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**Resenha 3: "Brasil República: Continuidades e Rupturas"**
A história da República no Brasil é uma narrativa complexa de continuidades e
rupturas, marcada por transformações políticas, econômicas e sociais que refletem
as contradições e desafios de uma nação em constante evolução.
O período inicial da República, conhecido como República Velha, foi caracterizado
pelo predomínio político das elites agrárias e pela exclusão da maior parte da
população do processo político. O coronelismo, a política do café com leite e o voto
de cabresto eram práticas comuns que perpetuavam o domínio oligárquico sobre o
país.
No entanto, o período também foi marcado por movimentos de resistência e
contestação, como a Revolta da Vacina e a Revolta da Chibata, que evidenciaram
as tensões sociais e a insatisfação popular com o status quo. A eclosão da Primeira
Guerra Mundial em 1914 trouxe novos desafios econômicos e políticos, que
culminaram na Revolução de 1930 e na ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
O governo de Vargas inaugurou uma nova fase na história brasileira, caracterizada
por um maior intervencionismo estatal na economia e por uma série de reformas
sociais, como a criação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a instituição
da previdência social. No entanto, o regime varguista também foi marcado por
autoritarismo e repressão política, especialmente durante o Estado Novo
(1937-1945).
Após a queda de Vargas em 1945, o Brasil experimentou um período de relativa
estabilidade democrática, intercalado por breves períodos de regime autoritário,
como o governo militar que se instalou em 1964. O fim da ditadura militar em 1985
marcou o início de uma nova fase na história brasileira, caracterizada pela
redemocratização e pelo surgimento de novos desafios, como a luta contra a
corrupção e a busca por uma maior inclusão social.
Em resumo, a história da República no Brasil é uma narrativa complexa e
multifacetada, que reflete as contradições e desafios de