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Educação e Novas Tecnologias(1)

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EDUCAÇÃO 
E NOVAS 
TECNOLOGIAS
PROF.a CYNTHIA RÚBIA 
BRAGA GONTIJO
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
PROF.A CYNTHIA RÚBIA 
BRAGA GONTIJO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 3
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
07
18
28
40
50
62
74
84
98
111
118
VIAGEM PELA HISTÓRIA ATRAVÉS DAS 
TECNOLOGIAS – DA SUA GÊNESE AOS TEMPOS 
CONTEMPORÂNEOS
MÍDIAS E COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO – 
COMO TUDO COMEÇOU
SABERES NECESSÁRIOS AOS EDUCADORES NO 
CONTEXTO DA EDUCAÇÃO 4.0
MODALIDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA 
EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: 
DIMENSÕES, RECURSOS E EXEMPLOS
TEORIAS DE APRENDIZAGEM NA ERA DIGITAL E 
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
ESTILOS DE APRENDIZAGEM, SEGUNDO O 
MÉTODO VAC, E SISTEMAS ADAPTATIVOS NA 
WEB
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO-
APRENDIZAGEM TRADICIONAIS E 
CONSTRUTIVISTAS
CRIAÇÃO DE TRILHAS DE APRENDIZAGENS
USO DO COMPUTADOR E DE OUTROS 
RECURSOS MULTIMÍDIAS NA EDUCAÇÃO – 
DEFINIÇÃO DE SOFTWARES EDUCATIVOS
AVALIAÇÃO DE SOFTWARES EDUCATIVOS – 
TENDÊNCIAS ATUAIS
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
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BRAGA GONTIJO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
SUMÁRIO
AULA 12 
AULA 13
AULA 14
AULA 15
129
138
150
158
USO DE COMPUTADORES E OUTROS RECURSOS 
MULTIMÍDIA NA EDUCAÇÃO – SUGESTÕES DE 
FERRAMENTAS
PLANOS DE AULAS COM TICS
PROJETOS DE ENSINO COM TICS
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA A 
EaD
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
PROF.A CYNTHIA RÚBIA 
BRAGA GONTIJO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
INTRODUÇÃO
Prezada, Prezado, 
Me sinto honrada por participar com você desta disciplina “Educação e Novas 
Tecnologias”, porque, assim como você, acredito no potencial das tecnologias de 
informação e de comunicação (TDICs) para a ampliação das oportunidades educacionais 
em nosso país.
Sabemos que a Educação 4.0/5.0 tem nos desafiado, cada vez mais, a rever práticas 
e buscar alternativas formativas, tendo em vista o nosso compromisso pedagógico, e 
com os nossos sonhos e projetos pessoais, acadêmico-profissionais, e institucionais 
em geral.
Desejo fortemente que esta disciplina contribua com a ampliação de seus horizontes 
ao te seduzir para estudos, aprofundamentos e experiências na área.
Nesta disciplina, você vai encontrar, e interagir, com diversas discussões acerca da 
educação deste século XXI, especialmente às relacionadas à apropriação pertinente 
das tecnologias e metodologias construtivistas e conectivistas. Nesse sentido, são 
seus objetivos:
• Conhecer o percurso histórico e técnico das tecnologias.
• Identificar a inserção dos recursos midiáticos na educação, reconhecendo o 
seu papel em processos ensino-aprendizagem.
• Reconhecer características da Educação 4.0 / 5.0, com destaque para os saberes 
necessários à atuação dos profissionais da educação nesse contexto.
• Diferenciar modalidades educacionais presenciais, à distância (EaD), remotas 
e híbridas.
• Reconhecer as dimensões e os recursos presentes em ambientes virtuais de 
ensino-aprendizagem (AVAs).
• Analisar teorias de aprendizagem: behaviorismo, construtivismo, conectivismo, 
andragogia, neuropedagogia, e teoria das Inteligências Múltiplas.
• Saber aplicar com propriedade os estilos de aprendizagem: método visual, 
auditivo e cinestésico.
• Desenvolver competências e habilidades para o trabalho com Metodologias 
Ativas.
• Desenvolver práticas educativas com base em Metodologias Ativas.
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
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• Aprender a utilizar Ambientes de Ensino-aprendizagem Adaptativos na Web 
(AdaptWeb).
• Aplicar com propriedade metodologias de aprendizagem diferenciadas em 
sistemas adaptativos (u-learning).
• Criar trilhas de aprendizagem.
• Compreender o uso de algumas ferramentas para a mediação e a avaliação em 
ambientes na Internet.
• Avaliar o uso de softwares na educação.
• Utilizar computadores e outros recursos multimídia em processos educativos.
• Elaborar planos de aulas, projetos de ensino e materiais didáticos para a EaD 
intermediados por TICs.
Perceba que temos uma longa jornada pela frente, a qual espero que se configure 
como um importante contributo para você melhor lidar com os desafios inexoráveis 
da denominada pós-modernidade ou hipermodernidade.
Afinal, em tempos contemporâneos, no século XXI, é difícil, ou quase impossível, 
pensar a educação desconsiderando a presença das TICs, não é mesmo?
Então, preparado para a inovação?
Vamos juntos nesta jornada? 
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
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AULA 1
VIAGEM PELA HISTÓRIA 
ATRAVÉS DAS TECNOLOGIAS 
– DA SUA GÊNESE AOS 
TEMPOS CONTEMPORÂNEOS
1.1 INTRODUÇÃO – PARA INICIAR A CONVERSA
Atualmente, no século XXI, convivemos com várias tecnologias, não é mesmo? Você 
já parou para observar, atentamente, e pensar sobre todas as tecnologias que estão ao 
nosso redor, e com as quais lidamos, às vezes de forma íntima, às vezes nem tanto? 
De fato, são muitas e variadas tecnologias que são produzidas e utilizadas para 
objetivos específicos e, às vezes, até reinventadas para fins não projetados quando da 
sua criação. Afinal, temos um potencial e uma capacidade infinitos para transformar 
o que criamos em prol das nossas necessidades e dos nossos desejos, certo? 
Pois é... considerando-se a presença massiva de tantas tecnologias na contemporaneidade, 
é muito importante, especialmente como profissionais da educação, melhor compreender 
o que são tecnologias; as suas origens e o seu aprimoramento; e as suas implicações 
para o desenvolvimento societário, para o desenvolvimento da humanidade. Certamente, 
com esses conhecimentos, teremos melhores condições de nos apropriar criticamente e 
criativamente de tecnologias em nossos contextos ensino-aprendizagem.
Dessa maneira, esta aula do nosso primeiro encontro tratará da presença das 
tecnologias no processo de desenvolvimento humano, desde a Antiguidade até o 
momento contemporâneo. 
Então, preparado para a nossa viagem?
1.2 TECNOLOGIAS E SUAS IMPLICAÇÕES CIVILIZATÓRIAS: da gênese à pós-
modernidade
Você já parou para pensar que o ser humano sempre teve que recorrer à determinados 
instrumentos para desenvolver as suas atividades físicas e cognitivas? Nesses termos, 
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
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desde a sua origem na Terra, as pessoas criaram, e ainda criam, recursos para 
transformar a natureza em função das suas necessidades. 
Considerando-se que as nossas necessidades são múltiplas, os recursos foram 
sendo aprimorados de forma a possibilitar aos homens a execução de novas tarefas; 
a satisfação de novas necessidades e novos desejos; e, sobretudo, o desenvolvimento 
cultural, conforme veremos.
 Afinal, as nossas necessidades e os nossos desejos são muitos, não é mesmo? 
Recorrendo à teoria clássica “Hierarquia de necessidades” do psicólogo e pesquisador 
norte-americano Abraham Maslow, situamos, pelos menos, cinco campos de 
necessidades humanas, conforme apresenta a figura seguinte.
 Título: Hierarquia de necessidades, segundo Maslow. 
 Fonte: elaboradapela autora, com fundamentação em Maslow (1943).
Maslow (1943) foi muito assertivo em sua teoria; afinal, tal como na música “Comida”, 
do grupo musical brasileiro Titãs, “[...] A gente não quer só comida. A gente quer 
comida, diversão e arte [...]” (TITÃS, 1987, s/p).
Pois bem... em termos gerais, podemos considerar tecnologia como qualquer artefato, 
qualquer objeto, criado pelos homens para tornar o seu trabalho mais leve e possível, 
libertando-os da passividade frente à natureza. Assim sendo, criamos tecnologias, 
por exemplo, para estender a nossa força física; para amplificar os nossos potenciais 
sensoriais; aumentar a nossa capacidade comunicacional; e, conforme Lévy (2006), 
desenvolver o nosso pensamento e a nossa inteligência sobre o mundo e a nossa 
existência nele. 
Assim sendo, o termo tecnologia, techné e logos (técnica e razão), não se limita 
apenas ao instrumento criado para mediar a ação humana, mas corresponde também 
ao conhecimento decorrente de um conjunto de técnicas específicas que auxiliam o 
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
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homem a estender sua ação no mundo. As tecnologias, ao mesmo tempo que são 
criadas para atender às necessidades humanas, geram também novas formas de 
produzir conhecimento. 
Considere, pois, que a produção de instrumentos vem evoluindo, desde a fabricação e 
uso de instrumentos de caça, por exemplo, até a produção de tecnologias sofisticadas, 
tais como os programas para computador desenvolvidos no contexto da Web 4.0/5.0, 
conforme veremos. Dessa forma, tal como afirma Chaves (2019, p. 17), “a tecnologia, 
neste sentido, não é algo novo, na verdade, é quase tão velha quanto o próprio homem, 
visto como homo creator”. 
Perceba que quando começamos a criar, e utilizar, uma tecnologia, mudamos o 
estado inicial das coisas, dos fenômenos, e iniciamos a cultura, ou melhor, as culturas. 
Ao criarmos tecnologias, transformarmos o mundo, e nunca mais fomos os mesmos. 
Portanto, a mudança da natureza por meio da ação concreta e simbólica dos homens, ou 
seja, do seu trabalho, através das tecnologias inventadas/aprimoradas, nos possibilitou 
a criação da História.
Vejamos, então, a origem de algumas produções tecnológicas e a sua evolução 
nos períodos compreendidos entre a Antiguidade e a Idade Média. 
Na denominada pré-história, período compreendido entre 2.5 milhões de anos atrás 
a 3.500 a.C, iniciamos a produção de tecnologias, dentre as quais se destacam as 
relacionadas às técnicas de agricultura, as quais além de ampliarem a diversificação 
alimentícia, permitiram o abandono, ou pelo menos, a diminuição da cultura nômade. 
Ao lado disso, construímos recursos, tais como tijolos e utensílios domésticos, para 
a fixação dessas moradias. Começamos a “lançar mão” de peles de animais, por 
exemplo, para nos cobrir, criando as primeiras roupas da história da humanidade. 
Concebemos os primeiros barcos para deslocamentos e explorações (FAVA, 2016). 
E, é claro, não podemos esquecer da descoberta do fogo, a qual nos permitiu 
desenvolver, ainda mais, as nossas possibilidades existenciais. Veja só como que 
com ferramentas produzidas a partir de pedras, madeiras, ossos, começamos a criar 
o nosso mundo. 
 
