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10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/23
Recuperação Extrajudicial da Empresa
1 EXTRAJUDICIALIDADE
Indubitavelmente, com a vigência da Lei 11.101/05, a crise econômico-financeira
de empresários ou sociedades empresárias assumiu contornos essencialmente
privados, tornando-se assunto próprio de credores e devedor, menos do que
assunto de Estado. Essa dimensão essencialmente privada da crise econômico-
financeira está muito mais patente na recuperação da empresa do que na falência.
Basta comparar a recuperação com a figura, o procedimento e os fundamentos da
concordata, com o contorno que lhe dava o Decreto-lei 7.661/45. Em fato, a
concordata assumia a condição de intervenção estatal nas relações privadas, que
se concluía sem a participação ou anuência necessária dos credores: era um
benefício que o Estado, por meio do Poder Judiciário, concedia àqueles que
preenchessem os requisitos legais, devendo ser acatado pelos credores atingidos.
Em oposição, a ordem legal vigente compreende a recuperação da empresa em
bases diversas, tornando-a não um simples problema do Estado e do devedor que
se resolvia. A crise econômico-financeira do devedor é tomada, agora, como um
problema muito mais de credores e do devedor, sendo o Estado chamado para (1)
aferir se estão presentes os requisitos legais para a concessão do benefício e (2)
chancelar a posição a que chegarem as partes que, como visto anteriormente,
devem concordar com a concessão do benefício, sem o que a falência se impõe
como solução necessária para a solução da crise da empresa. Com razão,
portanto, o empresarialista mineiro Moacyr Lobato quando destaca que o atual
sistema aproxima-se muito mais da ideia de uma concordata, ou seja, de um
procedimento que se constrói a partir da concordância entre credores e devedores.
Embora a intervenção do Estado, por meio do Poder Judiciário, possa ser medida
otimizadora da reunião de credores para a obtenção de anuência sobre um plano
para a recuperação da empresa, não se trata de via exclusiva, indispensável,
incontornável. Em termos práticos, outros caminhos, extrajudiciais, poderiam ser
percorridos, o que percebeu o legislador, criando para tanto um procedimento
específico, qual seja, a recuperação extrajudicial da empresa em crise econômico--
financeira, prevista nos artigos 161 a 167 da Lei 11.101/05, e que serão aqui
estudados. Trata-se de mais uma expressão da compreensão da recuperação da
empresa como um assunto privado ao qual o Estado é convocado apenas
acessoriamente, para garantir estabilidade e executoriedade ao que for deliberado,
bem como para assegurar que a dimensão coletiva, assemblear, da tomada de
decisão, impeça que a vontade arbitrária, isolada, de um ou alguns possa atuar
contra a dos demais e, principalmente, contra os princípios da preservação da
empresa e de sua função social.
De outra face, importa observar que a aceitação da figura da recuperação judicial
tem por grande mérito afastar a ilicitude da chamada concordata branca, ou seja,
dos procedimentos mantidos pelo empresário ou sociedade empresária em crise
econômico-financeira visando à sua superação pela negociação com os respectivos
credores. Remarque-se, aqui, que o artigo 2º, II, do Decreto-lei 7.661/45, previa
como fato caracterizador da falência convocar o devedor seus credores, todos ou
alguns, e lhes propor dilação, remissão de crédito ou cessão de bens. Essa
previsão retirava do empresário e da sociedade empresária uma importante e
elementar estratégia de administração patrimonial, qual seja, a negociação com os
credores. O gerenciamento de ativos e passivos é, em todo o mundo, uma
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/23
realidade da administração de empresas, permitindo ao próprio mercado e, mais
especificamente, às próprias partes, encontrarem soluções para seus problemas e
desafios. Entre nós, era paradoxalmente um ato falimentar, o que felizmente não
mais ocorre.
A afirmação da viabilidade jurídica da recuperação extrajudicial da empresa, mais
do que uma alternativa de solução global da crise econômico-financeira da
empresa, a alcançar toda uma classe de credores, como se estudará neste
módulo, é a afirmação da licitude, da viabilidade e da regularidade dos
procedimentos negociais entre o devedor e seus credores, desde que não se
concretize ato definido como falimentar, segundo a lista inscrita no artigo 94, III,
da Lei 11.101/05. Nesta senda, é preciso ter em destaque a previsão inscrita no
artigo 167 da Lei 11.101/05, segundo o qual as regras que cuidam da recuperação
extrajudicial da empresa não implicam impossibilidade de realização de outras
modalidades de acordo privado entre o devedor e seus credores.
