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Profª Drª. Maria Anastácia Maia Carbonesi Filosofia Geral e Jurídica Para Filosofar Severo Hryniewicz Nascimento da Filosofia Marilena Chauí PARA QUE FILOSOFIA? A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes: as coisas as ideias os fatos as situações os valores os comportamentos de nossa existência cotidiana. Reflexão Filosófica Movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno sobre si mesmo; A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo. 4 Filosofia Ciência Religião Saber Popular FILOSOFIA Phílos (Amigo) Sophía (Sabedoria) O Filósofo Não é aquele que detém o saber, mas o que vive em sua busca constante, é o amante da sabedoria Platão O filósofo, não é nem ignorante nem sabedor, é movido pelo desejo erótico de alcançá-la SABER SABEDORIA É a posse de algum conhecimento Tem como posse somente o espírito indagador de alguém que formula problemas e sai em busca de possíveis soluções, sem nenhuma certeza de tê-los resolvidos Filosofia Sabedoria Possui mais PERGUNTAS do que RESPOSTAS Para que serve a Filosofia? (Visão Utilitarista) Estuda somente para obter um diploma e ganhar dinheiro Aceita uma religião pelas vantagens que ela lhe trás - Cura Tem amizade por que as pessoas lhe são úteis Aceita a ciência quando esta lhe trás benefícios Dá dinheiro ou é imediatamente prático, então vale a pena, caso contrário... Disciplinas Filosóficas Ética – Relacionados a vida moral Antropologia Filosófica – Quem é o homem? Filosofia da Cultura – Manifestações culturais Filosofia Política – Necessidade, fundamentos e legitimidade do poder político Filosofia Social – Aspectos da vida social Filosofia do Direito – Os fundamentos do Direito Filosofia da Comunicação – Origem e estrutura do fenômeno da comunicação humana Filosofia da História – Historicidade do ser humano Filosofia da Religião – Sentimento de religiosidade do homem Filosofia da Educação – Sentido da atividade educativa, o alcance dos método A raposa e a uva Pecado que estejam verdes, uma porcaria! Situações da existência humana – Ciúme, cobiça, inveja A roupa nova do rei O Rei está nu! (Filosofa é olhar criticamente) As botas do camponês Pode passar, essas pernas não são minhas! (Alienação) Tipos de conhecimentos Ciência Filosofia Aborda criticamente grandes temas Emprega a razão crítica Se esforça para compreender os seus porquês Conhecimento racional, metódico, relativamente verificável e sistemático Faz uso da razão objetiva Procura explicar como as coisas funcionam Tipos de conhecimentos Senso Comum Religião Compreensão da realidade a partir da fé na existência de um Deus Conhecimento superficial, acumulado e repassado pela tradição Orienta os homens nos seus afazeres cotidianos Suas origens assentam-se nas vivências pessoais ou do grupo social O Declínio dos Mitos Gilberto Cotrim, 2006 Mito e Filosofia Marilena Chauí Condições Históricas – Surgimento da Filosofia Viagens Marítimas Invenção Calendário Invenção da Moeda Vida Urbana Invenção da Política Invenção da Escrita Pitágoras (Século V a.C) Invenção da palavra Filosofia Nascimento da Filosofia Ocidental Séculos VI e VII a. C SABER MÍTICO PENSAMENTO RACIONAL MITO É uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (Morte, Guerra, Plantas, Animais, Universo etc.) Mytheyo Mytheo Conversar, contar, anunciar, nomear, designar Contar, narrar, falar alguma coisa para outros Discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, por que confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. TEBAS - CORINTO Período Pré-socrático ou Cosmológico Se ocupava fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações da natureza Tales de Mileto Pai da filosofia – 1º pensador grego Astrônomo – Previu o eclipse total do sol em 585 a.C A água é a substância primordial, a origem de todas as coisas Somente a água permanece basicamente a mesma em todas as transformações dos corpos, apesar de assumi diferentes estados: sólido, líquido e gasoso Pitágoras de Samos A essência de todas as coisas reside nos números – Representam ordem e harmonia Criou a escola Pitagórica – Contribuições no campo da matemática, astronomia e música A essência dos seres, teria uma estrutura matemática da qual derivariam como: finito-infinito; par-impar; unidade- multiplicidade; circulo-quadrado etc. Parmênides de Eléia Opositor ao pensamento de Heráclito Defendia a existência de dois caminhos para a compreensão da realidade: 1) Filosofia, razão e essência 2) Crendice, opinião pessoal, aparência enganosa Concluiu que o ser é eterno, único, imóvel e ilimitado Sabia que é no mundo da ilusão, das aparências e das sensações que os homens vivem o seu cotidiano Heráclito de Éfeso 1º Representante do pensamento dialético Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação – Mobilista A vida era um fluxo constante, impulsionado pela luta de forças contrárias: Ordem – Desordem Bem – Mal Belo – Feio Alegria – Tristeza Justiça – Injustiça Racional – Irracional Construção - Destruição Demócrito de Abdera Esforçou-se para conciliar Parmênides e Heráclito Defendia a existência de 4 