Título: Imagem de um martelo sobre pedaços de troncos de árvores.
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/machado-eixo-axe-axis-4205990/ 
https://www.pexels.com/pt-br/foto/machado-eixo-axe-axis-4205990/
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ISTO ESTÁ NA REDE
Você conhece, ou já ouviu falar, do filme “A guerra do fogo”? Esse clássico da 
filmografia mundial discorre sobre a presença dos homens na terra há cerca de 
80.000 anos atrás, em que para sobreviverem tiveram que lidar com um ambiente, 
por vezes, bastante hostil. Destaca-se, nesse filme, o processo de descoberta do 
fogo, a qual permitiu que aqueles humanos primitivos pudessem experimentar um 
salto evolucionário. Essa obra-prima pode ser assistida, em versão completa, com 
legendas ou em versão em português do Brasil, no Youtube através do link https://
www.youtube.com/watch?v=ibK3UI2YTDE. Vale a pena; anote aí a dica, ok? 
Na Antiguidade, período compreendido entre 3.500 a.C. até o século V, tivemos o 
aprimoramento de técnicas agrícolas, especialmente do arado, recurso para trabalhar 
o solo, pelos povos mesopotâmicos e egípcios. Inventamos a engenharia hidráulica 
através da criação de canais de irrigação para plantações. Desenvolvemos o transporte 
por meio de carruagens, tendo em vista que, nesse período, especificamente por volta 
de 3.500 a.C., engendramos a roda. Começamos a utilizar o vidro, o bronze e o cobre 
com intensidade, pois já tínhamos o fogo para trabalhar esses materiais. Ressalta-
se, ainda, que aperfeiçoamos as armas ao criarmos, por exemplo, a catapulta e os 
primeiros carros de guerra. Tivemos a invenção da eletricidade estática por Tales de 
Mileto. Inventamos o primeiro alfabeto e as primeiras línguas (FAVA, 2016).
Título: Imagem de suporte com registros da escrita cuneiforme.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ca/Cuneiform_script2.jpg/320px-Cuneiform_script2.jpg 
https://www.youtube.com/watch?v=ibK3UI2YTDE
https://www.youtube.com/watch?v=ibK3UI2YTDE
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ca/Cuneiform_script2.jpg/320px-Cuneiform_script2.jpg
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Título: Alfabeto grego da Antiguidade.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f9/Alfabeto_Grego.gif 
Você sabia que todas as letras que compõem o alfabeto ocidental tiveram por base 
o alfabeto grego, o qual sofreu modificações até chegar ao que temos na atualidade 
ocidental: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, Y, X, Z?
Continuando a nossa viagem pela história, situamos na Idade Média, período 
compreendido entre os séculos V e XV, a sofisticação de técnicas para a agricultura, 
tais como a criação de moinhos d’água; a invenção da pólvora e dos fogos de artifício 
pelos chineses (FAVA, 2016); as construções arquitetônicas mais complexas, com 
destaque para a Românica, porque oriunda de Roma/Itália, e a Gótica. Esclarecemos 
que, diferentemente do estilo Gótico, a arquitetura Românica caracterizava-se por 
construções horizontalizadas, com paredes mais grossas e com pouca luz, cujo principal 
objetivo era a defesa territorial. Ao contrário, no estilo Gótico prevalecia construções 
verticalizadas, considerando-se que os seus adeptos entendiam que quanto mais altas 
mais próximas estariam de Deus (GOMBRICH, 2012). 
Em fins do século XIII, inicia-se uma das revoluções mais transcendentes da história: 
a produção de papel , e, no século XV, a invenção da imprensa por Johann Gutenberg, 
o que possibilitou a impressão em larga escala. Imagine só o quão revolucionária foi, 
e ainda é, essa tecnologia. 
Título: Imagem de um dos primeiros exemplares da Bíblia impresso na História da humanidade.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b0/Gutenberg_Bible.jpg/800px-Gutenberg_Bible.jpg 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f9/Alfabeto_Grego.gif
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b0/Gutenberg_Bible.jpg/800px-Gutenberg_Bible.jpg
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Essa revolução foi logo constatada no campo educacional, pois sabe-se que as 
obras, durante a Idade Média, eram restritas a poucos, dentre os privilegiados estavam 
os nobres, sacerdotes, estudiosos diretamente ligados aos mosteiros. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Como uma boa cinéfila, “louca” por cinema”, de plantão, tenho para você mais 
uma dica de um filme imperdível. Trata-se do “O Nome da Rosa”, inspirado na obra 
do italiano Umberto Eco, um dos maiores filósofos e semiólogos do século XX, 
início do XXI. Essaobra tem como eixo principal, em seu enredo, embates sobre 
livros e textos científicos e filosóficos guardados na biblioteca de um mosteiro, 
os quais não deveriam ser acessados pela população. A partir daí, a trama toma 
rumos surpreendentes, dentre os quais intrigas entre os monges que lá viviam, e 
até crimes contra a vida. Para assisti-lo, é só acessar https://www.youtube.com/
watch?v=GJG8r6o4eHU. E, é claro, preparar o coração e a mente, e separar a 
pipoca. 
Dando continuidade, lembro aqui Barbosa (2009) quando conta que, no contexto 
educacional,
só fazia sentido aprender a ler, caso se pretendesse seguir a vocação 
religiosa. Nesse caso a criança era admitida na escola aos 7 anos 
onde o ensino era sobretudo oral: o mestre falava e instruía e a criança 
ouvia e memorizava, pois saber era saber de cor. A leitura era ensinada 
em latim e, para aprender, os escolares decoravam o Livro dos Salmos 
(BARBOSA, 2009, p. 98).
Nesses termos, as práticas de leitura centravam-se na oralidade e baseavam-se, 
sobretudo, na leitura em voz alta. Nesse contexto, ressalta-se, também, uma prática 
didática conhecida até os dias atuais: o ditado. Você conhece? Já teve alguma 
experiência com ditados? Nessa prática pedagógica, o professor ditava, falava em voz 
alta alguma palavra para o aluno reproduzir, escrever em seu caderno, por exemplo.
Contudo, a possibilidade de produção de livros em massa potencializou a elaboração, 
divulgação e, consequentemente, a ampliação e formação de leitores diversificados 
(FERREIRO, 2009). De acordo com Barbosa (2009, p. 104), se no período da Alta Idade 
Média “a relação do leitor se restringia a livros sacros – principalmente a Bíblia”, no fim 
da Idade Média e início dos tempos Modernos “o mercado começa a ser invadido por 
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grande quantidade de obras profanas – almanaques, calendários, contos populares 
e amorosos – com grande sucesso entre as camadas mais pobres da população”.
Merece destaque que nessa época a demanda por escolas se acentua, pois mais 
pessoas queriam aprender a ler e a escrever; amplia-se o número de obras didáticas 
e de literatura infantil; aumenta-se o número de leitores (BARBOSA, 2009). 
Veja só como que tecnologias específicas contribuíram, sobremaneira, para definir 
novos rumos para a história da humanidade.
Na Idade Moderna, período iniciado no século XV, tivemos inúmeros avanços 
tecnológicos em todos os setores da vida em sociedade. Logo no início da Idade 
Moderna, Galileu Galilei inventou um termômetro e construiu um telescópio, o qual 
permitiu novas descobertas astronômicas; e Isaac Newton publicou as suas leis físicas, 
com destaque para a Lei da Gravitação Universal (FAVA, 2016).
No contexto da primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra por volta de 
1760, e marcada pela utilização de máquinas nos processos de trabalhos nas fábricas, 
sofisticamos instrumentos de transporte, de fabricação de produtos em larga escala, 
reorganizamos a nossa vida nas cidades (FAVA, 2016). 
Já no final do século XIX, Alexander Graham Bell patenteia 
o telefone, Thomas Edison patenteia a lâmpada elétrica 
incandescente, Karl Benz produz um carro com motor a 
gasolina, Albert Einstein explica o efeito fotoelétrico. Essas, 
dentre tantas outras invenções e inovações, impactaram, 
significativamente, os nossos modos de ser e estar no 
mundo. Imagine...
Logo tivemos a segunda Revolução Industrial, nas 
décadas de 40 e 50 do século XX, e com ela uma explosão 
tecnológica sem precedentes na história da humanidade. A 
partir da década de 50 do século XX, iniciamos um período 
da história da humanidade conhecido como a “Era das 
invenções”, nos encontramos aí na Idade Contemporânea, 
a denominada Pós-Modernidade. Substituímos o ferro pelo 
aço, o que implicou na expansão industrial; ampliamos 
as nossas possibilidades comunicacionais através de 
dispositivos como o rádio e a televisão; criamos alternativas Título: Imagem de um telefone.Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/antiguidade-classico-
elegante-tradicional-5378353/ 
https://www.pexels.com/pt-br/foto/antiguidade-classico-elegante-tradicional-5378353/
https://www.pexels.com/pt-br/foto/antiguidade-classico-elegante-tradicional-5378353/
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para o deslocamento, agora, em escala interplanetária; chegamos à Lua (FAVA, 2016). 
Esses são alguns dos inúmeros exemplos do que a evolução das tecnologias permitiu 
aos homens em termos de desenvolvimento.
Título: Chegada do homem à Lua. 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/239394536420194674/ 
Dentre todos os possíveis exemplos, temos que assinalar a invenção do computador 
na década de 40 desse século, e da Internet, por volta de 1954, após a Segunda Guerra 
Mundial, período denominado como “Guerra Fria” (FAVA, 2016). Cabe esclarecer que a 
Internet foi criada e utilizada pela inteligência militar norte-americana, nesse período, 
justamente para espiar o considerado “inimigo”. 
Ao lado disso, a Internet, sistema mundial de redes de computadores interconectados, 
também foi criada para fins de pesquisas, conforme esclarece Coelho (1999). 
A Internet surgiu a partir de um projeto da agência norte-
americana Advanced Resecarch and Projects Agency (ARPA), uma 
instituição militar, objetivando conectar os computadores dos seus 
departamentos de pesquisa. A primeira iniciativa foi a ARPANET, em 
