Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Constitucional 1 NOÇÕES DE NOÇÕES DE NOÇÕES DE NOÇÕES DE DIREITO DIREITO DIREITO DIREITO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONALCONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL � Trabalho adaptado do texto original disponibilizado pela Professora Amanda Amozara, e que está disponível em: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&ved=0CCsQFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.p rofessoraamanda.com.br%2Ffederal%2FDireito%2520Constitucional.PPTX&ei=9fQuVNn_GubbsATil4G4Cg&usg=AFQjCN EY4zd_qWW1tfJ3wVomAabCvyvYIA&sig2=l9PK00eDwP6E2ZsrmxyL6Q Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Direito Constitucional 3 PRINCÍPIOSPRINCÍPIOSPRINCÍPIOSPRINCÍPIOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAISFUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS DADADADA CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO FEDERALFEDERALFEDERALFEDERAL DEDEDEDE 1988198819881988.... Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. 3 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 4 OOOO QUEQUEQUEQUE ÉÉÉÉ REPÚBLICA?REPÚBLICA?REPÚBLICA?REPÚBLICA? A República (do latim res publica, "coisa pública“) é uma forma de governo na qual o chefe do Estado (Presidente da República) é eleito pelos cidadãos, para um mandato de duração limitada, exercido em nome do povo (pelo povo e para o povo). Portanto: poder emana do povo, ao invés de outra origem, como a hereditariedade ou direito divino. A nossa república é presidencialista. Art. 1º, parágrafo único da Constituição Federal. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 4 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 5 QUAISQUAISQUAISQUAIS SÃOSÃOSÃOSÃO ASASASAS CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS DADADADA REPÚBLICA?REPÚBLICA?REPÚBLICA?REPÚBLICA? � Responsabilidade do Chefe de Estado � Eletividade � Temporariedade Grave: RESET! 5 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 6 OOOO QUEQUEQUEQUE ÉÉÉÉ OOOO ESTADOESTADOESTADOESTADO DEMOCRÁTICODEMOCRÁTICODEMOCRÁTICODEMOCRÁTICO DEDEDEDE DIREITO?DIREITO?DIREITO?DIREITO? � Estado de Direito significa que nenhuma pessoa, autoridade ou cidadão comum, está acima da lei. É o ESTADO DAS LEIS. Todos devem respeitar as leis: cidadãos e autoridades. � Estado Democrático: as leis vigentes no Estado são elaboradas pelos representantes do povo. As leis devem expressar a vontade do povo, não os caprichos de reis, ditadores, militares, líderes ou partidos políticos. 6 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 7 FUNDAMENTOSFUNDAMENTOSFUNDAMENTOSFUNDAMENTOS DADADADA REPÚBLICAREPÚBLICAREPÚBLICAREPÚBLICA FEDERATIVAFEDERATIVAFEDERATIVAFEDERATIVA DODODODO BRASILBRASILBRASILBRASIL:::: SOCIDIVAPLU 1º) a soberania: é o poder supremo e independente que não admite outro que lhe seja superior ou mesmo concorrente dentro de um mesmo território. Em todos os casos a soberania pressupõe um poder superior a todos (poder do Estado) 2º) a cidadania: exercer os inúmeros direitos assegurados pela CF (direitos civis e políticos). O que participa ativamente da vida do Estado é chamado de cidadão (quem VOTA). 3º) a dignidade da pessoa humana: é a garantia de condições mínimas para que o ser humano viva de maneira digna. 7 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 8 É a qualidade distintiva de cada ser humano, que o faz merecedor de respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que asseguram à pessoa condições existenciais mínimas para uma vida saudável e digna, além de propiciar e promover sua participação ativa nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos. Proíbe todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano. 4º) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: A Constituição procura equilibrar valores sociais com valores capitalistas, pois ao mesmo tempo se preocupa com o trabalhador, mas também admite a importância do empresário, da livre iniciativa e da concorrência. 8 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 9 5º) o pluralismo político: convivência harmônica dos interesses contraditórios e das diversas ideologias. O caráter pluralista da sociedade se traduz no pluralismo social, político (art. 1º), partidário (art. 17), religioso (art. 19), econômico (art. 170, de ideias e de instituições de ensino (art. 206, III), cultural (arts. 215 e 216) e de meios de informação (art. 220). 9 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 10 OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS DADADADA REPÚBLICAREPÚBLICAREPÚBLICAREPÚBLICA FEDERATIVAFEDERATIVAFEDERATIVAFEDERATIVA DODODODO BRASILBRASILBRASILBRASIL CONGA E REPRO Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 10 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 11 1º) construir uma sociedade livre, justa e solidária: Coincidem com os princípios da revolução francesa de 1789 (liberdade, igualdade e fraternidade). A CF/88 é orientada, além dos direitos e garantias individuais, por valores sociais. 2º) garantir o desenvolvimento nacional: O poder público é parceiro importante no processo produtivo. 3º) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais: Atua diretamente na atividade econômica de modo subsidiário (art.173, produzindo bens e serviços) e indiretamente (art.174, como agente regulador e normatizador definindo e executando políticas públicas socioeconômicas, regionais e setoriais, além das nacionais). 11 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 12 4º) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação: Qualquer espécie de preconceito deve ser combatida. As formas de discriminação podem até mesmo constituir crime (art.150 do Código Penal, por exemplo). No entanto, admite- se a discriminação positiva (também chamada de ação afirmativa) que são medidas compensatórias temporárias. 