2 REQUISITOS
Para que o empresário ou sociedade empresária possam obter a homologação da
recuperação extrajudicial, será necessário preencher os requisitos do artigo 48 da
Lei 11.101/05, como estipulado pelo seu artigo 161, caput. O texto da norma é
equivocado, pois, ao dizer que o devedor que preencher aqueles requisitos poderá
propor e negociar com credores plano de recuperação extrajudicial, pode dar a
impressão de que a negociação de débitos com credores somente é lícita para
aqueles que preencham os requisitos para o pedido recuperatório. Assim não é. A
limitação inscrita na expressão poderá propor e negociar com credores está
diretamente relacionada ao plano de recuperação extrajudicial. Quem não
preencha os requisitos para a recuperação ainda poderá propor e negociar com
credores formas alternativas para a solução de seus débitos, incluindo dilação
(aumento dos prazos para pagamento), reparcelamento, descontos etc.
Os citados requisitos do artigo 48 da Lei 11.101/05 são aqueles exigidos para o
pedido de recuperação judicial. Assim, a possibilidade jurídica, lembrando-se tratar
de medida que só se defere a favor de empresas, ou seja, que somente pode ser
requerida por empresários ou sociedades empresárias, excetuados os inscritos no
artigo 2º da Lei 11.101/05. Ademais, como se trata de medida excepcional,
considerados seu conteúdo e seus efeitos, será preciso atender a outros requisitos
subjetivos, a limitar, igualmente, a possibilidade jurídica do pedido; fazem-se
ainda necessários:
1. exercício regular da atividade empresária há mais de dois anos;
2. não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada
em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
3. não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial com
base no plano especial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; e
4. não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador,
pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei de Falência e
Recuperação de Empresas.
Tratam-se, todos esses requisitos, de condições da ação que traduzem elementos
de possibilidade jurídica do pedido. Destaque-se que o citado artigo 48 lista como
requisito não ter obtido concessão de recuperação judicial há menos de cinco
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anos. No entanto, o artigo 161, § 3º, da mesma Lei 11.101/05 traz norma
específica: o devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial,
se estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido
recuperação judicial ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial
há menos de dois anos, por força do § 3º do seu artigo 161.
Para além da possibilidade jurídica do pedido de recuperação extrajudicial de
empresa, o § 1º do artigo 161 da Lei 11.101/05 limita aqueles que podem ser
submetidos a tal procedimento. Assim, não se aplicam as regras da recuperação
extrajudicial da empresa a titulares de créditos de naturezatributária, derivados
da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho. Também não
serão alcançados os credores titulares das posições de proprietário fiduciário de
bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente
vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de
irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio. Seus créditos não se
submeterão aos efeitos da recuperação extrajudicial e prevalecerão os direitos de
propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação
respectiva. Não é só. A recuperação extrajudicial também não atinge a
importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de
adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do artigo 75, §§ 3º
e 4º, da Lei 4.728/65, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais
prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade
competente.
3 RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL ORDINÁRIA
Embora o legislador não tenha utilizado a nomenclatura recuperação extrajudicial
ordinária e recuperação extrajudicial extraordinária, o contraste entre o artigo 161
e o artigo 163 da Lei 11.101/05 recomenda esta distinção. Prevista nos artigos
161 e 162, a recuperação extrajudicial ordinária é medida que traduz adesão
voluntária de todos os credores, produzindo efeito apenas entre os seus
signatários. Já a recuperação extrajudicial extraordinária, de que cuida o artigo
163, como se verá a seguir, é medida que merece a adesão de, no mínimo, 3/5 de
credores de uma mesma espécie, mas vinculando a minoria que a ele não aderiu.
Passo, de imediato, ao estudo da recuperação extrajudicial ordinária.
Havendo negociado com seus credores uma alternativa para a solução da crise
econômico-financeira que enfrenta, o devedor deverá elaborar um plano de
recuperação extrajudicial, nele apondo a sua assinatura, bem como a assinatura
de todos os credores que com ele anuíram. Esse plano, todavia, não poderá
contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos
credores que a ele não estejam sujeitos. Se o fizer, não poderá ser homologado;
se o for, a sentença homologatória não terá validade perante terceiros que, não
tendo sido cientificados do procedimento judicial, não podem ser atingidos por
seus efeitos.
De posse do plano, devidamente assinado pelos acordantes, o devedor
(empresário ou sociedade empresária) ajuizará o pedido de homologação do plano
de recuperação extrajudicial. É o artigo 162 da Lei de Falência e Recuperação de
Empresas que lhe faculta esse requerimento, afirmando que deverá juntar sua
justificativa e o documento que contenha seus termos e condições com as
assinaturas dos credores que a ele aderiram. O seu ajuizamento e, mesmo, o
deferimento de seu processamento não acarretarão suspensão de direitos, ações
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ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos
credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial, por força do artigo
161, § 4º, da Lei 11.101/05. Mas, em relação aos direitos, ações ou execuções por
parte dos credores que estejam sujeitos, serão, sim, suspensos, da mesma forma
que tais credores não poderão pedir a decretação da falência do devedor.
