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Revisão Intercalada (R I) - Livro 1-016-018


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R.I. (Revisão Intercalada) 
7. (UFMG - ADAPTADA) Uma frase é considerada ambígua quando possibilita mais de uma leitura e interpretação. 
Identifique, na charge abaixo, o elemento causador de ambiguidade e explicite as duas leituras propiciadas.
Elemento causador da ambiguidade: 
Leitura 1: 
Leitura 2: 
8. (UFMG) Analise este “slogan” de uma empresa gráfica:
O NOSSO PRODUTO É UMA BOA IMPRESSÃO
EXPLIQUE de que modo se explora, nesse “slogan”, a polissemia. 
 
PREOCUPAÇÃO COM CIGARRO. QUE FAZER?
Quando você acende um cigarro, acende também uma preocupação?
Bem, se você anda preocupado mas gosta muito de fumar, quem sabe você muda para um cigarro de baixos teores 
de nicotina e alcatrão?
Quer uma ideia? Century.
Century é diferente dos outros cigarros de baixos teores, por motivos fundamentais.
Century jogou lá embaixo a nicotina e o alcatrão, mas não acabou com seu prazer de fumar.
Isto só foi possível, evidentemente, graças a uma cuidadosa seleção de fumos do mais alto grau de pureza e suavidade.
E à competência do filtro especial High Air Dilution, consagrado internacionalmente.
Não é o cigarro sob medida para você também?
Pense nisto.
(Texto de publicidade de cigarros de início da década de 80.) 
9. (UNESP - ADAPTADA) A pontuação serve não apenas para marcar aspectos objetivos do discurso escrito, mas tam-
bém aspectos subjetivos, tais como emoções, sentimentos e intenções do autor. Com base nesta informação,
Considerando a natureza conativa (persuasiva) do texto publicitário, explique a razão pela qual predominam na 
primeira parte deste as frases interrogativas e, na segunda, as frases declarativas. 
 
