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E-book 3_Formadoras do PEI no Brasil_editado (1)

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Prévia do material em texto

Literatura Científica sobre o
Programa de Enriquecimento Instrumental - PEI
Formadoras do PEI
no Brasil
Lindinalva Almeida
Lúcia Regina Schaeppi
Marlene Bitencourt
Rosé Bueno
Rosemary Lopes
Tania Costa Quinto
Teresa Pereira
Tereza Pita
Vania Maia
sobre o PEI,literatura científica
Formadoras do PEI
no Brasil
O conteúdo deste e-book é composto por
extraída de artigos e revistas científicos, 
estudos acadêmicos, livros e sites de referência
do Brasil e de outros países.
Edição e tradução: Aline Bitencourt
Ano: 2023.2
Formadoras do PEI
no Brasil
Dados Internacionais de Catalogação
na Publicação (CIP)
Catalogação na Fonte
Índice
Organização de Pontos ------------------------------------------- 16
Orientação Espacial I --------------------------------------------- 18
Percepção Analítica ---------------------------------------------- 20
Comparações ---------------------------------------------------- 22
Classificações ---------------------------------------------------- 24
Orientação Espacial II -------------------------------------------- 28
Instruções --------------------------------------------------------- 30 
Progressões Numéricas ------------------------------------------- 32
Relações Familiares ---------------------------------------------- 34
Relações Temporais ---------------------------------------------- 36
Relações Transitivas ---------------------------------------------- 38
Silogismos --------------------------------------------------------- 40
Ilustrações -------------------------------------------------------- 26
Desenho de Padrões ---------------------------------------------- 42
Fundamentos Teóricos-Filosóficos para a Construção do
Conhecimento com o PEI ----------------------------------------- 44
Critérios de Mediação em Feuerstein ---------------------------- 46
Intencionalidade/Reciprocidade -------------------------------- 48
Significado ------------------------------------------------------- 50
Transcendência -------------------------------------------------- 52
Sentimento de Competência ------------------------------------- 54
As Formadoras do PEI no Brasil ------------------------------------ 5
Contato ----------------------------------------------------------- 15
Individuação e Diferenciação Psicológica ---------------------- 60
Mediação da Busca de Objetivos e Metas --------------------- 62
Mediação da Busca por Desafio, Novidade, Complexidade --- 64
Mediação da Consciência de Ser uma Entidade Modificável -- 66
Mediação da Alternativa Otimista ------------------------------- 68
Operações Mentais ----------------------------------------------- 72
Funções Cognitivas ----------------------------------------------- 75 
Determinantes Proximais e Distais do Desenvolvimento Cognitivo --- 78
TMCE e Sistema de Crença --------------------------------------- 80
Abordagem Cognitiva para Gestão do Planejamento Estratégico
nas Organizações ------------------------------------------------ 82
PEI para Jovens e Adultos com Deficiência Intelectual em
Reabilitação Profissional ---------------------------------------- 86
Mediação do Sentimento de Pertencer -------------------------- 70
A Importância da TMCE diante do Desenvolvimento da
Neurociência ------------------------------------------------------ 88 
Comportamento de Compartilhar -------------------------------- 58
Autorregulação e Conduta Controlada -------------------------- 56
Contato
Envelhecimento, Alzheimer e as Contribuições do PEI ----------- 90 
A EAM e as Novas Tecnologias ----------------------------------- 92 
A Importância das Aulas Mediadas para Estabelecer Objetivos
para o Ensino/Aprendizagem ----------------------------------- 94 
Esclarecendo 5 Mitos sobre a Aprendizagem ------------------- 96 
Referências
A Implantação do PEI na Indústria ------------------------------- 84
são autorizadas pelo ICELP/Israel 
a realizar cursos de formação em PEI,
divulgando a Teoria da Modificabilidade
Cognitiva Estrutural (TMCE) e a Experiência
de Aprendizagem Mediada (EAM) 
elaborada por Reuven Feuerstein. 
As Formadoras do PEI no Brasil
As Formadoras do PEI no Brasil
- 5-
Lindinalva Almeida
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1998
Bahia / Abrangência nacional
Lúcia Regina Schaeppi
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1999
Bahia / Abrangência nacional
Marlene Bitencourt
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1998
Bahia / Abrangência nacional
Rosé Bueno
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1996
Minas Gerais / Abrangência nacional
EDUCVIDA
https://educvida.com.br/
https://educvida.com.br/
Rosemary Lopes
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1999
Bahia / Abrangência nacional
Tania Costa Quinto
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1996
Bahia / Abrangência nacional
Rio de Janeiro/ Abrangência nacional
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1995
Teresa Pereira
Distrito Federal/ Abrangência nacional
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1996
Tereza Pita
CDIB
https://cdib.com.br/
https://cdib.com.br/
Psicopedagoga
Experiência na Formação em PEI 
desde 1999
Rio de Janeiro/ Abrangência nacional
Vania Maia
Contato
pei.formadorasnobrasil@gmail.com
PEIFormadorasnoBrasil
pei.formadorasbrasil
pei.formadorasnobrasil
As Formadoras do PEI no Brasil
- 15-
https://www.youtube.com/c/PEIFormadorasnoBrasil
https://www.facebook.com/pei.formadorasbrasil
https://www.instagram.com/pei.formadorasnobrasil/
Organização de Pontos
Organização de Pontos é um dos 14 instrumentos que integra o
Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI). Em todos os
exercícios deste instrumento (exceto as 3 últimas páginas), o
mediado se depara com uma nuvem amorfa de pontos as quais deve
discernir formas específicas que são apresentadas em um modelo na
parte superior de cada página. Os exercícios das últimas 3 páginas
usam representatividade da tridimensionalidade.
O aspecto básico da atividade consiste em identificar e traçar,
dentro de uma nuvem amorfa de pontos, uma série de figuras que se
entrecruzam parcialmente, tais como quadrados, triângulos, estrelas
e outras. Nesta nuvem, o mediado deve discernir o padrão e, com um
lápis, traçar os pontos que são exatamente a mesma forma e
tamanho do modelo. Os pontos se tornam cada vez mais juntos,
aumentando progressivamente o grau de dificuldade.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 16-
Organização de Pontos
Projeção de relações virtuais; 
Conservação da constância através das posições das figuras;
Transporte visual do modelo na nuvem de pontos;
Precisão e exatidão; 
Comportamento somativo; 
Planejamento; 
Controle da impulsividade. 
As atividades deste instrumento requerem:
 
Através da Organização de Pontos, o mediado não apenas se torna
consciente de quais processos de pensamento ele está usando, mas
também gosta de aprender a aprender.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de livro de Feuerstein, Reuven,
and Lewin-Benham, Ann. What Learning Looks Like: Mediated
Learning in Theory and Practice, K-6. USA, Teachers College Press,
2012. 
Formadoras do PEI no Brasil
- 17 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Orientação Espacial I
Orientação Espacial I é um instrumento que faz parte do Programa
de Enriquecimento Instrumental – PEI - nível I, de Reuven Feuerstein
cujo objetivo maior é construir representações mentais mais
plásticas, flexíveis, que englobem diversas possibilidades e enfoques
do real, através de um ponto de vista cada vez mais descentrado
(menos egocêntrico), e que abarquem vários pontos de vista.
Mediante tarefas de natureza espacial, exige-se o domínio da
relatividade das relações dos objetosentre si, entendendo que
conceitos espaciais, como direita, esquerda, frente e atrás, mudam
segundo a posição que os objetos assumem no espaço e segundo a
referência escolhida.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 18 -
Orientação Espacial I
Em uma sequência de atividades formalmente estabelecidas, este
instrumento eleva de modo gradativo o nível de abstração (de
desenhos dos objetos a símbolos abstratos), mas mantém uma
constância no grau de complexidade.
A Orientação Espacial I não se sustenta no elemento concreto-
prático. Ao contrário, baseia-se no estabelecimento da organização
espacial através da definição de pontos de referências mutáveis, da
transposição de um ponto de referência para outro, alterando
referências através de diversos pontos de vista.
A orientação espacial permite a mediação da compreensão da
relatividade do conhecimento, bem como permite ao indivíduo
aprender a mudar seu ponto de referência, dependendo da escolha
de seus critérios.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 19 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Percepção Analítica
Percepção Analítica é um dos 4 primeiros instrumentos trabalhados
do Programa de Enriquecimento Instrumental – PEI - nível I,
idealizado por Reuven Feuerstein. É um instrumento fundamentado na
percepção analítica de formas geométricas que objetivam a
organização de estratégias cognitivas.
O instrumento é dividido em unidades, conforme seu manejo em
ativar o processo de análise (seja através do movimento do todo às
partes, seja das partes ao todo), sendo composto de atividades que
exigem a identificação e a análise-síntese como operações mentais
essenciais para a solução das mesmas.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 20 -
Percepção Analítica
Desenvolvimento de estratégias cognitivas para ir além das
informações perceptivas que permitem uma apreensão diferente
dos dados da realidade.
