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1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
>
>
>
IN
íC
IO
108
Você quer comprar um tênis de 
r$ 200,00, mas não tem dinheiro 
sobrando para isso. 
Você analisa suas despesas e 
descobre que consegue poupar 
r$ 40,00 por mês. Você:
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
109
Decide esperar e juntar 
todo o dinheiro antes de 
comprá-lo. Basta poupar 
e em cinco meses o tênis 
vai ser seu.
Não aguenta esperar 
e decide comprar o 
tênis parcelado.
A poupança é a parte da receita que não é consumida, ou seja: 
“receita” é o dinheiro que entra e “poupança” é o dinheiro que você 
NÃO utiliza com gastos. Quando você guarda o dinheiro que sobra 
hoje com o objetivo de gastá-lo no futuro, está fazendo poupança. 
A sobra pode ser: 
Casual. Se for casual, não 
pensada, pode não se repetir 
no mês seguinte.
Intencional. Se for intencional, 
resultando de um esforço 
planejado, pode render melhores 
frutos no futuro, mais dinheiro 
para consumir alguma coisa que se 
quer muito. 
Quando você chega para comprar o 
tênis, descobre que a loja dá 5% de 
desconto para pagamento à vista, e 
o tênis acaba saindo por r$ 190,00. 
Se você não quiser ou não puder 
esperar e resolver comprar 
o tênis logo, gastando um 
dinheiro que ainda não possui, 
vai ter de fazê-lo por meio de 
um financiamento, e isso tem 
um preço. Você acaba gastando 
mais dinheiro com uma tal de 
taxa de juros, que é uma quantia 
que você paga pela vantagem 
de desembolsar menos dinheiro 
agora. Basta ver a diferença 
entre comprar o mesmo produto 
à vista e a prazo.
Quando você chega para comprar o tênis, descobre que 
ele pode ser vendido em seis parcelas iguais de 
r$ 40,00. Você vai pagar um pouco mais caro — afinal, 
seis prestações de r$ 40,00 são r$ 240,00 —, mas você 
acha que compensa, pois não iria aguentar esperar e 
não quer correr o risco de acabar o modelo. 
CHEGADA
> >
110
Você pede para a vendedora 
colocar seu sapato velho na sacola 
e sai da loja feliz e contente com 
os tênis novos nos pés. 
repararam que o resultado final é igual? Você compra o tê-
nis. Não importa a opção que tenha escolhido. Tire a prova: 
leia tudo de novo, mas dessa vez escolhendo a outra opção. 
Se você esperar cinco meses, poupando r$ 40,00 por mês nos 
primeiros quatro meses e r$ 30,00 no quinto mês, você leva o 
tênis por r$ 190,00, que é o preço à vista com o desconto de 
5%. Se decidir financiar, o tênis termina custando r$ 50,00 a 
mais do que poupando (r$ 240,00 – r$ 190,00). 
se você antecipou o consumo e adiou a poupança, em vez de 
antecipar a poupança e adiar o consumo, o preço pago por 
essa escolha foi a taxa de juros embutida nas prestações.
COmpaRe:
Poupando: pagamento à vista com desconto – custo final 
do tênis: r$ 190,00
financiando: pagamento a prazo em prestações – custo 
final do tênis: r$ 240,00
Afinal, o que você achou melhor? Você prefere poupar ou fi-
nanciar? Não tem resposta certa ou errada. O orçamento dá 
para você os meios de planejar melhor, mas QuEm dEcidE é 
vocÊ, depois de se consultar internamente para ver se é isso 
mesmo o que quer. 
cara a cara
o que você aprendeu?
111
 aPreNDi:
 a calcUlar a DifereNça eNtre PreçOs à vista e a PrazO 
 a DeciDir se é MelhOr cOMPrar à vista OU a PrazO
 a DifereNciar eNtre fiNaNciaMeNtO e eMPréstiMO
eXPeriMeNte! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Estabeleça uma meta de compra de alguma roupa. pode ser um tênis, uma calça, o que você 
quiser muito ou estiver precisando. pesquise preços em diferentes locais até achar onde 
você quer comprar a peça e por qual preço. Qual a diferença de preço entre comprar à vista 
(poupando antes) e a prazo (poupando depois)? você vai comprar à vista ou a prazo?
depois de saber o preço e decidir a forma de pagamento, faça o planejamento dessa com-
pra. Quanto você precisará poupar por mês? De quantos meses vai precisar? Quais despesas 
você vai cortar para economizar o valor necessário por mês?
Um financiamento ocorre quando uma organização, normalmente uma insti-
tuição financeira ou uma loja comercial, viabiliza o pagamento de um produto 
ou serviço, emprestando o dinheiro, sobre o qual cobrará juros.
O financiamento diferencia-se do empréstimo comum por estar vinculado à 
venda de um bem ou serviço.
Pisca alerta
a compra a prazo sempre tem juros. Se não estão indicados, não significa 
que não existam, estão apenas embutidos no preço. Muitas lojas desrespeitam a 
legislação e colocam o preço total em tamanho bem pequenininho.
você tem direito a informações destacadas!
Muitas lojas não exibem o preço à vista, o que é ilegal, pois o Código de 
Defesa do Consumidor (www.planalto.gov.br/legislacao) determina que 
ele seja mostrado. É direito do consumidor ser informado sobre as carac-
terísticas dos produtos e serviços ofertados. Portanto, é dever do fornece-
dor mostrar o preço à vista. Nas compras parceladas o fornecedor é obri-
gado a informar o valor das parcelas e o total das prestações. Atenção! Os 
preços dos produtos e serviços devem ser informados de forma adequa-
da, ou seja, correta, clara, precisa, ostensiva e legível. Além disso, os pre-
ços dos produtos e serviços expostos à venda devem ficar sempre visíveis 
aos consumidores enquanto o estabelecimento estiver aberto ao público.
112
Pra variar
Se comprar um computador não é o que você anda 
buscando, use as informações que apresentamos 
aqui para comprar outro produto que custe o valor 
aproximado de um computador ou que exija um 
planejamento financeiro mais cuidadoso para que 
possa ser adquirido.
Suponha que você esteja de-ci-di-do a comprar um compu-
tador. Afinal, é uma ótima ferramenta para os trabalhos da 
escola, com a internet para facilitar as pesquisas e ampliar o 
seu conhecimento. Além disso, é claro, você quer visitar e ge-
renciar diretamente suas comunidades de relacionamento, 
como Facebook, Twitter, Skype e afins, ver vídeos no YouTube 
e recomendá-los para os amigos, acessar informações do seu 
interesse pessoal, sites, blogs, softwares, tudo! Afinal, o mun-
do digital só faz crescer.
Mas... dá para comprar um computador ou parece impossí-
vel? Bom, se for realmente uma coisa importante para você, 
há certas informações que podem ajudar.
Você já teve aquela sensação de que se o seu dinheiro estiver 
ao seu alcance você vai acabar gastando? Nesse caso é me-
lhor deixar o dinheiro no banco do que em casa. É até mais 
seguro. Que tal fazer uma poupança?
Quando você faz uma poupança, poderão surgir oportuni-
dades em que o dinheiro poupado fará falta, como para sair 
com amigos, fazer um lanche, comprar um livro, consertar 
sua bicicleta etc. Mas a ideia de poupar é justamente esta: 
ao aplicar a quantia, você não a tem disponível para reali-
zar uma vontade no presente, mas terá o dinheiro no futuro, 
acrescido de juros. Poupar também permite que você avalie 
melhor o seu interesse em efetuar o gasto.
FiNaNCiar OU POUPar Para COMPrar À viSTa?
antes de poupar, é importante que você avalie suas priori-
dades; não adianta ficar depositando e, em seguida, retirar o 
dinheiro da poupança, antes que ele renda juros. É perda de 
tempo. Também não adianta depositar uma quantia na pou-
pança e perder uma oportunidade de ganhar mais, como, por 
exemplo, deixar de consertar sua bicicleta por r$ 20,00, e com 
isso não poder fazer um serviço de entrega, deixando de ga-
nhar r$ 50,00. Ai!
Por isso é importante que você se planeje bem e tenha razoá-
vel segurança da quantidade de dinheiro que vai colocar na 
poupança. A cada escolha, você opta por uma coisa e abre 
mão de outra. Quando deixa de fazer coisas porque deixou seu 
dinheiro no banco, você perde oportunidades. Essa perda tem 
um custo para você: o custo de oportunidade. 
Por outro lado, você poderia ter passado o mês com os r$ 100,00 
no bolso sem gastá-los, perdendo os juros que eles teriam ren-
dido na poupança. Isso também representa um custo de opor-
tunidade. Se, ainda por cima, você gastou parte desse dinhei-
ro em uma compra por impulso que no final nãovalia tanto a 
pena, o custo é ainda maior. Você comprometeu em parte sua 
posição futura por uma compra supérflua no presente.
Por isso, é importante planejar bem sua poupança e ter disci-
plina. Assim, você evita consumos desnecessários no presente 
ao mesmo em tempo que ganha juros que facilitam comprar 
no futuro o que realmente importa.
Algumas vezes esse custo é bem subjetivo. Por exemplo, o que 
é melhor: sair com a turma para a lanchonete ou economizar 
para comprar o computador? Em outras situações, podemos 
calcular, como no caso da bicicleta. Mas mesmo deixar de fa-
zer uma entrega e ganhar uma graninha extra pode não ser 
uma má ideia. Se você estava muito estressado ou cansado e 
sentiu sinceramente que o melhor seria descansar, pode ter 
valido a pena tirar um dia de folga, mesmo que tenha custado 
mais dinheiro!
113
normal. 
é a vida, né?
é por isso que 
você recebe 
uma remu-
neração (os 
juros) pela 
poupança.
114
Como calcular porcentagem?
Veja como calcular a diferença que a taxa de juros faz no dinheiro 
poupado: 
Considere a rentabilidade da poupança no dia 28/01/2010: 0,5295 (juros 
de 0,5% + Tr de 0,0295).
R$ 150,00
+
0,5295%
taxa de juros
=
R$ 150,79
saldo da poupança 0,5295% de R$ 
150,00
saldo da poupança 
após 30 dias
0,5295/100 × R$ 
150,00
0,005295 × R$ 150,00
R$ 0,79
Pisca alerta 
Você não é obrigado a sempre buscar ganhar o máximo de dinheiro. O custo de 
uma escolha nem sempre é medido por dinheiro. felicidade, bem-estar e saúde 
podem falar mais alto.
não se esqueça de que felicidade também implica renúncias e sacrifício, então 
tenha cuidado ao trocar uma grande felicidade mais tarde por uma pequena sa-
tisfação imediata.
apenas tenha consciência dos custos envolvidos, decida o melhor para você em 
cada situação e calcule bem o custo das suas decisões.
Com valores maiores, essa diferença aumenta:
R$ 2.000,00
+
0,5295%
taxa de juros
=
R$ 2010,59
saldo da poupança 0,5295% de 
R$2.000,00
saldo da poupança 
após 30 dias
0,5295 / 100 × R$ 
2.000,00
0,005295 × R$ 2.000,00
R$ 10,59
115
Economizar a energia que o computador consome não só faz 
a bateria durar mais (se for um computador portátil), como 
também produz economia na conta de energia elétrica e aju-
da o meio ambiente. Veja algumas dicas para economizar 
energia:
• Não deixe o computador ligado sem necessidade e durante 
a noite.
