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Professora Analéia Gomes Circuitos Elétricos Professora Analéia Gomes Circuitos Elétricos U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos Definições: • Circuito elétrico: é conceituado como o conjunto de n fontes e cargas (dispositivos elétricos) interconectados (THOMAS; ROSA; TOUSSAINT, 2011; SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). • Ramo: é denominado como a representação de um único elemento, podendo ser uma fonte de tensão ou um resistor, por exemplo (ALEXANDER; SADIKU, 2013). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos Definições: • Nó: é designado como um ponto ou uma junção elétrica entre dois ou mais elementos de um ramo (THOMAS; ROSA; TOUSSAINT, 2011; ALEXANDER; SADIKU, 2013). • Laço ou loop: é definido como qualquer caminho fechado em um circuito elétrico (THOMAS; ROSA; TOUSSAINT, 2011; ALEXANDER; SADIKU, 2013). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm Em 1826, o físico alemão George Simon Ohm estabeleceu a relação entre tensão, corrente e resistência em um circuito, denominada de Lei de Ohm (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). A partir das informações obtidas por meio dessa lei foi possível definir que a tensão (V) sobre um resistor (R) é diretamente proporcional à corrente (I) percorrida nesse mesmo elemento, podendo ser representada por: � ∝ � U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm Ademais, Ohm definiu a constante de proporcionalidade para um resistor como: � � � · � Em que: V: tensão medida em volts (V); I: corrente medida em ampères (A); R: resistência medida em ohms (Ω). Podendo, ainda, ser deduzida a equação em: � � �� � � � � � U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm É possível, ainda, definir a potência dissipada por um resistor, em termos das seguintes equações: � � · � � �².R P � �² U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm É importante destacar que, para considerar os conceitos analisados anteriormente, é necessário verificar o sentido da corrente (I) e a polaridade da tensão (V), devendo elas estarem de acordo com o sinal passivo (convenção), conforme ilustrado na Figura 1.3 (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm Podemos verificar que, se a corrente fluir do maior para o menor potencial, será obtido: � � � · � Em contrapartida, se a corrente fluir do menor potencial para o maior, será adquirido: � � �� · � U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm Outra análise importante a se realizar, tratando de circuitos resistivos, é a averiguação dos valores extremos que um resistor pode possuir. Como esse elemento pode apresentar valores entre zero (0) e infinito (∞), serão verificados dois casos em questão, sendo: (1) valor do resistor igual a zero (R = 0) = curto-circuito E (2) valor do resistor igual a infinito (R = ∞ ) = circuito aberto. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm A tensão e a resistência para o caso (1) possuem valor zero, porém a corrente pode possuir qualquer valor. Dessa forma, temos que: � � � · � = 0 U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I – Lei de Ohm A corrente possui valor igual a zero (0), porém a tensão pode possuir qualquer valor. Dessa forma, temos que: I = lim →� � � 0 U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos I - Lei de Ohm É importante enfatizarmos a diferença entre curto-circuito e circuito aberto. É conceituado como curto-circuito um elemento do circuito com resistência próxima a zero (consequentemente, tensão próxima a zero). Já o circuito aberto é conceituado dessa forma quando possui um elemento do circuito com resistência próxima a infinito (consequentemente, corrente próxima a zero). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos II – Leis de Kirchhoff As Leis de Kirchhoff, elaboradas pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff, podem ser divididas em duas, sendo: • Lei de Kirchhoff das correntes, conhecida como LKC, ou lei dos nós; E • Lei de Kirchhoff das tensões, nomeada também de LKT, ou lei das malhas. Essas leis complementam a Lei de Ohm, sendo, dessa forma, ferramentas de análise essenciais para o estudo de circuitos elétricos. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos II – Leis de Kirchhoff Lei de Kirchhoff das correntes A Lei de Kirchhoff das correntes baseia-se na lei de conservação de carga, a qual define que a soma algébrica das cargas dentro de um sistema não muda (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). Portanto, a LKC estabelece que a soma algébrica das correntes que entram em um nó é igual a zero (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). Temos, então: � � �� � �� � �� � �� � … � �� � 0 U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos II – Leis de Kirchhoff Lei de Kirchhoff das correntes É possível representar o conceito da LKC Neste caso: �� � �� � �� U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos II – Leis de Kirchhoff Lei de Kirchhoff das tensões A Lei de Kirchhoff das tensões baseia-se no princípio da conservação de energia em um sistema elétrico. Partindo desse pressuposto, esse princípio indica que a soma algébrica das diferenças de potencial ao longo de um circuito deve ser igual a zero (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). Logo, a LKT estabelece que a soma algébrica de todas as tensões ao longo de um loop (laço ou caminho fechado) deve ser igual a zero.� � �� � �� � �� � �� � … � �� � 0 U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos II – Leis de Kirchhoff Lei de Kirchhoff das tensões � �� � 0 � � � Em que: N: número de tensões em um caminho fechado; Vi: i-ésima tensão. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos II – Leis de Kirchhoff Lei de Kirchhoff das tensões É possível representar o conceito da LKT Neste caso: ��� � �� � �� � 0 U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes Compreendendo as leis básicas apresentadas, é possível analisar tanto circuitos elétricos com fontes independentes (circuitos analisados até o momento) quanto circuitos elétricos com fontes dependentes. É importante destacar que o valor da fonte dependente (de tensão ou corrente) será proporcional à tensão ou corrente do circuito em estudo (SADIKU; ALEXANDER; MUSA, 2014). Em relação à análise dessas fontes dependentes, podemos dispor de quatro tipos: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes • Fonte de tensão controlada por tensão: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes • Fonte de corrente controlada por tensão: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes • Fonte de tensão controlada por corrente: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes • Fonte de corrente controlada por corrente: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes Exemplo: Qual é o valor da fonte dependente de tensão 4Vx? U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes Exemplo: Qual é o valor da fonte dependente de tensão 4Vx? Pela LKT: �20 � 5 · �� � 4 · �$ � 0Sendo que: 5 · �� � �$ U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.1 Leis de circuitos III – Análise de circuitos com fontes dependentes Exemplo: Qual é o valor da fonte dependente de tensão 4Vx? Dessa forma, temos que: �20 � �$ � 4 · �$ � 05 · �$ � 20�$ � 4� Sendo que: 4 · �$ � 16� U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Superposição: O Teorema de Superposição é uma consequência do princípio da linearidade. A partir dele, em um circuito linear contendo duas ou mais fontes independentes, conseguimos calcular, em qualquer ponto do circuito, a corrente ou a tensão, bastando, para isso, realizar uma soma algébrica das contribuições individuais de cada fonte atuando sozinha. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Superposição: Considerar os efeitos de cada fonte de forma independente exige que as demais fontes sejam removidas e substituídas sem afetar o resultado final. Para removermos uma fonte de tensão ao aplicar esse teorema, a diferença de potencial entre os terminais dessa fonte deve ser ajustada em zero (curto-circuito). Já para removermos uma fonte de corrente, a exigência é que seus terminais sejam abertos (circuito aberto), como ilustrado na Figura 1.13. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema da Superposição: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema da Superposição: Resumindo: no Teorema de Superposição, para encontrar o efeito de uma determinada fonte no circuito, as demais fontes precisam ser substituídas da seguinte maneira: a) Se for uma fonte de tensão: substituir por um curto-circuito. b) Se for uma fonte de corrente: substituir por um circuito aberto. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema da Superposição: Para ilustrar melhor o Teorema de Superposição, considere o mesmo circuito da Figura 1.13, com v = 12 V, R1=16 Ω , R2=8Ω e i = 6A. Encontre o valor de VR2 no circuito usando o teorema da Superposição. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema da Thèvenin: O Teorema de Thévenin afirma que é possível simplificar qualquer circuito linear, independente de quão complexo, em um circuito equivalente com apenas uma única fonte de tensão em série com uma resistência, conectados em série a uma resistência denominada resistência de carga, geralmente variável. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Thèvenin U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Thèvenin Usando o Teorema de Thévenin, o circuito pode, então, ser representado simplesmente como mostrado na Figura 1.17: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Thèvenin O Teorema de Thévenin facilita toda a análise devido à simplificação do circuito, porém, para transformar um circuito complexo em seu equivalente Thévenin, precisamos seguir estes passos: 1. Substituímos a resistência de carga por um circuito aberto. 2. Calculamos a tensão entre os terminais desse circuito aberto. Essa será a tensão equivalente Thévenin (VTh). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Thèvenin O Teorema de Thévenin facilita toda a análise devido à simplificação do circuito, porém, para transformar um circuito complexo em seu equivalente Thévenin, precisamos seguir estes passos: 3. Ainda sem o resistor de carga, substituímos todas as fontes de corrente por um circuito aberto e todas as fontes de tensão por um curto-circuito (similar ao que vimos no Teorema de Superposição). Calculamos, então, a resistência equivalente desse circuito, que será a resistência de Thévenin (RT h ). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Thèvenin Considere o circuito da Figura 1.16, porém agora assuma VFonte =15V, R 1 = 2 kΩ , R 2 = 1 kΩ , R 3 = 1 kΩ e R 4 = 1 kΩ . U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton O Teorema de Norton afirma que qualquer circuito linear contendo várias fontes e resistências pode ser substituído por uma única fonte de corrente constante em paralelo com um único resistor e ambos em paralelo com uma resistência de carga. Ao considerarmos o mesmo circuito da Figura 1.13, mas agora aplicando o Teorema de Norton, obtemos o circuito da Figura 1.20: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton Assim como no Teorema de Thévenin, precisamos seguir algumas etapas para encontrar o circuito equivalente, sendo elas: 1. Para encontrarmos a corrente da fonte de Norton (INorton), substituímos o resistor de carga do circuito original por um curto-circuito (atente-se: esse passo é exatamente o oposto do que ocorre no Teorema de Thévenin, no qual substituímos o resistor de carga por um circuito aberto). Depois, calculamos a corrente que atravessa esse curto-circuito, a qual é a de Norton. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton Assim como no Teorema de Thévenin, precisamos seguir algumas etapas para encontrar o circuito equivalente, sendo elas: 2. Para calcular a resistência de Norton (RNorton), realizamos o mesmo procedimento usado para calcular a resistência de Thévenin, isto é, substituímos todas as fontes de tensão por um curto-circuito e fontes de corrente por um circuito aberto. Depois, calculamos a resistência equivalente entre os terminais de conexão em aberto, ou seja, entre “A” e “B” (terminais em que a resistência de carga está originalmente conectada). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton Uma vez que os teoremas de Thévenin e Norton são dois métodos igualmente válidos para reduzir um circuito complexo para algo mais simples de ser analisado, deve haver alguma maneira de converter um circuito equivalente Thévenin para um circuito equivalente Norton, e vice-versa. De fato, existe e o procedimento é simples. O processo para calcular Rnorton é o mesmo para calcular RThèvenin U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton Considerando o fato de que ambos os circuitos equivalentes de Thévenin e Norton se destinam a fornecer a mesma tensão e corrente ao mesmo resistor de carga e que esses dois circuitos equivalentes foram derivados do mesmo circuito, então devem se comportar de forma idêntica. Assim, podemos dizer que a tensão de Thévenin é igual à corrente de Norton multiplicada pela resistência de Norton, obedecendo à Lei de Ohm: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.2 - Teorema de circuitos elétricos Teorema de Norton Por outro lado, se quisermos calcular a corrente de Norton através da tensão e resistência de Thévenin, também é possível: Analisando essas duas equações, concluímos, então, que RTh= RNorton U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência O Teorema de Máxima Transferência de Potência é outro método extremamente útil de análise de circuitos, definindo a condição sob a qual a potência máxima é transferida da fonte para a carga. A rigor, o teorema afirma que “A potência máxima será transferida da fonte para a carga quando a resistência de carga for igual à resistência interna da fonte” (ALEXANDER; SADIKU, 2013, p. 133.). U1 - Leise teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Impedância: Representa uma oposição que um componente, circuito ou sistema eletrônico oferece à corrente elétrica alternada e/ou contínua. É uma quantidade vetorial (bidimensional), consistindo em dois fenômenos escalares independentes (unidimensionais): resistência e reatância (capacitiva ou indutiva, como veremos em futuras unidades). U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Consideremos o sistema elétrico com carga mostrado na Figura 1.26. Vamos, agora, determinar o valor da resistência de carga de modo a fornecer a potência máxima à carga. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Basicamente, para encontrar essa condição, podemos utilizar técnicas de malha ou corrente nodal, obter uma expressão para a potência absorvida pela carga e, em seguida, utilizar o cálculo diferencial para encontrar a expressão de máxima potência, ou seja, derivar a equação em relação à resistência de carga e igualar a zero. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência No caso de um sistema complexo, podemos encontrar a máxima transferência de potência com o uso do circuito equivalente de Thévenin. Agora, substituiremos a parte do sistema elétrico que consideramos complexa pelo circuito equivalente de Thévenin, como mostrado na Figura 1.27. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Qual é a corrente que flui na carga? U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Qual é a corrente que flui na carga? U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Qual é a potência exigida pela carga? U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Qual é a potência exigida pela carga? U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Substitua a equação da corrente I na equação da potência exigida pela carga: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Substitua a equação da corrente I na equação da potência exigida pela carga: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência É importante notar na equação que Rcarga é a única variável, portanto, a condição para a máxima potência entregue à carga é determinada pela diferenciação da potência de carga em relação à resistência de carga com o resultado igualado a zero. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Esta é a condição para a máxima transferência de potência, ou seja, indica que a potência fornecida à carga será máxima quando a resistência de carga Rcarga coincidir com a resistência de Thévenin RTh do sistema. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Sob essa condição, a máxima transferência de potência para a carga é dada por: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Para calcular a máxima transferência de potência: 1. Remova a resistência de carga do circuito. 2. Encontre a tensão de Thévenin VTh do circuito de origem. 3. Encontre a resistência de Thévenin RTH do circuito de origem. 4. De acordo com o teorema, o valor RTh deverá ser igual à resistência de carga do circuito, ou seja, RTh = Rcarga . 5. A Máxima Transferência de Potência é dada por: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Devemos lembrar que esse teorema resulta em transferência de potência máxima, mas não necessariamente em uma eficiência máxima. Se a resistência de carga for menor que a resistência da fonte, a potência entregue à carga é reduzida, enquanto a maior parcela é dissipada na fonte, fazendo com que a eficiência seja baixa. Vamos calcular a eficiência sob a condição de máxima transferência de potência. Considere a potência de entrada, ou potência da fonte como sendo: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Sabendo que eficiência é a relação entre a potência de saída (carga) pela potência de entrada, temos que: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Sabendo que eficiência é a relação entre a potência de saída (carga) pela potência de entrada, temos que: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Devido à eficiência de 50%, a máxima transferência de potência nem sempre é desejável. No sistema de transmissão de energia, por exemplo, a maior ênfase é dada para manter as quedas de tensão e as perdas da linha a um valor mínimo, e, portanto, o funcionamento do sistema de transmissão de energia, operando com capacidade de transmissão de potência em massa, torna-se não econômico se ele operar com apenas 50% de eficiência. Assim, no sistema de transmissão de energia elétrica, o critério de máxima transferência de potência raramente é usado. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Exemplo: Calcule a máxima transferência de potência no circuito a seguir: U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema de Substituição A tensão em qualquer ramo ou a corrente através desse ramo de um circuito, sendo conhecida, o ramo pode ser substituído pela combinação de vários elementos que resultarão na mesma tensão e corrente através desse ramo. Em outras palavras, o Teorema de Substituição diz que, para equivalência de ramificação, a tensão e corrente do terminal devem ser iguais. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema de Substituição U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema de Substituição U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema de Substituição Vamos, agora, utilizar o Teorema da Substituição e substituir o ramo AB por um equivalente, ou seja, a substituição deve manter os valores da tensão e corrente entre AB iguais ao que havia no ramo inicialmente, 15V e 3A, respectivamente. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema de Substituição U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema da Substituição De maneira simples, podemos utilizar algumas etapas para resolver um circuito usando o Teorema da Substituição, sendo elas: 1. Obtenha a tensão e a corrente do ramo que se deseja substituir. 2. O ramo pode ser substituído por uma fonte de tensão independente. 3. Da mesma forma, o ramo pode ser substituído por uma fonte de corrente independente. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema da Reciprocidade Um circuito com apenas uma fonte de tensão, se essa fonte estiver em um determinado ramo A e provocar uma corrente no ramo B, ao mover a fonte do ramo A para o ramo B, uma mesma corrente, que antes estava no ramo B, será provocada no ramo A, como mostrado na Figura 1.32. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema da Reciprocidade I( � )*+,- � �.)��,�012� � 0,4118A � � �� · 3030 � 5 � 0,4118 · 30 30 · 5 � 0,3536 �78 � 20 � 5 · 3030 � 5 � 24,2857� → IT = 0,4118A I = 0,353A U1- Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema da Reciprocidade I( � )*+,- � �.)�2� � 0,5882A � � �� · 3030 � 20 � 0,5882 · 30 30 � 20 � 0,3536 �78 � 5 � 20 · 3030 � 20 � 17� → IT = 0,4118A I = 0,353A I = 0,353A U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema da Reciprocidade Passo 1 - Em primeiro lugar, selecione os ramos entre os quais a reciprocidade deve ser estabelecida. Passo 2 - A corrente no ramo é obtida usando qualquer método convencional de análise de rede. Passo 3 - A fonte de tensão é trocada entre o ramo selecionado. Passo 4 - A corrente no ramo onde a fonte de tensão estava existindo anteriormente é calculada. Passo 5 - Agora, é visto que a corrente obtida na ligação anterior, isto é, no passo 2 e a corrente que é calculada quando a fonte é permutada, isto é, no passo 4, são idênticas uma à outra. U1 - Leis e teoremas de circuitos elétricos Seção 1.3 - Teorema de Máxima Transferência de Potência Teorema da Reciprocidade A limitação desse teorema é que ele é aplicável somente em circuitos de fonte única, e não em circuitos com múltiplas fontes. Além disso, o Teorema de Reciprocidade somente pode ser aplicado se o circuito for linear, apresentando apenas resistências, indutores, capacitores e circuitos acoplados. Professora Analéia Gomes Circuitos Elétricos U2 - Métodos de análise de circuitos U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Segundo Sadiku e Alexander (2013), a análise nodal, ou método do nó-tensão, fornece um procedimento genérico para análise de circuitos elétricos usando tensões nodais como variáveis de circuitos. A vantagem de escolher as tensões nodais em vez de tensões de elementos como as variáveis do sistema dar-se pela redução do número de equações que se deve resolver simultaneamente. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Conceitualmente, um nó é um ponto no qual dois ou mais elementos de circuitos se juntam, ou em outras palavras, os nós de um circuito são os lugares nos quais os elementos são ligados entre si. É habitual, nas representações dos circuitos elétricos, simbolizar os elementos na horizontal ou vertical e ligá-los por retas que representam os fios; já os nós são representados como pontos, como mostra a Figura 2.1, em que os nós do circuito são determinados pelos pontos a, b e c. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Para análise nodal de um circuito elétrico, devemos determinar qual será nosso nó de referência. Essa escolha é arbitrária, ou seja, qualquer nó do circuito pode ser escolhido como nó de referência. Normalmente, este é escolhido na parte inferior da representação do circuito. Na Figura 2.1, o nó c foi escolhido como nó de referência, mas quaisquer dos outros dois pontos também poderiam ter sido escolhidos como nó de referência. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal O nó de referência é comumente chamado de terra (GND) e possui um potencial nulo. Esse tipo de nó é representado pelos símbolos ilustrados na Figura 2.2. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal A tensão em qualquer nó do circuito em relação ao nó de referência é chamada de tensão de nó. Logo, assim que escolhemos um nó de referência, atribuímos designações de tensão aos nós que não são de referência, ou seja, denominamos as tensões de nó. As tensões nos nós da Figura 2.1 podem ser representadas como vac e vbc , porém, frequentemente, ignoramos o índice c e chamamos as tensões de va e vb . Note que a tensão de nó no nó terra é vcc = vc = 0V . U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Tensão de nó, ou tensão nodal, é um termo especial para uma tensão medida a partir de um ponto em relação ao terra (ou GND). Para análise completa de um circuito com n nós, são necessárias n-1 equações. Uma forma de se obter essas equações é aplicar a Lei de Kirchhorf das Correntes (LKC) a todos os nós, exceto ao nó de referência. Após aplicação dessa lei, devemos utilizar a Lei de Ohm para expressar as correntes desconhecidas em termos das tensões nodais. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Em um resistor, a corrente convencional flui de um potencial maior para um potencial menor, logo a corrente que passa por esse elemento pode ser dada pela expressão: � � �:;�<= � �:7�<=� Dessa forma, as variáveis desconhecidas das equações de nó são as tensões de nó do circuito. Para obtermos os valores dessas variáveis, podemos utilizar quaisquer das técnicas de solução de sistemas lineares, como a regra de Cramer, substituição, subtração, entre outras. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Para determinação das tensões nodais, devemos realizar as seguintes etapas: 1. Selecionar um nó como referência. 2. Atribua tensões ( v1, v2,...,vn-1) aos n-1 nós restantes. 3. Aplique a LKC a cada um dos nós que não são de referência. Use a Lei de Ohm para expressar as correntes nos ramos em termos das tensões nodais. 4. Resolva o sistema linear. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Calcule as tensões nodais no circuito da Figura a seguir: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Para realizarmos método do nó-tensão, devemos, inicialmente, escolher o nó de referência do circuito e, então, atribuir tensões aos nós que não são de referência, como os nós v1 e v2 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Para realizarmos método do nó-tensão, devemos, inicialmente, escolher o nó de referência do circuito e, então, atribuir tensões aos nós que não são de referência, como os nós v1 e v2, em seguida eleger os sentidos das correntes. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Dessa forma, no nó v1 , aplicando a LKC e a Lei de Ohm, obtemos: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. No nó v2 , fazemos da mesma forma e obtemos: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Usaremos as duas equações e calcularemos os valores de v1 e v2, através de sistema linear. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Usaremos as duas equações e calcularemos os valores de v1 e v2, através de sistema linear. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Usaremos as duas equações e calcularemos os valores de v1 e v2, através de sistema linear. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Usaremos as duas equações e calcularemos os valores de v1 e v2, através de sistema linear. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Usaremos as duas equações e calcularemos os valores de v1 e v2, através de sistema linear. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 0 � 4?� � 80 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Usaremos as duas equações e calcularemos os valores de v1 e v2, através de sistema linear. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 0 � 4?� � 80 ?� � 0.�?� � 20 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Exemplo: Circuito para análise nodal. Substituindo v2 em qualqueruma das equações, encontraremos v1. > 3?� � ?� � 20�3?� � 5?� � 60 0 � 4?� � 80 ?� � 0.�?� � 20� 3?� � ?� � 20 3?� � 20 � 203?� � 20 � 20 ?� � 403 ?� � 13.333� U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Inicialmente, vamos considerar um circuito com uma fonte de tensão conectada entre o nó de referência e outro nó que não seja o de referência, como o nó v1 . Podemos concluir que a tensão no nó que não é de referência é igual à fonte de tensão, neste caso, v1 =10 V. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Agora, vamos considerar que a fonte de tensão (dependente ou independente) está conectada entre dois nós que não são de referência, como a fonte conectada aos nós v2 e v3. Neste caso, teremos a formação de um nó genérico ou super nó, e devermos aplicar tanto a LKC como a Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT) para determinar as tensões nodais. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Logo, ao aplicarmos a LKC ao super nó, obtemos a primeira equação: @� � @� � @� ?� � ?�2 � ?�6 � ?�4 6A?� � ?�B12 � 2?�12 � 3?�12 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Logo, ao aplicarmos a LKC ao super nó, obtemos a primeira equação: @� � @� � @� 6A10 � ?�B12 � 2?�12 � 3?�1260 � 6?� � 2?� � 3?� 60 � 2?� � 6?� � 3?�60 � 8?� � 3?� V1 = 10V U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Para obtermos a segunda equação do sistema linear, devemos aplicar a LKT ao super nó. Para isso, devemos redesenhar o circuito como mostra a Figura 2.6. �?� � 5 � ?� � 0 �?� � ?� � �5 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Resolvendo o sistema linear, determinaremos os valores das tensões v2 e v3. 60 � 8?� � 3?� �?� � ?� � �5 >8?� � 3?� � 60?� � ?� � 5 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Resolvendo o sistema linear, determinaremos os valores das tensões v2 e v3. 60 � 8?� � 3?� �?� � ?� � �5 11?� � 0 � 75 >8?� � 3?� � 603?� � 3?� � 15 ?� � 7511 � 6,82� U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.1 - Análise Nodal Determine as tensões no circuito da Figura 2.5 Resolvendo o sistema linear, determinaremos os valores das tensões v2 e v3. 60 � 8?� � 3?� �?� � ?� � �5 11?� � 0 � 75 >8?� � 3?� � 603?� � 3?� � 15 ?� � 7511 � 6,82� �?� � ?� � �5 �6,82 � ?� � �5 ?� � 1,82V U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas A análise de malhas, ou análise de laço, ou método malha corrente, fornece um procedimento genérico para a análise de circuitos elétricos usando correntes de malha como variáveis de circuitos. A vantagem de escolher as correntes de malha para analisar um circuito é devido à redução do número de equações que se deve resolver matematicamente. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Conceitualmente, um laço é um caminho fechado, que não passa mais de uma vez pelo mesmo nó. Já uma malha é um laço que não contém qualquer outro laço dentro de si. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Para análise de malhas de um circuito elétrico planar, devemos determinar as correntes de malha por meio da aplicação da Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT). Definimos corrente de malha como a corrente que circula nos componentes que pertencem à malha, como as correntes i1 e i2, pertencentes, respectivamente, às malhas 1 e 2. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Para determinarmos os valores das correntes de cada malha, inicialmente, devemos atribuir correntes a todas as malhas do circuito sob análise. Embora uma corrente de malha possa ser atribuída com um sentido arbitrário, utilizaremos a conversão que as correntes de malham circulam no sentido horário. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Em seguida, aplicamos a LKT para encontrarmos a equação de cada malha do circuito. Para aplicarmos esta lei, é fundamental utilizarmos a Lei de Ohm para expressarmos as tensões dos elementos passivos em termos das correntes de malha. Para obtermos a soma algébrica das tensões ao longo de uma malha, percorremos esta malha no sentido horário, quando encontramos o sinal positivo (+) antes do sinal negativo para uma fonte de tensão, somamos a tensão; contudo, quando encontramos o sinal negativo (-) antes do positivo para as fontes de tensão, subtraímos a tensão. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Já para os elementos passivos, como os resistores, os valores de tensão serão sempre positivos, e a corrente desse elemento será sempre a corrente da malha que estamos percorrendo menos a corrente da outra malha, que passe pelo mesmo elemento passivo, caso exista. Dessa forma, aplicando a LKT à malha 1 (M1), cuja corrente de malha é i1, obtemos: Ou: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Para malha 2 (M2), cuja corrente de malha é i2, ao aplicarmos a LKT, obtemos: Ou: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Para determinação das correntes de malha, devemos realizar as seguintes etapas: 1. Atribua correntes de malha (i1, i2 ,..., in) às n malhas do circuito. 2. Aplique a LKT a cada uma das n malhas. Use a Lei de Ohm para expressar as tensões em termos das correntes de malhas. 3. Resolva o sistema linear para obter as correntes de malha. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. Malha 1: 20-5i1-10(i1-i2)-10=0 10-15i1+10i2=0 -15i1+10i2=-10 15i1-10i2=10 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. Malha 2: 10-10(-i1+i2)-1i2-4i2+5=0 15+10i1-10i2-1i2-4i2=0 10i1-15i2=-15 -10i1 +15i2=15 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. Resolvendo o sistema linear: Multiplicaremos a 1ª equação por 6 E a 2ª equação, multiplicaremos por 4. > 15@1 � 10@� � 10�10@� � 15@� � 15 >15@1 � 10@� � 10 CA6B�10@� � 15@� � 15 CA4B U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. Resolvendo o sistema linear: Substituindo o valor encontrado em qualquer uma das equações, teremos: > 90@1 � 60@� � 60�40@� � 60@� � 60 50@1 � 0 � 120 @� � 120/50 = 2,4A U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. Substituindo o valor encontrado em qualquer uma das equações, teremos: > 90@1 � 60@� � 60�40@� � 60@� � 60 90@1 � 60@2 � 60 90x2,4 – 60i2 = 60 216 – 60i2 = 60 -60i2 = 60-216 -60i2 = -156 I2 = 156/60 = 2,6A U2 - Métodos de análise de circuitoselétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura a seguir, determine as correntes de cada elemento resistivo. Resolvendo o sistema linear: > 15@1 � 10@� � 10�10@� � 15@� � 15 I1 = 2,4A I2 = 2,6A U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine o valor de R, através de LKT, sabendo que i1=1A, i2=5A e i3= 0,5A. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine o valor de R, através de LKT, sabendo que i1=1A, i2=5A e i3= 0,5A. Aplique a LKT na malha 3. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine o valor de R, através de LKT, sabendo que i1=1A, i2=5A e i3= 0,5A. Resolvendo a equação: Teremos o valor de R. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. 1 - Atribua correntes de malha (i1, i2 ,..., in) às n malhas do circuito. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. 2 - Aplique a LKT a cada uma das n malhas. Use a Lei de Ohm para expressar as tensões em termos das correntes de malhas. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. 2 - Aplique a LKT a cada uma das n malhas. Use a Lei de Ohm para expressar as tensões em termos das correntes de malhas. Malha 1: Malha 2: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. 2 - Aplique a LKT a cada uma das n malhas. Use a Lei de Ohm para expressar as tensões em termos das correntes de malhas. Malha 1: Malha 2: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. 3 - Resolva o sistema linear para obter as correntes de malha > 24@1 � 12@� � 45�12@� � 18@� � �15 U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.2 - Análise de Malhas Determine as correntes no circuito a seguir. 3 - Resolva o sistema linear para obter as correntes de malha > 24@1 � 12@� � 45�12@� � 18@� � �15 I1 = 2,19A I2 = 0,625A U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Os circuitos elétricos são formados por elementos ativos, como fonte de tensão e corrente, e por elementos passivos, como os resistores. Esses elementos podem ser associados de diversas maneiras, como em associações em série e paralelo. Contudo, diversos circuitos possuem configurações que não permitem serem simplificados utilizando apenas essas associações, sendo necessário, para tanto, utilizar o conceito de circuitos de três terminais. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Esse tipo de rede de circuito elétrico pode ser classificado em estrela ípsilon (Y), tê (T) ou estrela, ou em circuitos do tipo delta (∆), pi (π) ou triângulo, e podem ser transformados um em outro para simplificação da análise da avaliação desses sistemas elétricos. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Sendo assim, nesta seção, conheceremos as redes em estrela (Y ou T) e as redes em triângulo (∆ ou π) e as transformações de redes, que podem ser estrela-triângulo (Y-∆) ou triângulo- estrela (∆-Y), amplamente utilizadas em circuitos elétricos. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos As associações de resistores em três terminais, formando os circuitos estrela (Y) ou delta ( ∆ ), podem ocorrer por si só ou como parte de uma rede maior e são, normalmente, utilizadas em redes trifásicas e filtros elétricos. Além disso, podemos converter o circuito triângulo em estrela, e vice-versa. Esse tipo de conversão, geralmente, leva a um circuito que pode ser resolvido utilizando técnicas de circuitos série e paralelo. U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Conversão de delta para estrela – (∆-Y) U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Conversão de estrela para delta – (Y-∆) U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Exemplo: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Exemplo: U2 - Métodos de análise de circuitos elétricos Seção 2.3 Transformação de tipos de circuitos elétricos Exemplo: Professora Analéia Gomes Circuitos Elétricos U3 - Elementos armazenadores de energia U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Um dos componentes passivos mais utilizados é o capacitor, encontrado em quase todos os dispositivos eletrônicos já fabricados. Os capacitores têm uma série de aplicações essenciais em eletrônicos, comunicações, computadores e sistemas de energia. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Um capacitor consiste, basicamente, em duas placas condutoras separadas por um isolador (ou dielétrico). Em muitas aplicações práticas, as placas podem ser folhas de alumínio enquanto o dielétrico pode ser ar cerâmica, papel ou mica. Quando uma tensão V é aplicada através das placas do capacitor, uma carga positiva +q se acumula em uma placa e uma carga negativa -q na outra. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Quando uma tensão V é aplicada através das placas do capacitor, uma carga positiva +q se acumula em uma placa e uma carga negativa -q na outra. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores A quantidade de carga armazenada no capacitor então, representada por q , é diretamente proporcional à tensão aplicada V, dada pela Equação 3.1. Onde C é a constante de proporcionalidade, conhecida como capacitância do capacitor. A unidade de capacitância é o farad (F) em homenagem ao físico inglês Michael Faraday (1791- 1867). U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Podemos ainda estender o conceito de capacitância como sendo a proporção entre a quantidade de carga em uma placa de um capacitor, dado uma certa diferença de potencial entre as duas placas, medida em farads (F). Note que 1 farad = 1 Coulomb / Volt. Embora a capacitância C do capacitor seja a relação da carga q por placa com a tensão aplicada V, ela não depende de q ou V. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Depende das dimensões físicas do capacitor. Por exemplo, para o capacitor de placas paralelas mostrado na Figura 3.1, a capacitância é dada pela Equação 3.2: Onde A é a área de superfície de cada placa, d é a distância entre as placas e e é a permissividade do material dielétrico entre as placas. Embora a Equação 3.2 se aplique somente a capacitores de placa paralela, podemos inferir que, em geral, três fatores determinam o valor da capacitância: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores 1. A superfície da placa – quanto maior a área, maior a capacitância. 2. O espaçamento entre as placas – quanto menor o espaçamento, maior a capacitância. 3. A permissividade do material – quanto maior a permissividade, maior a capacitância. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores O símbolo do circuito e as variáveis elétricas associadas para o capacitor são mostradosna Figura 3.2: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Se recordarmos que a corrente elétrica é a variação de carga em uma determinada variação de tempo, dada por i=dq/dt, então se derivarmos a Equação 3.1 em relação ao tempo, obteremos a relação corrente-tensão do capacitor, Equação 3.3: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Energia armazenada: A potência instantânea fornecida ao capacitor é dada pela Equação 3.4: À energia armazenada em um capacitor é então a integral da potência instantânea. Assumindo que o capacitor não possui carga entre suas placas no instante t=−∞[V(-∞)=0] então a energia armazenada em um capacitor em um tempo t será dado pela Equação 3.5: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Energia armazenada: Substituindo a Equação 3.4 na Equação 3.5, teremos a Equação 3.6: Assim, obtemos com a Equação 3.7 a energia armazenada em um capacitor: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Capacitores em paralelo: Para obter o capacitor equivalente Ceq de N capacitores em paralelo, considere o circuito da Figura 3.3. Observe que os capacitores possuem a mesma tensão V entre seus terminais. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Capacitores em paralelo: Aplicando a lei de Kirchhoff para as correntes temos que i=i1+i2+iN. Podemos agora reescrever a equação de corrente utilizando a Equação 3.3, então teremos: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Capacitores em série: Integrando a Equação 3.3, obteremos a Equação 3.9 U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Capacitores em série: Agora, aplicando a lei de Kirchhoff para as tensões no circuito da Figura 3.4 temos que V=V1+V2+...+VN. Assim, ao substituirmos a Equação 3.9 no resultado do LKT, teremos a Equação 3.10: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. Para encontrar a tensão em cada capacitor: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.1 Capacitores Exemplo: Considere três capacitores ligados em série, com as seguintes capacitâncias: C1 =5µF, C2 =3µF e C3 =7µF. Essa associação está sob uma tensão de 12 V. Nessas condições é possível encontrar a capacitância equivalente, a carga em cada capacitor e a tensão sobre cada um. Para encontrar a tensão em cada capacitor: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Um indutor, elemento passivo, é uma bobina de fio, na maioria das vezes, em torno de um núcleo central que pode consistir em uma variedade de materiais. Assim, os indutores também são conhecidos como bobina ou reator. Se uma corrente elétrica flui através dessa bobina de fio, produz um campo magnético em torno dela. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores A força do campo magnético induzido pela corrente elétrica que flui em torno do núcleo central depende de quatro fatores: do tipo de material do núcleo, do número de bobinas do fio, da área da seção transversal e do comprimento da bobina. Por exemplo, se o núcleo central também for magnético, o campo magnético em torno do indutor apresentará uma força elevada. Os indutores são componentes importantes nos circuitos eletrônicos porque eles são capazes de resistir ou opor-se às mudanças de corrente no circuito. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Funcionamento de um indutor Um indutor, à medida que uma corrente elétrica flui através de sua bobina. Esse campo magnético armazena temporariamente energia elétrica como energia magnética, criando uma tensão em todo o indutor. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Funcionamento de um indutor Assim, de uma forma mais simples, uma mudança na corrente faz com que o campo magnético mude. Isso, por sua vez, induz uma tensão através do indutor que se opõe à mudança original na corrente. De acordo com a Lei de Faraday, essa tensão pode ser obtida através da Equação 3.11: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Funcionamento de um indutor Em que: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Funcionamento de um indutor Portanto, um campo magnético variável no tempo induz uma tensão que é proporcional à taxa de mudança da corrente que o produz, com um valor positivo indicando um aumento na Força Eletromotriz (fem) e um valor negativo indicando uma diminuição na fem. A equação que relaciona esta tensão induzida, a corrente e a indutância pode ser encontrada substituindo por L, que indica a constante de proporcionalidade chamada indutância da bobina (sendo sua unidade o Henry [H]), obtendo a Equação 3.12. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Funcionamento de um indutor A relação entre o fluxo no indutor e a corrente que flui através do indutor é dada pela Equação 3.13: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Potência no indutor Sabemos que a potência em um resistor relaciona a tensão e a corrente elétrica. Para o indutor a relação “tensão-corrente” também é válida, assim, a potência em um indutor é dada pela Equação 3.14: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Energia armazenada em um indutor A energia armazenada no campo magnético criado ao redor do indutor é dada pela integral da potência (Equação 3.14) ao longo do tempo, resultando na Equação 3.15: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Os indutores são componentes passivos que podem armazenar e fornecer essa energia armazenada ao circuito, mas não podem gerar energia. Um indutor ideal não apresenta perdas, o que significa que ele pode armazenar energia indefinidamente, pois nenhuma energia é perdida. No entanto, os indutores reais sempre apresentam alguma resistência associada aos enrolamentos da bobina e sempre que a corrente flui, há perda de energia relacionada com essa resistência, perda sob a forma de calor devido à Lei de Ohm. U3 - Elementos armazenadoresde energia Seção 3.2 Indutores Indutores em paralelo: Os indutores também podem ser associados em paralelo ou série em um circuito. Indica-se que os indutores estão ligados em paralelo quando ambos os seus terminais estão conectados respectivamente a cada terminal do outro indutor. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Indutores em paralelo: : U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Indutores em paralelo: Desta forma, concluímos que a indutância equivalente LT de uma associação de indutores em paralelo é obtida de maneira equivalente ao cálculo da resistência equivalente para resistores em paralelo. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Indutores em série: A corrente I que atravessa o primeiro indutor, também atravessa os demais indutores. Assim, todos os indutores apresentam a mesma corrente. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Associação mista de indutores Na associação mista de indutores teremos um circuito que contém indutores em série e também indutores associados em paralelo. Para encontrar a indutância equivalente do circuito, basta então aplicar a regra para associação em série e a regra para associação em paralelo. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Exemplo: Considere um circuito formado por dois indutores ligados em paralelo (L1 = 5mH e L2 = 10mH) e esse conjunto conectado em série a um outro indutor (L3 =5mH) . Nessas condições é determine a indutância equivalente Leq do circuito. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Exemplo: Considere um circuito formado por dois indutores ligados em paralelo (L1 = 5mH e L2 = 10mH) e esse conjunto conectado em série a um outro indutor (L3 =5mH) . Nessas condições é determine a indutância equivalente Leq do circuito. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.2 Indutores Exemplo: Considere um circuito formado por dois indutores ligados em paralelo (L1 = 5mH e L2 = 10mH) e esse conjunto conectado em série a um outro indutor (L3 =5mH) . Nessas condições é determine a indutância equivalente Leq do circuito. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Um circuito RC é dito sem fonte quando a fonte de tensão que estava conectada ao capacitor C é desligada do circuito em um tempo t = 0 , conforme a Figura 3.16. Circuitos RC sem fonte U3 - Elementos armazenadores de energia Assim: • Para t < 0 , o capacitor é um circuito aberto e não há circulação de corrente através do resistor R1. • Para t > 0 , a tensão no capacitor decresce e a energia é dissipada via resistor R. Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuitos RC sem fonte U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Similarmente ao circuito RC sem fonte, um circuito RL é dito sem fonte quando a fonte de corrente que estava conectada ao indutor L é desligada do circuito em um tempo t = 0 , como ilustrado na Figura 3.17. Circuitos RL sem fonte U3 - Elementos armazenadores de energia Assim: • Para t < 0 , o indutor L é um curto-circuito, sendo atravessado pela corrente IS, enquanto não há corrente nos resistores. • Para t > 0 , a corrente no indutor decresce e a energia é dissipada via resistor R. Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuitos RL sem fonte U3 - Elementos armazenadores de energia Tanto para circuitos RC sem fonte quanto para RL sem fonte, o tempo em que as fontes de tensão e corrente inicialmente ficaram ligadas aos circuitos é suficientemente grande de modo a fazer com que no instante da abertura das chaves o capacitor se comportasse como um circuito aberto, enquanto o indutor como um curto-circuito. Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuitos RC e RL sem fonte U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resposta natural em circuitos RL e RC Queremos encontrar a tensão e a corrente que surgem nos elementos armazenadores de energia. Uma vez que as tensões e correntes dos circuitos básicos RC e RL são descritas por equações diferenciais de primeira ordem, os circuitos RC e RL básicos são denominados circuitos de primeira ordem. Para o t > 0 , temos então o circuito RL reduzido, mostrado na Figura 3.18. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resposta natural em circuitos RL e RC Para o t > 0, temos então o circuito RL reduzido, mostrado na Figura 3.18. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resposta natural em circuitos RL e RC Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões, obtemos a Equação Diferencial Ordinária de primeira ordem para i(t), Eq.1.19. Onde L e R são ambas independentes de i e t. Através das condições iniciais para o indutor, podemos resolver a Eq. 1.19, obtendo a Equação 1.20, que é a resposta natural do circuito em termos da corrente i (t). U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resposta natural em circuitos RL e RC Onde τ = L/R é chamado de constante de tempo. E sua unidade é segundos (s) U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resposta natural em circuitos RL e RC De maneira similar podemos encontrar a resposta natural para um circuito RC sem fonte. Considere agora o circuito reduzido da Figura 3.19. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resposta natural em circuitos RL e RC Aplicando a Lei de Kirchhoff das correntes, obtemos a Equação Diferencial Ordinária de primeira ordem para v(t), Eq 1.21. Onde C e R são ambas independentes de v e t Onde τ = RC é chamado de constante de tempo. E sua unidade é segundos (s) U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Constante de tempo em circuitos RC e RL As constantes de tempo para circuito RC e RL sem fonte, descrevem a velocidade com que os elementos armazenadores de energia se descarregam. Para o circuito RL sem fonte, o valor da corrente i (t) irá cair �-1 (aproximadamente 37%) do seu valor inicial I0 dentro de uma constante de tempo t . Após 5×τ(5 constantes de tempo), o valor da corrente será menor que 1% do seu valor inicial. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Constante de tempo em circuitos RC e RL Se i(t) é aproximado por uma função linear, ele desaparecerá em uma constante de tempo, conforme mostrado na Fig 3.20. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Constante de tempo em circuitos RC e RL O circuito RC é o circuito dual do RL, assim, o valor da tensão v (t) irá cair �-1 (aproximadamente 37%) do seu valor inicial V0 dentro de uma constante de tempo t . Após 5×τ, considera-se que o capacitor foi completamente descarregado. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Constante de tempo em circuitos RC e RL Se v(t) é aproximado por uma função linear, ele desaparecerá em uma constante de tempo, conforme mostrado na Fig 3.21. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Constante de tempo em circuitos RC e RL As constantes de tempo mostradas para os circuitos sem fonte indicam o processo de descarrega dos elementos armazenadores de energia. Assim, em uma constante de tempo t a tensão no capacitor estará com 37% do seu valor inicial. Considere agora, o caso em que o capacitor do circuito RC está completamente descarregado e então uma fonte de tensão é conectada a ele em um tempo t=0 . U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Constante de tempo em circuitos RC e RL Se nesse momento a fonte está conectada, significa que o capacitor está carregando e dentro de umtempo t o valor da tensão v(t) será 63% do valor da tensão da fonte. Se em vez de um circuito RC for usado um circuito RL com uma fonte de corrente, após um tempo t, qual o valor da corrente i(t) no indutor? U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Considere que no circuito da Figura 3.21, a fonte de tensão ficou conectada tempo suficiente para carregar o capacitor C e então em um tempo definido como t=0 a fonte foi desconectada. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Nesse exato instante, a tensão no capacitor era de 10V. Sabendo que a resistência R é igual a 10Ω e constante de tempo do circuito é de 5s é possível então determinar a tensão no capacitor para, t=2s bem como o valor da capacitância necessária para conseguir essa constante de tempo. U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Nesse exato instante, a tensão no capacitor era de 10V. Sabendo que a resistência R é igual a 10Ω e constante de tempo do circuito é de 5s é possível então determinar a tensão no capacitor para, t=2s bem como o valor da capacitância necessária para conseguir essa constante de tempo. Para calcular a tensão no capacitor no instante t=2s , basta aplicar a relação: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Nesse exato instante, a tensão no capacitor era de 10V. Sabendo que a resistência R é igual a 10Ω e constante de tempo do circuito é de 5s é possível então determinar a tensão no capacitor para, t=2s bem como o valor da capacitância necessária para conseguir essa constante de tempo. Para calcular a tensão no capacitor no instante t=2s , basta aplicar a relação: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Nesse exato instante, a tensão no capacitor era de 10V. Sabendo que a resistência R é igual a 10Ω e constante de tempo do circuito é de 5s é possível então determinar a tensão no capacitor para, t=2s bem como o valor da capacitância necessária para conseguir essa constante de tempo. Para calcular a tensão no capacitor no instante t=2s , basta aplicar a relação: A capacitância pode ser calculada utilizando a definição da constante de tempo para um circuito RC: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Nesse exato instante, a tensão no capacitor era de 10V. Sabendo que a resistência R é igual a 10Ω e constante de tempo do circuito é de 5s é possível então determinar a tensão no capacitor para, t=2s bem como o valor da capacitância necessária para conseguir essa constante de tempo. Para calcular a tensão no capacitor no instante t=2s , basta aplicar a relação: A capacitância pode ser calculada utilizando a definição da constante de tempo para um circuito RC: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Exemplo: Nesse exato instante, a tensão no capacitor era de 10V. Sabendo que a resistência R é igual a 10Ω e constante de tempo do circuito é de 5s é possível então determinar a tensão no capacitor para, t=2s bem como o valor da capacitância necessária para conseguir essa constante de tempo. A capacitância pode ser calculada utilizando a definição da constante de tempo para um circuito RC: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RC - Energização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RC - Energização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RC - Energização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RC - Desenergização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RC - Desenergização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RC - Desenergização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RL - Energização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RL - Energização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RL - Energização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RL – Desenergização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RL – Desenergização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Circuito RL – Desenergização: U3 - Elementos armazenadores de energia Seção 3.3 Circuitos de primeira ordem sem fonte Resumo das equações de carga e descarga – RC e RL Capacitores τ=RxC Indutores τ=L/R Energização Desenergização Energização Desenergização Vr(t) = E·(�(-t/τ)) Vr(t) = -E·(e(-t/τ)) VR(t) = E·(1-e(-t/τ)) VR(t) = E·(e(-t/τ)) i(t) = I·(e(-t/τ)) i(t) = -I·(e(-t/τ)) i(t) = I·(1-e(-t/τ)) i(t) = I·(e(-t/τ)) Vc(t) = E·(1-e(-t/τ)) Vc(t) = E·(e(-t/τ)) VL(t) = E·(e(-t/τ)) VL(t) = -E·(e(-t/τ)) Professora Analéia Gomes Circuitos Elétricos U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Uma “aplicação súbita” de fonte de energia significa que essa aplicação ocorreu em tempo zero, como a operação de uma chave em série com uma bateria. Isso equivale a uma função forçante que é nula até o instante em que a chave for fechada e igual à tensão da bateria desse momento em diante. Logo, a função forçante, ou função de comutação, tem uma quebra ou uma descontinuidade, no instante em que o interruptor é fechado, e é conhecida como função de singularidade. Entre as funções de singularidade, a mais usada na análise de circuitos elétricos é a degrau unitário. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Naturalmente, a aplicação da fonte em tempo zero não é fisicamente possível, porém, se a escala de tempo na qual esse evento ocorrer for muito curta em comparação com as demais escalas de tempo que escrevem a operação de um circuito, podemos considerar, então, que é aproximadamente verdade e matematicamente conveniente a utilização das fontes no tempo nulo. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte As funções de singularidade são funções descontínuas ou que apresentam derivadas descontínuas. Segundo Hayt Jr., Kemmerly e Durbin (2014), definimos a função degrau unitário como uma função temporal que é zero para todos os valores de seu argumento menores do que zero e unitária para todos os valores positivos de seu argumento. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Isto é, se assumirmos um argumento como (t-t0) e representarmos a função degrau unitária como u, então u(t-t0) será zero para todos os valores de t menores do que t0 e unitária para todos os valores de t maiores do que t0 , U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Observe que em t=t0 , a função degrau unitário muda abruptamente de 0 para 1 e seu valor nesse instante de tempo é indefinido. Todavia, seu valor é conhecido nos instantes de tempo próximos a t=t0. Frequentemente, indicamos isso por meio das notações: u(t-) = 0 e u(t+) = 1. A definição matemática para função degrau é: Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A função degrau unitário é adimensional. Se quisermos que ela represente uma tensão, é necessário multiplicar u(t-t0) por algum valor de tensão constante, como 10V. Então, v(t) = 10u(t− 1)V é uma fontede tensão ideal que é zero antes de t=1s e igual a 10V após t=1s. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Similarmente, uma fonte de corrente pode ser representada por uma função degrau. Note que para t < t0 a corrente flui toda pelo curto-circuito e a corrente fornecida ao circuito nos terminais ab é nula (i = 0), ou seja, o circuito está em aberto; e para t > t0 a corrente flui para o circuito no terminais ab e equivale i = I0 Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Como um circuito que consiste em uma bateria cuja tensão é Vb em série com uma chave, um resistor R e um indutor L. A chave é fechada em t = 0 Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Como a chave está aberta, podemos notar que a corrente é nula antes de t=0, e, portanto, podemos substituir a bateria e a chave por uma função de singularidade do tipo degrau de tensão de valor Vbu(t). Dessa forma, podemos calcular a corrente i(t) tanto no circuito original quanto no circuito equivalente. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Para obtermos i(t), devemos aplicar a lei de Kirchhorff das tensões ao circuito equivalente. Assim, teremos: Como a função degrau é uma função descontínua, nesse caso em t=0, devemos, então, considerar a solução da equação 4.1 inicialmente para t < 0 e, em seguida, para t > 0. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Sendo assim, para −∞ < t < 0. Contudo, para t > 0 o valor de u(t) é unitário e a equação 4.1 pode ser rescrita como: E pode ser reestruturada como: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Integrando ambos os lados da equação 4.3, obtemos: Após algumas simplificações algébricas: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A equação reescrita em termos da função degrau: AG1 Slide 238 AG1 Analeia Gomes; 02/11/2020 U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A equação reescrita em termos da função degrau: Resposta Natural AG2 Slide 239 AG2 Analeia Gomes; 02/11/2020 U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A equação reescrita em termos da função degrau: Resposta Natural Corrente em Regime Permanente AG3 Slide 240 AG3 Analeia Gomes; 02/11/2020 U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A equação reescrita em termos da função degrau: Essa corrente é a parte da resposta que pode ser atribuída à função forçante, logo, ela é conhecida como resposta forçada. Dessa forma, dado que a resposta da equação é formada por duas partes, resposta natural e resposta forçada, ela é, portanto, conhecida como resposta completa. Resposta Natural Corrente em Regime Permanente AG4 Slide 241 AG4 Analeia Gomes; 02/11/2020 U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A resposta natural é característica do circuito e não das fontes. Assim, seu valor pode ser obtido considerando-se o circuito sem fontes e ela tem uma amplitude que depende da amplitude inicial da fonte e da energia inicial armazenada no elemento passivo. Já a resposta forçada tem a característica da função forçante e seu valor é obtido considerando-se que as chaves foram acionadas muito tempo atrás e será observada no circuito por um longo tempo, logo, é considerada como valor final ou resposta em regime permanente, isto é, que permanece no circuito. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Sendo assim, deve haver um período transitório durante o qual as correntes e tensões mudam seus valores iniciais para seus valores finais. A parte da resposta que fornece a transição entre os valores iniciais e finais é a resposta natural, frequentemente chamada de resposta transitória. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Por exemplo, se considerarmos um circuito RL sem fonte, diremos que a resposta forçada será nula e que a resposta natural irá conectar a resposta inicial, armazenada no indutor, com valor da resposta final ou forçada. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Para determinar a resposta a um degrau de um circuito RL, precisamos de três informações: 1. A corrente inicial, iinicial , no indutor em t=0. 2. A corrente final, ifinal , no indutor. 3. A constante de tempo τ. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. Quando t < 0, o resistor de 4Ω está curto-circuitado e o indutor atua como um curto- circuito. A corrente através do indutor em t(0- ), ou seja, logo antes de t = 0, é: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. Uma vez que o indutor não pode mudar instantaneamente, então: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. Quando a chave é aberta, t > 0, os resistores estão em série. Logo: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. A resistência equivalente entre os terminais do indutor é: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. A constante de tempo é: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Exemplo: Determine i(t) no circuito para t > 0. Considere que a chave foi fechada há um bom tempo. Portanto: U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte A resposta completa de um circuito RC qualquer também pode ser obtida com a soma das respostas natural e forçada, considerando o circuito formado por uma bateria cuja tensão é Vb em série com uma chave, um resistor R e um capacitor C. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Nosso objetivo será determinar a tensão do capacitor como resposta do circuito. Em vez de aplicar a Lei de Kirchhorff, usaremos a representação da resposta completa ser a soma da resposta transitória v(t) e da resposta em regime permanente, ou estacionário (vss). U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Sabemos que a resposta transitória sempre é uma exponencial, podendo, portanto, ser representada pela equação a seguir, em que A é uma constante a ser determinada. Já o valor em regime permanente, ou estacionário, é o valor da tensão bastante tempo depois de a chave ser fechada. U4 - Circuitos de primeira e segunda ordem Seção 4.1 Circuitos de primeira ordem com fonte Sabemos que a tensão transitória irá se extinguir após um intervalo de tempo e, nesse momento, o capacitor se tornará um circuito aberto e a tensão nele será a própria tensão da fonte. Nesse caso: Logo, a reposta completa pode ser dada
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