elementos primordiais, que constituem as raízes de todas as coisas: Fogo, Terra, Água e Ar. Responsável pelo desenvolvimento do Atomismo Átomo – Todas as coisas que formam a realidade são constituídas por partículas Invisíveis e Indivisíveis Heráclito de Éfeso A única coisa que não muda é que tudo muda Da Filosofia Clássica ao Helenismo Autor: Gilberto Cotrim, 2006 Período Socrático ou Antropológico A Filosofia investigava as questões humanas Interesse no próprio homem e nas relações políticas do homem com a sociedade SOFISTAS – Os mestres da Argumentação Professores viajantes Por determina preço, vendiam ensinamentos Davam aula de eloquência e de sagacidade mental Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso nos negócios públicos e privados Lições dos Sofistas Tinham como objetivo: Desenvolvimento da argumentação Habilidade Retórica Conhecimento de doutrinas divergentes Transmitiam, todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seriam utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários Protágoras de Abdera/ 480-410 a.C “O homem é a medida de todas as coisas” 1º e mais importante sofista O mundo é o que o homem constrói e destrói A verdade seria relativa a determinada pessoa, grupo social ou cultura Subjetivismo – Tal coisa é verdadeira se para mim parece verdadeira Qualquer tese poderia ser encarada como falsa ou verdadeira, dependendo da ótica de cada um Górgias de Leontini/ 487-380 a.C Um dos grandes oradores da Grécia Aprofundou a subjetividade de Protágoras Defendia o ceticismo absoluto “O bom orador é capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa” SÓCRATES DE ATENAS O poder das perguntas decisivas Marco divisor da filosofia grega Não deixou nada escrito Filho de um escultor e de uma parteira Centrou-se na Problemáticas do homem Opunha-se ao relativismo Pregava a união do saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou moral Sócrates - Diálogos Críticos IRONIA (Interrogação) Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições e os novos problemas que surgiam a cada resposta A primeira virtude do sábio é reconhecer a sua própria ignorância O que é justiça? O que é o bem? O que é virtude? “As vezes o twitter parece uma grande redação do Enem. As pessoas recebem um tema polemico que elas nunca tiveram nenhum contato anterior e nunca pensaram sobre, mas tem a obrigação de opinar com 30 linhas sobre o assunto, enquanto fingem que possuem base argumentativa para isso” MAIÊUTICA (Arte de trazer a luz) Libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, os discípulos podiam então iniciar o caminho da reconstrução de suas próprias ideias PLATÃO DE ATENAS (Das aparências aomundo das ideias) Teoria das ideias Mundo das sombras e aparências Mundo das ideias e essências Impressões – Sensações (Opinião) Conhecimento Saber que se adquire sem uma busca metódica – Percepção da aparência Ultrapassa a esfera das impressões sensoriais, o plano da opinião, e penetra na esfera racional da sabedoria Mundo sensível Mundo das ideias Sombra Ilusão Objeto sensível Crença Objeto Matemáticos Ideias Matemáticos Conceitos ARISTÓTELES DE ESTAGIRA (Da lógica a ordenação do mundo) Organizador do saber grego – Impacto na história do pensamento ocidental Liceu – Deus Apolo Lício Dedicou inúmeros estudos na área da biologia – Observação da natureza e a classificação dos seres vivos Tinha uma visão científica da realidade – Desenvolveu a lógica para servir de ferramenta do raciocínio O objeto próprio da ciência é o Universal O ser individual não pode ser objeto da ciência PLATÃO ARISTÓTELES Os dados transmitidos pelos sentidos não passam de ilusões, sombras, distorções da verdadeira realidade Partindo da realidade sensorial – Empírica a ciência deve buscar as estruturas essenciais de cada ser ATO POTÊNCIA A manifestação atual do ser, aquilo que já é As potencialidades do ser (capacidade de ser), aquilo que ainda não é mas pode vir a ser A transitoriedade ou mudança das coisas se resumem na passagem da potência para o ato FILOSOFIA HELENÍSTICA (A busca da felicidade interior) EPICURÍSMO O prazer é o principio e o fim de uma vida feliz Para desfrutarmos dos grandes prazeres do intelecto precisamos aprender a dominar os prazeres exagerados da paixão: Medos; Apegos; Cobiça; Inveja Prazeres – Grupo 1 (Duradouros) Prazeres – Grupo 2 (Imediatos) Boa conversação Contemplação das artes Audição da música Amizade Prazeres imediatos Explosões das paixões Resultam em dor e sofrimento PIRRONISMO CINISMO Deve-se se contentar com as aparências das coisas, desfrutar o imediato capitado pelos sentidos e viver feliz e em paz. Pois seria impossível saber se as coisas são efetivamente como aparecem O homem deve procurar conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais ESTOICISMO Toda realidade existente é uma realidade racional – Os homens e a natureza fazem parte desta realidade Integrado a natureza, não existe nenhum outro lugar para ir ou fugir, além do próprio mundo que vivemos Somos deste mundo e, ao morrer, nos dissolvemos neste mundo Não dispomos de poder para alterar, substancialmente, a ordem universal