1969, que interligava quatro instituições: Universidade da Califórnia, 
LA e Santa Bárbara, Instituto de Pesquisa de Stanford e Universidade 
de Utah. Desta experiência que perdurou na década de 70, nasceu o 
TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol), grupo de 
protocolos que é a base da Internet desde aqueles tempos até hoje. A 
Universidade da Califórnia de Berkeley implantou os protocolos TCP/
IP ao Sistema Operacional UNIX, possibilitando a integração de várias 
universidades a ARPANET. Nesta época, início da década de 80, redes 
de computadores de outros centros de pesquisa foram integrados 
à rede da ARPA. Em 1985, a entidade americana National Science 
Foundation (NSF) interligou os supercomputadores do seu centro de 
pesquisa, a NSFNET, que no ano seguinte entrou para a ARPANET. As 
duas espinhas dorsais (backbone) de uma nova rede foram então a 
ARPANET e a NSFNET junto com os demais computadores ligados 
a elas (COELHO, 1999, p. 29).
https://br.pinterest.com/pin/239394536420194674/
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Contudo, os computadores e, especialmente, a Internet só se popularizaram na 
década de 90 do século XX. No Brasil, por exemplo, a partir de 1995. 
Pois bem, de lá pra cá muita coisa mudou, certo? Nesse sentido, analise a linha do 
tempo a seguir, a qual apresenta características das gerações da Internet.
Título: Gerações da Internet.
Fonte: elaborada pela autora.
A evolução das tecnologias, também, implicou nas concepções explicativas sobre 
o termo. Atualmente, século XXI, “a tecnologia possui múltiplos significados que 
variam conforme o contexto, podendo ser vista como: artefato, cultura, atividade com 
determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus 
respectivos processos, etc” (REIS apud ALMEIDA & MORAN, 2005, p. 40). 
Portanto, podemos situá-las como processos e produtos, cada vez mais, resultantes 
da ciência aplicada, dentre os quais se destacam as tecnologias de informação e 
comunicação (TICs). As TICs são frutos de um 
conjunto de tecnologias microeletrônicas, informáticas e de 
telecomunicações que potencializam a aquisição, a produção, o 
armazenamento, o processamento e a transmissão de dados na 
forma de imagem, vídeo, texto, áudio, desenvolvidas no interior das 
bases materiais e sociais da economia, da sociedade e da cultura 
(GONTIJO, 2008, p.37).
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIASPROF.A CYNTHIA RÚBIA 
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Verifique, pois, que o contexto contemporâneo, definitivamente, é marcado por um 
movimento de transformações científicas e tecnológicas que se manifesta de forma 
intensa, com grande velocidade e difícil dimensionamento. Você já refletiu o quanto 
esse movimento pode impactar diversas áreas, considerando-se variáveis, tais como de 
ordem econômica, social, cultural, política, religiosa, institucional, filosófica e ecológica? 
Pense, por exemplo, nos contextos em que determinados e específicos setores se 
destacam, como, por exemplo, dos sistemas de comunicação e informação, com 
informatização veloz e praticamente generalizada na sociedade. 
A existência de uma nova e radical transformação em relação ao acesso e à produção 
cultural da linguagem impressa (livros, jornais, revistas, dentre outros) para uma cultura 
audiovisual e cibernética, em que produtos das tecnologias, tais como Inteligência 
Artificial (IA), compartilhamentos em nuvem, gamificação, metodologias ativas exercem 
grandes influências na vida das pessoas e nos vínculos que elas estabelecem. 
Levy (2006) argumenta que qualquer indivíduo, independentemente de sua origem 
geográfica ou social, mesmo não dispondo de grande poder econômico, desde que 
aplique um mínimo de competência técnica, pode investir no ciberespaço por sua 
própria conta, participar de comunidades virtuais de aprendizagem ou difundir, para 
um vasto público, toda informação que julgar digna de interesse. 
E confirmamos isso quando lembramos, por exemplo, de redes, tais como o TikTok 
ou Kwai, não é mesmo?
Título: Imagem da tela inicial da rede TikTok.
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/anonimo-aplicacao-aplicativo-solicitacao-5081930/ 
https://www.pexels.com/pt-br/foto/anonimo-aplicacao-aplicativo-solicitacao-5081930/
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ANOTE ISSO
O ciberespaço é um território societário que engloba práticas e representações de 
diversos grupos que dele fazem parte, e que nele atuam. É um lócus, sobretudo, de 
interações, em que as pessoas podem experimentar diversas possibilidades de ser 
e estar no mundo. Portanto, para além da sua dimensão pragmática informacional, 
é um espaço de comunicação, sociabilidade e reconfiguração de identidades. 
Lembre-se que é um espaço virtual, mas isso não o torna irreal, pois o virtual é, 
também, real, tendo em vista que existe de forma simbólica, a qual, inclusive, 
impacta, significativamente na vida material, ok? 
Assim, adentramos o “Admirável mundo novo” (HUXLEY, 2014), anunciado na obra 
de Aldous Huxley, em 1931, na qual o autor já problematizava possíveis repercussões 
da presença das tecnologias para a civilização. Vale aqui comentar que a série de 
filmes “Matrix” está bastante em sintonia com a perspectiva futurista analisada por 
Huxley lá na década de 40 do século XX. Aproveitando a deixa, você conhece a série?
Nos encontramos, pois, no contexto da Web 4.0, e no campo educacional no da 
denominada Educação 4.0, porque intermediada, radicalmente, pela presença das 
TICs, especialmente das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), 
com destaque para a Internet. Assunto para as nossas próximas aulas.
1.3 SÍNTESE DA AULA E ANÚNCIO DOS NOSSOS PRÓXIMOS PASSOS NA 
DISCIPLINA
Bem..., fizemos uma breve viagem pela história, uma “ponte aérea”, através das 
tecnologias nela inventadas/produzidas/aprimoradas. Confirmamos que somos seres 
produtores de tecnologias, e vislumbramos como essas contribuíram, sobremaneira, 
para o nosso desenvolvimento.
Chega a ser fantástico refletir sobre a produção e o uso das tecnologias, e como 
essas tiveram, e têm, implicações em nossas vidas, não é?
Fato é que percebemos que as tecnologias atravessam a formação dos povos e 
que, portanto, do seu sustentáculo educacional, tornando-se, neste momento, século 
XXI, uma de suas bases pedagógicas, conforme veremos em nossa próxima aula. 
Assim sendo, discutiremos, em nossa próxima aula, a presença das tecnologias, 
com destaque para o computador, na educação. 
Por enquanto, ficamos por aqui, mas deixo, a título de reflexão, a seguinte mensagem 
para você “É tão urgente quanto necessária à compreensão correta da tecnologia, a que 
recusa entendê-la como obra diabólica ameaçando sempre os seres humanos ou a que 
a perfila como constantemente a serviço de seu bem-estar (FREIRE, 2000, p. 101).
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AULA 2
MÍDIAS E COMPUTADORES 
NA EDUCAÇÃO – COMO TUDO 
COMEÇOU
2.1 INTRODUÇÃO – PARA INICIAR A CONVERSA
Em nossa primeira aula, vimos que as tecnologias sempre estiveram presentes na 
vida do homem. Sendo consideradas como artefatos culturais, tal como discutimos, 
reconhecemos, também, a sua presença na educação desde tempos imemoráveis.
Afinal de contas, desde os tempos mais remotos, os homens perceberam que só 
poderiam sobreviver, assim como as suas gerações posteriores, se transmitissem aos 
seus pares, aos membros da mesma espécie, conhecimentos por eles construídos. 
Assim sendo, configura-se a educação, a qual, tornando-se cada vez mais um processo 
formativo intencionado, requer de meios, objetos e técnicas para a sua realização.
Portanto, as tecnologias sempre foram utilizadas de alguma maneira na educação. 
Contudo, a inserção de mídias e do computador, por exemplo, em processos ensino-
aprendizagem, é relativamente recente, considerando-se o nosso tempo de existência 
neste mundo. 
Nesta aula, veremos aspectos desta inserção de recursos midiáticos e tecnológicos 
na educação brasileira.
Vamos nessa?
2.2 INSERÇÃO DE RECURSOS MIDIÁTICOS E TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO 
BRASILEIRA: desafios, impasses e horizontes
A utilização pedagógica de mídias na educação, ou seja, com intenções formativas, 
data da década de 20 do século XX, quando iniciamos o uso do rádio em processos 
ensino-aprendizagem. Exatamente em 1923, entusiasmado com o rádio como poderoso 
veículo de comunicação de massa, o antropólogo e professor Edgar Roquete Pinto 
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cria a Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a qual desenvolvia programas 
educativos, com vistas a acabar com o analfabetismo no Brasil que naquela época era 
muito alto, atingia cerca de 65% da população. Ao lado disso, em 1930, o Ministério da 
Educação criou uma rádio educativa. Contudo, ambas experiências não prevaleceram, 
pois nelas se sobressaíram interesses comerciais da época (GONTIJO, 2008).
O uso sistemático do rádio na educação retornou na década de 50 daquele século. 
Nesse momento, essa mídia foi, amplamente, utilizada no contexto do Movimento de 
Educação de Base (MEB). Você já ouviu falar desse Movimento?
O MEB tinha como objetivo geral alfabetizar agricultores das regiões Norte e Nordeste 
do Brasil a partir da metodologia freiriana, pois foi criada pelo renomado educador 
brasileiro Paulo Freire. Aproveito aqui para te sugerir que conheça, em profundidade, 
essa metodologia, ok?
Pois bem, nas décadas de 60 e 70 do século XX, iniciamos as primeiras experiências 
com TVs educativas no país. Perceba que esse momento se configura como um 
marco da história da educação a distância (EaD) no Brasil, modalidade educacional 
que será tratada em aulas posteriores.
Vale a pena observar que essas mídias impactaram, significativamente, o imaginário 
social, provocando importantes transformações culturais. Afinal, tal como afirma 
Perrenoud (2000, p.125), elas “transformam espetacularmente não só a maneira de 
comunicação, mas também de trabalhar, de decidir, de pensar”.
 