Análise e composição de uma totalidade, fundamentada em
categorias determinadas.
Apreensão do todo quando se compreendem os determinantes
que o organizam, e cada parte é, simultaneamente, expressão e
fundamento da totalidade.
No trabalho, objetiva-se:
Feuerstein salienta a importância da percepção analítica para a
organização do processo interno de pensamento e seu caráter
lógico. O mediador tem grandes possibilidades de promover uma
transformação na relação do mediado com seu meio, alterando todo
o seu padrão cognitivo e enfocando a percepção da realidade.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de Da Ros, Silvia Zanatta.
Pedagogia e mediação em Reuven Feuerstein. Plexus Editora, 2002.
Gomes, Cristiano Mauro Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do
Conhecimento. Artmed, 2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 21 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Comparações
Comparações é um dos 4 instrumentos do Programa de
Enriquecimento Instrumental – PEI - nível I, idealizado por Reuven
Feuerstein que desenvolve a capacidade de encontrar as
semelhanças e diferenças entre 2 ou mais objetos ou acontecimentos
e descrevê-los fundamentados nas mesmas dimensões.
Comparar é uma conduta fundamental para estabelecer relações
que possibilitam o pensamento abstrato. Trabalhar
educacionalmente para enriquecer a habilidade de comparar é
levar o mediado a ir além do simples reconhecimento de diferenças
e semelhanças. Nesta perspectiva, deve-se pensar que a conduta
espontânea pode ser aperfeiçoada para uma conduta comparativa
organizada e instalada de modo cognitivo.
Para Feuerstein, a carência e as dificuldades de conduta
comparativa espontânea provocam uma percepção episódica da
realidade, processo pelo qual as coisas são vistas como isoladas,
separadas. O mediado não procura estabelecer relações e tem
dificuldade em lidar com mais de uma fonte de informação.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 22 -
Comparações
Estabelecer relações de equivalência (semelhança) ou diferenças
entre os fatos, dados ou ideias;
Considerar parâmetros relevantes ao comparar (características
críticas);
Flexibilizar o uso de parâmetros considerando o contexto do que
se compara;
Ir além da comparação realizada pelo reconhecimento e pelas
identificações simples para chegar às relações abstratas que
organizam e contextualizam informações comparadas.
Os objetivos deste Instrumento são:
A conduta comparativa e as relações que dela derivam permitem ao
mediado ir muito além dos aspectos perceptuais do mundo,
alcançando um nível de pensamento que implica inferências e juízos.
Os conceitos devem ser profundamente discutidos. Nessa reflexão, os
pensamentos divergentes são enriquecedores e estimulam a busca
da eficácia da resposta, sempre considerando que o que define a
comparação são os critérios escolhidos.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de De Martins, Ana Maria. A
mediação como princípio educacional: bases teóricas das
abordagens de Reuven Feuerstein. Brasil, Editora Senac São Paulo,
2019.
Da Ros, Silvia Zanatta. Pedagogia e Mediação em Feuerstein. Plexus
Editora, 2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 23 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Classificações
Classificações é um instrumento do Programa de Enriquecimento
Instrumental (PEI), nível I, idealizado por Reuven Feuerstein, voltado
para o exercício das operações lógico-verbais à base de
codificações simbólicas.
Este Instrumento permite estabelecer relações entre conceitos que
incluem categorias extensas, em vez de parear elementos simples. A
capacidade para classificar elementos, coisas e fatos faz com que
as pessoas organizem a realidade externa e interna em classes
criteriosamente agrupadas e ordenadas.
A construção de classes e subclasses, propiciando o desenvolvimento
de operações mentais lógicas e reversíveis, é parte da meta do
instrumento Classificações.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 24 -
Classificações
Criar consistência da importância e da necessidade da
classificação na vida diária;
Utilizar a classificação como forma de reunir e organizar
informações;
Classificar fundamentado em princípios cada vez mais
complexos;
Classificar de acordo com dois ou mais princípios,
simultaneamente.
Os objetivos a serem atingidos são:
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de: Da Ros, Silvia Zanatta.
Pedagogia e mediação em Reuven Feuerstein. Plexus Editora, 2002.
Gomes, Cristiano Mauro Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do
Conhecimento. Artmed, 2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 25 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Ilustrações
Segundo Feuerstein e colaboradores, há uma tendência nas pessoas
com dificuldades de aprendizagem a perceber os fatos e eventos de
forma episódica, aleatória, sem quaisquer relações e conexões.
Ilustrações é um instrumento do Programa de Enriquecimento
Instrumental (PEI), do nível 1, excelente para trabalhar as relações
básicas de causa e efeito, pois apresentam resultados significativos
nas pessoas que mantêm uma relação direta e/ou intuitiva com a
realidade, caracterizada pela sua visão de mundo.
O conteúdo deste instrumento apresenta situaçõesque envolvem
problemas e conflitos com os quais nos deparamos no nosso
cotidiano. E desperta a necessidade de buscar relações causais
entre os fatos para a formação de uma história com coerência e
coesão.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 26 -
Ilustrações
Analisar as ilustrações com a finalidade de definir o problema
apresentado.
Perceber as transformações que ocorrem, discutindo as reações
delas decorrentes.
Transcender a informação obtida das ilustrações para as
situações da vida diária.
A tomada de consciência somente é possível através de pré-
requisitos do pensamento, incluindo a percepção clara e precisa dos
detalhes, o comportamento comparativo e a percepção global das
transformações que ocorrem de um quadro a outro, as quais
compõem a sequência ordenada de uma situação dada. Também,
fomenta a percepção e a definição de problemas e o pensamento
hipotético-inferencial.
O Raciocínio Analógico é por excelência a Operação Mental do
instrumento Ilustrações.
Seus objetivos são:
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de Da Ros, Silvia Zanatta.
Pedagogia e mediação em Reuven Feuerstein. Plexus Editora, 2002.
Gomes, Cristiano Mauro Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do
Conhecimento. Artmed, 2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 27 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Orientação Espacial II
Assim como a Orientação Espacial I, a Orientação Espacial II é um
instrumento do Programa de Instrumental – PEI, nível 1, que
desenvolve o uso de sistemas de referências espaciais. Estes sistemas
são acrescidos de elementos objetivos e universais, aumentando
ainda mais as necessidades de construção de representações
mentais flexíveis e dinâmicas. 
A crescente abstração presente na Orientação Espacial II acontece
por meio da articulação de elementos representados em quadros,
tabelas, gráficos, que, por sua vez, devem ser interpretados,
codificados e decodificados para que a atividade seja solucionada.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 28 -
Orientação Espacial II
Trabalhando com pessoas que sofreram lesão cerebral e
apresentavam dificuldades de percepção e memória, esse
instrumento apresentou-se bastante difícil, principalmente pela
necessidade da construção de imagens mentais complexas.
A representação mental é bem mais requerida, porque as atividades
envolvem a necessidade de construção virtual de dois sistemas de
referência conceituais espaciais, de naturezas diferentes, mas em um
mesmo plano. E requer o uso e a observação de mais de uma fonte
de informação ao mesmo tempo, o que implica, por sua vez, uma
crescente amplitude do campo mental.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI PEI -
Ferramenta que proporciona Flexibilidade Cognitiva no canal do
YouTube PEI Formadoras no Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 29 -
https://www.youtube.com/watch?v=ItUitGVjPn4&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Instruções
Instruções é um dos instrumentos do Programa de Enriquecimento
Instrumental – PEI- nível II, que mais prioriza a modalidade verbal e
figurativa. 
Nesse instrumento, a linguagem verbal é enfatizada como um sistema
útil tanto para a codificação quanto para a decodificação
processual de níveis variados. Desse modo, as atividades acarretam
algumas dificuldades para indivíduos com comprometimento
cognitivo. 
Além dos conceitos de orientação espacial aprendidos em
Orientação Espacial I e II, as atividades do instrumento Instruções
exigem uma análise precisa de toda a informação instrucional, bem
como uma constante confrontação com várias fontes de informações
e o uso de processos hipotético-inferenciais, de modo a se
comprovar diferentes alternativas e a presença de um
comportamento planejado. 
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 30 -
Instruções
Instruções ajuda a desenvolver a habilidade de trabalhar com
enunciados verbais e transformá-los em aspectos figurais menos
abstratos. Nesse sentido, trabalha a transformação para o menos
abstrato, auxiliando eficazmente para as atividades posteriores dos
outros instrumentos que enfocam enunciados abstratos formais e
preparando para realizar ações mentais cada vez mais formais.
Observação: Para participar do curso de Formação em PEI nível II, é
preciso fazer primeiro a Formação em PEI nível I.
