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Entenda por que algumas mulheres sentem dor durante as relações sexuais

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Eliot Fetisli

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Entenda por que algumas mulheres sentem dor durante as relações
sexuais
Educadora sexual explica como algumas condições impedem mulheres de sentirem prazer
A falta de conhecimento sobre o próprio corpo impende mulheres de terem orgasmos 
Imagem: GoodStudio | Shutterstock
Algumas mulheres são completamente impedidas de ter relação sexual e até de realizar exames ginecológicos. Isso
porque elas são vítimas das disfunções sexuais classificadas como vaginismo e dispareunia.
“Vaginismo é quando a mulher não consegue permitir a penetração do pênis, e muitas também não conseguem
realizar exame ginecológico. Já a dispareunia é quando a mulher tem dor recorrente por mais de 6 meses”, comenta
Débora Pádua, fisioterapeuta pélvica e educadora sexual.
De acordo com o National Survey of Sexual Health and Behavior (NSSHB), uma das fontes de referência sobre
comportamento sexual nos Estados Unidos, e diversos estudos relacionados, é estimado que uma proporção entre
10% e 30% das mulheres nos Estados Unidos possam vivenciar algum nível de desconforto durante o ato sexual.
Além disso, conforme o DSM5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) da Associação Americana
de Psiquiatria, cerca de 15% das mulheres americanas relatam experienciar dor recorrente durante a relação sexual.
Causas das dores durante a penetração
Conforme explica a especialista em tratamento de vaginismo e dor na relação sexual, essas condições podem ter
causas variadas. “Uma mulher pode desencadear a dor na relação sexual por uma alteração hormonal, por lesões
provocadas por cirurgias ginecológicas e até pela radioterapia, que pode modificar a estrutura vaginal e assim
favorecer o surgimento de pontos de dor, dificultar ou até impedir a penetração na relação sexual, reduzir a
elasticidade, além de provocar outras alterações na região do períneo”, afirma.
“É como se a mulher criasse uma barreira que a impede a penetração total, muitas conseguem parcialmente apenas
e, outras, nem isso. E mais, elas também não conseguem realizar exames ginecológicos”, acrescenta Débora
Pádua.
Consequências desse tipo de problema
Esse tipo de problema pode trazer outras várias consequências negativas para a vida das pacientes. “Mulheres com
20 anos de casamento se sentindo discriminadas, com baixa autoestima, depressivas por se sentirem menos
mulheres que outras, mulheres que são traídas e todos acreditam que o motivo é aceitável, pois elas não têm
relação com o marido e muitas não conseguem ter filhos ou precisam de fertilização para isso, já que o pênis não
entra no canal vaginal”, comenta Débora Pádua.
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A fisioterapia pélvica é um dos tratamentos mais eficazes para disfunções sexuais (Imagem: Albina Gavrilovic | Shutterstock)
Fisioterapia pélvica como forma de tratamento
Por muitos anos, somente a psicologia tentava tratar as mulheres com esses tipos de problemas. Hoje, existe
também mais uma forma de tratamento, a fisioterapia pélvica, por exemplo, ajuda estas mulheres em praticamente
100% dos casos e com pouco tempo de tratamento.
Massagem perineal, eletroestimulação, dilatadores vaginais e exercícios apropriados são indicados para a melhora
desse tipo de disfunção. Assim, em cerca de 2 meses, a mulher já sente o corpo voltando ao normal. “Dor na relação
tem tratamento, e sentir dor nunca é normal”, ressalta Débora Pádua.
Conhecimento corporal e orgasmo
Além da dor durante a relação sexual impossibilitar que essas mulheres, muitas vezes, sintam prazer, Débora Pádua
explica que a falta de conhecimento com o próprio corpo também é um dos fatores que levam à ausência de
orgasmo. “Muitas delas nunca tocaram nem o clitóris – considerado o principal ponto de estímulo feminino – e
tampouco conhecem ou têm a percepção da região pélvica”, afirma.
Para a profissional, as mulheres precisam se permitir experimentar o prazer. “O prazer está ao alcance de qualquer
mulher e o sexo tem que ser prazeroso sempre, basta encontrar o ponto de prazer que muitas vezes está escondido
em cada uma de maneira bem individual”, diz.
Por Mayra Barreto Cinel

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