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https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&respo… 1/20
Literatura Lista de Exercícios
Exercício 1
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Joaquim Maria Machado de Assis é cronista,
contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta.
Em 2008, comemora-se o centenário de sua
morte, ocorrida em setembro de 1908. Machado
de Assis é considerado o mais canônico escritor
da Literatura Brasileira e deixou uma rica
produção literária composta de textos dos mais
variados gêneros, em que se destacam o conto e
o romance.
Segue o texto desse autor, em poesia.
A Carolina
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te �ores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos,
São pensamentos idos e vividos.
Que eu, se tenho nos olhos mal feridos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
(Machado de Assis)
(IBMECRJ 2009)  Ao avaliarmos o texto quanto a
seu gênero literário, podemos a�rmar que ele
pertence: 
a) Ao gênero narrativo, pois conta a história
triste do poeta.   
b) Ao gênero lírico, pois expressa os
sentimentos do eu-poético.   
c) Ao gênero dramático, pois evidencia o drama
sentimental do poeta.   
d) Ao gênero épico, pois exterioriza e narra as
emoções do eu-lírico de forma grandiloquente.   
e) Ao gênero descritivo pois descreve os
detalhes do contexto físico da cena.  
Exercício 2
(UFJF 2003)  Com os versos "Cantando
espalharei por toda a parte, / Se a tanto me
ajudar o engenho e a arte.", Camões explica que
o propósito de "Os Lusíadas" é divulgar os feitos
portugueses. Sobre esse poema épico, só é
INCORRETO a�rmar que: 
a) se trata da maior obra literária do
quinhentismo português.   
b) Camões sofre a clara in�uência dos clássicos
greco-latinos.   
c) há forte presença do romantismo, devido ao
nacionalismo.   
d) como epopeia moderna, há momentos de
crítica à nação e ao povo.   
e) louva não apenas o homem português, mas o
homem renascentista. 
Exercício 3
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de
Machado de Assis (1839-1908), para responder
à(s) questão(ões).
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos,
como terá sucedido a outras instituições sociais.
Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a
certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço,
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&respo… 2/20
outro o ferro ao pé; havia também a máscara de
folha de �andres. A máscara fazia perder o vício
da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a
boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um
para respirar, e era fechada atrás da cabeça por
um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a
tentação de furtar, porque geralmente era dos
vinténs do senhor que eles tiravam com que
matar a sede, e aí �cavam dois pecados extintos,
e a sobriedade e a honestidade certas. Era
grotesca tal máscara, mas a ordem social e
humana nem sempre se alcança sem o grotesco,
e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham
penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não
cuidemos de máscaras.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos
fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste
grossa também, à direita ou à esquerda, até ao
alto da cabeça e fechada atrás com chave.
Pesava, naturalmente, mas era menos castigo
que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer
que andasse, mostrava um reincidente, e com
pouco era pegado.
Há meio século, os escravos fugiam com
frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam
da escravidão. Sucedia ocasionalmente
apanharem pancada, e nem todos gostavam de
apanhar pancada. Grande parte era apenas
repreendida; havia alguém de casa que servia de
padrinho, e o mesmo dono não era mau; além
disso, o sentimento da propriedade moderava a
ação, porque dinheiro também dói. A fuga
repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que
raros, em que o escravo de contrabando, apenas
comprado no Valongo, deitava a correr, sem
conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam
para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao
senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-
lo fora, quitandando.
Quem perdia um escravo por fuga dava algum
dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncios nas
folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome,
a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por
onde andava e a quantia de grati�cação. Quando
não vinha a quantia, vinha promessa: “grati�car-
se-á generosamente” – ou “receberá uma boa
grati�cação”. Muita vez o anúncio trazia em cima
ou ao lado uma vinheta, �gura de preto,
descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta
uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da
lei contra quem o acoitasse.
Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do
tempo. Não seria nobre, mas por ser
instrumento da força com que se mantêm a lei e
a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita
das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em
tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a
necessidade de uma achega, a inaptidão para
outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto
de servir também, ainda que por outra via, davam
o impulso ao homem que se sentia bastante rijo
para pôr ordem à desordem.
(Contos: uma antologia, 1998.)
(UNESP 2018)  O leitor é �gura recorrente e
fundamental na prosa machadiana. Veri�ca-se a
inclusão do leitor na narrativa no seguinte
trecho: 
a) “A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve,
ainda que raros, em que o escravo de
contrabando, apenas comprado no Valongo,
deitava a correr, sem conhecer as ruas da
cidade.” (3º parágrafo)   
b) “Quando não vinha a quantia, vinha promessa:
‘grati�car-se-á generosamente’ – ou ‘receberá
uma boa grati�cação’. Muita vez o anúncio trazia
em cima ou ao lado uma vinheta, �gura de preto,
descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta
uma trouxa.” (4º parágrafo)   
c) “Não cito alguns aparelhos senão por se
ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao
pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a
máscara de folha de �andres.” (1º parágrafo)   
d) “O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos
fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste
grossa também, à direita ou à esquerda, até ao
alto da cabeça e fechada atrás com chave.” (2º
parágrafo)   
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&respo… 3/20
e) “Era grotesca tal máscara, mas a ordem social
e humana nem sempre se alcança sem o
grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as
tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.”
(1º parágrafo)   
Exercício 4
(Unicamp 2021)  Mudam-se os tempos, mudam-
se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a con�ança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal �cam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía*.
(Luís Vaz de Camões)
*soía: terceira pessoa do pretérito imperfeito do
indicativo do verbo “soer” (costumar, ser de
costume).
(Luís de Camões, 20 sonetos. Campinas: Editora
da Unicamp, p.91.)
Indique a a�rmação que se aplica ao soneto
escrito por Camões.
a) O poema retoma o tema renascentista da
mudança das coisas, que o poeta sente como
motivo de esperança e de fé na vida.   
b) A ideia de transformação refere-se às coisas
do mundo, mas não afeta o estadode espírito do
poeta, em razão de sua crença amorosa.   
c) Tudo sempre se renova, diferentemente das
esperanças do poeta, que acolhem suas mágoas
e saudades.   
d) Não apenas o estado de espírito do poeta se
altera, mas também a experiência que ele tem
da própria mudança.  
Exercício 5
(Espm 2019)
Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio,
O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto, um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora descon�o,
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando,
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.
Se me pergunta alguém porque assi ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.
(Luís Vaz de Camões)
Assinale a a�rmação incorreta sobre o texto. 