Uma vez distribuído o pedido de homologação, veda o § 5º do mesmo artigo 161
que os credores desistam da adesão ao plano. Somente se houver a anuência
expressa dos demais signatários, incluindo o devedor e todos os demais credores,
essa desistência será possível, caracterizando, portanto, um distrato ajustado
entre todas as partes do acordo. Não há falar em contestação. O juiz receberá os
autos e, verificando estarem presentes todos os requisitos, homologará a
recuperação judicial. Poderá, igualmente, mandar emendar a inicial, caso haja
nela algum defeito sanável, bem como requisitar a apresentação de documentos
necessários para demonstrar a atenção aos requisitos legais. A sentença de
homologação do plano de recuperação extrajudicial constituirá título executivo
judicial.
O mais curioso no estudo da recuperação extrajudicial ordinária é observar tratar-
se apenas de uma transação coletiva que merece, ao final, homologação judicial
para, assim, permitir execução como título judicial, bem como recurso a meios
excepcionais para superação da crise econômico-financeira, superando a simples
concessão de descontos ou de dilação nos prazos ou termos de vencimento das
obrigações.
4 RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL EXTRAORDINÁRIA
Uma pequena variação ao mecanismo de recuperação extrajudicial de créditos é
prevista no artigo 163 da Lei 11.101/05: faculta-se ao empresário ou sociedade
empresária requerer plano de recuperação extrajudicial assinado por credores que
representem mais de 3/5 de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos,
hipótese na qual a homologação do plano, se atendidos todos os requisitos para
tanto, obrigará a todos os credores por ele abrangidos, mesmo aqueles que não
tenham aderido ao acordo, apondo sua assinatura ao documento. Essa vinculação
dos credores não aderentes traduz, uma vez mais, a valorização das deliberações
coletivas sobre o arbítrio individual, impedindo que a recalcitrância de poucos
possa impossibilitar a superação da crise econômico-financeira da empresa, com a
qual a maioria absoluta anuiu. A essa modalidade chamo de recuperação
extrajudicial extraordinária, destacando que não se trata de mera transação
coletiva, mas de procedimento que transcende a homologação daquilo com que
todos os signatários acordaram, alcançando mesmo terceiros, desde que atendidos
os requisitos para tanto.
Fala o dispositivo em adesão voluntária de 3/5 de todos os créditos, de cada
espécie, abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial. Esclarece o § 1º do
artigo 163 da Lei 11.101/05 que por espécie tem as classes previstas nos incisos
II, IV, V, VI e VIII do seu artigo 83, ou seja: (1) créditos com garantia real até o
limite do valor do bem gravado; (2) créditos com privilégio especial; (3) créditos
com privilégio geral; (4) créditos quirografários; e (5) créditos subordinados. Para
a compreensão dessas categorias, no qual todas essas classes serão devidamente
estudadas, uma a uma. Portanto, para que o crédito vincule os credores não
aderentes, será preciso haver adesão de 3/5 dos credores daquela classe, na
dicção do artigo 83, ou daquela espécie, usada a terminologia do artigo 163. Isso,
ainda que se trate de uma única pessoa.
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No entanto, não serão considerados para fins de apuração desse percentual,
estatui o § 2º do artigo 163, os créditos não incluídos no plano de recuperação
extrajudicial, os quais não poderão ter seu valor ou condições originais de
pagamento alteradas. A norma inspira algum cuidado. Em primeiro lugar, pela
necessidade de reafirmação do óbvio: nunca é demais recordar que, por força do
artigo 161, § 1º, da Lei de Falência e Recuperação de Empresas, os créditos
trabalhistas e os tributários estão excluídos dos planos de recuperação
extrajudicial. Em segundo lugar, por não se permitir arbítrio na definição de quais
sejam, ou não, os créditos incluídos no plano de recuperação extrajudicial. Seria
muito fácil o comportamento de má-fé daquele devedor que faz, arbitrariamente,
a definição dos créditos incluídos para alcançar o percentual de 3/5 de adesão e,
assim, forçar a vinculação dos outros 2/5, ou menos, que foram listados no plano.
Um tal comportamento, todavia, caracterizaria fraude à lei, não podendo ser
acatado pelo Judiciário, em hipótese alguma. A inclusão ou exclusão do plano se
faz por classe e por natureza do crédito, não se admitindo, em hipótesealguma,
tratamento diferenciado, discriminatório, não isonômico. Deve-se
obrigatoriamente partir da totalidade dos créditos de uma classe (espécie), para,
ali, aferir-se se se atingiu, ou não, a adesão voluntária por uma maioria de 3/5, no
mínimo, única hipótese para homologação do plano de recuperação extrajudicial.
