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Simulado Guia do 1° dia Enem (versão 1.0) 10 Q21 Flor da negritude Nascido numa casa antiga, pequena, com grande quintal arborizado, localizada no subúrbio de Lins de Vasconcelos, o Renascença Clube foi fundado por 29 sócios, todos negros. Buscava-se instaurar, por meio do Renascença, um campo de relações em que os filhos de famílias negras bem-sucedidas pudessem encontrar pessoas consideradas do mesmo nível social e cultural, para fins de amizade ou casamento. Os homens usavam trajes obrigatoriamente formais, flores na lapela, às vezes de summer ou até de fraque. As mulheres se vestiam com muitas sedas, cetins e rendas, não esquecendo as luvas e os chapéus. GIACOMINI, S. M. Revista de História da Biblioteca Nacional, 19 set. 2007 (adaptado). No início dos anos 1950, a fundação do Renascença Clube, como espaço de convivência, demonstra o(a) A inexperiência associativa que levou a elite negra a imitar os clubes dos brancos. B isolamento da comunidade destacada que ignorava a democracia racial brasileira. C interesse de um grupo de negros na afirmação social para se livrar do preconceito. D existência de uma elite negra imune ao preconceito pela posição social que ocupava. E criação de um racismo invertido que impedia a presença de pessoas brancas nesses clubes. Limpar seleção Q22 A teoria da democracia participativa é construída em torno da afirmação central de que os indivíduos e suas instituições não podem ser considerados isoladamente. A existência de instituições representativas em nível nacional não basta para a democracia; pois o máximo de participação de todas as pessoas, a socialização ou “treinamento social” precisa ocorrer em outras esferas, de modo que as atitudes e as qualidades psicológicas necessárias possam se desenvolver. Esse desenvolvimento ocorre por meio do próprio processo de participação. A principal função da participação na teoria democrática participativa é, portanto, educativa. PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. Nessa teoria, a associação entre participação e educação tem como fundamento a A ascensão das camadas populares. B organização do sistema partidário. C eficiência da gestão pública. D ampliação da cidadania ativa. E legitimidade do processo legislativo. Limpar seleção Q23 A mundialização introduz o aumento da produtividade do trabalho sem acumulação de capital, justamente pelo caráter divisível da forma técnica molecular-digital do que resulta a permanência da má distribuição da renda: exemplificando mais uma vez, os vendedores de refrigerantes às portas dos estádios viram sua produtividade aumentada graças ao just in time dos fabricantes e distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor de tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores é a mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação molecular-digital com o puro uso da força de trabalho. OLIVEIRA, F Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas: Boitempo, 2003. Os aspectos destacados no texto afetam diretamente questões como emprego e renda, sendo possível explicar essas transformações pelo(a): A crise bancária e o fortalecimento do capital industrial. B inovação toyotista e a regularização do trabalho formal. C impacto da tecnologia e as modificações na estrutura produtiva. D emergência da globalização e a expansão do setor secundário. E diminuição do tempo de trabalho e a necessidade de diploma superior. Limpar seleção Q24 A Estátua do Laçador, tombada como patrimônio em 2001, é um monumento de Porto Alegre/RS, que representa o gaúcho (em trajes típicos). Disponível em: www.portoalegre.tur.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado). O monumento identifica um(a) A exemplo de bem imaterial. B forma de exposição da individualidade. C modo de enaltecer os ideais de liberdadade. D manifestação histórico-cultural de uma população. E maneira de propor mudanças nos costumes. Limpar seleção Q25 Eu gostaria de comentar brevemente as afinidades existentes entre comunidade, comunicação e comunhão. Essas afinidades começam no próprio radical das palavras em questão. Assim, se nosso alvo são os atos de interação comunicativa, temos que incluir em nosso objeto de estudo a ecologia dos atos de interação comunicativa, que se dão no contexto da ecologia da interação comunicativa. No entanto, não basta a proximidade espacial para que a comunicação se dê, é necessário que os potenciais interlocutores entrem em comunhão. Por fim, sem trocadilhos, a comunicação ideal se dá no interior de uma comunidade, entre indivíduos que entram em comunhão. COUTO, H. H. O Tao da linguagem. Campinas: Pontes, 2012. O trecho integra um livro sobre os aspectos ecológicos envolvidos na interação comunicativa. Para convencer o leitor das afinidades entre comunidade, comunicação e comunhão, o autor A nega a força das comunidades interioranas. B joga com a ambiguidade das palavras. C parte de uma informação gramatical. D recorre a argumentos emotivos. E apela para a religiosidade. Limpar seleção Q26 As montanhas correm agora, lá fora, umas atrás das outras, hostis e espectrais, desertas de vontades novas que as humanizem, esquecidas já dos antigos homens lendários que as povoaram e dominaram. Carregam nos seus dorsos poderosos as pequenas cidades decadentes, como uma doença aviltante e tenaz, que se aninhou para sempre em suas dobras. Não podendo matá-las de todo ou arrancá-las de si e vencer, elas resignam-se e as ocultam com sua vegetação escura e densa, que lhes serve de coberta, e resguardam o seu sonho imperial de ferro e ouro. PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Artium, 2001. As soluções de linguagem encontradas pelo narrador projetam uma perspectiva lírica da paisagem contemplada. Essa projeção alinha-se ao poético na medida em