• Alguns computadores permitem que você escolha opções 
em que há menor consumo de energia quando o equipamen-
to fica inativo por algum tempo, permitindo, inclusive, desli-
gar automaticamente o monitor.
Pisca alerta 
cuidado para não comprar algo diferente do que você precisa só porque está em 
oferta. você pode acabar gastando muito em algo que não vai utilizar e desper-
diçando dinheiro à toa!
116
eXPeriMeNte! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
E o meu computador? por onde eu começo?
para saber quanto dinheiro você vai precisar poupar, é preciso, antes, saber quanto custa o computador. 
Então a primeira coisa a fazer é decidir qual computador atende às suas necessidades e quanto 
ele custa. 
do que você precisa? desktop ou laptop? será um computador poderosíssimo, com muita memória e um 
bom processador para rodar jogos e programas pesados? ou um computador qualquer, para digitar do-
cumentos e mandar e-mails? se você não entende muito dessas coisas, converse com alguém que enten-
da para ajudá-lo a chegar a opções de marca e modelo com as especificações que você quer.
agora vá a lojas e sites para pesquisar e comparar os preços dos possíveis modelos. o objetivo é encon-
trar o computador com o melhor custo-benefício, ou seja, com o menor preço para a melhor qualidade 
– de acordo com aquilo de que você precisa, é claro. não se esqueça de levar em conta a garantia e as 
formas de pagamento. 
uma sugestão: como essa atividade tem várias etapas, que tal ir anotando as informações que você for 
encontrando? para começar, anote os detalhes dos modelos pesquisados e faça uma análise comparativa 
para chegar a uma conclusão: achou o modelo que você queria? Quanto custa?
Agora que você tem um valor na cabeça, chegou a hora de fazer o planejamento da compra. Verifique 
quanto você ganha e quanto você gasta por mês e veja quanto consegue guardar. se você acha 
muito pouco o que consegue guardar, pense nas despesas que poderia cortar para aumentar 
suas economias.
oK, você já tem o preço do computador e o valor que decidiu economizar por mês. Em quantos meses 
consegue comprar o computador?
117
parece muito tempo para esperar? se você colocar seu dinheiro na pou-
pança vai fazer diferença. pesquise em jornais e sites ou visite um banco 
para saber quanto estão rendendo os depósitos na conta poupança.
o valor do rendimento da poupança é determinado pelo governo para 
todos os bancos. Vá a qualquer um deles para descobrir qual é a taxa de 
juros atual para a poupança.
agora calcule quanto o seu dinheiro rende mês a mês se estiver na 
poupança. 
Depois de 5 meses, qual seria a diferença de dinheiro economizado entre 
ter utilizado a poupança e ter guardado dinheiro sem ser no banco? E no 
total: quantos meses a menos você precisaria economizar para comprar o 
computador se utilizar a poupança?
Veja um exemplo de como fazer a conta e utilize seu CADERNO DO 
aluno para fazer o seu próprio cálculo com os valores e o número 
de meses que definiu em seu planejamento. Você vai precisar de uma 
calculadora. 
[ninguém merece tentar 
fazer isso de cabeça, né?]
R$ 150,00 + 0,68% = R$ 151,03
depósito do 1º mês TR + 0,5% saldo da poupança após 30 dias
( R$ 151,03 + R$ 150,00 ) + 0,55% = R$ 302,67
saldo da poupança 
no 2º mês depósito do 2º mês TR + 0,5% 
saldo da poupança 
no mês seguinte
( R$ 302,67 + R$ 150,00 ) + 0,59% = R$ 455,33
saldo da poupança 
no 3º mês
depósito do 3º mês TR + 0,5% 
saldo da poupança 
no mês seguinte
( R$ 455,33 + R$ 150,00 ) + 0,55% = R$ 608,63
saldo da poupança 
no 4º mês
depósito do 4º mês TR + 0,5% 
saldo da poupança 
no mês seguinte
( R$ 608,63 + R$ 150,00 ) + 0,55% = R$ 762,77
saldo da poupança 
no 5º mês
depósito do 5º mês TR + 0,5% 
saldo da poupança 
no mês seguinte
Saldo da conta poupança após 5 meses com depósitos mensais de R$ 150,00 = R$ 762,77
Saldo sem poupança, após 5 meses com depósitos mensais de R$ 150,00 = R$ 750,00
Diferença entre as duas opções após 5 meses = R$ 12,77
detalhe emocionante: se você já tiver um dinheiro guardado e abrir a poupança com um valor 
ainda maior do que aquele que você irá depositar a cada mês, os rendimentos serão maiores! 
Quanto renderia a poupança se, além dos R$ 150,00 mensais, você abrisse a conta poupança 
com R$ 500,00? Só nos primeiros 30 dias você já teria um rendimento de R$ 3,40, em vez de 
R$ 1,03. Imagine nos meses seguintes!
Qual vai ser a forma de pagamento?
agora que você já encontrou seu computador, sabe quanto custa e tem o dinheiro para comprá-
-lo, provavelmente vai ouvir essa pergunta do vendedor. se você vai comprar o computador 
à vista – ou seja, vai dar o valor integral no ato da compra –, você pode pagar em dinheiro, 
cheque ou cartão de débito. a vantagem de pagar em cheque ou cartão é que você não precisa 
andar com tanto dinheiro na rua.
Muitas pessoas têm certa dificuldade em preencher cheques. No seu CADERNO DO ALUNO há 
uma cópia do cheque da página seguinte. preencha-o com o valor do seu computador, seguindo 
as orientações.
118
série e número
XX-000000
pago a
_____________ 
_____________
data
_____________
saldo anterior
_____________
total
_____________
Este cheque
_____________
saldo
_____________
Comp banco Agência DV C1 Nº da conta C2 Série Nº do Cheque 
001 000 0000 0 0 0000000 0 000 XX-000000 
pague por este cheque a quantia de__________________________________________________
______________________________________________________________e centavos acima a 
________________________________________________________________oua sua ordem.
 
 _________________, ______de ______________de 20______
Banco XXX _____________________________________ 
Agência 00000 Fulano Cicrano de Tal
Endereço CPF 0000000000000
Município/Estado DI 00000000000000
aPreNDi:
 a tOMar Decisões fiNaNceiras cONsiDeraNDO O cUstO De OPOrtUNiDaDe
 a eqUilibrar DesejOs e NecessiDaDes Na escOlha De UM cOMPUtaDOr
 a cOMParar PreçOs
 a calcUlar a POUPaNça Necessária Para realizar UMa cOMPra
cara a cara
o que você aprendeu?
teXtO eXPlicativO sObre a reMUNeraçãO Da POUPaNça:
A partir da Medida Provisória 567, de 3 de maio de 2012 (convertida na Lei 12.703, de 7 de 
agosto de 2012), passam a existir duas regras para a remuneração: 1) para os depósitos 
anteriores à Medida Provisória, a remuneração é a TR – Taxa Referencial mais 0,5 ponto 
percentual ao mês); 2) para os depósitos feitos a partir do dia 4 de maio de 2012, a 
remuneração passa a ser de TR mais 70 % (setenta por cento) da meta da taxa Selic (definida 
pelo banco Central) sempre que a meta for igual ou menor que 8,5% ao ano. Caso a meta da 
taxa Selic seja superior a 8,5%, a remuneração das cadernetas de poupança permanece como 
TR mais 0,5 ponto percentual ao mês, igual à regra anterior.
119
r$_________
120
De ONDe Vem O DINheIRO que O BaNCO empResTa?
As pessoas que deixam seu dinheiro aplicado no banco que-
rem ser recompensadas por isso e recebem juros. Portanto, a 
taxa de juros que as pessoas ganham por deixar seu dinheiro 
no banco em alguma aplicação, por exemplo, na conta pou-
pança, é o ganho (remuneração) obtido por essa espera. Para 
o banco, no entanto, essa é uma despesa. Em linguagem ban-
cária, é a chamada taxa de captação, que é a taxa de juros 
que os bancos pagam para captar, atrair, obter dinheiro. 
121
Pisca alerta
Pegar dinheiro emprestado não deixa ninguém mais rico. O valor que se tomou 
emprestado terá de ser pago, e é importante saber de onde vai sair o dinhei-
ro para o pagamento do empréstimo. não se pode dar um passo maior que as 
pernas. o empréstimo não as tornou mais longas, apenas permitiu correr um 
pouco...
o banco capta esse dinheiro para emprestá-lo a quem quer 
fazer uma compra e não possui o valor do bem que deverá 
adquirir. Quando empresta, o banco cobra uma taxa de ju-
ros de quem tomou o dinheiro emprestado. É a taxa de juros 
de empréstimo.
As atividades principais do banco são captar e emprestar di-
nheiro. Assim, a poupança de uns, vira crédito para outros. O 
spread é justamente a diferença entre o preço que o banco 
cobra dos tomadores e paga aos poupadores. E o lucro do 
banco é o spread menos suas despesas (funcionários, estru-
tura), impostos e os custos da falta de pagamento do em-
préstimo concedido.
Pisca alerta
A taxa de juros que os bancos pagam aos clientes é muito menor do que a taxa 
que eles cobram, portanto o spread é bastante alto.
 
eXPeriMeNte! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
imagine que você queira comprar uma câmera digital daquelas incríveis. você já foi às lojas e 
até acessou sites de compra pela internet. pesquisou os modelos, comparou preços e já achou 
a câmera perfeita para o que você quer e precisa. Digamos que ela custe R$1.000,00, só para 
facilitar as contas. E agora?
Como você vai pagar esse valor? O que será melhor: poupar ou financiar? Quer aprender a 
descobrir?
pesquise em jornais e sites ou visite um banco para saber quanto está pagando de juros pelos 
depósitos na conta poupança. Verifique também quanto está cobrando de juros para emprestar 
dinheiro.
Traga essas informações para a sala de aula para calcular a diferença entre as duas taxas de 
juros. Assim você consegue verificar a diferença de custo entre poupar e financiar! Se a turma 
pesquisar mais de um banco, vocês ainda vão sair com a informação de qual banco é melhor 
para realizar essas ações. nada mal, hein!
Se você fizer um financiamento com uma taxa de juros de 5,48% ao mês, parcelando a compra 
em 12 vezes, cada prestação terá um valor de R$ 115,90. E aí, quanto você pagará no total com 
esse financiamento?*
Se você fizer o mesmo esforço de poupança do financiamento e guardar R$ 115,90 por mês ao 
longo de 12 meses, mas colocar esse dinheiro na conta poupança, com juros reais de 0,5% + TR 
ao mês, ao fim de 12 meses você terá R$ 1.440,12.
Dessa forma, ao gastar os R$ 1.000,00 para comprar a câmera, ainda sobrariam R$ 440,12. 
E veja só: com o mesmo investimento mensal (R$ 115,90), seriam necessários apenas 9 meses 
para se obter os R$1.000,00 do preço da câmera. A antecipação do consumo por meio do em-
préstimo, portanto, exige 3 meses adicionais de poupança no futuro.
*A resposta é R$ 1.390,80. basta multiplicar a prestação (R$115,90) pelo número de parcelas mensais (12).
Pra variar
Se você não está nem aí para câmera digital, 
pode usar o que aprender aqui para outros 
produtos e projetos pessoais que requerem 
uma poupança ou um financiamento.
122
 
como calcular o tempo de espera e a diferença entre pegar empréstimo e poupar
Se em vez de pegar o financiamento você aplicar o valor das prestações desse financiamento 
(R$ 115,90 por mês) em uma conta poupança que rende TR + 0,5% ao mês, em quanto tempo 
terá o dinheiro necessário para fazer a compra? 