ANOTE ISSO
Em termos gerais, entendemos a mídia como um conjunto de meios, instrumentos 
de informação e comunicação, a qual utiliza-se de plataformas, suportes diversos 
para veiculá-las, tais como rádio, televisão,jornal, Internet (SANTOS, 2016). 
Atualmente, no século XXI, experimentamos um mundo denominado como 
hipermidiático, assunto para próximas aulas, certo?
 
 Então, especialmente no processo formativo das crianças e dos adolescentes, as 
mídias exercem um papel mediador significativo, o qual devemos, como profissionais 
da educação, nos atentar e intervir. Nesse sentido, analise, por exemplo, esta 
constatação: 
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A educadora Kincheloe considera que uma das características da 
banalização da violência por parte da TV é que quando uma criança 
chega aos 12 anos já assistiu a mais de 100 mil assassinatos na 
televisão tornando-se praticamente impossível desvincular a sua 
realidade a que é mostrada na televisão, assim esse bombardeio de 
informações provoca o amadurecimento precoce das crianças, sem 
falar que esse meio de comunicação colabora com o distanciamento 
humano que contribui para o silêncio entre as pessoas [...] (CARVALHO 
& BARBIERE, 1998, p. 64).
 
Assustador, não é mesmo?
 
Título: Rádio e TV das décadas de 50/60 do século XX.
Fonte: https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fretro-outdated-yellow-tv-set-from-70s-old-
fm-radio-classic-golden-microphone-on-oak-gm1224839746-360313349
 
Nesse sentido, destaco as críticas empreendidas na Escola de Frankfurt/Alemanha, 
especialmente pelos intelectuais Theodor Adorno e Max Horkheimer, os quais criaram 
o conceito de indústria cultural, dentre outros, justamente para demonstrar como o 
sistema capitalista de produção utiliza as mídias para reproduzir a sua ideologia, ou 
seja, a reprodução do poder desigual entre classes.
É muito importante que a gente reconheça isso em nosso dia-a-dia para que 
tenhamos melhores condições de lidar com esses processos e essas práticas de 
alienação, certo?
 
Título: Imagem de personagens da série de TV “Vila Sésamo” da década de 70 do século XX.
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/foto/bonecos-coloridos-da-s%C3%A9rie-de-gergelim-gm1084426264-290966269
https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fretro-outdated-yellow-tv-set-from-70s-old-fm-radio-classic-golden-microphone-on-oak-gm1224839746-360313349
https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fretro-outdated-yellow-tv-set-from-70s-old-fm-radio-classic-golden-microphone-on-oak-gm1224839746-360313349
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https://www.istockphoto.com/br/foto/bonecos-coloridos-da-s%C3%A9rie-de-gergelim-gm1084426264-290966269
https://www.istockphoto.com/br/foto/bonecos-coloridos-da-s%C3%A9rie-de-gergelim-gm1084426264-290966269
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Na década de 50 do século XX, iniciam-se pesquisas sobre o uso desses recursos 
tecnológicos midiáticos na educação, bem como do computador, nos Estados Unidos 
da América do Norte. No Brasil, essas pesquisas iniciam-se por volta da década de 
60 desse século.
Essas pesquisas se alinhavam, especialmente, à Pedagogia Liberal Tradicional. 
Essa tendência pedagógica concebe o aluno como um ser passivo e desprovido 
de conhecimentos, vivências, histórias no processo ensino-aprendizagem. Nessa 
pedagogia, o professor é o detentor do saber e o aluno uma “página em branco” a 
ser preenchida com os conteúdos que o docente escolher para lhe transmitir. A sua 
aprendizagem tem por base a repetição e a memorização de conteúdos, nos moldes 
behavioristas. E a avaliação é sempre utilizada para a simples checagem dessas 
aprendizagens, também, usada como mecanismo de opressão e punição.
Observe que esse modelo de avaliação implicou na construção de uma cultura 
avaliativa na escola que gera pavor em muitos de nós, não é mesmo?
Esclarece-se que o behaviorismo ou comportamentalismo basicamente é uma 
corrente da psicologia, com forte influência na educação, que entende que o indivíduo 
constrói conhecimentos através do estímulo-resposta. Se você provocou o aluno para 
a realização de uma atividade, por exemplo, e ele a desenvolveu de forma satisfatória, a 
sua resposta será positiva, retribuída com um prêmio, tal como com um ok, um conceito 
A, uma “caneta azul”. Caso não, a resposta será negativa, retribuída com uma sanção, 
tal como com uma repreensão, um conceito baixo, uma “caneta vermelha”. Lembrando 
aqui que hoje, século XXI, temos os emoticons, as “carinhas” que retornamos para os 
alunos quando eles desenvolvem uma tarefa de forma satisfatória ou não. Veja só, 
não estou aqui fazendo juízo de valor, apenas uma constatação, ok?
Essa teoria teve, e ainda o tem, forte influência no pensamento educacional brasileiro 
através das ideias do norte-americano Burrhus Frederic Skinner. Voltaremos a ela e 
as suas críticas em momento posterior quando formos tratar, especificamente, de 
metodologias de ensino, certo?
Título: Imagens de alguns emoticons. 
Fonte: https://istockphoto.6q33.net/c/1263831/258824/4205?u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fhand-choosing-green-happy-smiley-face-
paper-cut-product-user-service-feedback-rating-gm1227064104-361755109
https://istockphoto.6q33.net/c/1263831/258824/4205?u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fhand-choosing-green-happy-smiley-face-paper-cut-product-user-service-feedback-rating-gm1227064104-361755109
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https://istockphoto.6q33.net/c/1263831/258824/4205?u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fhand-choosing-green-happy-smiley-face-paper-cut-product-user-service-feedback-rating-gm1227064104-361755109
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Conforme essas pressuposições, as mídias, as tecnologias seriam um elemento 
reforçador para o aprendizado.
Maggio assinala que: 
a psicologia da educação, aparecia centrada em buscas investigativas 
de forte caráter experimental. [...] A pesquisa da época aparecia 
centrada nos materiais, nos aparelhos e nos meios de instrução, 
apontando a comparação entre meios, a partir da elaboração de 
instrumentos para sua avaliação e seleção (MAGGIO, 2007, p. 14).
 
Nesse contexto, o papel do professor passa a ser representado pela competência de 
manipular as condições do ambiente dos alunos, a fim de lhes assegurar o aprendizado. 
O papel dos alunos passa a ser o da recepção do conhecimento, tal como destacamos.
Na década de 70, surgem outras concepções sobre o uso das tecnologias na 
educação, as quais tinham como foco os elementos sistêmicos da administração 
escolar. Segundo Maggio (2007, p.16), 
no enfoque sistemático a educação é concebida como o sistema 
ou a totalidade de subsistemas inter-relacionados. O sistema é um 
conjunto de dados vinculados entre si e com os dados do meio 
ambiente. Funciona relacionado com os propósitos para os quais 
foi criado. A preocupação central tem a ver com administrar, dirigir, 
controlar, regular, melhorar esses sistemas educacionais em geral 
ou alguns de seus subsistemas; ou os processos de aprendizagem, 
entendidos também como sistemas. A busca, neste enfoque, 
esta orientada para o acréscimo da eficiência e para o controle de 
que realmente se produzam os efeitos buscados. Pretende-se a 
regularidade. Não aparece à busca da contradição como o modo de 
avançar no conhecimento.
Por esse enfoque, vincula-se o uso das tecnologias à resolução de todos os problemas 
do sistema educacional, na medida em que esse uso é considerado como determinante 
de resultados desejados e efetivos nos processospedagógicos. Nesses termos, a 
inserção das tecnologias nas escolas era pensada pelo viés puramente instrumental, 
utilitarista e pragmático.
E é justamente nessa década, 70 do século XX, que tivemos o início, propriamente 
dito, da inserção de computadores nas escolas. Esclarecemos que as primeiras 
experiências de ensino auxiliadas pelo computador foram feitas usando terminais 
ligados a telas para escrever. Com as telas para escrever, a interação homem-máquina 
era muito limitada, bem diferente de hoje, não é mesmo?
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De acordo com Valente e Almeida (1997, s/p), a história “oficial” da informática na 
educação 
nasceu no início dos anos 70 a partir de algumas experiências na 
UFRJ, UFRGS e UNICAMP. Nos anos 80 se estabeleceu através de 
diversas atividades que permitiram que essa área hoje tenha uma 
identidade própria, raízes sólidas e relativa maturidade. [...] Entretanto, 
a implantação do programa de informática na educação no Brasil 
inicia-se com o primeiro e segundo Seminário Nacional de Informática 
em Educação, realizados respectivamente na Universidade de 
Brasília em 1981 e na Universidade Federal da Bahia em 1982. Esses 
seminários estabeleceram um programa de atuação que originou o 
EDUCOM e uma sistemática de trabalho diferente de quaisquer outros 
programas educacionais iniciados pelo MEC. No caso da Informática 
na Educação as decisões e as propostas nunca foram totalmente 
centralizadas no MEC. Eram fruto de discussões e propostas feitas 
pela comunidade de técnicos e pesquisadores da área. A função do 
MEC era a de acompanhar, viabilizar e implementar essas decisões. 
Portanto, a primeira grande diferença do programa brasileiro em 
relação aos outros países, como França e Estados Unidos, é a questão 
da descentralização das políticas.
 