Referência: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 31 -
Progressões Numéricas
O instrumento Progressões Numéricas, do Programa de
Enriquecimento Instrumental, PEI - nível II, tem como base a
modalidade numérica, com foco nas relações lógico-formais de
progressão entre os números, onde o mediado deve descobrir as
relações lógicas entre números em uma determinada sequência
numérica.
Por trabalhar com números, muitos mediados apresentam uma
dificuldade extra nas atividades deste Instrumento, seja por uma
barreira emocional, seja por dificuldades mínimas de soma. Mas,
apesar da sua modalidade numérica, Progressões Numéricas não é
orientado para a aprendizagem de habilidades matemáticas. Seu
objetivo principal é o desenvolvimento do pensamento analógico e
lógico-formal.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 32 -
Progressões Numéricas
O código numérico é usado nas progressões porque as relações
numéricas requerem poucos pré-requisitos de leitura e de exigência
verbal-escrita, facilitando o processo de aquisição da lógica formal
por outras modalidades de linguagem.
Por ampliar significativamente a descoberta de regras e o uso de
analogias de um ponto de vista formal, as Progressões Numéricas
têm um efeito extraordinário na correção da função cognitiva
deficiente denominada percepção episódica da realidade.
Referência: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 33 -
Relações Familiares
Relações Familiares é um instrumento do Programa de
Enriquecimento Instrumental, PEI - nível II, que tem o foco no
Raciocínio Lógico. É composto por unidades cujas atividades estão
apresentadas em diferentes modalidades de linguagem. Mas,
principalmente, possuem enunciados e proposições formais, exigindo
alto grau de codificação e decodificação da informação verbal.
A partir de algo conhecido, como a família, se trata de encontrar a
estrutura e os tipos de relações: hierárquicas, horizontais e verticais.
Porém seu objetivo transcende o tema em si e visa ao fomento das
relações lógico-formais, evidentes entre os termos dos enunciados, e
às diferentes possibilidades de categorização do círculo familiar.
Seu objetivo é identificar códigos e conhecer as relações por eles
estabelecidas em uma estrutura hierárquica.
Principais características e qualidades deste Instrumento:
-Verticalidade (hierarquia);
-Horizontalidade (hierarquia);
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 34 -
Relações Familiares
-Papéis;
-Estática/dinâmica;
-Simetria/assimetria;
-Reciprocidade;
-Aberto/fechado.
Implicações e consequências:
-Crescimento/ampliação;
-Qualitativa/quantitativa.
Temporalidade:
Está embutida no crescimento e na ampliação.
As principais funções cognitivas trabalhadas pelo instrumento são: 
-Percepção clara e precisa de elementos simbólicos, signos e
relações; 
-Codificação de informação; 
-Definição exata de um problema; 
-Comparar elementos para estabelecer relações: precisão no uso de
códigos na comunicação de respostas.
Segundo Feuerstein, a capacidade de categorizar é aprendida pela
criança conforme diferentes prismas, determinados pela
diferenciaçãoentre status e função na família. Relações Familiares é
um instrumento que trata dos sistemas de relações conceitualmente
definidos. É o momento do Programa em que será dado o foco ao
estabelecimento e projeção das relações virtuais, contextualizado
num sistema familiar, onde as relações têm nome.
Referências: Texto adaptado a partir de PEI - Centro de
Desenvolvimento da Inteligência e Biofeedback (cdib.com.br) 
Gomes, Cristiano Mauro Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do
Conhecimento. Artmed, 2002.
Formadoras do PEI no Brasil
- 35 -
https://cdib.com.br/
Relações Temporais
O tempo é um dos conceitos mais complexos e abstratos da
experiência humana. Toda relação temporal requer uma
representação mental e requer uma reconstrução interiorizada das
dimensões do tempo.
O Instrumento de Relações Temporais, do nível II do Programa de
Enriquecimento Instrumental – PEI, é bastante rico para mediar
relações lógicas de causa e efeito, relações lógicas de quantidade,
fomentar a construção de conceitos de referência (espaço-
temporais) e estimular a produção quantitativa/métrica da
realidade.
Esse instrumento é utilizado com o objetivo fundamental de
desenvolver no mediado a interiorização e o uso de conceitos
temporais para que ele possa organizar, ordenar e dar significados
às suas experiências pessoais (e às dos outros, respectivamente), bem
como se localizar, enquanto sujeito, no tempo-espaço subjetivo e
objetivo.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 36 -
Relações Temporais
Um dos objetivos mais relevantes do Instrumento Relações Temporais
é comparar o tempo absoluto (cronológico) com o tempo relativo.
Relações temporais ensina conceitos e sistemas de referência pelos
quais o mediado pode entender o tempo como um objeto e uma
dimensão. Do conceito inicial como um intervalo estável mensurável,
o foco é expandido para incluir a realidade do futuro, passado e
presente, e o fluxo unidirecional e irreversível de um tempo para
outro. Respostas divergentes e alternativas de exploração são
encorajadas.
Referências: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Feuerstein, Reuven; Rand, Ya’acov & Rynders, John E. Don’t Accept Me
as I Am Helping “Retarded” People to Excel Po , 2013.
Formadoras do PEI no Brasil
- 37-
Relações Transitivas
O instrumento de Relações Transitivas do Programa de
Enriquecimento Instrumental – PEI - nível II, é constituído por
atividades que requerem e promovem o pensamento lógico formal
através de enunciados verbais. Promove a construção de novas
relações a partir das relações existentes entre objetos ou eventos,
utilizando conceitos.
Relações Transitivas apresenta um alto grau de complexidade
lógico-formal e de pensamento abstrato, fundamentando-se em
funções cognitivas desenvolvidas e internalizadas através dos
instrumentos anteriores. 
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
- 38 -
Relações Transitivas
Identificar se há condições de transitividade;
Codificar e decodificar a informação usando os símbolos
apropriados;
Identificar as relações recíprocas para manter as condições de
transitividade;
Codificar as informações fornecidas;
Analisar e ver a possibilidade de transferir as relações entre
membros de um conjunto ordenado, quando há um membro
comum;
Identificar e ter compreensão do conceito de igualdade;
Codificar as afirmações apresentadas de forma verbal, numérica,
escrita, pictórica e simbólica;
Identificar as conclusões de acordo com a relação desconhecida
entre 2 membros de um conjunto ordenado;
Classificar os itens de forma que se reúnem as condições para a
transferência de relações
Identificar as relações transitivas, intransitivas e não transitivas;
Analisar as relações entre os itens para determinar se são ou não
transitivas;
Identificar para chegar a conclusões fundamentadas na
transitividade.
Podemos destacar os objetivos deste Instrumento:
Referências: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Fundação Luis Eduardo Magalhães. Programa de Enriquecimento
Instrumental - PEI, Salvador, 2006.
Formadoras do PEI no Brasil
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Silogismos
O instrumento Silogismos, do Programa de Enriquecimento
Instrumental, PEI - nível II, desenvolve uma lógica proposicional
formal. A lógica formal é uma poderosa ferramenta psicológica e
mobiliza a forma como o mediado interpreta os dados do mundo e
os conhecimentos já estruturados. 
Este Instrumento apresenta unidades bastante estruturadas, seja do
ponto de vista dos conteúdos, seja em relação aos objetivos
específicos. Através do pensamento formal, o mediado aprende a
analisar os conteúdos abstratos, podendo extrair das produções
simbólicas humanas uma maior profundidade.
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Silogismos
Identificar e utilizar os processos de raciocínio dedutivo e
indutivo;
Analisar e tirar conclusões fundamentadas na apresentação
abstrata das relações entre conjuntos;
Inferir logicamente para tirar conclusões em atividades que se
tornam cada vez mais abstratas;
Utilizar o raciocínio silogístico para tirar conclusões logicamente
verdadeiras;
Analisar para comprovar o domínio dos conceitos das relações
intra e inter.
Os principais objetivos do Instrumento Silogismos são:
Referências: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Fundação Luis Eduardo Magalhães. Programa de Enriquecimento
Instrumental - PEI, Salvador, 2006.
Formadoras do PEI no Brasil
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Desenho de Padrões
Codificar padrões com o intuito de aplicar em novas situações;
Identificar as regras por meio das quais os desenhos são
construídos;
Projetar relações virtuais para completar partes do desenho;
Projetar relações virtuais para ter eficácia no transporte visual;
Comparar e levantar hipóteses.
Desenho de Padrões é o décimo quarto instrumento do Programa de
Enriquecimento Instrumental –PEI, do nível II, e a realização das suas
atividades requer o uso dos pré-requisitos cognitivos funcionais e
operacionais aprendidos em todos os instrumentos anteriores que
compõem o programa de Feuerstein.