Calcule também a diferença de custo entre pegar o empréstimo e poupar. Na tabela abaixo, 
fizemos os cálculos para você até o terceiro mês. No CADERNO DO ALUNO, você encontra essa 
mesma tabela para completar com os dados relativos aos meses 4 – 12.
rEmunEração
(a) (B) (c) (d) (E) (f)
mês saldo
valor 
dEpositado 
na conta 
POUPANÇA*
BasE para 
rEmunEração
TR+
0,5%/mês
valor a 
crEditar
fÓrmulas D + F (da linha anterior) _ b + C _ D × E
1 0,00 115,90 115,90 0,68 0,79
2 116,69 115,90 232,59 0,55 1,27
3 233,86 115,90 349,76 0,59 2,05
* depósitos feitos com o valor da prestação do financiamento 
** foram usados valores da TR publicados pelo banco Central referente ao primeiro dia de cada mês do ano de 2009.
Em nove meses, (saldo no início do décimo) o montante poupado será de R$ 1.072,00, suficien-
te para pagar a câmera à vista. O valor do financiamento é de R$ 1.390,80. A espera permite 
que se despenda menos.
como tomar a decisão?
chegou o momento de você tomar a sua decisão. pense na sua situação atual: quanto você 
ganha, qual a certeza de que vai receber esse dinheiro, quanto já tem guardado, quanto você 
costuma gastar por mês, quanto consegue controlar suas despesas, qual a urgência da câmera. 
Agora decida o que é melhor para você hoje: poupar ou financiar a câmera?
123
 aPreNDi:
 a calcUlar a DifereNça eNtre taXa De jUrOs De caPtaçãO e taXa De 
jUrOs De eMPréstiMO
 a calcUlar O reNDiMeNtO De UMa aPlicaçãO eM cONta POUPaNça
 a DifereNciar POUPaNça De fiNaNciaMeNtO
 a DeciDir se POUPO OU fiNaNciO De acOrDO cOM MiNhas NecessiDaDes e 
POssibiliDaDes
cara a cara
o que você aprendeu?
Essa moça usou uma gota do perfume Sedução e esse homem 
lindo a pediu em casamento. Se você usar o perfume Sedução, 
isso também vai acontecer com você.
Toda menina gosta de ursinho de pelúcia e gosta de rosa, por 
isso, fizemos um anúncio com ursinhos rosa.
124
As pessoas adoram cachorros, então colocamos um no nosso 
anúncio. Obviamente, as pessoas não acreditam que um ca-
chorro use óculos, mas elas acham fofo e acabam comprando 
mesmo assim.
A publicidade serve para divulgar e fazer com que as pes-
soas comprem determinado produto. Para ter sucesso, os 
publicitários utilizam alguns recursos capazes de chamar a 
atenção do consumidor. Os anúncios que mostramos aqui 
são uma brincadeira, claro. Mas têmum fundo de verdade. 
a propaganda procura sempre falar aos nossos desejos. 
Claro que comprar um perfume não vai fazer ninguém arran-
jar o marido ou a mulher dos sonhos num passe de mágica. 
Você pode ver esse anúncio e até comprar o perfume, mas 
o ideal é que a compra tenha acontecido porque você gos-
tou do que viu e não porque está achando que vai encontrar 
sua cara-metade ao colocar uma simples gota do perfume 
no pescoço!
A maneira de pensar dos consumidores é um assunto que 
interessa a muitos estudiosos: economistas, sociólogos, 
antropólogos, psicólogos. Os vendedores também querem 
compreender melhor o comportamento do consumidor para 
ter mais sucesso nas suas vendas. Cada um, do seu ponto de 
vista, procura compreender o que leva alguém a adquirir um 
produto ou serviço. compramos por impulso ou planejamos 
antes? o que nos faz decidir um produto em vez de outro? 
Qual é o ingrediente mágico que faz um produto vender?
125
LImITações
Todos nós, consumidores, temos limitações para nossas 
compras. Não podemos comprar tudo o que vemos na loja 
porque nossos recursos não são ilimitados. Logo, temos de 
fazer escolhas com base em nossas necessidades, desejos 
e informações, e também levando em consideração nossas 
restrições orçamentárias.
CONsumO CONsCIeNTe
os consumidores podem se planejar para comprar de for-
ma mais consciente, pesquisando preços, avaliando as ca-
racterísticas dos produtos e buscando similares mais ba-
ratos. Muitas vezes, economizando uma quantia por mês e 
programando a compra, é possível evitar financiamentos, 
que sempre implicam o pagamento de juros. É importan-
te que os consumidores conheçam o comportamento dos 
fornecedores para que façam uma escolha consciente. A 
Senacon disponibiliza, no site, os fornecedores, os produtos 
e os serviços mais demandados nos Procons (www.mj.gov.
br/sindec). Pesquise e veja qual é o fornecedor mais deman-
dado na sua região!
126
pRODuTORes e CONsumIDORes: Os DOIs LaDOs Da ques-
TãO pROCuRam se eNTeNDeR
os ProduTorEs têm de pesquisar para escolher produtos 
que atendam às necessidades de seus consumidores e não 
sejam prejudiciais ao meio ambiente. Depois precisam ga-
rantir que o preço seja adequado, que os clientes saibam da 
existência desse produto ou serviço e tenham acesso a eles 
para comprá-los.
os consumidorEs avaliam os produtos e serviços disponí-
veis a partir do bem-estar que lhes proporcionam e outras 
variáveis como preço, urgência etc. Um produto será caro 
ou barato em relação a seus similares e/ou aos recursos fi-
nanceiros do consumidor. Por exemplo, três pares de tênis 
feitos com materiais similares, para os mesmos fins e que 
proporcionam o mesmo conforto são bem similares. Nessa 
situação, se o preço do tênis da marca A for significativamen-
te maior do que os das marcas B e C, pode-se dizer que ele é 
mais caro que seus concorrentes. A empresa da marca A terá 
que apelar para diferenciais como beleza, status e grife para 
persuadir os consumidores a pagar mais por seu produto. 
Um consumidor considera que um determinado produto é 
caro se ele representar uma parcela grande da sua renda.
queReR e TeR sãO Duas COIsas Bem DIFeReNTes
Talvez você já tenha ouvido antes esta frase: “Possuir não 
é tão bom quanto desejar.” Ela se refere à diferença entre 
QuErEr e Possuir algo. Muitas vezes desejamos ardente-
mente um produto, um par de tênis, um celular, uma peça de 
roupa, ou mesmo uma viagem ou uma refeição em um deter-
minado restaurante. Porém, quando conseguimos realizar 
esse desejo, a sensação pode não ser tão boa quanto a ima-
ginada. Por que será?
Isso acontece porque, em geral, antes de comprar um produ-
to, imaginamos como vamos nos sentir depois de comprá-lo 
e nos equivocamos em nossa previsão. Vejamos duas fontes 
comuns para esse engano:
127
1. focalismo – ao imaginar, AGOrA, o que vou sentir quando 
tiver efetivamente o produto, estou dedicando toda a minha 
atenção a esse assunto e, portanto, supondo que vou ficar 
muito satisfeito quando realizar a compra. 
No entanto, se vier a comprá-lo mesmo, já estarei em outro 
momento, com outras preocupações ou emoções na cabeça, 
e ninguém garante que me sentirei como havia suposto. O 
foco, depois, muda.
2. diferença entre o “eu quente” e o “eu frio” – quando estou 
“queimando” de vontade de ter o objeto (a gente sua, fica an-
sioso e pode nem mesmo saber direito por quê), atribuo a ele 
o poder de me fazer a mais feliz das pessoas, a mais podero-
sa, bela etc. “Vou arrasar usando essa camisa”, “Esse celular 
é tudo de bom!” e por aí vai.
Mas depois, quando obtenho de fato aquele objeto, percebo 
que nada mudou, continuo a mesma pessoa. “Puxa, não foi o 
sucesso que eu esperava.”
É parecido com ir ao supermercado com fome (“quente”) ou 
depois de comer (“frio”). Normalmente quem vai ao supermer-
cado faminto compra mais coisas do que quem vai satisfeito.
Pisca alerta
nenhum objeto será capaz de nos satisfazer plenamente. nossos sonhos mu-
dam, e a realidade não corresponde ao que tínhamos imaginado. Essas ilu-
sões são alimentadas por campanhas publicitárias, mas não podemos nos 
deixar iludir. Objetos não nos transformam, somente são usados por nós.
COmpRa ImpuLsIVa
Na hora de fazer uma compra, faça o teste dos 3 “SIM”:
1) Preciso? 
2) Tenho dinheiro? 
3) Tem que ser hoje?
Se você responder honestamente SIM às 3 perguntas, não é 
uma compra impulsiva e você poderá fazê-la sem grandes 
preocupações.
128
eXPeriMeNte! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
trabalhem em grupo. cada grupo deverá trazer vários anúncios publicitários para a escola, 
coletados em revistas, jornais, encartes etc. 
de posse de todo esse material, separem as publicidades que causam em vocês uma vontade 
mais forte de adquirir determinado produto ou serviço. depois procurem entender que elemen-
to do anúncio despertou essa vontade: será que é por causa do que está escrito? ou é a sensa-
ção de poder ou liberdade que está sugerida na imagem? Qual a influência da cor na vontade de 
comprar o produto, ou seja, será que se a cor predominante fosse outra, o efeito seria o mesmo? 
Quando terminarem essa análise, é hora de botar em prática o que vocês aprenderam. Que tal 
imaginarem um produto engraçado ou completamente inútil e criarem uma publicidade que 
utilize intencionalmente os meios da linguagem publicitária para convencer “os consumidores”, 
isto é, os colegas, a comprá-lo? 
para isso, pensem em cada um dos elementos da publicidade: que imagens, cores, palavras 
devem compor a publicidade de vocês para que cause o efeito de dar muita vontade de comprar 
o produto que imaginaram?
terminada a produção da peça publicitária, resta decidir, junto com o professor, a melhor ma-
neira de cada grupo apresentar sua produção para os demais. seja qual for a maneira que esco-
lham, uma sugestão é que, ao final da apresentação de cada grupo, cada aluno dê uma nota de 
1 a 4 para a publicidade, de acordo com a capacidade que ela terá tido de fazer surgir vontade 
de comprar o produto anunciado. O significado sugerido para cada nota é o seguinte:
1 = não deu nenhuma vontade de comprar o produto anunciado porque a publicidade não 
me atraiu
2 = tive alguma vontade de comprar o produto anunciado porque a publicidade conseguiu me 
tocar um pouco
3 = deu vontade de comprar o produto anunciado porque a publicidade tocou em pontos que 
são importantes ou interessantes para mim
4 = fiquei com muita vontade de comprar o produto anunciado porque a publicidade acertou em 
cheio naquilo que me faz querer comprar alguma coisa
divirtam-se!
129
aPreNDi:
a iDeNtificar Os eleMeNtOs DOs teXtOs PUblicitáriOs vOltaDOs Para 
DesPertar DesejO De cONsUMO
a iDeNtificar O cONflitO eNtre DesejO e NecessiDaDe qUe PODe sUrgir 
Na sitUaçãO De cONsUMO
qUe, cONheceNDO as PriNciPais arMaDilhas ligaDas aO cONsUMO, POssO 
Me PrOteger DO iMPUlsO De cONsUMir
cara a cara
o que você aprendeu?