Ressalta-se que, nesse contexto, o EDUCOM atuava com base no reconhecimento 
de que o computador deveria facilitar a aprendizagem e não automatizá-la; 
perspectiva que o diferenciava da ideia que prevaleceu em décadas anteriores 
quando muitos consideravam que as tecnologias deveriam assumir o lugar de 
“máquinas de ensinar”.
Certamente, esse reconhecimento constituiu-se como um enorme desafio na 
prática, pois, se antes prevalecia uma pedagogia centrada nos moldes behavioristas, 
comportamentalistas etc, tal como vimos, nesse momento desenvolvemos um novo 
“olhar” acerca das abordagens educacionais. 
Contudo, a introdução da informática na educação encontrou resistências, 
especialmente por parte da comunidade docente. Por um lado, alguns professores 
consideravam que os computadores reforçariam o ensino comportamentalista, 
tecnicista, assumindo o papel de “máquinas de ensinar”, podendo, até mesmo, tomarem 
o seu lugar. Por outro lado, outros professores acreditavam que os computadores 
resolveriam todas as demandas ensino-aprendizagem, os reconhecendo como uma 
espécie de panaceia, uma “cura”, educacional.
 
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ANOTE ISSO
Fica aqui uma dica de obra para você, trata-se do livro “Apocalípticos e Integrados” 
de Umberto Eco, autor que vimos em nossa primeira aula. Lembra? A título 
de introdução, os “apocalípticos” seriam aquelas pessoas que acreditam que as 
tecnologias desumanizam o ensino e, portanto, o seu uso resultaria no pleno 
repasse de conteúdos. Já os “integrados” seriam aquelas pessoas que idolatram o 
uso de tecnologias na educação, pois acreditam que o seu mero uso é o suficiente 
para a qualidade do ensino-aprendizagem.
Título: Capa do livro “Apocalípticos e Integrados” de Umberto Eco. 
Fonte: https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2FApocal%25C3%25ADpticos-Integrados-Humberto-Eco%2
Fdp%2F8497933869&psig=AOvVaw0WqdL7RjX3H5kDbINXtjF0&ust=1633818046009000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCJjEvtXsu_
MCFQAAAAAdAAAAABAD
 
Assim como Cysneiros (2008), entendemos que ambas ideias são equivocadas, 
constituindo-se como mitos em torno da introdução e presença das tecnologias na 
educação.
Afinal, 
a presença de aparato tecnológico na sala de aula não garante 
mudanças na forma de ensinar e aprender. A tecnologia deve servir 
para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção 
de conhecimentos através de uma atuação ativa, crítica e criativa por 
parte de alunos e professores (BRASIL, 1998, s/p).
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2FApocal%25C3%25ADpticos-Integrados-Humberto-Eco%2Fdp%2F8497933869&psig=AOvVaw0WqdL7RjX3H5kDbINXtjF0&ust=1633818046009000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCJjEvtXsu_MCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2FApocal%25C3%25ADpticos-Integrados-Humberto-Eco%2Fdp%2F8497933869&psig=AOvVaw0WqdL7RjX3H5kDbINXtjF0&ust=1633818046009000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCJjEvtXsu_MCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2FApocal%25C3%25ADpticos-Integrados-Humberto-Eco%2Fdp%2F8497933869&psig=AOvVaw0WqdL7RjX3H5kDbINXtjF0&ust=1633818046009000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCJjEvtXsu_MCFQAAAAAdAAAAABAD
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2FApocal%25C3%25ADpticos-Integrados-Humberto-Eco%2Fdp%2F8497933869&psig=AOvVaw0WqdL7RjX3H5kDbINXtjF0&ust=1633818046009000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCJjEvtXsu_MCFQAAAAAdAAAAABAD
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Nos termos de Coelho et al. (2007), estudos de pesquisadores da área demonstram 
que o uso do computador na educação contribui com mudanças significativas 
quando 
introduzem ou reforçam um paradigma que promove aprendizagem 
ao invés de ensino, que coloca o controle do processo nas mãos do 
aprendiz e que auxilia o professor a compreender que a educação 
é um processo de construção de conhecimento (COELHO ET. AL, 
2007, p. 32).
Pois bem, na última década do século XX, tivemos a implementação do programa 
de maior envergadura na área até então: o Programa Nacional de Informática na 
Educação (ProInfo). O ProInfo foi criado pelo Ministério da Educação (MEC), por meio 
da Secretaria de Estado de Educação a Distância (SEED) da época, com o objetivo 
de introduzir a informática nas escolas públicas estaduais e municipais do Brasil, 
atingindo alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (BRASIL, 1997).
Política essa que não foi efetiva na prática, especialmente pela fragilidade da 
formação pedagógica de professores para o uso das tecnologias em sala de aula, e 
pelo sucateamento de computadores que foi constatado em boa parte das escolas 
no país, dentre outros motivos (GONTIJO ET. AL, 2003).
 
Título: Imagem de computadores sucateados. 
Fonte: https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?sharedID=1982588&u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fold-monitors-and-
computer-parts-gm517521238-89528157
Outra iniciativa governamental importante no período foi a implementação do 
“Programa Sociedade da Informação”, apresentado no conhecido “Livro Verde” 
(TAKAHASHI, 2000). Nesse documento, ressalta-se a importância da alfabetização 
digital no país, entendendo-a como o desenvolvimento de habilidades básicas 
para o uso do computador e da Internet, a qual já estava “chegando” nas escolas 
brasileiras.
 
https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?sharedID=1982588&u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fold-monitors-and-computer-parts-gm517521238-89528157
https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?sharedID=1982588&u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fold-monitors-and-computer-parts-gm517521238-89528157
https://istockphoto.6q33.net/c/1982588/258824/4205?sharedID=1982588&u=https%3A%2F%2Fwww.istockphoto.com%2Fphoto%2Fold-monitors-and-computer-parts-gm517521238-89528157
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ISTO ESTÁ NA REDE
Que tal conhecer, caso não conheça, o “Livro Verde” em sua íntegra? Ele é um 
importante marco da história das políticas de tecnologias em áreas como educação, 
saúde, cultura, trabalho, transportes, dentre outras, em nosso país. Para tanto, acesse: 
https://livroaberto.ibict.br/handle/1/434. 
 
Viramos o século e com ele, ainda, permanecemos enfrentando os enormes desafios de 
trabalhar com tecnologias na educação, especialmente considerando que nesse momento, 
final do século XX, início do XXI, estávamos no contexto da Web 2.0, conforme vimos em 
nossa primeira aula.
Dessa forma, reconhecemos que falar de alfabetização digital não é mais suficiente, 
tendo em vista as inúmeras possibilidades tecnológicas que se anunciaram e vêm se 
consolidando no campo educacional (SANCHO & HERNÁNDEZ, 2014). 
.Atualmente, no século XXI, somos, enquanto profissionais da educação, desafiados 
a trabalhar pedagogicamente com diversas tecnologias, em diversas modalidades 
educacionais, tal como discutiremos.
Portanto, nos parece mais sensato, neste contexto, falarmos de letramento tecnológico, 
letramento digital, literacia digital.
Para fins desta aula, precisamos que o letramento tecnológico ou digital implica não 
somente o uso da tecnologia como consumidor e cliente, mas a atuação do indivíduo 
como agente de informações em diferentes mídias e hipermídias, como produtor e leitor 
de diferenciados textos e hipertextos, com capacidades analíticas de significados em 
âmbitos culturais diversos, em processos educacionais diversos. Termo análogo ao de 
letramento tecnológico, literacia digital trata-se do conjunto de habilidades e competências 
para o uso apropriado das tecnologias, o que implica ler, compreender, avaliar, apresentar, 
representar e trocar informações; comunicar-se e participar de redes virtuais (JOAQUIM, 
VÓVIO E PESCE, 2020). A literacia digital engloba a autoconscientização de como as 
tecnologias impactam a vida do homem em sociedade, nos termos da figura seguinte.
 
Título: Ciclo básico da literacia digital. 
Fonte: elaborada pela autora, com fundamentação em FCT (2021).
https://livroaberto.ibict.br/handle/1/434
https://livroaberto.ibict.br/handle/1/434
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 Tendo em vista a necessidade histórica do letramento tecnológico/literacia digital, 
não queremos que as tecnologias sirvam apenas como equipamentismo pedagógico, 
mas como um constructo para a sua inovação. Afinal, no contexto da hipertextualidade 
contemporânea, a qual abordaremos em breve, as pedagogias têm cada vez mais 
sido desafiadas a se repensar.
Isso demanda um compromisso de todos para que as crianças, os adolescentes, 
os jovens e os adultos utilizem as tecnologias de forma crítica e criativa, e, ao mesmo 
tempo, requer dos profissionais da educação um trabalho que as coloque à serviço 
das aprendizagens dos seus interlocutores, parceiros de aprendizagens, assunto para 
a nossa próxima aula.
 