Não é só. Para fins exclusivos de apuração do percentual mínimo de 3/5 de adesão
voluntária ao plano de recuperação extrajudicial, o § 3º, também do artigo 163,
prevê que, havendo crédito em moeda estrangeira, será convertido para moeda
nacional pelo câmbio da véspera da data de assinatura do plano; obviamente, o
percentual será calculado levando-se em conta essa data de assinatura, sendo que
posteriores desvalorizações cambiais, a implicar redução da expressão monetária
nacional daquela obrigação, não poderão ser invocadas pelos não aderentes para
pretender novo cálculo e, destarte, evitar a homologação do acordo. O Judiciário,
no entanto, não deve chancelar a má-fé, não sendo razoável admitir seja o plano
assinado em dia no qual a moeda estrangeira experimentou cotação muito acima
da média; um tal artificialismo monetário não atende à mens legis do artigo 163,
§ 3º, I, da Lei 11.101/05. Por outro lado, o mesmo § 3º, em seu inciso II, exclui
os créditos detidos por sócios do devedor, sociedades coligadas, controladoras,
controladas ou as que tenham sócio ou acionista com participação superior a 10%
do capital social do devedor ou em que o devedor ou algum de seus sócios
detenham participação superior a 10% do capital social, bem como cônjuge ou
parente, consanguíneo ou afim, colateral até o segundo grau, ascendente ou
descendente do devedor, de administrador, do sócio controlador, de membro dos
conselhos consultivo, fiscal ou semelhantes da sociedade devedora e a sociedade
em que quaisquer dessas pessoas exerçam essas funções.
4.1 Plano de recuperação extrajudicial extraordinária
O plano poderá abranger a totalidade de uma ou mais espécies de créditos, diz o
artigo 163, § 1º, ou grupo de credores de mesma natureza e sujeito a
semelhantes condições de pagamento, e, uma vez homologado, obriga a todos os
credores das espécies por ele abrangidas, exclusivamente em relação aos créditos
constituídos até a data do pedido de homologação. Em hipótese alguma, todavia,
poderá dar tratamento desigual a iguais, onerando a alguns ou beneficiando a
outros de forma abusiva; não pode ser homologado, em hipótese alguma, o plano
construído de forma dolosa, com o intuito fraudatório, de má-fé.
Não são apenas essas as limitações legais. Para que o plano de recuperação
judicial possa, validamente, prever a alienação de bem objeto de garantia real, a
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supressão da garantia ou sua substituição somente será admitida mediante a
aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia, segundo previsão do
§ 4º do artigo 163 da Lei 11.101/05. Já o § 5º estatui que, nos créditos em moeda
estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o credor titular do
respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de
recuperação extrajudicial. Por fim, se o plano de recuperação extrajudicial
homologado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas
isoladas do devedor, sua efetivação observará, por estipulação do artigo 166, uma
das modalidades de realização do ativo do devedor previstas no artigo 142 da
mesma Lei de Falência e Recuperação de Empresas, ou seja, (1) leilão, por lances
orais, (2) propostas fechadas ou (3) pregão.
O pedido de recuperação extrajudicial extraordinária deverá apresentar a
justificação do devedor para o deferimento da medida, além de documento que
contenha seus termos e condições, com as assinaturas dos credores que a ele
aderiram. Ademais, para que o plano seja homologado pelo Judiciário, exige o §
6º do artigo 163 que o devedor também junte:
1. exposição da sua situação patrimonial;
2. as demonstrações contábeis relativas ao último exercício social e as levantadas
especialmente para instruir o pedido, na forma do inciso II do artigo 51 da Lei
11.101/05; e
3. os documentos que comprovem os poderes dos subscritores para novar ou
transigir, relação nominal completa dos credores, com a indicação do endereço de
cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando
sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros
contábeis de cada transação pendente.
O plano de recuperação extrajudicial produz efeitos após sua homologação
judicial, prevê o artigo 165 da Lei 11.101/05; todavia, é lícito que estabeleça a
produção de efeitos anteriores à homologação, desde que exclusivamente em
relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos credores
signatários. Nesta hipótese, caso o plano seja posteriormente rejeitado pelo juiz,
devolve-se aos credores signatários o direito de exigir seus créditos nas condições
originais, deduzidos os valores efetivamente pagos.
5 HOMOLOGAÇÃO
Distribuído o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial,
ordinário (artigos 161 e 162) ou extraordinário (artigo 163), o juiz que o receber
ordenará a publicação de edital no órgão oficial e em jornal de grande circulação
nacional ou das localidades da sede e das filiais do devedor, convocando todos os
credores do devedor para apresentação de suas impugnações ao plano de
recuperação extrajudicial. Não bastará essa cientificação ficta, por meio do edital.