Há muitos, muitos poucos anos, não existia celular. E, mesmo 
assim,as pessoas conseguiam se encontrar. Naquela época, 
os pais e as mães esperavam os filhos em casa pacientemen-
te, já que não podiam ligar o tempo todo. E mensagem de tex-
to só existia nos bilhetes passados em sala de aula, no tempo 
em que “vc” era você!
ligar pela primeira vez para uma menina de quem você está 
afim antes de existir o celular:
Paulo liGa Para a casa da marina (17:30): Triiiim... 
Triiiiim...
irmão mais vElho, ciumEnTo E muiTo forTE da 
marina: ALÔ!!!!!!!
Paulo dEsliGa: Tú, tú, tú, tú.
Paulo liGa Para a casa da marina (18:43): Triiiim... 
Triiiiim.... Triiiiiiimmmm....
Pai da marina aTEndE: Pronto.
Paulo dEsliGa: Tú, tú, tú, tú.
dia sEGuinTE, Paulo liGa Para a casa da marina 
(19:01): Triiiim... Triiiiim....
mãE da marina aTEndE: Oi!
Paulo dEsliGa: Tú, tú, tú, tú.
TrÊs dias dEPois, Paulo liGa Para a casa da marina 
(17:06): Triiiim... Triiiiim... Triiiiiiimmmm...
marina aTEndE: Alou?
Paulo: Ma-Ma-Marina?
ligar pela primeira vez para uma menina de quem 
você está afim pelo celular:
Paulo: [SMS] Oi, Marina, quer ir ao cinema hoje?
130
peNse Nas CaRaCTeRísTICas ImpORTaNTes paRa VOCê em um CeLuLaR.
O celular é cada vez mais considerado um item indispensá-
vel. Tem gente que nem consegue imaginar como era a vida 
antes dele. Há celulares para todos os gostos. 
Você faz questão de ter um celular com a mais nova tecnolo-
gia e troca de aparelho sempre que aparece um mais moder-
no? Ou só troca quando o antigo deixa de funcionar?
Imagine que você queira ou precise de um novo celular. Nesse 
caso, você busca um aparelho simples, basicamente para te-
lefonar e enviar mensagens, ou prefere um que acumula múl-
tiplas funções?
As características que você escolheu apontam para um celu-
lar dentro das suas possibilidades financeiras? Caso positi-
vo, ótimo! Do contrário, você terá duas opções: diminuir suas 
exigências quanto ao aparelho, ou se esforçar para diminuir 
suas despesas e/ou aumentar suas receitas para conseguir 
obter o celular (se isso de fato for importante para você). 
O que vai fazer?
PraTiCiDaDE
EsTéTica
aLTa TECNOLOGia
STaTUS
PrEÇO BaiXO
PLaNO BOM
PErSONaLiZaÇÃO
SiMPLiCiDaDE
MULTiFUNCiONaLiDaDE
MODErNiDaDE
131
Assim, Joana pagava pelos 24,40 minutos a mais que falava 
com celulares de outra operadora além do que estava defi-
nido no plano. Assim, podia estar usando menos o celular, no 
que se refere aos minutos, mas estava ultrapassando o que 
foi estabelecido no plano que ela escolheu. 
A estratégia que Joana passou a adotar foi tentar manter sua 
conta dentro dos minutos contratados no plano, conferindo 
as contas todo mês. 
jÁ VIu uma COIsa assIm?
Joana tinha um plano no qual pagava r$ 72,50 por 90 minu-
tos por mês. Só que alguma coisa estava errada, pois a conta 
sempre passava desse valor. Às vezes passava bastante. 
Joana se esforçava e tinha a impressão de que estava falan-
do menos ao celular, mas nem assim a conta chegava a um 
valor mais razoável. Depois de conferir as ligações e verifi-
car que eram mesmo suas, Joana ficou sem saber o que fazer. 
Como Joana não questionou a operadora, demorou alguns 
meses (pagando a conta sempre alta) até perceber que os 90 
minutos contratados não eram de uso livre.
A cobrança (quer dizer, a conta) mostrava que seus minutos 
na verdade estavam distribuídos em:
• 30 minutos para celulares da mesma operadora;
• 10 minutos para telefone fixo;
• 50 minutos para celulares de outra operadora.
Na parte de minutos utilizados, sempre constava algo como:
• 30 minutos para celulares da mesma operadora;
• 10 minutos para telefone fixo;
• 74,80 minutos para celulares de outra operadora.
132
Pisca alerta
Às vezes um celular moderno e cheio de funções pode estar muito barato ou 
até mesmo “de graça” em certa operadora, por algum sistema de fidelização, 
de pontos ou promoção especial. cuidado com o impulso de aceitá-lo antes de 
verificar as condições.
um celular que tem acesso à internet precisa de um plano especial de tráfego 
de dados. cada vez que você abre um site, envia um e-mail ou faz um download, 
está enviando e recebendo dados pela internet. você provavelmente está pa-
gando por esse transporte de informações, além do que já paga pelas ligações 
e mensagens.
Em geral, os planos de dados têm um valor fixo. Mas cuidado: esse valor fixo cos-
tuma se referir a uma determinada quantidade de dados transportados. se você 
ultrapassar essa quantidade por um uso excessivo de internet pelo celular, a conta 
pode vir mais cara do que você imaginava... na hora de ver se um celular cabe no 
seu orçamento, não se esqueça de considerar o plano de dados da internet.
a fundação Procon de são Paulo 
(http://www.procon.sp.gov.br) alerta:
“É necessário ficar atento aos diversos apelos publicitários 
que têm como objetivo induzir a trocar de aparelho celular 
cada vez que surge uma nova função/tecnologia/modelo/
cor no mercado. Muitas vezes o consumidor já possui um 
aparelho que atende às suas necessidades, mas acaba sedu-
zido por alguma oferta que inclui planos com preços promo-
cionais (serviços) e, dessa forma, além de trocar o aparelho 
sem precisar, pode ficar preso a algum plano de fidelização.”
133
134
O CeLuLaR eNGuIçOu e a LOja NãO queR TROCaR. O que 
DeVO FazeR?
A orientação dos órgãos de defesa do consumidor é: se você 
tiver problemas, deve procurar primeiro resolvê-los junto ao 
fornecedor, especialmente com o Serviço de Atendimento ao 
Consumidor (SAC) disponibilizado para atender a suas recla-
mações. Não havendo solução, busque recorrer a um órgão 
de defesa do consumidor de sua cidade. Ou seja, sempre 
procure o dialogo primeiro, conversando com o fornecedor. 
Somente se essa via falhar é que devemos procurar os ór-
gãos de defesa do consumidor. Se for esse o caso, é impor-
tante estar bem documentado, levando os seus documentos 
pessoais, os dados do fornecedor, a nota fiscal do aparelho, 
o certificado de garantia e a ordem de serviço ou qualquer 
outro documento relativo à sua reclamação.
aTEnção: De acordo com o Código de Defesa do Consumidor 
(CDC), toda a cadeia de fornecedores é responsável pelos ví-
cios dos produtos/serviços, ou seja, nos casos que não afe-
tem a saúde e a segurança do consumidor. Por exemplo: se 
o celular deixar de funcionar, todos os fornecedores são 
responsáveis solidários tanto o comerciante quanto o fabri-
cante e o importador podem ser demandados a reparar os 
danos causados.  No entanto, em casos que afetem a saúde e 
a segurança (por exemplo: quando a bateria do celular supe-
raquece e causa queimadura), pode ocorrer um acidente de 
consumo. Nessas hipóteses, o comerciante somente poderá 
ser responsabilizado se enquadrado nas previsões do CDC.
135
Existem três tipos de garantia: a legal, a contratual e a 
estendida.
Garantia legal é o prazo que temos para reclamar dos vícios 
dos produtos que compramos ou dos serviços que contrata-
mos. O direito de reclamar independe do certificado de ga-
rantia. Esse prazo, nos vícios aparentes ou de fácil constata-
ção (aparelho amassado, riscado, manchado etc.), é de trinta 
dias para bens não duráveis. Para produtos duráveis, como o 
computador, o consumidor tem noventa dias. Quando o vício 
é oculto, isto é, só aparece depois de algum tempo de utiliza-
ção do produto, o prazo é o mesmo, mas conta a partir do mo-
mento em que o problema for identificado pelo consumidor.
A garantia contratual, por sua vez, é aquela oferecida pelo fornece-
dor ao consumidor a contar da data de compra, para o caso de o bem 
apresentar vícios. A garantia contratual deve vir expressa num docu-
mento, normalmente denominado termo de garantia. Como esta ga-
rantia depende do fornecedor, é possível estabelecer condições, ônus 
e limites para o consumidor, o que faz com que a garantia muitas ve-
zes seja parcial, abrangendo apenas algumas peças do bem.
O seguro garantia estendida é um produto frequentemente ofere-
cido ao consumidor principalmente quando este pretende adquirir 
eletroeletrônicos como televisãoe eletrodomésticos como geladei-
ras, fogões, dentre outros bens. O seguro de Garantia Estendida tem 
por objetivo fornecer ao segurado a extensão da garantia original de 
fábrica, ou seja, ao contratar o seguro de Garantia Estendida, o se-
gurado está aumentando o prazo de garantia do produto concedido 
pelo fabricante. Cabe ao consumidor avaliar com cuidado a contra-
tação do seguro, pois o produto só estará segurado naquilo que está 
devidamente descrito na apólice. Cumpre esclarecer que o seguro ga-
rantia estendida é uma modalidade de seguro regulamentada pela 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
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136
Quando o vício ocorre durante a garantia, o consumidor deverá 
encaminhar o produto à assistência técnica, para conserto. O 
CDC garante que, em se tratando de um produto essencial (art. 
18 § 3º), o consumidor pode fazer uso imediato de três alternati-
vas (devolução do dinheiro atualizado; substituição do produto 
ou abatimento proporcional do preço).
Se o vício ocorrer fora da garantia (não sendo um vício oculto), 
o consumidor deve recorrer a um estabelecimento qualificado 
que pode ou não ser uma assistência técnica autorizada. Ele deve 
solicitar orçamento prévio para que aprove ou não o conserto. 
Muitas vezes, o custo do reparo é superior ao valor de outro apa-
relho similar. É importante avaliar se vale a pena consertar, para 
evitar surpresas. A cobrança desse orçamento prévio pode ser fei-
ta pela assistência, desde que tenha sido previamente informada 
e o consumidor tenha concordado com ela. Se o orçamento não 
for aprovado pelo cidadão, o celular tem que ser devolvido no 
mesmo estado em que foi entregue. 
Na prática há uma forte resistência por parte das empresas 
em realizar a troca de aparelho ou devolver o dinheiro insis-
tindo que seja aguardado um prazo de 30 dias. Caso a empre-
sa insista no prazo de 30 dias, o consumidor deve exigir que 
lhe seja concedido um aparelho enquanto o seu é consertado. 
Deve-se acrescentar que se tais regras não forem cumpridas, o 
consumidor deve procurar o PrOCON ou levar o caso à Justiça
Caso tenha sido contratado o seguro garantia estendida, o segu-
rado deverá ligar para o telefone da central de atendimento indi-
cado no Contrato/Apólice do Seguro.
137
Se na minha época existisse celular 
teria dado tempo de avisar a galera 
sobre o cometa!