2.3 SÍNTESE DA AULA E ANÚNCIO DOS NOSSOS PRÓXIMOS PASSOS NA 
DISCIPLINA
Vivemos em um mundo que, tal como assinala Franco (2007, p. 12), 
Mais do que nunca o homem recorre à tecnologia, agora como auxiliar, 
no que ele considerava sua aptidão mais nobre: a inteligência. O 
homem não é mais “naturalmente” apto, talvez nunca tenha sido, para 
buscar as informações de que necessita. Para acessa-las busca o 
auxílio de técnicas e de objetos técnicos.
Assim sendo, vimos, nesta aula, que, apesar de leituras diferenciadas acerca das 
tecnologias, a inserção de mídias, do computador etc na educação foi inevitável. Afinal, 
ainda que lentamente, especialmente a escola não pôde ficar a reboque do seu tempo.
Contudo, percebemos que a simples inclusão desses recursos na educação não 
é suficiente para provocar mudanças substantivas, em termos de qualidade, em 
processos educativos. Ora, essas só podem ocorrer a partir de decisões e ações que 
nenhuma máquina poderá fazer.
E entendemos aqui que essas mudanças demandam muitas decisões e ações, dentre 
elas o desenvolvimento/aprimoramento de determinadas capacidades, em termos de 
competências e habilidades, por parte dos educadores. Assunto que abordaremos em 
nossa próxima aula.
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AULA 3
SABERES NECESSÁRIOS AOS 
EDUCADORES NO CONTEXTO DA 
EDUCAÇÃO 4.0
3.1 INTRODUÇÃO – PARA INICIAR A CONVERSA
Em nossas duas primeiras aulas, vimos que as relações socioculturais, em todos 
os tempos históricos, foram intermediadas por tecnologias. E que as transformações 
sócio-políticas ocorridas, especialmente no século XX, com destaque para a produção 
de tecnologias da informação e da comunicação (TICs), condicionaram a organização 
de uma sociedade profundamente entrelaçada a essas tecnologias.
Assim sendo, nos parece que não cabe mais uma visão puramente instrumentalista 
das tecnologias, a qual as concebem apenas como técnicas a serem utilizadas pelos 
homens. Entendemos, pois, que, em tempos pós-modernos, é, cada vez mais, necessário 
as reconhecer como produtos e processos que se configuram no interior de práticas 
socioculturais, oriundas de um emaranhado de conhecimentos aplicados, produzidos 
e gerenciados pelos sujeitos (FAINHOLC, 2003).
Esse panorama histórico, portanto, requer, cada vez mais, o desenvolvimento/
aprimoramento de saberes necessários à uma atuação humana condizente com o 
seu tempo histórico. No caso dos profissionais da educação, isso torna-se, ainda mais 
premente, tendo em vista que somos corresponsáveis por esse desenvolvimento em 
outras pessoas.
Nesse sentido, na aula de hoje, iremos discutir aspectos importantes de capacidades, 
em termos de competências e habilidades, a serem construídas ou reforçadas por 
educadores no contexto da Educação 4.0.
Vamos começar?
 
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3.2 DIMENSÕES FORMATIVAS IMPORTANTES PARA A ATUAÇÃO DOS 
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE
 
Na realidade presente, configurada nas duas primeiras décadas do século XXI, na 
qual as TICs têm um papel ativo e co-estruturante de novas formas de aprender e 
de conhecer, situa-se a denominada Educação 4.0, a qual já abordamos, ainda que 
sinteticamente, nas aulas anteriores.
A Educação 4.0 está diretamente ligada à quarta revolução industrial e é caracterizada, 
radicalmente, pela relação dos sujeitos com o uso crítico e criativo, e com a produção, 
o da cultura audiovisual e cibernética. A Educação 4.0 baseia-se, sobretudo, no 
potencial humano, ancorado nas TICs, para lidar com a grande quantidade de dados 
e informações (Big Data) produzidas diariamente, em escala global; no conceito de 
learning by doing (aprender fazendo); e no protagonismo das pessoas em seus processos 
de aprendizagens, ou seja, em um olhar que reconhece o sujeito como ativo e não 
passivo na relação pedagógica; conforme apresenta a figura seguinte.
Título: Fundamentos básicos da Educação 4.0.
Fonte: elaborada pela autora.
 
Entendemos que, neste contexto da Educação 4.0, não se trata mais de usar 
as tecnologias na educação a qualquer preço, mas de acompanhar, consciente e 
deliberadamente, uma mudança da civilização, colocando a descoberto, profundamente, 
as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educativos 
tradicionais, notadamente os papéis dos profissionais da educação e dos estudantes.
Isso significa que a questão fundamental não é se a escola, ou demais instituições 
formativas, devem ou não trabalhar com as TICs, mas como deve fazê-la, isto é, de 
que modo elas poderão contribuir, efetivamente, para a inovação e o desenvolvimento 
da atividade educativa.
Seria, pois, um erro, tratar dessas tecnologias apenas como fator de modernização 
da educação, sem levar em conta que as tecnologiasaplicadas à educação devem 
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obedecer a um projeto pedagógico consistente e coerente com as suas finalidades, 
tendo uma roupagem eficiente, que se contraponha aos processos ineficazes e 
anacrônicos de uma educação de ontem, para um aluno inexistente, pretensamente 
situado em uma sociedade idealizada, mas sim para o aluno de hoje (FAVA, 2016).
 
Título: Menina no contexto da Educação 4.0.
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/foto/pupila-f%C3%AAmea-construindo-carro-rob%C3%B3tico-na-aula-de-ci%C3%AAncias-gm1206218645-347795804
 
Por esta razão, quando se fala, atualmente, e se fala muito, em tecnologias na 
educação, não se pode reduzi-las à produtos ou equipamentos, tal como temos 
discutido. Nada mais alienante, nesse cenário, do que o equipamentismo inconsequente, 
partindo-se do falso pressuposto de que a última invenção, sacrificando objetivos 
fundamentais, seria a última panaceia para a educação.
Pois bem... o uso das tecnologias na educação se refere à exigência desafiadora de 
colocá-las a serviço das aprendizagens, ou seja, de um processo educativo capaz de 
ajudar o estudante a ser um sujeito apto a viver o presente e, ao mesmo tempo, ser 
agente e construtor do amanhã. Isso significa, de um lado, considerá-lo como sujeito 
da educação e, do outro, representa o ressignificar dos compromissos da educação 
com o novo protagonismo dos estudantes e dos educadores (FAVA, 2016).
Afinal, a educação que se define como uma prática social de natureza cultural não 
pode se privar da utilização das tecnologias que, se bem utilizadas, possibilitarão a 
melhoria da qualidade do processo de construção de conhecimentos e desenvolvimento 
dos sujeitos (FAVA, 2016). 
Assim, compreendemos que a apropriação das TICs na educação deve estar a 
serviço de processos educativos que potencializem o reconhecimento do valor dos 
profissionais da educação e do protagonismo dos alunos. Para tanto, deve estar em 
sintonia com um projeto educacional que evidencie o compromisso da educação com 
a construção de habilidades e competências individuais e coletivas, nos termos da 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018).
https://www.istockphoto.com/br/foto/pupila-f%C3%AAmea-construindo-carro-rob%C3%B3tico-na-aula-de-ci%C3%AAncias-gm1206218645-347795804
https://www.istockphoto.com/br/foto/pupila-f%C3%AAmea-construindo-carro-rob%C3%B3tico-na-aula-de-ci%C3%AAncias-gm1206218645-347795804
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Essa construção demanda que diferenciemos informação de conhecimento. Nesse 
sentido, analise a próxima figura.
 
Título: Contraponto entre informações e conhecimentos.
Fonte: elaborada pela autora.
 
Observe que, enquanto as informações se apresentam de maneira estanque e sem 
conexão entre elas, os conhecimentos se constroem de forma processual e em redes 
de informações que dialogam, produzindo sentidos para os sujeitos. 
Nesse contexto, eu te pergunto: e a educação não é justamente um processo 
sociocultural, sobremaneira, indutor para que os sujeitos construam conhecimentos? 
Pense nisso.
 
ISTO ESTÁ NA REDE
Que tal assistir à uma entrevista com Manuel Castells no programa televisivo Roda 
Viva? O sociólogo espanhol Manuel Castells é autor da trilogia “A Sociedade em 
Rede”, dentre tantas outras obras. Essa trilogia é uma das obras mais lúcidas e 
assertivas sobre o mundo “informacional” que se anuncia e se fortalece no século 
XX. Vale muito a pena!
 
Então, para atuarmos, com responsabilidade, no cenário aqui colocado, precisamos 
desenvolver/aprimorar determinadas capacidades, em termos de competências e 
habilidades (BEHAR, 2013).
Pensamos aqui em uma formação, nos termos de Nóvoa (2002, p. 26), que estimule 
“uma perspectiva crítico-reflexivo, que forneça aos profissionais da educação os meios 
de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de autoformação participada”. 
Para esse autor, é necessário pensar essa formação numa perspectiva globalizante, 
pois o professor ou qualquer outro especialista do campo educacional é uma pessoa, 
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com seus sentimentos, suas crenças, seus conhecimentos. Assim, é fundamental dar 
espaço nessa formação 
para a interacção entre as dimensões pessoais e profissionais, 
permitindo aos professores e demais profissionais da educação 
apropriar-se dos seus processos de formação e dar-lhes um sentido 
no quadro das suas histórias de vida (NÓVOA, 2002, p. 26). (Grifos 
nossos).
 De acordo com pesquisas recentes (ARARIPE, 2020), essa formação, no contexto da 
Educação 4.0, requer que os atores da educação se apropriem de algumas dimensões 
tecnológicas, nos termos da figura seguinte.
 
Título: Ciclo de dimensões tecnológicas a serem apropriadas pelos atores da educação.
Fonte: elaborada pela autora, com base em Araripe (2020).
 
