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Resolução Recalculando Rota - Exame 40

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2 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Me chamo Cleize Kohls, ministro as aulas de Direito 
Processual do Trabalho e resolução de peças juntamente com 
o professor Luiz Henrique Dutra na disciplina de Direito 
Material do Trabalho e resolução de questões. 
Na aula de hoje resolveremos 4 peças autorais, padrão FGV. 
Analisaremos ponto a ponto e discutiremos sobre a matéria 
constante em cada uma delas. 
Mas antes disso veremos um passo a passo de como 
identificar as respostas. 
Vem comigo! 
 
 
 
Prof.ª Cleize Kohls 
@prof.cleizekohls 
3 
 
 
Como Resolver Peças l Enunciado 1: 
 
 
André Bonifácio ajuizou Reclamação Trabalhista em face da sociedade empresária Mundo 
Mágico S/A, pleiteando o reconhecimento de estabilidade em razão de ter sido dispensada 
sem justa causa, logo após ter recebido diagnóstico de ser portadora do vírus HIV. Em sua 
ação buscou o reconhecimento da dispensa discriminatória, com correspondente 
indenização por dano moral, e o pagamento de horas extras, alegando ter cumprido 1 hora 
extra por dia de trabalho. 
A reclamada, em defesa, postulou a improcedência dos pedidos, tendo confirmado que ficou 
sabendo da doença do reclamante, mas afirmou que a dispensa seria por diminuição de 
pessoal, nada tendo juntado além de documentos da contratação, relação de empregados 
que apontavam a existência de 38 empregados, e rescisão da empregada, devidamente 
quitada. 
Durante a instrução processual, o juiz indeferiu a oitiva de duas testemunhas do reclamante, 
por também terem litigado em juízo contra o mesmo empregador, e a testemunha da 
reclamada confirmou que após a dispensa da reclamante outra pessoa foi contratada para a 
sua vaga. 
Em sentença, foi julgada improcedente a reclamação trabalhista, ao argumento de ausência 
de provas por parte do reclamante de realização de horas extras e de que a dispensa tinha 
ocorrido por motivo de discriminação, sendo condenado o reclamante aos ônus da 
sucumbência. 
Inconformado, André Bonifácio interpôs recurso ordinário, pleiteando a nulidade processual 
pelo indeferimento da prova testemunhal, por ter entendimento do TST no sentido de que as 
testemunhas não seriam suspeitas, e, no mérito, buscou a reforma da decisão da decisão 
para que fosse reconhecida a dispensa discriminatória, bem como a condenação da 
reclamada ao pagamento de horas extras, pois a empresa não juntou aos autos os controles 
de jornada, o que geraria presunção de veracidade de suas alegações. 
O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 5 ª Região, negou provimento ao recurso 
ordinário da reclamante fundamentando que não teria a parte reclamante comprovado a 
dispensa discriminatória, e que, ao contrário do que entende o TST, o posicionamento do 
Regional seria na necessidade de prova robusta da intenção discriminatória, e, finalmente, 
que tampouco seriam devidas as horas extras, igualmente por ausência de prova por parte 
da reclamante da sua realização, sendo afastada a aplicação do entendimento do TST, por 
constituir presunção que fere o princípio da realidade dos fatos. 
 
4 
 
 
A parte reclamante opôs embargos de declaração, com o objetivo de prequestionar a matéria 
relativa ao indeferimento da oitiva das testemunhas, já que a decisão nada tratou sobre o 
assunto, tendo mencionado que: “Não tendo a Turma analisado o ponto 1 do Recurso, que 
refere sobre o cerceamento de defesa em razão de indeferimento da prova testemunhal pelo 
juízo a quo, ao argumento de que pelo fato de litigar contra o mesmo empregador as tornava 
suspeita, requer seja sanada a omissão, tendo em vista o posicionamento firmado pelo TST, 
em sentido contrário”. Porém, mesmo diante dos embargos de declaração, o Tribunal 
Regional se manteve omisso sobre esse ponto, apenas mencionando que: “Não constatada 
omissão na decisão, já que afastado o direito a parcela objeto da prova”. 
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela 
reclamante, redija a peça processual cabível em face de tal decisão, expondo os argumentos 
legais pertinentes para a defesa de sua cliente. 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para 
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Resolução: 
 
Peça: Recurso de Revista 
Estrutura: Recurso 
Teses: 
 
• Preliminar de negativa de prestação jurisdicional: Arguir em preliminar que não houve 
manifestação do TRT sobre a questão do indeferimento da prova testemunhal ao argumento de 
que as testemunhas litigavam contra o mesmo empregador, conforme art. 896, §1º, IV da CLT. 
 