138
VíCIO e DeFeITO
diferença entre defeito e vício: enquanto o vício 
consiste em impropriedade (oculta ou aparente) do 
produto ou do serviço, de qualidade ou de quanti-
dade, que o torne impróprio ao consumo, diminua-
-lhe o valor ou que tenha qualidades diversas das 
apresentadas em oferta ou publicidade, o defeito é 
definido como uma falha que possa afetar o consu-
midor em sua saúde e segurança, integridade cor-
poral, física ou psicológica. Ocorrendo, concreta-
mente, uma destas hipóteses, ter-se-ia um acidente 
de consumo. 
Exemplo: Em reportagem veiculada no Jornal da 
Tarde, em 18 de dezembro de 2008, foi relatado que 
o filósofo e estudante Sérgio Eduardo Nardi, após 
tomar uma vitamina que acabara de preparar, per-
cebeu que faltavam duas lâminas no liquidificador 
então utilizado. Diante disso, procurou um pronto-
-socorro, uma vez que não tinha certeza se havia 
engolido as lâminas ou não. Após a realização de 
exames, constatou que, de fato, os componentes 
encontravam-se dentro do seu duodeno, tendo sido 
submetido a uma endoscopia para retirada dos 
objetos. O consumidor contatou a empresa, que o 
ressarciu dos custos médicos, e ainda “presenteou-
-o” com produtos da marca. No caso em tela, temos 
claro exemplo de um acidente de consumo, na me-
dida em que o produto não ofereceu a adequada se-
gurança que dele se esperava, resultando em danos 
à saúde do consumidor.
Importante observar que quando um produto com 
defeito é colocado no mercado de consumo, é dever 
do fornecedor realizar o recall, promovendo a infor-
mação à sociedade sobre o defeito e o risco e garan-
tindo a retirada do risco do mercado. A Secretaria 
Nacional do Consumidor acompanha os recalls fei-
tos no país e mais informações podem ser consul-
tadas em: portal.mj.gov.br/senacon no link saúde e 
segurança.
pLaNOs De TeLeFONIa CeLuLaR
É importante ter cuidado ao escolher o seu plano de telefo-
nia celular. Para quem tem muito controle e disciplina e usa 
pouco o celular, apenas para recados rápidos, um plano pré-
pago pode ser o melhor, por isso vale pesquisar e comparar 
os diferentes planos, para escolher um cujas características 
atendam às necessidades do consumidor. 
Já para pessoas que precisam falar mais ao telefone, os pla-
nos pós-pagos costumam ser mais interessantes. Mas sem-
pre é preciso fazer um planejamento, estimando quanto se 
vai falar ao telefone, o preço do plano e o valor que se pode 
ter com essa despesa. Planos com limites a partir do qual se 
paga um extra podem ser um problema para pessoas, diga-
mos, empolgadas ao telefone. Um valor fixo, além do qual só 
se recebe ligações, pode ser o indicado nesses casos.
vá a diferentes operadoras e peça aos atendentes que expli-
quem os planos detalhadamente para você. É bom que você 
vá às lojas com alguma decisão geral já tomada. Por exem-
plo: se precisa de um plano com acesso à internet; se quer um 
plano que seja vantajoso para quem faz ligações frequentes 
para outras cidades; se prefere um plano com muitas mensa-
gens incluídas etc. Vai depender das suas necessidades!
Escolher mal um plano acarreta desperdício de dinheiro. Se 
você só fala em média 20 minutos por mês e escolheu um pla-
no de 40 minutos, estará sempre pagando por 20 minutos a 
mais sem nenhuma necessidade! 
Se, por outro lado, seu plano é de 40 minutos, mas você sem-
pre utiliza mais do que isso, estará pagando mais caro por 
minuto extra. Se você mudasse para um plano de 60 minutos 
sairia mais barato do que falar 60 minutos em um plano me-
nor, pagando sempre minutos extras.
Não há fórmulas que sirvam para todos os casos. Use os prin-
cípios de orçamento, despesas e receitas e o seu bom senso 
para escolher o melhor plano. Caso você perceba que sua es-
colha não foi a melhor, descubra por que e mude seu plano 
para um mais adequado. Chegar ao melhor plano para suas 
necessidades pode custar algumas tentativas malsucedidas, 
mas vale a pena.
139
CONTa DO CeLuLaR pós-paGO
Se sua conta vier com valor mais alto do que o esperado ve-
rifique se ocorreu alguma cobrança indevida. O mais impor-
tante é saber que você pode e deve tirar todas as suas dúvi-
das com relação à cobrança com a companhia telefônica de 
seu celular. As empresas de telefonia devem disponibilizar 
atendimento telefônico gratuito ao consumidor, 24 horas, 7 
dias por semana, por meio do SAC das empresas. Se o pro-
blema não for satisfatoriamente resolvido com a operadora 
de telefonia, faça uma reclamação na Agência reguladora 
de Telecomunicações (Anatel) contra a sua empresa de 
telefonia.
Se sua conta vier com um valor muito diferente do normal, 
observe primeiro os dados, para verificar se a conta é de fato 
do seu número de celular. Outros dados relevantes para re-
portar ao atendimento da telefonia em caso de algum pro-
blema são o mês de referência e a data do vencimento, tendo 
em mente que se paga pelo uso do mês anterior.
Para saber mais:
O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do 
Consumidor (Senacon) (www.justica.gov.br/consumidor), oferece 
importantes informações para os consumidores, como o Código 
de Defesa do Consumidor, além de diversos materiais de educa-
ção para o consumo.
Pisca alerta
o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito a receber, em dobro, o 
valor pago em excesso, acrescido de juros e correção monetária.
140
eXPeriMeNte!>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
depois de tanto falar de opções de compra de celular e de cuidados com escolha de plano, que 
tal avaliar a situação do seu celular?
para começar, pense quais são as suas reais necessidades em relação ao celular. para você, 
além de funcionar como telefone, o que é importante que ele também faça?
Em seguida, considere o plano de telefonia celular que você utiliza. pegue a conta, leia-a 
atentamente e observe se compreende todos os dados que ela oferece. observe também 
se você está se mantendo dentro dos limites do plano que contratou.
Feitas essas duas reflexões pessoais, é hora de partilhar! Se você tem dúvidas, peça ajuda aos 
colegas e ao professor. se você é craque em assuntos de celular, ou seja, conhece muitas opções 
de aparelhos e planos, procure ajudar os que estão precisando de uma luz. com esse troca-troca 
de experiência, é bem capaz de muita gente descobrir que está desperdi çan do dinheiro.
Para finalizar, quem sabe a turma se organiza para ajudar alunos de outras turmas ou séries 
com essas e outras questões relativas ao celular? Afinal, conhecimento bom é o que circula. 
aPreNDi:
a escOlher O tiPO De aParelhO celUlar qUe ateNDe às MiNhas 
NecessiDaDes
a escOlher O PlaNO qUe ateNDe às MiNhas NecessiDaDes
a cOMPreeNDer a cONta DO MeU celUlar
cara a cara
o que você aprendeu?
141
142
Sabe aquela lanterna que você comprou 
e veio quebrada? O livro que você com-
prou pela internet e chegou só um mês 
depois, sendo que o prazo do site era de 
cinco dias? E o DVD que você comprou e 
não funciona de jeito nenhum?
Muitas pessoas acabam deixando pas-
sar os problemas que encontram em pro-
dutos ou serviços que consomem e não 
reclamam com os fornecedores. Às vezes 
a questão é que elas não sabem o que fa-
zer por desconhecerem os seus direitos 
de consumidor ou a quem recorrer para 
reclamar e resolver a situação. Você já 
passou por isso? Que tal aprender a sair 
dessa?
a proteção e a defesa do consumidor 
é realizada por diversos órgãos com 
atribuições e competências diferentes 
e por entidades civis de defesa do con-
sumidor. você sabia disso? Todos estes 
órgãos e entidades formam o Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor 
(SNDC), que foi previsto pelo CDC. 
Conheça um pouco mais sobre o SNDC:
sisTEma nacional dE dEfEsa do 
consumidor (sndc)
Procon: órgão estadual ou municipal 
que elabora, coordena e executa a po-
lítica estadual ou municipal das rela-
ções de consumo. Dentre as principais 
atividades desenvolvidas pelo órgão, 
podem ser citadas: i) educação para o 
consumo; ii) atendimento das deman-
das dos consumidores, inclusive, contra 
os fornecedores de produtos e serviços; 
iii) fiscalização de estabelecimentos 
comerciais; iv) aplicação de sanções 
administrativas àqueles que descum-
prem o CDC; v) articulação com órgãos 
e entidades que trabalham com temas 
correlatos à proteção e defesa do con-
sumidor. O consumidor para ser atendi-
do no Procon não precisa de advogado. 
Se não há Procon na sua cidade, pro-
cure outros órgãos e entidades de de-
fesa do consumidor como o Ministério 
Público, representado pelo promotor, 
a Delegacia de Polícia, para apuração 
dos crimes contra as relações de consu-
mo, as Defensorias Públicas, juizados 
especiais/justiça comum ou, ainda, en-
tidades civis de defesa do consumidor
minisTério PúBlico: dentre outros, 
zela pela aplicação e o respeito das leis 
como o CDC. Assim, defende os direitos 
e interesses da coletividade, inclusi-
ve da coletividade de consumidores. 
Quando ocorre lesão a direitos cole-
tivos dos consumidores, o MP ajuíza 
ações civis públicas. Diferentemente da 
defensoria pública, os promotores não 
representam junto ao Poder Judiciário 
casos individuais de consumo.
dEfEnsoria PúBlica: presta assistên-
cia e orientação aos consumidores que 
não têm condições de arcar com advo-
gado. Ademais, as defensorias também 
defendem de maneira coletiva os con-
sumidores ajuizando ações civis públi-
cas para resolver em um único proces-
so diversas lesões aos consumidores.
143
dElEGacia do consumidor: órgão 
da polícia civil que investiga a exis-
tência de crimes contra as relações de 
consumo.
Juizados EsPEciais cívEis: solucio-
nam os conflitos cujos valores envol-
vidos não ultrapassem a 40 salários 
mínimos. Se a demanda for contra a 
Caixa Econômica Federal, o consumi-
dor deve procurar o Juizado Especial 
Federal e o valor não poderá ultrapas-
sar 60 salários mínimos. Se não houver 
órgão especializado, o Juiz atuante no 
município ou Comarca poderá adotar 
as medidas cabíveis. 
EnTidadEs dE dEfEsa do 
consumidor: são Organizações Não 
Governamentais (ONG), que têm por ob-
jetivo a proteção e a defesa dos consu-
midores. As entidades civis organizadas 
têm desenvolvido importante papel na 
defesa de direitos sociais representan-
do os interesses gerais e setoriais da so-
ciedade perante o poder econômico e a 
Administração Pública.
Você sabia também que a proteção e 
a defesa do consumidor é uma polí-
tica de Estado? No dia internacional 
do consumidor, dia 15 de março de 
2013, a Presidência da república lan-
çou o Plano Nacional de Consumo 
e Cidadania (Plandec), por meio do 
Decreto n. 7.963, que tem por objetivo 
promover a proteção e defesa do con-
sumidor em todo o território nacional, 
por meio da integração e articulação 
de políticas, programas e ações.
CóDIGO De DeFesa DO 
CONsumIDOR 
(lei nº 8.078, de 11 de dezembro de 
1990)
O código de defesa do consumidor 
(cdc) é uma lei, exclusivamente uti-
lizada em situações de consumo, 
que traça as normas das relações 
entre consumidores e fornecedo-
res de produtos e de serviços, defi-
nindo responsabilidades, padrões 
de conduta, prazos, mecanismos 
para reparação de danos etc.
