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Revisão Intercalada (R I) - Livro 2-070-072


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70
R.I. (Revisão Intercalada) 
Sociologia
1. (Uel 2019)
Leia o texto a seguir.
Após assinar o decreto que estabeleceu a intervenção 
federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o pre-
sidente Michel Temer justificou a medida dizendo “(...) 
que o crime organizado quase tomou conta do estado 
do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo 
país (...)”. Destacam-se no crime organizado as milícias 
privadas, grupos formados para atuarem em comunida-
des urbanas de baixa renda, os quais, sob a alegação 
de “manter a ordem e a segurança”, praticam agiota-
gem, extorquem dinheiro do comércio e de moradores e 
cometem assassinatos. As milícias podem ser definidas 
por alguns traços centrais: controle de um território e 
da população que nele habita por parte de um grupo 
armado ilegal; caráter coercitivo desse controle; a busca 
do lucro como motivação principal; a participação ativa 
de agentes do aparelho estatal legal; um discurso de 
legitimação referido à proteção dos moradores e à ins-
tauração da ordem. Apesar de se colocarem nas comu-
nidades onde atuam como poder alternativo ao poder 
legal, acabam atuando como uma espécie de Estado 
paralelo ao Estado constitucional. Isto implica em assu-
mir, alternativamente, traços semelhantes àqueles que 
definem o Estado moderno constitucional.
Adaptado de MAIA, G.; AMARAL, L. O 
crime organizado quase tomou conta do 
Estado do Rio, diz Temer. UOL Notícias, 
Cotidiano. Brasília, 16/02/2018.
noticias.uol.com.br.
Com base na teoria de Max Weber, indique e explique 
três características definidoras do Estado moderno cons-
titucional sob o modelo da dominação racional-legal. 
2. (Ufu)
Weber conduziu uma investigação sobre o “desenvolvi-
mento do capitalismo no ocidente e a racionalização da 
conduta promovida por um sistema ético, tendo como 
resultado sua obra mais conhecida.” - A ética protes-
tante e o “espírito” do capitalismo. 
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; 
OLIVEIRA, Márcia Gardênia. Um toque de clássicos: 
Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: 
EdUFMG, 1999. p. 129. 
Com base nessa informação, faça o que se pede. 
a) Estabeleça, sinteticamente, uma relação possível entre 
a ética protestante e o “espírito” do capitalismo que 
Weber apresentou nessa sua obra. 
b) A partir dessa relação, estabeleça, ao menos, três tra-
ços da análise weberiana. 
3. (Ufpr)
O fragmento abaixo foi retirado do livro O que é Socio-
logia? e refere-se ao pensamento do sociólogo Max 
Weber. 
A Sociologia por ele [Max Weber] desenvolvida consi-
derava o indivíduo e a sua ação como ponto chave da 
investigação. Com isso, ele queria salientar que o verda-
deiro ponto de partida da sociologia era a compreensão 
da ação dos indivíduos e não a análise das “institui-
ções sociais” ou do “grupo social”, tão enfatizadas 
pelo pensamento conservador. Com essa posição, não 
tinha a intenção de negar a existência ou a importân-
cia dos fenômenos sociais, como o Estado, a empresa 
capitalista, a sociedade anônima, mas tão somente a 
de ressaltar a necessidade de compreender as intenções 
e motivações dos indivíduos que vivenciam estas situa-
ções sociais. A sua insistência em compreender as moti-
vações das ações humanas levou-o a rejeitar a proposta 
do positivismo de transferir para a Sociologia a metodo-
logia de investigação utilizada pelas ciências naturais. 
Não havia, para ele, fundamento para essa proposta, 
uma vez que o sociólogo não trabalha sobre uma maté-
ria inerte, como acontece com os cientistas naturais 
[...]. Vivendo em uma nação retardatária quanto ao 
desenvolvimento capitalista, Weber procurou conhecer 
a fundo a essência do capitalismo moderno. Ao contrá-
rio de Marx, não considerava o capitalismo um sistema 
injusto, irracional e anárquico. Para ele, as instituições 
produzidas pelo capitalismo, como a grande empresa, 
constituíam clara demonstração de uma organização 
racional que desenvolvia suas atividades dentro de um 
padrão de precisão e eficiência. 
(MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? 
São Paulo: Brasiliense, 2011. p. 69 e p. 72. 
Coleção Primeiros Passos.)