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a) Trata-se de um soneto de versos decassí -
labos, típico poema da medida nova prati cada no
Classicismo renascentista.    
b) Estados paradoxais do eu lírico, como “choro e
rio” ao mesmo tempo, ou “em vivo ardor
tremendo estou de frio”, clas si�cam o poema no
Maneirismo, pois pre nunciam elementos típicos
do Barroco.    
c) A exaltação ao amor e à mulher idealiza da faz
com que o eu poético passe por experiências
extremadas ou hiperbólicas, como na terceira
estrofe.    
d) A solenidade do texto ao tematizar uma
mulher inspiradora de encantamento
transparece, por exemplo, no uso da ex pressão
“Senhora” com inicial maiúscula.    
e) O conjunto de sensações corporais opos tas e a
provocação de um estado mental e espiritual
contraditórios não valeram a pena para o poeta,
pois este só conseguiu ver a amada.  
Exercício 6
(Unicamp 2016)  Leia o soneto abaixo, de Luís
de Camões:
“Cá nesta Babilônia, donde mana
matéria a quanto mal o mundo cria;
cá donde o puro Amor não tem valia,
que a Mãe, que manda mais, tudo profana;
cá, onde o mal se a�na e o bem se dana,
e pode mais que a honra a tirania;
cá, onde a errada e cega Monarquia
cuida que um nome vão a desengana;
cá, neste labirinto, onde a nobreza,
com esforço e saber pedindo vão
às portas da cobiça e da vileza;
cá neste escuro caos de confusão,
cumprindo o curso estou da natureza.
Vê se me esquecerei de ti, Sião!”
(Disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv0
Acessado em 08/09/2015.)
a) Uma oposição espacial con�gura o tema e o
signi�cado desse poema de Camões. Identi�que
essa oposição, indicando o seu signi�cado para o
conjunto dos versos.
b) Identi�que nos tercetos duas expressões que
contemplam a noção de desconcerto,
fundamental para a compreensão do tema do
soneto e da lírica camoniana.
Exercício 7
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Soneto 168
O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
A força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora;
O tempo busca e acaba o onde mora
Qualquer ingratidão, qualquer dureza;
Mas não pode acabar minha tristeza,
Enquanto não quiserdes vós, Senhora.
O tempo o claro dia torna escuro
E o mais ledo prazer em choro triste;
O tempo, a tempestade em grão bonança.
Mas de abrandar o tempo estou seguro
O peito de diamante, onde consiste
A pena e o prazer desta esperança.
CAMÕES, Luís de. Obra completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p. 545.
(Ufjf-pism 3 2015)  Explique em que consiste a
“esperança” do eu lírico, mencionada no último
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verso do “Soneto 168”, de Camões.
Exercício 8
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
[...] o professor e escritor português Helder
Macedo, que, no ensaio Camões e a viagem
iniciática, irá contestar a teoria da castidade do
poeta Camões, argumen tando que o autor Luís
de Camões, à frente do seu tempo, teria, na
verdade, procurado e desenvolvido uma nova
�loso�a na qual os valores até então
inconciliáveis do ho mem (o corpo e a alma)
pudessem, na sua poesia, �nalmente se
combinar.
Ora, Camões estava, sim, inserido numa Europa
quinhentista, que ainda apre sentava como
grandes ícones poéticos os renascentistas
italianos Dante e Petrarca, que, como dissemos,
eram defensores do amor não carnal e em cujos
versos a �gura feminina era via de regra vista
como sím bolo de pureza. Entretanto, se estes
dois poetas aprovisionam o seu fazer poético de
um caráter platônico indubitável (e não o fazem
apenas na arte, mas também na vida, haja vista
as biográ�cas paixões inalcançá veis que estes
nutriam pelas mulheres que se tornariam as
suas respectivas musas po éticas: Beatriz e
Laura), a mesma certeza não se pode ter em
relação ao poeta por tuguês. Isto porque viver na
Europa qui nhentista não faz necessariamente de
Luís de Camões um quinhentista genuíno, no
sentido ideológico e não temporal da pa lavra,
não insere obrigatoriamente Camões no
pensamento do seu tempo, a coadunar, parcial
ou totalmente, com a visão de mun do vigente. E
serão estas duas possibilida des, estes
inegociáveis estar e não estar camonianos em
sua época, que provocarão as dubiedades
semânticas que podemos observar com
frequência nas leituras críti cas de sua poesia.
Marcelo Pacheco Soares, Camões & Camões ou
Pede o desejo, Camões, que vos leia.
<http://www.revistavoos.com.br/seer/index.php/voos/
(Espm 2017)  Baseando-se no texto, pode-se
a�rmar que:
a) o professor e escritor português citado
discorda de uma teoria �losó�ca nova de -
senvolvida por Camões.  
b) a mulher, no quinhentismo, era vista, con -
trariando a regra, como um ser idealizado, puro,
inalcançável.    
c) Camões produziu obras biográ�cas cujas
fontes de inspirações poéticas eram as � guras
femininas.   
d) Camões não seguiu rigidamente os câno nes
renascentistas da época: o platonismo e o
petrarquismo.  
e) paira uma incerteza sobre a genuína in�u ência
da �loso�a platônica nos clássicos
renascentistas Dante e Petrarca.  
Exercício 9
(Espm 2017)  Ainda segundo o texto:
a) Camões não se enquadra cronologica mente no
quinhentismo, mas sim ideolo gicamente.   
b) alvos da crítica literária, as contradições
semânticas são frequentes na produção poética
camoniana.   
c) Camões produziu uma teoria da castida de, ao
defender o amor puro, não mate rial, não carnal.   
d) a busca da conciliação entre matéria e es pírito,
corpo e alma, é um traço típico da lírica
camoniana.   
e) a consciência das tensões entre corpo e alma,
“estar” e “não estar”, faz de Ca mões um poeta à
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frente de seu tempo.  
Exercício 10
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões
(1525?-1580) para responder à(s) questão(ões).
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida,
começa de servir outros sete anos,
dizendo: “Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida”.
(Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.)
 (Unifesp 2016)  Uma das principais �guras
exploradas por Camões em sua poesia é a
antítese. Neste soneto, tal �gura ocorre no
verso:
a) “mas não servia ao pai, servia a ela,”    
b) “passava, contentando-se com vê-la;”    
c) “para tão longo amor tão curta a vida.”   
d) “porém o pai, usando de cautela,”   
e) “lhefora assi negada a sua pastora,”    
Exercício 11
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
TEXTO I
CLIII
Criou a Natureza damas belas,
Que foram de altos plectros celebradas;
Delas tomou as partes mais prezadas,
E a vós, Senhora, fez do melhor delas.
Elas diante vós são as estrelas,
Que �cam com vos ver logo eclipsadas.