As palavras acima em negrito são 
definidas, em linhas gerais, da se-
guinte maneira:
• Consumidor é toda pessoa física 
ou jurídica que adquire ou utiliza 
um produto ou serviço como desti-
natário final. 
• Fornecedor é toda pessoa física 
ou jurídica que produz ou comer-
cializa, importa ou distribui um 
produto ou presta um serviço. 
• Produto é qualquer bem, móvel 
ou imóvel, material ou imaterial.
• Serviço é qualquer atividade ofe-
recida no mercado de consumo 
pela qual você tem de pagar.
144
DIReITOs BÁsICOs DO CONsumIDOR
De acordo com o código de defesa do consumidor, os di-
reitos básicos do consumidor assegurados pelo artigo 6° 
são:
i - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos 
provocados por práticas no fornecimento de produtos e 
serviços considerados perigosos ou nocivos;
ii - a educação e divulgação sobre o consumo adequado 
dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de esco-
lha e a igualdade nas contratações;
iii - a informação adequada e clara sobre os diferentes 
produtos e serviços, com especificação correta de quanti-
dade, características, composição, qualidade e preço, bem 
como sobre os riscos que apresentem;
iv - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, 
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como 
contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no for-
necimento de produtos e serviços;
v - a modificação das cláusulas contratuais que estabe-
leçam prestações desproporcionais ou sua revisão em ra-
zão de fatos supervenientes que as tornem excessivamen-
te onerosas;
vi - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimo-
niais e morais, individuais, coletivos e difusos;
vii - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com 
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a pro-
teção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados.
viii - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com 
a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo ci-
vil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordiná-
rias de experiências;
iX - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos 
em geral.145
O consumidor é protegido contra os chamados vícios e fa-
tos de consumo (arts. 12, 14, 18 e 20), ou seja, contra produ-
tos e/ou serviços que ou não funcionam como deveriam ou 
provocam dano ao consumidor ou a outras pessoas quan-
do são utilizados.
conheça o código de defesa do consumidor.
exeRça seus DIReITOs!
146
pRÁTICas aBusIVas
O cdc estabelece que determinadas práticas comerciais são 
consideradas abusivas por ferirem os direitos dos consumi-
dores. As principais práticas abusivas são:
venda casada: ocorre quando, para adquirir o produto ou 
serviço A, o consumidor é obrigado pelo fornecedor a adqui-
rir também o produto ou serviço B, violando seu direito de 
escolha. Por exemplo, se uma revendedora de veículos deter-
mina que só vende carros se o comprador adquirir o seguro 
oferecido por ela, está incorrendo em prática de venda casa-
da, prática ilegal, proibida pelo CDC.
recusa às demandas dos consumidores: Tendo o fornecedor 
condições de prestar o serviço ou a disponibilidade do pro-
duto desejado em estoque não poderá se recusar a atender 
o consumidor. O fornecedor só pode se recusar a vender um 
bem quando houver uma determinação legal que o impeça, 
como no caso de bebidas alcoólicas para menores. Contudo, 
o fornecedor tem o direito de recusar determinadas formas 
de pagamento, como cartões de credito, desde que avise am-
plamente e com antecedência.
Envio de produtos e serviços sem solicitação prévia: a ini-
ciativa da compra tem que partir do consumidor. Produtos 
ou serviços fornecidos sem pedido do consumidor são consi-
derados amostras grátis. O envio de cartões de crédito sem 
solicitação dos consumidores é considerada uma prática 
abusiva.
147
ausência de orçamento: o fornecedor não pode executar um 
serviço que não tenha sido previamente autorizado pelo con-
sumidor. Deve fornecer um orçamento no qual estejam ex-
plicitados os custos com material, mão de obra etc. Se não 
houver estipulação especial, o orçamento tem validade de 
10 dias.
ausência de prazo para cumprimento da obrigação do fornece-
dor: o fornecedor deve entregar um produto ou realizar um serviço 
dentro de um prazo predeterminado.
Produtos e serviços sem especificação legal: diversos produtos 
ou serviços são controlados pelas agências reguladoras e devem 
estar dentro dessas especificações para garantir a segurança e a 
saúde dos consumidores.
reajuste e aumento de preço: Se o fornecedor injustificadamente 
aumentar o preço dos seus produtos e serviços, sem a majoração 
do custo de sua atividade, gerando uma situação de vantagem ex-
cessiva para o fornecedor, pode-se configurar uma prática abusi-
va. Também se proíbem cartéis – pratica em que alguns fornecedo-
res se unem para combinar preços e, assim, limitar a concorrência 
e prejudicar os consumidores.
cobrança indevida: o consumidor tem o direito de ser ressarcido 
em dobro se for cobrado a mais do que deveria pelo fornecedor. É 
proibido ao fornecedor, na cobrança de dívidas, usar de ameaças, 
coação, constrangimentos físicos ou morais, e quaisquer procedi-
mentos que humilhem o consumidor, expondo-o ao perigo, ao ridí-
culo e interferindo em seu trabalho, descanso ou lazer.
148
ResOLVeNDO O pROBLema De CONsumO:
recomenda-se aos consumidores que, quando ficarem in-
satisfeitos com um produto ou serviço (por não atender às 
especificações fornecidas, por baixa qualidade etc.), tentem 
primeiro resolver a questão junto ao fornecedor. Se não for 
possível solucionar o problema, os consumidores podem regis-
trar uma reclamação junto às agências reguladoras (nos casos de 
serviços regulados como produtos e serviços de instituições financeiras, te-
lefonia, energia, planos de saúde, transporte aéreo e terrestre) ou em órgãos 
administrativos (PrOCONs estaduais e municipais, quando houver), ou defen-
sorias, ou ainda associações de defesa do consumidor. Não obtendo sucesso 
no âmbito administrativo, pode-se, inclusive, recorrer ao Poder Judiciário.
paRa FORmaLIzaR uma ReCLamaçãO:
• Entrar em contato com o fornecedor e formalizar a sua reclamação, de pre-
ferência, por escrito (pode ser por e-mail). 
• É interessante que o consumidor procure ter a comprovação do contato com 
a empresa. Se for possível, encaminhe carta registrada para o fornecedor.
Caso o problema, relativo aos produtos e serviços financeiros, não seja solu-
cionado junto ao fornecedor (ex: banco e/ou financeira) o consumidor deverá 
levar a demanda à ouvidoria das instituições financeiras. Se a demanda tam-
bém não for solucionada pela ouvidoria, entre em contato com o Banco Central 
para formalizar a reclamação ou ainda recorra aos órgãos e entidades de defe-
sa do consumidor. 
paRa saBeR maIs:
Para resolver demandas relativas aos produtos e serviços financeiros o con-
sumidor poderá realizar ligações telefônicas para o Serviço de Atendimento 
ao Consumidor (SAC), gratuitamente. No início ou ao final do atendimento, o 
consumidor terá direito ao número de protocolo, bem como poderá solicitar 
a gravação com o conteúdo do seu atendimento. Você sabia que em caso de 
pedido de cancelamento de cartão de crédito, por exemplo, a demanda deverá 
ser processada imediatamente e que o SAC deve funcionar vinte e quatro horas 
por dia e sete dias por semana? Pesquise mais sobre os seus direitos previstos 
no Decreto do SAC Nº 6.523, de 31.06.2008! 
149
VIa juDICIaL
Se o acordo não for possível, o PrOCON pode orientar o con-
sumidor a encaminhar o caso à Justiça – geralmente por 
meio do Juizado Especial Cível, com jurisdição local. O po-
der judiciário julgará o mérito da questão e determinará o 
que deve ou não ser cumprido pelos fornecedores. De qual-
quer forma, o consumidor pode promover uma ação judi-
cial independentemente de sua ação administrativa junto 
ao PrOCON.
eXPeriMeNte! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Explore as informações oferecidas nestas páginas para buscar aquelas que serão necessárias 
para resolver as propostas a seguir.
Formem pequenos grupos para discutir os casos apresentados. Analisem quem deixou de cum-
prir um dever em cada caso: o consumidor ou o fornecedor. para as situações em que o erro foi 
do fornecedor, identifique a prática abusiva em questão ou os direitos do consumidor que estão 
sendo violados.
casos:
• Relógio anunciado pelo vendedor como sendo à prova d’água que parou de funcionar quando 
seu dono tomou banho com ele;
• bicicleta cuja correia se soltou com menos de um mês de uso;
• Pão integral que não especificava seus ingredientes e provocou reação alérgica em pessoa 
com alergia a linhaça;
• Pessoa que ficou com olho vermelho e ardendo ao coçá-lo depois de mexer com água sanitá-
ria que continha um aviso de cuidado de manuseio na embalagem;
• Cobrança na conta de telefone de um valor mais alto do que de fato foi consumido;
• Livro que foi entregue em casa e chegou com uma taxa de entrega que não havia sido 
informada;
• Pessoa que comprou um creme de cabelo que não queria porque na farmácia perto de sua 
casa, nunca encontrava o xampu separado: ele sempre vinha em uma “promoção” junto com o 
creme.
agora escolham um dos casos e redijam os possíveis encaminhamentos, citando os direitos 
básicos do consumidor violados. vocês podem incluir novos dados à vontade. podem detalhar 
como foi utilizado o produto ou serviço, qual foi o vício ou defeito, se já entraram em contato 
com o fornecedor para reclamar (e qual foi a reação do fornecedor nesse caso) etc.
150
aPreNDi:
a iDeNtificar casOs De Práticas abUsivas e De viOlaçãO De DireitOs DO 
cONsUMiDOr;
a reDigir Os POssíveis eNcaMiNhaMeNtOs Para UM PrObleMa De cONsUMO, 
iNclUsive DescreveNDO Os DireitOs básicOs DO cONsUMiDOr viOlaDOs. 
cara a cara
o que você aprendeu?
151
Pisca alerta
Ninguém vive isoladamente. Somos o tempo todo influenciados pelas ações dos 
outros, e com nossas ações afetamos outras pessoas. por isso, não podemos cul-
par os comerciantes (por ganância) ou o governo (por não fazer nada) se nós 
próprios não fazemosa nossa parte, tomando cuidado com nossos hábitos de 
consumo.
Faça esse TesTe! 
Quando faz compras, você:
1. Compra o que realmente precisa ou age por impulso? Ou quem sabe 
compra porque está aborrecido ou triste e precisa se distrair? Ou com-
pra para acompanhar os outros?
2. Analisa com cuidado o produto? Verifica se está em boas condições, 
se tem garantia etc.?
3. Utiliza só lojas confiáveis? Exige nota fiscal? 
4. Segue a dica de uma única pessoa que conta ter feito um “ótimo” 
negócio (mesmo que a história esteja mal contada!) e vai atrás, porque 
está morrendo de vontade de ter aquilo e o precinho é camarada?
aTEnção:
Embora a nota fiscal seja importante elemento de prova 
no caso de troca, o consumidor pode se valer de outros 
meios, como testemunha, recibo ou qualquer outro docu-
mento que indique a realização da compra.
Pense bem sobre essas questões. Dependendo das res-
postas que der, você pode estar muito vulnerável às 
ações de vendedores inescrupulosos. Ou seja, você não 
estaria fazendo a sua parte para estimular a honestida-
de e o bom atendimento no comércio.
