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413TÓPICO 6 | TRABALHO E POTæNCIA F & e d & têm mesma direção e sentidos opostos Neste caso, u 5 180° e cos u 5 21. Assim, o trabalho é calculado por: τ 5 F d cos u ⇒ τ 5 F d (21) ou τ 5 2Fd F & e d & são perpendiculares entre si Neste caso, u 5 90° e cos u 5 0. Assim, o trabalho é calculado por: τ 5 F d cos u ⇒ τ 5 F d (0) ou τ 5 0 A B d F Neste exemplo, o bloco desloca-se de A para B ao longo de um plano horizontal áspero. Nesse deslocamento (d & ), o bloco sofre a ação da força de atrito F & (admitida constante), cujo trabalho pode ser calculado por τ 5 2Fd. núcleo elétron MCU F c p v Nesta figura, tem-se a representação clássica do átomo de hidrogênio, em que apenas um elétron realiza movimento circular e uniforme em torno do núcleo. A resultante centrípeta que mantém o elétron em sua órbita é a força de atração eletrostática recebida do núcleo. Essa resultante não realiza trabalho, pois, a cada intervalo elementar de tempo, ela é perpendicular à direção do respectivo deslocamento. Outro caso interessante é o da força centrípeta. Conforme vimos no Tópico 3 (Resultantes tangencial e centrípeta), a força centrípeta é, a cada instante, per- pendicular à velocidade vetorial. Por isso, para intervalos de tempo elementares (extremamente pequenos), a força centrípeta é perpen- dicular aos respectivos deslocamentos elementares sofridos pela partícula, o que nos permite afirmar que: Sempre que a força e o deslocamento forem perpendiculares entre si, a força não realizará trabalho. Um eficiente modal de transporte urbano: o monotrilho A composição que aparece na imagem a seguir não é um novo modelo de montanha-russa. É o monotrilho de São Paulo, nova alternativa que promete revolucionar o transporte público da capital paulista. A previsão é que o sistema entre em plena operação até 2020, transportando diariamente cerca de 1 milhão de passageiros. O monotrilho é fabricado em alumínio e isso o torna 30% mais leve que versões similares feitas de aço. Essa maior leveza permite deslocamentos mais suaves e velozes. O comboio é totalmente elétrico, o que colabora para a obtenção de índices praticamente nulos de poluição. Uma novidade é que o veículo opera sem condutor. Seu controle é feito remotamente por um sistema de computa- dores existente em uma central. Para deslocamentos hori- zontais, tem-se que a força da gravidade (peso) e a força vertical recebida da estrutura de sustentação (força normal) não realizam trabalho. Isso ocorre porque essas forças são perpendiculares ao deslocamento. JÁ PENSOU NISTO? Teste com monotrilho de São Paulo. Dezembro de 2015. J a le s V a lq u e r/ F o to a re n a A força centrípeta nunca realiza trabalho; seu trabalho é sempre nulo. τ(F &cp) 5 0 C J T /Z a p t/ A rq u iv o d a e d it o ra C J T /Z a p t/ A rq u iv o d a e d it o ra 1CONECTEFIS_MERC18Sa_U2_Top6_p409a454.indd 413 8/9/18 9:05 AM 414 UNIDADE 2 | DINÂMICA 5. C‡lculo gr‡fico do trabalho No esquema a seguir temos um bloco percorrendo o eixo 0x. Ele se des- loca sob a ação exclusiva da força F &, paralela ao eixo. 0 x 2 xx 1 F Façamos o gráfico do valor algébrico de F & em função de x. O valor algébrico de F & é o valor dessa força com relação ao eixo 0x. Esse valor é positivo quando F & atua no sentido do eixo e negativo quando F & atua em sentido oposto ao do eixo. Considerando que F & é constante, obtemos: B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 0 xx 1 F F x 2 A 0 x F A 1 A 2 F é o valor algébrico da força responsável pelo trabalho. Dado um diagrama do valor algébrico da força atuante em uma partícula em função de sua posição, a “área” compreendida entre o gráfico e o eixo das posições expressa o valor algébrico do trabalho da