Mas se elas têm por sol essas rosadas
Luzes de sol maior, felizes elas!
Em perfeição, em graça e gentileza,
Por um modo entre humanos peregrino,
A todo belo excede essa beleza.
Oh! Quem tivera partes de divino
Para vos merecer! Mas se pureza
De amor vale ante vós, de vós sou digno.
(CAMÕES, Luís de. Rimas: Segunda parte,
Sonetos. In:
Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2003. p. 529.)
TEXTO II
34.
Seu João, perdido de catarata negra nos dois
olhos:
– Meu consolo que, em vez de nhá Biela, vejo
uma nuvem.
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&respo… 7/20
(Ufjf-pism 3 2016)  Os textos I e II, ainda que
muito distantes entre si do ponto de vista
cronológico, tratam basicamente do mesmo
tema, evidenciando alguns dos aspectos
atemporais da existência humana. Enquanto em
Camões (texto I) a Senhora é apreciada em cada
detalhe de sua composição, formando um todo
perfeito e divino, Seu João de Dalton Trevisan
(texto II):
a) resigna-se em apreciar sua Senhora apenas de
longe.   
b) idealiza platonicamente a imagem da mulher
amada.    
c) foge ao julgamento da beleza exterior de nhá
Biela.   
d) lamenta a cegueira que o impede de ver sua
musa.   
e) contenta-se com a indistinção da �gura de nhá
Biela.   
Exercício 12
(Uepa 2014)  Reconheça, nos versos abaixo,
extraídos de Os Doze de Inglaterra, os dois
elementos da comparação que Camões associa
para comunicar ao leitor um pouco da
intensidade da luta, que está para se iniciar,
entre portugueses e ingleses, destacando o
brilho das armas dos combatentes.
Mastigam os cavalos, escumando,
Os áureos freios com feroz semblante;
Estava o Sol nas armas rutilando
Como cristal ou rígido diamante;
a) Diamante e cristal.   
b) Sol e diamante.   
c) Cavalos e sol.   
d) Armas e freios.   
e) Armas e cristal.   
Exercício 13
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: 
Era a primeira vez que as duas iam ao morro do
Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua
do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que
nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais
nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem
todos podem dizer que conhecem uma cidade
inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras
e terras, con�ava-me há muitos anos em
Londres que de Londres só conhecia bem o seu
clube, e era o que lhe bastava da metrópole e
do mundo.
Natividade e Perpétua conheciam outras
partes, além de Botafogo, mas o morro do
Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da
cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão
estranho e remoto como o clube. 1O íngreme, o
desigual, o mal calçado da ladeira
morti�cavam os pés às duas pobres donas. Não
obstante, 2continuavam a subir, como se fosse
penitência, devagarinho, cara no chão, véu para
baixo. A manhã trazia certo movimento;
mulheres, homens, crianças que desciam ou
subiam, lavadeiras e soldados, algum
empregado, algum lojista, algum padre, todos
olhavam espantados para elas, que aliás
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&respo… 8/20
vestiam com grande simplicidade; mas há um
3donaire que se não perde, e não era vulgar
naquelas alturas. 4A mesma lentidão no andar,
comparada à rapidez das outras pessoas, fazia
descon�ar que era a primeira vez que ali iam.
(...)
Com efeito, as duas senhoras buscavam
disfarçadamente o número da casa da cabocla,
até que deram com ele. A casa era como as
outras, trepada no morro. 5Subia-se por uma
escadinha, estreita, sombria, adequada à
aventura. Quiseram entrar depressa, mas
esbarraram com dous sujeitos que vinham
saindo, e coseram-se ao portal. 6Um deles
perguntou-lhes familiarmente se iam consultar
a adivinha.
– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão
de ouvir muito disparate...
– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a
cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.
Hesitaram um pouco; mas, logo depois
advertiram que as palavras do primeiro eram
sinal certo da vidência e da franqueza da
adivinha; nem todos teriam a mesma sorte
alegre. A dos meninos da Natividade podia ser
miserável, e então... Enquanto cogitavam
passou fora um carteiro, que as fez subir mais
depressa, para escapar a outros olhos.
7Tinham fé, mas tinham também vexame da
opinião, como um devoto que se benzesse às
escondidas.
Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as
senhoras à sala. (...)
– Minha �lha já vem, disse o velho. As senhoras
como se chamam?
(...)
A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua
menos que Natividade. A aventura parecia
audaz, e algum perigo possível. Não ponho
aqui os seus gestos; imaginai que eram
inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia
nada. Natividade confessou depois que tinha
um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não
se demorou muito; ao cabo de três ou quatro
minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a
cortina do fundo.
3donaire - elegância
MACHADO DE ASSIS.
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1976. 
(Uerj 2017)  No texto de Machado de Assis,
narra-se um episódio protagonizado por duas
personagens que se dirigem a uma consulta
com uma adivinha.
Com base no exposto no texto, uma motivação
para essa consulta pode ser descrita como: 
a) preocupação oriunda de perda de bens   
b) decepção em virtude de traição de amigos   
c) angústia em função de mudanças no
trabalho   
d) ansiedade derivada de acontecimentos na
família  
Exercício 14
Era a primeira vez que as duas iam ao morro do
Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua
do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que
nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais
nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem
todos podem dizer que conhecem uma cidade
inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras
e terras, con�ava-me há muitos anos em
Londres que de Londres só conhecia bem o seu
clube, e era o que lhe bastava da metrópole e
do mundo.
Natividade e Perpétua conheciam outras
partes, além de Botafogo, mas o morro do
Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da
cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão
estranho e remoto como o clube. 1O íngreme, o
desigual, o mal calçado da ladeira
morti�cavam os pés às duas pobres donas. Não
obstante, 2continuavam a subir, como se fosse
penitência, devagarinho, cara no chão, véu para
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&respo… 9/20
baixo. A manhã trazia certo movimento;
mulheres, homens, crianças que desciam ou
subiam, lavadeiras e soldados, algum
empregado, algum lojista, algum padre, todos
olhavam espantados para elas, que aliás
vestiam com grande simplicidade; mas há um
3donaire que se não perde, e não era vulgar
naquelas alturas. 4A mesma lentidão no andar,
comparada à rapidez das outras pessoas, fazia
descon�ar que era a primeira vez que ali iam.
(...)
Com efeito, as duas senhoras buscavam
disfarçadamente o número da casa da cabocla,
até que deram com ele. A casa era como as
outras, trepada no morro. 5Subia-se por uma
escadinha, estreita, sombria, adequada à
aventura. Quiseram entrar depressa, mas
esbarraram com dous sujeitos que vinham
saindo, e coseram-se ao portal. 6Um deles
perguntou-lhes familiarmente se iam consultar
a adivinha.
– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão
de ouvir muito disparate...
– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a
cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.
Hesitaram um pouco; mas, logo depois
advertiram que as palavras do primeiro eram
sinal certo da vidência e da franquezada
adivinha; nem todos teriam a mesma sorte
alegre. A dos meninos da Natividade podia ser
miserável, e então... Enquanto cogitavam
passou fora um carteiro, que as fez subir mais
depressa, para escapar a outros olhos.
7Tinham fé, mas tinham também vexame da
opinião, como um devoto que se benzesse às
escondidas.
Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as
senhoras à sala. (...)
– Minha �lha já vem, disse o velho. As senhoras
como se chamam?
(...)
A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua
menos que Natividade. A aventura parecia
audaz, e algum perigo possível. Não ponho
aqui os seus gestos; imaginai que eram
inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia
nada. Natividade confessou depois que tinha
um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não
se demorou muito; ao cabo de três ou quatro
minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a
cortina do fundo.
3donaire - elegância
MACHADO DE ASSIS.
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1976. 
(Uerj 2017)  O íngreme, o desigual, o mal
calçado da ladeira morti�cavam os pés às duas
pobres donas. (ref. 1)
Nessa frase, um recurso de linguagem é
utilizado para reforçar o incômodo das
personagens.
Esse recurso é denominado: 
a) paráfrase   
b) gradação   
c) eufemismo   
d) exempli�cação   
Exercício 15
Era a primeira vez que as duas iam ao morro do
Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua
do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que
nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais
nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem
todos podem dizer que conhecem uma cidade
inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras
e terras, con�ava-me há muitos anos em
Londres que de Londres só conhecia bem o seu
clube, e era o que lhe bastava da metrópole e
do mundo.
Natividade e Perpétua conheciam outras
partes, além de Botafogo, mas o morro do
Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 10/20
cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão
estranho e remoto como o clube. 1O íngreme, o
desigual, o mal calçado da ladeira
morti�cavam os pés às duas pobres donas. Não
obstante, 2continuavam a subir, como se fosse
penitência, devagarinho, cara no chão, véu para
baixo. A manhã trazia certo movimento;
mulheres, homens, crianças que desciam ou
subiam, lavadeiras e soldados, algum
empregado, algum lojista, algum padre, todos
olhavam espantados para elas, que aliás
vestiam com grande simplicidade; mas há um
3donaire que se não perde, e não era vulgar
naquelas alturas. 4A mesma lentidão no andar,
comparada à rapidez das outras pessoas, fazia
descon�ar que era a primeira vez que ali iam.
(...)
Com efeito, as duas senhoras buscavam
disfarçadamente o número da casa da cabocla,
até que deram com ele. A casa era como as
outras, trepada no morro. 5Subia-se por uma
escadinha, estreita, sombria, adequada à
aventura. Quiseram entrar depressa, mas
esbarraram com dous sujeitos que vinham
saindo, e coseram-se ao portal. 6Um deles
perguntou-lhes familiarmente se iam consultar
a adivinha.
– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão
de ouvir muito disparate...
– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a
cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.
Hesitaram um pouco; mas, logo depois
advertiram que as palavras do primeiro eram
sinal certo da vidência e da franqueza da
adivinha; nem todos teriam a mesma sorte
alegre. A dos meninos da Natividade podia ser
miserável, e então... Enquanto cogitavam
passou fora um carteiro, que as fez subir mais
depressa, para escapar a outros olhos.
7Tinham fé, mas tinham também vexame da
opinião, como um devoto que se benzesse às
escondidas.
Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as
senhoras à sala. (...)
– Minha �lha já vem, disse o velho. As senhoras
como se chamam?
(...)
A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua
menos que Natividade. A aventura parecia
audaz, e algum perigo possível. Não ponho
aqui os seus gestos; imaginai que eram
inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia
nada. Natividade confessou depois que tinha
um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não
se demorou muito; ao cabo de três ou quatro
minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a
cortina do fundo.
3donaire - elegância
MACHADO DE ASSIS.
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1976. 
(Uerj 2017)  A caracterização das personagens
centrais se faz, em grande medida, em relação
com a composição do espaço onde circulam.
No segundo parágrafo, observa-se essa
relação na ênfase dada ao seguinte aspecto
retratado no ambiente: 
a) censura moral   
b) rotinas de trabalho   
c) preconceito religioso   
d) diferenças de gênero   
Exercício 16
Era a primeira vez que as duas iam ao morro do
Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua
do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que
nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais
nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem
todos podem dizer que conhecem uma cidade
inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras
e terras, con�ava-me há muitos anos em
Londres que de Londres só conhecia bem o seu
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 11/20
clube, e era o que lhe bastava da metrópole e
do mundo.
Natividade e Perpétua conheciam outras
partes, além de Botafogo, mas o morro do
Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da
cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão
estranho e remoto como o clube. 1O íngreme, o
desigual, o mal calçado da ladeira
morti�cavam os pés às duas pobres donas. Não
obstante, 2continuavam a subir, como se fosse
penitência, devagarinho, cara no chão, véu para
baixo. A manhã trazia certo movimento;
mulheres, homens, crianças que desciam ou
subiam, lavadeiras e soldados, algum
empregado, algum lojista, algum padre, todos
olhavam espantados para elas, que aliás
vestiam com grande simplicidade; mas há um
3donaire que se não perde, e não era vulgar
naquelas alturas. 4A mesma lentidão no andar,
comparada à rapidez das outras pessoas, fazia
descon�ar que era a primeira vez que ali iam.
(...)
Com efeito, as duas senhoras buscavam
disfarçadamente o número da casa da cabocla,
até que deram com ele. A casa era como as
outras, trepada no morro. 5Subia-se por uma
escadinha, estreita, sombria, adequada à
aventura. Quiseram entrar depressa, mas
esbarraram com dous sujeitos que vinham
saindo, e coseram-se ao portal. 6Um deles
perguntou-lhes familiarmente se iam consultar
a adivinha.
– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão
de ouvir muito disparate...
– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a
cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.
Hesitaram um pouco; mas, logo depois
advertiram que as palavras do primeiro eram
sinal certo da vidência e da franqueza da
adivinha; nem todos teriam a mesma sorte
alegre. A dos meninos da Natividade podia ser
miserável, e então... Enquanto cogitavam
passou fora um carteiro, que as fez subir mais
depressa, para escapar a outros olhos.
7Tinham fé, mas tinham também vexame da
opinião, como um devoto que se benzesse às
escondidas.
Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as
senhoras à sala. (...)
– Minha �lha já vem, disse o velho. As senhoras
como se chamam?