152
naTi: Oooooiiiiiiiiiii!!!!!! Não acredito!!!! Sai da internet e vai 
aproveitar a Disney, menino!
naTi: Ah, se fosse eu aí. Imagina se eu ia ligar a internet. Ia 
aproveitar todos os segundos.
andErson: Hahaha. Entrei rapidinho no computador aqui 
do hotel.
naTi: E como é que está a viagem?
andErson: Pô, irado demais, Nati!!!
naTi: Você já achou aqueles óculos que eu te pedi? 
andErson: Já achei sim.
naTi: E quanto foi? Já quero deixar o dinheiro separado. Vou 
colocar numa gaveta, pra não correr o risco de gastar.
andErson: 34,70.
naTi: Tá. 
andErson: Tenho que ir. Depois a gente se fala, Nati!
naTi: Bjoooooooo!
Depois de chegar de viagem, o Anderson foi à casa da Nati 
levar os óculos e mostrar as fotos. A Nati veio toda animada 
com o dinheiro na mão. 
 — Obrigada, obrigada, mil vezes obrigada. Aqui estão os 34,70.
— Nati, são 34,70 DÓLArES. Que em rEAIS dão 62,11. Olha aqui 
a fatura do cartão.
153
DATA
TrANSAÇÕES
INTErNACIONAIS
(nome da empresa) 
VALOr DA TrANSAÇÃO 
NA MOEDA DE OrIGEM
DÉBITO EM rEAIS
17/10/2009 Star Glasses 34,70 USD 62,11*
“62 reais?!?”, levou um susto Nati. “Quase o dobro do que eu 
separei“, pensou ela. O valor dos óculos praticamente du-
plicou em relação ao que a Nati esperava, porque os 34,70 
dólares foram convertidos para reais. Caso você ainda não 
saiba, cada país tem a sua moeda, e os produtos e serviços 
nos Estados Unidos são comercializados em dólares. Na 
Argentina, em pesos, no Japão, em ienes, no Brasil, em reais, 
e por aí afora. Então, para que os americanos comprem pro-
dutos brasileiros, e vice-versa, é preciso converter reais em 
dólares. Essa conversão é feita por uma proporção que é a 
taxa de câmbio. Se a taxa entre o dólar americano e o real é 
de r$ 2,00, isso significa que:
um dólar americano = dois reais 
um real = cinquenta centavos de dólar. 
Você consegue descobrir que cálculo foi feito para que os 
34,70 dólares da compra de Nati se transformassem nos 
r$ 62,11 que ela tem de pagar?
resposta: os 34,70 dólares foram multiplicados por 1,79, que é a cotação do 
dólar indicada abaixo da tabela.→
* cotação do dólar em 
22/10/2009: r$ 1,79
154
A relação ou proporção de troca entre moedas de dois países 
diferentes é a taxa de câmbio. “Câmbio” é outra palavra para 
“troca”.
Você talvez tenha ouvido falar que o real se “fortaleceu” ou 
que o “dólar” é uma moeda forte. No começo de março de 
2009, um dólar valia r$ 2,41, e em 22 de julho de 2009 um dólar 
valia r$ 1,90. Isso quer dizer que, em março, com 10 dólares 
você “comprava” r$ 24,10, mas em julho, com os mesmos dez 
dólares, só se “comprava” r$ 19,00. Entre março e julho o real 
se “fortaleceu” em relação ao dólar, ou o dólar “enfraqueceu” 
em relação ao real. Pode-se dizer então que o real sofreu 
uma apreciação; seu valor subiu, aumentando a quantidade 
de moeda estrangeira que ele pode comprar. O dólar, por sua 
vez, sofreu uma depreciação em relação ao real.
expORTaçãO, ImpORTaçãO e BaLaNça COmeRCIaL
Aqui no Brasil, como em outros países, consumimos alguns 
produtos que são produzidos em nosso país e outros feitos 
no exterior. Quando vendemos produtos para outros países, 
ocorre a exportação. Quando produtos ou serviços feitos 
no estrangeiro são trazidos para cá, temos a importação. 
O saldo da balança comercial é a diferença entre a exporta-
ção e a importação. A balança comercial pode ser positiva (= 
superavitária: exportação “pesou mais” do que importação, 
isto é, gerou mais dinheiro) ou negativa (= deficitária: impor-
tação “pesou mais” do que exportação).
 BaLaNça 
 COmeRCIaL 
 supeRaVITÁRIa 
Os expORTaDORes e a Taxa De CâmBIO
A taxa de câmbio afeta bastante a vida dos exportadores. 
Vejamos o exemplo de um exportador de calçados. Os cus-
tos dele são em reais: salários, couro etc. Digamos que ele 
precise vender cada par de sapatos por r$ 50,00 para poder 
se manter. Se o câmbio for USD 1 = r$ 2,00 (isto é, cada dólar 
valendo dois reais), o preço do sapato no exterior será 25 dó-
lares. No entanto, se o sapato chinês estiver sendo vendido 
por 20 dólares, o exportador brasileiro terá dificuldade para 
vender os dele, já que os compradores vão preferir comprar o 
sapato chinês, que é mais barato. Mas se o câmbio for r$ 2,50 
(US$ 1,00 = r$ 2,50), o exportador brasileiro pode vender o sa-
pato a 20 dólares, competir com o chinês e receber os r$ 50,00 
de que precisa para pagar os custos e ter o lucro necessário. 
4
3
2
1
0
out/94 nov/96 dez/98 jan/01 fev/03 mar/05 abr/07 mai/09
155
Estudando o gráfico, você percebe que, até dezembro de 
1998, a taxa de câmbio seguiu uma linha reta, ligeiramente 
inclinada para cima. Depois ela passou a oscilar, para cima 
e para baixo, sem se poder prever onde estaria no futuro. 
Por que isso? Deu a louca na taxa de câmbio? Essa mudança 
aconteceu porque no período de outubro de 1994 a dezembro 
de 1998, o Banco Central fazia intervenções continuamen-
te para manter a taxa de câmbio em uma faixa predefinida 
pelo governo (regime de câmbio administrado) e, a partir de 
1999, a taxa de câmbio passou a variar de acordo com o mer-
cado (regime de câmbio flutuante). 
 BaLaNça 
 COmeRCIaL 
 DeFICITÁRIa 
156
mILIONÁRIO LÁ NãO é a mesma 
COIsa que mILIONÁRIO aquI!
A conversão de uma moeda em outra pode trazer algumas 
surpresas. No filme Quem quer ser um milionário?, o prêmio 
é de 20 milhões de rúpias indianas. De acordo com a taxa de 
câmbio de agosto de 2009, isso dá uns 750 mil reais. Como 
para ser milionário é preciso ter mais de 1 milhão, no Brasil a 
pessoa não seria considerada milionária.
É claro que cada país tem seus preços e pode ser que com 
20 milhões de rúpias na índia se tenha um padrão de vida 
melhor do que com 750 mil reais no Brasil. Do mesmo modo, 
um dólar convertido para reais pode comprar mais itens no 
Brasil do que esse mesmo dólar nos Estados Unidos. Contudo, 
o importante aqui é que você perceba que há várias moedas 
com diferentes taxas de conversão entre si, portanto, com 
valores relativos entre si aos quais quem exporta ou impor-
ta bens ou serviços deve estar atento.
157
quaNTO CusTa um hamBúRGueR peLO muNDO aFORa
Em dezembro de 2002, um mesmo tipo de hambúrguer custa-
va 2,50 na Argentina, 6,30 na Suíça e 399,00 na Islândia. Como 
assim? Calma, para saber em qual desses lugares o hambúr-
guer é mais caro, é preciso converter todos os valores para 
uma mesma moeda, por exemplo, o real. Foi exatamente isso 
o que fizemos no quadro a seguir, mas acrescentamos tam-
bém outros países. Observe o quadro e verifique onde o ham-
búrguer é mais caro e mais barato.
PAíS QUANTO CUSTA UM 
HAMBÚrGUEr NO PAíS
COMO SE LÊ
QUANTO É ESSE VALOr EM rEAIS*
Argentina $ 2.50 2 pesos e 50 r$ 1,16
África do Sul r 9.70 9 randes e 70 r$ 2,31
Malásia rM 4.52 4 ringgits e 52 r$ 2,38
Filipinas P 65.00 65 pesos r$ 2,51
Austrália A$ 3.00 3 dólares australianos r$ 4,93
Estados Unidos USD 2.542 dólares e 54 r$ 4,17
Suíça SwF 6.30 6 francos suíços e 30 r$ 10,92
Islândia IKr 399.00 399 coroas r$ 5,67
* cálculos realizados em 15 de janeiro de 2010 com a calculadora do cidadão, no site do Banco 
Central (link:http://www.bcb.gov.br/?CALCULADOrA).
CuRIOsIDaDe
158
De OLhO NO LaNCe
Preste atenção nos seus olhos e no seu cérebro!
você já ouviu falar em ancoragem e enquadramento? Não 
estamos falando de barcos que lançaram âncoras ou em 
como tirar uma boa foto, mas até que tem a ver. Na verdade, 
são fenômenos psicológicos que podem fazer com que tome-
mos decisões econômicas inadequadas.
A ancoragem acontece quando ficamos “marcados” por um 
número, um valor ou uma situação, de modo que as escolhas 
subsequentes refletem essa influência – mesmo sem se dar 
conta disso. Por exemplo, houve uma época em que a taxa 
de câmbio entre o real e o dólar, ficou bem próxima de 2 para 
1. Com dois reais, se obtinha um dólar e esse valor ficou na 
cabeça das pessoas. Muita gente planejou comprar itens im-
portados ou despesas de viagens internacionais ou exportar 
com essa relação na cabeça (2/1). Só que esses valores mu-
dam, e, dependendo de quando e quanto, pode-se perder 
muito dinheiro por ter feito contas a partir de uma relação 
que não vale mais.
O enquadramento é mais fácil de ser explicado por meio de 
um exemplo bem comum na vivência das pessoas em geral. 
você já reparou que em muitas lojas há diversos itens sen-
do vendidos por preços que terminam em “99”? São preços 
como r$ 1,99 ou r$ 3,99 ou r$ 99,99 ou mesmo r$ 2.999,99. Por 
que isso? Porque nossa tendência é olhar para o primeiro nú-
mero: no caso de um item vendido a r$ 1,99, ficamos com o 
“1”, e não damos bola para o fato de que, na verdade, custa o 
dobro... Os anunciantes fazem isso de propósito, claro, e nor-
malmente caímos na deles, porque, na verdade, nosso desejo 
é que o preço seja mais baixo mesmo.
eXPeriMeNte! >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Trabalhe com alguns colegas. Pensando nas suas necessidades, listem de 4 a 6 produtos que 
comporiam a “cesta básica de sobrevivência do adolescente”, isto é, aqueles que vocês conside-
ram os mais importantes para o seu dia a dia. 
indiquem quanto custa cada um e somem esses valores. Em seguida, comparem o valor to-
tal da cesta com os outros grupos. será que todos os grupos terão chegado ao mesmo valor? 
provavelmente não, porque o que cada pessoa considera importante para si própria tende a ser 
muito particular. portanto, não há um resultado correto. 
depois pesquisem na internet quanto custam os itens da cesta básica do seu grupo em países do 
seu interesse. anotem o valor de cada item em cada país e façam o total da cesta por país. 
isso feito, convertam o valor total da cesta de cada país para o real, utilizando a calculadora do 
banco Central (no site www.bcb.gov.br, procurem “Serviços ao cidadão”), que informa a taxa de 
câmbio entre o real e a maioria das moedas.
para terminar, analisem e comentem os resultados. a que conclusões vocês chegaram?