• Prequestionamento: Defender que as matérias foram prequestionadas, conforme determina 
a Súmula 297 do TST, já que objetos de apreciação pelo Regional, e quanto a prova 
testemunhal, opostos embargos de declaração para provocar o prequestionamento. 
 
• Transcendência: Mencionar que as matérias estão abarcadas pela transcendência política 
(ou política e social), por desrespeito de entendimento de Tribunal Superior, (ou Superior e por 
tratar de direito social constitucionalmente assegurado), conforme art. 896-A, §1º II ( ou II e III) 
da CLT. 
 
• Prova testemunhal – Contrariedade a Súmula 357 do TST. Sustentar a contrariedade a 
súmula 357 do TST, que claramente refere que não torna suspeita a testemunha o simples fato 
de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. Logo, deve ser requerida a 
reforma da decisão, reconhecendo-se a nulidade por cerceamento de defesa. 
 
• Horas extras – ônus da prova – contrariedade a Súmula 338 do TST e art. 74, parágrafo 2 
da CLT. Defender que a decisão contraria o entendimento do TST consubstanciada na súmula 
338 do TST, inciso I, e art. 74, parágrafo 2 da CLT, pois tendo a reclamada 38 funcionários e 
não tendo apresentado o controle de jornada há presunção relativa de veracidade da jornada. 
 
• Dispensa discriminatória – contrariedade a Súmula 443 do TST. Sustentar que a decisão 
ainda contraria o entendimento do TST, consubstanciada na Súmula 443 do TST, segundo o 
qual estabelece que se presume discriminatória a despedida de empregado portador do vírus 
HIV, logo, como o contexto demonstra que a justificativa da reclamada para a demissão – corte 
de pessoal – não subsiste já que a prova demonstrou que houve contratação de novo 
funcionário, o pedido deve ser julgado procedente. 
6 
 
 
 
 
Ao Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do 
Tribunal Regional do Trabalho da 5 ª Região 
 
 Nº do processo... 
 
ANDRÉ BONIFÁCIO, já qualificado nos autos do processo em 
epígrafe, que move em face de MUNDO MÁGICO S/A, igualmente 
qualificada, vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, por seu 
advogado, interpor RECURSO DE REVISTA, com fulcro no art. 896, “a” 
e “c” da CLT. 
Informa-se que estão presentes os pressupostos de 
admissibilidade, requerendo seja recebido o presente recurso, com a 
posterior remessa ao Tribunal Superior competente. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local...Data... Advogado...OAB... 
 
AO EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
Recorrente: ANDRÉ BONIFÁCIO 
Recorrida: Mundo Mágico S/A 
Objeto: Razões do Recurso de Revista 
Emitentes Julgadores, 
Nos autos do processo nº... foi prolatado acórdão contrário à 
Sumula do TST e à Constituição Federal. Dito isto, tem-se que a 
decisão regional merece reforma, conforme as razões que seguem: 
 
DO CABIMENTO DO RECURSO 
O cabimento do presente recurso é declarado em razão da 
violação à Constituição Federal (art. 5º, LV, da CF), Lei Federal (art. 74, 
parágrafo 2 da CLT e à súmula de jurisprudência uniforme do TST 
 
 
7 
 
 
 
(Súmulas 357, 443 e 338 do TST). 
Os pressupostos de admissibilidade também estão presentes, 
pois há transcendência política em razãodas violações supracitadas, 
bem como as matérias que são objeto do recurso foram 
prequestionadas, conforme exige a Súmula 297 do TST. O recurso é 
tempestivo, e os trechos da decisão recorrida que consubstanciam o 
prequestionamento da controvérsia seguem transcritos abaixo, 
cumprindo também as exigências do art. 896, §1º-A, I, da CLT. 
 
PRELIMINAR – CERCEAMENTO DE DEFESA 
Segue transcrito o trecho dos embargos opostos pelo Autor, onde 
foi requerido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no 
recurso ordinário, bem o trecho da decisão regional denegatória aos 
embargos, para cotejo da ocorrência da omissão, conforme exige o art. 
896, §1º-A, IV, da CLT: “Não tendo a Turma analisado o ponto 1 do 
Recurso, que refere sobre o cerceamento de defesa em razão de 
indeferimento da prova testemunhal pelo juízo a quo, ao argumento de 
que pelo fato de litigar contra o mesmo empregador as tornava 
suspeita, requer seja sanada a omissão, tendo em vista o 
posicionamento firmado pelo TST, em sentido contrário”. Decisão do 
tribunal regional: “Não constatada omissão na decisão, já que afastado 
o direito a parcela objeto da prova”. 
Deve ser considerada prequestionada a matéria, pois mesmo 
opostos embargos de declaração, manteve-se a omissão quanto ao 
tema, conforme súmula 297, III do TST. 
Estando prequestionada a matéria, o Reclamante fundamenta 
seu recurso na contrariedade à Súmula 357 do TST, pois, há previsão 
expressa de que o simples fato de a testemunha estar litigando contra 
o mesmo empregador não a torna suspeita. 
A decisão também viola o art. 5º, LV, da CF, pois, ao impedir a 
 
