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Com relação aos aspectos morfossintáticos do texto, julgue (C ou E) o seguinte item. Na linha 2, as vírgulas que isolam o termo “ patética” foram empregadas para enfatizar o atributo de “ exclamação”, mas a supressão dessa pontuação manteria a correção gramatical do trecho. Leia o texto a seguir para responder à questão 26. A história eleitoral do Brasil é uma das mais ricas do mundo. Durante o período colonial, a população das vilas e cidades elegia os representantes dos conselhos municipais. As primeiras eleições gerais para escolha dos representantes à Corte de Lisboa ocorreram em 1821. No ano seguinte, foi promulgada a primeira lei eleitoral brasileira, que regulou as eleições dos representantes da Constituinte de 1823. Desde 1824, quando aconteceu a primeira eleição pós-independência, foram eleitas cinquenta e uma legislaturas para a Câmara dos Deputados. Somente durante o Estado Novo (1937-1945), as eleições para a Câmara foram suspensas. Hoje, os eleitores escolhem os representantes para os principais postos de poder (presidente, senador, deputado federal, governador, deputado estadual, prefeito e vereador) e pouca gente duvida da legitimidade do processo eleitoral brasileiro. As fraudes foram praticamente eliminadas. A urna eletrônica permite que os resultados sejam proclamados poucas horas depois do pleito. As eleições são competitivas, com enorme oferta de candidatos e partidos (uma média de trinta partidos por eleição). Quatro em cada cinco adultos compareceram às últimas eleições para votar. O sufrágio é universal, pois já não existem restrições significativas que impeçam qualquer cidadão com pelo menos dezesseis anos de idade de ser eleitor. Hoje, o Brasil tem o terceiro maior eleitorado do planeta, perdendo apenas para a Índia e os Estados Unidos da América. Jairo Marconi Nicolau. História do voto no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 7-8 (com adaptações). 26. (CEF – Nível Superior – Cespe – 2014) No primeiro parágrafo, quatro períodos são iniciados por elemento adverbial, o que justifica a colocação de vírgula logo após “ colonial” (L. 1), “ seguinte” (L. 3), “ 1824” (L. 5) e “ (1937-1945)” (L. 6). Leia o texto a seguir para responder à questão 27. A desigualdade está entre os principais fatores de risco que preocupam a elite mundial, a julgar pela atenção dada ao tema no fórum econômico de Davos. Por outro lado, estudo recente do Banco Mundial mostra que, pela primeira vez desde a Revolução Industrial, caiu a diferença de renda entre os países na fronteira do desenvolvimento e os emergentes. Após o fim da cortina de ferro e a abertura econômica da China e da Índia, centenas de milhões de pessoas passaram de um estado de subsistência precária à condição de nova classe média global. Entretanto, é preciso que os países não só reforcem políticas compensatórias para reduzir a exclusão, mas também atuem para promover a igualdade de oportunidades. A educação, como sempre, é o instrumento decisivo para garantir que a sorte de um indivíduo não seja determinada por sua origem social ou geográfica. Idem, ibidem (com adaptações). 27. (FUB – Nível Médio – Cespe – 2014) Em relação ao fragmento de texto acima, julgue o próximo item. O emprego de vírgula após “ Índia” (l. 5) justifica-se por isolar adjunto adverbial anteposto, deslocado de sua posição tradicional. Leia o texto a seguir para responder à questão 28. As palavras estampadas na bandeira nacional poderiam receber o complemento de um adjetivo, diante do arcabouço de ideias e discussões que tratam do futuro do planeta. A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte, teria a seguinte redação: “ Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China, Índia, África do Sul e o próprio Brasil. O sobe e desce na disputa por espaço em debates estratégicos em nível internacional deu maior peso à palavra de países em desenvolvimento nas questões da sustentabilidade. João Campos. Uma nova educação para um novo progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). 