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Medidas Elétricas – ELE505 Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI Prof. Frederico Oliveira Passos (fopassos@gmail.com) Aula 08 – Medição de Resistência Elétrica Medição de Resistência Elétrica A medida de resistências é uma das operações mais usuais; O princípio geral é a determinação da diferença de potencial entre os terminais da resistência a ser medida percorrida por uma corrente;(geralmente em CC) A escolha do método depende do valor da resistência e da exatidão desejada. Medição de Resistência Elétrica Existem 3 categorias de resistência (limites não- rígidos): Resistências baixas: 10uΩ a 1Ω; Resistências médias: 1Ω a 1MΩ; Resistências altas: > 1MΩ. Métodos de Medição RESISTÊNCIAS BAIXAS: Método do galvanômetro diferencial; Ponte Kelvin; Ohmímetro Ducter; Método do potenciômetro. Métodos de Medição RESISTÊNCIAS MÉDIAS: Método do voltímetro e amperímetro; Ponte de Wheatstone; Ohmímetro a pilha; Método da substituição. Métodos de Medição RESISTÊNCIAS ALTAS: Método do voltímetro; Método da carga do capacitor; Megaohmímetro a magneto. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ Método do Voltímetro e Amperímetro Se uma resistência R é percorrida por uma corrente I, podemos determinar R com certa exatidão. Como o voltímetro e o amperímetro possuem resistências internas, estas influenciarão na medida, dependendo do valor de R em relação a elas. V R= I Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ Método do Voltímetro e Amperímetro 2 esquemas: Montagem a montante; Montagem a jusante. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ Método do Voltímetro e Amperímetro Ra (amperímetro) << R portanto Montagem a montante. m V R = I aV=(R+R ).I m aR =R+R m R -R = R a R = R O voltímetro irá medir: Queda em Ra e queda em R Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ Método do Voltímetro e Amperímetro Rv (voltímetro) >> R portanto Montagem a jusante. O amperímetro medirá a corrente de R e de V m a V R = I a v V I =I+ R v m v R.R R = R +R m R -R = R v R = R +R Para Rv >>R v R = R Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ Método do Voltímetro e Amperímetro OBS: a montagem a montante dá um erro “por excesso”, devendo ser empregada para medir resistências R>>Ra; a montagem a jusante dá um erro “por defeito”, devendo ser utilizada para medir resistências R<<Rv. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ Método do Voltímetro e Amperímetro Exercício: Medir R=100Ω, quando Ra=0,01Ω e Rv=1000Ω. Qual o erro cometido na medição: (a) montagem à montante; (b) montagem à jusante. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone Uma resistência X a medir e três resistores ajustáveis, graduados e conhecidos, são ligados em ponte, sendo as diagonais constituídas pela fonte E e pelo galvanômetro G. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone O princípio de medição consiste em ajustar os valores das resistências dos respectivos resistores M, N e P de tal modo que os pontos C e D fiquem com o mesmo potencial, indicando zero no galvanômetro G, ou seja, ig = 0. No equilíbrio tem-se: ig = 0 VC = VD VAC = VAD VCB = VDB N M = P X M X= .P N Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone Fator de entrada da fonte, normalmente múltiplo ou submúltiplo de 10, tal como: 0,01 / 0,1 / 1 / 10 / 100 / 1000. M N Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone Resistência ajustável, normalmente composta de três décadas resistivas e um reostato. P Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone M N P Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone A chave liga-desliga e do tipo "push-button" pelo motivo de que estando a ponte muito desequilibrada, ou seja, X é bem diferente de M.P/N, o ponteiro do galvanômetro baterá com violência num dos batentes laterais podendo danificá-lo. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone Para evitar isso, o usuário apenas com um leve e rápido toque na chave poderá ter a noção de desequilíbrio para mais ou para menos, o que permitirá pré-ajustar o fator de entrada M/N e a resistência P minimizando o choque do ponteiro. Resistências Médias: R=1Ω a 1MΩ A Ponte de Wheatstone Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Neste tipo de medição, dois fatores devem ser levados em consideração: 1) Resistência própria do cabo e ponta de prova; 2) Resistência de contato com os elementos envolvidos. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Para reduzir essas influencias indesejáveis, os instrumentos específicos para medição de resistências baixas são constituídos de dois circuitos: um de corrente e um de potencial, praticamente independentes entre si. Em consequência, eles são providos de 4 terminais: Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω P1 e P2 são os cabos de potencial; C1 e C2 são os cabos de corrente; RL é a resistência limitadora da corrente I ; Corrente I é relativamente alta (1, 10 ou100A); X é a resistência baixa desconhecida. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Como a resistência interna do voltímetro e bem maior que X, pode-se dizer que iv <<< I, e com certa aproximação X = V / I. A partir do princípio acima, muitos medidores de baixa resistência foram desenvolvidos, tais como a ponte Kelvin e o Ducter. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Essa ponte é um dos mais simples e eficientes dispositivos para a medição de resistências baixas. Normalmente, trabalha dentro das faixas de centenas de microohms ate alguns ohms, caracterizando assim sua aplicação em medidas de resistência de enrolamento de máquinas elétricas, cabos, contatos, etc. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Verifica-se que a ponte Kelvin foi projetada para funcionar com 04 condutores. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Algumas observações: O galvanômetro G é do tipo zero central; O reostato entre E e B é ajustável e graduado em submúltiplos de ohm. R é parcela desse reostato; Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Algumas observações: M, N , P e Q são resistores fixos da ponte, responsáveis pela parte de medida de potencial; r é a resistência da ligação interna. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Algumas observações: M + N e P + Q são muito maiores que X + R + RL do circuito de corrente, com isso tem-se que i1 << I e i2 << I É sempre observada a relação M P = N Q Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Os contatos F1 e F2 são mudados de posição simultaneamente, possibilitando vários valores para a “relação de entrada” M/N, mas conservando sempre a igualdade; M P= N Q Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin A resistência R que é ajustável para equilibrar a ponte é composta de 2 partes em série: uma de ajuste por ‘pontos’ através do contato F’’ e outra de ajuste contínuo através do cursor F’ o qual permite encontrar um equilíbrio perfeito; Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin G é provido de um ‘derivador’ que limita a corrente que o percorre. Antes de começar a operação, deve- se ter o cuidado de colocar o cursor F na posição de "sensibilidade mínima" para que somente uma pequeníssima corrente passe através de G. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte KelvinResistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin A ligação de X à ponte deve ser feita sempre através de quatro fios condutores, os quais são fornecidos pelo fabricante, com cerca de 0,008 ohm; Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Não se deve fazer esta ligação através de apenas dois fios condutores a1 e a2 interligando-se na própria ponte os terminais C1 com P1 e C2 com P2 conforme figura; ERRADO Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω A Ponte Kelvin Este procedimento convertê-la-ia numa ponte comum de Wheatstone e acabaria com os incansáveis estudos de Kelvin no sentido de excluir da medição de X a resistência dos fios de ligação. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Ohmímetro Ducter Próprio para medir resistência de condutores, de conexões, de contatos(disjuntores, religadores, contatores, etc); Bobina de controle Bobina de deflexão O desvio do ponteiro é proporcional a resistência X Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Ohmímetro Ducter Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Ohmímetro Ducter Quando se muda de posição a alavanca C, modificam-se os valores Rs, r e R simultaneamente. Estas grandezas são adequadas pelo fabricante de modo que sejam conseguidos valores em potências de 10 para o coeficiente K que é o multiplicador da leitura da escala para se obter o valor de X. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Ohmímetro Ducter Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Ohmímetro Ducter Uma boa prática é fazer a medição da sua resistência quando o equipamento é novo, isto é, antes de ser energizado pela primeira vez e, repeti-la periodicamente, de seis em seis meses, por exemplo. Resistências Baixas: R=10µΩ a 1Ω Ohmímetro Ducter As resistências dos ohmímetros são levadas em consideração no projeto e construção do instrumento, não sendo, portanto, recomendável o emprego de outros condutores diferentes daqueles recebidos com o ducter. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto Antigamente: gerador a manivela Atualmente: gerador eletrônico Resistências Altas Megaohmímetro a magneto Como a tensão de saída depende do número de RPM’s empregados na manivela, foi desenvolvido um sistema mais elaborado que evita esse inconveniente: MEGGER que utiliza o princípio do galvanômetro quocientímetro. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto A bobina de deflexão D é ligada à fonte através da resistência fixa R e tem como função eliminar a variação da tensão aplicada sobre a resistência a ser medida. A bobina de controle C é ligada à fonte através da resistência de ajuste R’ e da resistência desconhecida Rx. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto Como as bobinas C e D produzem conjugados antagônicos, o repouso do ponteiro indicador, para qualquer valor de Rx, só será conseguido quando estes conjugados forem iguais e opostos. Nestas condições, uma variação na tensão da fonte CC afeta as duas bobinas C e D igualmente, não provocando assim, desvio do ponteiro indicador e nem alteração na leitura da resistência Rx. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto O conjugado produzido pela bobina D é proporcional à corrente I, que por sua vez é dependente da tensão da fonte, uma vez que a resistência R tem seu valor fixo. Por esta razão, a bobina D é denominada bobina de tensão ou bobina de deflexão. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto O conjugado produzido pela bobina C, denominada bobina de corrente ou de controle, depende da corrente Ix que passa pela resistência desconhecida Rx. 1 E I R 2 X E I R 1 2 XI R I R 1 2 I K I ' .X K Desvio do ponteiro Resistências Altas Megaohmímetro a magneto - Utilização do cabo Guard Os megaohmímetros feitos para medirem resistências da ordem de 1.000 MΩ, ou maiores. Utiliza-se 3 terminais e não apenas 2, escritas no instrumento: T = terra (ou E = earth); L = linha; G= guarda. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto - Utilização do cabo Guard Resistências Altas Megaohmímetro a magneto - Utilização do cabo Guard A resistência a medir deve ser ligada entre os terminais T e L. EX: Medição de X12 Resistências Altas Megaohmímetro a magneto - Utilização do cabo Guard O terminal ‘Guard’ é previsto para desviar do quocientímetro das correntes "estranhas”; Isto é, forçar a circularem por fora e não pelo quocientímetro. Resistências Altas Megaohmímetro a magneto - Utilização do cabo Guard Medição de RAB excluindo RAC e RBC Resistências Altas Megaohmímetro a magneto R' é uma resistência limitadora, própria do instrumento, ajustada por ocasião da sua fabricação para fazê-lo indicar ‘zero’ quando os terminais T e L são curto-circuitados. Ela é de cerca de 100kΩ e 1,65 MΩ para os instrumentos de menor e de maior porte, respectivamente; Resistências Altas Megaohmímetro a magneto A corrente máxima que os megaohmímetros podem fornecer, curto-circuitando os seus terminais T e L, é da ordem de 2 a 3 mA; Resistências Altas Megaohmímetro a magneto São encontrados no mercado megaohmímetros com geradores para: 500V, 1kV, 1,5kV, 2kV, 2,5kV e 5kV, sendo que muitos deles são feitos para operarem com várias tensões através da simples mudança de uma chave comutadora. Resistências Altas Resistências Altas . ÍNDICE DE ABSORÇÃO DIELÉTRICA (DAI); . ÍNDICE DE POLARIZAÇÃO (PI); 10 1 R x PI R x min min 1 30 R x DAI R x min sec Obrigado!! Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI Prof. Frederico Oliveira Passos (fopassos@gmail.com)
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