A dimensão “Tecnologia digital” se refere ao desenvolvimento de capacidades 
por esses sujeitos para: 1) apresentar e representar dados e informações no mundo 
digital/ciberespaço; 2) compreender o que é, ainda, que sinteticamente, hardware (parte 
física dos computadores) e software (parte lógica dos computadores – sistemas e 
aplicativos); 3) entender os fundamentos conceituais da Internet e das redes virtuais 
em geral.
A dimensão “Cultura digital” se relaciona à construção de capacidades desses sujeitos 
para: 1) aprimorar, constantemente, o seu letramento tecnológico/digital; 2) usar de 
forma responsável e com compromisso social as TICs e as redes virtuais em geral; 
3) compreender crítica e criativamente essas tecnologias em contextos específicos.
Por fim, a dimensão “Pensamento computacional” diz respeito ao seu desenvolvimento 
para tratar dados e informações; e para resolver problemas de forma eficiente. Essa 
dimensão tem sido cada vez mais discutida na educação, tendo em vista a explosão 
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de dados (Big Data) que precisam ser organizados, processados, transformados e 
analisados, em escalas variadas.
Você já pensou, por exemplo, sobre a quantidade de dados nos formatos de textos, 
imagens, vídeos, conteúdos de redes sociais diversas, dentre outros, que a humanidade 
produz diariamente? Imagine que você faça uma consulta, neste momento, sobre 
um assunto de destaque ocorrido nos últimos dias, em um buscador na Internet: 
quantos conteúdos aparecerão? Veja, por exemplo, o resultado que tive ao pesquisar 
sobre conteúdos acerca da educação, publicados no buscador Google, nas últimas 
24 horas, no Brasil.
 
Título: Imagem do print da tela resultante de pesquisa sobre conteúdos relativos à educação, publicados no buscador Google, em um período de 24 horas, 
no Brasil.
Fonte: extraída pela autora de https://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o&sxsrf=AOaemvK_yzfCp7N2VEDBZbTKXvnFrQQK0w:16337982487
34&source=lnt&tbs=qdr:d&sa=X&ved=2ahUKEwjP6__h5L3zAhXYqZUCHXzXBskQpwV6BAgBEDM&biw=1242&bih=545&dpr=1.1.
 
É preciso, pois, saber extrair o valor das informações para construir significados 
a partir delas e para melhor intermediar esses junto aos estudantes, não é mesmo?
ANOTE ISSO
Nesse sentido, sugiro que você participe de redes educacionais, grupos de trabalho 
(newsgroups) em plataformas variadas, círculos de aprendizagem em comunidades 
da sua área e cursos de curta ou longa duração em universidades online, pois 
esses espaços têm demonstrado um grande potencial em relação à formação/
capacitação de profissionais da educação. Nunca deixe de acompanhar o que 
está acontecendo, pois as mudanças na área são velozes. Para tanto, explore, por 
exemplo, o site da Rede Nacional Ciência para a Educação (Rede CpE) através do 
link: http://cienciaparaeducacao.org/ .
https://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o&sxsrf=AOaemvK_yzfCp7N2VEDBZbTKXvnFrQQK0w:1633798248734&source=lnt&tbs=qdr:d&sa=X&ved=2ahUKEwjP6__h5L3zAhXYqZUCHXzXBskQpwV6BAgBEDM&biw=1242&bih=545&dpr=1.1https://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o&sxsrf=AOaemvK_yzfCp7N2VEDBZbTKXvnFrQQK0w:1633798248734&source=lnt&tbs=qdr:d&sa=X&ved=2ahUKEwjP6__h5L3zAhXYqZUCHXzXBskQpwV6BAgBEDM&biw=1242&bih=545&dpr=1.1
https://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7%C3%A3o&sxsrf=AOaemvK_yzfCp7N2VEDBZbTKXvnFrQQK0w:1633798248734&source=lnt&tbs=qdr:d&sa=X&ved=2ahUKEwjP6__h5L3zAhXYqZUCHXzXBskQpwV6BAgBEDM&biw=1242&bih=545&dpr=1.1
http://cienciaparaeducacao.org/
http://cienciaparaeducacao.org/
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Dando continuidade às nossas tratativas, ressalto que o Centro de Inovação para 
a Educação Brasileira (CIEB, 2020), com fundamentação na BNCC, tem indicado que 
os profissionais da educação aprimorarem níveis de desenvolvimento para atuarem 
na Educação 4.0 de forma que percorram um caminho do nível emergente até o 
avançado, nos termos do quadro 1.
Níveis de Desenvolvimento
Emergente Básico Intermediário Avançado
Reconhece a 
importância 
das tecnologias 
educacionais
Diferencia tecnologias 
educacionais e a sua 
importância em contextos 
pedagógicos específicos.
Envolve os 
estudantes em 
atividades com 
o apoio das 
tecnologias e 
em atividades de 
autoria.
Integra as 
tecnologias digitais 
ao currículo para 
a personalização 
do ensino e da 
aprendizagem.
Entende 
contribuições 
das tecnologias 
educacionais 
para o ensino 
personalizado e 
adaptativo.
Utiliza tecnologias 
educacionais e softwares 
educacionais/educativos de 
forma sazonal.
Aplica atividades 
diferenciadas 
com o suporte de 
tecnologias digitais, 
atendendo às 
necessidades de 
cada estudante.
Cria experiências 
de aprendizagem 
de forma regular 
com o suporte 
de tecnologias 
educacionais.
Quadro 1 Níveis de desenvolvimento da apropriação das tecnologias na educação, segundo CIEB (2020)
Fonte: CIEB (2020), adaptado pela autora.
Constatamos que nos níveis emergente e básico, os profissionais da educação 
são capazes de identificar, distinguir e compreender o uso apropriado das TICs em 
experiências de aprendizagem. Já nos níveis intermediário e avançado já desenvolveram 
capacidades para planejar e integrar essas tecnologias às suas práticas de ensino, 
considerando, especialmente, um processo personalizado e adaptado aos alunos, 
tendo em vista as suas necessidades e particularidades. 
Sugiro que você analise o quadro para verificar em que nível melhor se encaixa. 
Mas fique tranquilo, pois trataremos do desenvolvimento/aprimoramento, em termos 
práticos, em aulas posteriores, combinado?
 Título: Professor em uma aula, com a utilização de tecnologias. 
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/foto/professor-entre-mi%C3%BAdos-da-escola-usando-computadores-em-classe-gm1045327744-279734471
https://www.istockphoto.com/br/foto/professor-entre-mi%C3%BAdos-da-escola-usando-computadores-em-classe-gm1045327744-279734471
https://www.istockphoto.com/br/foto/professor-entre-mi%C3%BAdos-da-escola-usando-computadores-em-classe-gm1045327744-279734471
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É preciso, também, que você aprimore competências e habilidades técnicas e 
tecnológicas; de mediação; e gerenciais, nos termos do quadro 2.
Competências e 
Habilidades Capacidades
Técnicas e 
Tecnológicas
Criar e gerir e-mails, criando listas de distribuição; fóruns de discussão, 
incluindo a postagem de comentários, respostas às mensagens dos alunos 
e a criação de novos tópicos de conversação; programas de chat, que 
permitem a comunicação em tempo real (síncrona); Websites, adaptando 
ferramentas de desenvolvimento de sites, blogs, redes sociais; ferramentas 
de vídeo e audioconferência; Wikis; personalizar a página da sua disciplina e 
seus conteúdos; inserir imagens, áudio, vídeo, equações e outros elementos 
multimídia numa página; utilizar repositórios para disponibilização de 
conteúdos; criar lições de sequência adaptável ao processo de aprendizagem 
dos alunos; elaborar testes interativos; disponibilizar um enunciado e uma 
area para os alunos submeterem um trabalho e consultar a avaliação e 
feedback; utilizar a atividade glossário de forma criativa adaptando-a a 
outras finalidades; dinamizar workshops que promovam a motivação, o 
trabalho colaborativo e a avaliação entre pares; organizar os alunos em 
grupos e agrupamentos para dividir a disciplina e as atividades em turmas e/
ou grupos de trabalho etc.; configurar outras funcionalidades como o acesso 
condicional a atividades, as condições para a conclusão das atividades 
e da disciplina, os inquéritos de avaliação, as sondagens de opinião e a 
aprendizagem baseada em competências e em projetos.
De mediação
Comunicação interpessoal para apoiar, orientar e incentivar o aluno on-line 
por meio da sua experiência de aprendizagem; facilitação e envolvimento 
do aluno no processo de aprendizagem, especialmente no início; 
questionamento adequado; ouvir e dar feedback; fornecer orientação e 
apoio aos alunos; gestão de discussões on-line; construir equipes on-line; 
construção de relacionamento, principalmente de um-para-um nas relações 
professor/aluno; motivação; assumir atitude positiva para o ensino on-line; 
ser inovador e experimental; ser proativo; identificação da capacidade de 
autoaprendizagem do aluno e de estar disponível para a mudança.
Gerenciais
De gestão do tempo; criar e manter diretrizes para o processo de aprendizagem, 
tais como o tipo e frequência de comunicação com o aluno; planejamento: 
estabelecer parâmetros para o professor e os alunos trabalharem em conjunto, 
olhando para o curso/módulo on-line; controlar eficazmente o processo de 
aprendizagem e tomar medidas, quando necessário; rever o processo de 
ensino e aprendizagem para identificar as alterações e melhorias; se adaptar 
e mudar o ensino e os cursos para atender às necessidades específicas dos 
alunos e promover a diversidade on-line.
Quadro 2 Competências e habilidades gerais para a atuação dos profissionais da educação em ambientes intermediados por tecnologias
Fonte: Gontijo (2020).
Sugiro que, neste momento, você elabore uma lista das competências e habilidades, 
apresentadas no “quadro 2”, que você já desenvolveu e/ou está desenvolvendo. Vamos 
abordá-las, em termos práticos, ao longo da nossa disciplina, ok? Também abordaremos 
competências e habilidades específicas essenciais requeridas à atores, tais como 
professores e tutores, nos termos de Behar (2013), certo?
 