Com base nos conhecimentos sociológicos, caracterize 
a Sociologia na perspectiva weberiana, discorrendo 
sobre os aspectos relevantes dessa perspectiva apon-
tados no texto-base. 
71
R.I. (Revisão Intercalada) 
4. (Ufjf-pism 3 2022)
Veja a charge e leia o texto a seguir para responder à 
questão:
“(...) a popularidade nesses ambientes é disputada 
moldando interações competitivas que tendem a pre-
miar os mais bem sucedidos em angariar apoio a suas 
postagens, as quais agregam seguidores ao usuário, 
conferindo-lhe o grau máximo de sucesso online: a 
condição de influenciador digital, “protagonismo” ou 
apenas satisfação de tornar-se o centro momentâneo 
das atenções. Nesse meio, explicações simplistas com 
apelos morais encontram potencial de difusão.”
Fonte: Machado, J e Miskolci, R. “Das 
jornadas de junho à cruzada moral”. 
Sociologia & Antropologia, 
v. 9, n. 3, 2019, p. 947.
A sociologia entende que as identidades pessoais são 
construídas socialmente, como parte dos processos de 
socialização. Explique como a ampliação das comuni-
cações digitais e das redes sociais podem afetar esses 
processos. 
5. (Ufpr 2019)
Na obra intitulada Antropologia estrutural II, Claude 
Lévi-Strauss afirma: 
Os adeptos da análise estrutural em linguística e em 
antropologia são frequentemente acusados de forma-
lismo. Isso é esquecer que o formalismo existe como 
uma doutrina independente, da qual, sem negar o que 
lhe deve, o estruturalismo se separa em virtude das 
atitudes muito diferentes que as duas escolas adotam 
em relação ao concreto. Ao inverso do formalismo, o 
estruturalismo recusa opor o concreto ao abstrato, e 
não reconhece no segundo um valor privilegiado. A 
forma se define por oposição a uma matéria que lhe é 
estranha; mas a estrutura não tem conteúdo distinto: 
ela é o próprio conteúdo apreendido numa organização 
lógica concebida como propriedade do real. 
(LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural II. 
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993, p. 121.) 
Seguindo a argumentação construída por Lévi-Strauss, 
como podemos assegurar que a estrutura não se opõe à 
realidade na forma de uma abstração linguística? 
6. (Ufpr)
Segundo Roque de Barros Laraia (Cultura: um conceito 
antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, pág. 21), 
“o determinismo geográfico considera que as dife-
renças do ambiente físico condicionam a diversidade 
cultural”. A partir de 1920, antropólogos procuraram 
demonstrar que existe uma limitação na influência 
geográfica sobre os fatores culturais. 
Utilizando exemplos, explique como a Antropologia 
compreende as relações entre os fatores culturais e o 
ambiente físico. 
7. (Ufpr)
Os Bambara (grupo que vive no Mali) consideram a 
velhice uma conquista. Para eles, o envelhecimento 
é concebido como um processo de crescimento que 
ensina, enriquece e enobrece o ser humano. (....) Para 
os Bambara, a idade é um elemento determinante da 
posição de cada indivíduo na sociedade. Toda a vida 
social é organizada segundo o princípio da senioridade. 
Considera-se que os mais velhos estão mais próximos 
dos ancestrais e, por esta razão, detêm a autoridade. 
Respeito e submissão marcam o conjunto de atitudes 
e comportamentos dos mais jovens para com os mais 
velhos. 
(UCHÔA, Elizabeth. “Contribuições da antropologia 
para uma abordagem das questões relativas à 
saúde do idoso”. Caderno de Saúde Pública, 
Rio de Janeiro, 19(3): 849-853, mai-jun, 2003.) 
A partir da leitura do trecho acima, explique de que 
modo o envelhecimento é fenômeno que ultrapassa a 
dimensão biológica. 
72
R.I. (Revisão Intercalada) 
8. (Acervo)
Um dos mais vivos debates acadêmicos dos últimos 
anos diz respeito ao status “científico” das disciplinas 
englobadas sob a rubrica de ciências sociais – tipica-
mente incluindo sociologia, ciência política, psicologia 
social, economia, antropologia, pesquisa de mercadoe, 
às vezes, áreas como geografia, história, comunicação e 
outros campos compostos ou especializados. A questão 
básica é se o comportamento humano pode ser subme-
tido ao estudo “científico”.
BABBIE, Earl. Métodos de pesquisas de Survey. 
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999, p. 57.
Desde seu surgimento, a sociologia é colocada em ques-
tão devido ao seu caráter de “pretensa” cientificidade. 
