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Movimento vertical no vácuo 119 esse movimento de descida é acelerado, mas tem velocidade escalar negativa. No mo- vimento acelerado, v e α têm o mesmo sentido e, portanto, o mesmo sinal. logo, a aceleração é negativa. Equaç›es do lançamento vertical Vamos supor que o corpo seja apenas um ponto material e que sua posição seja definida, em cada instante, pelo valor da ordenada y. A ordenada inicial é denominada altura inicial do lançamento. Assim, y 0 = h 0 . y = y 0 + v 0 t + αt 2 2 substituindo também α = – g, a equação horária das posições fica: y = h 0 + v 0 t – gt2 2 A equação horária da velocidade é: v = v 0 + αt Fazendo α = – g, obtemos: v = v 0 – gt temos também a equação de torricelli, que assim se escreve: v2 = v2 0 – 2g · Δy Propriedades do lançamento vertical livre 1ª. ) No pico da trajetória (fig. 9) temos: • Máxima altura atingida pelo móvel, a qual denominaremos H. Assim, a ordena- da máxima é: y máx = h • Velocidade instantânea nula: v = 0 • Aceleração escalar não nula: α = – g 2ª. ) Num ponto qualquer da trajetória, de ordenada y < h, o móvel passará na subida com velocidade escalar (+v) e na descida com (–v), sendo v o módulo da velocida- de. ou seja, na subida e na descida, as velocidades são iguais em módulo (fig. 10). essa propriedade mostra a simetria do movimento e sua demonstração é feita facil- mente pela equação de torricelli: v2 = v 0 2 – 2g · Δy ⇒ v 1, 2 = v 0 2 – 2g · Δy temos uma raiz positiva (subida) e outra negativa (descida), ambas de mesmo módulo: v 1 = –v 2 3ª. ) A contar do ponto de lançamento da partícula, os intervalos de tempo de subida e de descida são iguais. essa propriedade é uma decorrência da simetria do movimento. 4ª. ) Denominamos tempo total de voo a soma dos tempos de subida e de descida: Δt voo = Δt sub + Δt desc tendo em vista a propriedade anterior, também podemos escrever: Δt voo = 2Δt sub = 2Δt desc DICA Não substitua g por –10 m/s², pois ele é um valor absoluto. Quem tem sinal negativo é a aceleração escalar α. Se você cometer esse erro, acabará anulando o sinal da aceleração. H y = 0 y máx = Hpico solo y Figura 9. Móvel na altura máxima. Il U st r A ç õ es : ZA Pt Figura 10. A simetria do movimento. +v v 0 –v (+) solo y Capítulo 6120 Exercícios de Aplicação 21. Uma partícula é lançada verticalmente para cima a partir do solo, com velocidade inicial de módu- lo v 0 . A aceleração da gravidade local tem módulo g e despreza-se o efeito do ar. A trajetória é orientada para cima. Calcule: a) o tempo de subida (t sub ); b) a altura máxima atingida (H). Resolução: Orientemos a trajetória para cima e tomemos a origem das ordenadas no solo. a) A equação horária da velocidade escalar é dada por: v = v 0 – gt No pico da trajetória: v = 0 0 = v 0 – gt sub gt sub = v 0 t sub = v 0 g b) A equação de Torricelli para o movimento fica: v2 = v 0 2 – 2g · Δy No pico da trajetória: v = 0 e Δy = H 02 = v 0 2 – 2gH 2gH = v 0 2 H = v 0 2 2g 22. Próximo da superfície terrestre e no vácuo, lan- çamos verticalmente para cima um corpo com velocidade escalar de módulo 30 m/s. A acelera- ção da gravidade é constante e vale g = 10 m/s². Considerando que o corpo tenha sido lançado do solo, determine: a) o tempo de subida (t sub ); b) a máxima altura (H). Resolução: Orientemos a trajetória para cima e tomemos a origem no solo. H v 0 y origem pico y = H v = 0 α = –10 m/s2 (+) solo As equações horárias são: y = y 0 + v 0 t – g 2 · t2 v = v 0 – gt Temos: y 0 = 0; v 0 = 30 m/s; g = 10 m/s² y = 30t – 5,0t2 (SI) (1) v = 30 – 10t (SI) (2) a) No pico da trajetória a velocidade se anula. Da equação (2), vem: 0 = 30 – 10t sub 10t sub = 30 ⇒ t sub = 3,0 s b) Para se obter a máxima altura (H), substituí- mos na equação (1) o tempo por 3,0 s e a ordenada por H: H = 30 · 3,0 – 5,0 · (3,0)2 H = 45 m Observação: Poderíamos ter obtido a altura máxima (H) por meio da equação de Torricelli. 