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ANOTE ISSO
Basicamente, habilidades se referem ao “saber fazer”. Por exemplo: eu sei criar e 
gerir emails. Contudo, o fato de eu saber criar e gerir e-mails não faz de mim uma 
pessoa que utiliza tecnologias para me comunicar com efetividade. Assim, situamos 
as competências. As competências dizem respeito ao conjunto de habilidades 
que mobilizo em determinada situação específica para alcançar fins específicos. 
Por exemplo: para me comunicar com efetividade, na Internet, preciso colocar em 
prática diversas habilidades, diversos conhecimentos e diversas atitudes de forma 
que eu exerça essa ação de maneira competente.
 
Ratificamos aqui que o processo ensino-aprendizagem viabilizado por tecnologias, 
conforme veremos, pode fundamentar novas práticas pedagógicas, em termos de 
qualidade e inclusão educacional. Porém, já que a tecnologia não é mágica, tal como 
temos pontuado, há a necessidade de se incentivar e capacitar adequadamente os 
educadores e gestores para dela se apropriarem, nos termos dos quadros apresentados.
Para tanto, faz-se necessário que esses profissionais desenvolvam a fluência em 
TICs como capacidade específica para alcançarem conhecimentos mais aprofundados, 
que transcendam o nível da alfabetização digital para o do letramento tecnológico/
digital, nos termos que anunciamos em nossa última aula.
Coelho (2012) explica que: 
[...] as tecnologiasparticipam intimamente na construção de práticas 
de letramento. Fazemos materiais textuais através de papel, quadro 
de giz ou tela eletrônica, por exemplo. Continuamos a redefinir o 
que se conta como texto através dessas tecnologias. Ler livros ou 
ler na tela do computador é uma junção complexa de tecnologias 
com outras práticas socioculturais. O computador, por exemplo, 
não é apenas um novo mecanismo de alta tecnologia que demanda 
letramento, mas é a extensão de uma longa história de práticas de 
letramento através de outras tecnologias (COELHO, 2012, p. 23).
 
Para a autora, o letramento tecnológico envolve a ideia de formação para a fluência 
em TICs, ou seja, uma formação que possibilite aos sujeitos construir capacidades 
para utilizar e reformular as informações, expressar-se criativa e apropriadamente, e 
construir conhecimentos. Para ela, há, pelo menos, dois níveis possíveis de formação 
nesse contexto: 
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[...] ficam assim definidos dois níveis na formação tecnológica: um 
inicial, de alfabetização digital mais centrado no uso como cliente, e 
outro, mais especializado, de fluência em tecnologias de informação 
e de comunicação, mais centrado na ideia do letramento tecnológico 
(COELHO, 2012, p. 11).
 
O uso fluente dessas tecnologias, ou seja, o letramento tecnológico envolve 
[...] a compreensão de como conhecimentos, ideias e informações 
são estruturados em diferentes mídias e gêneros de comunicação; 
a compreensão de como essas estruturas afetam leituras e usos de 
informações pelas pessoas em diferentes contextos socioculturais 
e na vida cotidiana; o domínio de habilidades técnicas e analíticas 
com as quais as pessoas negociam na prática os sistemas de 
significados nos diversos contextos socioculturais; a compreensão 
de como e porque vários grupos sociais têm acesso diferente e 
desigual ao letramento e ao conhecimento e como isto se relaciona 
com interesses de classe e de grupos (COELHO, 2012, p. 12).
 
Título: Imagem de uma tela de computador, com pessoas explorando alguns dos seus recursos. 
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%B0%C3%B1%C3%B01-2%C3%B03-4%C3%B0-1-2%C3%B1%C3%B0%CE%BC-rgb-gm1274867768-375682065
Para finalizar o nosso encontro de hoje, gostaria, ainda, de falar um pouco da 
Educação 5.0. Você está se perguntando o que é essa tal de Educação 5.0? Ou você 
já conhece os seus preceitos? Por via das regras, vamos tratar um pouco sobre eles?
A Educação 5.0, tal como a Educação 4.0, considera que as tecnologias são essenciais 
no processo de construção de conhecimentos, tendo em vista que o século XXI é, 
radicalmente, marcado pelas inter-relações entre homem e máquina. Contexto esse que 
engloba, tal como temos assinalado, robótica, ciências de dados, armazenamento de 
conteúdos em nuvem, gamificação, cultura maker (faça você mesmo), dentre outras, 
em processos educativos em escala global. 
Contudo, a Educação 5.0 emerge apostando nas competências socioemocionais 
(soft skills) como parte integral da nova era digital e da educação do futuro. Educação 
do futuro entre aspas, porque as soft skills já têm sido requeridas pelo mundo de 
trabalho e desenvolvida por meio de iniciativas diversas. Mas o que será mesmo 
essas tais soft skills?
https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%B0%C3%B1%C3%B01-2%C3%B03-4%C3%B0-1-2%C3%B1%C3%B0%CE%BC-rgb-gm1274867768-375682065
https://www.istockphoto.com/br/vetor/%C3%B0%C3%B1%C3%B01-2%C3%B03-4%C3%B0-1-2%C3%B1%C3%B0%CE%BC-rgb-gm1274867768-375682065
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Primeiramente vamos saber o que são hard skills para então diferenciar as expressões 
e o que elas englobam, ok? As hard skills são as suas competências e habilidades 
técnicas, tecnológicas e teóricas construídas ao longo da sua formação, em cursos de 
graduação, pós-graduação, extensão etc. Essas competências e habilidades construídas 
são chanceladas por uma instituição através de um diploma ou um certificado. Produtos 
esses que apresentamos em nossos currículos Vitae, Lattes, em nosso perfil no LinkedIn, 
para recrutadores em processos seletivos, por exemplo.
Já as soft skills são o conjunto de competências e habilidades que direcionam, ou 
mesmo sustentam, o seu comportamento. Por exemplo: você está em uma reunião 
de trabalho e um colega apresenta uma abordagem sobre o assunto tratado, a qual 
você não concorda. Caso você o escute com respeito, se coloque no lugar dele e 
reconheça que os assuntos podem ser abordados sob diferentes perspectivas, você 
tem umas das importantes soft skills: a empatia.
Dentre as inúmeras soft skills que o mundo do trabalho, e porquê também não 
dizer o mundo da vida, tem exigido de nós, pelo menos 10 delas têm se destacado: 
comunicação, resiliência, liderança, empatia, colaboração, criatividade, proatividade, 
ética, pensamento crítico e positivo. Quais você, ainda, acrescentaria? Quais dessas 
você tem melhor desenvolvidas? Bora aprimorá-las?
 
3.3 SÍNTESE DA AULA E ANÚNCIO DOS NOSSOS PRÓXIMOS PASSOS NA 
DISCIPLINA
Bem... são tantas as exigências e tantos os requisitos para o trabalho dos profissionais 
da educação, neste contexto, que muitas vezes nos assustamos, não é mesmo? Como 
você se sente diante disso?
Muitas vezes nos sentimos frágeis, com medo e até mesmo incapacitados diante 
de tantas demandas... Me sinto assim por vezes. Contudo, este é um caminho que 
nos parece sem volta e, portanto, precisamos continuar caminhando. Para tanto, além 
do desenvolvimento de competências e habilidades, temos que nos fortalecer como 
profissionais da educação, nas categorias das quais fazemos parte e como sociedade 
em geral. Afinal, não estamos aqui à toa, não é verdade?
Nesse sentido, vimos, nesta aula, alguns aspectos, em termos de competências 
e habilidades, a serem desenvolvidos/aprimorados pelos profissionais da educação.
EDUCAÇÃO E NOVAS 
TECNOLOGIAS
PROF.A CYNTHIA RÚBIA 
BRAGA GONTIJO
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 39
Enfim... os avanços tecnológicos e os seus processos nos desafiam cada vez mais, 
pois agregam novas exigências às nossas pedagogias, especialmente considerando-
se as diversas modalidades educacionais presentes no contexto da Educação 4.0. 
Assunto para a nossa próxima aula.
É hora, pois, de transformarmos paradigmas educativos circunscritos à ideia de 
que a educação é mera transmissão da informação, e assumirmos o nosso papel 
histórico na educação: contribuir com um outro mundo possível por meio do uso 
crítico e criativo das tecnologias.
Vamos nessa!
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TECNOLOGIAS
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AULA 4
MODALIDADES DE ENSINO-
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO 
CONTEMPORÂNEA
4.1 INTRODUÇÃO – PARA INICIAR A CONVERSA
As modalidades educacionais - presencial, a distância, remota e híbrida - estão sendo, 
cada vez mais, debatidas, tanto pelo Estado, quanto pela Sociedade, especialmente neste 
contexto de Educação 4.0.
Você já deve ter observado, ou mesmo presenciado e participado, de discussões 
acalentadas acerca dessas modalidades, seja em blogs, webinários, lives, sites oficiais, 
redes virtuais de aprendizagem diversas, dentre outros espaços. Mas para você já está 
claro o entendimento sobre as mesmas?
Na aula de hoje iremos precisar essas modalidades, destacando as suas características, 
contribuições e desafios.
Vamos lá?
 
4.2 EDUCAÇÃO PRESENCIAL, A DISTÂNCIA, HÍBRIDA E ENSINO REMOTO
A educação presencial, também conhecida como convencional, tradicional ou face 
a face, já conhecemos bem, não é? Afinal, a nossa formação, pelo menos no nível da 
Educação Básica (Infantil, Fundamental e Média) ocorreu em seus moldes, ou seja, em 
um ambiente físico em que o processo ensino-aprendizagem ocorria através de contato 
físico entre um professor, em geral agente central da dinâmica pedagógica, e um aluno.
 
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