Os principais objetivos deste Instrumento são:
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Desenho de Padrões
Assim, com Desenho de Padrões, concluímos a abordagem sobre os
Instrumentos do PEI, nível I e nível II, apresentando a fundamentação
da Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural – TMCE, e da
Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM). 
Através da aplicação dos Instrumentos no curso de Formação, o
profissional realizará a práxis.
Referências: Texto adaptado a partir de Gomes, Cristiano Mauro
Assis. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed,
2002.
Fundação Luis Eduardo Magalhães. Programa de Enriquecimento
Instrumental - PEI, Salvador, 2006.
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Fundamentos Teóricos-
Filosóficos para a Construção 
do Conhecimento com o PEI
O homem, ele próprio, produz-se como ser modificável. A
modificabilidade não é um dom que se produz na simples
interação do indivíduo com o meio sociocultural. 
É direito do “deficiente” modificar-se; 
É um compromisso dos profissionais da Educação,
especificamente, e da sociedade em geral, garantir esse direito
inalienável. 
Diante das experiências pedagógicas à luz dos ensinamentos do
Programa de Enriquecimento Instrumental - PEI, de Reuven Feuerstein,
podemos citar alguns fundamentos teórico-filosóficos: 
Literatura científica sobre o PEI
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Fundamentos Teóricos-Filosóficos para a Construção do Conhecimento com o PEI
A relação homem/mundo é mediada pela cultura e, dessa
maneira, é a própria cultura que precisa empunhar a bandeira
do “não me aceite como eu sou”. 
Mesmo que a autonomia do indivíduo seja considerada algo
relativo (uma vez que homem e relaçõessociais interagem
dialeticamente), é preciso não a perder de vista. 
"Não me aceite como eu sou” é um dos pensamentos do PEI. É a
frase chave para a modificação, preconizada por Reuven
Feuerstein, mostrando que tanto o mediado quanto o mediador se
comprometem com a possibilidade da modificabilidade. 
.
Referência: Texto adaptado a partir de Da Ros, Silvia Zanatta.
Pedagogia e mediação em Reuven Feuerstein. Plexus Editora, pád.
119-120, 2002. 
.
Formadoras do PEI no Brasil
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Critérios de Mediação
em Feuerstein em Feuerstein
O desenvolvimento estrutural cognitivo é o produto da interação
mediada. Segundo Reuven Feuerstein, a fase de entrada é
trabalhada pelo mediador através das perguntas de mediação para
que a elaboração feita pelo mediado seja de boa qualidade. O
mediador também está presente entre o processo de elaboração e
saída. Com as perguntas de mediação feitas pelo mediador, as
respostas do mediado serão precisas e exatas, obtendo um
comportamento planejado e evitando o comportamento impulsivo.
O objetivo básico da Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM)
é a aquisição das funções estratégicas cognitivas essenciais, ou seja,
o processo de aprender como se aprende. Para isso, foram
desenvolvidos os Critérios de Mediação, que são formas concretas
de interação que orientará a conduta do mediador.
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Critérios de Mediação em Feuerstein
São 12 os Critérios de Mediação. Dentre estes 12, há os Critérios
Universais que devem estar presentes durante todo o processo de
mediação de qualquer tipo de conhecimento para que a interação
seja de fato caracterizada como uma mediação e não apenas uma
intervenção. Os demais são Critérios de Mediação Particulares para
a diversidade humana, construindo atitudes positivas em relação ao
processo de ensino-aprendizagem.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referência: Critérios de Mediação em Feuerstein - live disponível no
YouTube e página do Facebook das Formadoras do PEI no Brasil,
apresentada pelas Formadoras do PEI Lúcia Regina Schaeppi e
Vânia Maia. 25 de abril de 2021.
Formadoras do PEI no Brasil
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https://www.youtube.com/watch?v=QNjqYBLZ3iw&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Intencionalidade
/Reciprocidade
A mediação internaliza algumas características especiais,
destacadas por Reuven Feuerstein em sua Teoria da
Modificabilidade Cognitiva Estrutural (TMCE). Dentre as
características por ele apontadas, estão presentes em todo ato
mediado a intencionalidade/reciprocidade.
Intencionalidade/Reciprocidade é um Critério de Mediação que
visa provocar curiosidade e obter respostas. O mediador apresenta
a atividade, de maneira motivacional e desafiadora, para atrair
curiosidade e expectativa do mediado. Compartilha a intenção da
atividade. Utiliza linguagem apropriada para apresentar o conteúdo
e os objetivos da ação. A intencionalidade cria dissonância para
despertar no mediado a necessidade de mediar conceitos que
revelem aprendizagem.
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Intencionalidade/Reciprocidade
É importante notar que o mediado se torna mediador quando
consegue descrever e explicar a aprendizagem construída enquanto
trabalho. Além disso, o mediador contribui para que o mediado
aprenda a organizar a informação, lidar com diferentes fontes,
sintetizar, buscar a evidência lógica, comparar, analisar e
comunicar-se.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de De Carvalho, Luzia Alves.
Gestão do Conhecimento: Uma Proposta de Aprendizagem
Mediada. Perspectivas Online: Humanas & Sociais Aplicadas, v. 2, n.
5, 2012.
Esquema adaptado de Almeida, Willa Nayana Corrêa; Da Silva
Malheiro, João Manoel. A aprendizagem mediada de Reuven
Feuerstein: uma revisão teórico-conceitual dos critérios de
mediação. Revista Cocar, v. 14, n. 30, 2020.
Formadoras do PEI no Brasil
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https://www.youtube.com/watch?v=QNjqYBLZ3iw&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Significado
“Olhe que linda flor, repare nos seus contornos, olhe para os detalhes
das pétalas e as diferenças de cor!”.
O conteúdo apresentado refere-se não apenas à informação sobre
a flor, mas também evoca no receptor uma transformação no modo
de perceber a realidade, através de uma observação mais precisa e
detalhada, de uma atenção dirigida, de uma intenção de análise, de
fatores imbricados em um envolvimento motivacional e na construção
de um significado.
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Significado
O Significado é um dos critérios fundamentais e universais para que
uma interação adquira o estatuto de Experiência de Aprendizagem
Mediada – EAM – idealizada por Reuven Feuerstein. Reside toda a
intenção mediada de valores, atitudes culturais e pessoais do
mediador para com o mediado. É o fator da interação que mais
mobiliza o aspecto afetivo, envolvendo toda a crença de mundo do
mediador e do mediado: as expectativas e os valores, os ideais e os
laços sociais de uma comunidade, de um grupo, de uma nação.
O mediador deve apresentar seus significados para o mediado,
inclusive para que ele possa elaborar novos significados e novas
possibilidades, generalizando e transcendendo. Interagir com
significado significa trocar experiências, vivências e sentimentos que
ultrapassam o nível do fenômeno concreto. Significa que, geração
após geração, os seres humanos irão compartilhar e terão uma certa
identificação sobre o que é certo e o que é errado, estabelecendo
um senso comum, um senso estético e ético.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Texto adaptado de Gomes, Cristiano Mauro Assis.
Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Artmed, 2002.
Esquema adaptado de Almeida, Willa Nayana Corrêa; Da Silva
Malheiro, João Manoel. A aprendizagem mediada de Reuven
Feuerstein: uma revisão teórico-conceitual dos critérios de
mediação. Revista Cocar, v. 14, n. 30, 2020.
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https://www.youtube.com/watch?v=QNjqYBLZ3iw&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Transcendência
Transcendência é um critério de mediação universal idealizado por
Reuven Feuerstein que significa que algo vai além. O mediado
conecta o que ele está fazendo agora com algo que ele se lembra
ou algo que imagina.
A mediação para a transcendência é um meio natural de
generalizar, de transferir o que se aprende para diferentes situações
que estão de alguma forma conectadas, mas em um lugar, tempo ou
conteúdo totalmente diferentes.
Assim, além do que está incluído na interação, o mediador apresenta
algo que prepara o mediado para um maior desenvolvimento,
expectativas, outras necessidades, hábitos e desejos. Essa é a parte
mais humanizadora da mediação.
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Transcendência
O mediador que apenas diz “faça porque eu digo”, desumaniza o
mediado, impede a curiosidade e prepara o cenário para lutas de
poder ou aquiescência passiva, duas condições que descartam o
espírito, a capacidade intelectual e a motivação para aprender.
O objetivo da transcendência pode ser o próprio ímpeto de que o
mediado precisa para não desistir, para perseverar agora. A
transcendência conecta a vida de uma pessoa a um passado e a um
futuro.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir do livro: Feuerstein, Reuven;
Lewin-Benham, Ann. What learning looks like: Mediated learning in
theory and practice, K-6. Teachers College Press, 2012.
Esquema adaptado de Almeida, Willa Nayana Corrêa; Da Silva
Malheiro, João Manoel. A aprendizagemmediada de Reuven
Feuerstein: uma revisão teórico-conceitual dos critérios de
mediação. Revista Cocar, v. 14, n. 30, 2020.
