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ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 2 de 57 SUMÁRIO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro LRF – PARTE I.............................................................................................. 3 1. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ......................................................................... 3 1.1. PLANEJAMENTO ........................................................................................ 4 1.2. RECEITA PÚBLICA ....................................................................................... 8 1.3. DESPESA PÚBLICA ...................................................................................... 11 1.4. TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS ........................................................................... 20 RESUMO ................................................................................................... 23 MAPA MENTAL ........................................................... Erro! Indicador não definido. QUESTÕES COMENTADAS EM AULA .................................................................. 26 QUESTÕES DE CONCURSO .............................................................................. 32 GABARITO ................................................................................................. 41 GABARITO COMENTADO ................................................................................. 42 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 55 ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 3 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro LRF – PARTE I 1. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL A Lei Complementar n. 101/00, com base no art. 163 da CF/1988, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, inspirada pela legislação da Nova Zelândia sobre o mesmo tema. A responsabilidade na gestão fiscal consiste em uma ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Esse objetivo é atingido por meio do cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, ope- rações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. Essa Lei, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é um normativo fun- damental para conter o ímpeto de adquirir ou acumular dívidas por parte dos gestores públicos (da União, dos Estados, do DF e dos Municípios). Ela busca evitar que gestores transmitam para seus sucessores e para a sociedade futura as consequências das irresponsabilidades na gestão fiscal. As regras previstas na LRF são obrigatórias para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. Sempre que a Lei referir-se a Estados, inclui-se no rol o Distrito Federal. A Lei de Responsabilidade Fiscal tem como princípios o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilização. Empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, di- reta ou indiretamente, a ente da Federação. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 4 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Empresa estatal dependente: espécie de empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas correntes (exceto transferências correntes) ou de capital (exceto aumento de participação acionária). 01. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/2019) A doutrina acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal indica como os pilares sobre os quais a norma teria sido construída a) o aumento do gasto público, a proteção do menor, a liberdade de empresa e a dignidade da pessoa humana. b) o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade. c) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a publicidade. d) a igualdade, a vinculação ao instrumento convocatório, a adjudicação compulsória e o jul- gamento objetivo. e) a regularidade, a continuidade, a generalidade e a modicidade das tarifas. A Lei de Responsabilidade Fiscal tem como princípios o planejamento, a transparência, o con- trole e a responsabilização. Letra b. 1.1. PLANEJAMENTO 1.1.1. LDO na LRF A LRF dispõe sobre as leis orçamentárias, com exceção do PPA (as disposições referentes ao PPA foram vetadas pelo Presidente). No caso da LDO, a lei trouxe novas disposições que deverão ser tratadas nessa lei de diretrizes. Vejamos o que deve constar: LDO NA LRF Equilíbrio entre receitas e despesas; Critérios e forma de limitação de empenho; Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; Demais condições e exigências para transferências de recursos à entidades públicas e privadas. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 5 de 57 LDO NA LRF Anexo de Metas Fiscais quadrimestral (demonstrado e avaliado em audiência pública até final de maio, setembro e fevereiro): com metas anuais de receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. Esse anexo conterá também: Avaliação do cumprimento de metas relativas ao ano anterior; Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; Avaliação da situação financeira e atuarial (referente às ciências atuariais, que se relaciona com a teoria e o cálculo de seguros) a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Anexo de Riscos Fiscais, que avaliará os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Anexo na Mensagem que encaminhar o PLDO (União), com os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente. 02. (FCC/DPE-AM/2018) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, a avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos deve ser apresentada no Anexo de a) Metas Fiscais, integrante do Plano Plurianual. b) Metas Fiscais, integrante da Lei Orçamentária Anual. c) Riscos Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual. d) Metas Fiscais, integrante da Lei de Diretrizes Orçamentárias. e) Riscos Fiscais, contido na Lei de Diretrizes Orçamentárias. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 6 de 57 A avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos deve ser apresentada no Anexo de Metas Fiscais, que integra a LDO. Letra d. 03. (FCC/SEGEP-MA/2018) As metas de resultado primário estabelecidas por um ente esta- dual para os exercícios financeirosde 2018, 2019 e 2020 foram, em valores correntes e cons- tantes, respectivamente, R$ 50.000.000,00, R$ 80.000.000,00 e R$ 100.000.000,00. Assim, de acordo com as determinações da Lei Complementar n. 101/2000, essas metas devem ser apresentadas no Projeto de Lei a) do Plano Plurianual referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Metas Fiscais. b) de Diretrizes Orçamentárias referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Ris- cos Fiscais. c) de Diretrizes Orçamentárias referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Me- tas Fiscais. d) Orçamentária Anual referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Riscos Fiscais. e) Orçamentária Anual referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Metas Fiscais. No anexo de metas fiscais constante da LDO (2018), deverá constar as metas de resultado primário para o exercício em questão e para os dois seguintes. Letra c. 1.1.2. LOA na LRF No caso da LOA, a LRF trouxe as seguintes disposições. Vejamos o que deve constar: LDO NA LRF Demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais; Demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, além das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; Reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional. A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica. É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 7 de 57 04. (FCC/SEGEP-MA/2018) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, com relação à Lei Orçamentária Anual, a) é permitido consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada, havendo dispositivo expresso neste sentido. b) o refinanciamento da dívida pública constará de forma conjunta na lei orçamentária e nas de crédito adicional, vedada a separação. c) a atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada poderá superar a va- riação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias. d) todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. e) integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, exceto os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. De acordo com a LRF, todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. Letra d. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 8 de 57 1.1.3. Execução e Cumprimento de Metas Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Após a publicação do orçamento, é preciso estabelecer a programação financeira e o cro- nograma mensal de desembolso. Isso deve ser feito em até 30 dias dessa publicação. Veja como a LRF trouxe isso em seu texto: Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di- retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. (Vide Decreto n. 4.959, de 2004) (Vide Decreto n. 5.356, de 2005) Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusi- vamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. A partir daí, é possível acompanhar se as metas estão sendo cumpridas. Caso se verifique, ao final de um bimestre, a possibilidade de não cumprimento de metas de resultado primário e nominal, será necessário promover, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho para conter despesas. Cada Poder deverá providenciar o seu contingenciamento por meio de ato próprio. O Poder Executivo ficará responsável por desdobrar a previsão das receitas em metas bimestrais de arrecadação. Mas nem tudo pode ser limitado. Não serão objeto de limitação as despesas que constitu- am obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custe- adas por fundo criado para tal finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. O texto em destaque, se refere a uma mudança legislativa trazida pela LC n. 177/2021, incluin- do mais uma hipótese de exceção de despesa que não pode sofrer limitação de empenho e movimentação financeira. 1.2. RECEITA PÚBLICA As previsões de receita considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante, deven- do ser acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. O Poder Executivo disponibilizará aos demais Poderes estudos e estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cál- ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 9 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro culo, no mínimo 30 dias antes do encerramento do prazo de encaminhamento das propostas orçamentárias. As transferências voluntárias (por meio de convênio, por exemplo) a outros entes serão vedadas em caso de descumprimento dos requisitos essenciais da responsabilidade na ges- tão fiscal em relação aos impostos (instituição, previsão e efetiva arrecadação de tributos da competência do Ente). Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previ- são e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos. No caso de concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita, é necessária a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Deverão ainda ser observa- das as disposições da LDO e uma das duas opções a seguir: • Medidas de compensação (na vigência e nos dois exercícios seguintes), por meio de aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição; ou, • Demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orça- mentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de MetasFiscais. Em resumo, se eu dou um benefício de natureza tributária, isso quer dizer que o ente irá arrecadar menos. Isso pode causar um desequilíbrio fiscal. Com isso, há duas alternativas: ou eu aumento outro tipo de tributo ou eu faço constar essa renúncia de receita na própria LOA, que é uma lei cujo princípio orçamentário do equilíbrio deve prevalecer. A renúncia de receita compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que cor- respondam a tratamento diferenciado. Não constitui renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança, embora possa ser classificado como uma espécie de benefício fiscal. • Anistia: perdão da multa. Espécie de exclusão do crédito tributário (CTN); • Remissão: perdão do valor principal da dívida. Espécie de extinção do crédito tributário (CTN); ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 10 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro • Isenção: dispensa legal do adimplemento da obrigação tributária. Espécie de exclusão do crédito tributário (CTN); • Subsídio: incentivo do estado a determinadas situações de interesse público; • Crédito presumido – montante do imposto cobrado na operação anterior. 