(...)
A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua
menos que Natividade. A aventura parecia
audaz, e algum perigo possível. Não ponho
aqui os seus gestos; imaginai que eram
inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia
nada. Natividade confessou depois que tinha
um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não
se demorou muito; ao cabo de três ou quatro
minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a
cortina do fundo.
3donaire - elegância
MACHADO DE ASSIS.
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1976. 
(Uerj 2017)  Tinham fé, mas tinham também
vexame da opinião, como um devoto que se
benzesse às escondidas. (ref. 7)
Afrase acima expõe um ponto de vista do
narrador acerca do comportamento ambíguo
das personagens.
Uma passagem que antecipa a exposição
desse ponto de vista está registrada em: 
a) continuavam a subir, como se fosse
penitência, devagarinho, cara no chão, véu para
baixo. (ref. 2)   
b) A mesma lentidão no andar, comparada à
rapidez das outras pessoas, fazia descon�ar
(ref. 4)   
c) Subia-se por uma escadinha, estreita,
sombria, adequada à aventura. (ref. 5)   
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 12/20
d) Um deles perguntou-lhes familiarmente se
iam consultar a adivinha. (ref. 6)   
Exercício 17
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: 
O DISCURSO
Natividade é que não teve distrações de
espécie alguma. Toda ela estava nos �lhos, e
agora especialmente na carta e no discurso.
Começou por não dar resposta às 1efusões
políticas de Paulo; foi um dos conselhos do
conselheiro. Quando o �lho tornou pelas férias
tinha esquecido a carta que escrevera. 
O discurso é que ele não esqueceu, mas quem
é que esquece os discursos que faz? Se são
bons, a memória os grava em bronze; se ruins,
deixam tal ou qual amargor que dura muito. 2O
melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-
los excelentes, e, se a razão não aceita esta
imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e
crer nelas. A opinião é um velho óleo
incorruptível. 
Paulo tinha talento. O discurso naquele dia
podia pecar aqui ou ali por alguma ênfase, e
uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha
talento Paulo. Em suma, o discurso era bom.
Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e
resolveu transcrevê-lo nos jornais. 3Natividade
não se opôs, mas entendia que algumas
palavras deviam ser cortadas. 
– Cortadas, por quê? perguntou Santos, e �cou
esperando a resposta. 
– Pois você não vê, Agostinho; estas palavras
têm sentido republicano, explicou ela relendo a
frase que a a�igira. 
Santos ouvia-as ler, leu-as para si, e não deixou
de lhe achar razão. Entretanto, não havia de as
suprimir. 
– Pois não se transcreve o discurso. 
– Ah! isso não! O discurso é magní�co, e não há
de morrer em S. Paulo; é preciso que a Corte o
leia, e as províncias também, e até não se me
daria fazê-lo traduzir em francês. Em francês,
pode ser que �que ainda melhor. 
– Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira
do rapaz; o imperador pode ser que não
goste... 
Pedro, que assistia desde alguns instantes ao
debate, interveio docemente para dizer que os
receios da mãe não tinham base; era bom pôr a
frase toda, e, a rigor, não diferia muito do que
os liberais diziam em 1848. 
– Um monarquista liberal pode muito bem
assinar esse trecho, concluiu ele depois de
reler as palavras do irmão. 
– Justamente! 4assentiu o pai. 
5Natividade, que em tudo via a inimizade dos
gêmeos, suspeitou que o intuito de Pedro fosse
justamente comprometer Paulo. Olhou para ele
a ver se lhe descobria essa intenção torcida,
mas a cara do �lho tinha então o aspecto do
entusiasmo. Pedro lia trechos do discurso,
acentuando as belezas, repetindo as frases
mais novas, cantando as mais redondas,
revolvendo-as na boca, tudo com tão boa
sombra que a mãe perdeu a suspeita, e a
impressão do discurso foi resolvida. Também
se tirou uma edição em folheto, e o pai mandou
encadernar ricamente sete exemplares, que
levou aos ministros, e um ainda mais rico para a
Regente. 
MACHADO DE ASSIS 
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
1efusão − manifestação expansiva de
sentimentos 
4assentir − concordar 
64. (Uerj 2017)  O romance Esaú e Jacó, de
Machado de Assis, retrata a inimizade dos
gêmeos Pedro e Paulo: um monarquista e outro
republicano, respectivamente. No fragmento
lido, após tomar conhecimento do discurso
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 13/20
escrito por Paulo, sua mãe, Natividade,
manifesta preocupação.
Transcreva do texto duas falas de Natividade
que expressam suas preocupações. Indique,
também, o argumento usado por Pedro e
veiculado pelo narrador, para que o discurso
seja publicado. 
Exercício 18
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: 
O DISCURSO
Natividade é que não teve distrações de
espécie alguma. Toda ela estava nos �lhos, e
agora especialmente na carta e no discurso.
Começou por não dar resposta às 1efusões
políticas de Paulo; foi um dos conselhos do
conselheiro. Quando o �lho tornou pelas férias
tinha esquecido a carta que escrevera. 
O discurso é que ele não esqueceu, mas quem
é que esquece os discursos que faz? Se são
bons, a memória os grava em bronze; se ruins,
deixam tal ou qual amargor que dura muito. 2O
melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-
los excelentes, e, se a razão não aceita esta
imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e
crer nelas. A opinião é um velho óleo
incorruptível. 
Paulo tinha talento. O discurso naquele dia
podia pecar aqui ou ali por alguma ênfase, e
uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha
talento Paulo. Em suma, o discurso era bom.
Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e
resolveu transcrevê-lo nos jornais. 3Natividade
não se opôs, mas entendia que algumas
palavras deviam ser cortadas. 
– Cortadas, por quê? perguntou Santos, e �cou
esperando a resposta. 
– Pois você não vê, Agostinho; estas palavras
têm sentido republicano, explicou ela relendo a
frase que a a�igira. 
Santos ouvia-as ler, leu-as para si, e não deixou
de lhe achar razão. Entretanto, não havia de as
suprimir. 
– Pois não se transcreve o discurso. 
– Ah! isso não! O discurso é magní�co, e não há
de morrer em S. Paulo; é preciso que a Corte o
leia, e as províncias também, e até não se me
daria fazê-lo traduzir em francês. Em francês,
pode ser que �que ainda melhor. 
– Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira
do rapaz; o imperador pode ser que não
goste... 
Pedro, que assistia desde alguns instantes ao
debate, interveio docemente para dizer que os
receios da mãe não tinham base; era bom pôr a
frase toda, e, a rigor, não diferia muito do que
os liberais diziam em 1848. 