 
8 
 
 
 
oitiva das duas testemunhas pretendidas, a parte foi impedida de utilizar 
dos meios de prova cabíveis, tendo seu direito cerceado. 
Neste sentido, requer seja reconhecido o cerceamento de defesa, 
declarando-se a nulidade processual, e o retorno dos autos à origem 
para a produção da prova. 
 
 DO ÔNUS DA PROVA – JORNADA DE TRABALHO 
Ainda sobre as horas extras, o pedido do Reclamante foi julgado 
improcedente sob o argumento de que não teria apresentado provas do 
labor extraordinário, ainda que fosse seu o ônus da prova. O 
Reclamante recorreu, porém, a decisão foi mantida. 
A decisão merece reforma, pois, embora possuísse 38 
empregados, a Reclamada não juntou aos autos os controles de horário 
do Reclamante, o que era sua obrigação, a teor do art. 74, §2º, da CLT. 
Neste sentido, conforme entendimento consolidado através da 
Súmula 338, I, do TST, há presunção relativa de veracidade da jornada 
indicada na exordial, de modo que competia a Reclamada fazer prova 
da jornada de trabalho, o que não concretizou. 
Diante da presunção referida, requer a reforma da decisão para 
que seja deferido o pagamento das horas extras ao Reclamante. 
 
DA DISPENSA ARBITRÁRIA 
O Reclamante pleiteou o reconhecimento de estabilidade em 
razão de ter sido dispensado sem justa causa, logo após ter recebido 
diagnóstico de HIV, bem como a indenização por dano moral em razão 
da dispensa discriminatória. 
A sentença foi improcedente, sob o argumento de que o Autor não 
teria apresentado prova cabal da dispensa discriminatória; em sede 
regional, a decisão foi mantida sob a mesma fundamentação. A decisão 
carece de reforma. 
 
 
9 
 
 
 
No presente caso, há presunção de que a dispensa tenha 
ocorrido de forma discriminatória, a teor da Sumula 443 do TST, pois a 
dispensa ocorreu logo após o Reclamante receber o diagnóstico de 
HIV. A própria Reclamada declarou, em defesa que possuía 
conhecimento da doença. 
Ainda que não seja objeto dessa instância processual a reanálise 
de fatos e provas, não se pode ignorar que o argumento da Requerida 
de que a dispensa do Autor teria ocorrido por “diminuição de pessoal” 
caiu por terra, pois a testemunha da Reclamada confirmou que após a 
dispensa do Reclamante outra pessoa foi contratada para a sua vaga. 
Evidenciada a prática discriminatória, requer seja reformada a 
decisão, julgando-se procedente o pedido de reintegração ao emprego, 
conforme determina a Súmula 443 do TST, e a indenização por dano 
moral. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do 
presente recurso, para acolher a preliminar arguida, e, no mérito, 
reformar a decisão, conforme a fundamentação. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local...Data... 
Advogado...OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Como Resolver Peças l Enunciado 2: 
 
Fabiana foi admitida, em 04/03/2022, pela sociedade empresária Sistema Exatos, situada 
em Recife-PE, para exercer a função de programadora, em regime de teletrabalho, 
percebendo salário mensal de R$ 6.700,00. Durante todo o contrato de trabalho, que foi 
devidamente registrado na sua CTPS, recebeu regularmente seu salário, teve recolhido seu 
FGTS e as contribuições sociais. No dia 05/07/2023, após o seu expediente a empregada 
foi hospitalizada e já no dia seguinte acabou falecendo, sendo que a empresa tomou 
conhecimento do fato, pois foi contatada por Letícia, suposta companheira de Fabiana, e por 
Everaldo, que alegou ser pai da empregada. Assim, inobstante a empresa pretenda efetuar 
os pagamentos devidos dentro do prazo, tem dúvidas sobre quem legitimamente deve 
receber, pois não há dependentes indicados na previdência social. Diante disso, na condição 
de advogado da empresa, elabore a peça processual cabível ao caso concreto, 
considerando, ainda, que a empresa tinha previsto em seu regulamento interno que o 
empregado, ao completar um ano de trabalho, teria direito a um tablet, mas que a entrega 
ainda não tinha sido efetuada. Obs: Descreva todas as parcelas, mas é desnecessária a 
indicação de valores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Resolução: 
 