do mundo Mas pela Filosofia podemos compreender esta ordem universal e viver segundo ela “Ser livre é viver segundo a nossa própria natureza que, por sua vez, integra a natureza do mundo” Plano Ético (Atitude de austeridade física e moral) Coragem ante o perigo Resistencia ante o sofrimento Indiferença ante as riquezas materiais Ideal Perseguido Estado de plena serenidade para lidar com os sobressaltos da existência, fundado na aceitação e compreensão dos “princípios universais” que regem toda a vida FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA Autor: Gilberto Cotrim, 2006 SÉCULO DAS CERTEZAS Século XIX Marcado por grandes convicções Confiança no poder da razão Entusiasmo com o progresso tecnológico Expansão industrial Século XX Duas guerras mundiais Revolução Russa Explosão Nazista Colapso da União Soviética SÉCULO DAS INCERTEZAS Salto vertiginoso da tecnologia Telescópios hiperpotentes Naves espaciais Engenharia genética Computadores Internet Telefone celular Inteligência artificial Século XX Século XX Intelectuais do Século XX - (Percepções Antagônicas) Alguns o veem como uma época inédita pela vastidão dos dramas humanos, pelos massacres e pelas guerras Outros reconhecem que, apesar das violências, também foi um período de progresso técnico-científico e de importantes conquistas sociais Destituída de valores éticos, ciência e tecnologia nem sempre contribuem com o desenvolvimento humano. Em certos casos, presta serviço a tirania e a barbárie Com suas incertezas e contradições o século XX não pode ser fechado para balanço. Permanece aberto à busca de quem quiser compreendê-lo EXISTENCIALÍSMO Conjunto de tendências filosóficas que, têm na existência humana o ponto de partida e o objeto fundamental de reflexões Características Ser humano – realidade imperfeita, aberta e inacabada que foi lançada ao mundo e vive sob riscos e ameaças Liberdade humana – não é plena, mas condicionada as circunstâncias históricas da existência. Querer não se identifica com poder Vida humana – Marcada por situações de sofrimento, doença, dor, injustiça, fracassos, velhice, morte, exploração, angústia, luta pela sobrevivência Desenvolveu uma crítica intensa sobre os Valores Morais Propôs o estudo da formação histórica dos valores morais Afirma que não existe as noções absolutas de Bem e de Mal As concepções morais são elaboradas pelos homens, a partir dos interesses humanos. São produtos histórico-culturais Grande parte das pessoas, acomoda-se a uma moral de rebanho, baseada na submissão irrefletida ao valores dominantes Nietzsche Sartre Ente para si Específico do humano, se opõe ao ente em-si. O ente para si é o Nada – um espaço aberto NADA – É a característica típica humana, singular aquilo que faz do homem um ente não-estático, não-compacto, acessível às possibilidades de mudanças Um dos valores fundamentais da condição humana é a liberdade “Nós somos condenados a ser livres” Não é escolha Mesmo que se escolha não ser livre, já se está escolhendo livremente A liberdade carrega sobre nós uma responsabilidade muito grande Nós somos, de fato, aquilo que escolhemos e as consequências que assumimos Mario Sergio Cortella ANALÍTICA Pela análise lógica da linguagem, procurava esclarecer o sentido das expressões e seu uso no discurso linguístico Entendia que muitos dos problemas filosóficos se reduziriam a equívocos e mal-entendidos originados do uso ambíguo da linguagem Lançou luz sobre diversos aspectos da linguagem e influencio filósofos de outros campos da filosofia Wittgenstein A linguagem é uma atividade, um jogo Os jogos de linguagem adquirem o seu significado no uso social, nos diferentes modos de ser e de viver no qual a fala está inserida Os jogos de linguagem se produzem socialmente e não individualmente O termo linguístico deve ser explicado a partir do seu uso social TEORIA CRÍTICA – ESCOLA DE FRANKFURT Preocupação de estudar vários aspectos da vida social – De modo a compor uma Teoria crítica da sociedade como um todo Investigaram as relações existentes entre os campos da economia, da psicologia, da história e da antropologia Concentrou seu interesse na análise da sociedade de massa Sociedade de massa Termo que busca caracterizar a sociedade atual, na qual o avanço tecnológico é colocado a serviço da reprodução da lógica capitalista, enfatizando o consumo e a diversão como forma de diluição dos problemas sociais Walter Benjamin Adorno e Horkheimer Industria cultural – diversão de massa veiculada pela televisão, cinema, rádio, música, propaganda etc. Homogeneização dos comportamentos, a massificação das pessoas Não permite que a classes assalariadas assumam uma posição crítica em relação a realidade Acreditava que a arte dirigida às massas pode servir como instrumento de politização Se mostrava esperançoso com a possibilidade de que a Arte, a partir do desenvolvimento das técnicas de reprodução, se torne acessível a todos PÓS-MODERNA (Pluralidade dos caminhos e das culturas) Constatação dos desastres sociais e ambientais: miséria, desigualdade social, catástrofes ambientais, guerras, dominação econômica e barbárie Análise dos diversos