10. (UFSC) Leia as citações a seguir e responda à questão proposta.
“Mas muito lhe será perdoado, à TV, pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários.” 
(BRAGA, Rubem. “200 crônicas escolhidas”. Rio de Janeiro / São Paulo: Editora Record, 2004, p. 486).
“Sinhô e Sinhá num mêis ou dois mêis se há de casá!” 
(LIMA, Jorge de. “Novos Poemas”. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1997, p. 03).
“... eu os vi falá que os bugre ero uns bicho brabo...” 
(CASCAES, Franklin. “O fantástico na Ilha de Santa Catarina”. Florianópolis: Editora da UFSC, 2004, p. 27).
“-... morreu segunda que passou de uma anemia nos rim...” 
(MACHADO, A. de A. “Brás, Bexiga e Barra Funda”. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004, p. 55).
Levando em conta as diferentes formas linguísticas utilizadas pelos autores na composição de suas obras, comente 
sobre a linguagem usada como recurso na construção dos textos. Para tanto, considere as duas proposições a seguir:
a) variação linguística versus erro linguístico;
b) funções da linguagem na literatura. 
17
R.I. (Revisão Intercalada) 
11. (FGV - ADAPTADA) Este texto foi extraído de um 
conto de Monteiro Lobato, cujo personagem principal 
enlouquece, quando vê seu cafezal inteiramente des-
truído pela geada.
E a geada veio! Não geadinha mansa de todos os anos, 
mas calamitosa, geada cíclica, trazida em ondas do 
Sul.
O sol da tarde, mortiço, dera uma luz sem luminosi-
dade, e raios sem calor nenhum. Sol boreal, tiritante. 
E a noite caíra sem preâmbulos.
Deitei-me cedo, batendo o queixo, e na cama, apesar 
de enleado em dois cobertores, permaneci entanguido 
uma boa hora antes que ferrasse no sono. Acordou-
-me o sino da fazenda, pela madrugada. Sentindo-me 
enregelado, com os pés a doerem, ergui-me para um 
exercício violento. Fui para o terreiro.
O relento estava de cortar as carnes – mas que mara-
vilhoso espetáculo! Brancuras por toda a parte. Chão, 
árvores, gramados e pastos eram, de ponta a ponta, 
um só atoalhado branco. As árvores imóveis, inteiri-
çadas de frio, pareciam emersas dum banho de cal. 
Rebrilhos de gelo pelo chão. Águas envidradas. As 
roupas dos varais, tesas, como endurecidas em goma 
forte. As palhas do terreiro, os sabugos de ao pé do 
cocho, a telha dos muros, o topo dos moirões, a vara 
das cercas, o rebordo das tábuas – tudo polvilhado de 
brancuras, lactescente, como chovido por um suco de 
farinha. Maravilhoso quadro! Invariável que é a nossa 
paisagem, sempre nos mansos tons do ano inteiro, 
encantava sobremodo vê-la súbito mudar, vestir-se 
dum esplendoroso véu de noiva – noiva da morte, 
ai!...
Monteiro Lobato, O drama da geada, in Negrinha. São Paulo: 
Brasiliense, 1951.
a) Em outra passagem do conto, o narrador afirma: 
“Só então me acudiu que o belo espetáculo que eu 
até ali só encarara pelo prisma estético tinha um 
reverso trágico: a morte do heroico fazendeiro”. O 
que o narrador chama de “prisma estético” pode 
ser identificado no excerto aqui reproduzido? Jus-
tifique sua resposta.
b) Tendo em vista as variedades linguísticas da língua 
portuguesa, justifica-se o emprego, no texto, de 
expressões como “geadinha mansa”, “batendo o 
queixo” e “ferrasse no sono”? Explique.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 
Leia o trecho inicial do artigo “Artifícios da inteligên-
cia”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser (1959- ), para 
responder à(s) questão(ões).
Considere a seguinte situação: você acorda atrasado 
para o trabalho e, na pressa, esquece o celular em 
casa. Só quando engavetado no tráfego ou amassa-
do no metrô você se dá conta. E agora é tarde para 
voltar. Olhando em volta, você vê pessoas com ce-
lular em punho conversando, mandando mensagens, 
navegando na internet. Aos poucos, você vai sendo 
possuído por uma sensação de perda, de desconexão. 
Sem o seu celular, você não é mais você.
A junção do humano com a máquina é conhecida como 
“transumanismo”. Tema de vários livros e filmes de fic-
ção científica, hoje é um tópico essencial na pesquisa de 
muitos cientistas e filósofos. A questão que nos interes-
sa aqui é até que ponto essa junção pode ocorrer e o que 
isso significa para o futuro da nossa espécie.
Será que, ao inventarmos tecnologias que nos permi-
tam ampliar nossas capacidades físicas e mentais, ou 
mesmo máquinas pensantes, estaremos decretando 
nosso próprio fim? Será esse nosso destino evolucio-
nário, criar uma nova espécie além do humano?
É bom começar distinguindo tecnologias transuma-
nas daquelas que são apenas corretivas, como óculos 
ou aparelhos para surdez. Tecnologias corretivas não 
têm como função ampliar nossa capacidade cogniti-
va: só regularizam alguma deficiência existente.
A diferença ocorre quando uma tecnologia não ape-
nas corrige uma deficiência como leva seu portador 
a um novo patamar, além da capacidade normal da 
espécie humana. Por exemplo, braços robóticos que 
permitem que uma pessoa levante 300 quilos, ou 
óculos com lentes que dotam o usuário de visão no 
infravermelho. No caso de atletas com deficiência fí-
sica, a questão se torna bem interessante: a partir de 
que ponto uma prótese como uma perna artificial de 
fibra de carbono cria condições além da capacidade 
humana? Nesse caso, será que é justo que esses atle-
tas compitam com humanos sem próteses?
Poderia parecer que esse tipo de hibridização entre 
tecnologia e biologia é coisa de um futuro distante. 
Ledo engano. Como no caso do celular, está aconte-
cendo agora. Estamos redefinindo a espécie humana 
através da interação – na maior parte ainda externa 
– com tecnologias que ampliam nossa capacidade.
Sem nossos aparelhos digitais – celulares, tabletes, 
laptops – já não somos os mesmos. Criamos persona-
lidades virtuais, ativas apenas na internet, outros eus 
que interagem em redes sociais com selfies arranjados 
para impressionar; criações remotas, onipresentes. 
Cientistas e engenheiros usam computadores para 
ampliar sua habilidade cerebral, enfrentando proble-
mas que, há apenas algumas décadas, eram conside-
rados impossíveis. Como resultado, a cada dia surgem 
questões que antes nem podíamos contemplar.
(Folha de S.Paulo, 01.02.2015. Adaptado.) 
12. (UNESP) 
a) Para o físico Marcelo Gleiser, o que distingue as 
tecnologias transumanas daquelas apenas corre-
tivas? Justifique sua resposta.
b) Cite dois termos empregados em sentido figurado 
no primeiro parágrafo do artigo. 
 
