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Superveniência de doença mental O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser internado em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à sua falta, em outro estabelecimento adequado (art. 41). Não se trata aqui de doença mental ao tempo do crime, que pode levar ao reconhecimento da inimputabilidade e absolvição do réu com aplicação de medida de segurança. O dispositivo em análise refere-se ao preso que, posteriormente ao crime, passa a apresentar distúrbios mentais, ou seja, que é acometido de doença mental durante o cumprimento da pena. Em tais casos, o sentenciado será encaminhado a hospital psiquiátrico para tratamento e, ao obter alta, deverá retornar ao presídio. Esta regra, todavia, aplica-se somente à situação do condenado que é acometido de surto passageiro ou transtorno mental transitório. O período em que permaneceu internado será descontado da pena. Por sua vez, dispõe o art. 183 da Lei de Execuções Penais que o juiz pode, a vista do exame pericial e após ouvir o Ministério Público e a autoridade administrativa, determinar a substituição da pena privativa de liberdade por medida de segurança, quando o condenado for acometido de doença mental grave que necessite de tratamento prolongado. Em tal caso, passarão a valer as regras referentes às medidas de segurança e sua forma de execução.
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