aspectos da vida social, principalmente formas de Controle e Opressão Valorização das Pluralidades Culturais, pelo respeito à diferença do outro Debilitação das Esperanças - que um dia dominaram o mundo moderno Pós-moderno Designa o fim do projeto da modernidade – A desesperança historicamente constatada de a razão técnico-científico favoreça a emancipação humana Derrida Ideia de centroUnifica e estrutura (Construções Teóricas) Organizam o entendimento do mundo Logocentrismo Desconstruções - (Conceitos e Valores) Função predominante na cultura Usada como forma de dominação Foucault Novas organizações de poder O poder- Se fragmenta em Micropoderes e se torna mais eficiente Interiorização e cumprimento das normas estabelecidas pela disciplina social Controle social e punição - Invisíveis Sociedade Disciplinar Corpo – Comportamentos - Sentimentos BYUNG-CHUL HAN Além da sociedade disciplinar Sociedade Disciplinar (Foucault) Hospitais Asilos Presídios Os sujeitos da sociedade disciplinar são chamados de: “Sujeitos da obediência” Sociedade do Desempenho (Século XXI) Academias de fitness Prédios de escritórios Bancos Aeroportos Shopping centers Laboratório de genética Clínica de estética Os sujeitos dessa sociedade são chamados de: “Sujeitos de desempenho e produção” (São Empresários de si mesmo) Quarteis Fábricas Sociedade Disciplinar (Foucault) Sociedade da Negatividade É determinada pela Negatividade da proibição O verbo modal negativo que a domina é o não-ter-o-direito Ao dever inere uma negatividade, a negatividade da coerção A sociedade disciplinar está dominada pelo Não Sua negatividade gera loucos e delinquentes Sociedade do Desempenho Sociedade da Positividade Vai de desvinculando cada vez mais da negatividade O poder ilimitado é o verbo modal positivo da sociedade do desempenho No lugar de proibições, mandamento ou lei, entram projetos, iniciativa e motivações O plural coletivo da afirmação “Yes, we can” (Sim, nós podemos), expressa precisamente o caráter de positividade da sociedade do desempenho A sociedade do desempenho produz depressivos e fracassados FILOSOFIA MORAL Autor: Gilberto Cotrim, 2006 Do ser ao dever ser Agimos no mundo de acordo com Valores Nossas decisões dependem do que consideramos: Bom Justo “O homem é um ser Moral” O que é moral? Qual a diferença entre moral e ética? Moral “Costume” – Refere-se ao conjunto de Normas Que orientam o Comportamento Humano Tendo como base os Valores próprios a uma dada comunidade ou cultura Ética “Modo de ser” – “Comportamento” São estabelecidas pelos membros da sociedade e ambas se destinam a regular as relações nesses grupos de pessoas. Moral e Direito Normas Morais e Normas Jurídicas Aspectos Comuns Normas que devem ser seguidas por todos Buscam propor, por meio de normas, melhor convivência entre os indivíduos Orienta-se por valores culturais próprios de uma determinada sociedade Diferenças Normas Morais Normas Jurídicas Cumpridas a partir de convicções pessoais A sanção varia pois depende da consciência moral do sujeito que infringe a norma Não se traduz em um código formal Não apresenta vinculação direta com o Estado Coercibilidade – Cada indivíduo Devem ser cumpridas sob pena de punição do Estado A punição está prevista na legislação Se traduz em um código formal Vínculo direto com o Estado Coercibilidade – Força e repressão potencial do Estado Moral e Liberdade Consciência Moral Faculdade de observar as próprias condutas e formular Juízos sobre os atos: Passado, Presente e Futuro Julgar Escolher – Dentre as circunstâncias possíveis, seu próprio caminho na vida Liberdade – Possibilidade de escolher seu caminho, construir sua maneira de ser e sua história Liberdade X Determinismo Ênfase no Determinismo A liberdade não existe, o homem é sempre determinado, seja por sua natureza biológica, seja por sua natureza histórico-social Ênfase na Liberdade Apesar de todos os fatores sociais e subjetivos que atuam sobre cada indivíduo, ele sempre possui uma possibilidade de escolha e pode agir livremente a partir da sua autodeterminação Dialética – Liberdade e Determinismo O homem é determinado e livre ao mesmo tempo Determinismo e liberdade não se excluem, mas se completam A liberdade é sempre uma liberdade concreta situada no interior de um conjunto de condições objetivas de vida Embora nossa liberdade seja restringida por fatores que cercam a nossa existência concreta, podemos sempre atuar no sentido de alargar as possibilidades dessa liberdade Ética na História Concepções Filosóficas sobre o BEM e o MAL A Moral é uma construção humana A moral possui um caráter social A moral caracteriza-se como construção histórica Os sistemas morais não são fixos nem imutáveis Estão relacionados com a transformação histórica Possibilita pensar a moralidade a partir de diferentes concepções Kant Aponta a razão humana como uma Razão Legisladora, capaz de elaborar normas universais, uma vez que a razão é um predicado universal dos homens As normas morais teriam a sua origem na Razão Atos contrários ao Dever Nossas vontades são também afetadas pelas inclinações, que são os desejos, as paixões, os