força. No entanto, a força considerada deve ser paralela ao deslocamento da partícula. A 5 τ Embora a última propriedade tenha sido apresentada com base em uma si- tuação simples e particular, sua validade estende-se também ao caso de forças paralelas ao deslocamento, porém de valor algébrico variável. Entretanto, para esses casos, sua verificação requer um tratamento matemático mais elaborado. A1 1 A2 5 τ (soma algébrica) Em termos gerais, podemos enunciar que: Tomemos a "área" A, destacada no diagrama. Teria essa "área" algum significa- do especial? Sim, ela fornece uma medida do valor algébrico do trabalho da força F & ao longo do deslocamento do bloco, do ponto de abscissa x1 ao ponto de abscissa x2. De fato, isso pode ser verificado fazendo-se: A 5 F (x2 2 x1), mas x2 2 x1 5 d, em que d é o módulo do deslocamento vetorial do bloco. Logo: A 5 F d Recordando que o produto Fd corresponde ao trabalho de F &, obtemos: C J T /Z a p t/ A rq u iv o d a e d it o ra B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 1CONECTEFIS_MERC18Sa_U2_Top6_p409a454.indd 414 8/9/18 9:05 AM 415TÓPICO 6 | TRABALHO E POTæNCIA Nível 1Exercícios 1. Na figura abaixo, embora puxe a carroça com uma força horizontal de 1,0 ? 103 N, o cavalo não con- segue tirá-la do lugar devido ao entrave de uma pedra: Qual é o trabalho da força do cavalo sobre a carroça? 2. No SI, a unidade de trabalho pode ser expressa por: a) kg ? m s2 b) kg ? m s 2 2 c) kg2 ? m s2 d) kg ? m s e) kg ? m s 2 3 3. Um homem empurra um carrinho ao longo de uma estrada plana, comunicando a ele uma força constante, paralela ao deslocamento, e de intensidade 3,0 ? 102 N. Determine o tra- balho realizado pela força aplicada pelo ho- mem sobre o carrinho, considerando um deslocamento de 15 m. Resolução: A situação descrita está representada a seguir: d F Picolés Picolés Sendo F & e d & de mesma direção e mesmo sen- tido, o trabalho de F & fica dado por: τ(F &) 5 F d Como F 5 3,0 ? 102 N e d 5 15 m, vem: τ(F &) 5 3,0 ? 102 ? 15 ∴ τ(F &) 5 4,5 ? 103 J E.R. 4. Uma força de intensidade 20 N atua em uma par- tícula na mesma direção e no mesmo sentido do seu movimento retilíneo, que acontece sobre uma mesa horizontal. Calcule o trabalho da força, con- siderando um deslocamento de 3,0 m. 5. No esquema da figura, uma mesma caixa é ar- rastada três vezes ao longo do plano horizontal, deslocando-se do ponto A até o ponto B: F 1 F 3 F 2 A B Na primeira vez, é puxada pela força F &1, que rea- liza um trabalho τ1; na segunda, é puxada pela força F &2, que realiza um trabalho τ2; e na terceira é puxada por uma força F &3, que realiza um traba- lho τ3. Supondo os comprimentos dos vetores da figura proporcionais às intensidades de F &1, F &2 e F &3, aponte a alternativa correta. a) τ1 . τ2 . τ3 b) τ1 , τ2 , τ3 c) τ1 5 τ2 5 τ3 d) τ1 5 τ2 5 0 e) τ1 5 τ2 , τ3 6. Considere um garoto de massa igual a 50 kg em uma roda-gigante que opera com velocidade an- gular constante de 0,50 rad/s. Supondo que a distância entre o garoto e o eixo da roda-gigante seja de 4,0 m, calcule: a) a intensidade da força resultante no corpo do garoto; b) o trabalho realizado por essa força ao longo de meia volta. 7. A intensidade da resultante das forças que agem em uma partícula varia em função de sua posição sobre o eixo 0x, conforme o gráfico a seguir: 0 x (m)2,0 F (N) 4,0 6,0 8,0 10 12 –20 –40 20 Calcule o trabalho da força para os deslocamentos: a) de x1 5 0 a x2 5 8,0 m; b) de x2 5 8,0 m a x3 5 12 m; c) de x1 5 0 a x3 5 12 m. C J T /Z a p t/ A rq u iv o d a e d it o ra B a n c o d e i m a g e n s / A rq u iv o d a e d it o ra C J T /Z a p t/ A rq u iv o d a e d it o ra B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 1CONECTEFIS_MERC18Sa_U2_Top6_p409a454.indd 415 8/9/18 9:05 AM