Peça: Ação de Consignação em Pagamento 
Estrutura: Petição Inicial 
Teses: 
• Verbas a serem pagas: Saldo de salário de 5 dias, no valor de R$...; 13º salário proporcional 
do ano de 2023 de 6/12, no valor de R$....; Férias vencidas simples do período de 2022-2023, 
com 1/3 constitucional, no valor de R$....; Férias proporcionais de 4/12, com 1/3 constitucional, 
no valor de R$...; As guias e/ou documentos para movimentação da conta vinculado ao FGTS; 
• Depósito do tablet; 
• Honorários de sucumbência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ... VARA DO TRABALHO DE RECIFE-PE 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA SISTEMAS EXATOS., inscrita no 
CNPJ nº..., com sede na Rua..., nº..., bairro..., município..., CEP..., 
Estado..., vem perante Vossa Excelência, por seu advogado (procuração 
em anexo e endereço profissional completo...), com fundamento no art. 
539 do CPC, propor 
 
AÇÃO DE CONSIGANAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
Em face de ESPÓLIO DE FABIANA, qualificação completa..., 
endereço completo..., pelas razões e fatos a seguir expostos: 
 
DOS FATOS E VALORES DEVIDOS 
A consignante contratou o empregada Fabiana em 04/03/2022, 
para exercer a função de programadora. Contudo, no dia 05/07/2023, 
após o seu expediente a empregada foi hospitalizada e já no dia seguinte 
acabou falecendo, sendo que a empresa tomou conhecimento do fato, 
pois foi contatada por Letícia, suposta companheira de Fabiana, e 
também por Everaldo, que alegou ser pai da empregada. 
Assim, havendo verbas a serem pagas e tendo dúvidas sobre 
quem deve legitimamente receber, propõe a presente ação para 
consignar: 
a) Saldo de salário de 5 dias, no valor de R$...; 
b) 13º salário proporcional do ano de 2023 de 6/12, no valor de 
R$....; 
c) Férias vencidas simples do período de 2022-2023, com 1/3 
constitucional, no valor de R$....; 
d) Férias proporcionais de 4/12, com 1/3 constitucional, no valor de 
R$...; 
 
 
13 
 
 
e) As guias e/ou documentos para movimentação da conta 
vinculado ao FGTS; 
 
DA ENTREGA DO TABLETEA empresa tinha previsto em seu regulamento interno que o 
empregado, ao completar um ano de trabalho, teria direito a um tablete, 
mas a entrega ainda não tinha sido efetuada quando do falecimento da 
empregada, razão pela qual requer o depósito em juízo. 
 
DOS HONORÁRIOS 
Diante da previsão da CLT, em seu art. 791-A, e CPC, em seu art. 
85, §2º, deve o consignatário arcar com os honorários de sucumbência. 
Diante do exposto, requer a condenação do consignatário ao pagamento 
de honorários de sucumbência. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante o exposto, requer: 
a) O depósito dos valores e das coisas devidas, conforme 
fundamentação; 
b) A notificação do consignatário para comparecer e audiência e 
levantar o depósito; 
c) A produção de todos os meios de provas admitidos em direito; 
d) Seja julgada procedente a ação com a declaração da extinção 
da obrigação, nos termos do art. 334 CC e Art. 546 CPC; 
e) A condenação do consignatário ao pagamento das custas e dos 
honorários advocatícios. 
 
Valor da causa R$ ... 
 
 
 
14 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local ..., data ... 
Advogado ... OAB ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Como Resolver Peças l Enunciado 3: 
 