medos Devemos educar a vontade para alcançar a vontade guiada unicamente pela razão Kant - Ética Formalista ou Formal Postula o dever como Norma Universal Não considera as condições individuais diante do dever Hegel A moralidade assume conteúdos diferenciados ao longo da história das sociedades A moral seria o resultado da relação entre individuo e sociedade Em cada momento histórico, a moral se manifesta tanto nos códigos normativos como, implicitamente, na cultura e nas instituições Vinculou a ética a História e a Sociedade Habermas Ética fundada no Diálogo e no Consenso entre os sujeitos Busca-se no diálogo a Razão Comunicativa, que não encontra pronta e acabada, mas que se constrói a partir da argumentação e leva ao entendimento entre os sujeitos ÉTICA Habermas aposta na Linguagem e capacidade de entendimento entre as pessoas na busca de uma Ética Democrática e não-autoritária, baseada em valores validos e aceitos Consensualmente DIREITO, SENSIBILIDADE E AFETO Autor: Eduardo Bittar e Guilherme Almeida Modernidade e Racionalismo Razão que emerge da modernidade Forma uma ideia de exclusão com a ideia de Emoção Produto da Modernidade Conflito Razão X Éros Tradição Ocidental Dicotomiza Alma Alto Céu Corpo Baixo Inferno Cisões e fraturas vertiginosas e inconciliáveis existentes entre: Pensamento Mente Verdade Sentimento Coração Paixão A razão que emerge da modernidade é a razão instrumental – Uma forma de razão que dilacera a existência humana em sua plenitude, reduzindo-a a um de seus aspectos Império do Moderno Produz o eu-máquina Distância o ego da percepção de si e da percepção do outro A racionalidade técnica é a racionalidade da própria dominação Dominação é caráter compulsivo da sociedade alienada de si mesma Cegado pelo pragmatismo de efeitos produtivos, o homem se esgota em trabalho A relação humana com o dinheiro e com a conquista, com o caráter empreendor-destruídor relega o outro Os laços humanos da sociedade de consumo são definidos por sua volatilidade e indiferença O homem moderno ao se alienar do outro, também se alienou de si mesmo A alienação manifesta-se nos homens justamente no desaparecimento das distâncias O lugar do afeto como lugar da razão “Sei que nada sei” As certezas modernas se abalam As verdades científicas se relativizam O controle sobre a natureza sai de rumo e ameaça a sobrevivência humana “Conhece-te a ti mesmo” A arte de amar a si, e, portanto, de amar ao outro A razão é capaz de equipar materialmente o mundo, mas somente o afeto é capaz de dar continuidade a existência humana O afeto não é desorientado e irracional, mas sim um auxiliar importante na condução das trilhas a serem assumidas pelas deliberações e escolhas éticas individuais AGIR PRUDENTE Sinônimo de uma prática ética de consideração da singularidade de cada caso concreto e de cada particularidade humana ESFORÇO Ato de agir e julgar prudentemente é um esforço dimensionado de forma ética, e não por uma simples operação lógico-dedutiva a partir de regras Espaço Público Relações de Trabalho Predomínio dos homens Espaço da coordenação das ações na base do Direito Quanto mais o direito se inspira nos ideais civilizatórios ocidentais, mas se distancia da possibilidade de fazer-seJusto Quanto mais o direito se identifica com a instrumentalidade, mas propenso se torna a anestesiar a compreensão sensível e emotiva do mundo Razão Feminina Razão Masculina É estética É afetiva É sensível É calculadora É operativa É técnico-racional Mitologia (Legendária Tradição) Justiça Arquétipo Feminino Virtude da isonomia Virtude da imparcialidade Virtude da ponderação Virtude da piedade pelo humano Virtude de julgamento Superação do Paradigma Implica em trazer à consciência o fato de que o Direito, quando se afasta da Justiça, revela-se, em grande parte: Arbítrio Força Opressora Puro ato de Imposição Oprime pela Espada que deve Proteger Num registro masculino de mundo, o impensável se torna real - Auschwitz Direito de Auschwitz Mudança de Paradigma Esforço no sentido de caminhar em direção à criação de um amplo espaço da consagração da esfera do feminino na arte de Entender, Interpretar e Compreender a esfera do Direito Numa visão de mundo, fundada na cultura do feminino, o acolhimento fala a linguagem do diálogo e da compreensão e assume a perspectiva de comunhão, e não do abatimento do inimigo como na cultura da competição viril Trata-se de pensar a feminização do Direito. Porque se entende que quando Razão e Sensibilidade se encontram, o direito opera Justiça Se a Justiça fosse apenas demonstração: De força De poder De intimidação De espada Não haveria lugar para a: Ponderação Reflexão Flexibilidade para a percepção das necessidades humanas Cultura e Educação em Direitos Humanos Educação / Metodologia – Preparar para o convívio: Com a diversidade Na base do diálogo e do respeito Voltada para a alteridade Como forma de prática de solidariedade social Na base da tolerância Uma cultura de Direitos Humanos – Deve envolver táticas de recolhimento das energias eróticas que pulsam de ações conjuntivas e não disruptivas Cultura e Educação em Direitos Humanos