– Um monarquista liberal pode muito bem
assinar esse trecho, concluiu ele depois de
reler as palavras do irmão. 
– Justamente! 4assentiu o pai. 
5Natividade, que em tudo via a inimizade dos
gêmeos, suspeitou que o intuito de Pedro fosse
justamente comprometer Paulo. Olhou para ele
a ver se lhe descobria essa intenção torcida,
mas a cara do �lho tinha então o aspecto do
entusiasmo. Pedro lia trechos do discurso,
acentuando as belezas, repetindo as frases
mais novas, cantando as mais redondas,
revolvendo-as na boca, tudo com tão boa
sombra que a mãe perdeu a suspeita, e a
impressão do discurso foi resolvida. Também
se tirou uma edição em folheto, e o pai mandou
encadernar ricamente sete exemplares, que
levou aos ministros, e um ainda mais rico para a
Regente. 
MACHADO DE ASSIS 
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
1efusão − manifestação expansiva de
sentimentos 
4assentir − concordar 
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 14/20
(Uerj 2017)  O melhor dos remédios, no
segundo caso, é supô-los excelentes, e, se a
razão não aceita esta imaginação, consultar
pessoas que a aceitem, e crer nelas. (ref. 2) 
A conjunção sublinhada e estabelece
paralelismo sintático entre duas orações.
Identi�que-as. Reescreva o trecho acima,
substituindo a conjunção e por outra conjunção
coordenativa, mantendo o mesmo sentido e a
mesma estrutura do período original. 
Exercício 19
O DISCURSO
Natividade é que não teve distrações de
espécie alguma. Toda ela estava nos �lhos, e
agora especialmente na carta e no discurso.
Começou por não dar resposta às 1efusões
políticas de Paulo; foi um dos conselhos do
conselheiro. Quando o�lho tornou pelas férias
tinha esquecido a carta que escrevera. 
O discurso é que ele não esqueceu, mas quem
é que esquece os discursos que faz? Se são
bons, a memória os grava em bronze; se ruins,
deixam tal ou qual amargor que dura muito. 2O
melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-
los excelentes, e, se a razão não aceita esta
imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e
crer nelas. A opinião é um velho óleo
incorruptível. 
Paulo tinha talento. O discurso naquele dia
podia pecar aqui ou ali por alguma ênfase, e
uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha
talento Paulo. Em suma, o discurso era bom.
Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e
resolveu transcrevê-lo nos jornais. 3Natividade
não se opôs, mas entendia que algumas
palavras deviam ser cortadas. 
– Cortadas, por quê? perguntou Santos, e �cou
esperando a resposta. 
– Pois você não vê, Agostinho; estas palavras
têm sentido republicano, explicou ela relendo a
frase que a a�igira. 
Santos ouvia-as ler, leu-as para si, e não deixou
de lhe achar razão. Entretanto, não havia de as
suprimir. 
– Pois não se transcreve o discurso. 
– Ah! isso não! O discurso é magní�co, e não há
de morrer em S. Paulo; é preciso que a Corte o
leia, e as províncias também, e até não se me
daria fazê-lo traduzir em francês. Em francês,
pode ser que �que ainda melhor. 
– Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira
do rapaz; o imperador pode ser que não
goste... 
Pedro, que assistia desde alguns instantes ao
debate, interveio docemente para dizer que os
receios da mãe não tinham base; era bom pôr a
frase toda, e, a rigor, não diferia muito do que
os liberais diziam em 1848. 
– Um monarquista liberal pode muito bem
assinar esse trecho, concluiu ele depois de
reler as palavras do irmão. 
– Justamente! 4assentiu o pai. 
5Natividade, que em tudo via a inimizade dos
gêmeos, suspeitou que o intuito de Pedro fosse
justamente comprometer Paulo. Olhou para ele
a ver se lhe descobria essa intenção torcida,
mas a cara do �lho tinha então o aspecto do
entusiasmo. Pedro lia trechos do discurso,
acentuando as belezas, repetindo as frases
mais novas, cantando as mais redondas,
revolvendo-as na boca, tudo com tão boa
sombra que a mãe perdeu a suspeita, e a
impressão do discurso foi resolvida. Também
se tirou uma edição em folheto, e o pai mandou
encadernar ricamente sete exemplares, que
levou aos ministros, e um ainda mais rico para a
Regente. 
MACHADO DE ASSIS 
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
1efusão − manifestação expansiva de
sentimentos 
4assentir − concordar 
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 15/20
(Uerj 2017)  Natividade não se opôs, mas
entendia que algumas palavras deviam ser
cortadas. (ref. 3) 
A voz verbal na oração sublinhada põe em
destaque a sugestão de Natividade em relação
ao discurso do �lho.
Identi�que essa voz verbal e justi�que seu
emprego no texto, a partir da a�rmativa acima. 
Exercício 20
O DISCURSO
Natividade é que não teve distrações de
espécie alguma. Toda ela estava nos �lhos, e
agora especialmente na carta e no discurso.
Começou por não dar resposta às 1efusões
políticas de Paulo; foi um dos conselhos do
conselheiro. Quando o �lho tornou pelas férias
tinha esquecido a carta que escrevera. 
O discurso é que ele não esqueceu, mas quem
é que esquece os discursos que faz? Se são
bons, a memória os grava em bronze; se ruins,
deixam tal ou qual amargor que dura muito. 2O
melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-
los excelentes, e, se a razão não aceita esta
imaginação, consultar pessoas que a aceitem, e
crer nelas. A opinião é um velho óleo
incorruptível. 
Paulo tinha talento. O discurso naquele dia
podia pecar aqui ou ali por alguma ênfase, e
uma ou outra ideia vulgar e exausta. Tinha
talento Paulo. Em suma, o discurso era bom.
Santos achou-o excelente, leu-o aos amigos e
resolveu transcrevê-lo nos jornais. 3Natividade
não se opôs, mas entendia que algumas
palavras deviam ser cortadas. 
– Cortadas, por quê? perguntou Santos, e �cou
esperando a resposta. 
– Pois você não vê, Agostinho; estas palavras
têm sentido republicano, explicou ela relendo a
frase que a a�igira. 
Santos ouvia-as ler, leu-as para si, e não deixou
de lhe achar razão. Entretanto, não havia de as
suprimir. 
– Pois não se transcreve o discurso. 
– Ah! isso não! O discurso é magní�co, e não há
de morrer em S. Paulo; é preciso que a Corte o
leia, e as províncias também, e até não se me
daria fazê-lo traduzir em francês. Em francês,
pode ser que �que ainda melhor. 
– Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira
do rapaz; o imperador pode ser que não
goste... 