TEXTOPARA A PRÓXIMA QUESTÃO
MULHER AO ESPELHO
 
Hoje, que seja esta ou aquela,
pouco me importa.
Quero apenas parecer bela,
pois, seja qual for, estou morta.
 
18
R.I. (Revisão Intercalada) 
Já fui loura, já fui morena,
já fui Margarida e Beatriz.
Já fui Maria e Madalena.
Só não pude ser como quis.
 
Que mal faz, esta cor fingida
do meu cabelo, e do meu rosto,
se tudo é tinta: o mundo, a vida,
o contentamento, o desgosto?
 
Por fora, serei como queira
a moda, que me vai matando.
Que me levem pele e caveira
ao nada, não me importa quando.
 
Mas quem viu, tão dilacerados,
olhos, braços e sonhos seus,
e morreu pelos seus pecados,
falará com Deus.
 
Falará, coberta de luzes,
do alto penteado ao rubro artelho.
Porque uns expiram sobre cruzes,
outros, buscando-se no espelho.
(MEIRELES, Cecília. Poesias Completa. Rio de Janeiro: Civiliza-
ção Brasileira, 1973.)
13. (UERJ) O uso de palavras e expressões cotidianas, 
neste texto, é carregado de sentido simbólico.
 
a) Uma expressão utilizada no poema possui um 
sentido correspondente ao da expressão “da cabe-
ça aos pés”.
 Retire-a do texto.
b) Na 3a estrofe, o substantivo “tinta” se refere a 
uma expressão que o antecede.
 Transcreva essa expressão e indique a conotação 
que o substantivo “tinta” adquire no texto. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 
Leia o primeiro capítulo do romance Dom Casmurro, 
de Machado de Assis.
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho 
Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do 
bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cum-
primentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua 
e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A via-
gem era curta, e os versos pode ser que não fossem 
inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu 
estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; 
tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e 
metesse os versos no bolso.
— Continue, disse eu acordando.
— Já acabei, murmurou ele.
— São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, 
mas não passou do gesto; estava amuado. No dia se-
guinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou al-
cunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gos-
tam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso 
à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. 
Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, 
chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, 
domingo vou jantar com você.” — “Vou para Petrópo-
lis, dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se 
deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar 
uns quinze dias comigo.” — “Meu caro dom Casmurro, 
não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e 
dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, 
dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no 
sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de 
homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, 
para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochi-
lando! Também não achei melhor título para a minha 
narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai 
este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que 
não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o 
título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que 
apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
(Machado de Assis. Dom Casmurro, 2016.) 
14. (FGV 2022) 
a) Identifique os referentes dos dois pronomes subli-
nhados no último parágrafo.
b) Transcreva uma frase em que ocorre metalingua-
gem. Justifique sua escolha. 
 
15. (FUVEST 2023) Considere a peça publicitária para 
responder à questão:
a) Explique como imagem e texto reforçam a relação 
entre passado e futuro expressa na peça publici-
tária.
b) Tomando como referência o pronome possessivo 
“suas”, em que consiste a ambiguidade do texto 
publicitário?

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