 
Caio Silva, supervisor da Fábrica de Flores, de Santa Cruz do Sul-RS, candidatou-se à 
eleição para Presidente do Sindicato de sua categoria e foi eleito em janeiro de 2023. 
Em outubro de 2023 a empresa recebeu denúncia anônima no canal de dúvidas de que o 
empregado, estaria relatando problemas com as máquinas da empresa, sem que de fato elas 
tivessem qualquer problema, com o objetivo de beneficiar seu amigo José, que é responsável 
pela manutenção e recebe por serviço prestado. 
Foi realizada auditoria interna e verificou-se que efetivamente os gastos estavam acima da 
média e que os demais empregados não viam a necessidade de manutenção dos 
equipamentos. 
Chamado para esclarecer os fatos, Caio revoltou-se com os colegas de trabalho, tendo na 
ocasião empurrado Inácio e agredido com um tapa Joana. Na ocasião a brigada militar foi 
chamada e foi feito o correspondente boletim de ocorrência. 
Em razão disso, o empregado foi suspenso de suas funções em 01.11.2023, dia das 
agressões. A empregadora entendeu que a medida era necessária, pois ele poderia atentar 
contra outros colegas de trabalho, bem como tentar obstruir as provas quanto aos 
pagamentos feitos indevidamente. 
No dia 13.11.2023 o empregado apresentou contestação com reconvenção, pedido de tutela 
provisória para sua imediata reintegração, sustentando que por ser dirigente sindical teria 
direito a imediata reintegração, bem como indenização por dano moral. 
Ao analisar o pedido, o juiz deferiu a tutela e determinou a sua imediata reintegração, sob 
pena de multa diária de um salário-mínimo, defendendo que as hipóteses listadas na inicial 
não caracterizaram hipóteses para a justa causa e que não haveria possibilidade de 
suspensão do empregado. 
Insatisfeita, a sociedade empresária imediatamente impetrou Mandado de Segurança (Nº 
000009), porém, inobstante os argumentos, a ordem não foi concedida no Tribunal, sendo 
mantida a decisão de primeiro grau. 
Como advogado (a) da sociedade empregadora, adote a medida judicial cabível que melhor 
defenda seus interesses em juízo, sendo certo que não houve condenação em pecúnia no 
mandamus, mas houve a condenação em de custas. (Valor: 5,00) 
Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, o examinando deverá representá-lós 
somente pela expressão “R$”, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou 
contratado especificamente para tal fim. 
 
16 
 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para 
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Resolução: 
 
Peça: RO em MS 
Estrutura: Recursos 
Teses: 
 
• CABIMENTO e TEMPESTIVIDADE e PREPARO – mencionar que o recurso é cabível, pois 
da decisão do TRT em MS cabe RO, que ele é tempestivo – feito dentro de 8 dias e que foram 
pagas as custas (OJ 148 SDI-2); 
 
• POSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DO EMPREGADO – DIREITO LÍQUIDO E CERTO - O 
examinando (a) deve sustentar o direito líquido e certo de suspensão do empregado, ainda que 
detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que se apure a falta grave a 
ele imputada, conforme Orientação Jurisprudencial nº 137 da SDI-2 e do art. 494, ' caput' e 
parágrafo único, da CLT " e Orientação Jurisprudencial nº 65, ao ressalvar a hipótese do art. 
494 da CLT; 
 
• HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA - Defender que as hipóteses caracterizam sim a justa causa: 
consistente ato de improbidade - art. 482, “a” da CLT - prejuízo para a empresa pelos 
pagamentos realizados; e por praticar ato de ofensas físicas – art. 482, “j”da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
AO EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO. 
 
Mandado de Segurança nº 000009 
 
FÁBRICA DE FLORES, já qualificada nos autos do processo em 
epígrafe, em que contende com CAIO SILVA, igualmente já qualificado nos autos, 
vem à presença de Vossa Excelência, por seu advogado, com fundamento no art. 
895, II, da CLT e Súmula 201 do TST, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO, em razão do acórdão prolatado. 
Informa-se que todos os pressupostos de admissibilidade se encontram 
presentes, sendo o recurso tempestivo, interposto dentro do prazo de 8 dias. 
Ademais, foi feito o recolhimento das custas processuais, conforme comprovante 
ema anexo. 
Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação 
da parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões, e após seja o presente 
remetido para o Egrégio Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local... Data... 
Advogado... OAB.... 
 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
RECORRENTE: FÁBRICA DE FLORES 
RECORRIDO: CAIO SILVA 
PROCESSO nº 000009 
 
Eminentes Julgadores, 
 
Nos autos do mandado de segurança em epígrafe, foi prolatado acórdão não 
 
 
19 
 
 
concedendo a ordem pleiteada, porém a decisão não merece ser mantida pelas 
razões que passa a expor: 
 
CABIMENTO, TEMPESTIVIDADE e PREPARO 
O presente recurso é cabível, pois da decisão do TRT em MS cabe RO, nos 
termos do art. 895, II da CLT e Súmula 201 do TST. 
O recurso é tempestivo, pois feito dentro de 8 dias. Ademais, foram pagas 
as custas, conforme comprovante juntado, consonante OJ 148 SDI-2. 
 
POSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DO EMPREGADO – DIREITO LÍQUIDO 
E CERTO 
Caio é empregado da reclamada e dirigente sindical, tendo praticado 
condutas que caracterizam hipótese para a rescisão do contrato por justa causa, 
razão pela qual foi instaurado inquérito judicial para apuração de falta grave. 
O empregado foi suspenso de suas funções em 01.11.2023, pois ao ser 
chamado para esclarecer os fatos, revoltou-se com os colegas de trabalho, 
acabando por empurrar Inácio e agredir com um tapa Joana, razão pela qual, a 
empregadora, ora recorrente, entendeu que a medida era necessária, vez que o 
empregado poderia agredir outros colegas de trabalho, bem como tentar obstruir 
as provas quanto aos pagamentos feitos indevidamente. 
Porém, o empregado apresentou pedido de tutela provisória para sua 
imediata reintegração, sustentando que por ser dirigente sindical teria direito a 
imediata reintegração, bem como indenização por dano moral. 
Ao analisar o pedido, o juiz deferiu a tutela e determinou a sua imediata 
reintegração, sob pena de multa diária de um salário-mínimo, defendendo que as 
hipóteses listadas na inicial não caracterizarampossibilidades para a justa causa e 
que haveria possibilidade de suspensão do empregado. 
O acórdão do regional, manteve a decisão. 
Porém, há direito líquido e certo de suspensão do empregado, ainda que 
detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que se apura 
 
 
20 
 
 
a falta grave a ele imputada, conforme Orientação Jurisprudencial nº 137 da SDI-2, 
do art. 494, “caput” e parágrafo único, da CLT e Orientação Jurisprudencial nº 65 
da SDI-2, ao ressalvar a hipótese do art. 494 da CLT. 
Assim, requer a reforma da decisão para que seja concedida a ordem, 
mantendo a suspensão do empregado. 
 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA 
Em outubro de 2023, a empresa recebeu denúncia anônima, no canal de 
dúvidas, de que o empregado estaria relatando problemas com as máquinas da 
empresa, sem que de fato elas tivessem qualquer problema, com o objetivo de 
beneficiar seu amigo José, que é responsável pela manutenção e recebia por 
serviço prestado. Foi realizada auditoria interna e verificou-se que efetivamente os 
gastos estavam acima da média e que os demais empregados não viam a 
necessidade de manutenção dos equipamentos. Chamado para esclarecer os 
fatos, Caio revoltou-se com os colegas de trabalho, tendo na ocasião empurrado 
Inácio e agredido com um tapa Joana. Na ocasião a brigada militar foi chamada e 
foi feito o correspondente boletim de ocorrência. 
Assim, os fatos caracterizam hipóteses de justa causa consistente em ato de 
improbidade, conforme art. 482, “a” da CLT, pois causou prejuízo para a empresa 
pelos pagamentos realizados, e por praticar ato de ofensas físicas contra colegas 
de trabalho, conforme estabelecido no art. 482, “j” da CLT. 
Diante do exposto, requer a reforma da decisão para que seja concedida a 
ordem. 
 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso 
para reformar a decisão, reconhecendo a ofensa ao direito líquido e certo de 
suspender o empregado. 
 Nestes termos, pede deferimento. 
 
 
 
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Local... Data... 
Advogado... 
OAB.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como Resolver Peças l Enunciado 4: 
 
A sociedade empresária Luzes de Natal foi demanda em uma ação trabalhista ajuizada em 
24 de setembro de 2022, pelo ex-empregado Denis Ribeiro. Na ação a reclamada foi 
condenada ao pagamento de indenização por danos materiais (R$ 10.000,00) e morais (R$ 
10.000,00) em razão de acidente de trabalho, que teria a autora enquanto trabalhava em 
home office. 
No processo o autor juntou atestado médico que apontava a fratura de seu branco e fotos de 
sua cadeira de trabalho, fornecida pela empresa, da qual teria caído. 
A perícia realizada não constatou qualquer irregularidade com a cadeira, mas o juiz se 
convenceu das alegações do reclamante, pois respaldada pela prova testemunhal de uma 
vizinha – Maria da Glória, que sustentou ter ouvido um barulho de seu apartamento e que, 
no mesmo dia, mais tarde, encontrou o reclamante com o braço engessado no corredor do 
prédio, sendo que o teria informado que teria sofrido um acidente da cadeira de trabalho. 
A decisão transitou em julgado em 15 de setembro de 2023, e o processo atualmente está 
na fase de execução, sendo a reclamada intimada para pagamento sob pena de penhora. 
Ao receber a citação da execução, o empregador comentou com um conhecido sobre a 
demanda, sendo que esse conhecido comentou que tinha visto o ex-funcionário no fórum da 
cidade, pois tinha uma audiência no mesmo dia que ele. Desconfiado, o ex-empregador 
pediu ao filho, que é estudante de direito, para investigar sobre a existência de processos 
envolvendo o ex-empregado. Com as consultas realizadas, descobriu que o ex-empregado 
tinha uma ação indenizatória em razão de acidente de trânsito, que tramita no JEC em face 
de João dos Passos, e analisando tal processo verificou-se que o acidente é incontroverso, 
foi juntado o mesmo atestado que fora juntado na ação trabalhista, sendo indicado como dia 
do acidente de trânsito o mesmo do suposto acidente de trabalho. Foram juntadas ainda fotos 
do acidente de trânsito. E, durante a instrução, o autor apresentou como testemunha Maria 
da Glória, que sustentou ter ouvido um barulho de seu apartamento e quando olhou pela 
janela viu um acidente envolvendo o carro do autor, sendo que no mesmo dia, mais tarde, 
encontrou o reclamante com o braço engessado no corredor do prédio, quando essa teria lhe 
informado que teria sofrido um acidente de trânsito. O processo indenizatório no JEC foi 
ajuizado em 10 de outubro de 2022. 
Sabe-se que a execução trabalhista em questão, processo nº 12323456789, está tramitando 
perante a 20ª Vara do Trabalho de Dourados-MS, você, como advogado(a) da empregadora, 
elabore a medida judicial adequada para tentar reverter a decisão evitando maiores prejuízos 
para seu cliente. (Valor: 5,00) 
23 
 