No intuito de construir uma ciência do social (tal como 
as ciências da natureza), Émile Durkheim desenvolveu 
um conceito-chave que, segundo ele, seria o objeto 
de análise sociológica. Que conceito foi esse? Quais as 
suas três principais características? 
9. (Ufu)
“Não faz muito tempo, houve no Rio de Janeiro, um 
congresso internacional de turismo e seus planejadores 
sentiram que os visitantes não poderiam converter em 
espetáculo os setores excluídos da vida tecno-civilizada 
da cidade. Convocaram-se as empresas de tabuletas 
(outdoors como manda o figurino) para tapar o que 
não se podia mostrar: os pardieiros, o lixo, as fave-
las. Ficou evidente que, além de apregoar salsichas e 
alpargatas, os tapumes coloridos tinham a importante 
função social de modernizar a paisagem, de reajustar 
uma imagem da terra às exigências estéticas das reti-
nas. Veja-se bem: não se cogitou nem uma vez sequer 
de reestruturação do espaço social, mas das atitudes 
prováveis diante desse espaço. É exatamente isto o que 
chamamos de tele-visão do mundo.”
(SODRÉ, Muniz, O monopólio da fala, função e 
linguagem da televisão no Brasil. Petrópolis, 
Vozes, 1977, p. 134)
Identifique e explique a visão que o autor tem a res-
peito da indústria cultural e dos meios de comunicação 
de massa hoje, no Brasil. 
10. (Ufu 2020)
Considere os trechos da entrevista concedida pelo 
pesquisador indígena Daniel Munduruku
“Eu não sou índio, não existem índios no Brasil. [...] 
No dia 19 de abril, a gente comemora um equívoco, 
porque se esconde a diversidade de povos que existem 
no Brasil. Cada povo cria seu modo de estar no mundo 
a partir da cultura, que é alimentada pela língua que 
ele fala. E cada povo tem suas tradições, sua crença, 
cultura, política e economia. Nós aprendemos que só 
existe a língua portuguesa por aqui, né? Mas no Brasil 
existem 307 línguas muito antigas e diferentes entre 
si. E a língua é uma leitura de mundo. Quando a gente 
generaliza e diz que ‘o índio chama casa de oca’, ime-
diatamente a gente está esquecendo que oca é apenas 
um jeito de falar. E essas línguas são tão diferentes 
entre si quanto o português é diferente do chinês.”
Disponível em: http://www.nonada.com.br/
2017/11/daniel-munduruku-eu-nao-sou-
indio-nao-existem-indios-no-brasil/. 
Acesso em: 03 de fev. 2020.
a) Conforme o texto, cite e explique duas formas de vio-
lência simbólica contra a população indígena no Brasil.
b) Explique de que maneira o conceito de violência simbó-
lica estaria relacionado ao conceito de etnocentrismo. 
11. (Ufu)
A relação entre Nós, grupo cultural e social ao qual se 
pertence, e os Outros, os que não fazem parte desse 
grupo, apresenta-se nos discursos através dos concei-
tos de universalismo, humanismo e etnocentrismo. 
A partir desta afirmação, explicite e desenvolva a rela-
ção entre etnocentrismo e universalismo. 
12. (Ufu)
O respeito à diversidade cultural tornou-se consenso 
entre os cientistas sociais a partir dos estudos reali-
zados em diferentes sociedades. Posteriormente tal 
atitude foi incorporada como um princípio por órgãos 
internacionais como a ONU (Organização das Nações 
Unidas). Porém, os mesmos pesquisadores concluíram 
também que o respeito à diferença cultural não é a 
forma comum de os indivíduos atuarem no cotidiano. 
O etnocentrismo e o racismo são atitudes recorrentes 
em muitas sociedades.
a) Qual a diferença conceitual entre racismo e etnocen-
trismo?
b) Por que os cientistas sociais e órgãos internacionais 
entendem que tais práticas são inaceitáveis? 
13. (Acervo)
Leia os textos a seguir.
Se chegam duas pessoas para fazer entrevista numa 
firma, as duas com o mesmo grau de instrução, com a 
mesma experiência, com o currículo do mesmo nível... 
Quem é que fica com a vaga? É claro que é a pessoa 
de melhor aparência. Às vezes, a aparência é até mais 
importante do que o currículo. Eu não acho isso errado. 
Eu não acho que é preconceito, nem discriminação. 
É que a aparência mostra a capacidade que a pessoa

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