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Sentimento de
Competência
A Mediação do Sentimento de Competência faz parte dos Critérios
de Mediação desenvolvidos por Reuven Feuerstein e podem ou
devem ocorrer no momento de uma Experiência de Aprendizagem
Mediada. 
Quando é dado ao mediado um feedback sobre as habilidades e
realizações que estão dentro do seu próprio repertório, se
desenvolve a mediação do sentimento de competência. A
enunciação verbal do que está sendo vivenciado, usando estratégias,
como elogios verbais, gestos afirmativos ou palmas - cria um sentido
interno (implícito) de competência.
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Sentimento de Competência
Ao apresentar ao mediado uma crença positiva em sua capacidade,
relativa à conscientização do que ele já produz de forma
competente ou do que ele possa vir a produzir, o mediador tem uma
grande oportunidade para mediar o sentimento de competência,
inclusive quando este potencial cognitivo está latente. 
Sentir-se competente gera autoconfiança, motivação para tentar e
determinação para perseverar mesmo com uma história prévia de
fracasso. O mediado desenvolve uma consciência metacognitiva, ou
seja, tem consciência de seus processos ou ferramentas internas, das
estratégias mentais que poderão ser acionadas na resolução de
problemas, na aprendizagem de novos conteúdos formais e
informais, no enfrentamento de desafios e necessidades da vida. 
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de Feuerstein, Reuven et al. A
think-aloud and talk-aloud approach to building language:
Overcoming disability, delay, and deficiency. Teachers College Press,
2015.
Texto adaptado de Gomes, Cristiano Mauro Assis. Feuerstein e a
Construção Mediada do Conhecimento. Artmed, 2002.
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Autorregulação e
Conduta Controlada
Autorregulação e Conduta Controlada é um dos primeiros Critérios
de Mediação idealizados por Reuven Feuerstein que deve ser
mediado.
A regulação do comportamento está voltada para duas direções:
A primeira direção é para o controle da impulsividade. Quando há
qualquer tipo de estímulo, a tendência é responder a ele
imediatamente. Mas é necessário ter um tempo para pensar, para
verificar se existem todos os dados necessários para responder
adequadamente. A regulação do comportamento deve ser, portanto,
um ato voluntário, fruto da decisão de suspender a resposta até ter
analisado a situação a qual está sendo exposta.
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Autorregulação e Conduta Controlada
Mas a regulação do comportamento também tem uma segunda
direção contrastante: há situações que exigem uma resposta
acelerada, uma ação rápida. Às vezes, uma ação rápida pode ser
necessária em situações de emergência ou situações que exigem
resposta imediata. Nessas condições, a regulação do
comportamento toma um rumo diferente, incentivando reações
rápidas e oportunas para ajudar aqueles que estão apáticos a
reagir.
A regulação do comportamento é, portanto, um resultado da
capacidade do indivíduo de impor o pensamento às ações -
examinar a si mesmo, avaliar a situação e decidir como e quando
reagir.
Para regular o comportamento do mediado, o mediador deve atuar
em duas etapas: na primeira, apresenta ao mediado a capacidade
de empregar as funções cognitivas que permitirão a execução das
ações necessárias para tomar uma decisão sobre a forma de
responder.
Na segunda etapa, o mediador deve considerar o insight que o
mediado obteve em relação ao processo de planejamento
fundamentado na avaliação da situação. O mediador deve
considerar os dados e seu significado, a resposta específica que foi
planejada e, se a resposta for realizada, possibilita a capacidade
de decidir como, onde, quando e de que maneira implementar.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de Feuerstein, Reuven;
Feuerstein, Refael; Falik, Louis H. Beyond smarter: Mediated learning
and the brain's capacity for change. Teachers College Press, 2015.
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Comportamento
de Compartilhar
Em nosso mundo, no qual existem muitas situações de alienação
social, onde o individualismo é crescentemente valorizado e é, muitas
vezes, extremo, a habilidade de compartilhar experiências com
outros seres humanos e participar de suas experiências é necessário
e desejável.
A interação mediada do comportamento de compartilhar é um
Critério de Mediação idealizado de Reuven Feuerstein, idealizado
para restaurar em nós a prontidão e habilidade de fazer contato e
chegar a um encontro com outros seres humanos, e aumentar em nós
a habilidade de ficar próximo um do outro, nos ajustarmos um ao
outro, ganhar insight e suporte um do outro, e criar harmonia entre
nossas experiências um com o outro.
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Comportamento de Compartilhar
Em nossos dias, sobretudo com a pandemia de covid-19 pela qual
estamos passando, a necessidade e prontidão para compartilhar
com os outros as nossas experiências e participar das experiências
dos outros é uma necessidade de adaptação. O valor educacional
da mediação do compartilhar não se limita ao espaço emocional,
mas há nela o potencial de enriquecer o tesouro de comportamentos
mentais e cognitivos de uma pessoa.
A mediação do comportamento de compartilhar também tem duas
direções. O mediado, que está recebendo o que o mediador
compartilha, participa no que é significativo para o mediador,
confirmando sua experiência. E o mediador se ouve compartilhando
sua experiência para outros, reforçando o significado e integridade
da sua experiência.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de Feuerstein, Reuven;
Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da inteligência:
aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro.
Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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Individuação e
Diferenciação Psicológica
A mediação da individuação e diferenciação psicológica do
indivíduo com relação ao outro é um dos Critérios de Mediação em
Feuerstein. Aparentemente, este critério poderia ser o oposto do
Comportamento de Compartilhar. 
O que em primeira reflexão parece paradoxal, na verdade, é
complementar no ser humano. Hoje uma pessoa que se adapta
precisa ser ativada por estes dois critérios juntos, ou seja, é preciso
ser você mesmo enquanto também é parceiro de outros. A mediação
da individuação encoraja a autonomia e a independência do
mediado em relação aos outros, valorizando as diferenças
individuais. Contudo, este critério deve ser equilibrado com a
mediação do comportamento de compartilhar.
Literatura científica sobre o PEI
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Individuação e Diferenciação Psicológica
A individuação e diferenciação psicológica podem ser desenvolvidas
por um processo de mediação que é precedido e acompanhado
pela mediação do comportamento de compartilhar e envolvimento
emocional junto com a mediação de significado, de
intencionalidade/reciprocidade e de transcendência - condições
núcleo para a Experiência de Aprendizagem Mediada - EAM.
A mediação de individuação é essencial para permitir quea pessoa
desempenhe papéis básicos na sociedade. Representa a
importância de construir no ser humano um sentimento de
individuação, de ser uma entidade separada, com o direito de
pensar e expressar-se de uma forma diferente dos outros,
estabelecendo limites no meio ambiente entre ele e os outros.
O mediador que está consciente de enfatizar a diversidade do
mediado em termos de suas experiências de vida, representa uma
condição importante para um processo adequado de individuação.
A mediação que procura e valoriza diferenças entre indivíduos e seus
comportamentos únicos leva à formação de uma autopercepção
distinta e aceitável com relação a outros.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de Feuerstein, Reuven;
Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da inteligência:
aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro.
Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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Mediação da Busca
de Objetivos e Metas
A presença de um objetivo no repertório mental de um indivíduo
reflete o início de uma modalidade representacional (abstrata) de
pensamento que permite antecipar resultados, projetando a vida
também no plano do futuro. A possibilidade de viver e experimentar
não o que existe, mas o que é desejável, no potencial, e a habilidade
de colocar objetivos que estão situados à distância, é o que faz o ser
humano usar formas abstratas de pensamento, a imaginação, na
representação do que ainda não existe.
A mediação da busca de objetivo e metas é um Critério de
Mediação idealizado por Reuven Feuerstein, cujo objetivo é mediar
o indivíduo para explicitar seus objetivos e analisar os meios que
serão utilizados para alcançá-los. Reuven Feuerstein afirma que os
indivíduos que não desenvolvem esse comportamento de busca,
estabelecimento e realização de metas acabam vivendo em busca
do imediatismo do dia-a-dia, sem conseguir controlar sua
impulsividade pela satisfação imediata. 
.
Literatura científica sobre o PEI
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Mediação da Busca de Objetivos e Metas
Atualmente há muitos profissionais que abordam a falta de valores
dos jovens, a falta de objetivos na vida e caráter “descartável” de
seus compromissos e ações. A forma de lhes apresentar o sentido da
vida e dos valores humanos inerentes ao relacionamento mais
profundo pode estar na mediação da busca de objetivos desde
cedo, já na adolescência, para que eles possam escolher valores que
transcendam suas necessidades imediatas, lhes permitindo níveis
mais altos de funcionamento.
O mediador apresenta ao mediado uma variedade de potenciais
objetivos, muitos dos quais aumentam a esfera de consciência do
mediado com relação ao que é possível, desejável e alcançável.