 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para 
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere 
pontuação. 
Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, o examinando deverá representá-lós 
somente pela expressão “R$”, admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou 
contratado especificamente para tal fim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resolução: 
 
Peça: Ação Rescisória 
Estrutura: Petição Inicial 
Teses: 
 
• Requisitos: indicar que fez o depósito prévio de 20% (art. 836 da CLT); juntada de prova do 
trânsito em julgado da decisão que busca rescindir (Súmula 299 do TST); tempestividade – 
ajuizamento dentro de 2 anos do trânsito em julgado (art. 975 do CPC). Cabimento: defender a 
existência de prova nova, consistente no processo judicial ajuizado em razão de acidente de 
trânsito – art. 966, VII do CPC e de prova falsa, consistente no depoimento da testemunha – 
art. 966, VI do CPC; 
 
• Do motivo para rescisão: Prova nova – art. 966, VII do CPC OU S. 402 do TST: Defender a 
possibilidade de rescisão do julgado em razão da prova nova – processo judicial – sendo essa 
prova cronologicamente velha, mas desconhecida da reclamada na época. Prova falsa – art. 
966, VI do CPC: Defender a possibilidade de rescisão fundamentada na falsidade do 
depoimento da testemunha, pois tem depoimentos contraditórios em ambos os processos; 
 
• Tutela Provisória para suspender a execução sob pena de risco de dano - art. 300 do CPC 
OU art. 969 do CPC; 
 
• Honorários de sucumbência – art. 791-A da CLT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... 
REGIÃO 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA LUZES DE NATAL, qualificação 
completa..., endereço completo..., OU CNPJ …, estabelecida na Rua 
..., nº..., bairro...., Cidade, CEP..., vem respeitosamente a presença de 
Vossa Excelência, por seu advogado (procuração em anexo, endereço 
completo...), com fundamento no art. 836 da CLT e art. 966, incisos VI 
e VII, do CPC, propor 
AÇÃO RESCISÓRIA, 
Em face de DENIS RIBEIRO, qualificação completa..., endereço 
completo..., pelas razões de fato e de direito que passa expor: 
 
DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS 
Tendo em vista a data do trânsito em julgado, a presente ação é 
tempestiva, ou seja, está dentro do prazo decadencial de 2 anos, 
conforme estabelecido no artigo 975 do CPC e súmula nº 100, inciso I, 
do TST. 
Ainda, segue, em anexo, comprovante da certidão de trânsito em 
julgado da decisão que se busca rescindir, documentos esse 
obrigatório para propositura da ação, conforme regrado na Súmula nº 
299 do TST e OJ 84 DA SDI-2. 
Além disso, a autora realizou o deposito prévio correspondente a 
20% do valor da causa,cujos documentos comprobatórios seguem em 
anexo, conforme determinado no artigo 836 da CLT. 
Por fim, conforme documentos em anexo há prova nova, 
consistente no processo judicial ajuizado em razão de acidente de 
trânsito, o que demonstra a falsidade da prova testemunhal angariada 
em instrução processual trabalhista, caracterizando as possibilidades 
 
 
 
26 
 
 
de cabimento de ação rescisória estabelecidas no art. 966, incisos VI e 
VII do CPC, sendo, assim, cabível a presente ação ante a decisão 
definitiva questionada. 
 