que A explora a identidade entre o homem e a natureza. B reveste o inanimado de vitalidade e ressentimento. C congela no tempo a prosperidade de antigas cidades. D destaca a estética das formas e das cores da paisagem. E captura o sentido da ruína causada pela extração mineral. Limpar seleção Q27 Você vende uma casa, depois de ter morado nela durante anos; você a conhece necessariamente melhor do que qualquer comprador possível. Mas a justiça é, então, informar o eventual comprador acerca de qualquer defeito, aparente ou não, que possa existir nela, e mesmo, embora a lei não obrigue a tanto, acerca de algum problema com a vizinhança. E, sem dúvida, nem todos nós fazemos isso, nem sempre, nem completamente. Mas quem não vê que seria justo fazê-lo e que somos injustos não o fazendo? A lei pode ordenar essa informação ou ignorar o problema, conforme os casos; mas a justiça sempre manda fazê-lo. Dir-se-á que seria difícil, com tais exigências, ou pouco vantajoso, vender casas... Pode ser. Mas onde se viu a justiça ser fácil ou vantajosa? Só o é para quem a recebe ou dela se beneficia, e melhor para ele; mas só é uma virtude em quem a pratica ou a faz. Devemos então renunciar nosso próprio interesse? Claro que não. Mas devemos submetê-lo à justiça, e não o contrário. Senão? Senão, contente-se com ser rico e não tente ainda por cima ser justo. COMTE-SPONVILLE, A. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 1995. No processo de convencimento do leitor, o autor desse texto defende a ideia de que A o interesse do outro deve se sobrepor ao interesse pessoal. B a atividade comercial lucrativa é incompatível com a justiça. C a criação de leis se pauta por princípios de justiça. D o impulso para a justiça é inerente ao homem. E a prática da justiça pressupõe o bem comum. Limpar seleção Q28 Destak, nov. 2015 (adaptado). A imagem da caneta de tinta vermelha, associada às frases do cartaz, é utilizada na campanha para mostrar ao possível doador que A a doação de sangue faz bem à saúde. B a linha da vida é fina como o traço de caneta. C a atitude de doar sangue é muito importante. D a caneta vermelha representa a atitude do doador. E a reserva do banco de sangueestá chegando ao fim. Limpar seleção Q29 Um amor desse Era 24 horas lado a lado Um radar na pele, aquele sentimento alucinado Coração batia acelerado Bastava um olhar pra eu entender Que era hora de me entregar pra você Palavras não faziam falta mais Ah, só de lembrar do seu perfume Que arrepio, que calafrio Que o meu corpo sente Nem que eu queira, eu te apago da minha mente Ah, esse amor Deixou marcas no meu corpo Ah, esse amor Só de pensar, eu grito, eu quase morro AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R. Coração pede socorro. Rio de Janeiro: Som Livre, 2018 (fragmento). Essa letra de canção foi composta especialmente para uma campanha de combate à violência contra as mulheres, buscando conscientizá-las acerca do limite entre relacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para tanto, a estratégia empregada na letra é a: A Revelação da submissão da mulher à situação de violência, que muitas vezes a leva à morte. B Ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mulher agredida, que continuamente pede socorro. C Exploração de situação de duplo sentido, que mostra que atos de dominação e violência não configuram amor. D Divulgação da importância de denunciar a violência doméstica, que atinge um grande número de mulheres no país. E Naturalização de situações opressivas, que fazem parte da vida de mulheres que vivem em uma sociedade patriarcal. Limpar seleção Q30 19-11-1959 Eu a conheci da primeira vez em que estive aqui. Parece- me que é esquizofrênica, caso crônico, doente há mais de vinte anos — não estou bem certa. Foi transferida para a Colônia Juliano Moreira e nunca mais a vi. [...] À tarde, quando ia lá, pedia-lhe para cantar a ária da Bohème, “Valsa da Musetta”. Dona Georgiana, recortada no meio do pátio, cantava — e era de doer o coração. As dementes, descalças e rasgadas, paravam em surpresa, rindo bonito em silêncio, os rostos transformados. Outras, sentadas no chão úmido, avançavam as faces inundadas de presença — elas que eram tão distantes. Os rostos fulgiam por instantes, irisados e indestrutíveis. Me deixava imóvel, as lágrimas cegando-me. Dona Georgiana cantava: cheia de graça, os olhos azuis sorrindo, aquele passado tão presente, ela que fora, ela que era, se elevando na limpidez das notas, minhas lágrimas descendo caladas, o pátio de mulheres existindo em dor e beleza. A beleza terrífica que Puccini não alcançou: uma mulher descalça, suja, gasta, louca, e as notas saindo-lhe em tragicidade difícil e bela demais — para existir fora de um hospício. CANÇADO, M. L. Hospício é Deus. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. O diário da autora, como interna de hospital psiquiátrico, configura um registro singular, fundamentado por uma percepção que A atenua a realidade do sofrimento por meio da música. B redimensiona a essência humana tocada pela sensibilidade. C evidencia os efeitos dos maus-tratos sobre a imagem feminina. D transfigura o cotidiano da internação pelo poder de se emocionar. E aponta para a recuperação da saúde mental graças à atividade artística. Limpar seleção ‹ 1 2 4 5 ›3 Esconder Tempo 5h 35m 49s 0/48 Questões Finalizar Simulado 1 - ! 2 - ! 3 - ! 4 - ! 5 - ! 6 - ! 7 - ! 8 - ! 9 - ! 10 - ! 11 - ! 12 - ! 13 - ! 14 - ! 15 - ! 16 - ! 17 - ! 18 - ! 19 - ! 20 - ! 21 - ! 22 - ! 23 - ! 24 - ! 25 - ! 26 - ! 27 - ! 28 - ! 29 - ! 30 - ! 31 - ! 32 - ! 33 - ! 34 - ! 35 - ! 36 - ! 37 - ! 38 - ! 39 - ! 40 - ! 41 - ! 42 - ! 43 - ! 44 - ! 45 - ! 46 - ! 47 - ! 48 - ! Home ENEM Questões Redações Desempenho Calendário Suporte Configurações Sair 12/05/2023 22:38 Página 1 de 1
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