Subsequentemente, esse processo tem uma função extremamente
importante na estruturação de operações mentais mais altas, que
caracterizam a inteligência humana. O mediador tem um papel
muito importante de promover nos mediados uma visão de futuro que
está por vir.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de Andriola, W. B. Evaluation of
the quality of teaching mediation in a university environment. Rev.
Diálogo Educacional, v. 21, n. 68, 2021.
Feuerstein, Reuven; Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da
inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança
do cérebro. Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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Mediação da Busca por
Desafio, Novidade,
Complexidade
A modificabilidade do indivíduo depende dos processos cognitivos,
sua capacidade de aprender com experiências formais e informais e
sua disposição ou prontidão para se adaptar a situações de vida
mais novas e complexas.
No mundo moderno, com as mudanças rápidas e agudas que são
partes inseparáveis dele, uma pessoa terá dificuldade em se adaptar
se não cumprir os desafios do novo e do não familiar. Por sua vez,
cumprir um desafio significa estar pronto para se envolver não
apenas na área familiar na qual se está acostumado, mas também
em áreas de atividades mais novas e complexas.
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Mediação da Busca por Desafio, Novidade, Complexidade
A mediação do comportamento desafiador é um dos Critérios de
Mediação em Feuerstein que deve representar um objetivo em todos
os programas que buscam aumentar a adaptabilidade do indivíduo
para as mudanças e complexidades do nosso mundo. A interação da
Experiência de Aprendizagem Mediada – EAM – tem função
importante nesta realização.
Pesquisas mostram que as experiências de aprendizagem devem ser
novas e desafiadoras para estimular a plasticidade cerebral. Se tudo
o que se faz é repetir tarefas familiares, o aprendizado não
progredirá ou não será elaborado apropriadamente. 
Diferenças observadas nas reações de indivíduos a novas situações e
demandas apresentam desafios do familiar, e podem ser mediados
com grande efeito para encorajar a curiosidade, aceitação e
eventual expansão no repertório de experiências do mediado, que
se tornará mais apto a se beneficiar da experiência.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Textos adaptados a partir de Feuerstein, Reuven;
Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da inteligência:
aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro.
Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
Feuerstein, Reuven; Falik, Louis H. Cognitive enhancement and
rehabilitation for the elder population: application of the Feuerstein
Instrumental Enrichment Program for the Elderly. Life Span and
Disability, v. 15, n. 2, p. 21-33, 2012.
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Mediação da Consciência de
Ser uma Entidade Modificável
Além das mudanças biológicas e crescimento associado com a
idade, os seres humanos devem se perceber, e serem percebidos por
outros, como possuidores de uma identidade contínua.
A mediação da consciência de o indivíduo ser uma entidade
modificável é um Critério de Mediação em Feuerstein que apresenta
ao mediado o sentimento de ser modificável.
A mediação da modificabilidade, como uma característica
unicamente humana, é crítica para o aumento do potencial do
mediado de se adaptar por meio da experiência de uma
autoplasticidade, uma adição bem-vinda (mas não substitutiva) para
a preservação da identidade.
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Mediação da Consciência de Ser uma Entidade Modificável
O indivíduo que se modifica utiliza uma série de operações
cognitivas de forma mais consciente. O indivíduo assim modificado é
capaz de reunir os dados necessários para compreender a
experiência vivida.
A crença na habilidade dos indivíduos em relação a sua
modificabilidade levará os educadores a buscar sinais de mudanças
em suas avaliações, realizando um prognóstico mais dinâmico (e
otimista). Assim, levarão em consideração as mudanças que
ocorreram com o mediado, evitando se fundamentar unicamente em
nível de funcionamento existente. Esta postura otimista gera
perspectivas de um funcionamento melhor no futuro.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de:
Feuerstein, Reuven; Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da
inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança
do cérebro. Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes,2014.
Feuerstein, Reuven; Falik, Louis; Feuerstein, Refael S. Changing minds
and brains—The legacy of Reuven Feuerstein: Higher thinking and
cognition through mediated learning. Teachers College Press, 2015.
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Mediação da
Alternativa Otimista
Quando apresentadas diferentes possibilidades de ação ou escolha,
algumas pessoas tendem a selecionar a alternativa pessimista.
A escolha pessimista induz a passividade naqueles que a escolhem:
“Eu não tenho chance nisso, então não vale a pena investir ou fazer
esforço”.
Por outro lado, a escolha da alternativa otimista – saber que é
possível - cria no indivíduo o impulso para mobilizar os meios e forças
requeridos para realizar o que é necessário ou desejado. Impõe a
responsabilidade de agir para materializar o que vemos como
possível.
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Mediação da Alternativa Otimista
A mediação por uma alternativa otimista faz parte dos Critérios de
Mediação em Feuerstein, que possibilita o mediado a procurar e
aceitar mudanças, aumentando sua prontidão para estar pronto
para lidar com fatores ambientais que ameacem seu equilíbrio físico
e mental. Dessa forma, o mediador permite o desenvolvimento de
estratégias, que se tornam as operações mentais de situações
encontradas e transcendem para futuras soluções que serão vividas.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referência: Texto adaptado a partir de Feuerstein, Reuven;
Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da inteligência:
aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro.
Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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https://www.youtube.com/watch?v=QNjqYBLZ3iw&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Mediação do
Sentimento de Pertencer
Independentemente dos fatores sociais em que vive, o ser humano
necessita do sentimento de pertencimento a uma cultura, ser
reconhecido e reconhecer-se como indivíduo daquele grupo.
Pertencer a algo, além de descentrar o indivíduo de uma
onipotência egocêntrica, acalenta um sentimento de prazer, de
comunhão.
A mediação do sentimento de pertencer é um Critério de Mediação
idealizado por Reuven Feuerstein que apresenta ao mediado as suas
raízes sociais e o ensina a estabelecer laços e referências
psicossociais que irão sustentar a construção de sua história de vida.
Literatura científica sobre o PEI
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Mediação do Sentimento de Pertencer
Para que esse critério de mediação esteja presente, o mediador
deve apresentar valores e traços culturais como uma realidade que
evidencia a identidade do mediado; conhecer, respeitar e expressar
o interesse por tudo o que exalta o pluralismo e a essência de cada
cultura.
O fenômeno da alienação, que podemos discernir em décadas
recentes em sociedades ocidentais ou “ocidentalizadas”, é
fortemente ligado ao isolamento do núcleo familiar das unidades
sociais maiores às quais é esperado pertencer (implicitamente).
Deste isolamento derivam deficiências cognitivas, juntamente com
deficiências emocionais e sociais.
A interação de mediação entre um ser humano e o mundo não é
aleatória. Deriva da interação do mediador e seu desejo de
transferir isto ao mediado. O mediador deve proporcionar a ideia
da inclusão, fomentando o sentimento de acolhimento entre ele e o
mediado para que as relações se estabeleçam de forma
apropriada.
Para mais informações, assista à live das Formadoras do PEI Critérios
de Mediação em Feuerstein no canal do YouTube PEI Formadoras no
Brasil.
Referências: Texto adaptado a partir de Almeida, Willa Nayana
Corrêa; Da Silva Malheiro, João Manoel. A aprendizagem mediada
de Reuven Feuerstein: uma revisão teórico-conceitual dos critérios de
mediação. Revista Cocar, v. 14, n. 30, 2020.
Feuerstein Reuven; Feuerstein, Rafael S.; Falik, Louis H. Além da
inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança
do cérebro. Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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https://www.youtube.com/watch?v=QNjqYBLZ3iw&ab_channel=PEIFormadorasnoBrasil
Operações Mentais
Operações Mentais é o conjunto de ações internalizadas,
organizadas e coordenadas através das quais são elaboradas
informações procedentes de fontes internas e externas.
Raciocínio lógico - Aplicação, na resolução de problemas, dos
princípios da lógica: analogia, generalização, indução,
relacionamento de causa e efeito.
Raciocínio divergente – Estabelecimento de novas relações que
conduzem a ideias novas, criativas, incomuns, inéditas; flexibilidade
mental.
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Operações Mentais
Raciocínio silogístico - Dedução, a partir de 2 premissas, para
estabelecer uma conclusão de acordo com as leis que regem as
relações entre as proposições.
Raciocínio transitivo – Ordenamento de dados para se fazer
inferências e transferir informações, a partir de um termo comum,
garantindo a reversibilidade das relações.
Raciocínio hipotético - Inferência e predição de fatos a partir dos
já conhecidos e das leis que os relacionam.
Raciocínio analógico - Descoberta, a partir da comparação de 3
termos de uma proposição, de um 4° termo, tendo como base as
relações existentes entre eles.
Inferência lógica - Apresentação de uma nova informação
relacionando-a a dados percebidos.