Deverá o devedor comprovar, ainda, o envio de carta a todos os credores sujeitos
ao plano, domiciliados ou sediados no país, no prazo do edital, informando a
distribuição do pedido, as condições do plano e prazo para impugnação. Essa
comprovação, demandada pelo § 1º do artigo 164, também da Lei 11.101/05,
traduz-se na expedição de carta registrada com aviso de recebimento (AR),
documento fornecido pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), que será
juntado aos autos.
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/23
Os credores terão, segundo previsão do § 2º do artigo 164, prazo de 30 dias,
contado da publicação do edital, para objetarem-se ao plano, juntando a prova de
seu crédito. Para opor-se, em sua manifestação, à homologação do plano, os
credores somente poderão alegar:
1. não preenchimento do percentual mínimo previsto de 3/5 de todos os créditos
de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação;
2. prática de quaisquer atos de falência, previstos no artigo 94, III, da Lei
11.101/05, bem como prática de atos praticados com a intenção de prejudicar
credores, em conluio fraudulento com terceiro que contrata com o devedor; e
3. descumprimento de qualquer outra exigência legal, incluindo os requisitos
acima listados, além de requisitos processuais.
Se for apresentada alguma objeção, será aberta vista de cinco dias para que o
devedor sobre ela se manifeste, findo o que os autos serão conclusos
imediatamente ao juiz para apreciação de eventuais impugnações e decidirá, no
prazo de cinco dias, assinalado pelo § 5º do artigo 164, acerca do plano de
recuperação extrajudicial, homologando-o por sentença se entender que não
implica prática de atos com a intenção de prejudicar credores, em conluio
fraudulento com os devedores que aderiram ao plano, bem como que não há
outras irregularidades que recomendem sua rejeição. Obviamente, fazendo-se
necessária a instrução probatória, em lugar dessa pronta sentença, no prazo de
cinco dias, o juiz dará início à instrução, deferindo as provas que julgar
necessárias para a solução do litígio. Havendo prova de simulação de créditos ou
vício de representação dos credores que subscreverem o plano, a sua
homologação será indeferida.
Da sentença que homologa, bem como daquela que indefere o pedido de
homologação do plano de recuperaçãoextrajudicial, cabe apelação sem efeito
suspensivo, como prevê o artigo 164, § 7º, da Lei 11.101/05. De qualquer sorte, é
preciso estar atento para o fato de que o indeferimento do pedido de homologação
de plano de recuperação extrajudicial não tem por consequência necessária a
falência do empresário ou sociedade empresária, ao contrário do que se passa
com a ação de recuperação judicial, nos termos do artigo 56, § 4º, da mesma lei.
Aliás, segundo o § 8º do seu artigo 164, na hipótese de não homologação do
plano o devedor poderá, cumpridas as formalidades, apresentar novo pedido de
homologação de plano de recuperação extrajudicial.
Exceção a essa regra será a defesa fundada na prática de atos falimentares, na
forma do artigo 164, § 3º, II, da Lei 11.101/05. Reconhecido que foram praticados
atos falimentares – previstos, reitero, no artigo 94, III, da Lei 11.101/05, a
decisão que indefere a homologação da recuperação judicial deverá decretar a
falência do devedor, sendo de todo inadmissível haver decisão, transitada em
julgado, de que tenha sido praticado ato capitulado como presunção iure et de
iuris de falência, sem que a quebra seja decretada como decorrência necessária.
 
Exercício 1:
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Madeireira Juína Ltda. requereu a homologação de plano de recuperação
extrajudicial em Juara/MT, lugar de seu principal estabelecimento. Após o pedido
de homologação e antes da publicação do edital para apresentação de
impugnação ao plano, um dos credores com privilégio geral que haviam assinado
o plano pretende desistir unilateralmente da adesão. Tal credor possui um terço
dos créditos de sua classe submetidos ao plano.
Com relação ao credor com privilégio geral, após a distribuição do pedido de
homologação, assinale a afirmativa correta.
A)
Não poderá desistir da adesão ao plano, mesmo com a anuência expressa dos
demais signatários.
B)
Poderá desistir da adesão em razão da natureza contratual do plano, que permite,
a qualquer tempo, sua denúncia.
C)
Não poderá desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos
demais signatários.
D)
Poderá desistir da adesão ao plano, desde que seja titular de mais de 1/4 do total
dos créditos de sua classe.
E)
n.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 2:
Você participou da elaboração, apresentação e negociação do plano de
recuperação extrajudicial de devedor sociedade empresária. Tendo sido o plano
assinado por todos os credores por ele atingidos, seu cliente o contratou para
requerer a homologação judicial.