DAS RAZÕES DE RESCISÃO 
DA PROVA NOVA 
A decisão no presente caso fundou-se em prova testemunhal, 
colhida por ocasião da instrução do processo nº 12323456789, na qual 
a vizinha da então reclamada – Maria da Glória, sustentou ter ouvido 
um barulho de seu apartamento e que, no mesmo dia, mais tarde, 
encontrou o reclamante com o braço engessado no corredor do prédio, 
e esse a teria informado que havia sofrido um acidente com a cadeira 
de trabalho. 
Ocorre que, o ex-empregado tem uma ação indenizatória em 
razão de acidente de trânsito, que tramita no JEC em face de João dos 
Passos, e analisando tal processo verifica-se que o acidente é 
incontroverso, e que foi juntado o mesmo atestado que fora juntado na 
ação trabalhista, sendo indicado como dia do acidente de trânsito o 
mesmo do suposto acidente de trabalho, conforme documentos em 
anexo. 
Ainda, foram juntadas fotos do acidente de trânsito aos autos de 
tal processo, e, durante a instrução, o autor apresentou como 
testemunha Maria da Glória, que sustentou ter ouvido um barulho de 
seu apartamento, momento no qual olhou pela janela e viu um acidente 
envolvendo o carro do autor, tendo no mesmo dia, mais tarde, 
encontrou o reclamante com o braço engessado no corredor do prédio, 
quando esse teria lhe informado que teria sofrido um acidente de 
trânsito, conforme documentos em anexo. 
Pode ser visto nos documentos em anexo que a decisão ora 
atacada transitou em julgado em 15 de setembro de 2023, e o processo 
 
 
27 
 
 
indenizatório que tramita perante o JEC foi ajuizado em 10 de outubro 
de 2022. 
Assim, a prova acostada aos autos é posterior ao trânsito em 
julgado, bem como, demonstra-se o acidente que enseja o pedido de 
indenização o real motivo para que o ex-empregado estivesse com o 
braço engessado. 
Logo, é cabível a rescisão da sentença, vez que existente prova 
nova, razão pela qual requer seja julgada procedente a ação para 
rescindir a decisão transitada em julgado, para que este Tribunal profira 
novo julgamento, nos termos do no art. 966, inciso VII, da CLT. 
 
DA PROVA FALSA 
No caso de Vossa Excelência não entender admissível a rescisão 
da decisão transitada em julgado com base na existência de prova 
nova, a autora requer a rescisão da decisão transitada em julgado e o 
proferimento de novo julgamento ante a existência de prova falsa. 
Conforme declarações da testemunha Maria da Glória, as quais 
embasaram a decisão do juízo a quo, o ex-empregado teria sofrido um 
acidente de trabalho, o qual justificaria o braço engessado dessa. No 
entanto, em instrução processual de ação indenizatória perante o JEC, 
essa teria sofrido um acidente de trânsito. 
Assim, a testemunha apresenta depoimentos contraditórios em 
ambos os processos e, vez que o processo que tramita no JEC é 
incontroverso, e que foi juntado o mesmo atestado que fora juntado na 
ação trabalhista, bem como, foi indicado como dia do acidente de 
trânsito o mesmo do suposto acidente de trabalho, conclui-se que a 
testemunha prestou depoimento falso perante a justiça do trabalho. 
Logo, percebe-se que a decisão que transitou em julgado baseia-
se em prova falsa, sendo cabível a rescisão da sentença, razão pela 
qual requer, subsidiariamente, seja julgada procedente a ação para 
 
 
 
28 
 
 
rescindir a decisão transitada em julgado para que este Tribunal profira 
novo julgamento, nos termos do no art. 966, inciso VI, da CLT. 
 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA 
Requer, ainda a condenação da reclamada aos honorários de 
sucumbência, nos termos do art. 791-A da CLT. 
 
DOS PEDIDOS 
a) A citação do demandado para, querendo, apresentar 
contestação; 
b) A produção de provas em direito admitidas; 
c) A concessão de tutela provisória para suspensão à execução 
sob pena de risco de dano ao autor, com base nos arts. 300 e 969, 
ambos do CPC; 
d) Seja julgada procedente a ação para rescindir a decisão 
transitada em julgado e que este Tribunal profira novo julgamento por 
existência de prova nova; ou 
e) Subsidiariamente, seja julgada procedente a ação para 
rescindir a decisão transitada em julgado e que este Tribunal profira 
novo julgamento por existência de prova falsa que embasou a 
sentença. 
 
Valor da causa: R$... 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local..., data... 
Advogado...OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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