Síntese - Integração de elementos de um todo, fundamentando-se
na análise de suas partes.
Análise - Exame de cada parte de um todo com o objetivo de
conhecer sua natureza, proporção, função e relação.
Projeção de relações virtuais – Projeção de imagens construídas e
organizadas através da relação de estímulos internos e externos.
Codificação - Expressão e representação de conceitos através de
códigos (símbolos, sinais, escalas, mapas) traduzíveis e interpretáveis.
Decodificação - Tradução e interpretação de códigos que
expressam e representam informações.
Classificação - Agrupamento e hierarquização de seres, fatos,
fenômenos com base em suas diferenças e semelhanças, utilizando-
se critérios conforme o propósito.
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Operações Mentais
Comparação - Reconhecimento com base nos atributos essenciais
de semelhanças e diferenças de fatos, objetos, pessoas, utilizando-se
critérios.
Transformação mental – Modificação, ampliação ou combinação
de características de um ou vários elementos/informações
possibilitando a criação de uma nova hipótese.
Representação mental - Interiorização de imagens/conceitos,
representados por seus traços essenciais, utilizando a associação e
abstração.
.
Diferenciação - Reconhecimento das diferenças essenciais que
caracterizam elementos/fatos, utilizando-se critérios.
Identificação - Reconhecimento de elementos/fatos pelas
características que os compõem.
Referência: Texto adaptado a partir da Sinopse sobre a Teoria da
Modificabilidade Cognitiva Estrutural – TMCE – elaborada pelas
Especialistas na TMCE/EAM - Formadoras do PEI Josenilda Noronha
de Oliveira e Lindinalva Gonçalves de Almeida. 
Acesse a sinopse:
https://drive.google.com/file/d/1qeckcb2I5hiXMRjKuJuyHLqo_2Afq
WSF/view?usp=sharing
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Funções Cognitivas
As Funções Cognitivas são pré-requisitos das Operações Mentais.
Elas podem ser divididas em 3 grupos, correspondendo a cada uma
das fases do ato mental: Coleta de informações - apropriação
(entrada); Processamento de informações - elaboração;
Comunicação de respostas - representação (saída).
Isso significa que o funcionamento cognitivo de uma pessoa pode ser
afetado nestes 3 momentos.
A interação e a interconexão dessas 3 fases do ato mental é de
grande importância para a compreensão da disfunção cognitiva.
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Funções Cognitivas
Fase de entrada
1. Percepção clara e precisa
2. Comportamento exploratório sistemático
3. Utilização de vocábulos e conceitos adequados
4. Orientação Espacial
5. Orientação temporal
6. Conservação, constância e permanência do objeto
7. Precisão e exatidão na coleta de informações
8. Utilização de mais de uma fonte de informação simultaneamente
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Fase de elaboração
1. Percepção e definição do problema
2. Diferenciação entre dados relevantes e irrelevantes
3. Comportamento comparativo espontâneo
4. Ampliação do campo mental
5. Percepção global da realidade
6. Utilização da evidência lógica
7. Interiorização do próprio comportamento
8. Utilização do raciocínio hipotético-inferencial
9. Estabelecimento de estratégias para verificação de hipóteses
10. Comportamento planejado
11. Elaboração de categorias cognitivas
12. Comportamento somativo
13. Estabelecimento de relações virtuais
Funções Cognitivas
Fase de saída
1. Comunicação não-egocêntrica
2. Projeção de relações virtuais
3. Comunicação sem bloqueio
4. Eliminação de respostas por ensaio e erro
5. Utilização de vocabulário adequado
6. Precisão e exatidão na comunicação da resposta
7. Eficácia no transporte visual
8. Controle da impulsividade
Referência: Texto adaptado a partir da Sinopse sobre a Teoria da
Modificabilidade Cognitiva Estrutural – TMCE – elaborada pelas
Especialistas na TMCE/EAM - Formadoras do PEI Josenilda Noronha
de Oliveira e Lindinalva Gonçalves de Almeida. 
Acesse a sinopse:
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Determinantes 
Proximais e Distais do
Desenvolvimento Cognitivo
As diferenças no desenvolvimento cognitivo podem ser atribuídas à 2
etiologias distintas: proximais ou distais. A maturação, configuração
do organismo e níveis emocionais e educativos dos pais e/ou da
criança etc são considerados fatores distais, pois não têm como
resultado diferenças no desenvolvimento cognitivo e no grau de
modificabilidade típico de um indivíduo.
O determinante proximal é o que consideramos direta e
inevitavelmente responsável pelas diferenças no desenvolvimento
cognitivo e no grau de modificabilidade típico de um indivíduo. Os
determinantes distais atuam como gatilhos de processos secundários
em relação aos determinantes proximais. O determinante proximal
mais importante é a Experiência de Aprendizagem Mediada.
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Determinantes Distais e Proximais do Desenvolvimento Cognitivo
No que se refere à dificuldade de aprendizagem, Feuerstein afirma
que fatores distais (genéticos, orgânicos, emocionais,
socioeconômicos, etc.) podem ser barreiras no desenvolvimento
cognitivo, mas que não são determinantes no processo de
aprendizagem, se a Experiência de Aprendizagem Mediada – EAM,
for fornecida com qualidade, intensidade, foco e entendimento das
habilidades e experiências necessárias.
A Aprendizagem Mediada é a expressão mais significativa da
cultura humana, possibilita a construção de conhecimentos, saberes,
reflexões sobre fenômenos e estabelecimento de relações entre eles.
A falta da EAM (fatores proximais) pode causar no indivíduo a
síndrome do desenvolvimento cognitivo inadequado, originada pela
privação cultural, contribuindo para possíveis disfunções cognitivas. 
Feuerstein afirma que a cultura é o processo mediante o qual
aprendizagens, atitudes, valores são transmitidos de uma geração a
outra. Nem toda transmissão cultural engloba ou se qualifica como
EAM, mas toda EAM engloba ou se qualifica via transmissão cultural.
Referência: Texto adaptado a partir da Sinopse sobre a Teoria da
Modificabilidade Cognitiva Estrutural – TMCE – elaborada pelas
Especialistas na TMCE/EAM - Formadoras do PEI Josenilda Noronha
de Oliveira e Lindinalva Gonçalves de Almeida. 
Acesse a sinopse:
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TMCE e Sistema de Crença
É possível alterar a inteligência e as formas como uma pessoa
aprende?
Reuven Feuerstein traz o conceito sobre o que é a inteligência, que é
a capacidade do indivíduo em beneficiar-se da experiência para
sua adaptação a novas situações, adequando seu comportamento
ou atuando sobre o meio.
A Neuropsicologia dá suporte à Teoria da Modificabilidade
Cognitiva Estrutural – TMCE, preconiza que é possível desenvolver a
inteligência. Portanto, o ser humano é dotado de um potencial e
propensão para aprender.
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TMCE e Sistema de Crença
Então, como modificamos o funcionamento de uma pessoa?
Através de um programa de diagnóstico (Avaliação do Potencial de
Aprendizagem – LPAD) e intervenção (os sistemas aplicativos do
Programa de Enriquecimento Instrumental – PEI, o que inclui o
Ambiente Modificador) para confirmar a crença na modificabilidade
cognitiva, emocional ou comportamental.
A TMCE fundamenta-se em um sistema de crença originada da
necessidade vital de ver os indivíduos se desenvolvendo, apesar de
todos os prognósticos.
A crença na modificabilidade parte do mediador por necessidade
de oferecer ao indivíduo a possibilidade de desenvolver seu máximo
potencial. Mas também deve partir do mediado, que se apropria e
dá significado ao processo de ensino-aprendizagem.
.
As crenças se expressam numa relação positiva incondicional de
esperança e amor. Você acredita que pode oferecer ao seu
mediado a possibilidade de desenvolver a modificabilidade?
Referência: Texto adaptado a partir da Sinopse sobre a Teoria da
Modificabilidade Cognitiva Estrutural – TMCE – elaborada pelas
Especialistas na TMCE/EAM - Formadoras do PEI Josenilda Noronha
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Abordagem Cognitiva para
Gestão do Planejamento
Estratégico nas Organizações
Em todos os sentidos, do mais abrangente ao mais restrito, no que
tange à formação profissional e ao desenvolvimento de
competências, a noção latente de cognição e a aplicação de
instrumentos cognitivos nos programas de capacitação se mostram
potencializadores do desenvolvimento do indivíduo.
Uma das ferramentas existentes para implementar o
desenvolvimento cognitivo aplicado ao planejamento estratégico é
o Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), criado por Reuven
Feuerstein, cujo objetivo é possibilitar a modificabilidade do ser
humano com a Experiência de Aprendizagem Mediada - EAM. 