O caráter ativo da política do amor envolve necessariamente: Uma atitude pró ativa perante o mundo Que se pronuncia sobre a barbárie Repele a injustiça Se choca com a desigualdade Protesta contra a violência Se indigna com o sofrimento humano Hans Kelsen - Positivismo Jurídico Autores: Eduardo Bittar e Guilherme Almeida Hans Kelsen – Positivismo Jurídico Positivismo Jurídico Movimento de pensamento antagônico a qualquer teoria naturalista, metafísica, histórica, sociológica, antropológica etc. Teoria Pura do Direito Concepções Metodologia Estudo indispensável e obrigatório para a melhor compreensão lógica-sistemática do Direito Identifica que o que não pode ser provado racionalmente não pode ser conhecido, ao estilo da exatidão matemática Positivismo Jurídico e Normativismo Procurou delinear a Ciência do Direito desprovida de qualquer outra influência que lhe fosse externa O isolamento do método jurídico seria a chave para a autonomia do Direito como Ciência Por meio do método ter-se-ia uma descrição do Direito que correspondesse apenas a uma Descrição pura do Direito As categorias do Ser e do Dever-ser são os polos com os quais lida Kelsen para distinguir Realidade e Direito Ser É com a quebra da relação entre Ser e Dever-ser que Kelsen trabalha para definir o que é Jurídico do que não é Jurídico Dever-ser Jurídico Não Jurídico Não se enraíza em qualquer fato social, histórico Não é condicionado por nada que possa perverter sua natureza de puro dever-ser Desenraiza o Direito de qualquer origem fenomênica – Entendimento da sua mecânica Cultura, Antropologia, Sociologia, Ética, Religião, História etc. O sistema jurídico É unitário É orgânico É fechado É complexo É autossuficiente Normas hierarquicamente inferiores buscam seu fundamento de validade em normas hierarquicamente superiores O ordenamento jurídico resume-se a esse emaranhado de relações normativas Qualquer abertura para fatores extrajurídicos comprometeria a sua rigidez e completude Teoria do Direito – Juízos de Valor Valores de Direito Valores de Justiça Cujo parâmetro objetivo é a norma jurídica Cujo parâmetro subjetivo repousa em dados variáveis, dedutíveis Lícito - Ilícito Justo - Injusto O sentido da normas jurídicas alcança-se por meio da Interpretação – Mas não consiste em processo de cognição causado por leis morais ou naturais – Trata-se das possibilidades de sentido de um texto normativo, em sua literalidade Ciência do Direito A Teoria Pura - Procura identificar como importante para a pesquisa jurídica: Validade Existência de uma norma jurídica Vigência Eficácia A produção de efeitos de uma norma jurídica Condutas obedientes e observantes a uma norma jurídica É a ciência do Dever-ser que procura descrever o funcionamento e o maquinismo das normas jurídicas Justiça e Direito Norma Jurídica (Objeto de estudo do Direito) Norma Moral (Objeto de estudo da ética) Discuti sobre Justiça é discuti sobre Normas Morais Discuti sobre Justiça não é discuti sobre Direito, e vice-versa, porque toda ordem jurídica é definida pelas normas jurídicas que possui É valido a ordem jurídica ainda que contrarie os alicerces morais Validade e Justiça de uma norma jurídica são juízos de valor diversos Uma norma pode ser: Válida e Justa Válida e Injusta Inválida e Justa Inválida e Injusta A discussão sobre Justiça não se situa dentro das ambições da Teoria Pura do Direito Kelsen – Quer expurgar a preocupação com que é justo e o que é injusto Muitas são as formas com as quais se concebe o Justo e o Injusto, o que conduz os estudos ao terreno das investigações inconclusivas Justiça e Injustiça Nada tem haver com a validade de determinado direito positivo O que é válido prepondera sobre o que é justo, pois a validade está de acordo com o ordenamento jurídico O que é justo está no plano das especulações, dos valores. Aceitar que o justo prepondere em relação ao válido é troca o Certo pelo Duvidoso - Há um justo e este justo é um justo relativo Hannah Arendt – Poder e liberdade Autores: Eduardo Bittar e Guilherme Almeida O Poder não violento Poder - Weber Poder - Arendt Faculdade de alcançar um acordo quanto à ação comum, no contexto da comunicação livre de violência Possibilidade de impor a própria vontade ao comportamento alheio A ação não violenta é a única forma de ação que possibilita o encontro dos homens pela Palavra O desvirtuamento do poder e a violência A associação de Poder com Violência é já uma demonstração do desvirtuamento conceitual da ideia de poder Ceder espaço ao advento da Força é negar o principio da ação e da busca de consensos por meio da ingerência de instrumentos de submissão e de abuso da condição humana Decisões acompanhadas de violência são pautadas pela capacidade de abafarem expectativas de contrariedade Do cano de uma arma emerge o comando mais efetivo, resultado da mais perfeita e instantânea obediência – O que nunca emergirá daí é o poder! Gandhi e a Não violência A finalidade da doutrina de Gandhi é a conquista da libertação tanto coletiva, como individual Ao eleger a não violência como principio de ação, opta por uma ética de princípios, já que a conquista