Assinale a opção que indica o juízo em que deverá ser apresentado o pedido de
homologação do plano de recuperação extrajudicial.
A)
O juízo da sede do devedor.
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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B)
O juízo do principal estabelecimento do devedor.
C)
O juízo da sede ou de qualquer filial do devedor.
D)
O juízo do principal estabelecimento ou da sede do devedor.
E)
n.d.a
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
Indústria de Celulose Três Rios Ltda. requereu homologação de plano de
recuperação extrajudicial no lugar do seu principal estabelecimento. No plano de
recuperação apresentado há um crédito quirografário em moeda estrangeira, com
pagamento segundo a variação cambial do euro. Foi prevista ainda pelo devedor a
supressão da variação cambial pela substituição da moeda euro pelo real. O plano
foi aprovado por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de
cada classe, mas Licínio, o credor titular deste crédito, não o assinou.
De acordo com as disposições legais para homologação da recuperação
extrajudicial, assinale a afirmativa correta.
A)
O plano pode ser homologado porque, mesmo sem a assinatura de Licínio, houve
aprovação por credores que titularizam mais de três quintos dos créditos de cada
classe.
B)
O plano não pode ser homologado porque, diante da supressão da variação
cambial, o credor Licínio pode vetar sua aprovação, qualquer que seja o quórum
de aprovação.
C)
O plano pode ser homologado porque o consentimento expresso de Licínio só é
exigido para os créditos com garantia real, não se aplicando a exigência aos
créditos quirografários.
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D)
O plano não pode ser homologado por não ter atingido o quórum mínimo de
aprovação, independentemente da supressão da cláusula de variação cambial.
E)
n.d.a
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 4:
A sociedade empresária Monte Santo Embalagens Ltda. EPP requereu
homologação de plano de recuperação extrajudicial, que continha, dentre outras,
as seguintes disposições:
i) estabelecia a produção de efeitos a partir da data de sua assinatura,
exclusivamente em relação à modificação do valor de créditos dos credores
signatários;
ii) o pagamento antecipado de dívidas em relação aos credores com privilégio
especial, justificando a necessidade em razão do fluxo de caixa;
iii) a inclusão de credores enquadrados como microempresas e empresas de
pequeno porte;
v) previa, como meio de recuperação, o trespasse de duas filiais.
O devedor enviou carta a todos os credores sujeitos ao plano, domiciliados ou
sediados no país, informando a distribuição do pedido, as condições do plano e o
prazo para impugnação. Você, como advogado(a) de um desse credores, pretende
impugnar a homologação porque o plano a ser homologado
A)
só deve incluir, como meio de recuperação, o parcelamento ou abatimento de
dívidas, com a incidência de juros fixos à taxa de 12% (doze por cento) ao ano.
B)
não pode contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento
desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos.
C)
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não pode prever a produção de efeitos anteriores à sua homologação, ainda que
exclusivamente em relação à modificação do valor de créditos dos credores
signatários.
D)
não pode incluir credores enquadrados como empresas de pequeno porte, porque
está limitado às classes de credores com garantia real, com privilégio geral,
quirografários e sub-quirografários.
E)
n.d.a
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 5:
Em relação aos institutos da recuperação judicial e extrajudicial das empresas,
dispõe a Lei Falimentar:
A)
O plano de recuperação extrajudicial não poderá contemplar o pagamento
antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não
estejam sujeitos, e, após a distribuição do pedido de homologação, os credores
não poderão desistir da adesão ao plano, salvo se ainda não publicado o edital de
convocação de todos os credores do devedor, para apresentação de suas
impugnações ao plano de recuperação extrajudicial.
B)
Na recuperação extrajudicial, no prazo do edital, deverá o devedor comprovar o
envio de carta a todos os credores sujeitos ao plano, que terão prazo de 30
(trinta) dias, contado da publicação do edital de convocação dos credores do
devedor, para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito, cuja
impugnação, uma vez apresentada, será aberto prazo de 5 (cinco) dias para que o
devedor sobre ela se manifeste.
C)
O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 90 (noventa)
dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador,10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 6 (seis) meses
anteriores ao pedido de recuperação judicial.
D)
No procedimento da recuperação judicial, havendo objeção de qualquer credor ao
plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia geral de credores
para deliberar sobre o plano de recuperação, cuja data não excederá 120 (cento e
vinte) dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial, o
qual será aprovado pelo comitê de credores.
E)
Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, no prazo
de 30 (trinta) dias, requerer a convocação de assembleia geral para a constituição
do Comitê de Credores ou substituição de seus membros, não podendo o devedor
desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu
processamento, salvo se obtiver aprovação por unanimidade do Comitê de
Credores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 6:
Em relação à recuperação judicial e extrajudicial, dispõe a Lei nº 11.101/2005:
A)
A petição inicial de recuperação judicial será instruída com as demonstrações
contábeis relativas aos 5 (cinco) últimos exercícios sociais e as levantadas
especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da
legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de relatório gerencial
relativo ao balanço patrimonial anual.