05. (FCC/MANAUSPREV/2021) De acordo com a Lei Complementar federal no 101/2000, a renúncia de receita tributária pode se manifestar de várias formas distintas. Constitui renúncia de receita tributária, de acordo com essa Lei, a) o diferimento do pagamento do imposto. b) o deferimento de parcelamento do crédito tributário. c) a retenção antecipada de imposto, por substituição tributária. d) a concessão de crédito presumido relativamente a impostos não cumulativos. e) a concessão de moratória. Entre as hipóteses que se enquadram no conceito de renúncia de receita, temos a concessão de crédito presumido relativamente a impostos não cumulativos. Letra d. 06. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/2019) A disciplina de renúncia de receitas na Lei de Responsabilidade Fiscal diz respeito a) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza não tributária. b) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. c) à toda e qualquer receita, não exibindo delimitação. d) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza licitatória. e) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza contratual. A renúncia que a LRF cuida é aquela de natureza tributária, tanto na concessão quanto na ampliação. Letra b. 07. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/2019) Suponha que o Município pretenda conceder benefício fiscal a determinado setor de prestação de serviços, com redução de alíquota de ISS. Ocorre que o impacto orçamentário-financeiro decorrente de tal redução não é passível de absorção no montante estimado para renúncia de receitas constante da Lei Orçamentária Anual, impactando as metas fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Diante de tal cenário, a concessão da referida isenção no exercício em curso afigura-se ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 11 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro a) viável, desde que adotadas medidas de compensação dos impactos orçamentário-financei- ros no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. b) inviável, eis que medidas dessa natureza estão sujeitas ao princípio da anualidade, somente podendo produzir efeitos no exercício subsequente àquele em que for editada a lei que reduz a alíquota vigente. c) viável, desde que a redução de alíquota seja aprovada por lei específica e seus impactos orçamentário- financeiros no exercício em curso possam ser compensados por aumento de arrecadação no exercício subsequente. d) viável, independentemente dos impactos orçamentário-financeiros, desde que comprovados os benefícios econômicos e/ou sociais da medida, que deve ser aprovada por lei complementar. e) inviável, somente sendo admissíveis medidas de isenção ou anistia previamente autoriza- das por lei federal, sendo vedada, ainda, redução de alíquotas sem anuência do Estado no âmbito do Conselho Fazendário (Confaz). Há duas alternativas na concessão do benefício fiscal: ou eu aumento outro tipo de tributo ou eu faço constar essa renúncia de receita na própria LOA (está prevista nas metas). No caso em questão, a medida é viável desde que haja a compensação com o aumento de tributo no exercício e nos dois subsequentes. Letra a. 1.3. DESPESA PÚBLICA A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: • Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vi- gor e nos dois subsequentes. • Declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com o PPA/LDO/LOA. Essa disposição não se aplica no caso de despesas consideradas irrelevantes, nos ter- mos da LDO. As exigências acima constituem condição prévia para: Empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras; Desapropriação de imóveis urbanos. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 12 de 57 1.3.1. Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado São as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato administrativo nor- mativo, que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. São exigências para sua instituição ou aumento: • Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vi- gor e nos dois subsequentes. • Origem dos recursos para seu custeio. • Comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resulta- dos fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais (LDO). • Compensação pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. Essas exigências não se aplicam às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao rea- justamento anual de remuneração de pessoal (previsto no inc. X, do art. 37 da CF88). Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado. 08. (FCC/SEFAZ-BA/2019) No que se refere às despesas obrigatórias de caráter continuado de um determinado ente público, a Lei Complementar n. 101/2000 determina que a) se considera obrigatória de caráter continuado a despesa orçamentária destinada à constru- ção de uma escola derivada de lei que fixe para o referido ente a obrigação legal de execução da despesa por um período de 12 meses. b) deve haver a comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados orçamentários e financeiros previstas no Orçamento Fiscal que integra a Lei Orça- mentária Anual do referido ente. c) se considera obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de ato admi- nistrativo normativo que fixe para o referido ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. d) deve haver a comprovação de que os efeitos financeiros da despesa criada ou aumentada serão compensados pelo aumento permanente da receita corrente líquida advindo da venda de bens móveis e imóveis do referido ente. e) deve haver a comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados orçamentários e financeiros previstas no Anexo de Metas Fiscais que integra a Lei Orçamentária Anual do referido ente. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 13 de 57 São as despesas correntes derivadas de lei, medidaprovisória ou ato administrativo norma- tivo, que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Letra c. 1.3.2. Despesas com Pessoal São despesas com pessoal os gastos com ativos, inativos, pensionistas, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. Não entram no conceito de despesas com pessoal aquelas consideradas indenizatórias, como o auxílio-alimentação, au- xílio-transporte, diárias, ajuda de custo, dentre outras. Contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos TAMBÉM serão considerados como despesas de pessoal, devendo ser contabilizadas como outras despesas de pessoal. Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta do servidor, sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento ao teto constitucional (Atenção! Disposição nova trazida pela LC n. 178/2021). 09. (FCC/SEFAZ-SC/2021) Um dos aspectos de acentuada relevância, na Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, é o que se refere às despesas com pessoal. Dada a extrema importância do assunto, solicitou-se o auxílio de um especialista na área, para ajudar na reali- zação da classificação e da contabilização das despesas de determinado ente da Federação, distinguindo-as entre “despesas de pessoal” e “outras despesas de pessoal”. O especialista, tomando como base as normas da referida Lei Complementar, classificou e contabilizou, corretamente, como a) outras despesas de pessoal os gastos feitos com adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, para pagamento aos funcionários da ativa, em razão de decisão definitiva proferida em mandado de segurança. b) despesas de pessoal os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se refe- rem à substituição de servidores e empregados públicos. c) outras despesas de pessoal os gastos feitos com os inativos, a título de proventos da apo- sentadoria, reformas e pensões. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 14 de 57 d) despesas de pessoal os gastos feitos com os ativos, civis e militares, mesmo que a título de adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, e com os inativos. e) outras despesas de pessoal os gastos feitos com o pagamento de adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, para pagamento aos inativos (equipa- ração salarial de regime estatutário), em razão de decisão judicial transitada em julgado. Apenas as despesas com terceirizados com substituição de mão de obra devem ser classi- ficadas como outras despesas de pessoal; as demais despesas, inclusive gratificações, são classificadas normalmente como despesas de pessoal. Letra d. A despesa total com pessoal, em cada período de apuração (soma da despesa realizada no mês em referência com a dos 11 imediatamente anteriores, adotando-se o regime de com- petência, independentemente de empenho), não poderá exceder os percentuais da Receita Corrente Líquida (RCL), da seguinte forma: União: • 50% Estados: • 60% Municípios: • 60% A repartição dos limites globais com pessoal segue a seguinte regra: I – na esfera federal: a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; b) 6% para o Judiciário; c) 40,9% para o Executivo*; d) 0,6% para o Ministério Público da União; *De acordo com a Constituição Federal, o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e a Defensoria Pública dos Territórios serão organizados e mantidos pela União (art. 21, inc. XIII). A União também irá organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e os bombeiros militares do Distrito Federal (art. 21, inc. XIII). Assim, dos 40,9% para o Executivo, são destacados 3% para as despesas com pessoal de- correntes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da CF/1988 e o art. 31 da Emenda ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 15 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Constitucional n. 19 (ex-Territórios federais), repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal. II – na esfera estadual: a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado; b) 6% para o Judiciário; c) 49% para o Executivo; d) 2% para o Ministério Público dos Estados; Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual do Legislativo e do Executivo serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4%. III – na esfera municipal: a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quan- do houver (existe somente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro); b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo. Legislativo Judiciário Executivo MP FEDERAL 2,5 % 6 % 40,9 % 0,6 % ESTADUAL 3 % 6 % 49 % 2 % MUNICIPAL 6 % - 54 % - Receita corrente líquida (RCL): somatório das receitas correntes (TCPAISTO) arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores (doze meses), inclusive recebidas por transferên- cias, excluídas as duplicidades, com as seguintes deduções: • na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitu- cional ou legal, e as contribuições sociais do empregador/trabalhador e as oriundas da arrecadação do PIS/PASEP; • nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional e aquela destinada à formação do FUNDEB; • na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compen- sação financeira dos diversos regimes de previdência social. • no Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas com pessoal custeadas com recursos transferi- dos pela União. Não são consideradas para o cálculo do limite as despesas com: • Indenização por demissão de servidores ou empregados. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 16 de 57 • Incentivos à demissão voluntária. Allan Mendes e Vinicius Ribeiro • Pagamento de decisões judiciais de competências anteriores ao período apurado. • Pagamento de pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custea- das com recursos transferidos pela União. • Inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade gestora única ou fundo constituído com essa finalidade, quanto à parcela custeada por recursos prove- nientes: - da arrecadação de contribuições dos segurados; - da compensação financeira entre os diversos sistemas previdenciários; - de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do regime de previdência, na forma definida pelo órgão do Poder Executivo federal responsável pela orientação, pela supervisão e pelo acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos. (Atenção! Essas disposições sobre a dedução no pagamen- to de inativos e pensionistas foram alteradas recentemente pela LC n. 178/2021) A verificação do limite de despesas com pessoal será feita quadrimestralmente, podendo ser semestralmente, no caso de Municípios com população inferior a 50 mil habitantes. Cabe aos Tribunais de Contas essa verificação. Limite Prudencial – Excedido 95% do limite, são vedados ao Poder ou órgão: • Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração, salvo revi- são geral anual/Reajustamento dos salários pagos e decorrentes de sentençajudicial ou de determinação legal ou contratual. • Criação de cargo, emprego ou função. • Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa. • Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal, salvo a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saú- de e segurança. • Contratação de hora extra, salvo casos previstos na LDO e compensação decorrente de convocação extraordinária do congresso Nacional. 10. (FCC/TJ-MS/2020) A Lei de Responsabilidade Fiscal − Lei Complementar n. 101/2000 - impõe, em seu artigo 22, uma série de medidas restritivas para os Poderes e órgãos que ultrapassarem o chamado “limite prudencial”, correspondente a 95% dos limites máximos de despesas de pessoal, constantes dos artigos 19 e 20 do mesmo diploma, calculados em per- centuais da receita corrente líquida dos respectivos entes políticos. Ainda que atingido o limite prudencial, será permitido promover ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 17 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro a) a criação de cargo, emprego ou função pública nas áreas de saúde e educação. b) a alteração de estrutura de carreira, ainda que implique aumento de despesa. c) a revisão geral anual da remuneração e do subsídio dos agentes públicos. d) a contratação de hora extra, desde que devidamente justificada a necessidade pelo ges- tor público. e) o provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal para reposição de- corrente de aposentadoria ou falecimento de servidores de quaisquer áreas da administra- ção pública. Apesar do limite excedido, é possível a revisão geral anual da remuneração e do subsídio dos agentes públicos. Letra c. O percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, podendo-se adotar, entre outras providências, a redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança, e a exonera- ção de servidores não estáveis. Se essas medidas não forem suficientes, o servidor estável poderá perder o cargo, a partir de ato normativo motivado de cada um dos Poderes especificando a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o PODER OU ÓRGÃO (LC n. 178/2021) não poderá: I – receber transferências voluntárias, salvo as destinadas a saúde, educação e assistência social; II – obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; III – contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal (LC n. 178/2021). Essas restrições se aplicam imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limi- te no primeiro quadrimestre do último ano de mandato. A partir de 2019, com a LC n. 164/18, essas restrições passaram a não se aplicar a Municípios em caso de queda de receita real superior a 10%, em comparação ao correspondente quadri- mestre do exercício financeiro anterior, em razão da: I – diminuição das transferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios decorrente de concessão de isenções tributárias pela União; II – diminuição das receitas recebidas de royalties e participações especiais. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 18 de 57 Essa disposição só se aplica caso a despesa total com pessoal do quadrimestre vigente não ultra- passe o limite percentual de 60% da receita corrente líquida do quadrimestre correspondente do ano anterior atualizada monetariamente. 1.3.3. Regras Gerais e Específicas para Aumento de Despesas com Pessoal De acordo com a Constituição, a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remu- neração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as em- presas públicas e as sociedades de economia mista Ainda com relação às despesas com pessoal, para sua implementação a LRF prevê que será nulo de pleno direito (não gerará efeitos): I – o ato que provoque aumento da despesa com pessoal que não atenda: • às exigências previstas na CF88 (citadas acima) e previstas na LRF na implementação de despesas públicas, inclusive aquelas relacionadas às de caráter continuado; • ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo; • II – o ato que resulte aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão; • III – o ato que resulte aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do titular de Poder ou ór- gão; • IV – a aprovação, a edição ou a sanção, por Chefe do Poder Executivo, por Presidente e demais membros da Mesa ou órgão decisório equivalente do Poder Legislativo, por Presidente de Tribunal do Poder Judiciário e pelo Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados, de norma legal contendo plano de alteração, reajuste e reestruturação de carreiras do setor público, ou a edição de ato, por esses agentes, para nomeação de aprovados em concurso público, quando: • resultar em aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do titular do Poder Executivo; ou • resultar em aumento da despesa com pessoal que preveja parcelas a serem implemen- tadas em períodos posteriores ao final do mandato do titular do Poder Executivo. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 19 de 57 As restrições citadas nos itens II a IV, relativas ao final de mandato, devem ser aplicadas in- clusive durante o período de recondução ou reeleição para o cargo de titular do Poder ou ór- gão autônomo. Destacamos ainda, que essas regras foram alteradas recentemente pela LC n. 173/2020. 11. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE–PE/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal, além de contemplar a fixação de limites máximos de comprometimento da receita com despesas de pessoal, estabelece vedações específicas, pautadas pelo conceito de gestão fiscal responsá- vel, entre as quais, a a) limitação do percentual de cargos em comissão a, no máximo, 10% do quadro efetivo, exce- to para as empresas não dependentes. b) proibição de contratação de pessoal temporário no âmbito da Administração direta, autár- quica e fundacional, salvo para reposição de aposentadorias em cargos efetivos. c) vedação, sob pena de nulidade, a expedição de atos que gerem aumento de despesa com pessoal nos 180 dias que antecedem o final do mandato do titular do poder ou órgão referidos no mesmo diploma. d) proibição de contratação de pessoal e abertura de concursos públicos nos 90 dias que antecedem a eleição para o Poder Executivo, salvo nas áreas da Saúde, Educação e Seguran- ça Pública. e) vedação à manutenção de regime próprio de previdência para servidores públicos cujo equi- líbrio atuarial não possa ser assegurado integralmente com contribuições dos servidores. Nos termos da LRF, é nulo de pleno direito ato que resulte aumento da despesa com pessoal nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do titular de Poder ou órgão. Letra c. 1.3.4. Despesas com Seguridade Social Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total. Não será necessária a compensaçãopelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa nos seguintes casos: • Concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação. • Expansão quantitativa do atendimento. • Reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 20 de 57 1.4. TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS 1.4.1. Transferências Voluntárias Entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de coopera- ção, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. Para realização de transferências voluntárias é necessário que haja dotação orçamentária específica e que o beneficiário comprove: • Que se acha em dia com o ente transferidor quanto a tributos, operações de crédito e prestações de conta de recursos recebidos; • Cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; • Cumprimento dos limites estabelecidos na LRF; • Previsão orçamentária de contrapartida. A suspensão de transferências voluntárias não se aplica àquelas relativas a ações de educa- ção, saúde e assistência social. 12. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/2019) Em relação às transferências voluntárias, o Art. 25 da Lei Complementar n. 101/2000 estabelece: a) Sempre que necessário serão realizadas para o Sistema Único de Saúde. b) Em algumas situações são decorrentes de determinação constitucional. c) A transferência voluntária da União para os demais entes deve estar prevista no orçamen- to da União. d) Sempre serão realizadas a título de auxílio ou assistência financeira. e) Referem-se à entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação. As transferências voluntárias consistem na entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. Quanto à letra C, haveria margem para discussão, contudo a banca não anulou a questão. Po- demos entender que esse fato se deu em razão do termo previsão ao invés de fixação. Letra e. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 21 de 57 1.4.2. Destinação de Recursos para o Setor Privado A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às con- dições estabelecidas na LDO e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. Incluem-se nessas regras as concessões de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital. No caso de recurso destinados a pessoas físicas ou jurídicas que não estejam sob controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão infe- riores aos definidos em lei ou ao custo de captação. Salvo mediante Lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Essa proibição não se aplica para concessão de operações de redesconto e de empréstimos pelo Banco Central com prazo inferior a 360 dias. 13. (FCC/TJ-MA/2019) Conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a) a destinação de recursos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atendendo as condições estabelecidas no plano plurianual. b) os atos de criação, expansão e aperfeiçoamento de ação governamental, que acarretem aumento de despesa serão acompanhados de estimativa de impacto nos exercícios subse- quentes e na referida lei. c) não é considerado aumento de despesa a prorrogação de dispêndios criados por prazo de- terminado se estes estiverem previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA). d) para transferências voluntárias, devem ser observadas as exigências da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não sendo necessária a existência de dotação específica. e) a despesa obrigatória de caráter continuado é uma despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente obrigação legal de execução por um período superior a dois anos. Essas exigências não se aplicam ao Banco Central e às instituições financeiras no exercício de suas atribuições precípuas. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 22 de 57 A alternativa “E” traz corretamente o conceito de despesa obrigatória de caráter continuado. Quanto às demais alternativas: • As condições estão previstas na LDO. • Os impactos devem ser no exercício atual e nos dois subsequentes. • A prorrogação de despesa com prazo determinado caracteriza aumento de despesa. • De haver dotação orçamentária específica para a contrapartida. Letra e. 14. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/2019) A destinação dos Recursos Públicos para o Setor Privado é abordada na Lei Complementar n. 101/2000 nos Artigos 26 a 28. Em relação a esta destinação é correto afirmar: a) Os refinanciamentos e as prorrogações de dívidas não compreendem o conjunto de recur- sos públicos destinados ao setor privado, visto que já foram contabilizados neste grupo an- teriormente. b) Esta destinação de recursos, seja para pessoa física ou jurídica, deve ser autorizada por lei geral, atender as condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e possuir previsão em orçamento ou créditos adicionais. c) Os créditos concedidos por ente de Federação a pessoas físicas ou jurídicas, que não es- tejam sob seu controle direto ou indireto, terão valores de encargos financeiros, comissões e despesas congêneres iguais ou superiores aos definidos em lei ou ao custo de captação. d) Sempre que previsto no orçamento do ente da Federação, os recursos públicos poderão ser utilizados também para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional. e) Esta destinação de recursos, seja para pessoa física ou jurídica, quando autorizada por lei específica e atender as condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, dispensa a previsão em orçamento ou créditos adicionais. No caso de recursos destinados a pessoas físicas ou jurídicas que não estejam sob controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão infe- riores aos definidos em lei ou ao custo de captação. Letra c. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 23 de 57 LDO na LRF RESUMO LDO NA LRF Equilíbrio entre receitas e despesas; Critérios e forma de limitação de empenho; Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; Demais condições e exigências para transferências de recursos à entidades públicas e privadas. Anexo de Metas Fiscais quadrimestral (demonstrado e avaliado em audiência pública até final de maio, setembro e fevereiro): com metas anuais de receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. Esse anexo conterá também: Avaliação do cumprimento de metas relativas ao ano anterior; Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciandoa consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; Avaliação da situação financeira e atuarial (referente às ciências atuariais, que se relaciona com a teoria e o cálculo de seguros) a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Anexo de Riscos Fiscais, que avaliará os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Anexo na Mensagem que encaminhar o PLDO (União), com os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente. Demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais; Demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, além das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; Reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 24 de 57 Renúncia de receita Conceito A renúncia de receita compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. Requisitos Estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, observadas as disposições da LDO, e uma das duas opções a seguir: Medidas de compensação, por meio de aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição; ou, Demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de Metas Fiscais. Despesas com Pessoal Legislativo Judiciário Executivo MP FEDERAL 2,5 % 6 % 40,9 % 0,6 % ESTADUAL 3 % 6 % 49 % 2 % MUNICIPAL 6 % - 54 % - ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 25 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 26 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro QUESTÕES COMENTADAS EM AULA 01. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/2019) A doutrina acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal indica como os pilares sobre os quais a norma teria sido construída a) o aumento do gasto público, a proteção do menor, a liberdade de empresa e a dignidade da pessoa humana. b) o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade. c) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a publicidade. d) a igualdade, a vinculação ao instrumento convocatório, a adjudicação compulsória e o jul- gamento objetivo. e) a regularidade, a continuidade, a generalidade e a modicidade das tarifas. 02. (FCC/DPE-AM/2018) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, a avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos deve ser apresentada no Anexo de a) Metas Fiscais, integrante do Plano Plurianual. b) Metas Fiscais, integrante da Lei Orçamentária Anual. c) Riscos Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual. d) Metas Fiscais, integrante da Lei de Diretrizes Orçamentárias. e) Riscos Fiscais, contido na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 03. (FCC/SEGEP-MA/2018) As metas de resultado primário estabelecidas por um ente esta- dual para os exercícios financeiros de 2018, 2019 e 2020 foram, em valores correntes e cons- tantes, respectivamente, R$ 50.000.000,00, R$ 80.000.000,00 e R$ 100.000.000,00. Assim, de acordo com as determinações da Lei Complementar n. 101/2000, essas metas devem ser apresentadas no Projeto de Lei a) do Plano Plurianual referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Metas Fiscais. b) de Diretrizes Orçamentárias referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Ris- cos Fiscais. c) de Diretrizes Orçamentárias referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Me- tas Fiscais. d) Orçamentária Anual referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Riscos Fiscais. e) Orçamentária Anual referente a 2018 e, de maneira específica, no Anexo de Metas Fiscais. 04. (FCC/SEGEP-MA/2018) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, com relação à Lei Orçamentária Anual, a) é permitido consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada, havendo dispositivo expresso neste sentido. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 27 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro b) o refinanciamento da dívida pública constará de forma conjunta na lei orçamentária e nas de crédito adicional, vedada a separação. c) a atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada poderá superar a va- riação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias. d) todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual. e) integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, exceto os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. 05. (FCC/MANAUSPREV/2021) De acordo com a Lei Complementar federal no 101/2000, a renúncia de receita tributária pode se manifestar de várias formas distintas. Constitui renúncia de receita tributária, de acordo com essa Lei, a) o diferimento do pagamento do imposto. b) o deferimento de parcelamento do crédito tributário. c) a retenção antecipada de imposto, por substituição tributária. d) a concessão de crédito presumido relativamente a impostos não cumulativos. e) a concessão de moratória. 06. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/2019) A disciplina de renúncia de receitas na Lei de Responsabilidade Fiscal diz respeito a) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza não tributária. b) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. c) à toda e qualquer receita, não exibindo delimitação. d) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza licitatória. e) à concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza contratual. 07. (FCC/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/2019) Suponha que o Município pretenda conceder benefício fiscal a determinado setor de prestação de serviços, com redução de alíquota de ISS. Ocorre que o impacto orçamentário-financeiro decorrente de tal redução não é passível de absorção no montante estimado para renúncia de receitas constante da Lei Orçamentária Anual, impactando as metas fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Diante de tal cenário, a concessão da referida isenção no exercício em curso afigura-se a) viável, desde que adotadas medidas de compensação dos impactos orçamentário-financei-ros no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 28 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro b) inviável, eis que medidas dessa natureza estão sujeitas ao princípio da anualidade, somente podendo produzir efeitos no exercício subsequente àquele em que for editada a lei que reduz a alíquota vigente. c) viável, desde que a redução de alíquota seja aprovada por lei específica e seus impactos orçamentário- financeiros no exercício em curso possam ser compensados por aumento de arrecadação no exercício subsequente. d) viável, independentemente dos impactos orçamentário-financeiros, desde que comprovados os benefícios econômicos e/ou sociais da medida, que deve ser aprovada por lei complementar. e) inviável, somente sendo admissíveis medidas de isenção ou anistia previamente autoriza- das por lei federal, sendo vedada, ainda, redução de alíquotas sem anuência do Estado no âmbito do Conselho Fazendário (Confaz). 08. (FCC/SEFAZ-BA/2019) No que se refere às despesas obrigatórias de caráter continuado de um determinado ente público, a Lei Complementar n. 101/2000 determina que a) se considera obrigatória de caráter continuado a despesa orçamentária destinada à constru- ção de uma escola derivada de lei que fixe para o referido ente a obrigação legal de execução da despesa por um período de 12 meses. b) deve haver a comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados orçamentários e financeiros previstas no Orçamento Fiscal que integra a Lei Orça- mentária Anual do referido ente. c) se considera obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de ato admi- nistrativo normativo que fixe para o referido ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. d) deve haver a comprovação de que os efeitos financeiros da despesa criada ou aumentada serão compensados pelo aumento permanente da receita corrente líquida advindo da venda de bens móveis e imóveis do referido ente. e) deve haver a comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados orçamentários e financeiros previstas no Anexo de Metas Fiscais que integra a Lei Orçamentária Anual do referido ente. 09. (FCC/SEFAZ-SC/2021) Um dos aspectos de acentuada relevância, na Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, é o que se refere às despesas com pessoal. Dada a extrema importância do assunto, solicitou-se o auxílio de um especialista na área, para ajudar na reali- zação da classificação e da contabilização das despesas de determinado ente da Federação, distinguindo-as entre “despesas de pessoal” e “outras despesas de pessoal”. O especialista, tomando como base as normas da referida Lei Complementar, classificou e contabilizou, corretamente, como ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 29 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro a) outras despesas de pessoal os gastos feitos com adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, para pagamento aos funcionários da ativa, em razão de decisão definitiva proferida em mandado de segurança. b) despesas de pessoal os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se refe- rem à substituição de servidores e empregados públicos. c) outras despesas de pessoal os gastos feitos com os inativos, a título de proventos da apo- sentadoria, reformas e pensões. d) despesas de pessoal os gastos feitos com os ativos, civis e militares, mesmo que a título de adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, e com os inativos. e) outras despesas de pessoal os gastos feitos com o pagamento de adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, para pagamento aos inativos (equipa- ração salarial de regime estatutário), em razão de decisão judicial transitada em julgado. 