Pedro, que assistia desde alguns instantes ao
debate, interveio docemente para dizer que os
receios da mãe não tinham base; era bom pôr a
frase toda, e, a rigor, não diferia muito do que
os liberais diziam em 1848. 
– Um monarquista liberal pode muito bem
assinar esse trecho, concluiu ele depois de
reler as palavras do irmão. 
– Justamente! 4assentiu o pai. 
5Natividade, que em tudo via a inimizade dos
gêmeos, suspeitou que o intuito de Pedro fosse
justamente comprometer Paulo. Olhou para ele
a ver se lhe descobria essa intenção torcida,
mas a cara do �lho tinha então o aspecto do
entusiasmo. Pedro lia trechos do discurso,
acentuando as belezas, repetindo as frases
mais novas, cantando as mais redondas,
revolvendo-as na boca, tudo com tão boa
sombra que a mãe perdeu a suspeita, e a
impressão do discurso foi resolvida. Também
se tirou uma edição em folheto, e o pai mandou
encadernar ricamente sete exemplares, que
levou aos ministros, e um ainda mais rico para a
Regente. 
MACHADO DE ASSIS 
Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
1efusão − manifestação expansiva de
sentimentos 
4assentir − concordar 
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 16/20
(Uerj 2017)  Natividade, que em tudo via a
inimizade dos gêmeos, suspeitou que o intuito
de Pedro fosse justamente comprometer Paulo.
Olhou para ele a ver se lhe descobria essa
intenção torcida, mas a cara do �lho tinha
então o aspecto do entusiasmo. Pedro lia
trechos do discurso, acentuando as belezas,
repetindo as frases mais novas, cantando as
mais redondas, revolvendo-as na boca, tudo
com tão boa sombra que a mãe perdeu a
suspeita, e a impressão do discurso foi
resolvida. (ref. 5) 
Nesse trecho, observa-se que Pedro, mesmo
com posição política contrária à de Paulo, lê
com entusiasmo o discurso do irmão, trocando
de lugar com ele. Essa troca de papéis sugere
uma crítica acerca da política daquela época.
Explicite essa crítica. Aponte, ainda, a relação
de sentido que a oração sublinhada estabelece
com a anterior. 
Exercício 21
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: 
Leia o soneto “Mudam-se os tempos, mudam-se
as vontades” do poeta português Luís Vaz de
Camões (1525?-1580) para responder à(s)
questão(ões) a seguir.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a con�ança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da 1esperança;
do mal �cam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve –, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e en�m converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de 2mor espanto:
que não se muda já como 3soía.
Sonetos, 2001.
1esperança: esperado.
2mor: maior.
3soer: costumar (soía: costumava).
19. (Unesp 2017)  Considere as seguintes
citações:
1. “Não podemos entrar duas vezes no mesmo
rio: suas águas não são nunca as mesmas e nós
não somos nunca os mesmos.” – Heráclito (550
a.C.-480 a.C.)
2. “A breve duração da vida não nos permite
alimentar longas esperanças.”– Horácio (65
a.C.-8 a.C.)
3. “O melhor para o homem é viver com o
máximo de alegria e o mínimo de tristeza, o que
acontece quando não se procura o prazer em
coisas perecíveis.” – Demócrito (460 a.C.-370
a.C.)
4. “Toda e qualquer coisa tem seu vaivém e se
transforma no contrário ao capricho tirânico da
fortuna.” – Sêneca (4 a.C.-65 d.C.)
5. “Uma vez que a vida é um tormento, a morte
acaba sendo para o homem o refúgio mais
desejável.” – Heródoto (484 a.C.-430 a.C.)
Quais das citações aproximam-se tematicamente
do soneto camoniano? Justi�que sua resposta.  
Exercício 22
Leia o soneto “Mudam-se os tempos, mudam-se
as vontades” do poeta português Luís Vaz de
Camões (1525?-1580) para responder à(s)
questão(ões) a seguir.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a con�ança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da 1esperança;
do mal �cam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve –, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 17/20
e en�m converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de 2mor espanto:
que não se muda já como 3soía.
Sonetos, 2001.
1esperança: esperado.
2mor: maior.
3soer: costumar (soía: costumava).
(Unesp 2017)  A sinestesia (do grego syn, que
signi�ca “reunião”, “junção”, “ao mesmo tempo”, e
aisthesis, “sensação”, “percepção”) designa a
transferência de percepção de um sentido para
outro, isto é, a fusão, num só ato perceptivo, de
dois sentidos ou mais.
(Massaud Moisés. Dicionário de termos
literários, 2004. Adaptado.)
Transcreva o verso em que se veri�ca a
ocorrência de sinestesia. Justi�que sua resposta.
Reescreva o verso da terceira estrofe “que já
coberto foi de neve fria”, adaptando-o para a
ordem direta e substituindo o pronome “que”
pelo seu referente. 
Exercício 23
Leia o soneto “Mudam-se os tempos, mudam-se
as vontades” do poeta português Luís Vaz de
Camões (1525?-1580) para responder à(s)
questão(ões) a seguir.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a con�ança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da 1esperança;
do mal �cam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve –, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e en�m converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de 2mor espanto:
que não se muda já como 3soía.
Sonetos, 2001.
1esperança: esperado.
2mor: maior.
3soer: costumar (soía: costumava).
(Unesp 2017)  Em um determinado trecho do
soneto, o eu lírico assinala a passagem de uma
estação do ano para outra. Transcreva os versos
em que isso ocorre e identi�que as estações a
que eles fazem referência. Para o eu lírico, tal
passagem constitui um evento aprazível?
Justi�que sua resposta. 
Exercício 24
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o soneto “Alma minha gentil, que te
partiste”, do poeta português Luís de Camões
(1525?-1580), para responder à(s) questão(ões)
a seguir.
Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
alguma coisa a dor que me �cou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,
roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.
Sonetos, 2001.
(Unesp 2017)  De modo indireto, o soneto
camoniano acaba também por explorar o tema
da 
a) falsidade humana.   
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b) indiferença divina.   
c) desumanidade do mundo.   
d) efemeridade da vida.   
e) falibilidade da memória.   
Exercício 25
Leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5 com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte
dos homens.
2suave pensamento: sentimento amoroso.
3Amor: entidade mítica que personi�ca o amor.
4juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que
nunca se apaixonaram.
5engenho: talento poético, inspiração.
6defeitos: inverdades, fantasia. 
(Unesp 2022)  Segundo o eu lírico, Amor torna
os amantes 
a) mesquinhos.   
b) melancólicos.   
c) submissos.   
d) imprudentes.   
e) insensatos.  
Exercício 26
Leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5 com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6,
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos.
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte
dos homens.