B)
Estando em termos a documentação exigida que deve instruir a petição inicial, o
juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato,
determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais
enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de extinção do processo sem
julgamento do mérito.
C)
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O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial acarretará
suspensão de direitos, ações ou execuções contra o devedor, bem como a
impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores, mesmo que
não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.
D)
Na recuperação extrajudicial, transcorrido um ano da decisão que não homologou
o plano, o devedor poderá, cumpridas as formalidades, apresentar novo pedido de
homologação de plano de recuperação extrajudicial.
E)
Na recuperação extrajudicial, nos créditos em moeda estrangeira, a variação
cambial só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar
expressamente previsão diversa no plano de recuperação extrajudicial.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 7:
Dispõe a Lei n. 11.101/2005, sobre a recuperação judicial, que:
A)
o plano de recuperação judicial aprovado e homologado implica novação de todos
os créditos constituídos até a data da homologação.
B)
o deferimento da recuperação judicial não afasta o devedor ou seu administrador
da posse e da gestão da empresa.
 
C)
a alienação pelo devedor em recuperação de bem objeto de garantia real, a
supressão da garantia ou sua substituição serão admitidas mesmo sem expressa
concordância do respectivo credor.
D)
distribuindo o pedido de recuperação judicial, o devedor não pode alienar ou
onerar bens ou direitos de seu ativo permanente, salvo evidente utilidade
reconhecida pelo administrador judicial.
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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E)
o devedor em recuperação deve ostentar em seu nome empresarial a expressão
“em recuperação judicial” desde a propositura da ação até a homologação do
plano de recuperação aprovado pelos credores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 8:
O devedor poderá requerer a homologação do plano de recuperação extrajudicial
que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por
credores que representem mais de
A)
3/4 (três quartos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos.
B)
3/5 (três quintos) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos.
C)
metade de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos.
D)
2/3 (dois terços) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos.
E)
n.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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Exercício 9:
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Acerca do procedimento penal estabelecido na Lei n.º 11.101/2005, que dispõe
sobre a recuperação judicial e extrajudicial e sobre a falência do empresário e da
sociedade empresária, assinale a opção correta.
A)
Por se tratar de legislação especial, as disposições do CPP não são aplicadas
subsidiariamente nas hipóteses de procedimento penal previstas na lei em
questão.
B)
As ações penais relativas aos crimes previstos na lei em apreço devem ser
distribuídas por sorteio entre as varas de execuções penais da jurisdição.
C)
As ações penais relativas aos crimes previstos na lei em pauta são de natureza
pública condicionada.
D)
O MP, verificando a ocorrência de qualquer crime previsto na referida lei,
promoverá a competente ação penal.
E)
Decorrido o prazo legal sem que o representante do MP ofereça denúncia quanto
aos crimes previstos na lei em tela, o procedimento será arquivado.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 10:
Luiz é sócio da sociedade Papéis Fechados Ltda. que se encontra altamente
endividada. Por essa razão, a referida sociedade terá dificuldades para negociar
com os credores e os seus funcionários.
Com relação à recuperação extrajudicial, considere os créditos a seguir:
I - Quirografário;
II - Com garantia real;
III - Subordinado;
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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IV - Trabalhista;
V - Tributário.
Os créditos que NÃO podem ser objeto da recuperação extrajudicial da Papéis
Fechados Ltda. são somente:
A)
I e II;
B)
III;
C)
II e III;
D)
III e IV;
E)
IV e V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 11:
Acerca da recuperação extrajudicial de empresas, é correto afirmar que
A)
é possível a homologação do plano de recuperação extrajudicial ainda que
pendente pedido de recuperação judicial anterior.
B)
só é admitida nos casos em que não for cabível a recuperação judicial.
C)
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a homologação do plano de recuperação extrajudicial depende da adesão unânime
de todos os credores que a ele estejam sujeitos.
D)
não se aplica a titulares de créditos derivados da legislação do trabalho.
E)
os credores não poderão, após a distribuição do pedido de homologação do plano
de recuperação extrajudicial, em nenhuma hipótese, desistir da sua adesão a ele.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Exercício 12:
Acerca da recuperação judicial e da recuperação extrajudicial previstas na nova lei
de Falências, analise as assertivas e assinale a opção correta:
I – Ambos os procedimentos exigem que o devedor apresente plano de
recuperação,o qual somente vinculará os envolvidos se devidamente aprovado
em assembleia geral de credores.