23. No interior de um cilindro oco de vidro, vertical, fez-se vácuo para realizar o seguinte experimen- to: duas bolinhas de aço de pesos diferentes foram simultaneamente lançadas verticalmente para cima a partir da base do cilindro, com velo- cidades de mesmo módulo. A altura do cilindro foi suficiente para a realização do experimento com sucesso e nenhuma das bolinhas alcançou a tampa superior. vácuo v 0 v 0 H v 0 y origem pico y = H v = 0 α = –10 m/s2 (+) solo Il U st r A ç õ es : ZA Pt Movimento vertical no vácuo 121 Foi observado que: a) a bolinha mais pesada subiu e desceu mais depressa que a mais leve. b) a bolinha mais pesada subiu e desceu mais devagar que a mais leve. c) tal qual aconteceu na experiência de Galileu, o tempo de voo não depende da massa e os dois corpos realizaram o movimento de subida e de descida ao mesmo tempo, como se esperava. d) a mais pesada subiu mais devagar e logo retornou, chegando antes da mais leve. e) como não existia gravidade no interior do cilindro devido ao vácuo, as bolinhas subiram em MRU, mas não atingiram a tampa superior do cilindro, pois pararam no meio do cami- nho, permanecendo em repouso uma ao lado da outra. 24. Uma bolinha de aço é lançada verticalmente para cima no interior de um tubo cilíndrico oco, vertical, de altura ilimitada. No seu inte- Exercícios de Reforço 26. (UE-RJ) Em um jogo de voleibol, denomina-se tempo de voo o intervalo durante o qual um atle- ta que salta para cortar uma bola está com ambos os pés sem contato com o chão, como ilustra a fotografia. X U y U /X IN h U A P r e s s /c o r b Is /l A t IN s t o c k Considere um atleta que consegue elevar vertical- mente o seu centro de gravidade a 0,45 m do chão e a aceleração da gravidade com módulo igual a 10 m/s². Despreze o efeito do ar. Determine: a) o módulo da velocidade inicial v 0 do centro de gravidade desse atleta ao saltar; b) o tempo de voo desse atleta. 27. (UF-CE) Em um circo, um malabarista lança bolas, verticalmente para cima, que atingem uma altura máxima h. No caso de jogá-las para que elas fiquem o dobro do tempo no ar, a nova altura máxima será: a) 2 h c) 6 h b) 4 h d) 8 h rior se fez o vácuo. O módulo da velocidade inicial de lançamento é v 0 e a aceleração da gravidade no laboratório tem módulo g. A boli- nha subiu até uma altura H e retornou ao ponto de lançamento, tendo demorado um tempo T. Um segundo experimento foi realizado, porém dobrando-se o módulo da velocidade inicial de lançamento. Determine: a) o novo tempo total em função de T; b) a nova altura máxima em função de H. 25. Um jogador de futebol chuta uma bola verti- calmente para cima com velocidade inicial de 36 km/h. Admita que o atrito com o ar seja des- prezível e que o movimento tenha sido vertical. Dado g = 10 m/s², considere desprezível a altura inicial e determine: a) o tempo de subida e o tempo total do movi- mento, b) a máxima altura atingida. 28. (UF-AM) O diagrama abaixo representa uma sequência de fotografias, com intervalo de 1 s, de uma bola lançada verticalmente para cima num local onde a aceleração da gravidade tem módulo g. Sabe-se que a bola é lançada no ponto A, com velocidade inicial de módulo v A , e atinge sua altura máxima no ponto B (ver figura). Com base neste diagrama, podemos afirmar que v A e g valem, respectivamente: a) 20 m/s e 7 m/s² b) 40 m/s e 10 m/s² c) 20 m/s e 8 m/s² d) 40 m/s e 8 m/s² e) 40 m/s e 7 m/s² 29. (UF-PE) No instante t = 0 um menino lança uma pedra verticalmente para cima. Após 1,0 s, o movimento da pedra ainda é ascendente com uma velocidade que é a metade da velocidade inicial de lançamento. Supondo-se que o efeito do ar possa ser desprezado, calcule a altura máxima atingida pela pedra. Adote g = 10 m/s². 30. Uma bolinha de aço é atirada verticalmentepara cima com velocidade de módulo 10 m/s, a partir de uma altura inicial de 75 m do solo. A bolinha adquire um movimento retilíneo com aceleração constante e de módulo g = 10 m/s² e no seu retorno chega até o solo. 36 m B g A Z A P t
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