do resultado, por mais importante que seja, não justifica, em hipótese alguma, a violação da integridade psicofísica do ser humano Ação política - Gandhi Princípio de Ação É a não violência Forma de Luta Apresenta diversos métodos – greves, jejum etc Objetivo Libertação coletiva e individual Liberdade Arendtiana Os homens e mulheres tornam-se livres, ao exercitarem a ação e decidirem, em conjunto, seu futuro comum Concepção de Poder Arendtiana Poder tem como elemento essencial a não violência – Essa definição ajusta-se à ideia de liberdade enquanto campo de exercício de ação Prática da Liberdade Arendtiana Os seres humanos devem preservar o espaço público. Este para ser preservado, requer a manutenção de um direito mínimo – a cidadania – O exercício da cidadania é o “meio criador” do espaço público que torna possível a liberdade Onde há Política Há espaço Público Onde há Espaço Público Há Diálogo Onde há Diálogo HÁ DIREITOSJohn Rawls – Ética, Instituições, Direitos e Deveres Autores: Eduardo Bittar e Guilherme Almeida Justiça como Equidade Equidade Dá-se quando no momento inicial em que se definem as premissas com as quais se construirão as estruturas institucionais da sociedade Sua Teoria de Justiça é uma teoria de justiça com equidade Contratualismo Matriz bem determinada (Locke, Rousseau, Kant) – Busca inspiração para a grade dos conceitos que explora com desenvoltura e propriedade em meio ao Contratualismo Contemporâneo Pensar Justiça É pensar em refletir acerca do Justo e Injusto das Instituições Qual seria a melhor forma de administrar a justiça de todos senão por meio das instituições sociais? Uma sociedade organizada é definida exatamente em função da organização das suas instituições sociais As instituições sociais podem ou não realizar anseios de justiça do povo ao qual se dirige Justiça Virtude primeira de todas as instituições sociais Aquilo que e a verdade é para a ciência, deve a justiça ser para as instituições sociais As instituições socais, devem almejar, mas não só, devem realizar a justiça por meio de sua quadradura institucional Uma sociedade bem organizada possui a máxima aderência de suas partes contratantes - Instituições Direitos e Deveres As instituições sociais tem como meta a questão de como os direitos e deveres são distribuídos na sociedade Alguns possuem mais direitos e outros estão sobrecarregados de deveres? Alguns se favorecem das estruturas sociais para garantirem seu bem-estar pessoal? Todos tem acesso a benefícios socialmente reconhecidos e coletivamente garantidos? Distribuição e Participação – Justiça Social Conceito de Justiça – Pacto Social Acordo Inicial (Hipotético) Esse acordo vem marcado pela ideia de uma igualdade original para optar por direitos e deveres; é essa igualdade o pilar de toda teoria Eis aí a equidade de sua teoria O que há que escolher no momento do pacto inicial não é nada mais nada menos que a estrutura fundamental da sociedade, seus alicerces Os dois princípios 1º) Princípio da Igualdade 2º) Princípio da Diferença Define as Liberdades básicas dos pactuantes Regula a aplicação do 1º princípio, corrigindo as desigualdades Princípio da Igualdade As liberdades básicas devem ser iguais para todos: Liberdade política Liberdade de expressão Liberdade de Reunião Liberdade de consciência Liberdade de pensamento Liberdade de não ser preso arbitrariamente Princípio da Diferença Se o primeiro princípio reza que todos devem possuir determinado benefício social – O segundo cumprira para que o acesso a esse benefício social se dê de modo correto e real Equidade Igualdade É dar as pessoas as mesmas oportunidades É adaptar as oportunidades deixando-as justas É dar o que cada um necessita para que todos tenham as mesmas oportunidades Teoria da Justiça Se realiza Institucionalmente Objetivamente Coletivamente Fala-se da Justiça das Instituições Fala-se de uma Justiça que é racionalmente compartilhada no convívio social Fala-se da Justiça que gera o bem comunitário e não individual A formação social do pacto é uma construção humana que beneficia a todos, e que é por meio dela que se podem realizar os indivíduos socialmente Chaïm Perelman – Argumentação, Lógica e Direito Autores: Eduardo Bittar e Guilherme Almeida O raciocínio jurídico não obedece às regeladas mecânicas do raciocínio exato (matemático, mecanicista, rigoroso) O Direito não se resume à lei – Se apoia em vertentes variadas do conhecimento para mostrar a impropriedade do pensamento positivista Combate ao Positivismo Jurídico Chäim Perelman Há que se dizer que o Raciocínio Jurídico é um raciocínio engajado em seu contexto (econômico, politico, cultural, ideológico etc, o que faz com que o Mito da legalidade pura e estreita desaparece no horizonte do Folclore Jurídico Defende uma lógica jurídica específica, que não se vale somente do raciocínio dedutivo, mas que se vale também, entre outras coisas, do raciocínio dedutivo. A lógica judiciária não se resume à mera dedução de conclusões extraídas do texto da lei Combate a Lógica Formal O pensamento do autor volta-se menos para as estruturas formais do pensamento jurídico e