10. (FCC/TJ-MS/2020) A Lei de Responsabilidade Fiscal − Lei Complementar n. 101/2000 - impõe, em seu artigo 22, uma série de medidas restritivas para os Poderes e órgãos que ultrapassarem o chamado “limite prudencial”, correspondente a 95% dos limites máximos de despesas de pessoal, constantes dos artigos 19 e 20 do mesmo diploma, calculados em per- centuais da receita corrente líquida dos respectivos entes políticos. Ainda que atingido o limite prudencial, será permitido promover a) a criação de cargo, emprego ou função pública nas áreas de saúde e educação. b) a alteração de estrutura de carreira, ainda que implique aumento de despesa. c) a revisão geral anual da remuneração e do subsídio dos agentes públicos. d) a contratação de hora extra, desde que devidamente justificada a necessidade pelo ges- tor público. e) o provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal para reposição de- corrente de aposentadoria ou falecimento de servidores de quaisquer áreas da administra- ção pública. 11. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE–PE/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal, além de contemplar a fixação de limites máximos de comprometimento da receita com despesas de pessoal, estabelece vedações específicas, pautadas pelo conceito de gestão fiscal responsá- vel, entre as quais, a a) limitação do percentual de cargos em comissão a, no máximo, 10% do quadro efetivo, exce- to para as empresas não dependentes. b) proibição de contratação de pessoal temporário no âmbito da Administração direta, autár- quica e fundacional, salvo para reposição de aposentadorias em cargos efetivos. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 30 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro c) vedação, sob pena de nulidade, a expedição de atos que gerem aumento de despesa com pessoal nos 180 dias que antecedem o final do mandato do titular do poder ou órgão referidos no mesmo diploma. d) proibição de contratação de pessoal e abertura de concursos públicos nos 90 dias que antecedem a eleição para o Poder Executivo, salvo nas áreas da Saúde, Educação e Seguran- ça Pública. e) vedação à manutenção de regime próprio de previdência para servidores públicos cujo equi- líbrio atuarial não possa ser assegurado integralmente com contribuições dos servidores. 12. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/2019) Em relação às transferências voluntárias, o Art. 25 da Lei Complementar n. 101/2000 estabelece: a) Sempre que necessário serão realizadas para o Sistema Único de Saúde. b) Em algumas situações são decorrentes de determinação constitucional. c) A transferência voluntária da União para os demais entes deve estar prevista no orçamen- to da União. d) Sempre serão realizadas a título de auxílio ou assistência financeira. e) Referem-se à entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação. 13. (FCC/TJ-MA/2019) Conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a) a destinação de recursos para cobrir necessidades de pessoas físicas ou jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atendendo as condições estabelecidas no plano plurianual. b) os atos de criação, expansão e aperfeiçoamento de ação governamental, que acarretem aumento de despesa serão acompanhados de estimativa de impacto nos exercícios subse- quentes e na referida lei. c) não é considerado aumento de despesa a prorrogação de dispêndios criados por prazo de- terminado se estes estiverem previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA). d) para transferências voluntárias, devem ser observadas as exigências da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não sendo necessária a existência de dotação específica. e) a despesa obrigatória de caráter continuado é uma despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixe para o ente obrigação legal de execução por um período superior a dois anos.14. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/2019) A destinação dos Recursos Públicos para o Setor Privado é abordada na Lei Complementar n. 101/2000 nos Artigos 26 a 28. Em relação a esta destinação é correto afirmar: a) Os refinanciamentos e as prorrogações de dívidas não compreendem o conjunto de recur- sos públicos destinados ao setor privado, visto que já foram contabilizados neste grupo an- teriormente. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 31 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro b) Esta destinação de recursos, seja para pessoa física ou jurídica, deve ser autorizada por lei geral, atender as condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e possuir previsão em orçamento ou créditos adicionais. c) Os créditos concedidos por ente de Federação a pessoas físicas ou jurídicas, que não es- tejam sob seu controle direto ou indireto, terão valores de encargos financeiros, comissões e despesas congêneres iguais ou superiores aos definidos em lei ou ao custo de captação. d) Sempre que previsto no orçamento do ente da Federação, os recursos públicos poderão ser utilizados também para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional. e) Esta destinação de recursos, seja para pessoa física ou jurídica, quando autorizada por lei específica e atender as condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, dispensa a previsão em orçamento ou créditos adicionais. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 32 de 57 QUESTÕES DE CONCURSO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 15. (FADESP/CÂMARA DE MARABÁ – PA/2021) Conforme o Art. 14 da Lei Complementar n. 101/2000 (Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF), “a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompa- nhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência”. Portanto, a renúncia de receitas, conforme o § 1º do Art. 14 da LRF, compreende a) anistia, remissão, subsídio, crédito concedido, concessão de isenção em caráter geral, alte- ração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique aumento discriminado de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. b) anistia, remissão, subsídio, crédito concedido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota de base de cálculo que implique redução discriminada de impostos ou taxas, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. c) anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. d) anistia, punição, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter geral, modi- ficação de base de cálculo que implique aumento discriminado de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. e) anistia, punição, subsídio, crédito concedido, concessão de isenção em caráter geral, alte- ração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique aumento discriminado de impostos ou taxas, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. 16. (IBID/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) A programação orçamentária e financeira con- siste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Poder Executivo estabelecerá, nos termos em que dispu- ser a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a programação financeira no prazo de a) até trinta dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. b) até quinze dias úteis após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. c) até quinze dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. d) até trinta dias úteis após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. e) até sessenta dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. 17. (IBID/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) dedica atenção especial às despesas com pessoal da União, Estados e Municípios, estabelecendo limites para essa despesa. Assim, assinale a alternativa que apresenta corretamente um item computado para fins do cálculo do limite da despesa total com pessoal. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 33 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro a) Indenizações por demissão de servidores ou empregados. b) Terceirização de mão de obra para substituição de servidores. c) Programas de incentivo a demissão voluntária de servidores. d) Pensionistas pagos com recursos de contribuições dos segurados. e) Contrato de gestão com organização social de saúde. 18. (GS ASSESSORIA E CONCURSOS/PREFEITURA DE IRATI – SC/2021) Leia o texto abaixo: “§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar”. Pelo teor do texto, a citação acima é própria da: a) PPA – Plano Plurianual. b) LOA – Lei Orçamentária Anual. c) CF – Constituição Federal do Brasil. d) LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias. e) LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal. 19. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ – RO/2021) Con- forme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no que tange à Lei de Diretrizes Orça- mentárias, assinale a alternativa incorreta. a) Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. b) A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. c) O Anexo de Riscos Fiscais conterá, ainda: avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos dois exercícios anteriores, evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; evolução do patrimônio líquido, também nos últimos dois exer- cícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de passivos. d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias atenderá o disposto no § 2º, do art. 165 da Constituição e disporá também sobre equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas nesta lei (LRF); normas relativas ao controle de ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 34 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos e demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 20. (PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC /PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC 2021) No to- cante às despesas obrigatórias de caráter continuado, segundo preceitos da LRF, considera-se aquelas que fixem para o ente federativo a obrigação legal de sua execução por um períodosuperior a dois exercícios, sendo derivadas de: a) lei, medida provisória ou ato administrativo normativo; b) portaria, comunicação interna o ofício c) lei complementar, lei orgânica, comunicação interna d) somente lei. 21. (PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC /PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC/2021) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (Lei Complementar n. 101/2000) estabelece normas para gestão da receita, da despesa, ao endividamento e ao patrimônio, que são aplicáveis a todas as esferas do governo. Sobre esse tema, analise as afirmações seguintes: I – A despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder a 60% dos percentuais da receita corrente líquida, para os Municípios, e 50% para a União. II – Se as despesas totais com pessoal excederem o limite estabelecido, o excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro. III – A LRF não permite a redução temporária da jornada de trabalho, com adequação dos ven- cimentos à nova carga horária. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 22. (QUADRIX/CRF-AP/2021) No que se refere a normas específicas de gestão fiscal, finan- ceira e orçamentária, julgue o item. A receita corrente líquida é restrita aos recursos arrecadados no exercício financeiro em curso. 23. (UFF/COSEAC/2019) A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal elenca uma série de regras que objetivam controlar o aumento de gastos com pessoal. Como medida preventiva a LRF estabelece que, quando atingido um determinado percentual, os Tribunais de Contas devam alertar aos Poderes ou Órgãos. Esse porcentual é de: a) 50%. b) 60%. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 35 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro c) 90%. d) 80%. e) 75%. 24. (FUNDATEC/PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO – RS/2020) A concessão ou amplia- ção de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita está disciplinada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar n. 101/2000). A LRF relaciona os benefícios tributários que se caracterizam como Renúncia de Receita. Entre eles NÃO consta: a) Anistia. b) Crédito Presumido. c) Isenção em Caráter Geral. d) Remissão. e) Subsídio. 25. (INSTITUTO AOCP/UFPB/2019) Considerando o avanço na área das finanças públicas e a edição da Lei Complementar de responsabilidade Fiscal – LRF, que estabeleceu regras e con- troles com o intuito de propiciar o equilíbrio das finanças públicas, segundo o Manual de Con- tabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP (2017), o que NÃO foi estabelecido pela LRF? a) Reinvestimento. b) Limite de dívida consolidada. c) Garantias. d) Restos a pagar. e) Despesas de pessoal. 26. (COSEAC/UFF/2019) Conforme dispõe o art. 25 da Lei Complementar n. 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) –, a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), denomina-se: a) repasse transiente. b) repasse afim. c) transferência voluntária. d) transferência unilateral. e) destaque especial. 27. (CESPE/PGM/CAMPO GRANDE – MS/2019) Para apurar a regular instituição de reserva de contingência, tribunal de contas deverá consultar, nos termos da LRF, ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 36 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro a) a lei orçamentária anual, que deverá estabelecer o montante. b) a lei orçamentária anual, que deverá estabelecer a forma de utilização. c) o plano plurianual, que deverá estabelecer a forma de utilização e o montante. d) a lei de diretrizes orçamentárias, sendo o montante e a forma de utilização definidos pelo plano plurianual. e) a lei orçamentária anual, sendo o montante e a forma de utilização definidos pela lei de di- retrizes orçamentárias. 28. (CESPE/TCE-RO/2019) Nos termos da LRF, pode ser classificada como transferência voluntária a entrega espontânea de recursos de um ente da Federação a outro que a) seja derivada de determinação prevista na Constituição. b) seja derivada de determinação prevista em lei ordinária. c) seja destinada ao Sistema Único de Saúde. d) seja destinada à educação municipal. e) não seja oriunda de receitas de capital. 29. (COMPERVE/CÂMARA DE PARNAMIRIM – RN/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu Art. 19, define que “Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: [...] Municí- pios: 60%”. Em seguida, no Art. 20, a LRF determina que, para os municípios, a repartição do limite global do Art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais. a) 6% para o Legislativo e 54% para o Executivo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver). b) 5% para o Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver) e 55% para o Executivo. c) 6% para o Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver) e 54% para o Executivo. d) 5% para o Legislativo e 55% para o Executivo (incluído o Tribun al de Contas do Município, quando houver). 30. (CESPE/MPC-PA/2019) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, é vedado o financiamento de despesas correntes com aplicação de receita de capital oriunda de bens e di- reitos constituintes do patrimônio público. Contudo, excetuam-se dessa regra as despesas com a) os regimes previdenciários geral e próprio dos servidores públicos. b) situações emergenciais e de calamidade pública. c) ampliação do patrimônio público. d) amortização da dívida pública. e) inversões financeiras. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 37 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 31. (CESPE/MPC-PA/2019) Sete meses antes do fim de seu mandato, que se encerraria em 31 de dezembro daquele ano, o presidente do tribunal de justiça de certo estado da Federação contraiu obrigação de despesa orçamentária que não pôde ser cumprida integralmente dentro do exercício financeiro. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, a conduta do presidente do tribunal de justiça é considerada a) regular, uma vez que apenas chefe do Poder Executivo é impedido de adotá-la. b) regular, porque ocorreu antes do prazo limite legalmente previsto, que é de até seis meses antes do término do mandato. c) irregular se não houver suficiente disponibilidade de caixa para liquidar o restante da obri- gação no exercício seguinte. d) regular, bastando incluir o restante da obrigação na rubrica de restos a pagar. e) irregular, visto que é obrigação do gestor o cumprimento das obrigações orçamentárias dentro do exercício financeiro. 32. (CESPE/MPC-PA/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal autoriza ente federado a a) captar, de outro ente federado, recursos a título de antecipação de receita de tributo cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido. b) contrair empréstimo com instituição financeira estatal, para financiamento de despe- sa corrente. c) firmar compromisso com fornecedor de bens, mediante emissão de título de crédito. d) receber, antecipadamente, lucros e dividendos de empresa estatal dependente. e) assumir obrigação com fornecedores, ainda que sem autorização orçamentária, para paga- mento posterior. 33. (QUADRIX/CRO-AC/2019) Acerca dos aspectos básicos de administração financeira e orçamentária, julgue o item. Os recursos provenientes de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária so- mente podem ser utilizados nas finalidades estabelecidas pela lei de diretrizes orçamentárias. 34. (QUADRIX/CRO-GO/2019) Quanto à dívida pública e à dívida ativa, julgue o item. Se umente público ultrapassar seu limite de endividamento, ele estará impedido de conceder aumento de remuneração a servidores públicos enquanto perdurar esse excesso. 35. (QUADRIX/CRO-GO/2019) Com relação ao plano plurianual, à lei de diretrizes orçamen- tárias e à lei orçamentária anual, julgue o item. Os valores destinados ao refinanciamento da dívida pública devem constar, de forma segrega- da, na lei orçamentária anual e nas leis de crédito adicional. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 38 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 36. (QUADRIX/CRF-ES/2019) A respeito dos mecanismos básicos de administração orça- mentária, julgue o item. A lei de diretrizes orçamentárias deve determinar a destinação de recursos provenientes das operações de crédito por antecipação de receita. 37. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) Se o município pretender celebrar operação de crédi- to externo com garantia da União, esta poderá exigir como contragarantia a receita de ISSQN. 38. (CESPE/MPC-PA/2019) Determinado estado deixou de efetuar o pagamento de preca- tório por mais de dois exercícios consecutivos, sem razão de força maior. Nessa situação, essa dívida a) integra a dívida pública flutuante e pode ensejar intervenção federal. b) integra a dívida pública flutuante e pode ensejar o sequestro da quantia. c) integra a dívida pública mobiliária e pode ensejar intervenção federal. d) integra a dívida pública consolidada e pode ensejar sequestro da quantia. e) integra a dívida pública consolidada e pode ensejar intervenção federal. 39. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) O pagamento de servidores inativos e pensionistas do município jamais poderá se realizar com recursos oriundos da venda de ações do capital social de sociedade de economia mista municipal. 40. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) A transparência na gestão fiscal do município é as- segurada, entre outras medidas, pela implantação de sistema integrado de administração fi- nanceira e de controle pautado em padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Exe- cutivo estadual. 41. (CESPE/PGM-JOÃO PESSOA-PB/2018) À luz da LRF, julgue os próximos itens. I – São exigências para a realização de transferência voluntária, entre outras, a observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária e de operações de crédito e a previsão orça- mentária de contrapartida pelo recebedor. II – Em nenhuma hipótese poderão ser utilizados recursos públicos, nem mesmo de opera- ções de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. III – Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívi- das pelo ente da Federação. IV – A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas, por instituições financeiras estatais, deverá ser auto- ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 39 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro rizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na LDO e estar prevista no orça- mento ou em seus créditos adicionais. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 42. (FCC/CLDF/2018) Para realizar uma avaliação comparativa entre os estados brasileiros e o Distrito Federal, um pesquisador necessita dos dados referentes ao cumprimento dos li- mites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal quanto à despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas. Nesse caso, o pesquisador deverá a) acessar os relatórios de gestão fiscal que devem ser emitidos ao final de cada quadrimestre e publicados até trinta dias após o encerramento do período a que corresponderem. b) acessar os relatórios resumidos da execução orçamentária que devem ser publicados até trinta dias após o encerramento de cada bimestre a que corresponderem. c) acessar os relatórios resumidos da execução orçamentária que devem ser publicados até sessenta dias após o encerramento de cada bimestre a que corresponderem. d) solicitar os dados via Lei de Acesso à Informação porque tais dados não são, obrigatoria- mente, disponibilizados ao público em geral. e) acessar os relatórios de gestão fiscal que devem ser emitidos ao final de cada bimestre e publicados até sessenta dias após o encerramento do período a que corresponderem. 43. (CCV-UFC/UFC/2018) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/00), no tocante à Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária, é cor- reto afirmar: a) realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício. b) poderá ser realizada até o mês de junho do último ano de mandato do Prefeito Municipal c) deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 31 de dezembro de cada ano. d) não será autorizada se cobrada taxa de juros da operação, prefixada ou indexada à taxa básica financeira. e) poderá ser realizada ainda que exista operação anterior da mesma natureza, desde que a anterior tenha sido resgatada em pelo menos setenta por cento do seu valor. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 40 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 44. (CESPE/TCE-MG/2018) Empréstimo tomado por ente federativo para atender a despe- sas de restos a pagar a) aumenta a dívida pública fundada. b) possui a mesma classificação da dívida para atender a depósitos de cauções. c) integra a dívida de longo prazo. d) pode ensejar intervenção federal se não ocorrer o pagamento da dívida no exercício seguinte. e) é receita pública em sentido estrito. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 41 de 57 GABARITO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 1. b 37. C 2. d 38. e 3. c 39. E 4. d 40. E 5. d 41. b 6. b 42. a 7. a 43. a 8. c 44. b 9. d 10. c 11. c 12. e 13. e 14. c 15. c 16. a 17. b 18. e 19. c 20. a 21. c 22. E 23. c 24. c 25. a 26. c 27. e 28. d 29. c 30. a 31. c 32. d 33. E 34. E 35. C 36. E ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 42 de 57 GABARITO COMENTADO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 15. (FADESP/CÂMARA DE MARABÁ – PA/2021) Conforme o Art. 14 da Lei Complementar n. 101/2000 (Lei da Responsabilidade Fiscal – LRF), “a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompa- nhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência”. Portanto, a renúncia de receitas, conforme o § 1º do Art. 14 da LRF, compreende a) anistia, remissão, subsídio, crédito concedido, concessão de isenção em caráter geral, alte- ração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique aumento discriminado de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. b) anistia, remissão, subsídio, crédito concedido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota de base de cálculo que implique redução discriminada de impostos ou taxas, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. c) anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. d) anistia, punição, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter geral, modi- ficação de base de cálculo que implique aumento discriminado de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. e) anistia, punição, subsídio, crédito concedido, concessão de isenção em caráter geral, alte- ração de alíquotaou modificação de base de cálculo que implique aumento discriminado de impostos ou taxas, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado. A renúncia de receita compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que corres- pondam a tratamento diferenciado. Letra c. 16. (IBID/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) A programação orçamentária e financeira con- siste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Poder Executivo estabelecerá, nos termos em que dispu- ser a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a programação financeira no prazo de a) até trinta dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. b) até quinze dias úteis após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. c) até quinze dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 43 de 57 Allan Mendes e Vinicius Ribeiro d) até trinta dias úteis após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. e) até sessenta dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. O decreto contendo a programação orçamentária e financeira deve ser publicado até trinta dias após a publicação dos orçamentos fiscal e da seguridade social. Letra a. 17. (IBID/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) dedica atenção especial às despesas com pessoal da União, Estados e Municípios, estabelecendo limites para essa despesa. Assim, assinale a alternativa que apresenta corretamente um item computado para fins do cálculo do limite da despesa total com pessoal. a) Indenizações por demissão de servidores ou empregados. b) Terceirização de mão de obra para substituição de servidores. c) Programas de incentivo a demissão voluntária de servidores. d) Pensionistas pagos com recursos de contribuições dos segurados. e) Contrato de gestão com organização social de saúde. A terceirização de mão de obra para substituição de servidores deve ser classificada como outras despesas de pessoal e computada para fins do limite de gastos. Letra b. 18. (GS ASSESSORIA E CONCURSOS/PREFEITURA DE IRATI – SC/2021) Leia o texto abaixo: “§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar”. Pelo teor do texto, a citação acima é própria da: a) PPA – Plano Plurianual. b) LOA – Lei Orçamentária Anual. c) CF – Constituição Federal do Brasil. d) LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias. e) LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal. Trata-se de trecho extraído da LRF. Letra e. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 44 de 57 19. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ – RO/2021) Con- forme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no que tange à Lei de Diretrizes Orça- mentárias, assinale a alternativa incorreta. a) Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. b) A Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. c) O Anexo de Riscos Fiscais conterá, ainda: avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos dois exercícios anteriores, evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; evolução do patrimônio líquido, também nos últimos dois exer- cícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de passivos. d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias atenderá o disposto no § 2º, do art. 165 da Constituição e disporá também sobre equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas nesta lei (LRF); normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orça- mentos e demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. Pura decoreba da lei! O Anexo de Metas Fiscais conterá demonstrativo das metas anuais, ins- truído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, com- parando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Letra c. 20. (PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC /PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC 2021) No to- cante às despesas obrigatórias de caráter continuado, segundo preceitos da LRF, considera-se aquelas que fixem para o ente federativo a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios, sendo derivadas de: a) lei, medida provisória ou ato administrativo normativo; b) portaria, comunicação interna o ofício c) lei complementar, lei orgânica, comunicação interna d) somente lei. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 45 de 57 As despesas de caráter continuado são despesas correntes derivadas de lei, medida provisó- ria ou ato administrativo normativo, que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. Letra a. 21. (PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC /PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC/2021) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (Lei Complementar n. 101/2000) estabelece normas para gestão da receita, da despesa, ao endividamento e ao patrimônio, que são aplicáveis a todas as esferas do governo. Sobre esse tema, analise as afirmações seguintes: I – A despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder a 60% dos percentuais da receita corrente líquida, para os Municípios, e 50% para a União. II – Se as despesas totais com pessoal excederem o limite estabelecido, o excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro. III – A LRF não permite a redução temporária da jornada de trabalho, com adequação dos ven- cimentos à nova carga horária. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. Apenas a assertiva III está incorreta, visto que a LRF permite a redução da jornada de trabalho, vide trecho do art. 23: Letra c. Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos § § 3º e 4º do art. 169 da Constituição. § 1º No caso do incisoI do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. § 2º É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 46 de 57 22. (QUADRIX/CRF-AP/2021) No que se refere a normas específicas de gestão fiscal, finan- ceira e orçamentária, julgue o item. A receita corrente líquida é restrita aos recursos arrecadados no exercício financeiro em curso. Não é bem assim. A RCL leva em conta o mês de referência e os onze meses anteriores. Errado. 23. (UFF/COSEAC/2019) A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal elenca uma série de regras que objetivam controlar o aumento de gastos com pessoal. Como medida preventiva a LRF estabelece que, quando atingido um determinado percentual, os Tribunais de Contas devam alertar aos Poderes ou Órgãos. Esse porcentual é de: a) 50%. b) 60%. c) 90%. d) 80%. e) 75%. Trata-se do limite de alerta, de 90% da RCL comprometida com gastos com pessoal. Letra c. 24. (FUNDATEC/PREFEITURA DE SANTO AUGUSTO – RS/2020) A concessão ou amplia- ção de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita está disciplinada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar n. 101/2000). A LRF relaciona os benefícios tributários que se caracterizam como Renúncia de Receita. Entre eles NÃO consta: a) Anistia. b) Crédito Presumido. c) Isenção em Caráter Geral. d) Remissão. e) Subsídio. A renúncia de receita compreende a isenção de caráter não geral. Letra c. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 47 de 57 25. (INSTITUTO AOCP/UFPB/2019) Considerando o avanço na área das finanças públicas e a edição da Lei Complementar de responsabilidade Fiscal – LRF, que estabeleceu regras e con- troles com o intuito de propiciar o equilíbrio das finanças públicas, segundo o Manual de Con- tabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP (2017), o que NÃO foi estabelecido pela LRF? a) Reinvestimento. b) Limite de dívida consolidada. c) Garantias. d) Restos a pagar. e) Despesas de pessoal. Reinvestimento não é um dos temas tratados pela LRF. Letra a. 26. (COSEAC/UFF/2019) Conforme dispõe o art. 25 da Lei Complementar n. 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) –, a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Fe- deração, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), denomina-se: a) repasse transiente. b) repasse afim. c) transferência voluntária. d) transferência unilateral. e) destaque especial. Trata-se das transferências voluntárias. Letra c. 27. (CESPE/PGM/CAMPO GRANDE – MS/2019) Para apurar a regular instituição de reserva de contingência, tribunal de contas deverá consultar, nos termos da LRF, a) a lei orçamentária anual, que deverá estabelecer o montante. b) a lei orçamentária anual, que deverá estabelecer a forma de utilização. c) o plano plurianual, que deverá estabelecer a forma de utilização e o montante. d) a lei de diretrizes orçamentárias, sendo o montante e a forma de utilização definidos pelo plano plurianual. e) a lei orçamentária anual, sendo o montante e a forma de utilização definidos pela lei de di- retrizes orçamentárias. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 48 de 57 A reserva de contingência fará parte da LOA, sendo o montante e a forma de utilização defini- dos pela lei de diretrizes orçamentárias. Letra e. 28. (CESPE/TCE-RO/2019) Nos termos da LRF, pode ser classificada como transferência voluntária a entrega espontânea de recursos de um ente da Federação a outro que a) seja derivada de determinação prevista na Constituição. b) seja derivada de determinação prevista em lei ordinária. c) seja destinada ao Sistema Único de Saúde. d) seja destinada à educação municipal. e) não seja oriunda de receitas de capital. A transferência voluntária pode ser utilizada para destinar recursos à educação municipal. Letra d. 29. (COMPERVE/CÂMARA DE PARNAMIRIM – RN/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu Art. 19, define que “Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: [...] Municí- pios: 60%”. Em seguida, no Art. 20, a LRF determina que, para os municípios, a repartição do limite global do Art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais. a) 6% para o Legislativo e 54% para o Executivo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver). b) 5% para o Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver) e 55% para o Executivo. c) 6% para o Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver) e 54% para o Executivo. d) 5% para o Legislativo e 55% para o Executivo (incluído o Tribun al de Contas do Município, quando houver). Nos municípios os limites são de 6% para o Legislativo (incluído o Tribunal de Contas do Muni- cípio, quando houver) e 54% para o Executivo. Letra c. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 49 de 57 30. (CESPE/MPC-PA/2019) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, é vedado o financiamento de despesas correntes com aplicação de receita de capital oriunda de bens e di- reitos constituintes do patrimônio público. Contudo, excetuam-se dessa regra as despesas com a) os regimes previdenciários geral e próprio dos servidores públicos. b) situações emergenciais e de calamidade pública. c) ampliação do patrimônio público. d) amortização da dívida pública. e) inversões financeiras. Só pode ser for regimes previdenciários. Letra a. 31. (CESPE/MPC-PA/2019) Sete meses antes do fim de seu mandato, que se encerraria em 31 de dezembro daquele ano, o presidente do tribunal de justiça de certo estado da Federação contraiu obrigação de despesa orçamentária que não pôde ser cumprida integralmente dentro do exercício financeiro. Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, a conduta do presidente do tribunal de justiça é considerada a) regular, uma vez que apenas chefe do Poder Executivo é impedido de adotá-la. b) regular, porque ocorreu antes do prazo limite legalmente previsto, que é de até seis meses antes do término do mandato. c) irregular se não houver suficiente disponibilidade de caixa para liquidar o restante da obri- gação no exercício seguinte. d) regular, bastando incluir o restante da obrigação na rubrica de restos a pagar. e) irregular, visto que é obrigação do gestor o cumprimento das obrigações orçamentárias dentro do exercício financeiro. Essa conduta se mostra irregular. Se tivesse suficiente disponibilidade de caixa para liquidar o restante da obrigação no exercício seguinte, aí poderia. Letra c. 32. (CESPE/MPC-PA/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal autoriza ente federado a a) captar, de outro ente federado, recursos a título de antecipação de receita de tributo cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido. b) contrair empréstimo com instituição financeira estatal, para financiamento de despe- sa corrente. c) firmar compromisso com fornecedor de bens, mediante emissão de título de crédito. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 50 de 57 d) receber, antecipadamente, lucros e dividendos de empresa estatal dependente. e) assumir obrigação com fornecedores, ainda que sem autorização orçamentária, para paga- mento posterior. Receber Lucros e dividendos pode. Letra d.33. (QUADRIX/CRO-AC/2019) Acerca dos aspectos básicos de administração financeira e orçamentária, julgue o item. Os recursos provenientes de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária so- mente podem ser utilizados nas finalidades estabelecidas pela lei de diretrizes orçamentárias. Quem estabelece o uso é a LRF. Não é a LDO. Errado. 34. (QUADRIX/CRO-GO/2019) Quanto à dívida pública e à dívida ativa, julgue o item. Se um ente público ultrapassar seu limite de endividamento, ele estará impedido de conceder aumento de remuneração a servidores públicos enquanto perdurar esse excesso. Não há esse impedimento no caso estrito de ultrapassem de limite de endividamento. Esse tipo de restrição ocorre no excesso de despesa de pessoal. Errado. 35. (QUADRIX/CRO-GO/2019) Com relação ao plano plurianual, à lei de diretrizes orçamen- tárias e à lei orçamentária anual, julgue o item. Os valores destinados ao refinanciamento da dívida pública devem constar, de forma segrega- da, na lei orçamentária anual e nas leis de crédito adicional. Isso. De forma separadinha! Certo. 36. (QUADRIX/CRF-ES/2019) A respeito dos mecanismos básicos de administração orça- mentária, julgue o item. A lei de diretrizes orçamentárias deve determinar a destinação de recursos provenientes das operações de crédito por antecipação de receita. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 51 de 57 LRF que cuida disso. Errado. 37. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) Se o município pretender celebrar operação de crédi- to externo com garantia da União, esta poderá exigir como contragarantia a receita de ISSQN. Isso! A União pode exigir a receita de um imposto como contragarantia. Certo. 38. (CESPE/MPC-PA/2019) Determinado estado deixou de efetuar o pagamento de preca- tório por mais de dois exercícios consecutivos, sem razão de força maior. Nessa situação, essa dívida a) integra a dívida pública flutuante e pode ensejar intervenção federal. b) integra a dívida pública flutuante e pode ensejar o sequestro da quantia. c) integra a dívida pública mobiliária e pode ensejar intervenção federal. d) integra a dívida pública consolidada e pode ensejar sequestro da quantia. e) integra a dívida pública consolidada e pode ensejar intervenção federal. Isso aí é dívida consolidada ou fundada. O não pagamento, durante 2 anos consecutivos, da dívida fundada é motivo para intervenção federal e estadual. Letra e. 39. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) O pagamento de servidores inativos e pensionistas do município jamais poderá se realizar com recursos oriundos da venda de ações do capital social de sociedade de economia mista municipal. A previdência é uma exceção à proibição de aplicação de receita de capital em despe- sas corrente. Errado. 40. (CESPE/PGM-MANAUS-AM/2018) A transparência na gestão fiscal do município é as- segurada, entre outras medidas, pela implantação de sistema integrado de administração fi- nanceira e de controle pautado em padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Exe- cutivo estadual. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 52 de 57 Não é o estadual. É o Poder Executivo da União. Errado. 41. (CESPE/PGM-JOÃO PESSOA-PB/2018) À luz da LRF, julgue os próximos itens. I – São exigências para a realização de transferência voluntária, entre outras, a observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária e de operações de crédito e a previsão orça- mentária de contrapartida pelo recebedor. II – Em nenhuma hipótese poderão ser utilizados recursos públicos, nem mesmo de opera- ções de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. III – Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívi- das pelo ente da Federação. IV – A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas, por instituições financeiras estatais, deverá ser auto- rizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na LDO e estar prevista no orça- mento ou em seus créditos adicionais. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. Aos erros. II – Errada. Lei específica pode permitir. IV – Errada. Instituições financeiras não. Letra b. 42. (FCC/CLDF/2018) Para realizar uma avaliação comparativa entre os estados brasileiros e o Distrito Federal, um pesquisador necessita dos dados referentes ao cumprimento dos li- mites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal quanto à despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas. Nesse caso, o pesquisador deverá a) acessar os relatórios de gestão fiscal que devem ser emitidos ao final de cada quadrimestre e publicados até trinta dias após o encerramento do período a que corresponderem. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 53 de 57 b) acessar os relatórios resumidos da execução orçamentária que devem ser publicados até trinta dias após o encerramento de cada bimestre a que corresponderem. c) acessar os relatórios resumidos da execução orçamentária que devem ser publicados até sessenta dias após o encerramento de cada bimestre a que corresponderem. d) solicitar os dados via Lei de Acesso à Informação porque tais dados não são, obrigatoria- mente, disponibilizados ao público em geral. e) acessar os relatórios de gestão fiscal que devem ser emitidos ao final de cada bimestre e publicados até sessenta dias após o encerramento do período a que corresponderem. Isso está no RGF, que é publicado em até 30 dias do encerramento do quadrimestre. Letra a. 43. (CCV-UFC/UFC/2018) Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/00), no tocante à Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária, é cor- reto afirmar: a) realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício. b) poderá ser realizada até o mês de junho do último ano de mandato do Prefeito Municipal c) deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 31 de dezembro de cada ano. d) não será autorizada se cobrada taxa de juros da operação, prefixada ou indexada à taxa básica financeira. e) poderá ser realizada ainda que exista operação anterior da mesma natureza, desde que a anterior tenha sido resgatada em pelo menos setenta por cento do seu valor. Aos erros. b) Errada. No último ano inteiro do mandato não pode. c) Errada. 10/12. d) Errada. Taxa de juros pode ser cobrada. e) Errada. Letra a. IV – estará proibida: a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada; 44. (CESPE/TCE-MG/2018) Empréstimo tomado por ente federativo para atender a despe- sas de restos a pagar a) aumenta a dívida pública fundada. b) possui a mesma classificação da dívida para atender a depósitos de cauções. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 54 de 57 c) integra a dívida de longo prazo. Allan Mendes e Vinicius Ribeiro d) pode ensejar intervenção federal se não ocorrer o pagamento da dívida no exercício seguinte. e) é receita pública em sentido estrito. Dívida Flutuante ou Administrativa: Compromisso exigível cujo pagamento independe de auto- rização orçamentária. São exemplos: restos a pagar, operações de crédito por antecipação de receita e depósitos. Letra b. ORÇAMENTO PÚBLICO LRF - Parte I 55 de 57 Giacomoni Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público STN REFERÊNCIAS Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Manual Técnico de Orçamento SOF Gestão de Finanças Públicas Albuquerque, Medeiros e Feijó Allan Mendes Auditorde Controle Interno do Distrito Federal. Ex-servidor do Ministério Público da União (MPU), onde atuou como diretor administrativo e financeiro do Programa de Saúde dos Membros e Servidores. Ex- servidor do Fundo Nacional de Educação (FNDE), onde atuou como chefe da Divisão de Prestação de Contas de Convênios. Graduado em Ciências Contábeis pela UnB e em Direito pela UPIS. Pós-graduado em Contabilidade Pública na WPÓS e mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília. Vinicius Ribeiro Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as leis orçamentárias. Aprovado no concurso de Consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos, publicado pela editora GEN. Professor de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e Orçamento no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no CNJ e no STF; e Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na FGV.