28. (ICMBIO – Nível Médio – Cespe – 2014) Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue o item a seguir. Na linha 2, o elemento “ que” tem a função de restringir o sentido das expressões que o antecedem, a saber, “ ideias” e “ discussões”. Leia o texto a seguir para responder à questão 29. O conhecimento da especificidade da matriz energética brasileira é importante para o entendimento dos parâmetros que influenciam a visão da indústria brasileira sobre mudança do clima. Isso é particularmente relevante, uma vez que 75% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil são relacionadas ao uso da terra. A energia consumida no processo de produção industrial representa uma pequena parcela do total de emissões de GEE no Brasil. Esse fato deve ser levado em consideração para o dimensionamento da contribuição do setor industrial brasileiro aos esforços de mitigação. No Brasil, apenas 8,8% das emissões de GEE são provenientes das atividades industriais. Isso reflete, em boa medida, a composição da matriz energética da indústria e se aplica, inclusive, aos setores industriais identificados na economia global como os de maior potencial de mitigação. A matriz energética brasileira é um ativo; um relevante ponto de partida para a formulação de posições nas negociações de mudança climática. A participação de energias renováveis na indústria brasileira é de 45%, enquanto a média mundial é de apenas 14%. A meta dos demais países é atingir 20% de fontes renováveis em 2020. Os números do Brasil são fatores positivos para a competitividade e a participação do Brasil nas negociações sobre mudança do clima. Mudança do clima: uma contribuição da indústria brasileira. Brasília: CNI, 2009. Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br>. (com adaptações). 29. (INPI – Nível Médio/Superior – Cespe – 2013) Julgue o item que se segue, relativo à estrutura linguística do texto. A inserção de uma vírgula logo após o adjetivo “ brasileira” (l. 2) não acarretaria prejuízo gramatical ao texto. Leia o texto a seguir para responder à questão 30. Talvez o distinto leitor ou a irresistível leitora sejam naturais, caso em que me apresso a esclarecer que nada tenho contra os naturais, antes pelo contrário. Na verdade, alguns dos meus melhores amigos são naturais. Como, por exemplo, o festejadíssimo cineasta patrício Geraldo Sarno, que é baiano e é natural – pois neste mundo as combinações mais loucas são possíveis. Certa feita, estava eu a trabalhar em sua ilustre companhia quando ele me convidou para almoçar (os cineastas, tradicionalmente, têm bastante mais dinheiro do que os escritores; deve ser porque se queixam muito melhor). Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e contrito? Que prato seria aquele que, olhos revirados para cima, mastigação estoica, e expressão de quem cumpria dever penosíssimo, um casal comia, entre goles de uma substância esverdeada e viscosa que lentamente se decantava — para grande prejuízo de sua já emética aparência — numa jarra suspeitosa? Logo fui esclarecido, quando meu companheiro e anfitrião, os olhos cintilantes e arregalados, me anunciou: – Surpresa! Vais comer um almoço natural! João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de roubar galinha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. 30. (CGP/PI – Auditor – Cespe – 2015) Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do textoI, julgue o item a seguir. No trecho “ ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco estranho” (l. 7), o elemento “ que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial. Leia o texto a seguir para responder à questão 31. Nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o homem e de uma análise sobre suas condições culturais. Não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados. O homem é um ser de raízes espaçotemporais. De forma que ele é, na expressão feliz de Marcel, um ser “ situado e temporalizado”. A instrumentação da educação – algo mais que a simples preparação de quadros técnicos para responder às necessidades de desenvolvimento de uma área – depende da harmonia que se consiga entre a vocação ontológica desse “ ser situado e temporalizado” e as condições especiais dessa temporalidade e dessa situacionalidade. Se a vocação ontológica do homem é a de ser sujeito e não objeto, ele só poderá desenvolvê-la se, refletindo sobre suas condições espaçotemporais, introduzir-se nelas de maneira crítica. Quanto mais for levado a refletir sobre sua situacionalidade, sobre seu enraizamento espaçotemporal, mais “ emergirá” dela conscientemente “ carregado” de compromisso com sua realidade, da qual, porque é sujeito, não deve ser simples espectador, mas na qual deve intervir cada vez mais. Paulo Freire. Educação e mudança. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979, p. 61 (com adaptações). 31. (MEC – Nível Superior/Médio – Cespe – 2014) Julgue o item seguinte, referente às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima. No primeiro parágrafo, a substituição dos travessões por parênteses (l. 4 e 5) manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. Leia o texto a seguir para responder à questão 32. Neste ano, em especial, alguns cargos que tradicionalmente já são valorizados devem ficar ainda mais requisitados. São promissores cargos ligados à ciência de dados, em especial ao big data e aos dispositivos móveis, como celulares e tablets. Os