2suave pensamento: sentimento amoroso.
3Amor: entidade mítica que personi�ca o amor.
4juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que
nunca se apaixonaram.
5engenho: talento poético, inspiração.
6defeitos: inverdades, fantasia. 
(Unesp 2022)  No soneto, Amor teme que 
a) o eu lírico perca sua inspiração.   
b) a poesia do eu lírico não seja sincera.   
c) a poesia do eu lírico não seja compreendida.   
d) o eu lírico esqueça sua amante.   
e) o eu lírico divulgue seus enganos.   
GABARITO
Exercício 1
b) Ao gênero lírico, pois expressa os sentimentos do eu-
poético.   
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Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
Exercício 6
Exercício 7
Exercício 8
Exercício 9
Exercício 10
Exercício 11
Exercício 12
Exercício 13
Exercício 14
Exercício 15
Exercício 16
Exercício 17
Exercício 18
Exercício 19
Exercício 20
Exercício 21
c) há forte presença do romantismo, devido ao nacionalismo.   
d) “O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões.
Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à
direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás
com chave.” (2º parágrafo)   
d) Não apenas o estado de espírito do poeta se altera, mas
também a experiência que ele tem da própria mudança.  
e) O conjunto de sensações corporais opos tas e a provocação
de um estado mental e espiritual contraditórios não valeram a
pena para o poeta, pois este só conseguiu ver a amada.  
a) O eu lírico manifesta a sensação de exílio das terras do Sião,
local sagrado e associado ao Bem que já habitou e a Babilônia,
local em que se encontra no momento e onde impera o caos, a
cobiça e a tirania.
b) O tema do soneto remete à �loso�a platônica, pois o eu
lírico, circunscrito ao mundo sensível (concebido por Platão
como o local onde o homem habita), expressa desconforto ao
perceber que está à mercê do materialismo e do mundo em
desconcerto.Nos dois quartetos, expressões como “o puro
Amor não tem valia”, “pode mais que a honra a tirania”, “onde a
errada e cega Monarquia/ cuida que um nome vão a
desengana” re�etem a sensação de desconcerto, muito
presente na lírica camoniana de vertente clássica. A anáfora,
constituída pela repetição do advérbio “cá”, enfatiza os
aspectos negativos do plano material (Babilônia) em oposição
às lembranças do mundo racional, o plano inteligível (Sião)
tão desejado pelo eu lírico e, por extensão, pelos artistas do
Renascimento: “cá neste escuro caos de confusão, / cumprindo
o curso estou da natureza. /Vê se me esquecerei de ti, Sião!”  
Na segunda estrofe, o eu lírico revela com quem conversa, uma
Senhora que tem o poder de acabar com a sua tristeza quando
quiser. Assim, o eu lírico mostra que se sente triste por uma
não correspondência amorosa com essa senhora. Dessa forma,
resta mostrar-se esperançoso de que com o passar do tempo a
senhora se tornará menos dura e corresponderá ao seu amor.
d) Camões não seguiu rigidamente os câno nes renascentistas
da época: o platonismo e o petrarquismo.  
e) a consciência das tensões entre corpo e alma, “estar” e “não
estar”, faz de Ca mões um poeta à frente de seu tempo.  
c) “para tão longo amor tão curta a vida.”   
e) contenta-se com a indistinção da �gura de nhá Biela.   
b) Sol e diamante.   
d) ansiedade derivada de acontecimentos na família  
b) gradação   
b) rotinas de trabalho   
a) continuavam a subir, como se fosse penitência,
devagarinho, cara no chão, véu para baixo. (ref. 2)   
Falas de Natividade:
“– Pois você não vê, Agostinho; estas palavras têm sentido
republicano,”
“– Mas, Agostinho, isto pode fazer mal à carreira do rapaz;
o imperador pode ser que não goste...”
O argumento usado por Pedro e veiculado pelo narrador,
para que o discurso seja publicado, é que o discurso de
Paulo não diferia muito do que os liberais diziam em 1848. 
Orações: supô-los excelentes/consultar pessoas.
O melhor dos remédios, no segundo caso, é supô-los
excelentes, ou, se a razão não aceita esta imaginação,
consultar pessoas que a aceitam, e crer nelas.
Voz passiva.
A preocupação de Natividade eram as palavras a serem
cortadas e não quem as cortaria.
A crítica acerca da política daquela época que a troca de
papéis sugere é que não há uma oposição nítida entre os
discursos monarquista e republicano.
A relação de sentido que a oração sublinhada estabelece
com a anterior é de consequência.
https://aprovatotal.com.br/medio/literatura/exercicios/autores-de-lingua-portuguesa/ex.-5-machado-de-assis?dificuldade=random&tentativa=ultima&resp… 20/20
Exercício 22
Exercício 23
Exercício 24
Exercício 25
Exercício 26
Apenas as citações [1] e [4] se aproximam do tema do soneto
camoniano em que o eu lírico fala sobre as mudanças que se
vão sucedendo, tanto na natureza como no ser humano ao
longo da sua existência. A citação de Heráclito, pensador do
“tudo �ui”, re�ete a ideia de um mundo em movimento
perpétuo: “não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas
águas não são nunca as mesmas e nós não somos nunca os
mesmos”. Também a frase de Sêneca, representante do
estoicismo clássico que exorta a renúncia aos bens materiais
em busca da tranquilidade da alma mediante o conhecimento e
a contemplação, aponta para a concepção de um mundo em
constante mutação: “Toda e qualquer coisa tem seu vaivém e
se transforma no contrário ao capricho tirânico da fortuna”.
No verso “e en�m converte em choro o doce canto”, ocorre a
sinestesia, transferência de percepção do sentido gustativo
(doce) para o auditivo (canto). Se o verso “que já coberto foi de
neve fria” fosse reescrito na ordem direta e o pronome “que”
substituído pelo seu referente, teríamos a seguinte redação: “o
chão de verde manto já foi coberto de neve fria”. 
Nos dois primeiros versos do primeiro terceto (“O tempo cobre
o chão de verde manto, /que já coberto foi de neve fria”), o eu
lírico assinala metonimicamente a passagem de uma estação
do ano para outra, em que “verde manto” remete à primavera e
“neve fria” ao inverno. Ao mencionar no terceiro verso da
mesma estrofe que o tempo “converte em choro o doce canto”,
depreende-se que o eu lírico associa a mudança das estações à
oscilação contínua de sensações que se operam nele: a
positiva, evento aprazível de alegria, associada à primavera
(doce canto) e a negativa, de tristeza, associada à tristeza (neve
fria). 
d) efemeridade da vida.   
c) submissos.   
e) o eu lírico divulgue seus enganos.

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