mais para a práxis do direito Procura aproxima a teoria da prática, distanciando os olhos do jurista do purismo da lógica formal Para uma lógica que não vive de certezas, não se pode almejar que o raciocínio jurídico esteja vertido para o alcance da verdade O Mito da Verdade – Não existe no pensamento de Perelman, uma vez que o termo Verdade é substituído por outros mais apropriados para expressar o que é próprio do Raciocínio Jurídico, como: A saber O razoável O equitativo O aceitável O admissível O Juiz não é boca da lei Passa a ter papel muito mais considerável na atuação prática do jurista – O rigor do formalismo lógico desaparece frente a esse modelo de raciocínio propriamente jurídico A argumentação A lógica Não obedece a esquemas rígidos de formação, elocução, dedução construção – Trata-se de uma lógica material, prática, inteiramente condicionada a sua tarefa de produzir efeitos diante de um auditório Lógica da Argumentação Atividade do Juiz Divide Espaço ou Colide Impressões Psicológicas História e vivencias comunitárias Instituições pessoais Provas não produzidas Outros modelos teóricos simplesmente desprezam estes motivos Nova Retórica e Proposta Perelmaniana Argumentação É o modo de gerar convencimento e de produzir persuasão mais usual no meio jurídico Discurso Meio que se acessa a consciência do juiz, que se invadem suas perspectivas pessoais, para se fazer instalar uma possível decisão favorável ao um determinado interesse Retórica Estudo que proporciona conhecimento acerca dos meios argumentativos e dos auditórios disponíveis – Da adequação entre instrumento e auditório surge a verdadeira sabedoria retórica “Os dois únicos limites para o campo de desenvolvimento da retórica são a pura evidencia, que dispensa a argumentação, e a imposição arbitrária, que impede a argumentação” Jürgen Habermas – Razão Comunicativa e Direito Autores: Eduardo Bittar e Guilherme Almeida A razão comunicativa habermasiana Pensa os principais problemas sociais e humanos a partir da matriz da Comunicação Afirma que toda Mediação e toda Relação estão entrelaçadas a fatos linguísticos e suportando uma relação discursiva Teoria do Agir Comunicativo Surge como uma teoria voltada para a compreensão da dimensão da verdade como fruto de uma experiência intersubjetiva e dialógica no espaço social Consenso Dialógico Parece ser o único meio, ou a única via, para não se cai num apriorismo desnecessário ou num moralismo reacionário e auto defensivo de seus valores Consenso É uma ideia comunitária a ser desenvolvida pelo grupo que pensa seus problemas em comum, e, portanto, constrói comunicativamente, suas soluções Morais e Jurídicas DIREITO Como comando para a ação, age organizando os mecanismos de interação do convívio social Modulando desta forma os encontros entre subjetividades e interesses de cunho social A legalidade é, sem dúvida alguma, importante face do direito moderno, mas não a sua única e última fonte de legalidade MORAL Como forma de influênciação sobre os comportamentos sociais demanda a Consciência do agente para ter esta ou aquela escolha DIREITO Cumpre a função de predizer quais escolhas são válidas e quais não são válidas, tolhendo de certa forma, a possibilidade de exercício de liberdade de escolha para além daquelas normadas como essenciais para o convívio social “O DIREITO – Reclama menos consciência e mais obediência” O mundo da Vida – Corresponde a “um complexo de tradições entrelaçadas de ordens legítimas e de identidades pessoais, e o agir comunicativo extrai a sua vivacidade dai A originalidade, o imprevisto e o indeterminado – São marcas do processo de constituição desta grande trama constituída a partir do convívio de indivíduos socializados, que buscam apoio nas condições de reconhecimento reciproco Istoé o que faz com que sejam reciprocamente pressupostas e condicionantes a Pessoa, a Cultura e a Sociedade Partindo da Razão Comunicativa O direito legítimo se funda sobre as experiências ordinárias colhidas no mundo da vida - De onde se extrai as condições para a participação na arena da esfera pública – Através da qual os circuitos da comunicação habilitam os atores sociais: A produção de decisões social e Juridicamente relevante O Direito se anela a ideia de ser uma prática social de deliberação, compartilhamento e estabelecimento de referenciais do agir comum O Direito É certamente, linguagem, codificada ao nível normativo, comprometida com a salvaguarda da liberdade Que se faz possível por meio do exercício de escolhas entre valores diversos, para que comportamentos se tornem socialmente vinculativos Consentindo a sobrevivência da coesão social e o crescimento das perspectivas de alcance da justiça na vida compartilhada por uma comunidade linguística POEMA DA CHEGADA O que é o direito? Arte, Ciência, Técnica, Poesia Uma pergunta, inúmeras respostas Imperioso decidir para seguir vivendo Escolham uma opção sem esquecer das outras Enquanto o Direito Positivo produz suas normas A Filosofia zela pela sua precisa compreensão e possível mudança Cabe à Filosofia do Direito perguntar E ao Direito? Postular seus pontos de partida