II – Os membros do Comitê de Credores não terão sua remuneração custeada
pelo devedor em recuperação
III – Ambos os procedimentos envolvem a negociação de todos os créditos
oponíveis ao devedor, sendo a recuperação extrajudicial reservada apenas às
microempresas e empresas de pequeno porte.
IV – Não pode ser incluído no plano de recuperação extrajudicial o crédito
trabalhista.
V – Diferentemente do previsto para a recuperação extrajudicial, o pedido de
recuperação judicial poderá acarretar a suspensão de ações e execuções contra o
devedor antes que o plano de recuperação do empresário seja apresentado aos
credores.
A)
Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras.
B)
Apenas as assertivas I, II e IV são verdadeiras.
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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C)
Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras.
D)
Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.
E)
Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 13:
Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,
exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos
seguintes requisitos:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada
em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação
judicial;
III - não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial
com base no plano especial;
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador,
pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Considerando assertivas acima, é correto afirmar que:
A)
Todas as assertivas estão corretas e são cumulativas. 
B)
Todas as assertivas estão corretas e não são cumulativas. 
C)
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Todas as assertivas estão incorretas e não são cumulativas. 
D)
Todas as assertivas estão incorretas e são cumulativas. 
E)
Estão corretas apenas as assertivas I, II e IV, inclusive são cumulativas, no
entanto, a III está incorreta, pois o prazo é de 5 (cinco) anos.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 14:
Quanto à recuperação extrajudicial é correto afirmar:
A)
Não se aplica a titulares de créditos de natureza tributária, derivados da legislação
do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho.
B)
Se aplica a titulares de créditos de natureza tributária, derivados da legislação do
trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho.
C)
Se aplica a titulares de créditos de natureza tributária, mas não aos derivados da
legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho.
D)
Não se aplica a titulares de créditos de natureza tributária, mas se aplica aos
derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho.
E)
Não se aplica a titulares de créditos de natureza tributária, mas se aplica aos
derivados da legislação do trabalho, todavia não aos decorrentes de acidente de
trabalho.
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 15:
Quanto ao plano de recuperação extrajudicial é incorreto afirmar:
A)
O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem
tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos
B)
O plano poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas e tratamento
desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos
C)
O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se estiver
pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial
ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois)
anos.
D)
O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não acarretará
suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de
decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação
extrajudicial.
E)
Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir
da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
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10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Exercício 16:
A sentença de homologação do plano de recuperação extrajudicial constituirá:
A)
Título executivo extrajudicial.
B)
Título executivo extrajudicial ordinário.
C)
Título executivo judicial. 
D)
Título executivo judicial, mas pode ser extrajudicial se o devedor assim desejar. 
E)
Não constituí título executivo extrajudicial ou judicial, é apenas um acordo entre
as partes. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 17:
A sociedade Lindas. com Comércio de Bolsas e Sapatos LTDA EPP, constítuida em
12/12/2012, com capital integralizado em R$ 100,00, apresentou situação de
crise econômico-financeira, em razão de uma pandemia que assolou o mundo, em
2020. Diante deste cenário, as sócias. Maria Flor e Maria Bonita, estam avaliando
a possibilidade de uma recuperação extrajudicial. Sendo assim, é correto afirmar
que: 
A)
Poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação extrajudicial,
juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e condições,
com as assinaturas dos credores que a ele aderiram.
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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B)
Poderá, também, requerer a homologação de plano de recuperação extrajudicial
que obriga a todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por
credores que representem mais de 1/5 (um quinto) de todos os créditos de cada
espécie por ele abrangidos.
C)
Não precisa juntar a exposição da situação patrimonial do devedor.
D)
Não precisa juntar as demonstrações contábeis relativas ao último exercício social
e as levantadas especialmente para instruir o pedido
E)
Não precisa juntar os documentos que comprovem os poderes dos subscritores
para novar ou transigir, relação nominal completa dos credores, com a indicação
do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do
crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a
indicação dos registros contábeis de cada transação pendente.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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Exercício 18:
O plano de recuperação extrajudicial produz efeitos:
A)
Antes da sua homologação judicial. É não lícito, contudo, que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à
homologação, desde que exclusivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos
credores signatários.
B)
Antes da sua homologação judicial, mas é lícito, contudo, que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores
à homologação.
C)
10/03/2024, 18:42 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Após sua homologação judicial. É não é lícito,contudo, que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à
homologação, desde que exclusivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos
credores signatários.
D)
Antes de sua homologação judicial, por isso é extrajudicial.
E)
Após sua homologação judicial. É lícito, contudo, que o plano estabeleça a produção de efeitos anteriores à
homologação, desde que exclusivamente em relação à modificação do valor ou da forma de pagamento dos
credores signatários.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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