ 
 
5. Assinale a alternativa que indica sua cor/raça:  Branca  Preta  
Parda  Amarela  Indígena 
 Outros. Especifique:_____________ 
 
6. Qual o seu estado civíl?  Solteiro (a)  Casado (a) 
 Viúvo (a)  Separação legal 
 Outros. Especifique:_____________ 
 
7. Qual cidade você mora?  Itumbiara  Araporã 
 Centralina  Goiatuba 
 Outros. Especifique:_____________ 
 
8. Qual a renda familiar mensal? 
 Menor que 1 salário mínimo  De 1 a 2 salários mínimos 
 De 2 a 3 salários mínimos  De 3 a 4 salários mínimos 
 Maior que 4 salários mínimos 
 
9. Quantas pessoas contribuem na renda familiar mensal? 
 Uma  Duas  Três  Mais de três 
 
10. Quantos empregos você possui? 
 Um  Dois  Três  Mais de três 
 
11. Você possui filhos? 
 Sim  Não 
 
12. Se sim, quantos? 
 Um  Dois  Três  Mais de três
84 
 
 
ANEXOS 
 
Anexo A – Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa 
 
 
 
85 
 
 
 
 
86 
 
 
 
 
87 
 
 
 
88 
 
 
 
Anexo B – Instrumento de Coleta de Dados (Parte II) 
 
Pesquisa sobre Conhecimento dos Profissionais acerca do processo 
de doação e transplante de órgãos e tecidos 
Instruções 
Esta pesquisa solicita sua opinião sobre o processo de doação e transplante 
de órgãos e tecidos, tomará cerca de 10 a 15 minutos de seu tempo para ser 
preenchida. 
Se não quiser responder uma questão, ou se uma pergunta não se aplicar a 
você, pode deixá-la em branco. 
 
"A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos 
a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no 
tratamento de outras pessoas." 
 
"O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na 
reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente, por outro órgão ou 
tecido saudável." 
 
 
C1 A doação de órgãos e tecidos é obrigatória no Brasil? 
1.( ) Sim 
2.( ) Não 
 
C2 Para ser doador de órgãos e tecidos é preciso:(uma opção) 
1.( ) Deixar uma declaração registrando ser ou não doador. 
2.( ) Registrar em Registro Geral ou Carteira Nacional de Habilitação se você é ou não 
doador. 
3.( ) Ter um cadastro em instituições responsáveis por transplantes. 
4.( ) Não precisa de nada pois a doação de órgãos e tecidos é obrigatória no Brasil. 
5.( ) Comunicar à família ou ao responsável, pois são eles que darão a autorização 
necessária para realizar a doação de órgãos e tecidos. 
 
C3 Pode haver a comercialização de órgãos no Brasil? 
1.( ) Sim 
2.( ) Não 
3.( ) Não sei 
 
C4 Quais são os tipos de doadores de órgãos que você conhece? (pode marcar 
mais de uma opção) 
1.( ) Vivo 4.( ) Outros 
2.( ) Falecido com o coração batendo 5.( ) Não sei 
3.( ) Falecido com o coração parado 
 
C5 Quais são os tipos de doadores de tecidos que você conhece? (pode marcar 
mais de uma opção) 
1.( ) Vivo 4.( ) Outros 
89 
 
 
2.( ) Falecido com o coração batendo 5.( ) Não sei 
3.( ) Falecido com o coração parado 
 
C6 Quais são os tipos de doadores de células que você conhece? (pode marcar 
mais de uma opção) 
1.( ) Vivo 4.( ) Outros 
2.( ) Falecido com o coração batendo 5.( ) Não sei 
3.( ) Falecido com o coração parado 
 
C7 É considerado doador vivo: (uma opção) 
1.( ) Qualquer pessoa em vida que queira doar um órgão para um parente ou amigo 
2.( ) Qualquer pessoa maior de idade, capacitada, que queira doar um órgão para 
parente ou cônjuge 
3.( ) Qualquer pessoa maior de idade, capacitada, que queira doar um órgão para parente ou 
cônjuge. No caso de outra pessoa deve ser por autorização judicial 
4.( ) Não sei 
 
C8 É considerado doador falecido com o coração batendo: (marcar uma 
opção) 
1.( ) aquele com diagnóstico confirmado de morte encefálica. 
2.( ) aquele em estado vegetativo permanente 
3.( ) aquele que se encontra em coma profundo, detectado através da escala de coma de 
Glasgow 
4.( ) Não sei 
 
C9 O doador vivo pode doar:(pode marcar mais de uma opção) 
1.( ) Coração 8.( ) Intestino 
2.( ) Pulmão 9.( ) Pâncreas 
3.( ) Rim 10.( ) Córneas 
4.( ) Vasos 11.( ) Pele 
5.( ) Ossos 12.( ) Medula óssea 
6.( ) Sangue 13.( ) Não sei 
7.( ) Fígado 
 
C10 O doador falecido com o coração batendo pode doar: (pode marcar mais 
de uma opção) 
1.( )Coração 8.( ) Intestino 
2.( ) Pulmão 9.( ) Pâncreas 
3.( ) Rim 10.( ) Córneas 
4.( ) Vasos 11.( ) Pele 
5.( ) Ossos 12.( ) Medula óssea 
6.( ) Sangue 13.( ) Não sei 
7.( ) Fígado 
 
C11 O doador falecido com o coração parado pode doar: (pode marcar mais 
de uma opção) 
1.( ) Coração 8.( ) Intestino 
2.( ) Pulmão 9.( ) Pâncreas 
90 
 
 
3.( ) Rim 10.( ) Córneas 
4.( ) Vasos 11.( ) Pele 
5.( ) Ossos 12.( ) Medula óssea 
6.( ) Sangue 13.( ) Não sei 
7.( ) Fígado 
 
C12 O que é morte encefálica? 
1.( ) É quando a pessoa está em coma 
2.( ) É quando não existe fluxo sanguíneo para o cérebro e ele perde suas funções 
3.( ) É quando todos os órgãos param de funcionar 
4.( ) É quando o coração para de bater 
 
C13 Você sabe se no Brasil existe um Sistema Nacional de Transplante que 
coordena todas as atividades relativas a esse tratamento? 
1.( ) Sim 
2.( ) Não 
 
C14 O transplante no Brasil é: 
1.( ) Público e gratuito 
2.( ) Particular 
3.( ) Só é feito se o paciente tiver plano de saúde 
4.( ) Nenhuma das respostas anteriores 
 
C15 Você acha que quem é transplantado fica completamente curado? 
1.( ) Sim 
2.( ) Não 
3.( ) Não sei 
 
C16 Assinale como você adquiriu seu conhecimento sobre doação e 
transplante de órgãos e tecidos 
1.( ) Internet 
2.( ) Jornais e revistas 
3.( ) Graduação/Pós-Graduação 
4.( ) Campanhas informativas da TV 
5.( ) Família/Amigos 
6.( ) Livros/Artigos/Pesquisa 
7.( ) Outros. Especifique______________ 
 
C17 Você é doador de órgãos e tecidos? 
1.( ) Sim 
2. ( ) Não 
 
C18 Sua família sabe de seu desejo? 
1.( )Sim 
2.( )Não

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