12 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 13 PRINCÍPIOSPRINCÍPIOSPRINCÍPIOSPRINCÍPIOS QUEQUEQUEQUE REGEMREGEMREGEMREGEM ASASASAS RELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕESRELAÇÕES INTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAIS Previstos no artigo 4º da Constituição Federal. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. 13 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 14 SEPARAÇÃOSEPARAÇÃOSEPARAÇÃOSEPARAÇÃO DOSDOSDOSDOS PODERESPODERESPODERESPODERES Art.2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Nossa CF adotou a teoria tripartite de poder de MONTESQUIEU (1.748). Não inventou as funções, que já havia sido identificado por LOCKE (1.690) e ARISTOTELES 340 a.C. Cada uma das funções que decorrem do poder, devem ser desempenhadas por órgãos distintos, criando a divisão orgânica de função (legislativa, executiva e judiciária). 14 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 15 � ARISTÓTELES: em sua obra “política” – visualizava a existência de três funções distintas exercidas pelo poder soberano. Em razão do momento histórico as três funções eram exercidas por um único órgão (refletida pela frase de Luís XIV – O Estado sou eu). � MONTESQUIEU: só usou essas funções preexistentes e disse que para evitar absolutismo precisava distribuir essas funções em órgãos distintos. Tal movimento consagrou nas Revoluções Americana e Francesa. 15 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 16 NORMASNORMASNORMASNORMAS CONSTITUCIONAISCONSTITUCIONAISCONSTITUCIONAISCONSTITUCIONAIS Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 17 DIREITOSDIREITOSDIREITOSDIREITOS EEEE GARANTIASGARANTIASGARANTIASGARANTIAS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAISFUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS Os Direitos Fundamentais consistem em instrumentos de proteção do indivíduo frente à atuação do Estado. Pelo vocábulo “fundamental”: tudo aquilo “que serve de fundamento; necessário; essencial.” Tal conceito não se afasta do sentido real do termo na esfera jurídica. Assim, como entende Vladimir Brega Filho, direito fundamental “é o mínimo necessário para a existência da vida humana.” (2002, p. 66) Ressaltando-se que o mínimo essencial deve garantir a existência de uma vida digna, conforme os preceitos do princípio da dignidade da pessoa humana. 17 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 18 PROTEÇÃOPROTEÇÃOPROTEÇÃOPROTEÇÃO ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL Chamadas cláusulas pétreas (embora exista divergência quanto à expressão “individuais” do artigo 60, §4º, IV da CF) § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. 18 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 19 DESTINATÁRIOSDESTINATÁRIOSDESTINATÁRIOSDESTINATÁRIOS “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes...” � Todas as PESSOAS (físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiros). 19 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 20 ABRANGÊNCIA DOS DIREITOSDIREITOSDIREITOSDIREITOS FUNDAMENTAISFUNDAMENTAISFUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS: DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS – art. 5º DIREITOS E DEVERES COLETIVOS – art. 5º DIREITOS SOCIAIS – art. 6º NACIONALIDADE – arts. 12 e 13 DIREITOS POLÍTICOS – arts. 14 e 16 PARTIDOS POLÍTICOS - art. 17 20 Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 21 DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS –––– ARTIGO 5º DA CFARTIGO 5º DA CFARTIGO 5º DA CFARTIGO 5º DA CF � TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À SEGURANÇA E À PROPRIEDADE, nos termos seguintes: (VILISEPRO) Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 22 ���� NINGUÉM SERÁ: � obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (princípio da legalidade) �privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação; (escusa de consciência) �preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 23 ���� É INVIOLÁVEL: � a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; � a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; � o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 24 ���� É LIVRE: � a manifestação do pensamento, sendo PROIBIDO o anonimato � o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; � a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 25 ���� A LEI: � não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; � não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; � só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 26 �LIBERDADE DE REUNIÃO: � Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 27 ���� PENAS: � nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; (princípio da personalidade da pena) � não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 28 ���� CRIMES: � a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia: � a prática da tortura, � o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, � o terrorismo ; � e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. � constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei: � a prática do racismo � a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 29 ���� PRISÃO: � não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; � Súmula Vinculante nº 25. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 30 ���� REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: � conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; � conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídicano exercício de atribuições do Poder Público; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 31 � o MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; � conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 32 � conceder-se-á HABEAS DATA: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê- lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; � qualquer cidadão é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 33 DOSDOSDOSDOS DIREITOSDIREITOSDIREITOSDIREITOS SOCIAISSOCIAISSOCIAISSOCIAIS –––– ARTARTARTART.... 6666ºººº AOAOAOAO 11111111 DADADADA CFCFCFCF � São DIREITOS SOCIAIS: 1º) A EDUCAÇÃO 2º) A SAÚDE Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 34 3º) A ALIMENTAÇÃO 4º) O TRABALHO 5º) A MORADIA Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 35 6º) O LAZER 7º) A SEGURANÇA 8º) A PREVIDÊNCIA SOCIAL Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 36 9º) A PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA 10º) A ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 37 DADADADA NACIONALIDADENACIONALIDADENACIONALIDADENACIONALIDADE –––– ARTARTARTART.... 12121212 EEEE 13131313 DADADADA CFCFCFCF � Não se deve confundir nacionalidade com naturalidade, pois esta é o local físico onde se nasce e não necessariamente coincide com a nacionalidade. � Espécies de nacionalidade e peculiaridades: 1) Primária, de origem ou originária: vinculada ao fato natural do nascimento. Adotam-se dois critérios: a) Da territorialidade: ius solis: atribui a nacionalidade a quem nasce no território do Estado de que se trata; b) Da consangüinidade: ius sanguinis: são nacionais os descendentes de nacionais – chamado de vínculo de sangue. No caso da nacionalidade primária, teremos o brasileiro nato. 2) Secundária o adquirida: é a nacionalidade que se adquire pela vontade do indivíduo ou do Estado por meio de naturalização (fato artificial). Nesse caso teremos o brasileiro naturalizado. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 39 � São BRASILEIROS: I - NATOS: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 40 II - NATURALIZADOS: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. � Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição – CHAMADA DE QUASE NACIONALIDADE � A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. � NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA: os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral: � Para os estrangeiros ORIGINÁRIOS de países de língua portuguesa a CF prevê APENAS dois requisitos: solicitação e residência mínima de 01 ano ininterrupto + idoneidade moral (não pode ter condenação no Brasil nem no país de origem). � NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA: os estrangeiros, de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira; na CF. • Presidente e Vice-Presidente da República; • Presidente da Câmara dos Deputados; • Presidente do Senado Federal; • Ministro do STF; • Membro da carreira diplomática; • Oficial das forças armadas; • Ministro de Estado da Defesa. • Embora o brasileiro nato nunca possa ser extraditado, ele pode perder a nacionalidade (deixar de ser brasileiro nato). Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 45 DIREITOSDIREITOSDIREITOSDIREITOS POLÍTICOSPOLÍTICOSPOLÍTICOSPOLÍTICOS –––– ARTARTARTART.... 14141414 AAAA 16161616 DADADADA CFCFCFCF � A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - PLEBISCITO; II - REFERENDO; III - INICIATIVA POPULAR. � O ALISTAMENTO ELEITORAL e o VOTO são: I - obrigatórios para os maiores de 18 anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de 70 anos; c) os maiores de 16 e menores de 18 anos. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 46 � Não podem alistar-se como ELEITORES: os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos (enquartelados); � São condições de ELEGIBILIDADE, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) 35 anos para Presidente, Vice-Presidente e Senador; b) 30 anos para Governador e Vice-Governador; c) 21 anos para Deputado Federal e Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; d) 18 anos para Vereador. � É proibida a cassação de direitos políticos. Pode haver a perda ou suspensão dos direitos políticos nas seguintes hipóteses: � Cancelamento de naturalização (sentença transitada em julgado); � Incapacidade civil absoluta (art. 3º, CC); � Condenação criminal, transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; � Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (ex: não prestar serviço militar obrigatório nem qualquer outra em substituição); � Cometer crime de improbidade administrativa. CF, art. 17 � É livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. � Não pode existir somente um (pluripartidarismo é fundamento – art. 1º); � Partidos não podem receber recursos de governos estrangeiros; � Após adquirirem personalidade jurídica, na forma do Código Civil (registro dos atos constitutivos no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas), devem registrar seus estatutos no TSE; � Não podem utilizar organização paramilitar; � Eles têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão. � É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regimede suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 51 ORGANIZAÇÃO DO ESTADOORGANIZAÇÃO DO ESTADOORGANIZAÇÃO DO ESTADOORGANIZAÇÃO DO ESTADO Introdução: � Estado: elementos (povo, território, poder) � Forma de Estado: unitário (estado simples) e federal (estado composto - é nosso é federal) � Forma de Governo: aqueles que governam ou que são governados. Pode ser república ou monarquia (nosso é república) � Sistema de governo: maneira pela qual as funções são exercidas. Presidencialismo e parlamentarismo (nosso é presidencialismo) Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos... Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 52 AAAA FEDERAÇÃOFEDERAÇÃOFEDERAÇÃOFEDERAÇÃO NONONONO BRASILBRASILBRASILBRASIL:::: � Surge com o Decreto n. 1 de 15.11.1889 – forma republicana de governo e federativa de Estado. Consolidou-se em 1891. � Federação por desagregação. � Brasília é a Capital Federal (art. 18, §1º) OSOSOSOS TERRITÓRIOSTERRITÓRIOSTERRITÓRIOSTERRITÓRIOS FEDERAISFEDERAISFEDERAISFEDERAIS:::: � OS TERRITÓRIOS FEDERAIS não são entidades integrantes da federação. � Esses poderão ser criados por lei complementar e terão apenas autonomia administrativa. � São considerados autarquias territoriais. � Não elegem senadores, já que não são entidades da federação, escolhem apenas 4 deputados federais. Art. 18, § 2º. Os Territórios federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. • A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. • CF, art. 1°°°°. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui- se em Estado democrático de Direito...” • CF, art. 18. A organização político- administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta constituição. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 56 DESMEBRAMENTO,DESMEBRAMENTO,DESMEBRAMENTO,DESMEBRAMENTO, FORMAÇÃOFORMAÇÃOFORMAÇÃOFORMAÇÃO OUOUOUOU ANEXAÇÃOANEXAÇÃOANEXAÇÃOANEXAÇÃO DEDEDEDE ESTADOSESTADOSESTADOSESTADOS EEEE MUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOS:::: § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 57 � Cisão (ou subdivisão): um Estado existente subdivide-se par formar dois ou mais Estados novos. O ESTADO DIVIDIDO NÃO EXISTIRÁ MAIS. � Fusão (ou incorporação): dois ou mais estados membros se incorporam geograficamente, formando um novo, diferente dos demais. O ESTADO FUSIONADO NÃO EXISTIRÁ MAIS. � Desmembramento: cede parte de seu território para formar outro estado membro ou para se anexarem a outro estado já existente. O ESTADO DIVIDIDO PERMANECE EXISTINTO. DAQUI PODE ACONTECER A CRIAÇÃO DE UM NOVO ESTADO. � Exemplos: Mato Grosso em relação a Mato Grosso do Sul e Goiás em relação a Tocantins – art. 13 do ADCT. FUSÃO � Os Estados “A” e “B”, que vão incorporar-se entre si, desaparecerão. � Surge o Novo Estado “C”, que não existia antes da incorporação entre si dos outros Estados preexistentes. CISÃO � O Estado “A”, ao se subdividir desaparecerá � Surgem dois ou mais Estados novos que antes da subdivisão não existiam • Estado primitivo “A” continua existindo, só que com território menor e perda de população. • A parte do Estado primitivo “A” desmembra-se anexando-se a outro Estado “B” que também já existe, que amplia território e população. • Estado primitivo “C” continua existindo, só que com território menor e perda de população. • A parte desmembrada do Estado “C” forma um novo estado que não existia. � Aprovação por plebiscito da população diretamente interessada: esta é condição essencial, de tal forma que se não houver aprovação por plebiscito nem se passa à próxima fase. � Aprovação do Congresso Nacional por meio de lei complementar: Superada a aprovação por plebiscito, é necessário que haja propositura de projeto de lei complementar a qualquer uma das casas. A aprovação ocorrerá por maioria absoluta. � Cabe ao Congresso Nacional com a sanção do Presidente da República dispor sobre a incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de territórios ou Estados, ouvidas as respectivas assembléias legislativas (art. 48, VI da CF). O parecer das Assembléias Legislativas não é vinculativo. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 63 UNIÃOUNIÃOUNIÃOUNIÃO 1. CONCEITO E NOÇÕES � É pessoa jurídica de direito público � Âmbito interno: capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. Detém AUTONOMIA TRIBUTÁRIA, FINANCEIRA e ORÇAMENTÁRIA: há tributos específicos da União; arrecada e gasta; possui controle orçamentário. � Âmbito externo: representar a República Federativa do Brasil. CUIDADO: No âmbito interno, a União não é hierarquicamente superior em relação aos demais entes políticos; há uma autonomia recíproca, sem qualquer predominância; há repartição de competências. 2. BENS DA UNIÃO Previstos no artigo 20 da CF: � os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; � as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré- históricos; Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 65 � as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; � os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; � as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; � os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; � o mar territorial; � os terrenos de marinha e seus acrescidos; � os potenciais de energia hidráulica; � os recursos minerais, inclusive os do subsolo; � as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessoraAmanda Almozara 66 3. PODER EXECUTIVO � É composto pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Vice-presidente, Ministros de Estado, Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional. � Artigos 76 a 91 da CF. 4. PODER LEGISLATIVO � É representado pelo CONGRESSO NACIONAL (BICAMERAL): Câmara dos Deputados e Senado Federal � Artigos 44 a 56 da CF. 5. PODER JUDICIÁRIO � Compõe a chamada JUSTIÇA FEDERAL (art. 109 da CF): Juízes Federais, Tribunais Regionais Federais e Justiças especiais (trabalhista, eleitoral e militar) � Artigos 106 a 110 da CF e 111 a 124. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 67 6. FAIXA DE FRONTEIRA � § 2º - A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 68 ESTADOSESTADOSESTADOSESTADOS FEDERADOSFEDERADOSFEDERADOSFEDERADOS OUOUOUOU ESTADOSESTADOSESTADOSESTADOS MEMBROSMEMBROSMEMBROSMEMBROS 1. CONCEITO E AUTONOMIA � Os Estados membros são organizações jurídicas das coletividades regionais para exercício autônomo das competências que a CF lhes outorga. � Âmbito interno: capacidade de auto-organização (CE), autogoverno (PE, PL, PJ) e autoadministração (Administração Pública Estadual). Detém AUTONOMIA TRIBUTÁRIA, FINANCEIRA e ORÇAMENTÁRIA: há tributos específicos do Estado; o Estado arrecada e gasta; o Estado possuir controle orçamentário. Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. (PRINCÍPIO DA SIMETRIA) § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. (COMPETÊNCIA RESIDUAL) Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 69 É autorizados aos estados membros criar regiões metropolitanas (art. 25, §3º). Os requisitos são: � mediante lei complementar � constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes � integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 2. BENS (art. 26) � as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; � as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; � as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; � as terras devolutas não compreendidas entre as da União. *tudo o que não é da união! Não existem rios municipais Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 70 3. PODER EXECUTIVO � É composto pelo GOVERNADOR DE ESTADO, Vice-governador e Secretários de Estado � Artigo 28 da CF. 4. PODER LEGISLATIVO � É representado pelo ASSEMBLEIA LEGISLATIVA � Artigo 27 da CF. 5. PODER JUDICIÁRIO � Compõe a chamada JUSTIÇA ESTADUAL (art. 109 da CF): Juízes Estaduais e Tribunais de Justiça � Artigos 125 e 126 da CF. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 71 MUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOS 1. CONCEITO E AUTONOMIA � Ente da federação (maioria da doutrina e o próprio STF, por força dos artigos 1º e 18 da CF). Para JOSÉ AFONSO DA SILVA não são entidades federadas (minoritário) � Municípios são unidades geográficas divisionárias dos Estados- membros. É a menor divisão interna do pacto federativo. � Âmbito interno: capacidade de auto-organização (LOrg), autogoverno (PE e PL) e autoadministração (Administração Pública Municipal). Detém AUTONOMIA TRIBUTÁRIA, FINANCEIRA e ORÇAMENTÁRIA: há tributos específicos do Município; arrecada e gasta; possui controle orçamentário. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 72 2. ORGANIZAÇÃO – requisitos da LO: � Artigo 29, caput da CF: � votada em dois turnos � com o interstício mínimo de dez dias � aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal � promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado (princípio da Simetria) 3. PODER EXECUTIVO � É composto pelo PREFEITO, Vice-prefeito e Secretários Municipais � Artigo 29, incisos I a III, V e XIII da CF. 4. PODER LEGISLATIVO � É representado pelo CÂMARA DOS VEREADORES � Artigo 29, incisos IV, V, VII a XIII da CF. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 73 5. PODER JUDICIÁRIO � Compõe a chamada JUSTIÇA ESTADUAL (art. 109 da CF): Juízes Estaduais e Tribunais de Justiça � Artigos 125 e 126 da CF. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 74 DISTRITODISTRITODISTRITODISTRITO FEDERALFEDERALFEDERALFEDERAL � O DF sucedeu o antigo MUNICÍPIO NEUTRO, que existia na fase do Império. Antes da CF/88, o DF tinha a natureza jurídica de AUTARQUIA FEDERAL. Com a CF/88, o DF passou a ser entidade federada e não mais autarquia, conforme consta nos artigos 1º e 18 da CF. � O DISTRITO FEDERAL não é igual ao Estado membro e ao município. Não é cabível a sua divisão em municípios. � Abriga a CAPITAL FEDERAL, mas não é só a sede do governo. � Brasília: serve de sede ao governo federal. Cidade planejada, mas não é sede de nenhum município, mas sim do governo federal e distrital. � É um ente da federação autônomo: � Âmbito interno: capacidade de auto-organização (LOrg), autogoverno (PE, PL) e autoadministração (Administração Pública DISTRITAL). Detém AUTONOMIA TRIBUTÁRIA, FINANCEIRA e ORÇAMENTÁRIA: arrecada todos os tributos de competência do estados e municípios. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 75 Como se pode verificar pelo artigo 32, há uma mistura das ideias do legislativo estadual e municipal. Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 2º - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. � No Brasil vigora o bicameralismo federativo, no âmbito federal. Ou seja, o Poder Legislativo no Brasil, em âmbito federal, é bicameral, isto é, composto por duas Casas: a Câmara dos deputados e o Senado Federal, a primeira composto por representante do povo e a segunda representando os Estados-membros e o Distrito Federal, adjetivando, assim, o nosso bicameralismo, que é do tipo federativo, como visto. � Unicameralismo: o legislativo estadual é composto pela Assembléia legislativa, composta pelos Deputados Estaduais, também representes do povo do Estado. � Número de Deputados Estaduais: O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número detrinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze (CF, art. 27). � Mandato: O mandato dos deputados Estaduais será de 4 anos. N°°°° DE DEPUTADOS FEDEDERAIS (X) N°°°° DE DEPUTADOS ESTADUAIS (Y) FÓRMULA 8 24 O triplo 9 27 O triplo 10 30 O triplo 11 33 O triplo 12 36 O triplo 13 37 Y= (x-12) + 36 14 38 Y= (x-12) + 36 • Unicameralismo: o legislativo municipal é composto pela Câmara Municipal (Câmara de Vereadores), composta pelos vereadores, representantes do povo do Município. • Número de Vereadores: O número de Vereadores será proporcional à população do Município, até os limites estabelecidos no art. 29, IV, nos termos da redação conferida pela EC n. 58, de 23 de setembro de 2009. • Mandato: O mandato dos Vereadores será de 4 anos. • Unicameralismo: o legislativo distrital é exercido pela Câmara Legislativa (CF, art. 32, caput), composta pelos Deputados Distritais, que representam o povo do Distrito Federal. • Aplicação das características dos Estados: Conforme determina o art. 32, §3°, aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o dispositivo no art. 27, ou seja, todas as regras estabelecidas para os Estados valem para o Distrito Federal. • Regra geral: O art. 33, §3°, reza que a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. • Contudo, como não existem Territórios Federais, ainda não foi regularizado tal dispositivo constitucional. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL � Composição: a Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, ou seja, por Deputados Federais eleitos que manifestam a vontade do povo. � Eleições: Os Deputados Federais são eleitos pelo povo segundo o princípio proporcional, ou seja, conforme dispõe o art. 45, §1°. � Número de Deputados Federais: Cada unidade Federativa (Estados-membros e DF) terão de oito a setenta Deputados Federais. � Mandato: o mandato de cada Deputado será de quatro anos. � Eleição: Os Senadores são eleitos pelo povo segundo o princípio majoritário. � Número de Senadores: Cada Estado e o Distrito Federal elegerão o número fixo de 3 Senadores, sendo que cada Senador será eleito com dois suplentes. � Mandato: O mandato de cada Senador é de oito anos, por tanto, duas legislatura. � Renovação dos Senadores: A renovação dos Senadores eleitos dar-se-á de quatro em quatro anos, na proporção de 1/3 e 2/3. REQUISITOS – CF, art. 14, § 3° DIFERENÇAS ENTRE A CÂMARA DOS DEPUTADOS E O SENADO FEDERAL CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL É chamada de câmara baixa. É chamado de câmara alta. Representa o povo. Representa os E/DF. Número de membros varia em função da população: no mínimo 8 e no máximo 70 deputados, por unidade da federação. Número de membros é fixo, pois todas as unidades da federação possuem 3 senadores. Eleição pelo sistema proporcional (quociente eleitoral). Eleição pelo sistema majoritário (o mais votado é o escolhido, não havendo 2º turno). Renovação total a cada quatro anos. Renovação parcial a cada quatro anos: 1/3 e 2/3, alternadamente. Mandato é de quatro anos (uma legislatura). Mandato é de oito anos (duas legislaturas). Idade mínima de 21 anos. Idade mínima de 35 anos. Caso criado, território possuirá 4 deputados federais. Caso criado, território não possuirá senadores. � Sessão Ordinária – O caput do art. 57, estabelece que o Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Nesse período, chamado de sessão legislativa, os parlamentares se reúnem ordinariamente. � Seção extraordinário – Fora do período acima citado, ou seja, de 18 a 31 de julho e de 23 de dezembro a 1°°°°de fevereiro. Temos o recesso parlamentar, e havendo necessidade, os parlamentares serão convocados extraordinariamente. (CF, art. 57, §6°). � Sessão conjunta – Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: 1. inaugurar a sessão legislativa; 2. elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; 3. receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; 4. conhecer do veto e sobre ele deliberar (CF, art. 57, §3°). � Sessão preparatória – Apesar de termos visto que a sessão ordinária só como em 2 de fevereiro, cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. • Comissão temática ou em razão da matéria – As comissões temáticas estabelecem-se em razão da matéria (por exemplo, comissão de saúde, orçamento, transporte, constituição e justiça, etc.) e são permanente (CF, art. 58, §2°). • Comissão especial ou temporária – Essas comissões especiais são criadas para apreciar uma matéria especifica, extinguindo-se com o término da legislatura ou cumprida a finalidade para a qual foram criadas. � Comissão mista – São formadas por Deputados e Senadores para apreciar, dentre outros e em especial , os assuntos que devam ser examinados em sessão conjunta pelo Congresso Nacional. Devemos lembrar importante comissão mista permanente que é a comissão mista de orçamento, cuja finalidade estão expressas no art. 166, §6°, da CF/88. � Comissão representativa – Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. � Comissão Parlamentar de inquérito – As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO CPI’s � O objetivo das CPI’s não é apurar crimes, mas, sim, aprimorar a atividade legislativa, além de fiscalizar os poderes públicos. É importante ressaltar que CPI não julga; apenas investiga. � CRIAÇÃO – Podem ser criadas pela CD e pelo SF, conjunta ou separadamente. � OBJETO – Buscam apurar FATO DETERMINADO. � PRAZO – Certo, embora possa haver prorrogações. � PODERES – As CPI’s têm poderes de investigação, próprios das autoridades judiciais. � CONCLUSÕES – As CPI’s nunca podem impor penalidades ou condenações • Imunidade parlamentares são prerrogativas inerentes à função parlamentar, garantidoras do exercício do mandato parlamentar, com plena liberdade. • Referida prerrogativa, como vemos, dividem-se em dois tipos: a) imunidade material, real ou substantiva (também denominada inviolabilidade), implicando a exclusão da pratica de crime, bem como a inviolabilidade civil, pelas opiniões, palavras ou votos parlamentares (art. 53, caput), b) imunidade processual, formal ou adjetiva, trazendo regras sobre prisão e processo criminal dos parlamentares (CF, art. 53, §§2° e 5°). • Parlamentares Estaduais – De acordo com o art. 27, § 1º, aos Deputados Estaduais serão aplicadas as mesmas regras as prevista na Constituição Federal sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. • Parlamentares Municipais – De acordo com o art. 29, VIII, os Municípios reger-se-ão por lei orgânica, que deverá obedecer, dentre outras regras, à da inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município, ouseja, o Vereador Municipal somente terá imunidade material e na circunscrição municipal, não lhe tendo sido atribuída a imunidade formal ou processual. ART. 55 DA CF/88 ESTABELECE QUE PERDERÁ O MANDATO O DEPUTADO OU SENADOR: � Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; � Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; � Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; � Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; � quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição � Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. � Fase inicial ou introdutória: que se refere à iniciativa legislativa � Competência � Fase constitutiva: que abrange a deliberação parlamentar, em que é feita a discussão e votação dos projetos e a deliberação executiva, que ocorre por meio da sanção ou do veto; � Fase complementar: que abrange a promulgação e a publicação. O art. 59 da CF/88 estabelece que o processo legislativo envolverá a elaboração das seguintes espécies normativa: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 99 PODER PODER PODER PODER EXECUTIVOEXECUTIVOEXECUTIVOEXECUTIVO Responsável pela função administrativa do Estado, atuando como órgão executivo ou administrativo e função executiva ou administrativa O EXECUTIVO no Brasil é exercido por uma única autoridade - Sistema (ou Regime de Governo) chamado de Presidencialista (surge na Constituição Norte Americana – 1787) ÂMBITO FEDERAL � O Poder Executivo no Brasil, conforme estabelece os art. 76, é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. � Como visto, percebe-se um cúmulo do exercício das funções de Chefe de Estado e de Governo na figura de uma única pessoa, no caso, o Presidente da República. � Executivo monocrático Para se candidatar aos cargos de PR e Vice-PR deve-se preencher os seguintes requisitos: � ser brasileiro nato; � estar no pleno exercício dos direitos políticos; � alistamento eleitoral; � filiação partidária (não é possível concorrer sem Partido Político); � idade mínima de 35 anos; � não ser inalistável nem inelegível. � Eleição do Governo e do Vice-Governo de Estado: realizar-se- á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 (CF, art. 28, caput). � Mandato: o mandato é de 4 anos, permitindo-se a reeleição para único período subseqüente. � Perda do mandato: perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. � Eleição: do Prefeito, do Vice-Prefeito, para mandato de 4 anos, mediante pleito direito e simultâneo realizado em todo o País no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso de Municípios com mais de 200 mil eleitores, sendo permitida a reeleição para um único período subseqüente. � Posse: do prefeito e do Vice-Prefeito em 1° de janeiro do ano subseqüente ao da eleição. � Perda do mandato: perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. Âmbito Distrital � O art. 32, § 2º, estabelece que a eleição do Governador e do Vice-Governador do Distrito Federal, observadas as regras do art. 77, coincidindo com a dos Governadores Estaduais. Âmbito dos Territórios Federais � A direção dos Territórios Federais dar-se-á por Governador, nomeado pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal, conforme estabelecem os arts. 33, § 3°; 52, III, “c”; e 84, XVI. • O art. 84 atribui ao Presidente da República competência privativa, tanto de natureza de Chefe de Estado (representando a República Federativa do Brasil nas relações internacionais e, internamente, sua unidade, prevista nos incisos VII, VIII e XIX do art. 84), como de Chefe de Governo (prática de atos de administração e de natureza política – estes últimos quando participa do processo legislativo – conforme se percebe pela leitura das atribuições previstas nos incisos I a VI; X a XVIII e XX a XXVII). • É TAXATIVO? • É DELEGÁVEL? � O Presidente da República será sucedido pelo Vice-Presidente no caso de vaga ou substituído, no caso de impedimento (art. 79). A vacância nos dá uma idéia de impossibilidade definitiva para assunção do cargo (cassação, renúncia ou morte), enquanto a substituição tem caráter temporário (Ex.: doença, férias, etc.). Assim, tanto na vacância como no impedimento, o Vice-Presidente assumirá o cargo, na Hipótese, até final do mandato e, no caso de impedimento, enquanto este durar. � Contudo, em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 80). Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. TEMPORÁRIO •Doenças •Férias DEFINITIVA •Cassação •Renúncia •Morte Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 10 8 Da Responsabilidade do Presidente da República Os crimes que o Presidente pode praticar são: � COMUM � RESPONSABILIDADE São crimes de responsabilidade, os atos do Presidente que atentem contra: � a existência da União; � o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; � o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; � a segurança interna do País; Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 10 9 � a probidade na administração; � a lei orçamentária; � o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante: �Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns �Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 11 0 Suspensão do Presidente O Presidente ficará suspenso de suas funções: � nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; � nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. Mas CUIDADO, se decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES:::: � Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. � O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Direito Constitucional Professora Amanda Almozara 11 2 Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 11 3 PODERPODERPODERPODER JUDICIÁRIOJUDICIÁRIOJUDICIÁRIOJUDICIÁRIO Art. 2º da CF: Poder Judiciário é um dos três poderes da divisão orgânica do poder (Montesquieu) Tem função de INTERPRETAR AS LEIS ELABORADAS PELO LEGISLATIVO E PROMULGADAS PELO EXECUTIVO. Aplica as leis em diferentes situações e julga os casosem que não houve cumprimento ou houve desrespeito as leis. A função do Judiciário é: � garantir e defender os direitos fundamentais � promover a justiça (aplicação do direito ao caso concreto) � resolver os conflitos que possam surgir na vida em sociedade. O Poder Judiciário é dotado de três características básicas, em razão da jurisdição: LIDE, INÉRCIA E DEFINITIVIDADE. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 11 4 ESTRUTURAESTRUTURAESTRUTURAESTRUTURA EEEE FUNÇÕESFUNÇÕESFUNÇÕESFUNÇÕES São ÓRGÃOS do PODER JUDICIÁRIO: I - STF - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - STJ - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. O STF - Supremo Tribunal Federal, o CNJ e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 11 5 Regra do Quinto constitucional - aplicado nos TRF’s e Tribunais Estaduais (Tribunais de Justiças) e DF - 1/5 dos lugares do tribunal será composto de membros do Ministério Público com mais de 10 anos de carreira e Advogados de notório saber jurídico e ilibada reputação com mais de 10 de efetiva atividade profissional (alternadamente). (Ver art. 94) Os candidatos serão indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos da respectiva classe, e o tribunal, recebida a lista, elaborará outra tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que, então, nos 20 dias subsequentes, escolherá um dos integrantes para a nomeação. Institucionais: protegem o judiciário como um todo, como instituição. Dividem-se em: a) garantias de autonomia orgânico-administrativa; b) garantias de autonomia financeira; Garantias funcionais ou de órgãos: � vitaliciedade, � inamovibilidade e � irredutibilidade de subsídios. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 11 8 Organograma do Poder Judiciário � Investidura – O Presidente da República escolhe e indica o nome para compor o STF, devendo ser aprovado pelo Senado Federal, pela maioria absoluta (sabatina no Senado Federal). Aprovado, passa-se à nomeação, momento em que o Ministro é vitaliciado. � Requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF – a) ser brasileiro nato (art. 12, §3°, IV); b) ter mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade (art. 101); c) ser cidadão (art. 101, estando no pleno gozo dos direitos políticos); d) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101). � Competência do STF – a) originária (CF, art. 102, I); b) recursal ordinária (CF, art. 102, II) e c) recursal extraordinário (CF, art. 102, III). O STF reconheceu o princípio da reserva constitucional de competências originarias e, assim, toda atribuição do STF está explicitada, taxativamente, no art. 102, I da CF/88. � Investidura – Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. � Requisitos para o cargo – a) ser brasileiro nato ou naturalizado; b) ter mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade; c) ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 104). � Composição dos Ministros – 1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais; 1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça; 1/6 de advogados e 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e territórios, alternadamente. Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 12 3 CONSELHOCONSELHOCONSELHOCONSELHO NACIONALNACIONALNACIONALNACIONAL DEDEDEDE JUSTIÇAJUSTIÇAJUSTIÇAJUSTIÇA Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 12 4 X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice- Presidente do Supremo Tribunal Federal. § 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 12 5 § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê- los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessoraAmanda Almozara 12 6 III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 12 7 MINISTÉRIOMINISTÉRIOMINISTÉRIOMINISTÉRIO PÚBLICOPÚBLICOPÚBLICOPÚBLICO � O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. � O Ministério Público abrange: � I - o Ministério Público da União, que compreende: � a) o Ministério Público Federal; � b) o Ministério Público do Trabalho; � c) o Ministério Público Militar; � d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; � II - os Ministérios Públicos dos Estados. � Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 12 8 � As atribuições/funções institucionais do Ministério Público estão previstas no artigo 129 da CF. Leia todos esses artigos: 127, 128 e 129 da CF. Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 12 9 DADADADA ADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIA PÚBLICAPÚBLICAPÚBLICAPÚBLICA A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Ler artigo 131 da CF Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 13 0 DADADADA ADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIAADVOCACIA EEEE DADADADA DEFENSORIADEFENSORIADEFENSORIADEFENSORIA PÚBLICAPÚBLICAPÚBLICAPÚBLICA � O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. � A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.) � Ler artigos 133 e 134 Direito Constitucional Professora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda AlmozaraProfessora Amanda Almozara 13 1 § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Compartilhar