159
aPreNDi:
a cONverter Para O real O valOr De algUNs 
PrODUtOs eM DifereNtes MOeDas estraNgeiras
cOMO aParece eM reais Na fatUra De cartãO 
De créDitO UMa cOMPra feita eM OUtra MOeDa
cara a cara
o que você aprendeu?
COmO aChaR um sONhO pRIORITÁRIO?
Como vivemos em família, muitas vezes nossos sonhos indivi-
duais precisam ser negociados com os das pessoas com quem 
vivemos. Outras vezes, uma família constrói um sonho coleti-
vo. Os seus sonhos estão em conflito ou em harmonia com os 
sonhos de sua família? Caso haja conflitos, como harmonizar? 
Para começar, é necessário que você tenha muita clareza so-
bre os seus sonhos prioritários, aqueles mais importantes para 
a sua vida. Dentre os seus sonhos, quais são os prioritários?
Seus sonhos prioritários se unirão às suas necessidades bási-
cas (como moradia, alimentação, saúde, educação, emprego) 
para compor a lista de suas prioridades de vida. Essas prio-
ridades devem estar bem claras, pois em vários momentos-
chave da sua vida você precisará tomar decisões difíceis, e 
o que vai ajudar é saber o que é mais importante para você. 
Para que serve ter maior controle de sua vida financeira? 
Esse controle é importante para que você não fique tão nas 
mãos dos acasos da vida e para que possa se planejar para 
realizar os seus sonhos! Agora você terá a oportunidade de 
reunir os conhecimentos que adquiriu no Bloco 1 e utilizá-los 
para alcançar um sonho seu. 
Antes de tudo, é muito importante que você tenha clareza de 
quais são os seus sonhos! Sem pensar muito, escreva no seu 
CADErNO DO ALUNO os três primeiros sonhos que aparece-
rem na sua cabeça.
A Educação Financeira ajuda você a alcançar seus sonhos, 
ao ensinar a estabelecer metas, tomar consciência de seu 
comportamento financeiro, criar e seguir um planejamento 
etc. Não é qualquer tipo de sonho que se realiza dessa for-
ma... Logo, é necessário que você identifique quais dos seus 
sonhos dependem de dinheiro para serem realizados.
em que tipo de lugar 
você quer morar? 
que tipo de 
casa quer ter?
Há várias frases espalha-
das nesta SD que podem 
servir de inspiração para 
você organizar seu sonho 
planejado.
160
Pense. Dentre seus sonhos prioritários, escolha um que:
• dependa de planejamento financeiro para ser realizado;
• seja realizável por você individualmente;
• seja realizável em curto prazo.
registre-o em seu CADErNO DO ALUNO. Esse é o sonho que 
você irá planejar agora. De verdade!
Veja quais indicações abaixo são relevantes para ajudar 
você nesse planejamento. Utilize seu CADErNO DO ALUNO 
para responder às questões colocadas, marcar opções suge-
ridas e fazer seu planejamento. 
se o seu sonho envolve a compra de algum bem
Se esse for o seu caso, qual é o bem que deseja comprar? Por 
que ele é tão importante? Quais características ele tem que 
ter? Veja quais são as perguntas que você precisa se fazer so-
bre esse objeto: 
• Que funções ele tem que ter?
• Qual o modelo mais adequado?
• Que tamanho precisa ter?
• É preciso que ele seja prático, resistente, bonito, moderno, 
útil, versátil/multifuncional? Ou o quê?
Você precisará descobrir quanto custa esse bem e pensar nas 
características que ele necessita ter em conexão com o que 
você precisa. Pesquise bem os preços e produtos até chegar a 
um bom custo-benefício. Qual foi o valor encontrado?
se o seu sonho envolve algum serviço
Se é um serviço que você busca (ou um conjunto de servi-
ços), o raciocínio é parecido com o da compra de um bem. 
Determine o que você quer e saiba por que o deseja. Isso aju-
dará a definir as características que o serviço precisará ofe-
recer para que valha a pena pagar o valor cobrado. 
que família quer 
construir?
que profissão quer ter?
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Pesquise cuidadosamente preços e serviços, buscando o me-
lhor custo-benefício para o seu caso. O perigo é você não pes-
quisar direito e chegar a um valor que não sabe bem de onde 
veio e, daí, ficar com ele “grudado” na cabeça. O nome disso 
é “ancoragem”. 
Então, pesquisou? Quanto custa de fato? 
De que forma vai pagar pelo bem ou serviço?
Você irá pagar à vista ou parcelado? Para decidir, considere a 
urgência da compra do bem ou da utilização do serviço. 
Se for uma compra, é de um objeto indispensável? 
Se for uma viagem, ela tem que ser este ano? 
No caso de você ter pensado em um sonho um pouco mais 
distante, é possível planejar-se para poupar por alguns me-
ses e pagar à vista?
Se o bem ou o serviço for inadiável e você não tiver o valor in-
tegral para pagá-lo, será necessário parcelar os pagamentos. 
Isso provavelmente requer que, nos meses seguintes, você 
poupe para pagar as parcelas, caso o dinheiro que você ve-
nha a receber eventualmente não cubra o valor financiado. 
Se esse for o caso, veja quais as opções de valor e número de 
parcelas disponíveis. Escolha a que melhor atende às suas 
necessidades e possibilidades, não deixando de considerar 
os juros envolvidos em cada opção. O cuidado que vocêpreci-
sa tomar aqui é não ficar otimista demais em relação às suas 
próprias condições futuras!
CORTaR Despesas: é esse O seu CasO?
Se o seu sonho demanda corte de despesas para poder se 
realizar, você terá de decidir que despesas cortar. Há várias 
maneiras de fazer isso, mas o primeiro passo é estabelecer 
uma meta: exatamente quanto dinheiro você precisa cortar? 
Em seguida, liste e categorize todas as suas despesas atuais. 
Ao lado de cada uma, indique se pode ou não ser cortada, de 
que maneira isso será feito e quanto dinheiro cada corte vai 
gerar. No seu CADErNO DO ALUNO há uma tabela que pode 
ajudá-lo nessa tarefa.
O que gostaria de pro-
porcionar a alguém que 
você ama? 
O que gostaria de mu-
dar na sua vida?
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Veja algumas maneiras de fazer cortes:
• cortar uma categoria inteira: quem sabe você dá um tem-
po no seu cabelo e deixa de pintá-lo no salão até atingir sua 
meta? Assim, você pode tirar a categoria “salão” da sua lista 
de despesas;
• deixar de consumir certas coisas dentro de uma mesma 
categoria: ok, você gosta de comprar roupa, mas isso no mo-
mento não é tão necessário, então você pode simplesmente 
não comprar aquela blusa que achou tão irresistível. Se pu-
der deixar de consumir algo, faça isso!
• reduzir valores de itens dentro de uma categoria: a conta 
de celular, por exemplo, é sempre algo em que se pode me-
xer. Decida quanto você precisaria e conseguiria economizar 
com o celular. 
• trocar um hábito ou comportamento por outro menos cus-
toso: em vez de comer na rua você poderia levar um lanche 
feito em casa (pode ser até mais saudável!). Em vez de andar 
de ônibus, trem, metrô ou carro, poderia andar de bicicleta 
(seria até mais ecológico!) ou até mesmo deslocar-se a pé em 
certos trajetos. 
Agora some tudo o que você conseguiria economizar utili-
zando essas dicas e veja quanto consegue poupar por mês, e 
por quantos meses você teria que fazer esse esforço.
aumeNTaNDO ReCeITas
O valor total de todos os cortes que você planeja fazer ainda 
NÃO é suficiente para ajudá-lo a realizar seu sonho? Então, 
você terá que continuar poupando por mais tempo ou pen-
sar em aumentar suas receitas. 
No último caso, o que você pode fazer? Veja o passo a passo:
• Olhe à sua volta e observe de que serviços ou produtos as 
pessoas das suas relações podem estar precisando. 
• De posse dessas informações, pense nas suas habilidades 
pessoais: quais desses serviços ou produtos você é capaz de 
fazer bem? Ex: costurar bainhas, fazer salgados ou doces, con-
sertar bicicletas, dar aulas particulares, cortar cabelos etc.
que atividades de 
lazer deseja manter?
em qual dos seus talentos 
gostaria de investir?
que estilo de vida 
deseja ter? 
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FINaLmeNTe, O pLaNejameNTO FINaNCeIRO!
Experimente completar, no seu CADErNO DO ALUNO, a tabela de pla-
nejamento financeiro do mês. 
Um planejamento financeiro serve para registrar e analisar como 
está nossa situação em relação a duas coisas: o que ganhamos (nos-
sas receitas) e o que gastamos (nossas despesas). 
Tanto na parte das receitas quanto das Despesas, é preciso registrar 
e ficar de olho no que está previsto e no que foi realmente gasto em 
cada uma das categorias listadas. 
As categorias de receitas são “receita fixa” e “receita variável”.
As categorias de despesas variam de pessoa para pessoa, mas são do 
tipo “transporte”, “lazer”, “beleza e higiene”, “bens pessoais” etc. Na 
tabela que se encontra no seu CADErNO DO ALUNO, a coluna da es-
querda deve ser preenchida com esses dados.
Na coluna do meio, coloque os valores relativos ao que você espera 
ganhar (“receita prevista”) e gastar (“valor máximo previsto”). 
Finalmente, a coluna da direita é para ser preenchida com o que de 
fato aconteceu durante o mês em termos de ganhos (“receita recebi-
da”) e gastos (“valor gasto”). Se necessário, utilize outro espaço, como 
um caderninho, para repetir esse registro durante mais tempo.
• Em seguida, trace uma meta: quanto você precisa ganhar 
com esse bico? Quanto conseguiria ganhar? 
• Durante quanto tempo você precisa fazer esse bico?
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Pisca alerta
sonhar é ótimo e todo mundo deveria sonhar sempre. mas realizar os sonhos é 
outro papo e depende, principalmente, de botar os pés no chão. portanto, con-
centre todas as suas energias naquilo que você realmente pode realizar e nada 
de metas impossíveis, inviáveis! 
esse mODeLO De pLaNejameNTO COmBINa COm VOCê? 
que TaL aDOTÁ-LO?
Se não combina, o que você mudaria? Crie seu próprio modelo!
Bom, agora vem a análise dos dados: os valores alcançados no 
primeiro mês corresponderam ao que você planejou? Em caso 
negativo, analise o porquê e faça os ajustes necessários para 
o planejamento do mês seguinte e assim por diante, até obter 
maior controle e alcançar suas metas.
Pronto, você aprendeu a fazer um planejamento financeiro 
para realizar um sonho!
sONhO ReaLIzaDO?
Agora resta cumprir o que você planejou. Isso é que significa 
correr atrás dos seus sonhos! Esperar cair do céu não funcio-
na... É preciso ter clareza do que você quer, descobrir o que 
precisa ser feito para alcançá-lo, planejar-se, fazer o que pla-
nejou e ajustar-se aos imprevistos no meio do caminho.
registre no seu CADErNO DO ALUNO quando você realizou o 
seu sonho e como se sentiu. E não deixe de comemorar! 
Depois, que tal dividir suas ideias com um amigo para ter con-
tato com outras formas de planejar a realização dos sonhos?
que lembranças da vida 
deseja ter quando esti-
ver mais velho?
que lugares você é louco 
para conhecer?
O que você não gostaria de 
ter na sua vida de jeito 
nenhum? O que é mais impor-
tante na vida para você?
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