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Abordagem Cognitiva para Gestão do Planejamento Estratégico nas Organizações
A intervenção com o conjunto de instrumentos do Programa
possibilita a generalização e a transferência do conhecimento
apreendido, mediante atividades que trabalham funções cognitivas;
desenvolve operações mentais; amplia o vocabulário estimulando a
precisão na utilização de termos que subsidiam a elaboração de
conceitos; e fomenta a reflexão crítica, possibilitando ao indivíduo o
autoconhecimento, a autonomia cognitiva e a motivação intrínseca.
A gestão estratégica da organização requer a percepção e
interpretação objetiva do valor e do significado da informação nos
negócios, nas ações e na tomada de decisão organizacional, para
que, assim, esta informação possa ser usada eficientemente na
solução de problemas. E este é um processo intelectual, arquitetado
a partir de estratégias cognitivas complexas, o que pressupõe a
existência de capital intelectual qualificado e preparado para
monitorar, perceber, interpretar e transformara informação em
conhecimento útil aos propósitos da organização.
Referência: Texto adaptado a partir de Varela, A. V., Barbosa, M. L.
A., & Farias, M. G. G.. Abordagem Cognitiva para Gestão do
Planejamento Estratégico nas Organizações. Perspectivas Em Gestão
& Conhecimento, 5(2), 49-68, 2015.
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A Implantação do PEI
na Indústria
O Programa de Enriquecimento Instrumental – PEI e a Experiência de
Aprendizagem Mediada - EAM, têm sido utilizados em programas de
treinamento nas indústrias com o objetivo de equipar mediados com
estratégias adicionais de pensamento para se adaptar às crescentes
demandas feitas sobre eles no contexto de seu trabalho. 
Além das habilidades e competências de processar estímulo para
facilidade de aprender, o PEI e a EAM tornam o estímulo significativo
para o mediado. Desenvolvem a tendência de explorar o estímulo
para acumular experiência e se modificar por meio dele. Promovem
mais flexibilidade do ponto de vista cognitivo e desenvolvem
esquemas de pensamento que permite ter uma interação com dados
novos. Também são importantes para que o mediado aprenda novas
formas de percepção, processamento e resposta. 
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A Implantação do PEI na Indústria
Estudos de casos comprovam os benefícios da aplicação do PEI e da
EAM nas indústrias, contribuindo para melhorar a capacidade dos
mediados de criar estratégias, resolver problemas e na resolução de
conflitos, sistematizar com clareza planejamentos e relatórios, tomar
decisões, desenvolver autonomia e se comunicar, aprimorando suas
relações interpessoais e intrapessoais. 
Referências: Texto adaptado a partir de Reuven; Feuerstein, Rafael
S.; Falik, Louis H. Além da inteligência: aprendizagem mediada e a
capacidade de mudança do cérebro. Tradução de Aline Kaehler.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 
Camusso, Dominique. L’implantation de Enrichissement Instrumental
dans I’industrie, l’exemple français. (A Implantação do PEI na
Indústria, o exemplo francês). I Fórum Internacional do Programa de
Enriquecimento Instrumental – PEI).
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PEI para Jovens e Adultos
com Deficiência Intelectual
em Reabilitação Profissional
Um dos grandes desafios de jovens e adultos com necessidades
educativas especiais reside principalmente nas barreiras sociais e
laborais levantadas pela sociedade onde estas pessoas se integram
e onde lhes deveriam ser reconhecidos todos os direitos e deveres de
qualquer outro cidadão, como, o direito ao emprego, essencial para
a independência e autonomia de qualquer pessoa.
Muitos indivíduos em situação de formação e de reabilitação
profissional não têm o seu potencial de aprendizagem atualizado, na
medida em que carecem de pré-requisitos cognitivos básicos para
obterem mais rendimento na aprendizagem e na formação,
considerando que, raramente, são colocados em situações de
reflexão e de pensamento crítico, porque são frequentemente
integrados em programas inadequados e ineficientes.
Literatura científica sobre o PEI
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PEI para Jovens e Adultos com Deficiência Intelectual em Reabilitação Profissional
Dentro dos programas que possibilitam a promoção de
competências cognitivas dos estudantes ou dos formandos com
baixo rendimento cognitivo está o Programa de Enriquecimento
Instrumental/PEI, de Feuerstein.
O PEI destaca-se de forma relevante pela sua acessibilidade e
aplicabilidade a qualquer sistema de ensino ou de formação,
dispondo de virtualidades cognitivas excelentes para possibilitar a
modificabilidade de jovens e adultos com necessidades educativas
especiais em situação de reabilitação profissional, possibilitando
que eles sejam mais flexíveis e adaptáveis para se tornarem
efetivamente mais autônomos numa sociedade em mudança.
Os genes, os cromossomos ou a hereditariedade já não explicam, só
por si, o desempenho e a prestação intelectual do indivíduo. A
inteligência pode ser aprendida e modificada. Basta que se
perspective uma visão de qualidade de ensino e de formação
fundamentada nos pressupostos da Educabilidade Cognitiva, como o
PEI, que pode fazer a diferença sobre o potencial intelectual da
massa cinzenta estudantil ou da força de trabalho adulta.
Referências: Texto adaptado a partir de Da Fonseca, Vitor. Aprender
a reaprender: a educabilidade cognitiva do século XXI. Perspectivas
Online 2007-11, v. 3, n. 11, 2009.
Soares, C. M. F. et al. A importância dos contextos na transição para
a vida pós-escolar do jovem c/ DM: perspectivas dos técnicos,
encarregados de educação e empresários. 2011. Dissertação de
Mestrado.
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A Importância da TMCE
diante do Desenvolvimento
da Neurociência
A Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural (TMCE) é uma
prática que possui como horizonte desenvolver o indivíduo para
aprender a pensar, para se adaptar às mudanças e para gerar
novos modos de ser e estar no mundo, de pensar, de sentir e de agir.
Apresenta uma proposta inovadora, altruísta e inclusiva. 
Sobretudo no momento em que estamos vivendo, quando as pessoas
testemunham o acelerado desenvolvimento da neurociência e do
desejo da compreensão do aprendizado humano, é importante
buscar a aplicação da modificabilidade cognitiva através de teorias
como a TMCE. Este é um momento ímpar para unirmos as
descobertas no campo científico, afetivo e psicológico com o
potencial que o ser humano tem para aprender. 
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A Importância da TMCE diante do Desenvolvimento da Neurociência
As fundamentações teóricas da TMCE assentam-se na
modificabilidade, na flexibilidade da estrutura cognitiva e têm, como
principal pilar de sustentação, o pressuposto de que o ser humano é
dotado de uma mente flexível, aberta a mudanças e com propensão
natural para aprender. 
A TMCE fundamenta-se na crença de que todo ser humano é capaz
de aprender, desde que esteja aberto às mudanças,
independentemente de sua idade, condição genética ou experiência
de vida. Esta mudança ocorre se alcançada uma estruturação, a
estrutura do pensamento.
Aprender vivendo e viver aprendendo é uma propriedade da
capacidade humana, considerada um atributo da estrutura cognitiva,
que se beneficia do conhecimento e se modifica na troca de
experiências e na interação, devido à condição humana. Este é um
permanente exercício do organismo humano pela condição do
sistema aberto à modificabilidade. 
Referência: Texto adaptado a partir de Dalmina, Rute Rosângela et
al. Inteligência, aprendizagem e a Teoria da Modificabilidade
Cognitiva Estrutural (TMCE). Série-Estudos, Campo Grande, MS, v. 21,
n. 42, p. 201-219, maio/ago. 2016.
Formadoras do PEI no Brasil
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Envelhecimento, Alzheimer e
as Contribuições do PEI
Estudos epidemiológicos mostram que idosos com leves alterações
cognitivas apresentam um maior risco de desenvolver a Doença de
Alzheimer (DA).
Considerando-se que essa condição afeta o cérebro, acarretando
perda da memória e o comprometimento em várias áreas cognitivas
(linguagem, função executiva, praxia, gnosia etc.), vêm sendo
propostas alternativas de tratamento além da terapêutica
farmacológica caracterizando a reabilitação neuropsicológica.
Literatura científica sobre o PEI
Formadoras do PEI no Brasil
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Envelhecimento, Alzheimer e as Contribuições do PEI
A aplicação do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) e da
Experiência da Aprendizagem Mediada (EAM) nos programas de
reabilitação cognitiva direcionados à DA, favorece a otimização das
capacidades residuais e diminui o impacto negativo na qualidade
de vida das pessoas com esta doença.
Referência: Texto adaptado a partir de De Oliveira, Antonia Rozeli
Roberto. O envelhecimento, a doença de Alzheimer e as
contribuições do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI).
Cuadernos de Neuropsicología/Panamerican Journal of
Neuropsychology, v. 4, n. 1, p. 31-41, 2010.
Formadoras do PEI no Brasil
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A EAM

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